Arquivos mensais: julho 2022

Convenções confirmam Brandão, Weverton, Lahesio e Edivaldo Jr. na briga pelo comando do estado

 

Carlos Brandão entre Flavio Dino e Felipe Camarão, Weverton Rocha aponta seu caminho e Edivaldo Jr. reafirma projeto em convenções realizadas por seus partidos

Com a definição do quadro de candidatos, que será completado com a confirmação, neste Domingo (31), de Lahesio Bonfim pelo PSC, a corrida ao Palácio dos Leões ganha sua composição definitiva e começa para valer com os preparativos para a campanha eleitoral, cuja largada será daqui a duas semanas. As pesquisas feitas até aqui apontam o governador Carlos Brandão (PSB) na frente, seguido de Weverton Rocha (PDT), Lahesio Bonfim e Edivaldo Jr. (PSD), que de fato estão brigando pelo comando do Estado. Por meio das suas convenções, cada candidato tentou mostrar o seu poder de fogo político e eleitoral, mesmo sabendo que alguns milhares a mais numa festa partidária não farão muita diferença no jogo duro que começa agora, ainda que festas partidárias causem boa impressão.

A convenção do PSB, realizada na região do Bacanga, formalizou a coligação “O Maranhão não pode parar” (PSB/PT/PCdoB/PV/PP) e confirmou a candidatura do governador Carlos Brandão à reeleição, tendo como vice o advogado Felipe Camarão (PT) e o ex-governador Flávio Dino (PSB) ao Senado, fazendo também uma declaração formal de apoio à candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) à presidência da República. Trata-se de uma coligação bem formatada, afinada, com candidatos bem definidos, objetivos muito claros e sem qualquer traço que comprometa a sua unidade. Os seus movimentos giram em torno da forte parceria política e eleitoral que une o governador Carlos Brandão e o ex-governador Flávio Dino, além da afinidade e os interesses que movem as principais legendas da coligação. Os milhares de apoiadores presente à convenção assistiram num telão a mensagem do ex-presidente Lula da Silva declarando apoio às candidaturas de Carlos Brandão e Flávio Dino. Sem nenhuma distorção, a convenção do PSB mostrou unidade política do grupo partidário da coligação, dando aos seus candidatos caminho livre para seguir em frente.

Realizada na noite de sexta-feira (29) no estádio “Nhozinho Santos”, onde foi instalada uma megaestrutura, a convenção do PDT consolidou a candidatura do senador Weverton Rocha, tendo como vice o deputado estadual Hélio Soares (PL). Preparada para ser um espetáculo político capaz de impressionar o Maranhão, a festa pedetista foi animada, mas não foi completa. Inexplicavelmente, o partido, cujo comando rompeu com ex-governador Flávio Dino, não lançou – por falta de interesse – um candidato ao Senado, optando por apoiar a candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição. Em resumo, embalada em parte pelo que ainda resta da militância do PDT e por “aliados” do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) trazidos a São Luís, a festa partidária mostrou e formalizou o alinhamento do candidato do PDT com as forças bolsonaristas. Tanto que, a massa presente reagiu com sonora vaia ao discurso de uma líder camponesa defendendo a candidatura de Lula da Silva. Essas e outras contradições serão pedras no sapato do senador Weverton Rocha no confronto que de fato começa agora, no qual ele entra com o desafio de sair da inércia e afastar a ameaça chamada Lahesio Bonfim.

O ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. foi confirmado, candidato a governador na convenção do PSD, realizada na casa de festas Villa Reale, tendo como vice a empresária imperatrizense Andréa Heringer (PSD), escolhida pelo presidente regional do partido, deputado federal Edilázio Jr.. A convenção do PSD ganhou peso político com a presença do presidente nacional da agremiação, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que segundo uma fonte do partido, foi uma demonstração de prestígio de Edivaldo Jr. E foi marcada por um forte mal-estar: Edivaldo Jr. se retirou da convenção para não receber o senador Roberto Rocha (PTB), que teve sua candidatura à reeleição apoiada pela cúpula estadual do partido. Em quarto lugar nas intenções de voto, segundo as últimas pesquisas, Edivaldo Jr. ganha a condição de candidato com o desafio de reverter esse cenário.

Lahesio Bonfim será confirmado candidato a governador na manhã deste domingo (31), em convenção do PSC. Até o fechamento da Coluna, no início da madrugada, não havia indicativo de quem será seu vice, embora muitos insistissem na possibilidade de a escolha recair mesmo sobre o vereador e presidente do PSC em São Luís, Gutemberg Araújo. A convenção da sigla social-cristã seguirá o script das do PDT e do PSD, declarando apoio à candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição. Essa decisão, com a qual Lahesio Bonfim não simpatiza nem um pouco, teve de ser por ele abraçada, sob pena de não ter a legenda, conforme ameaça feita pelo presidente regional do partido, deputado federal Aluísio Mendes, que representa uma das frentes do bolsonarismo no Maranhão. O apoio a Roberto Rocha é orientação do Palácio do Planalto, cujo projeto maior é minar a candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado.

No mais, o quadro está completo com a as candidaturas de Simplício Araújo (Solidariedade), Enilton Rodrigues (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Frankle Da Costa (PCB), time sem poder de fogo para brigar no campo eleitoral, mas com gás fomentar o debate.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino ganha força em mensagem cifrada de Lula

Lula da Silva fez elogios a Flávio Dino

O ex-governador Flávio Dino ganhou uma dose de reforço em matéria de prestígio político durante a convenção do PSB. Nada menos que uma forte declaração de apoio do ex-presidente e candidato a presidente Lula da Silva, que entre outras disse o seguinte:

“É uma pessoa excepcional, companheiro da mais alta qualidade. É imprescindível, muito importante, que a gente consiga eleger com muito voto nosso querido companheiro Flávio Dino. É uma figura muito especial, como homem, como político, como pai e como companheiro. Eu tenho certeza que ele será uma das pessoas que vai me ajudar, eu e o Alckmin, a fazer desse país melhor, mais justo, mais produtivo, e mais solidário”.

Muitos encontraram nas palavras de Lula da Silva a mensagem cifrada segundo a qual, caso o petista seja eleito presidente e o socialista vença para o Senado, é quase que o ex-governador será convidado para integrar a equipe ministerial do Governo petista. Isso porque Flávio Dino é considerado hoje um dos melhores e mais experientes quadros do País, com competência para fazer a diferença no governo da República.

 

 

Apontado como suspeito de corrupção pela PF, Maranhãozinho festejou na convenção do PDT

Weverton Rocha registrando ato a seu favor organizado por Josimar de Maranhãozinho; na foto a deputada Detinha e a prefeita de Zé Doca

Deu no portal G1, na sexta-feira (29), data em que foi realizada a convenção em que o PL confirmou a candidatura do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) à reeleição:

“A Polícia Federal concluiu que o deputado federal licenciado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) participou de um suposto esquema que utilizava empresas fantasmas para fraudar obras de pavimentação em estradas da cidade de Zé Doca, no interior do estado, cuja prefeita, Jose Cunha (PL) é irmã do parlamentar. Ao todo, estima-se que foram desviados R$ 1,8 milhão. As informações constam em um relatório da PF. A TV Globo teve acesso a trechos do documento. (…) O relatório aponta que Maranhãozinho atuou para garantir a liberação de recursos junto ao governo federal para execução de obras na prefeitura comandada por sua irmã, Maria Josenilda Cunha Rodrigues (PL), no entanto, nenhum projeto foi realizado na cidade. (…) No relatório sobre o suposto esquema de fraude em obras em Zé Doca, a Polícia Federal concluiu que o parlamentar e familiares cometeram crimes como falsidade ideológica, peculato, corrupção, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (…) As investigações apontaram que a empresa contratada para as obras não possui empregados e comprou pouco insumo para a realização da obra. Foram identificadas ainda transações entre a empresa responsável pela obra e outras duas que tinham ligações com Maranhãozinho”.

Na noite de sexta-feira, em meio à repercussão das informações publicadas pelo portal G1, do sistema Globo deputado Josimar de Maranhãozinho foi figura central na convenção do PDT, que confirmou a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT). Sempre sorrindo, o parlamentar, que comanda o partido do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão, circulou com desembaraço entre apoiadores, e todos, inclusive o senador, fizeram de cinta de que nada, absolutamente nada, aconteceu.

São Luís, 31 de Julho de 2022.

