Arquivos mensais: outubro 2017

Acordo que levou André Fufuca e o PP para a aliança liderada por Flávio Dino deixa Oposição incomodada

 

Aliança de André Fufuca e Flávio Dino incomodou a Oposição
Aliança de André Fufuca e Flávio Dino incomodou a Oposição

A Oposição está se mostrando incomodada com a movimentação do governador Flávio Dino (PCdoB) para fortalecer a aliança partidária que comanda e que liderará nas eleições do ano que vem como candidato à reeleição. Esse estado de ânimo se manifestou com maior evidência nos últimos dias, quando o chefe maior do PP no Maranhão, deputado federal André Fufuca, decidiu apoiar o projeto eleitoral do chefe do Poder Executivo tendo como contrapartida a nomeação de Hewerton Pereira para a Secretaria de Estado dos Esportes. Também o PT reforçou sua participação na aliança partidária governista nomeando a ex-deputada federal Teresinha Fernandes para a Secretaria de Estado da Mulher. Representada principalmente pelo Grupo Sarney, a Oposição não engole o fato de que aliados de primeira hora fechem acordos com o governador Flávio Dino, desfalcando fortemente o poder de fogo das forças oposicionistas e, oor via de consequência, reduzindo o seu cacife político e eleitoral.

O incômodo oposicionista se deve em parte ao fato de que os líderes do Grupo Sarney apostavam que, por conta de postulados ideológicos, o governador não se dedicaria a fortalecer o grupo partidário que já integra a frente que se transformará na sua coligação. Mas, ao contrário, ele surpreendeu. Agora mais traquejado no complicado xadrez da política partidária, Flávio Dino entrou no jogo para valer atraindo o PP e, de quebra, sacramentando a aliança com o PT.

A participação do PP na colcha partidária costurada pelo governador Flávio Dino e que tem o PCdoB como carro-chefe é emblemática. O partido era parte desse grupo quando estava comandado pelo deputado federal Waldir Maranhão. Com a reviravolta que resultou no expurgo de Waldir Maranhão e na entrega do partido a André Fufuca, o comando do Grupo Sarney apostou que o atual 2º vice-presidente da Câmara Federal se alinharia automaticamente ao projeto de candidatura da ex-governadora Roseana Sarney ao Palácio dos Leões. Perdeu a aposta, porque o governador Flávio Dino agiu rápido, abriu as portas do Governo, negociou abertamente com o jovem chefe partidário, abriu-lhe as portas do Governo e, numa articulação bem amarrada, garantiu a permanência do PP na aliança governista e comprometido com o seu projeto de reeleição. A costura com o PT foi mais complicada, exigindo uma reengenharia na participação petista na aliança, que resultou na saída do petista Márcio Jardim da Secretaria de Estado dos Esportes, mas acomodando uma petista de peso, Terezinha Fernandes, na Secretaria de estado da Mulher.

O acordo partidário que costurou com o governador Flávio Dino mostrou com clareza que o deputado federal André Fufuca é politicamente bem mais maduro e tarimbado do que muitos imaginam. Demonstrou também que o jovem parlamentar tem projeto de curto, médio e longo prazo, sabe aonde quer chegar e conhece cada vez mais o caminho das pedras. Calculou com precisão que aliar-se ao governador Flávio Dino era a decisão mais adequada ao partido e ao seu projeto político, certo de que no Grupo Sarney poderia ser atropelado por outras lideranças em ascensão. Sabe que pela distância ideológica não terá vida fácil na aliança liderada pelo governador Flávio Dino, mas avaliou também que nesse campo o jogo é mais aberto, preto no branco e sem rodeios.

O fato é que ao atrair André Fufuca e seu PP, o governador Flávio Dino marcou gol de placa e deixou a Oposição em desconforto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Assembleia Legislativa aprova novo sistema previdenciário do Estado

Rogério Cafeteira e Rafael Leitoa defenderam Fundo; Max Barros e Adriano Sarney criticaram ´projeto
Rogério Cafeteira e Rafael Leitoa defenderam Fundo; Max Barros e Adriano Sarney criticaram ´projeto

Em sessão marcada por fortes debates e pela condução segura do presidente Humberto Coutinho (PDT), a Assembleia Legislativa aprovou ontem o Projeto de Lei Complementar nº 007/2017, proposto pelo governador Flávio Dino, criando o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (IPREV), sob a forma de autarquia estadual, vinculado à Secretaria de Estado da Gestão e Previdência (Segep). O novo sistema previdenciário do Estado do Maranhão será dotado de autonomia administrativa e financeira, terá  patrimônio próprio, tendo sede e foro em São Luís. O IPREV nasceu com a finalidade de gerir, planejar, coordenar e supervisionar a execução e o controle do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos maranhenses. A Lei Estadual nº 007/2017 reza que a Secretaria de Estado da Gestão e Previdência (Segep) passa a denominar-se Secretaria de Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep).

O governador Flávio Dino fundamenta a mudança explicando que com estrutura própria e autonomia administrativa o novo sistema “fortalecerá as ações da área da Seguridade Social, tornando-as mais dinâmicas e eficientes, com foco na garantia do equilíbrio financeiro e atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão. Ressalte-se a crescente complexidade da gestão dos recursos previdenciários, de modo que é imperioso estabelecer ente exclusivo para esse mister”. Além disso, acrescenta o governador, “é necessário dedicar estrutura específica para a gestão das políticas de saúde dos servidores públicos do Estado do Maranhão, notadamente ante a proximidade da inauguração do novo Hospital dos Servidores. A proposta é consolidar as normas afetas à previdência social dos servidores públicos do Estado do Maranhão”.

Comandada pelo líder Rogério Cafeteira, com o apoio do líder do Bloco situacionista Rafael Leitoa, a bancada governista votou em peso a favor do projeto. A Oposição também votou a favor, mas fez duras críticas a alguns pontos do projeto. Os deputados oposicionistas Max Barros (PRP), Adriano Sarney (PV) e Eduardo Braide (PMN) defenderam durante os debates que um projeto dessa envergadura deveria ser amplamente discutido com is mais diversos segmentos dos servidores públicos e até mesmo com os segmentos organizados da sociedade.

 

Humberto Coutinho faz homenagem a deputados médicos

Humberto Coutinho saudou Nina Melo, Antônio Pereira, Stênio Rezende e Levi Pontes pelo Dia do Médicoi
Humberto Coutinho saudou Nina Melo, Antônio Pereira, Stênio Rezende e Levi Pontes pelo Dia do Médico

O presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho (PDT), homenageou ontem os deputados que, como ele próprio, têm a Medicina por profissão. Aproveitando a passagem do Dia do Médico, o chefe do Poder Legislativo interrompeu a pauta para parabenizar os deputados Antônio Pereira (DEM), Nina Melo (PMDB), Stênio Rezende (DEM) e Levi Pontes (PCdoB), que conciliam o exercício da Medicina com a atividade parlamentar.

Humberto Coutinho – que militou na rotina hospitalar por mais de 20 anos – destacou a importância do profissional e o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos pelos deputados médicos em prol da saúde do povo maranhense.

“Neste momento quero parabenizar o doutor Stênio Rezende por esta data e me parabenizar também pelos 20 anos que eu tive de sacerdócio da medicina, extensivo também ao doutor Antônio Pereira, à doutora Nina Melo e ao nosso companheiro doutor Levi Pontes”, destacou o presidente.

“Foram 20 anos de intenso trabalho que dediquei à medicina com sacerdócio, com muita dedicação e amor”, acentuou o presidente Humberto Coutinho, destacando o trabalho que Antônio Pereira desenvolve em São Luís e também na Região Tocantina. “Deputado Antônio Pereira, parabéns hoje pelo nosso dia – Dia do Médico. Vossa Excelência é um grande incentivador na Medicina, não só em São Luís como na Região Tocantina”, assinalou.

São Luís, 18 de Outubro de 2017.

Guerra de Eduardo Braide contra Edivaldo Jr. termina no campo eleitoral, mas continua no campo político

 

Eduardo Braide mantém guerra política contra Edivaldo Jr.
Eduardo Braide : faz guerra política sem trégua contra Edivaldo Jr.

Uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral, tomada ontem, colocou ponto final no processo eleitoral de São Luís em 2016. Por maioria de votos, a Corte mandou para o arquivo morto recurso de ação movida pelo então candidato a prefeito Eduardo Braide (PMN) contra a reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), acusando-o de cometer abuso de poder durante a campanha eleitoral. A decisão do TRE se deu com base no fato de que, segundo o relator do processo, Ricardo Duailibe, disse não haver encontrado qualquer vestígio de um ato ou ação que pudesse ser caracterizado como abuso de poder por parte do prefeito e candidato à reeleição. No julgamento, a maioria dos juízes colocou ponto final no confronto judicial que Eduardo Braide alimentou contra Edivaldo Jr. mesmo depois de definido, anunciado e sacramentado o resultado das urnas.

