Arquivos mensais: agosto 2018

Já em guerra nas redes sociais, candidatos levam hoje a guerra pelo voto ao Rádio e à TV

 

Já em guerra nas redes sociais, Flávio Dino, Roseana Sarney, Roberto Rocha, Maura Jorge, Odívio Neto e Ramon Zapata vão se enfrentar agora no Rádio e na TV

Começa hoje a grande batalha dos candidatos no Rádio e na TV para conquistar corações, mentes e votos nas eleições do dia 7 de Outubro, quando 4,5 milhões de eleitores maranhenses escolherão nas urnas o presidente da República, o governador do Estado, dois senadores, 18 deputados federais e 42 deputados estaduais. A largada nesta sexta-feira será dada por candidatos  governador, senador e deputado estadual. ficando para amanhã, sábado, a arrancada dos aspirantes a presidente da República  e deputado federal. Como vêm assinalando todos os especialistas, esta será uma eleição diferenciada, na qual pela primeira vez o uso das redes sociais poderá ter mais influência do que a campanha no Rádio e na TV. No Maranhão, a maratona eletrônica que começa agora poderá funcionar como complemento da guerra que já vem sendo travada nas redes sociais (facebook, twitter, WhatsApp e Instagram), nas quais os candidatos em geral, mas principalmente os majoritários, já medem força abertamente. Nessa “selva” eletrônica e virtual, se batem também, e com muita intensidade, candidatos a deputado estadual e a deputado federal, que abrirão a campanha eleitoral no Rádio e na TV às 13 horas desta sexta-feira.

Não há como negar que uma grande expectativa se volta para as 13 horas de 1º de Setembro, sábado, quando o bloco destinado aos candidatos a presidente será aberto por Marina Silva, da Rede. Mas o grande embate será travado a partir de hoje, entre os candidatos ao Palácio dos Leões e às duas cadeiras de senador Esse bloco será  inaugurado por Odívio Neto, candidato da coligação “Vamos sem medo Mudar o Maranhão” (PSOL-PCB), com 9 segundos para dizer a que veio; o segundo será o governador Flávio Dino, candidato da coligação “Todos pelo Maranhão”(PCdoB, PDT, PRB, PPS, PTB, DEM, PP, PR, PTC, PPL, PROS, Avante, PEN, PT, PSB e Solidariedade), que terá tempo de 4 minutos e 22 segundos; o terceiro será Maura Jorge candidata da coligação “Renovação de Verdade” (PSL e PRTB), cujo tempo será de 14 segundos; o quarto a se apresentar será Ramon Zapata, candidato do PSTU, com tempo de 11 segundos; na quinta posição estará Roberto Rocha, candidato da coligação “União e Coragem Para Fazer um Maranhão Melhor” (PSDB, Rede, PSDC, Podemos, PHS e PMN), que terá 1 minutos e 29 segundos; e fechando o bloco se apresentará Roseana Sarney, candidata da coligação “O Maranhão Quer Mais” (MDB, PSD, PMB, PV, PRP, PSC), com tempo de 2 minutos e 32 segundos.

Após a apresentação dos candidatos a governador será iniciado o bloco dedicado aos candidatos às vagas de senador, que terá o mesmo tempo do bloco dos candidatos a governador, será ocupado na seguinte ordem: Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) pela coligação “Todos Pelo Maranhão”; Saulo Pinto (PSOL) e Iêgo Brunno (PCB) pela coligação “Vamos Sem Medo Mudar o Maranhão”; Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV), da coligação “O Maranhão Quer Mais”; Samuel Campelo (PRTB) da coligação “Renovação de Verdade”; Alexandre Almeida (PSDB) e José Reinaldo Tavares (PSDB) pela coligação “União e Coragem Para Fazer um Maranhão Melhor”; e Saulo Arcangelli e Preta Lú pelo PSTU.

Na disputa pelo Governo do Estado, a campanha eletrônica começa tendo como ponto central a posição do governador Flávio Dino, que além de liderar as preferências do eleitorado, segundo todas as pesquisas, conta com o maior tempo no Rádio e na TV. Seu adversário mais próximo, a ex-governadora Roseana Sarney, tem metade das intenções de voto dadas ao líder, contando também com metade do tempo no horário gratuito, situação que reduz significativamente o poder de fogo da candidata do MDB para o confronto direto que começa agora, colocando sobre suas costas a hercúlea tarefa de reverter esse quadro. Nesse contexto, o tucano Roberto Rocha tem situação mais difícil ainda com seu pouco mais de um minuto de tempo. As situações mais complicadas atingem Maura Jorge (14s), Ramon Zapata (11s) e Odívio Neto (9s). Nesse contexto, o embate maior se dará entre o governador Flávio Dino, a ex-governadora Roseana Sarney e o senador Roberto Rocha.