Com grandes desafios a vencer, Weverton terá sua candidatura confirmada hoje em megaconvenção do PDT

 

Weverton Rocha montou uma megaestrutura no estádio Nhozinho Santos para realizar sua convenção causando impacto  nos bastidores da corrida sucessória

O PDT realiza hoje a convenção que formalizará a candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado, tendo como vice o deputado estadual Hélio Soares (PL), fruto da aliança com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e, por extensão, com as forças que representam o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Maranhão. Nesse jogo de alianças, o senador Weverton Rocha declarará apoio à candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição, ao mesmo tempo em que não está ainda claro como e em que medida o partido se posicionará em relação a Ciro Gomes, confirmado candidato da legenda à presidência da República. Por todos esses vieses, além da formalização de chapas, a convenção do PDT será um marco na trajetória do senador Weverton Rocha, uma vez que representará uma demonstração de força política e, ao mesmo tempo, o maior desafio da sua carreira. Isso porque, pelo cenário desenhado até aqui pelas pesquisas de opinião, o seu projeto de poder, que está estacionado nas preferências do eleitorado, poderá hoje ser impulsionado e deslanchar, dando-lhe a possibilidade de avançar e vencer a eleição, ou conduzi-lo a um desastre devastador, que o obrigará zerar o jogo em relação ao futuro.

Esse espectro que rascunha a convenção do PDT é explicado pelo caráter de “tudo ou nada” dado pelo próprio senador Weverton Rocha à sua candidatura, passando à sociedade maranhense e ao resto do mundo a impressão de que “se não for agora não será nunca”, o que justifica o espantoso malabarismo político que vem protagonizando desde que o grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) optou pela candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSB). Diferentemente dos demais candidatos, o senador Weverton Rocha vem dando sucessivas demonstrações de que, para ele, chegar ao Palácio dos Leões nesta eleição é uma questão de “vida ou morte” política.

No cenário da corrida sucessória desenhado até aqui, os esforços pessoais e políticos do senador Weverton Rocha têm lhe gerado mais problemas do que vantagens. O rompimento com a posição do governador Flávio Dino para apoiar a candidatura já vitoriosa de Eduardo Braide na eleição para a Prefeitura de São Luís, se por um lado lhe assegurou declaração de apoio do prefeito à sua candidatura, por outro levou o seu partido ao maior desastre político e eleitoral na Capital, depois de um domínio por mais de três décadas. E ao romper em definitivo com Flávio Dino – que foi decisivo para sua eleição de senador – por não ter sido escolhido seu candidato a governador e declarar apoio irrestrito à candidatura do senador Roberto Rocha à reeleição contra o ex-governador, alinhou-se às forças bolsonaristas, tendo como parceiro principal o deputado federal Josimar de Maranhãozinho com sua turma. Mesmo diante desses movimentos, considerados os mais controversos, ele e seus aliados fazem de conta de que tudo é normal e está dando certo.

Em relação à corrida eleitoral em si, o senador Weverton Rocha vai para a sua megaconvenção com o desafio de convencer os delegados do seu partido que tem condições de resolver dois megaproblemas. O primeiro é tirar sua candidatura do estacionamento, viabilizá-la de vez para disputar de igual para igual com a do governador Carlos Brandão, para não correr o risco de ela chegar ao segundo turno muito fragilizada. E o outro, encontrar uma maneira de afastar a ameaçadora aproximação da candidatura do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), que de acordo com a pesquisa Econométrica, divulgada na semana passada, chegou à posição do empate técnico. Além disso, a convenção vai desafiá-lo a reconstruir o bem mais precioso do PDT: a militância pedetista criada pelo legendário Jackson Lago.

Ninguém duvida da viabilidade política e eleitoral do senador Weverton Rocha, e de que o partido chancelará sua candidatura, embalando sua incontestável capacidade de ação política, o arrojo dos seus movimentos e o uso dos meios que lhes dão a condição de líder partidário e senador da República. Mas a julgar pelos fortes sinais emitidos até aqui pelas pesquisas de opinião, o líder pedetista poderá sair da convenção para um sucesso avassalador ou para um fracasso retumbante.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PCB surpreende e lança candidato a governador

Chama-se Frankle Da Costa Lima o mais novo pré-candidato a governador do Maranhão, lançado ontem pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), a mais radical das três correntes  comunistas em atuação no Brasil (Para quem não lembra, uma é o PCdoB, que representa a esquerda democrática, e a outra é o Cidadania, que antes de ganhar esse nome foi parte do PCB, do qual se desgarrou com o nome de Partido Popular Socialista (PPS), para ser finalmente rebatizado com o nome atual). Pelo que foi divulgado, Frankle Da Costa Lima tem 43 anos e é servidor público municipal de Imperatriz, tem ensino médio completo e foi candidato a vice-prefeito em 2020, na chapa encabeçada por Sandro Ricardo, também do PCB. Com a entrada de Frankle Da Costa Lima na corrida eleitoral, sobe para oito o número de candidatos ao Governo do Estado.

 

Vereadora de Pedreiras será vice de Simplício Araújo

Marly Tavares será vice na chapa liderada por Simplício Araújo

O suplente de deputado federal Simplício Araújo, candidato a governador pelo Solidariedade, anunciou ontem a vereadora-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, Marly Tavares (Solidariedade) como candidata a vice-governadora na sua chapa. Com a definição, Simplício Araújo resolve sua candidatura ao Palácio dos Leões, deixando em aberto apenas a vaga de candidato do partido ao Senado. Ele, que integrou a equipe do então governador Flávio Dino (PSB) como secretário de Indústria, Comércio e Energia, surpreendeu ontem o meio político ao declarar que pessoalmente vota no ex-governador, mas que o seu partido quer “discutir” o assunto. A alegação do “partido” para não segui-lo no apoio a Flávio Dino é que o ex-governador não teria procurado o Solidariedade – que fez parte dos dois períodos do governo dinista – “para conversar”.  Incrível.

São Luís, 29 de Julho de 2022.

Com grandes desafios a vencer, Weverton terá sua candidatura confirmada hoje em convenção do PDT

 

Weverton Rocha montou uma megaestrutura no estádio Nhozinho Santos para realizar sua convenção causando impacto no tabuleiro da corrida aos Leões

O PDT realiza hoje a convenção que formalizará a candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado, tendo como vice o deputado estadual Hélio Soares (PL), fruto da aliança com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e, por extensão, com as forças que representam o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Maranhão. Nesse jogo de alianças, o senador Weverton Rocha declarará apoio à candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição, ao mesmo tempo em que não está ainda claro como e em que medida o partido se posicionará em relação a Ciro Gomes, confirmado candidato da legenda à presidência da República. Por todos esses vieses, além da formalização de chapas, a convenção do PDT será um marco na trajetória do senador Weverton Rocha, uma vez que representará uma demonstração de força política e, ao mesmo tempo, o maior desafio da sua carreira. Isso porque, pelo cenário desenhado até aqui pelas pesquisas de opinião, o seu projeto de poder, que está estacionado nas preferências do eleitorado, poderá hoje ser impulsionado e deslanchar, dando-lhe a possibilidade de avançar e vencer a eleição, ou conduzi-lo a um desastre devastador, que o obrigará zerar o jogo em relação ao futuro.

Esse espectro que rascunha a convenção do PDT é explicado pelo caráter de “tudo ou nada” dado pelo próprio senador Weverton Rocha à sua candidatura, passando à sociedade maranhense e ao resto do mundo a impressão de que “se não for agora não será nunca”, o que justifica o espantoso malabarismo político que vem protagonizando desde que o grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) optou pela candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSB). Diferentemente dos demais candidatos, o senador Weverton Rocha vem dando sucessivas demonstrações de que, para ele, chegar ao Palácio dos Leões nesta eleição é uma questão de “vida ou morte” política.

No cenário da corrida sucessória desenhado até aqui, os esforços pessoais e políticos do senador Weverton Rocha têm lhe gerado mais problemas do que vantagens. O rompimento com a posição do governador Flávio Dino para apoiar a candidatura já vitoriosa de Eduardo Braide na eleição para a Prefeitura de São Luís, se por um lado lhe assegurou declaração de apoio do prefeito à sua candidatura, por outro levou o seu partido ao maior desastre político e eleitoral na Capital, depois de um domínio por mais de três décadas. E ao romper em definitivo com Flávio Dino – que foi decisivo para sua eleição de senador – por não ter sido escolhido seu candidato a governador e declarar apoio irrestrito à candidatura do senador Roberto Rocha à reeleição contra o ex-governador, alinhou-se às forças bolsonaristas, tendo como parceiro principal o deputado federal Josimar de Maranhãozinho com sua turma. Mesmo diante desses movimentos, considerados os mais controversos, ele e seus aliados fazem de conta de que tudo é normal e está dando certo.

Em relação à corrida eleitoral em si, o senador Weverton Rocha vai para a sua megaconvenção com o desafio de convencer os delegados do seu partido que tem condições de resolver dois megaproblemas. O primeiro é tirar sua candidatura do estacionamento, viabilizá-la de vez para disputar de igual para igual com a do governador Carlos Brandão, para não correr o risco de ela chegar ao segundo turno muito fragilizada. E o outro, encontrar uma maneira de afastar a ameaçadora aproximação da candidatura do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), que de acordo com a pesquisa Econométrica, divulgada na semana passada, chegou à posição do empate técnico. Além disso, a convenção vai desafiá-lo a reconstruir o bem mais precioso do PDT: a militância pedetista criada pelo legendário Jackson Lago.