A guerra judicial já foi substituída pela guerra política, por meio da qual o deputado Eduardo Braide mantém fogo cerrado contra o prefeito Edivaldo Jr. e sua administração. Esse conflito – que, tudo indica, dificilmente terá trégua ou ponto final – começa a produzir a impressão de que os dois políticos liderarão forças poderosas em luta pelo poder no Maranhão que começa a ser desenhado. Ambos são destaques isolados de uma geração que está em plena ascensão e já se preparando para assumir o comando das correntes partidárias e o controle do Estado e da máquina pública no grande processo político que sucederá à geração hoje comandada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e que tem como expoentes Roberto Rocha (PSDB) e Luis Fernando Silva (PSDB). Não será surpresa se os dois vierem a travar um novo confronto, este pelo Governo do Estado em 2022.

O deputado Eduardo Braide é um político centrado, organizado e que enxerga bem à frente. Em fevereiro de 2016, quando ninguém imaginava que ele viesse a disputar a Prefeitura de São Luís, Braide “cantou” a “pedra” à Coluna. Três meses depois ele já era candidato viável e caminhando para ser o principal adversário do prefeito Edivaldo Jr.. Quase virou o jogo e saiu da disputa muitas vezes maior do que entrara.  Ciente do seu novo cacife, Braide decidiu continuar ocupando um lugar de destaque na cena política dedicando parte expressiva do seu mandato a fazer Oposição cerrada ao prefeito. Essa linha de ação é alimentada com as frequentes “pancadas” verbais que desfere na direção do prefeito, com duras críticas suas às ações, principalmente em áreas como Educação, Saúde e mobilidade. Suas atitudes em relação ao prefeito Edivaldo Jr. indicam com clareza que, além de alcançar um mandato de deputado federal em 2018, o grande objetivo de Eduardo Braide nessa primeira etapa da sua carreira é chegar ao Palácio de la Ravardière em 2020. E com a legitimidade de político bem sucedido, mirando o Palácio dos Leões.

Com o lastro de mais vitorioso político da sua geração até aqui – tem dois mandatos de vereador, um de deputado federal e dois de prefeito da Capital -, Edivaldo Jr. tem um futuro largo e auspicioso pela frente. Muito se especula sobre seu próximo passo, e a “suspeita” mais aventada é a de que ele poderá passar o cargo para o vice-prefeito Júlio Pinheiro (PCdoB) e enfrentar as urnas como candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino, para, se eleito, se tornar governador em 2022, com direito, é claro, de disputar a reeleição. Político focado nos seus objetivos, dono de uma percepção privilegiada do cenário político centrado, que sabe  exatamente onde quer chegar. E no meio politico poucos são os que duvidam de que ele vai chegar lá.

Eduardo Braide e Edivaldo Jr. são dois políticos que trilham o mesmo roteiro, mas certos de que cedo ou tarde se enfrentarão novamente numa disputa por mandatos majoritários. E não será surpresa se s dois se encararem em 2022, protagonizando o grande embate da nova direção pelo comando do Estado.

 

 PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Rocha dá voto corajoso contra cautelares impostas pelo Supremo a Aécio Neves

Roberto Rocha dá voto corajoso contra restrições a Aécio Neves
Roberto Rocha dá voto corajoso contra restrições a Aécio Neves e às prerrogativas do Senado

O senador Roberto Rocha (PSDB) ganhou uns quilos de estatura na sessão de ontem do Senado ao ser um dos cinco integrantes da Casa a defender que os senadores dissessem “não” às medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao senador Aécio Neves (PSDB), entre elas a de ter o mandato suspenso e ser proibido de sair de casa à noite.  Recém re-convertido ao tucanato, Roberto Rocha surpreendeu seus colegas com um discurso que teve como fundamento a tese segundo a qual a mais alta corte de Justiça do País não tem poderes para impor restrições à liberdade de um senador da República e suspensão ao seu mandato sem que este tenha sido julgado e condenado. Roberto Rocha fez questão de destacar que sua posição contrária não visava “passar a mão na cabeça” do senador Aécio Neves nem afrontar o STF, mas defender, isto sim, a integridade do Senado como instituição. Alegou, por exemplo, que concordar com as cautelares definidas por uma turma da Corte seria autorizar a condenação de um senador que se que ainda não é réu e não demonstrou qualquer interesse em fugir das suas responsabilidades, por exemplo. Com segurança e sem titubear, Roberto Rocha construiu seu discurso com base em sólida argumentação doutrinária e na defesa determinada da independência dos Poderes da República. Em outro momento da sessão, o senador Roberto Rocha reafirmou, ponto por ponto, os fundamentos do seu discurso inicial de defesa da independência e harmonia entre os Poderes. Saiu da sessão com estatura política e parlamentar reforçada.

 

Jadson Passinho, ex-prefeito ficha limpa de Cedral, entra na corrida ao Palácio dos Leões

Jadson Passinho: da Prefeitura de Cedral para o Palácio dos Leões?
Jadson Passinho: da Prefeitura de Cedral para o Palácio dos Leões?

A corrida ao Palácio dos Leões ganhou ontem um concorrente de peso: o advogado e ex-prefeito de Cedral Jadson Passinho (DEM). Ele se lançou por meio de um comunicado na internet no qual se apresenta como um político experiente, com militância partidária e suporte ético e moral. Sua candidatura nasceu, segundo anota, com base na sua “consagrada” vida pública, concentrada em cinco mandatos na Prefeitura de Cedral sem responder a nenhum questionamento por improbidade, o que o tornou um gestor público cuja ficha não tem uma nodoa sequer. E se define como um “cidadão respeitado, honesto, competente, preparado e sem preconceito de qualquer natureza”.  E encerra seu comunicado com uma indagação no mínimo provocadora: “Existe um candidato que reúna as qualidades de Jadson Passinho Gonçalves?”

Em Tempo: A Coluna não conseguiu atestar se o comunicado é uma manifestação  séria e honesta ou uma “fake news”. Se ele se enquadrar no mundo das verdades, o senhor Jadson Passinho é bem vindo e pode dar uma baita contribuição para quebrar alguns paradigmas do cenário político.

 

São Luís, 17 de Outubro de 2018.

Prestigiado por Flávio Dino, Carlos Brandão voa para a Ásia sem definir sua situação no PSDB

 

Carlos Brandão perde PSDB, mas continua prestigiado por Flávio Dino
Forte como no cargo, o vice-governador Carlos Brandão perde PSDB, mas continua prestigiado pelo governador Flávio Dino

Tudo indica que pelo menos até o dia 29 deste mês o vice-governador Carlos Brandão será o presidente do PSDB no Maranhão, o que manterá em ´banho maria` a transição a transição por meio da qual o partido será entregue ao ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que por sua vez  desencadeará o processo que deve resultar na formalização da candidatura do de novo tucano senador Roberto Rocha ao Governo do Estado. Provavelmente ainda não informado oficialmente da mudança de rumo decidida pela cúpula do partido há duas semanas, num ato pomposo em que a cúpula do tucanato recebeu a filiação de Roberto Rocha, Carlos Brandão embarcou ontem para uma missão de 12 dias pela China, Coréia do Sul e Vietnã, liderando uma missão formada por representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de São Luís, UEMA, Sebrae e empresários, que incursionará por aqueles países asiáticos para mostrar que o Maranhã está pronto para receber investimentos. Brandão não tem pressa de desmontar a estrutura que montou no ninho maranhense, que lhe permitiu mostrar força política e alinhamento integral com o governador Flávio Dino.

Com a experiência política que já acumulou, o vice-governador sabe que o jogo virou mesmo no PSDB e que ele não tem espaço no novo projeto partidário, que tem como objetivo principal lançar um candidato a governador e, assim, montar um palanque para o candidato presidencial do partido no Maranhão, rompendo assim a aliança que mantém com o governador Flávio Dino desde 2014. Não há mais dúvida de que o vice-governador e parte dos prefeitos eleitos pelo partido deixarão o PSDB por conta da reviravolta, mas, até por recomendação dos tucanos mais emplumados, esse processo terá de ocorrer sem truculência, mas de maneira republicana. Isso porque, vale lembrar, Carlos Brandão não está sendo mandado embora do partido, mas saindo por livre e espontânea vontade, motivado pelo fato de não se encaixar na nova linha de ação do ninho no Maranhão.

No meio político é dominante a indagação: qual será o novo pouso partidário do vice-governador Carlos Brandão? São Muitas as especulações. Uns dizem que ele desembarcará no DEM, para onde deve seguir o seu mentor político, o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares, que está deixando o PSB. Há quem diga que ele poderá se filiar ao PP, para reforçar o alinhamento do partido com o governador Flávio Dino, articulado pelo seu presidente regional, deputado federal André Fufuca, 2º vice-presidente da Câmara Federal. Correu o boato que ele reforçaria o PTdoB hoje liderado no estado pelo deputado federal Waldir Maranhão. E poderia até ingressar no PSB, ocupando o espaço a ser criado com a saída de José Reinaldo Tavares. É fato que Carlos Brandão está examinando todas as possibilidades, mas é fato também que ele não tomou decisão ainda sobre este assunto, o que só fará quando retornar da incursão pelos tigres asiáticos.