Ninguém duvida da viabilidade política e eleitoral do senador Weverton Rocha, e de que o partido chancelará sua candidatura, embalando sua incontestável capacidade de ação política, o arrojo dos seus movimentos e o uso dos meios que lhes dão a condição de líder partidário e senador da República. Mas a julgar pelos fortes sinais emitidos até aqui pelas pesquisas de opinião, o líder pedetista poderá sair da convenção para um sucesso avassalador ou para um fracasso retumbante.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PCB surpreende e lança candidato a governador

Chama-se Frankle Da Costa Lima o mais novo pré-candidato a governador do Maranhão, lançado ontem pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), a mais radical das três correntes  comunistas em atuação no Brasil (Para quem não lembra, uma é o PCdoB, que representa a esquerda democrática, e a outra é o Cidadania, que antes de ganhar esse nome foi parte do PCB, do qual se desgarrou com o nome de Partido Popular Socialista (PPS), para ser finalmente rebatizado com o nome atual). Pelo que foi divulgado, Frankle Da Costa Lima tem 43 anos e é servidor público municipal de Imperatriz, tem ensino médio completo e foi candidato a vice-prefeito em 2020, na chapa encabeçada por Sandro Ricardo, também do PCB. Com a entrada de Frankle Da Costa Lima na corrida eleitoral, sobe para oito o número de candidatos ao Governo do Estado.

 

Vereadora de Pedreiras será vice de Simplício Araújo

Marly Tavares será vice na chapa liderada por Simplício Araújo

O suplente de deputado federal Simplício Araújo, candidato a governador pelo Solidariedade, anunciou ontem a vereadora-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, Marly Tavares (Solidariedade) como candidata a vice-governadora na sua chapa. Com a definição, Simplício Araújo resolve sua candidatura ao Palácio dos Leões, deixando em aberto apenas a vaga de candidato do partido ao Senado. Ele, que integrou a equipe do então governador Flávio Dino (PSB) como secretário de Indústria, Comércio e Energia, surpreendeu ontem o meio político ao declarar que pessoalmente vota no ex-governador, mas que o seu partido quer “discutir” o assunto. A alegação do “partido” para não segui-lo no apoio a Flávio Dino é que o ex-governador não teria procurado o Solidariedade – que fez parte dos dois períodos do governo dinista – “para conversar”.  Incrível.

São Luís, 29 de Julho de 2022.

Eliziane Gama saiu da base ao topo ao ser lembrada para vice de Simone Tebet

 

Eliziane Gama cogitada para ser vice de Simone Tebet

Sem o aval dos braços do partido em Alagoas e na Paraíba, cujos caciques apoiam a candidatura do ex-presidente Lula da Silva, a senadora Simone Tebet (MS) teve ontem sua candidatura à presidência da República oficializada pelo MDB e ratificada pelo Cidadania e pelo PSDB, unidos à agremiação emedebista numa federação. Simone Tebet foi confirmada deixando em aberto a vaga de candidato a vice-presidente, situação que tem de ser resolvida até o dia 5 de Agosto, de acordo com o calendário das eleições. Em meio a uma animada discussão a respeito da indefinição sobre vice, o Cidadania sugeriu a senadora maranhense Eliziane Gama para a vaga, que é reivindicada também pelo PSDB, que tem no gatilho o senador cearense Tasso Jereissati, um dos mais destacados líderes do tucanato nacional. Com a decisão partidária, o MDB do Maranhão – cujos chefes maiores (entre eles a ex-governadora Roseana Sarney, presidente do partido), que apoiam a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) –  fica numa situação confusa.

A decisão do MDB de confirmar a candidatura presidencial, apesar da pressão de caciques pró-Lula da Silva (PT), como o senador alagoano Renan Calheiros, o mais influente chefe emedebista a defender o apoio ao candidato do PT, deu nova dimensão ao projeto eleitoral do MDB. E um dos desdobramentos foi o fato de ter aberto caminho para a possível candidatura da senadora maranhense Eliziane Gama na vaga de vice, colocada, portanto, no mesmo patamar do cearense Tasso Jereissati.

Independentemente do que vier a ser decidido, o simples fato de ter sido citada como provável vice de Simone Tebet deu à senadora Eliziane Gama uma estatura política excepcional, consolidando de vez a imagem que ela vem construindo com o seu desempenho parlamentar – exemplo da CPI da Covid e dos vários projetos de lei que propôs e relatou, além dos embates que ela tem travado com aliados do Palácio do Planalto. Recentemente, foi notícia nacional com a aprovação de projeto da sua autoria fixando base salarial para profissionais da saúde. Eliziane Gama ganhou estatura bem maior do que era esperado pelos que a conhecem e por sua ação política. Além de ser parlamentar atuante, ela vem se consolidando como legisladora produtiva e eficiente, e firmando cada vez mais a sua condição de oposição dura e tenaz ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu governo. Foi dura e implacável durante a CPI da Covid e tem mantido sua metralhadora verbal em relação às dificuldades relacionadas com a pandemia.

A lembrança do seu nome para a vaga de vice, avalizada pelo comando nacional do Cidadania, para ser alçada ao topo da corrida presidencial foi uma demonstração de reconhecimento da sua atuação, o que lhe dá importância bem maior. Apesar de algumas situações controversas, no geral a senadora Eliziane Gama tem sido uma parlamentar de ponta. Isso porque aparece sempre total e corretamente envolvida nas grandes questões que afetam o País, fazendo o papel que lhe cabe nesse contexto de crise atrás de crise, com o risco de quebra da ordem institucional brasileira. Suas posições, seus discursos e seus votos têm sido até agora coerentes, tanto quando se manifesta como senadora pura e simples, quanto quando se posiciona na condição de líder da bancada do Cidadania.

Se vier a ser candidata, ela e seus aliados viverão uma situação delicada no Maranhão. Isso porque ela apoia o projeto de reeleição do governador Carlos Brandão (PSB) e a candidatura senatorial do ex-governador Flávio Dino (PSB), ambos fortemente envolvidos, por escolha pessoal e por força de aliança partidária, com a candidatura do ex-presidente Lula da Silva.

Ontem, durante a convenção emedebista, Eliziane Gama saiu de uma posição discreta e foi elevada ao topo do processo político ao ser lembrada para a vaga de vice da emedebista Simone Tebet. No início da noite, já havia passado de provável candidata à condição remota de improvável. Independentemente do que aconteceu, sendo ela candidata ou não, o fato é que a senadora maranhense foi dormir com estatura política bem maior do que a que tinha quando a convenção do MDB começou, às 14 horas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PSTU confirma Hertz aos Leões e Saulo ao Senado

Hertz Dias e Saulo Arcangeli são as apostas do PSTU ao Governo e ao Senado

O PSTU velho de guerra oficializou, em convenção realizada na noite de terça-feira, a candidatura do professor Hertz Dias a governador, tendo como vice o portuário Jayro Mesquita. Oficializou também a candidatura do servidor federal Saulo Arcangeli à cadeira de senador. Também dos quadros do PSTU do Maranhão saiu a indígena Raquel Tremembé para ser candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada pela professora Vera Lúcia.

Hertz Dias já tem um currículo respeitável no plano das candidaturas. Nas eleições de 2018, ele foi candidato a vice-presidente da República na chapa do PSTU encabeçada pela professora Vera Lúcia, que repete a condição de candidata presidencial neste ano. Nas eleições municiais de 2020, Hertz Dias foi candidato a prefeito de São Luís, tendo como vice o seu atual companheiro de chapa, Jayro Mesquita.

Saulo Arcangeli, por sua vez, iniciou sua trajetória no PSOL, partido pelo qual foi candidato a governador, senador e a prefeito de São Luís. Migrou para o PSTU quando o PSOL foi atingido por um grande “racha”.

 

Solidariedade oficializa candidatura de Simplício Araújo

Simplício Araújo: candidatura confirmada ao Governo do Estado

O empresário bacabalense Simplício Araújo foi confirmado candidato do Solidariedade ao Governo do Estado. A convenção, realizada na noite de terça-feira no Rio Poty, deixou em aberto a vaga de candidato a vice-governador, que Simplício Araújo buscará dentro ou fora do partido, e também a de senador. Muitos observadores davam como certo que Simplício Araújo, que foi secretário de Indústria, Comércio e Energia do Governo Flávio Dino, abraçasse, formal ou informalmente, a candidatura do ex-governador ao Senado, o que não aconteceu. Pelo calendário eleitoral, o candidato do Solidariedade ao Palácio dos Leões tem uma semana para definir seu companheiro de chapa e o candidato ao seu partido ao Senado.

Em Tempo: ao longo dos últimos meses, a Coluna especulou que a movimentação de Simplício Araújo como pré-candidato a governador seria, na verdade, uma estratégia inteligente de viabilizar candidatura à Câmara Federal, da qual é suplente. Ele chegou a reclamar, classificando de “obsessiva” a avaliação da Coluna e insistindo que se candidataria a Governador. Estava certo. Repórter Tempo errou na avaliação, mas continua tentando encontrar a razão de ser dessa candidatura.