A situação do vice-governador Carlos Brandão tem peso e contrapeso. É fato que de um lado ele está sendo circunstancialmente obrigado a encarar o desconforto de deixar o PSDB que organizou e comandou à sua maneira nos últimos anos. Mas é fato também que tem recebido total apoio do governador Flávio Dino, que o tem prestigiado frequente e ostensivamente, confiando-lhe missões relevantes, como a presente viagem à China, Coréia do Sul e Vietnã à frente de uma alentada comitiva e com o desafiador objetivo de atrair investimentos para o Maranhão. Dessa maneira, além de dar utilidade efetiva ao posto de vice-governador, o governador tem demonstrado apreço pessoal e político por Carlos Brandão, dando a impressão de que não o deixará politicamente à deriva.

Isso não significa dizer que o manterá como candidato a vice, mas dá a entender claramente que o quer politicamente forte na aliança que lidera.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Folha faz retrato malfeito dos candidatos a governador no cenário sucessório do Maranhão

Flávio Dino vai para o confronto direto com Roseana Sarney e Roberto Rocha
Flávio Dino, Roseana Sarney e Roberto Rocha têm perfis minimizados pela Folha

Na sua edição domingueira, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem mostrando que a corrida eleitoral do ano que vem está  estimulando grupos adversários a abrir janelas para composições até pouco tempo impensáveis. Segundo o que foi apurado, as alianças outrora improváveis estão sendo articuladas principalmente no Nordeste. Quando se refere ao Maranhão, o jornal que não haverá esse tipo de aliança no estado. Deixa no ar que a guerra será mesmo travada entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), tendo o senador Roberto Rocha (PSDB) como terceira via.

Chama atenção a má vontade com que a Folha se refere  aos três candidatos a governador.

O governador Flávio Dino é identificado como “citado por delatores da Odebrecht em inquérito que foi arquivado. É um dos investigados no STJ pela “farra das passagens”

Roseana Sarney é tão somente “a ex-governadora que quer voltar ao comando do Estado depois de ver seu grupo político derrotado em 2014 e de ter anunciado sua aposentadoria da política”.

E Roberto Rocha é o candidato que o PSDB “planeja lançar” após “romper com Flavio Dino, e abandonar o vice-governador”.

 

Mudanças no secretariado reforça a base política do Governo

Hewerton Pereira e Terezinha Fernandes: PP e PT reforçando aliança
Hewerton Pereira e Terezinha Fernandes: PP e PT reforçando aliança governista

O governador Flávio Dino sacramentou ontem o apoio do braço maranhense do PP à sua corrida pela reeleição ao dar posse a Hewerton Pereira no comando da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, que vinha sendo comandada pelo petista Márcio Jardim. Entregou também a Secretaria da Mulher para a ex-deputada federal Terezinha Fernandes, ex-primeira-dama de Imperatriz. As mudanças foram feitas obedecendo à lógica que dá razão de ser a alianças e coligações. Ao fechar com o PP, o governador cobriu por antecipação o vácuo que está desenhado com o afastamento do PSDB. E usou habilidade surpreendente ao operar a mudança sem diminuir o tamanho do PT no seu Governo, que perdeu a   da Secretaria de Esportes e Lazer, mas ganhou a pasta que cuida da Mulher. Com as mudanças, os grupos envolvidos sentiram-se contemplados, de modo que a aliança partidária que lidera continua forte.

São Luís, 16 de Outubro de 2017.

Eleição para o Senado será duramente disputada e definirá o peso político do governador a ser eleito em 2018

 

Eliziane Gama, Weverton Rocha, José Reinaldo e Waldir Maranhão disoutam a chapa governista; Sarney Filho, João Alberto e Edison Lobão são nomes oposicionistas, e Hilton Gonçalo corre em faixa própria
Eliziane Gama, Weverton Rocha, José Reinaldo e Waldir Maranhão disputam a chapa governista; Sarney Filho, João Alberto e Edison Lobão são nomes oposicionistas, e Hilton Gonçalo corre em faixa própria, podendo lançar ou não a sua  candidatura

Todos os sinais emitidos até agora na seara política reforçam a impressão de que a disputa pelas duas cadeiras no Senado será uma das mais duras dos últimos tempos no Maranhão. Primeiro pelo poder de fogo dos candidatos assumidos até agora – José Reinaldo Tavares (PSB), João Alberto (PMDB), Sarney Filho (PV), Weverton Rocha (PDT), Edison Lobão (PMDB) e Eliziane Gama (PPS), Waldir Maranhão (PTdoB), Hilton Gonçalo (PCdoB), por exemplo -, e depois pela importância do confronto que se desenha entre os grupos, com o tempero que questões pessoais muito fortes estarão em jogo nessa corrida ao voto. A declaração do deputado federal José Reinaldo Tavares de que sua candidatura está incomodando muita gente e, por essas e outras razões,  não há hipótese de ele recuar desse projeto eleitoral, é um sintoma forte de que o caldo vai engrossar e de que muitos embates isolados serão travados ao longo da campanha eleitoral. Dentro da aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que representa as atuais forças governistas, e do Grupo Sarney, hoje na oposição, há confrontos isolados entre aspirantes a candidato, o que contribui fortemente para tornar mais animada e tensa a corrida senatorial.

Na aliança governista, é intensa a disputa pelas vagas de candidato a senador na chapa do governador Flávio Dino, já que ele optou por deixar que os dois candidatos a senador sejam definidos com base na estratégia segundo a qual “quem se viabilizar, leva”. Nessa peneira, o aspirante nome mais destacado até agora é o deputado federal Weverton Rocha (PDT), que, praticando uma ação política ininterrupta e quase frenética, tem se mostrado o mais viável para ser um dos nomes da chapa. Na mesma linha de ação, só que mais discreta por causa da indefinição partidária – pertence ao PSB, mas deve migrar para o DEM em breve –, o deputado federal José Reinado Tavares se desdobra, até agora sem sucesso, para ser um dos ungidos à condição de candidato na chapa do governador. José Reinaldo tem avisado, com muita ênfase e frequência, que não desistiu de integrar a chapa do governador.

Também no arraial governista desponta a deputada federal Eliziane Gama (PPS) com a força de um furacão eleitoral na liderança disparada de todas as pesquisas que medem a corrida Senado. Em que pese o fato de o PPS não fazer parte da aliança de esquerda no plano nacional, no Maranhão o partido é fechado com o governador Flávio Dino, o que torna a deputada uma opção preferencial para o Senado. Num viés contrário, o deputado federal Waldir Maranhão tem sido uma espécie de sombra, que se movimenta embalado pelo suposto prestígio que ganhou do ex-presidente Lula da Silva (PT) e por gestos de boa vontade não declarada do governador Flávio Dino. Com um lastro de problemas que vão de citações na Lava Jato, passam por destrambelhos na presidência da Câmara Federal e chega a uma série de estripulias no estado, Maranhão faz as vezes de candidato, mas em princípio sem nenhuma garantia de que terá a uma das vagas da chapa liderada pelo governador.

No Grupo Sarney, o cenário é matematicamente o mesmo, com um candidato praticamente definido, o deputado federal Sarney Filho (PV), atual ministro do Meio Ambiente, e dois senadores – João Alberto e Edison Lobão, ambos do PMDB – em fim de mandato. Na montagem mais provável, Roseana Sarney (PMDB) será candidata ao Governo tendo João Alberto como vice e Sarney Filho e Edison Lobão como candidatos ao Senado. Nos bastidores do grupo especula-se também que na hipótese de o senador Edison Lobão decidir não se candidatar, a vaga de candidato poderá ser ocupada pelo seu suplente, o empresário Lobão Filho (PMDB). Outra especulação, essa menos consistente, dá conta de que essa vaga, se vier mesmo a ser aberta por desistência de Lobão poderá ser ocupada pelo deputado estadual Eduardo Braide (PMN).

Em todas as conversas sobre a eleição para o Senado, o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB), aparece como pré-candidato correndo por fora. Ele estaria dedicando parte do seu tempo a incursões por municípios, levando governistas e oposicionistas a enxergá-lo veem como uma alternativa viável num projeto independente. Além disso, outros nomes poderão surgir em torno da candidatura do senador Roberto Rocha (PSDB) ao Governo e do bloco de esquerda.

O cenário visível é que os dois grupos que se confrontam na guerra política em curso no Maranhão jogarão todas as suas fichas na eleição dos dois candidatos ao Senado. A eleição dos senadores poderá mostrar a força ou a fragilidade do candidato a ser eleito para o Governo. Uma avaliação honesta indicará que se o governador que sair das urnas de 2018 tiver os dois senadores terá peso em Brasília. Se eleger um só senador e deixar o outro com a Oposição, terá de se equilibrar. Mas se não eleger senador, será um governador frágil, condenado a amargar problemas sérios durante seu mandato.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Gastos Públicos: em 33 meses, Governo Flávio Dino já movimentou R$ 34,4 bilhões

Bilhões foram movimentados pelo atual Governo
Bilhões foram movimentados pelo atual Governo nos seus primeiros mil dias

Nos seus mil dias de gestão, o que corresponde a 33 meses de atuação, o governador Flávio Dino já movimentou, pela via orçamentária, R$ 34,4 bilhões, de acordo com o que está divulgado no Portal da Transparência. Foram R$ 11,4 bilhões em 2015, R$ 12,9 bilhões em 2016 e R$ 9,9 bilhões nos nove primeiros meses de 2017, com a previsão de que deve fechar o ano em curso com movimento superior a R$ 13 bilhões.

Em 2015, o Governo registrou execução orçamentária média de R$ 949,2 milhões por mês, o que resultou numa movimentação média de R$ 31,6 milhões por dia. No exercício de 2016, a movimentação mensal foi, em média, de R$ 1,08 bilhão, resultando em R$ 35,9 milhões a cada dia. E nos nove meses deste ano, a movimentação orçamentária média foi de 1,1 bilhão a cada mês, equivalendo a R$ 37,03 milhões a cada dia.

O item que mais pesou nas três execuções orçamentárias do atual Governo foi, como sempre, a folha de pessoal. Em 2015, gos gastos com o funcionalismo alcançaram R$ 5,3 bilhões, o que representou uma média mensal de R$ 443,7 milhões. No exercício de 2016, os gastos com pessoal deram um salto para R$ 5,8 bilhões, o equivalente a R$ 481,5 milhões por mês. Nos primeiros nove meses do ano em curso, a folha de pessoal custou R$ 4,3 bilhões, o que representou média de R$ 477,4 milhões por mês. Nos mil dias do Governo Flávio Dino, portanto, os servidores custaram nada menos que R$ 15,4 bilhões, cerca de 45% do total dos R$ 34,4 bilhões movimentados no período.

 

Prefeito de Imperatriz mostra habilidade política, convive bem com Governo e é bem avaliado

Assis Ramos e Flávio Dino: boa relação institucional
Assis Ramos e Flávio Dino: boa relação institucional com ganhos para Imperatriz

Marinheiro de primeira viagem e eleito derrotando as duas forças políticas mais poderosas que poderia enfrentar naquele pleito, o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (PMDB), deu os primeiros passos quase como se estivesse se movendo no escuro, gerando nos seus eleitores uma expectativa tensa. Seus eleitores cruzaram os dedos e seus adversários se prepararam para comemorar o que acreditavam que seria um retumbante fracasso. Erraram feio. Com medidas simples e práticas e determinação de delegado de Polícia acostumado com situações de altíssimo risco, o prefeito foi “domando a fera”, e hoje, nove meses e meio depois no cargo, surpreende aliados e adversários. Primeiro por ter o controle rigoroso da máquina que comanda, e segundo pela habilidade política com que vai se relacionando com adversários, incluindo o mais poderoso deles: o Governo do Estado. Sem abrir mão da condição de pemedebista, mas sem se deixar contaminar por cegueira raivosa, o prefeito de Imperatriz vai mantendo portas abertas e se relacionando com forças adversárias colocando os interesses da população em primeiro lugar. Um governista de alto coturno na Região Tocantina declarou à Coluna estar “surpreso” com a habilidade política do delegado que virou prefeito da segunda maior cidade do Maranhão contrariando todas as expectativas. Além de não criar problemas para as obras que o governador Flávio Dino está tocando em Imperatriz, o prefeito Assis Ramos tem feito boas parcerias com o Governo do Estado. “A relação está bem melhor do que a gente esperava. Ele é mais político do que alguns políticos profissionais”, disse o governista, sinalizando que o Palácio dos Leões, que esperava uma relação tumultuada com o gestor pemedebista, está satisfeito com a convivência mantida até agora com a Prefeitura de Imperatriz. A fonte governista observou que esse clima tem reforçado o prestígio do prefeito Assis Ramos, que tem aprovação elevada num momento em que a tendência é de queda na avaliação de administrações municipais.

São Luís, 14 de Outubro de 2017.

Flávio Dino tem situação política sólida e tendência eleitoral favorável nos 10 maiores municípios

 

Flávio Dino tem o apoio de Luis Fernando Silva
Flávio Dino tem o apoio de Edivaldo Jr. (lado), Luis Fernando Silva, Luciano Leitoa, Domingos Dutra, Francisco Nagib, Juscelino Oliveira e Vianey Bringel; Assis Ramos  e Fábio Gentil são oposição, e Zé Vieira é dúvida

Em meio ao tiroteio verbal que começa a agitar o mundo político por causa das eleições gerais do ano que vem no Maranhão, vozes oposicionistas tem trombeteado que o governador Flávio Dino (PCdoB) estaria força política nos grandes municípios. Uma rápida avaliação da posição do governador nos 10 maiores municípios maranhenses – São Luís, Imperatriz, Timon, Caxias, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Codó, Bacabal, Açailândia e Santa Inês -, onde estão concentrados 2,5 milhões de habitantes e cerca de 2 milhões de eleitores, indica que pelo menos politicamente o chefe do Poder Executivo tem consistência de sobra para viabilizar o seu projeto de reeleição. Flávio Dino tem o apoio aberto e declarado de sete prefeitos, convive bem com mais dois e dificuldades com apenas um, mas é quase certo que terá maioria de votos nesse Município.

Em São Luís, o governador Flávio Dino tem o apoio firme e decidido do prefeito Edivaldo Jr. (PDT), com quem mantém relações política e administrativa em grau de aliança partidária, traduzida numa parceria que só existia quando o prefeito da Capital era indicado pelo governador do Estado. Flávio Dino e Edivaldo Jr. quebraram o mito da “rebeldia” de São Luís, que não admitia uma relação saudável e produtiva do Palácio de la Ravardière com o Palácio dos Leões. Os dois têm mostrado que a convivência produtiva é o caminho, e tudo indica que o governador vai se dar bem nas urnas por conta dessa mudança de postura.

Hoje sob o comando do prefeito Assis Ramos (PMDB), Imperatriz poderia estar mergulhada em problemas por conta da distância política que separa o seu dirigente do governador do Estado. Mas, ao invés de fechar portas, como muitos esperavam e torciam para o aprofundando o fosso que os separa, o pemedebista Assis Ramos cuidou de estabelecer canais de comunicação e entendimento com o governador Flávio Dino. O resultado desse jogo de inteligência é que o Palácio dos Leões não criou até aqui qualquer problema para dificultar a vida do prefeito. Ao contrário, a boa convivência está produzindo bons frutos para a cidade. Essa situação pode fortalecer a posição do governador na Princesa do Tocantins.

O governador não enfrenta maiores problemas em Timon, onde o prefeito reeleito Luciano Leitoa (PSB) é linha de frente nas forças de apoio ao governador Flávio Dino. Ali, a única dificuldade que incomoda o governador é o fato de o Município ser politicamente dividido, com forte Oposição liderada pelo deputado estadual Alexandre Almeida (PSD), mas ninguém duvida de que o governador vença a eleição no município, se não   com grande folga, mas com uma margem segura. Situação inversa acontece em Caxias, o quarto maior município do Maranhão, onde o prefeito Fábio Gentil (PRB) faz Oposição ao Governo do Estado. O outro lado é comandado pelo deputado Humberto Coutinho (PDT), presidente da Assembleia Legislativa, aliado de primeira hora do governador Flávio Dino, o que dá ao governador a possibilidade de sair das urnas caxienses com boa votação, provavelmente a maior fatia.

Em São José de Ribamar, o governador conta com o apoio do prefeito Luis Fernando Silva (PSDB). Essa tendência se torna cada vez mais clara na medida em que o prefeito e o governador Flávio Dino construíram uma relação madura e consolidada pelo apoio do Palácio dos Leões à gestão municipal e a contrapartida do prefeito de São José de Ribamar. O lançamento da candidatura do senador tucano Roberto Rocha colocou o prefeito ribamarense numa situação delicada, mas ele já deixou claro que não romperá com o governador Flávio Dino, e tudo indica que trabalhará para assegurar-lhe a vitória. Em Paço do Lumiar, o governador Flávio Dino tem uma situação política confortável. Domingos Dutra (PCdoB), que contou com o apoio firme e decidido do Palácio dos Leões para sua eleição, tem dado sinais de que vai usar todo o seu cacife político para dar vitória eleitoral robusta ao governador Flávio Dino no município.

Em Codó, o governador Flávio Dino deve contar com o apoio do prefeito Francisco Nagib (PDT), que tem mostrado alinhamento com o Palácio dos Leões, devendo se desdobrar pela reeleição do chefe do Executivo estadual. Em Açailândia, a presença do prefeito Juscelino Oliveira (PCdoB) pode reforçar o prestígio do governador no Município, de modo a criar uma situação em que a vitória de Flávio Dino seja robusta.

Dois casos de dúvida: Santa Inês e Bacabal. No primeiro caso, a prefeita Vianey Bringel (PSDB), que encontrou o Município com muitos problemas,  vinha mantendo uma relação produtiva  com o Governo do Estado. A guinada do PSDB para a Oposição com a candidatura do senador Roberto Rocha ao Governo cria, no mínimo, uma situação embaraçosa para a prefeita, havendo quem diga que ela se manterá na linha atual, mas há quem diga que ela poderá seguir a linha do partido. O quadro de Bacabal é muito complicado, a começar pelo fato de que o processo eleitoral ainda não foi concluído ali. Garantido por uma liminar que dificilmente terá validade por muito tempo, o prefeito José Vieira (PR) tenta se aproximar do Palácio dos Leões, mas poderá perder o cargo a qualquer momento. Com a queda de Zé Vieira, o cargo poderá ser assumido pelo deputado Roberto Costa (PMDB), que mantém relação sem traumas com o Governo e que poderá se movimentar na linha do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos.