São Luís, 28 de Julho de 2022.

Econométrica: Brandão lidera com folga e Weverton encara empate técnico com Lahesio

 

Carlos Brandão, Weverton Rocha e Lahesio Bonfim na disputa em que Edivaldo Jr., Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias estão atuando como figurantes

Se havia dúvidas a respeito da liderança do governador Carlos Brandão (PSB) na corrida às urnas, na qual ele busca a reeleição, elas foram mandadas para o espaço ontem, pela nova pesquisa Econométrica/O Imparcial, segundo a qual o chefe do Executivo estadual tem 34,8% das intenções de voto na corrida ao Palácio dos Leões. Atrás dele estão o senador Weverton Rocha (PDT) com 23,6% e Lahesio Bonfim (PSC) com 20,5%, numa situação de empate técnico, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) com 7,6%, Enilton Rodrigues (PSOL) com 1%, Simplício Araújo (SD) com 0,5%; e Hertz Dias (PSTU) com 0,1%. “Branco ou nulo” somaram 4,6%, e “Não sabe/Não respondeu” 7,4%. Realizada em 57 grandes e pequenos municípios de todo o Maranhão, a pesquisa Econométrica ouviu 1.535 eleitores em 57 municípios, entre os dias 19 e 22 de julho, tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e confiança de 95%, estando também registrada no TRE sob o número MA-08398/2022.

O levantamento confirma a tendência de crescimento do governador Carlos Brandão. Não houve um só levantamento que mostrasse o governador em situação estacionária, nem apontando-como um rolo-compressor. Todas as pesquisas mostraram o governador em movimento, com um crescimento lento, mas consistente, processo que o levou à liderança, agora como líder inconteste e caminhando para ampliar sua liderança e até mesmo pensar na possibilidade de definir a parada em turno único. Não será um processo fácil, mas poucos são os que duvidam dessa possibilidade.

De todas as pesquisas divulgadas até agora, nenhuma trouxe notícias tão ruins para o senador Weverton Rocha. A mais dura: sua permanência, há meses, estancado na mesma faixa entre 20% e 25% das intenções de voto, sem dar sinais de que sairá da inércia. A segunda, com potencial para desanimar seus seguidores: a informação de que ele está nada menos que 11 pontos percentuais atrás do governador Carlos Brandão. E a terceira, com poder para tirar-lhe o sono: a perigosa aproximação de Lahesio Bonfim, que está a apenas três pontos percentuais de distância, e, ao contrário da situação estacionária do pedetista, segue com tendência de crescimento, com gás para ultrapassá-lo em breve e se tornar o adversário do governador Carlos Brandão no segundo turno. Essas informações chegam às vésperas da convenção-gigante que ele e seus aliados estão preparando para o Estádio Nhozinho Santos, na Vila Passos.

Levantados na semana que passou, os números da Econométrica mostram que, além do turbinamento da pré-campanha do governador Carlos Brandão, o crescimento seguro de Lahesio Bonfim, e da estacionada pré-candidatura do Weverton Rocha, chama a atenção o desempenho modesto da pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Jr., o que lhe tira qualquer chance de brigar por uma vaga no segundo turno. Do mesmo modo, a posição dos três primeiros colocados reduz praticamente a zero a possibilidade de ele vir a entrar na briga com alguma chance de crescimento. Essa é a situação de Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias. A começar pelo fato de que já é possível especular, com alguma margem de segurança, que nesse momento só Carlos Brandão, Weverton Rocha e Lahesio Bonfim estão no jogo para valer.

Vale lembrar que o tempo começa a ser amigo dos que estão na frente e padrasto malvado dos que estão atrás. Isso porque a corrida às urnas será daqui a nove semanas, faltando ainda a realização das convenções partidárias, o registro das candidaturas, e mais importante: 45 dias de campanha eleitoral oficial. Será nesse período que se conhecerá a consistência de cada candidato. Divulgada há um dia pelo jornal O Imparcial, portanto às vésperas do início das convenções partidárias que formalizarão o quadro de candidaturas, a pesquisa Econométrica tem tudo para ser o grande divisor de águas da corrida ao Palácio dos Leões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino está 20 pontos à frente de Rocha

Econométrica confirma Flávio Dino com vantagem larga sobre sobre Roberto Rocha

A pesquisa Econométrica, como as anteriores do próprio instituto e de outros, repetiu a informação segundo a qual a disputa para a única vaga no Senado caminha para o desfecho rascunhado desde os primeiros levantamentos: o consistente favoritismo do ex-governador Flávio Dino (PSB), agora reafirmado com 48,5% das intenções voto contra 27,9% do senador e candidato à reeleição Roberto Rocha (PTB). Essa distância tem se mantido com pequenas variações, que não chegaram a um patamar que indique a existência de uma disputa de fato nesse item da corrida às urnas.

Quando foi a campo, no período entre 19 e 22 de julho, há uma semana, portanto, Pastor Bel (Agir36) ainda figurava como pré-candidato ao Senado, tendo pontuado com 6,1% de intenções de voto. Ele, porém, abriu mão da candidatura, saiu do páreo e declarou apoio exatamente ao senador Roberto Rocha, que, em tese, receberá pelo menos parte desses seis pontos percentuais, o que não mudará muito sua situação.

Os candidatos do PSTU, Saulo Arcangeli (1,1%) e do PSOL, Antônia Cariongo (0,4%), caminham para não serem mais do que saudáveis figurações, uma vez que, se não têm poder de fogo para disputar votos, podem contribuir efetivamente para o grande debate que se espera ao longo de uma campanha eleitoral.

A liderança do ex-governador Flávio Dino é fruto saudável de uma intensa e séria militância política.

 

PV quis suplência de Dino, mas chegou tarde

Adriano Sarney 

Deu em nada o movimento feito pelo PV para condicionar o apoio do partido à candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado à concessão da vaga de primeiro suplente ao partido comandado pelo deputado estadual Adriano Sarney. Essa vaga está preenchida pela vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paula Lobato (PCdoB), sem nenhuma possibilidade de revisão. O PV jogou errado. O deputado Adriano Sarney perdeu semanas preciosas dizendo que seu partido não apoiaria a candidatura do ex-governador, quando deveria ter arquivado a chateação do seu pai, o ex-deputado federal Sarney Filho, com a não eleição para o Senado em 2018, e colocado à mesa as pretensões da sua agremiação. Ele sempre soube que, pela falta de lastro eleitoral, o PV dificilmente ganharia a vaga de primeiro suplente na chapa de Flávio Dino, mas poderia, numa boa negociação, indicar o segundo suplente. O fato é que perdeu tempo com conversa fiada e quando resolveu colocar as cartas na mesa já era tarde. E com um detalhe importante: em nenhum momento Flávio Dino fechou a porta da sala de conversas.

São Luís, 27 de Julho de 2022.

Econométrica mostrou como deverá ser a disputa em São Luís pelas vagas na Câmara Federal

 

Roseana Sarney, Duarte Jr. e Bira do Pindaré: das intenções de voto para deputado federal em São Luís

Além de indicativos claros a respeito nas inclinações dos mais de 750 mil eleitores de São Luís em relação à corrida ao Palácio dos Leões e ao Senado, a pesquisa Econométrica/Blog do Gilberto Léda, divulgada na semana passada, trouxe à tona informações importantes a respeito de como será a disputa para as 18 vagas da Câmara Federal nas eleições deste ano. O instituto apresentou uma lista de prováveis candidatos, incluindo deputados federais buscando reeleição, e o resultado é um misto de posições previsíveis e algumas surpresas. Nesse contexto, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) aparece na frente com as intenções de voto de 251 dos 1.053 eleitores ludovicenses ouvidos, seguida do deputado estadual Duarte Jr. (PSB) e candidato a federal, com 214 intenções de voto, e do deputado federal e candidato à reeleição Bira do Pindaré (PSB) com 134 intenções de voto. Juntos, os três foram citados por 599 eleitores, o que corresponde a 56,8% das intenções de voto para depurado federal na Capital, números que os credenciam enfaticamente a serem apontados como prováveis mais votados no maior colégio eleitoral do Maranhão.

Na sequência aparecem o deputado federal e candidato à reeleição Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) com 51 intenções de voto, o suplente de vereador Fábio Câmara (???) com 45, o empresário e ex-suplente de senador Lobão Filho (MDB) com 42, o deputado federal e candidato à reeleição Josimar de Maranhãozinho (PL) com 30, o delegado e ex-secretário de Segurança Jefferson Portela (PDT) com 20, o deputado federal e candidato à reeleição Rubens Jr. (?) com 18, a advogada Flávia Alves (?) com 11, o deputado federal e candidato à reeleição Juscelino Filho (União Brasil) com 11, o deputado federal e candidato à reeleição Márcio Jerry (PCdoB) com 9 e o deputado estadual Fábio Macedo (Podemos) com 3 intenções de voto. “Outros” somaram 21, “nulo” 80 e indecisos 113.