É verdade que em política tudo é possível e que o fato político inconsistente pode ser revisto de um momento para outro. Mas o cenário favorável ao governador Flávio Dino nos 10 maiores Municípios do Maranhão é sólido, pouco sujeito a mudanças.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Costa vive contagem regressiva para desfecho da eleição para prefeito de Bacabal

Roberto Costa: expectativa
Roberto Costa: expectativa

O deputado Roberto Costa vive uma espécie de contagem regressiva que definirá o resultado do processo eleitoral em Bacabal. Com base em decisões recentes da Justiça Federal e dela própria, a Justiça Eleitoral baterá martelo sobre o futuro do prefeito Zé Vieira, que foi reconhecido como ficha suja e deverá ter seus votos anulados. Esse desfecho poderá produzir duas situações: a primeira: o TSE manda empossar o segundo colocado, Roberto Costa, ou convoca nova eleição para prefeito de Coroatá. Especialistas em Direito Eleitoral ouvidos informalmente pela Coluna são quase unânimes em prever que a Justiça mandará empossar pemedebista Roberto Costa no cargo de prefeito, considerando remota a possibilidade de vir a convocar um novo pleito.

 

Madeira nega articulação para ser vice de Roseana ou ser candidato a senador.

Sebastião Madeira com Roberto Rocha
Sebastião Madeira com Roberto Rocha

O ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira garante que não está operando por uma aliança com o Grupo Sarney para ser candidato a vice o a senador na chapa a ser liderada pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), conforme foi publicado em blogs. Madeira assinalou que, mesmo que quisesse, não poderia compor chapa com Roseana, pelo simples fato de que o partido dele tem um candidato, o senador Roberto Rocha, escolhido com seu aval. Para ele, seria uma insanidade política trabalhar por uma candidatura do seu próprio partido e depois tentar compor com um candidato de outro partido. O ex-prefeito reafirmou sua disposição de disputar uma cadeira na Câmara Federal, arquivando seu projeto inicial de disputar o Senado. Madeira não descarta uma aliança do PSDB com o PMDB no Maranhão, “desde que seja pela candidatura de Roberto Rocha ao Governo”.

São Luís, 12 de Outubro de 2017.

Edivaldo Jr., Tema Cunha e Carlos Brandão são opções para vice do governador Flávio Dino em 2018

 

Edivaldo Jr., Tema Cunha e Carlos Brandão são opções para a vice de Flávio Dino
Edivaldo Jr., Tema Cunha e Carlos Brandão são opções para a vice de Flávio Dino na disputa do ano que vem

Na última semana, uma possibilidade levantada há algum tempo pela Coluna ganhou força e sacudiu o meio político, a de que o prefeito de São Luís, Edivaldo Jr. (PDT), venha ser candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB), que caminha para pleitear a reeleição. O assunto movimentou o noticiário da blogosfera, alcançou programas de rádio, animou muitas rodas de conversa e fez o sempre muito discreto prefeito Edivaldo Jr. a se manifestar para dizer que é e continuará sendo candidato a cuidar bem de São Luis até o final do seu mandato. Também recentemente, outra possibilidade foi intensamente comentada no meio político, a de que o prefeito de Tuntum, Cleomar Tema Cunha (PSB), que preside a Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), também é cotado para compor a chapa do governador como candidato a vice. Nesse contexto, é politicamente correto levar em conta a posição do vice-governador Carlos Brandão, que ficará em situação delicada, caso perca o controle do PSDB no Maranhão, como indica a ebulição que tem movimentado o ninho dos tucanos desde o retorno do senador Roberto Rocha aos quadros da agremiação, já na condição de candidato a governador.

A possibilidade de o prefeito Edivaldo Jr. vir a compor a chapa do governador Flávio Dino não é um projeto já com forma e conteúdo, mas é tem lastro e forte motivação para sê-lo.  Todas as análises sobre o futuro imediato do governador Flávio Dino sugerem que, se reeleito, ele cumprirá seu mandato até abril de 2022, quando se desincompatibilizará para candidatar-se ao Senado ou – quem sabe? – compor chapa e entrar na corrida presidencial, seja como vice, seja como cabeça de chapa. Se esse roteiro se concretizar em qualquer um dos cenários possíveis, o governador pretende passar o bastão governamental para alguém da sua mais absoluta confiança e que seja plenamente identificado com o seu projeto de Governo e de poder. Jovem, ficha limpa, com pés no chão e experiência sólida e sinalizando que pretende ir muito além do que o Palácio de la Ravardière, o prefeito de São Luís se encaixa inteiramente no vice imaginado pelo governador Flávio Dino.

Prefeito de Tuntum pela quinta vez, período em que transformou a cidade e o Município como um todo, e presidente da Famem pela terceira vez, Cleomar Tema Cunha construiu uma carreira que o tornou conhecido em todo o Maranhão, não apenas como um gestor eficiente, mas também como um articulador tarimbado, que conhece todas as filigranas da política maranhense, principalmente na seara por onde transitam prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e líderes municipais dos mais diversos naipes. Como prefeito de Tuntum, Tema Cunha vem se notabilizando pela capacidade que tem de mobilizar lideranças numa arrojada política municipalista, que o leva aos grandes e pequenos municípios maranhenses, cujos problemas conhece na palma da mão. Tema Cunha levanta a guarda quando alguém o provoca sobre o assunto, dizendo no máximo que o assunto não está na sua pauta política.  Mas na verdade, seu nome é considerado para vice do governador Flávio Dino.

O vice-governador Carlos Brandão encabeça a lista dos nomes lembrados para ser o companheiro de chapa do governador Flávio Dino em 2018. Não há como negar que ele tem exercido o seu papel de vice-governador corretamente e cumprindo missões para as quais é designado pelo governador, como incursões pela China, por exemplo, em busca de investimentos para o Maranhão.  Com posição firme pelo fato de comandar o PSDB no estado e mantê-lo na aliança que dá sustentação ao Governo, Brandão vive um duro processo de erosão política com a decisão do partido de migrar para oposição ao governador. Há quem acredite que, mesmo com esse revés partidário, ele continuará a compor a chapa como vice de Flávio Dino, mas há também os que acreditam que ele continuará na chapa.

Vale lembrar que ainda é muito cedo para que essa questão seja resolvida. Mas vale lembrar também que dificilmente a escolha do candidato a vice-governador sairá desse contexto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Aliados do governador Flávio Dino, Luis Fernando e Neto Evangelista podem deixar o PSDB

Luis Fernando Silva e Neto Evangelista ficam com Flávio Dino
PSDB: Luis Fernando Silva e Neto Evangelista ficam com Flávio Dino

A reviravolta no PSDB com o ingresso e a candidatura do senador Roberto Rocha ao Governo do Estado apanhou no contrapé o prefeito de São José de Ribamar Luis Fernando Silva, e o deputado estadual licenciado e secretário e Desenvolvimento Social, Neto Evangelista. Os dois já declararam que permanecerão na aliança liderada pelo governador Flávio Dino, mesmo que tenham de deixar o PSDB. Nesse momento, tudo indica que o caminho dos dois é mesmo sair do ninho dos tucanos e procurar um novo pouso partidário. Luis Fernando Silva justifica sua posição com dois argumentos. O primeiro é o de que ingressou no PSDB atendendo a convite formulado por Carlos Brandão. O outro é que mantém um bom relacionamento político e institucional com o governador Flávio Dino, não tendo, portanto, motivos para dar uma guinada no sentido de se afastar. O secretário Neto Evangelista, por sua vez, também não está disposto a  abrir mão do cargo e do seu relacionamento com o governador Flávio Dino, que lhe deu as condições necessárias para que levasse à frente vários programas sociais de grande importância, como os Restaurantes Populares, que triplicaram na sua gestão. Os dois estão dispostos mudar de partido para preservar o bom relacionamento com o Governo do PCdoB.

 

Hilton Gonçalo se movimenta como quem se prepara para entrar na briga eleitoral

16/05/2014.Crédito:Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.Brasil.São Luís-MA. Dr. Hilton Gonçalo do PDT-MA, reivindica candidatura para Governador do Maranhão.
Hilton Gonçalo poderá encarar as urnas em 2018

A definição das regras eleitorais deve levar o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB), a decidir se permanecerá no cargo ou abrirão mão dele para encarar as urnas em 2018 disputando um mandato federal, seja de deputado federal ou de senador da República. O prefeito, cuja gestão é aprovada por mais de 80% da população, se dedica intensamente ao trabalho no sentido de melhorar o padrão de vida em Santa Rita, mas encontra tempo também incursionar pela região como alguém que está em busca de suporte eleitoral para as eleições do ano que vem. Político legitimado pelas elevadas votações que tem recebido e pelas boas avaliações do seu trabalho executivo, Hilton Gonçalo se mantém politicamente ativo e avaliando a possibilidade de encarar as urnas. E de acordo com políticos que o conhecem, não será surpresa se ele vier a se lançar candidato ao Senado nos primeiros dias de janeiro.

 

São Luís, 11 de Outubro de 2018.

 

Arquivamento de denúncia por falta de consistência mantém José Sarney com a biografia intacta

 

José Sarney: biografia ameaçada por birra de Rodrigo Janot
José Sarney: arquivamento de denúncia mantém intacta a biografia do ex-presidente da República

Quando as gravações feitas pelo ex-presidente da Petrus, Sérgio Machado, vieram à tona, o Brasil inteiro previu que o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, que à época comandavam o PMDB, estavam política e moralmente acabados. Os adversários do ex-presidente da República soltaram rojões de alegria e os seus aliados mergulharam no mais profundo mar de incertezas, certos de que o Grupo Sarney estava definitivamente liquidado. Ontem, passados alguns meses de sufoco, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atendeu a recomendação do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, e arquivou a denúncia por inconsistência. A recomendação da PGR usou um argumento simples e fatal para o processo: depois de analisadas cuidadosamente, do lado direito e pelo avesso, os investigadores concluíram que os diálogos entre Sarney, Calheiros e Jucá nada continham que pudesse caracterizar o crime de obstrução da Justiça. O ex-presidente está livre da acusação, assim como seus aliados pemedebistas.

O arquivamento determinado pelo ministro Edson Fachin foi o fim previsto pelo próprio José Sarney. Quando o áudio produzido por Sérgio Machado foi mostrado ao País, o ex-presidente da República reagiu com indignação, classificando a iniciativa do MPF de não respeitar a liberdade de reunião e, menos ainda, a de expressão. Sarney definiu o ex-afilhado Sérgio Machado de “verme”, apontando-o com o um sujeito de caráter frágil e sem honra, chegando ao ponto de defini-lo como um “monstro moral”. A reação do ex-chefe da Nação foi tão dura contra o ex-presidente da Petros, que já naquele momento multa gente mudou de opinião sobre o que estava acontecendo.

Sérgio Machado acusara o ex-presidente e os senadores de ter recebido dinheiro sujo, desviado da Petros, para financiar as suas campanhas eleitorais. Sarney disse que se o Ministério Público levasse adiante aquela acusação, a instituição estaria cometendo um grave erro e poderia sofrer um duro e perigoso processo de erosão na sua credibilidade como uma das instituições mais importantes do País. Além de disparar chumbo grosso contra Sérgio Machado, José Sarney fez duras críticas ao então procurador geral da República, Rodrigo Janot, acusando de transformar em verdade uma armação que não produziu qualquer dano  ao País, agindo, portanto, como um irresponsável, mais interessado nos holofotes. Na sua defesa, José Sarney jamais negou a autenticidade das gravações, confirmou a reunião em que as conversas se deram. Ao mesmo tempo, negou, com veemência e indignação, que estivesse se reunido com seus aliados políticos para traças um plano destinado usar dinheiro público desviado para financiar as campanhas de candidatos do PMDB.

Por mais que tenha disfarçado, o procurador geral Rodrigo Janot sentiu a pancada, deu-se cinta de que havia forçado a barra  a começar pelo fato de que ninguém enxergou crime na conversa em que José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá. Investigadores da Polícia Federal se debruçaram sobre a gravação em busca de qualquer indício que pudesse ser usado como prova do “crime”, mas tudo o que puderam interpretar foi uma conversa entre políticos procurando meios para enfrentar acusações feitas a nomes pemedebistas nos momentos iniciais da Lava Jato, mas sem a ideia de tramar fórmulas que pudessem ser interpretadas como  artimanhas contra investigações como objetivo de obstruir a Justiça.

Já visto como o decano dos políticos brasileiros e dono de inteligência e habilidades raras nesse campo minado onde só os competentes têm vida longa, José Sarney milita nesse batente por mais de seis décadas. A velha raposa dificilmente montaria uma armadilha para ela própria cair, mesmo convivendo com gente do naipe do “monstro moral” Sérgio Machado. O arquivamento da denúncia mostra que, pelo menos até aqui, o ex-deputado federal, ex-governador, ex-senador, ex-presidente do Senado e do Congresso Nacional e ex-presidente da República vai mantendo sua biografia intacta em três aspectos fundamentais: todos os mandatos que exerceu foram conquistados pelo voto direto em eleições duras, venceu todos os confrontos que travou nas urnas, e até agora não sofreu condenação judicial por qualquer motivo.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Inauguração do HTO: governador e secretário comemoram e oposicionistas amarga derrota

Governador Flávio Dino entregou o novo Hospital de Traumatologia e Ortopedia, em São Luís. Foto: Handson Chagas/Secap
Flávio Dino, (centro), Carlos Lula e Edivaldo Jr. â direita, e Rubens Jr. Clayton Noleto e Bira do Pindaré à esquerda, no ato inauguração do HTO, ontem pela manhã

Contrariando todas as previsões negativas e tentativas de minar o projeto levadas a cabo pela Oposição, o governador Flávio Dino (PCdoB) inaugurou ontem (09), com a pompa devida, o Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO), uma unidade inédita no Estado, capaz de atender casos de alta complexidade e capacidade para realizar 400 cirurgias por mês, o que contribuirá decisivamente para desafogar o sistema municipal de Saúde nessa área. O HTO, que fica no Jardim Eldorado, vai atender pacientes tanto da Grande Ilha e do continente. Na sua fala, o governador o HTO representa um marco para a Saúde maranhense, pois foi preciso vencer resistências para que ele fosse concluído e inaugurado. “Não perdemos nunca a alegria de fazer o bem. Esse é o milagre desse governo, o milagre da multiplicação das oportunidades, da luta obstinada pela igualdade, de não ter medo de nada e nem de ninguém”, disse o governador, fortemente emocionado. E foi mais longe e mais enfático: “Não importa quem foi poderoso ontem ou se esse alguém se acha dono da riqueza e do poder. Aqui não temos medo”. E concluiu dando a dimensão exata do que sentia: “Poucas inaugurações me emocionaram tanto quanto esta, porque é fruto de luta”.

E não foi fácil mesmo. Desde que o projeto começou a ganhar forma, oposicionistas ligados ao ex-secretário de Saúde Ricardo Murad tentaram bombardeá-lo de todas as maneiras, levantando dúvidas sobre o aluguel do prédio, sobre as obras que ali estavam sendo realizadas, sobre a instalação dos equipamentos, numa espécie de catilinária com o objetivo era embaraçar o andamento das obras e a concretização do projeto. Por conta disso, o secretário de Saúde, Carlos Lula, teve de responder a várias investidas e chegou a ser levado à Assembleia Legislativa para explicar o que estava claro. No seu discurso, Carlos Lula disse que o hospital atende a um pedido antigo dos médicos maranhenses. Ele previu que, em um ano, a fila de espera por cirurgias vai estar consideravelmente menor. Hoje, são cerca de duas mil pessoas no aguardo. O HTO tem capacidade para 4,8 mil cirurgias por ano, mas “a fila vai ganhando novos componentes a cada dia”, principalmente por causa dos acidentes de moto, frisou o secretário. “Temos 100% de capacidade aqui. Ninguém mais precisa sair do Maranhão para tratar qualquer doença ortopédica”, disse.

A inauguração do HTO deixou a Oposição desanimada.

Flerte do PSDB cm Sarney Filho tem prós e contra

Sarney Filho: candidatura decidida
Sarney Filho: namoro sem futuro com PSDB

Não surpreendeu a informação de que o braço maranhense do PSDB caminha para uma aproximação com o Grupo Sarney, que começaria com a possibilidade de conversa para o ingresso do deputado federal e atual ministro do Meio Ambiente Sarney Filho, que é pré-candidato ao Senado e encontra-se na iminência de deixar o PV, tendo como alternativas o PSD e o PMDB. Agora, esse leque de alternativas de amplia com a inclusão do PSDB, conforme revelação feita pelo ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião

Madeira, ao blog do jornalista Marco Aurélio D`Eça. Se o deputado Sarney Filho vier a se converter ao tucanato, a corrida sucessória no Maranhão poderá ganhar desdobramentos e montagens absolutamente surpreendentes, mas possíveis, já que PSDB e PMDB deverão se juntar no plano nacional contra o projeto eleitoral das esquerdas, com repetição desse cenário nos estados, em especial no Maranhão.

Mesmo que ainda restem traços fortes de rusgas entre os Sarney e o PSDB, consequência do rumoroso Caso Lunus, uma armação supostamente engendrada pelos tucanos para detonar a caminhada da então governadora Roseana Sarney (PMDB) para se tornar candidata à presidência da República em 2002, Sarney Filho não teria maiores problemas para ingressar no ninho. Suas afinidades com a linha de atuação do PSDB se desenvolveram durante a sua convivência com os líderes tucanos quando foi ministro de Minas e Energia do Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem mantém. Seu ingresso no PSDB, portanto, seria bem recebido pelos líderes tucanos, a começar pelo ex-presidente, que em diferentes ocasiões elogiou o deputado pela eficiência como ministro do Meio Ambiente e pela lealdade à linha de ação daquele Governo.