É oportuno deixar registrado que São Luís não espelha exatamente o cenário da corrida ao voto em todo o estado. Mas no caso, levando em conta os aspirantes listados e o peso que cada um deles tem no tabuleiro da política estadual, e a avaliação unânime de que a briga por cadeiras na Câmara Federal será uma das mais renhidas dos últimos tempos, os números são fortes indicadores de que pelo menos parte deles tem condições de se mudar para Brasília no ano que vem.

Com 23,8% de intenções de voto na consulta em São Luís, a ex-governadora Roseana Sarney mostra que atirou certo quando abriu mão de disputar o Governo do Estado e não entrou na briga pelo Senado para candidatar-se à Câmara Federal. Projeções sugerem que o MDB pode eleger quatro deputados federais, entre eles Lobão Filho, que conta com o ainda considerável lastro político e eleitoral do ex-senador Edison Lobão. Duarte Jr., por sua vez, caminha para se consolidar como fenômeno eleitoral, repetindo sua retumbante eleição para a Assembleia Legislativa em 2018 e sua performance surpreendente na disputa para a Prefeitura de São Luís em 2020. Todas as previsões arriscam que ele será um dos mais votados para a Câmara Federal. O expressivo número de intenções de voto para o deputado federal e candidato à reeleição Bira do Pindaré só confirma o lastro político e eleitoral que ele construiu e mantém em São Luís, o que o credencia para a reeleição.

Com exceção do deputado estadual e candidato à reeleição Fábio Macedo e do suplente de vereador Fábio Câmara, que tentará vaga na Assembleia Legislativa, e de Flávia Alves, uma estreante, os demais citados estão dentro da lógica eleitoral. O deputado federal e candidato à reeleição Pedro Lucas Fernandes tem forte atuação em São Luís, enquanto que Josimar de Maranhãozinho vai repetir sua performance na Capital. Surpreendeu o aparecimento de Jefferson Portella, o que é um bom sinal para ele, ao mesmo tempo em quem chamou a atenção o desempenho modesto dos deputados Juscelino Filho, Rubens Jr. e Márcio Jerry, todos candidatos à reeleição.

A pesquisa Econométrica chegou ao cenário pré-eleitoral em boa hora, trazendo elementos que podem ajustar as previsões para o futuro da bancada federal.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Simone Tebet: aula de política na Globo News

Simone Tebet: visão profunda da política e do Brasil

A senadora Simone Tebet (MT), que deve ser confirmada amanhã candidata do MDB a presidente da República, deu ontem uma aula de cultura, talento, visão e pragmatismo políticos numa rica entrevista concedida à Globo News. Ao longo de uma hora e meia, ela foi bombardeada sobre os mais diferentes temas da vida nacional, incluindo o mais espinhoso para ela: a divisão do partido em relação à sua candidatura, com uma banda apoiando-a, outra alinhada ao ex-presidente Lula da Silva (PT), e uma terceira marchando com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Simone Tebet se mostrou absolutamente preparada em todos os aspectos que envolve uma candidatura presidencial. Sabe o que fazer se chegar ao Palácio do Planalto, tem plena noção da grandeza e os limites institucionais do cargo, não está nem um pouco iludida com as armadilhas políticas, tem o domínio do discurso econômico, esbanja conhecimento geopolítico do País conhecimento e tem em mente, com muita clareza, o mapa das mazelas e desgraças produzidas pela violenta desigualdade socioeconômica pelas qual o Brasil é mundialmente conhecido.

Se ela fosse eleita presidente, o Brasil estaria em boas mãos.

 

Fernando Jr.

Fernando Jr.: legado no rádio, no esporte e na pesquisa

Partiu na tarde de domingo (24), levado por câncer na próstata, o jornalista e empresário Fernando Jr.. Tinha 68 anos, tempo em construiu uma trajetória profissional ligada ao rádio, no qual atuou como repórter, comentarista de futebol e dirigente, tendo, já na maturidade, dado uma guinada radical como empreendedor ao fundar e consolidar o instituto Escutec de investigações estatísticas no campo das pesquisas de opinião.

Mesmo não tendo convivido com Fernando Jr. no plano da amizade, o colunista titular deste espaço acompanhou à distância sua trajetória profissional. Estiveram muito próximos durante o ano de 1990. Naquele período, o colunista foi secretário de Comunicação Social do Governo João Alberto, e acatando sugestão do próprio governador, que dirigira a emissora no Governo Sarney, alimentando por ela um carinho especial, nomeou o jornalista Fernando Júnior diretor-geral da Rádio Timbira. Ao longo dos 11 meses do Governo João Alberto, Fernando Jr. transformou a emissora, dando-lhe uma nova estrutura física e administrativa e modernizando seus equipamentos e seu sistema de cobertura jornalística, contando para isso com o apoio direto do secretário de Comunicação e o estimulo do chefe do Executivo.

Exceto num curto período da década de 90, quando ele abriu um pequeno restaurante no início da Avenida Castelo Branco, no São Francisco, especializado em carnes, entre as quais se destacou a bisteca bovina, que se transformou numa atração, o colunista manteve pouco contato com Fernando Jr.. A reaproximação se deu com a fundação do Escutec, já neste século, tendo feito muitas pesquisas em contratos com jornal O Estado, então dirigido pelo colunista. Além disso, só encontros casuais, com manifestações de simpatia e respeito por parte de ambos.

Ao longo desses anos, o colunista enxergou em Fernando Jr. um jornalista ativo e muito bem informado, assim como um empresário incansável, que em meio a muitas dificuldades e a momentos dramáticos se manteve confiante e consolidou um negócio complexo e desafiador: as pesquisas de opinião.

Fernando Jr. partiu ainda jovem para os padrões de hoje, mas deixando marcas encravadas nas ondas de rádio e nas investigações estatísticas.

São Luís, 26 de Julho de 2022.

Exata aponta Weverton à frente de Brandão num contexto em que pesquisas vêm mantendo diferenças

Exata diz que Weverton Rocha está à frente de Carlos Brandão, Lahesio Bonfim, Edivaldo Jr., Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias  na corrida aos Leões

Em meio à forte repercussão do resultado da pesquisa Econométrica que trouxe à tona números segundos os quais o governador Carlos Brandão (PSB) está à frente na preferência do eleitorado de São Luís na corrida ao Palácio dos Leões, seguido do ex-prefeito Edivaldo Jr. (PSD) e tendo o senador Weverton Rocha na terceira posição, o instituto Exata divulgou ontem pesquisa mostrando que em todo o Maranhão o cenário é diferente. A pesquisa, que deveria ter sido divulgada na sexta-feira, mas foi suspensa judicialmente por suspeita de irregularidade formal, foi liberada ontem e mostra o senador Weverton Rocha em primeiro lugar com 29% de intenções de voto, seguido do governador Carlos Brandão com 27%, do ex-prefeito de São Pedro dos crentes Lahesio Bonfim (PSC) com 15%, do ex-prefeito Edivaldo Jr. com 12%, depois de quem aparecem Simplício Araújo (SD) com 2% e Hertz Dias (PSTU) com 1%  e Enilton Rodrigues (PSOL) não pontuou. Levando em conta a margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, Weverton Rocha e Carlos Brandão estão em empate técnico. Não sabem ou não responderam 9% e os brancos, nulos e nenhum somam 5%.

A pesquisa Exata também simulou para os entrevistados disputas em segundo turno, e os resultados foram os seguintes:  uma disputa entre Weverton Rocha e Carlos Brandão, o candidato do PDT seria eleito com 42% dos votos, ficando o socialista com 39%; entre Weverton Rocha e Lahesio Bonfim, o senador venceria por 51% contra 26%; já num embate entre Carlos Brandão e Lahesio Bonfim, o governador venceria o ex-prefeito por 48% a 28%. No quesito rejeição, também pesquisado pelo instituto Exata, Edivaldo Holanda Jr. lidera com 28%, seguido de Carlos Brandão com 20%, Simplício Araújo com 20%, Hertz Dias com 19%, Lahesio Bonfim com 18%, Enilton Rodrigues e, para a surpresa de muitos, Weverton Rocha, ambos com 16%. Contratada pela TV Guará, a pesquisa Exata ouviu 1.475 eleitores entre os dias 12 e 17 de julho, tem margem de erro de 3,2%, confiabilidade de 95% e está registrada no TRE sob o protocolo MA-00040/2022.