Por outro lado, há obstáculos políticos gigantescos separando o ministro Sarney Filho do PSDB. O primeiro é a provável candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) ao Governo do Estado. Como é sabido que, pelo menos até aqui, o PSDB terá candidato a governador, o senador Roberto Rocha, Sarney Filho ficaria numa situação de extrema complexidade. Apoiaria o candidato do seu partido ou, mesmo convertido ao tucanato, se engajaria na candidatura da irmã? Não é preciso fazer grande esforço para obter a resposta. Isso porque nem o senador Roberto Rocha nem a ex-governadora Roseana Sarney abriria mão da sua candidatura em favor do projeto de Sarney Filho. Logo, é improvável que o ministro do Meio Ambiente se converta ao tucanato, sendo mais provável que ingresse no PSD, vá se juntar aos seus no PMDB ou permaneça no PV.

São Luís, 10 de Outubro de 2017.

Entrevista mostra que Flávio Dino vai partir para o confronto direto com Roseana Sarney e Roberto Rocha

 

Flávio Dino vai para o confronto direto com Roseana Sarney e Roberto Rocha
Flávio Dino vai para o confronto direto com Roseana Sarney e Roberto Rocha durante a campanha eleitoral

Sinais fortes estão indicando que a campanha para o Governo do Estado será marcada por uma dura guerra verbal entre os principais candidatos. O governador Flávio Dino (PCdoB) deixou claro, ontem, numa entrevista à Rádio São Luís, que não vai ficar sentado esperando que seus adversários o ataquem. Ao contrário, ele deu uma demonstração clara e inequívoca de que vai tomar a iniciativa e chamar para a briga a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) – se ela for candidata ao Governo do Estado – e o senador Roberto Rocha (PSDB) – que já é candidato assumido. Provocado sobre a guerra eleitoral que se aproxima, o comunista disparou chumbo grosso na direção da pemedebista e do tucano. Sobre a ex-governadora, disse que ela representa “o atraso”, e em relação ao senador, avaliou que ele tomou o “caminho errado” e espera que ele retome “o caminho certo”. Com suas declarações, Flávio Dino respondeu a algumas estocadas que recebera de ambos recentemente.

Ao disparar sua metralhadora verbal na direção de Roseana Sarney e Roberto Rocha, Flávio Dino avisa aos seus contendores de que está preparado para o confronto. Sua iniciativa evidencia que ele entende que não pode ficar na defensiva, pois isso geraria no eleitorado a impressão de que preferiria atravessar a campanha sem o confronto direto com os demais candidatos a morar quatro anos no Palácio dos Leões. Não se preparar para o embate verbal seria uma demonstração de franqueza que não cabe no figurino de um político nascido no enfrentamento implacável das assembleias estudantis e chegou à maturidade como líder mais destacado de uma geração. E essa marca do confronto aberto está presente nos discursos do governador.

Na entrevista à Rádio São Luís, o líder comunista foi brando com o senador Roberto Rocha, como se estivesse querendo trazer de volta uma ovelha desgarrada do seu rebanho. Limitou-se a lamentar que o senador tenha rompido com o seu grupo, revelando a perspectiva de que ele dê uma guinada de volta à aliança governista. Só que Roberto Rocha encontra-se a anos luz dessa aliança, tanto no plano puramente político, quanto no viés ideológico. O senador tucano assumiu claramente a sua condição de adversário do governador e está determinado a disputar o Palácio dos Leões. E para consolidar essa guinada, vem usando retórica com o peso necessário para ocupar o espaço que precisa para seguir em frente, e nessa linha discursiva a pancadaria será direcionada ao governador.

Nesse contexto, é rigorosamente certo que o confronto mais duro se dará entre Flávio Dino e Roseana Sarney, caso ela venha mesmo a ser candidata. Mas é certo também que o senador Roberto Rocha, com a ousadia que vem exibindo, não se conformará com a condição de “regras três”. Com certeza vai usar todos os recursos da retórica para se apresentar como um candidato viável e, por esse caminho, tentar atrair o governo para o confronto direto, se possível isolando a ex-governadora.

Com o recado dado ontem no microfone da Rádio São Luís, o governador Flávio Dino mostrou-se disposto a levar a campanha para um enfrentamento direto e sem rodeios, no qual usará como munição a sua obra de Governo, o discurso da mudança e as duras críticas que faz há anos ao Grupo Sarney. Roseana Sarney, lógico, não se intimidará e reagirá no tom que lhe convier, mesmo sabendo que cada reação produzirá um novo ataque. O senador Roberto Rocha, por seu turno, deverá se valer do discurso intenso e provocador, mais ou menos como está fazendo já há algum tempo, para mostrar ao mundo que abandonou o barco da esquerda para ser o expoente tucano na campanha que se aproxima.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Publicidade do PSDB exalta a gestão de Carlos Brandão e ignora retorno de Roberto Rocha

Carlos Brandão: deve sair, mas leva respeito da cúpula nacional dos tucanos
Carlos Brandão: publicidade faz balanço da sua gestão e ignora Roberto Rocha

O vice-governador Carlos Brandão ainda não assimilou o ingresso do senador Roberto Rocha no PSDB nem sua candidatura ao Governo do Estado sacramentada pela cúpula do tucanato nacional. Numa demonstração de que não está conformado e que não está disposto a vender barato essa mudança de rota do partido no Maranhão, Carlos Brandão mandou veicular na TV uma série de peças publicitárias que fazem um balanço da vida recente do partido, que cresceu fortemente nas eleições de 2016, quando saiu das urnas com 29 prefeitos, vários vice-prefeitos e uma penca expressiva de vereadores. Os anúncios enfatizam que o PSDB nunca foi tão forte no Maranhão e credita toda turbinada aos esforços do vice-governador. Com tintura de balanço final e em tom de despedida, as peças não fazem qualquer referência à mudança de rumo que o partido começou a viver no último dia 04 em Brasília, quando a cúpula partidária se juntou para receber de volta sua ovelha desgarrada. Pelo tom da propaganda partidária, Carlos Brandão avisa que manterá controle absoluto sobre o ninho maranhense até o momento em que for obrigado a deixá-lo. Essa mudança deve acontecer no início de novembro, quando o partido se reunirá para receber Roberto Rocha como candidato a governador e o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, como seu novo chefe. Nessa situação, se Carlos Brandão decidir mesmo deixar o partido, o que deve acontecer, o fará de cabeça erguida e acompanhado de boa parte da força que acumulou nas eleições municipais.

 

Sarney Filho deve desfazer nó partidário até o final do ano

Sarney Filho: assumiu o ônus de explicar de explicar extinção de reserva
Sarney Filho deve mudar de partido

É quase certo que o deputado federal Sarney Filho, atual ministro do Meio Ambiente, não disputará cadeira de senador pelo PV. Em rota de colisão com o comando nacional da agremiação verde, ele avaliou uma série de opções e estaria agora namorando o PSD e flertando com o PMDB. O motivo maior das suas rusgas com o PV – partido que ajudou a fundar no País a partir do movimento ambientalista que ajudou a criar na Câmara federal ainda nos anos 80 do século passado – são diferenças em relação a posições que os verdes tomarão na corrida presidencial. Um grupo quer abraçar a candidatura de Marina Silva (Rede), outra advoga uma aliança com a esquerda para apoiar Lula da Silva (PT), se ele vier a ser candidato.  A condição de ministro obriga Sarney Filho a seguir o rumo que o presidente Michel Temer na corrida presidencial. Isso porque a nomeação do parlamentar maranhense para o ministério foi uma escolha pessoal do presidente e não uma indicação do PV. Sarney Filho, que aparece nas pesquisas como um dos favoritos na corrida senatorial, deve desfazer esse nó até o final do ano.

São Luís, 09 de Outubro de 2017.

 

A um ano das eleições, quatro forças políticas se organizam para o enfrentamento nas urnas

 

Flávio Dino vai disputar provavelmente com Roseana Sarney, Roberto Rocha está lançado e Raimundo Pedrosa é uma possibilidade
Flávio Dino vai disputar provavelmente com Roseana Sarney, Roberto Rocha está lançado e Raimundo Pedrosa é uma possibilidade na corrida pelo Governo estadual

 

Este Domingo representa o marco inicial da contagem regressiva para as eleições gerais do ano que vem, quando, em meio aos traços de recuperação das perdas impostas ao País pela devastadora crise econômica e aos traumáticos desdobramentos da Operação Lava Jato e similares, os brasileiros irão às urnas escolher presidente da República, dois terços dos senadores, deputados federais e deputados estaduais. No Maranhão, quatro forças se movimentam em busca de espaço para emplacar seus candidatos, principalmente a presidente e a governador, a partir dos quais escolherão também dois senadores, 18 deputados federais e 42 deputados estaduais.

A primeira força é a aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição, que reúne um espectro partidário que vai da esquerda à direita (PCdoB, PT, PSB, PDT, PPS, PTC, SD, PHS, PSDC, DEM e, provavelmente, PTB). A segunda força é o Grupo Sarney, liderado pela ex-governadora Roseana Sarney e que tem ela próprio como o nome mais viável para enfrentar o poder de fogo do governador Flávio Dino, sustentada por uma teia partidária formada por PMDB, PV, PP, PSC, PSDC, PSD, PTN, PMN, PEN e, provavelmente, PROS). A terceira força nasceu na semana passada, com o lançamento do senador Roberto Rocha candidato a governador pelo PSDB e que deve reunir aos alguns partidos menores, como o Avante, por exemplo. E quarta força, politica e eleitoralmente inexpressiva, mas muito barulhenta, formada pelos partidos da esquerda radical, como PSOL, Rede, PSTU, PCB e PCO, que ainda não se formou como bloco nem definiu uma política de grupo, não tendo, ainda, candidato a governador, por exemplo.

Em que pese a movimentação por conta das novas regras eleitorais e dos desdobramentos da crise política envolvendo caciques como o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), essas forças ainda estão se movimentando num cenário furta-cor, no qual a incerteza é a sensação predominante.

Não há dúvida de que o governador Flávio Dino, por uma série de fatores – prestígio pessoal e político em alta, Governo limpo, eficiente e socialmente correto e base partidária ampla, entre outros – tem a posição mais estruturada e confortável entre os integrantes da corrida sucessória, principalmente se levado em conta o fato de que a maioria das pesquisas o aponta como franco favorito na corrida ao Palácio dos Leões. Coerente política e ideologicamente, o governador se movimenta com a possibilidade de fazer uma dobradinha com o ex-presidente Lula no Maranhão, caso o líder petista venha a ser candidato, o que ainda é uma incógnita. Enquanto a definição não chega, Flávio Dino lastreia sua candidatura ampliando sua base partidária com as forças possíveis, podendo até atrair a esquerda radical para uma aliança informal. Fará dobradinha com o candidato presidencial da seara esquerdista, podendo ser o ex-presidente Lula da Silva ou Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo A aliança situacionista já tem o deputado Weverton Rocha (PDT) praticamente certo como candidato a uma das vagas no Senado, estando os deputados federais José Reinaldo Tavares (PSB), Eliziane Gama (PPS) e Waldir Maranhão (PTdoB) o apoio governista pela outra vaga. Há também fortes tremores na montagem das chapas proporcionais, o que, vale lembrar, é um dado natural em tempos pré-eleitorais.

No cenário sucessório maranhense, o Grupo Sarney ainda uma força politica respeitável, principalmente por causa da influência do ex-presidente José Sarney (PMDB) e pelo cacife político e eleitoral da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Ela ainda não decidiu se será ou não candidata ao Governo do Estado, mas dentro e fora da seara sarneysista é quase unanime a convicção de que a ex-governadora será o principal adversário do governador Flávio Dino. Roseana sabe que tem pela frente uma missão dificílima, primeiro porque o adversário a ser batido é muito forte, e segundo, porque antes de partir para o enfrentamento, ela terá de recompor pelo menos parte do seu grupo, que sofreu forte dispersão nas eleições de 2014 e 2016. Política tarimbada, Roseana Sarney trabalha para fortalecer seu grupo e ela própria em Brasília, onde opera como um dos articuladores do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional. Se vier a ser candidata, Roseana Sarney farpa dobradinha com o candidato presidencial que o PMDB apoiar, podendo ser do partido ou do PSDB. Além de decidir se carregará ou não o fardo da candidatura, a ex-governadora tem pela frente o complicado desafio de montar a chapa para o Senado, que já tem o irmão, depurado federal Sarney Filho (PV) como candidato assumido, restando uma vaga para os atuais senadores pemedebistas João Alberto e Edison Lobão.

A terceira força ganhou forma na quarta-feira (4) da semana passada, quando o senador Roberto Rocha desembarcou de volta ao PSDB, onde, ato contínuo, ganhou a vaga de candidato ao Governo do Estado. Além desligar o PSDB da aliança liderada pelo governador Flávio Dino e colocá-lo na oposição, Roberto Rocha terá de se desdobrar para construir uma aliança partidária, mínima que seja, para dar mais consistência ao seu projeto de chegar ao Palácio dos Leões. Ele entra na corrida sucessória com a vantagem de representar um partido forte e consolidado, mas sem muita expressão no estado, podendo também fazer dobradinha com o candidato presidencial que vier a sair da aliança PMDB/PSDB. Finalmente, o candidato tucano terá de coordenar a formação de uma chapa incluindo dois candidatos ao Senado, o que não será fácil.

O leque de forças se completa com as esquerdas radicais, que dificilmente fecharão com algum dos grupos já elencados. Mesmo tendo alguns dos seus líderes já sinalizando flexibilização, PSOL, PSTU, PCB dificilmente sairão da seara do esquerdismo radical contra tudo e contra todos, alimentando um zoadento mas saudável. Esse grupo poderá, no máximo, se juntar em torno do provável candidato do PSOL, o advogado Raimundo Pedrosa, e de nomes como Marcos Silva, Saulo Angelli e Haroldo Sabóia para o Senado.

O fato é que, ainda que as principais definições só venham a ocorrer nos primeiros meses do ano que vem, a corrida começa agora nos bastidores, e com muita intensidade.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Escolha do vice de Flávio Dino já é assunto intensamente discutido nos bastidores

Carlos brandão, Tema Cunha e Edivaldo Jr.: nomes cotados para vice
Carlos brandão, Tema Cunha e Edivaldo Jr.: nomes cotados para vice na chapa do governador Flávio Dino

Um debate intenso começa a ser travado nos bastidores da aliança liderada pelo governador Flávio Dino: quem será o vice do candidato do PCdoB? O caminho natural seria o atual vice-governador Carlos Brandão (PSDB), mas a guinada radical dada pelo partido na semana passada com o retorno do senador Roberto Rocha e sua candidatura ao Governo do Estado pode ter minado irreversivelmente sua posição. A reviravolta no PSDB assanhou de vez a discussão sobre a escolha do vice. Agora, o PT assumiu a linha de frente reivindicando a vaga de vice, usando como argumento a aliança do governador Flávio Dino com o ex-presidente Lula da Silva. Os petistas não falam ainda de nomes, mas batem pé e dizem que a vice é do PT, e ponto final. Ao mesmo tempo, há um forte movimento dentro do PSB apontando o presidente da Famem e prefeito de Tuntum, Cleomar Tema Cunha, como nome forte para compor a chapa como vice. Respeitado como gestor e como líder municipalista, Tema se mantém discreto sobre o assunto, argumentando que ainda não é hora para essa definição. Numa situação bem mais discreta, o PDT reivindica a vaga de vice, tendo algumas vozes indicando o prefeito de São Luís, Edivaldo Jr., hoje o nome mais forte e influente na aliança de esquerda liderada pelo governador Flávio Dino, e que funciona como uma garantia sólida de que, se reeleito, o governador passaria o bastão do poder para um nome confiável de com futuro político aberto. Outra corrente propõe, sem muita ênfase, que o governador Flávio Dino escolha um vice do próprio PCdoB, para com correr com uma chapa pura, mas essa tese parece não ter condições de prosperar. O fato é que a questão já está posta, faltando apenas chegar o momento oportuno para que ela seja resolvida pelo governador Flpavio Dino, que terá a última palavra.

 

João Alberto: agenda cheia e decisões à vista sobre o futuro

João Alberto comemorou decisão do Conselho a favor de Aécio Neves
João Alberto na tribuna do Senado: múltiplas ações e agenda cheia em Brasília e no Maranhão

Aos 82 anos, completados recentemente, o senador João Alberto (PMDB) cumpre agenda de um político de 40 anos. Dedicado integralmente à suas atividades formais como senador da República, João Alberto cumpre as tarefas de 2° vice-presidente do Senado – que inclui presidir sessões e reuniões de Mesa Diretora na ausência do presidente e do 1º vice-presidente -, dedica parte do seu tempo às responsabilidades de presidente do Conselho de Ética, além de participar frequentemente das reuniões da várias comissões que integra, seja como titular, seja como suplente. A agenda do senador pemedebista encontra tempo para manter contatos com ministros de Estado e, vez por outra, com o próprio presidente Michel Temer, de quem é amigo e interlocutor eventual. Além do mais, João Alberto mantém viva sua ampla rede de relações no cenário político estado, fazendo questão de conversar com líderes políticos das mais diferentes regiões, incluindo até os que não pertencem ao Grupo Sarney. Não pastasse isso, o senador dedica parte do seu tempo em São Luís à administração do braço maranhense do PMDB, que preside há quase três décadas, alimentando um cuidadoso processo de gestão – gastos, prestação de contas e organização -, que tornou o partido um exemplo no estado. Em meio a tudo isso, o senador não abre mão de encontrar tempo para se dedicar ao que mais o estimula: a política de Bacabal, à qual dedica muita energia. No momento, dedica esforços para reverter na Justiça uma situação esdruxula, que é a permanência do adversário Zé Vieira (PR), que é ficha-suja, para que o deputado Roberto Costa (PMDB), que participou da eleição sem qualquer restrição e foi o segundo colocado, possa assumir e exercer o mandado. O senador sabe que terá de tomar decisões graves sobre o seu futuro – pode ser candidato à reeleição, a vice-governador e até mesmo a governador  -, mas não parece preocupado com isso, lembrando sempre que é homem de grupo e que seguirá o caminho que o partido decidir. Não sem antes, claro, defender sua posições com a firmeza de sempre.

São Luís, 08 de Outubro de 2017.