A Coluna já registrou, mas repete que os padrões das investigações estatísticas não recomendam que, mesmo em se tratando do mesmo universo pesquisado – no caso os eleitores do Maranhão e os candidatos ao Governo do Estado -, não é possível comparar pesquisas de institutos diferentes, mesmo que seus resultados divirjam ampla e ostensivamente. Daí não ser possível afirmar com segurança quem tem razão nas pesquisas recentes feitas pelos institutos Econométrica – que tem parceria com o blog do jornalista Gilberto Leda -, Escutec – parceiro já consolidado do Sistema Mirante – e Exata – ora contratado pela TV Difusora, ora pela TV Guará. Todas conhecidas dos maranhenses e donas de portfólios que asseguram a imagem de investigadoras experientes, essas empresas têm divergido desde que iniciaram suas sondagens sobre a corrida ao Governo do Estado.

Nos levantamentos mais recentes sobre a corrida ao Palácio dos Leões, realizados com a definição do quadro de candidatos sem a presença do senador Roberto Rocha (PTB) – que preferiu tentar a reeleição -, e do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) – que achou melhor tentar permanecer na Câmara Federal ao invés de ficar sem mandato -, os institutos Econométrica e Escutec têm mostrado o governador Carlos Brandão na liderança, com números aproximados. Por sua vez, o instituto Exata vem mostrando o senador Weverton Rocha à frente, a exemplo da pesquisa divulgada ontem, na qual o senador pedetista lidera com apenas dois pontos percentuais à frente do governador socialista dentro de uma margem de erro de 3,2%, o que leva, sem qualquer esforço, à conclusão de que os dois se encontram numa situação de indiscutível empate técnico.

Vale anotar que, excetuando o embate entre o governador Carlos Brandão e o senador Weverton Rocha, todas as pesquisas recentes têm mostrado os demais candidatos na seguinte ordem: Lahesio Bonfim, Edivaldo Jr., Simplício Araújo, e uma alternância eventual entre Hertz Dias e Enilton Rodrigues. É um bom sinal de que o “problema” dos levantamentos está na posição dos líderes.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lula deve impor dura derrota a Bolsonaro em São Luís

Exata diz que Lula da Silva tem vantagem abissal sobre  Jaír Bolsonaro, que disputa a reeleição no Maranhão.

Se depender dos eleitores de São Luís, o ex-presidente Lula da Silva (PT) vencerá a disputa presidencial já no primeiro turno. É o que sugerem os números da pesquisa Econométrica/Blog do Gilberto Léda, que sondou as intenções de voto do eleitorado da Capital. De acordo com o levantamento, Lula da Silva tem 57% das intenções de voto na Capital, contra 23,9% do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Maior colégio eleitoral do Maranhão, com 750 mil eleitores, o que corresponde a mais de 13% do eleitorado do estado, São Luís tende a infringir mais uma dura derrota a Jair Bolsonaro, que no pleito de 2018, contra o petista Fernando Haddad, recebeu 30,77% dos votos. Agora disputando contra o ex-presidente, a inclinação do eleitor ludovicense é no sentido de tornar mais dura a derrota dele nas urnas.

Os números mostram que o eleitorado de São Luís joga na polarização, à medida que não dá espaço para os outros candidatos. Eles são seguidos por Ciro Gomes (PDT) com 5,1%, Simone Tebet (MDB) com 1,5%, André Janones (Avante) com 0,5%, Emayel (PDC) com 0,5%, Vera Lúcia (PSTU) com 0,2% e Felipe D`Ávila (Novo) com 0,1%. Nenhum deles obteve 6.2% e não sabe/não respondeu foram 4,2%.

Chama a atenção o fato de o PDT, ainda o maior partido de São Luís, apesar das perdas recentes, não abraçar a candidatura de Ciro Gomes, preferindo se dividir entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Em Tempo: a pesquisa ouviu 1.053 eleitores ludovicenses entre os dias 10 e 13 de julho, tem margem de erro de 3%, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número MA-06813/2022.

 

Dino destaca lealdade de Brandão e estoca Weverton com a pecha da traição

Flávio Dino elogia Carlos Brandão e estoca Weverton Rocha

“Brandão foi um vice-governador correto e leal. A lealdade é uma caraterística fundamental para uma pessoa, porque gente que trai, gente que mente, vocês podem ter certeza, se traiu hoje, vai trair outro amanhã e outro depois de amanhã”.

Com essas palavras, pronunciadas em discurso em São Domingos do Azeitão durante ato de pré-campanha, o ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado, disparou chumbo grosso indireto contra o senador Weverton Rocha (PDT), que tem na conta como traidor.

Vale lembrar que Weverton Rocha se elegeu senador em 2020 com o aval e o apoio do então governador. Agora, insatisfeito por não ter sido indicado candidato do grupo ao Governo do Estado, rompeu com Flávio Dino e Carlos Brandão, lançou sua candidatura e se aliou às forças bolsonaristas, movimento no qual o ex-governador enxerga o “vírus” da traição, como batizou o líder pedetista Jackson Lago, quando a prefeita de São Luís, Conceição Andrade (PSB), eleita com o seu decisivo apoio, rompeu com ele e se aliou ao então João Castelo, a quem apoiou contra Jackson Lago na disputa pela Prefeitura de São Luís em de 1992.

O quadro atual desenha mais ou menos o mesmo.

São Luís, 24 de Julho de 2022.

Econométrica: Brandão lidera em São Luís, Edivaldo Jr. é segundo, e Weverton é o terceiro, com desempenho fraco

 

Econométrica: Carlos Brandão lidera em São Luís, seguido de Edivaldo Jr., Weverton Rocha e Lahesio Bonfim; Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias foram praticamente ignorado pelo eleitor ado de São Luís

Na edição de quarta-feira (20), a Coluna mostrou que o senador Weverton Rocha (PDT), tem o apoio de três dos quatro prefeitos da Ilha de Upaon Açu: o de São Luís, Eduardo Braide (sem partido), o de São José de Ribamar, Júlio Matos (PL), e o de Raposa, Eudes Barros (PL). E fez uma avaliação mostrando que apoio de prefeito não significa necessariamente maioria de votos, principalmente em municípios onde o eleitorado é mais esclarecido, como é o caso de São Luís, onde o eleitor não tem “dono”. A pesquisa Econométrica, divulgada ontem com exclusividade pelo sempre bem informado blog do jornalista Gilberto Léda, sobre as preferências do eleitorado ludovicense em relação aos pré-candidatos ao Governo do Estado, mostrou com clareza a realidade levantada por RepórterTempo. Ela mostra o governador Carlos Brandão (PSB), candidato à reeleição, na liderança com 28,7% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito Edivaldo Jr. (PSD) com 24,4%, e do senador Weverton Rocha com 19%, Lahesio Bonfim (PSC) com 10,4%, Simplício Araújo (SD) 0,8%, Enilton Rodrigues (PSOL) com 0,7% e Hertz Dias (PSTU) com 0,2%. A pesquisa indicou também que 9,4% disseram que votarão em branco ou nulo, e que apenas 6,5% estão indecisos.

A pesquisa Econométrica mostrou também que o governador Carlos Brandão ganha em todos os cenários se um eventual segundo turno. Vence o ex-prefeito Edivaldo Jr. por 38,4% a 35,5%, na disputa mais dura. E leva a melhor sobre Weverton Rocha por 36,2% contra 32,3%; e bate com folga Lahesio Bonfim, por 43,8% a 19,4%. E numa simulação de segundo turno entre Edivaldo Jr. e Weverton Rocha, o ex-prefeito bate o senador com vantagem surpreendente e expressiva: 42,3% contra 29,1%. Ou seja, se a eleição fosse agora e os candidatos fossem esses, o eleitorado de São Luís reelegeria o governador Carlos Brandão em todos os cenários de primeiro e segundo turno. O ex-prefeito Edivaldo Jr. venceria o senador Weverton Rocha em todos os cenários em que os dois foram confrontados.

As preferências do eleitorado que décadas atrás o legendário Neiva Moreira, um dos fundadores do PDT, chamou de “rebelde”, mostram esses eleitores movidos agora pelo bom senso, preferindo reconhecer no governador Carlos Brandão um dos responsáveis pelas inúmeras obras físicas e sociais realizadas nos dois períodos do Governo Flávio Dino (PSB), de quem foi um vice leal e correto. Isso sem contar o fato de que o atual governador é ludovicense de nascimento, e não de Colinas, como alguns andaram falando. Esse eleitorado, que faz suas próprias escolhas, mostrou também que reconhece o que foi feito nos dois períodos de governo do prefeito Edivaldo Jr., que é filho legítimo da Capital, dando uma demonstração expressiva de apoio à sua candidatura ao Palácio dos Leões.

Já o senador Weverton Rocha, que comanda a respeitada militância pedetista de São Luís e tem o apoio declarado do prefeito Eduardo Braide, é mostrado com um desempenho pouco animador no eleitorado da Capital, com quase dez pontos atrás do governador Carlos Brandão e pouco mais de cinco pontos atrás de Edivaldo Jr., e está nove pontos à frente de Lahesio Bonfim. Se a posição do pré-candidato do PDT é tão frágil em São Luís a essa altura da corrida às urnas, é lógico avaliar que ele terá imensas dificuldades para reverter esse cenário. A surpresa são os dez pontos percentuais de intenção de voto dados ao ex-prefeito de São Pedro dos Crentes na Capital, pois se não são suficientes para apontar Lahesio Bonfim com condições para ir mais longe, lhe deram uma base importante para continuar pedindo votos no maior colégio eleitoral do Maranhão.

Faltam ainda mais de dois meses para as eleições, mas a tendência revelada pela pesquisa Econométrica indica que o governador Carlos Brandão pode consolidar sua posição na Capital durante a campanha, pois não lhe faltam argumentos nem suporte político. O mesmo acontece com Edivaldo Jr., que faz campanha para ser governador, mas também alimentando o projeto de obter desse eleitorado chancela para voltar a despachar no Palácio de la Ravardière a partir de janeiro de 2025.

Em Tempo: A nova pesquisa Econométrica mediu as intenções de votos do eleitorado de São Luís. O levantamento ouviu 1.053 eleitores no período de 10 a 13 de julho, tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95% e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número MA-06813/2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Na corrida ao Senado, Dino tem 22 pontos de vantagem sobre Rocha na Capital

Flávio Dino lidera com larga vantagem sobre Roberto Rocha na Capital

Ao lhe dar 48,2% das intenções de voto, contra 25,6% do senador Roberto Rocha (PTB), candidato à reeleição, o eleitorado de São Luís praticamente consagra a candidatura do ex-governador Flávio Dino (PSB) na corrida ao Senado. Numa região onde as eleições para senador costumam produzir surpresas, a vantagem de 22 pontos percentuais sobre seu principal adversário. E com um detalhe, essa margem evidenciada em São Luís corresponde à vantagem do ex-governador Flávio Dino no âmbito estadual. Para quem já foi eleito vice-prefeito de São Luís (2012, pelo PSB) e senador (também pelo PSB) com boa votação em 2014, a posição do senador Roberto Rocha é a expressão de quem dificilmente reunirá condições para virar a tendência. Até porque a intenção de voto no ex-governador Flávio Dino é sólida, tanto pelo seu desempenho à frente do Governo do Estado quanto pelas posições políticas que tem assumido e mantido como uma das lideranças regionais de oposição mais destacadas no cenário nacional.

A disputa para o Senado está polarizada, à medida que os demais pré-candidatos não têm conseguido base eleitoral para vislumbrar pelo menos uma participação mais efetiva nessa disputa. Pastor Bell (Agir36) aparece em terceiro lugar, com 5,4% de intenções de voto, mas na quinta-feira, antes da divulgação da pesquisa, ele decidiu arquivar o projeto de candidatura e declarar apoio ao senador Roberto Rocha. Atrás dele estão Antônia Cariongo (PSOL) com 0,9% e Saulo Arcangeli (PSTU) com 0,1% das intenções de voto. O campo dos indecisos soma 18,8%.

 

Além do desempenho tímido nas intenções de voto, Weverton é o mais rejeitado em São Luís

Weverton Rocha tem a maior  rejeição em SL

A pesquisa Econométrica mostrou que o eleitorado de São Luís não quer muita conversa como o senador Weverton Rocha. Não bastasse o fato de ele ter sido escanteado em todos os cenários das intenções de voto para o Palácio dos Leões, perdendo para o governador Carlos Brandão e para o ex-prefeito Edivaldo Jr., o levantamento mostrou que o pré-candidato do PDT é o mais rejeitado dos postulantes do Governo do Estado, com 24% de rejeição. Atrás dele, o governador Carlos Brandão (19,6%), Lahesio Bonfim (19,3%) e Edivaldo Jr. (19%), seguindo-se Simplício Araújo (17,2%), Enilton Rodrigues (13,4%) e Hertz Dias (12,8%). Nenhum deles e não sabe/não votou totalizaram 22,9% Os números somam mais de 100% porque muitos eleitores rejeitaram mais de um pré-candidato.

Rejeitar pré-candidatos majoritários é “tradição” em São Luís, onde o eleitorado é independente. Tanto que o governador Carlos Brandão também teve rejeição expressiva, juntamente com Lahesio Bonfim e Edivaldo Jr.. No caso do senador do PDT, ser o mais rejeitado em São Luís é uma pancada e tanto no seu prestígio político, uma vez que, mesmo sendo natural de Imperatriz, Weverton Rocha fez toda a sua trajetória de militância na Capital, como membro da Juventude do PDT e como protegido do fundador e maior líder pedetista Jackson Lago.

Vários fatores podem explicar isso: o seu rompimento injustificado com o governador Flávio Dino, o fato de não ter abraçado a candidatura de Ciro Gomes a presidente pelo PDT, o seu silêncio em relação às ameaças golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu total alinhamento com as forças bolsonaristas no Maranhão. Eleitor esclarecido, o ludovicense parece não estar gostando nem um pouco disso.

São Luís, 23 de Julho de 2022

MDB formaliza apoio a Brandão, mantém tendência pró-Dino ao Senado e lança Roseana à Câmara Federal

 

Roseana Sarney discursa em apoio a Carlos Brandão, que agradeceu aval do MDB

O MDB confirmou ontem em convenção o já prenunciado apoio à candidatura do governador Carlos Brandão à reeleição, e foi além, ao decidir, em votação, que a coligação com o PSB envolve toda a chapa, incluindo a candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado. Por conta da insatisfação de alguns setores do partido, o apoio a Flávio Dino não foi declarado, mas terá de ser oficializado na ata da convenção. Com a decisão, tomada em votação com o aval da esmagadora maioria dos delegados do partido de todo o estado, o MDB consolidou sua decisão de participar das eleições apenas no plano proporcional, com chapas de candidatos a deputado federal e à Assembleia Legislativa. A reunião partidária, que teve momentos de tensão provocados pelo deputado federal Hildo Rocha, contrário à coligação com o PSB, foi comandada pela ex-governadora Roseana Sarney, que oficializou sua candidatura na chapa de 19 candidatos à Câmara Federal, e chancelou a relação de 31 candidatos emedebistas à Assembleia Legislativa. Tão logo teve confirmado a coligação do MDB com o PSB em torno da sua candidatura à reeleição, o governador Carlos Brandão (PSB) foi à convenção emedebista agradecer a aliança.

A coligação MDB/PSB aprovada na convenção emedebista não foi uma costura fácil. Ela foi o resultado de semanas de conversas, com alas do partido, ligadas ao ex-senador Edison Lobão e ao deputado federal Hildo Rocha resistindo à proposta de apoio à chapa do PSB, principalmente a candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado. Na votação de ontem, a cédula continha pergunta sobre essa aliança. A esmagadora maioria, cerca de 90% dos delegados, vindos de todas as regiões do estado, aprovou a coligação majoritária, que pelas regras eleitorais tem de incluir governador e senador. Realizada a partir das 14 horas, a convenção foi iniciada com a decisão da cúpula emedebista já tomada de colocar em votação a proposta de aliança integral com o PSB.

A escolha do MDB, feita de forma aberta e democrática, foi uma vitória das forças que querem um partido mais arejado e mais aberto ao diálogo com as demais correntes políticas do estado, e uma derrota para os grupos que tentaram levar o MDB para a seara bolsonarista, apoiando a candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição. Tanto que, inconformado com a tendência favorável à coligação com a legenda socialista, incluindo o apoio à candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado, o deputado federal Hildo Rocha protestou, criou um forte tumulto na convenção, chegou a quebrar uma das urnas de papel, tendo sido contido por dura intervenção do deputado estadual Roberto Costa, um dos mais ativos líderes do MDB e favorável à aliança com o PSB.

Com a decisão, o MDB optou pelo caminho mais próximo à sua realidade política, em que pesem as diferenças que mantém com o governador Carlos Brandão. Desde o início das articulações, a cúpula emedebista descartou aliar o partido à candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), com quem as diferenças são muito mais profundas não deu importância à candidatura do ex-prefeito Edivaldo Jr., apesar da proximidade com a cúpula do PSD com o comando emedebista, e nem admitiu a possibilidade de vir a apoiar o candidato do PSC, Lahesio Bonfim, mesmo sendo o presidente do partido, deputado Aluísio Mendes, próximo também do comando emedebista. Desde o início, Carlos Brandão foi a opção provável e possível. A começar pelo fato de que ele tem suas raízes políticas na seara sarneysista, no grupo liderado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares.

No final da convenção, a agora candidata a deputada federal Roseana Sarney fez um discurso forte de apoio ao projeto de reeleição do governador Carlos Brandão, destacando sua trajetória de atuação e correção políticas. Evitou tocar na situação relacionada com a vaga no Senado, indicando que a pendência será resolvida sem maiores problemas.  Presente à convenção, Carlos Brandão agradeceu o apoio: “Esse é um momento histórico. Minha gratidão a todos vocês que fazem o MDB. Nosso estado continuará crescendo e o MDB fará parte dessa nova página que está sendo escrita”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Em discurso na ABL, Sarney faz veemente defesa da democracia brasileira

José Sarney discursa na ABL defendendo mobilização contra as ameaças que rondam a democracia no País

Impedido, por força dos seus mais de 90 anos, de ter uma atuação mais efetiva na luta contra as ameaças sombrias que pairam sobre a democracia brasileira, o ex-presidente José Sarney (MDB) conseguiu fazer um alerta e um apelo em cadeia nacional em defesa das instituições democráticas do Brasil. Decano da Academia Brasileira de Letras (ABL), coube a ele discursar, em nome dos seus pares, na solenidade que marcou os 150 anos da instituição criada por Machado de Assis. Na sua fala, em meio a inúmeros registros sobre a instituição e a trajetória dos seus integrantes, o escritor José Sarney cedeu espaço ao político José Sarney, que quebrou a “neutralidade” política da ABL para alertar contra os riscos que ameaçam a democracia no Brasil, e apelar para que os brasileiros se mobilizem em defesa das instituições democráticas. José Sarney justificou sua manifestação lembrando ter sido ele o presidente que fez a transição da ditadura militar para a democracia, o que lhe dá o peso da responsabilidade de lutar pela preservação das instituições diante de ameaças como as que estão em curso no Brasil. Foi muito aplaudido, com justiça.

 

Candidatura de Ciro Gomes causa embaraços para Weverton Rocha

Candidatura de Ciro Gomes pode levar Weverton Rocha a rever posições

A oficialização da candidatura Ciro Gomes à presidência da República pelo PDT criou dois embaraços para o senador Weverton Rocha, candidato do partido ao Governo do Estado.

O primeiro: o PDT editou ontem uma resolução que proíbe candidatos majoritários do partido a declararem apoio e façam à candidatura do ex-presidente Lula da Silva nos estados onde o partido não estiver coligada com o PT. Sem manifestar interesse pela candidatura de Ciro Gomes e sem contar com o apoio de Lula da Silva, o senador Weverton Rocha está fortemente ligado às forças que representam o presidente Jair Bolsonaro no Maranhão.

O segundo: mesmo adotando uma postura de “neutralidade” na disputa presidencial, o senador Weverton Rocha terá de rever sua posição em pouco tempo. É que Ciro Gomes já teria avisado que não aceitará esse tipo de atitude de líderes pedetistas, seja ele quem for.

São Luís, 22 de Julho de 2022.

 

MDB lança hoje chapas proporcionais e deve confirmar apoio a Lula e a Brandão

 

Roseana Sarney e Roberto Costa: duas visões convivendo dentro do MDB, que hoje define duas chapas proporcionais 

Dividido em relação à disputa para a presidência da República – com os Sarney, os Lobão e a geração mais nova apoiando Lula da Silva (PT), e dissidentes como o deputado federal Hildo Rocha se posicionando pela candidatura da senadora Simone Tebet -, caminhando para o consenso em torno da candidatura do governador Carlos Brandão (PSB) à reeleição, mas fortemente rachado em relação à disputa para o Senado, com uma fatia apoiando o ex-governador Flávio Dino (PSB) e outra fazendo campanha para o senador Roberto Rocha (PTB), o braço maranhense do MDB , realiza hoje sua convenção para as eleições deste ano. Presidido pela ex-governadora Roseana Sarney, o MDB que definirá candidaturas apenas para deputado estadual e deputado federal na disputa para governador e senador na convenção desta quinta-feira, nem de longe lembra o partido que dominou a política maranhense desde a ascensão do então senador José Sarney à presidência da República em 1985 até 2014, quando perdeu o poder. Seu propósito agora tem algo de fênix, à medida que tenta renascer e voltar a ter força na mesa de decisões da política maranhense.

Candidata a deputada federal, a ex-governadora e sua presidente Roseana Sarney será a grande estrela da reunião partidária. Ela abriu mão de disputar o Governo do Estado, mesmo liderando todas as pesquisas nas quais foi incluída, e andou namorando como a ideia de brigar pela cadeira senatorial, mas também não a levou não a levou em frente. Depois de avaliar cuidadosamente o cenário, que incluiu elevada rejeição para a disputa majoritária, optou por uma participação uma inteligente: candidatar-se à Câmara Federal, com a possibilidade de ser muito bem votada e assim contribuir para a eleição de mais dois ou três emedebistas, entre eles os dois deputados federais que concorrem à reeleição, João Marcelo Souza e Hildo Rocha, apostando também na eleição do ex-suplente de senador Lobão Filho.

A chapa de candidatos à Assembleia Legislativa será liderada pelo deputado Roberto Costa, que hoje divide com Roseana Sarney o comando da agremiação. Junto com ele a deputada Betel Gomes. Roberto Costa representa hoje a face de um novo MDB, que sem negar suas raízes sarneysistas, tenta ser um partido mais aberto, abrindo e mantendo canais de comunicação com adversários de antes e de agora. Esses dois grupos têm convivido “com altos e baixos” dentro do partido, mas vem aos poucos se firmando dentro de novas perspectivas. O trabalho político levado em frente pelo deputado |Roberto Costa, contando com o discreto aval do ex-senador João Alberto, levou o MDB a abrir diálogo com ninguém menos que o então governador Flávio Dino, cuja candidatura ao Senado deve ter o apoio de uma expressiva fatia do partido Roberto Costa tem sido o grande articulador, tendo levado, mesmo a contragosto da ala madura, o partido a dialogar com o grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino. Roberto Costa acredita que o MDB pode eleger pelo menos quatro deputados estaduais.

Os bastidores da convenção serão movimentados pela posição do deputado federal Hildo Rocha, que abriu dissidência declarando apoio à senadora Simone Tebet, argumentando que o MDB deve ter candidato próprio. A manifestação de Hildo Rocha estimulou a pré-candidata presidencial do partido a dizer ontem, em entrevista à TV Mirante, que ainda aguarda o apoio de Roseana Sarney e José Sarney ao seu projeto de candidatura. Simone Tebet admitiu que o partido está dividido, mas disse acreditar que essa situação pode mudar. Só que não mudará, pois está previsto na convenção de hoje que o braço maranhense do MDB declarará apoio à candidatura do ex-presidente Lula da Silva, deixando em aberto a posição em relação a Senado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Oficialização da candidatura de Ciro embaraça a posição de Weverton

Ciro Gomes já candidato, mas ainda não te apoio do PDT do Maranhão.

A oficialização, em convenção, da candidatura presidencial de Ciro Gomes pelo PDT pode gerar um mal-estar com o braço do partido no Maranhão. É que o pré-candidato do PDT ao Governo do Estado, senador Weverton Rocha, não parece disposto a abraçar essa candidatura. E o principal motivo é a sua aliança com os braços do bolsonarismo no estado, com os quais se juntou para fortalecer sua candidatura. Weverton Rocha tentou de todas as maneiras obter o apoio do ex-presidente Lula da Silva, mas a aliança do PT com o PSB levou o líder petista naturalmente a ter4 como aliados no Maranhão o governador Carlos Brandão (PSB), que tenta a reeleição tendo como vice o advogado Felipe Camarão (PT) e como candidato ao Senado o ex-governador Flávio Dino (PSB). Weverton Rocha não deu, até aqui, nenhuma palavra de apoio ao agora candidato do seu partido ao Palácio do Planalto, apostando que ele desistiria. Mas aconteceu o contrário, tendo Ciro Gomes mantido sua candidatura, colocando o senador Weverton Rocha numa situação delicada, obrigado agora a colocar as cartas na mesa e dizer com clareza de que lado está. Isso porque Ciro Gomes não aceita jogo nem meio-termo. Aguarda-se os desdobramentos no Maranhão da oficialização da candidatura do líder cearense.

 

Pedro Lucas leva a melhor sobre Juscelino Filho na disputa pelo controle do União Brasil no MA

Juscelino Filho parece ter perdido para Pedro Lucas o controle do União Brasil no Maranhão

É provável que nada mais de importante aconteça na vida do braço maranhense do União Brasil (ex-DEM) nas eleições deste ano. Dividido ao meio entre os deputados federais Pedro Lucas Fernandes e Juscelino Filho, e com futuro incerto até semana passada, o partido atropelou o deputado Juscelino Filho, que tentou levá-lo para o senador Weverton Rocha, e declarou apoio ao projeto de reeleição do governador Carlos Brandão. A declaração de apoio foi feita no Palácio dos Leões pelo vice-presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, levado pelo deputado Pedro Lucas Fernandes. O alinhamento do União Brasil foi uma pancada política forte na posição do deputado Juscelino Filho, como também um golpe nada desprezível na base de apoio da pré-candidatura do senador Weverton Rocha. Com base nos fatos, é lícito avaliar que, pelo menos em princípio, o deputado Juscelino Filho perdeu a disputa com o deputado Pedro Lucas Fernandes pelo controle do União Brasil no Maranhão.

São Luís, 21 de Julho de 2022.