É aguardar para avaliar quem se dará bem nesse embate que terá como ponto alto os debates que estão sendo programados.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Sabatina TV Guará

Candidato do PSOL defende utopia socialista e realismo capitalista no mesmo sistema

Odívio Neto em sabatina em O Estado  quando defendeu as propostas do PSOL

Se for eleito governador do Maranhão, o candidato do PSOL, Odívio Neto, vai implantar um sistema no qual as grandes decisões do Governo serão tomadas com base em “consultas a comitês” formados pelos mais diferentes segmentos da sociedade civil. Odívio Neto não explicou em detalhes como esses comitês serão formados, se serão organismos permanentes de consultas ou terão o poder de bater martelo. Pela sua informação, esses comitês se reunirão “em conferências”. Grosso modo, a impressão deixada pelas explicações do candidato do PSOL, é a de que os comitês serão uma versão mais arejada dos sovietes da Rússia leninista do pós 1917. Odívio Neto também fala em re-estatizar, para devolver o gigantismo do Estado, contrapondo-o ao modelo liberal que tem como objetivo central “enxugar” o Estado, tirando-lhe as atribuições de produção para deixá-lo com as atividades de controle e regulação. Numa outra concepção, esta mais próxima da realidade atual, Odívio Neto defende o que ele chama de “desmilitarização” a Polícia Militar, para criar no estado uma polícia civil com treinamento que a prepare também para as atividades de enfrentamento armado e repressão  –  “Como nos Estados Unidos”, disse com certo constrangimento de buscar como exemplo o modelo policial que vinga no berço maior da selvageria capitalista denunciada enfaticamente pelo candidato e seu partido. Ou seja, Odívio Neto mistura em doses gigantescas a utopia socialista com um realismo capitalista nu e cru, num pragmatismo surpreendente.

 

Weverton Rocha vai abrir campanha na TV e antecipa vídeo de abertura

Weverton Rocha: trajetória mais enriquecida com o desempenho como líder da Minoria na Câmara Federal

O pedetista Weverton Rocha terá o privilégio de abrir, no início da tarde deste sábado (1º), o bloco dos candidatos a senador no horário eleitoral gratuito no Rádio e na TV. Ágil e arrojado, o candidato do PDT divulgou ontem nas redes sociais uma cópia do seu primeiro programa de campanha, no qual conta sua história desde a adolescência, quando abraçou a política estudantil e traçou sua trajetória de vida com base na militância política, com o comovente incentivo dos pais. A ativa militância estudantil rapidamente o levou ao comando das entidades mais representativas, como a União Maranhense dos Estudantes Secundaristas (Umes), por exemplo. Dali saltou para a militância partidária, onde começou comandando a Juventude do PDT, por meio da qual chegou à Secretaria de Esporte e Juventude no Governo Jackson Lago, seu tutor e padrinho político, que o incentivou a avançar para a Câmara Federal, pretendendo agora chegar ao Senado da República.

São Luís, 30 de Agosto de 2018.

 

Sob o comando de Edivaldo Jr., São Luís vive um processo de mudança sem paralelo nos últimos tempos.

 

Edivaldo Jr., tendo ao lado a primeira-dama Camila Holanda, faz uma “selfie” na inauguração da Praça do Rio Anil, uma das pequenas obras que estão mudando SL

No momento em que seis candidatos ao Governo do Estado tentam convencer os 4,2 milhões de eleitores de que têm projetos e condições para resolver os problemas do Maranhão, um processo de transformação está em curso em São Luís, sob o comando do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT). Na última semana, por exemplo, a Prefeitura de São Luís agregou  novas unidades à frota de ônibus climatizados – já são mais de 400 -, reforçando o sistema municipal de transporte de massa; mais servidores foram nomeados para diversas áreas, ampliada a rede de coleta seletiva de lixo e entregue uma ponte  e uma praça equipada no Rio Anil. Fatos aparentemente sem maior importância, mas que ganham dimensão se observados no contexto de um processo em que a inauguração de pequenas obras se tornou rotina e vem transformando todas as áreas e regiões da Capital às vésperas do seu aniversário de 406 anos. Esse saudável “vendaval” de transformações tem como item simbólico o gigantesco canteiro de obras para a conservação e modernização a mítica Praça Deodoro e a consagrada Rua Grande, dois dos mais importantes ícones da cidade.

Firme no comando desse processo, o prefeito Edivaldo Jr. vem rompendo as amarras do isolamento e demonstrando, com toda clareza, que o caminho para continuar melhorando a qualidade de vida dos mais de 1,2 milhão de habitantes de São Luís é união de forças com o Governo do Estado e, na medida do possível, com o Governo Federal. A aliança política PDT/PCdoB, articulada e mantida forte pelo o prefeito Edivaldo Jr. e o governador Flávio Dino, tem sido o motor que mantém a Capital maranhense em movimento acelerado na busca de soluções para os seus problemas mais graves, como urbanização, malha viária, mobilidade, saneamento, educação, saúde, segurança, e por aí vai. No momento, os comandos da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado estão dando um banho de civilidade política e desmistificando a velha e inútil ideia segundo a qual o ideal era manter o Palácio de la Ravardière e o Palácio dos Leões como fortalezas em permanente estado de guerra, para alimentar a ideia inútil da “Ilha Rebelde”, concebida para embalar da carreira de líderes populistas como Neiva Moreira e Epitácio Cafeteira, por exemplo.

Quando assumiu em janeiro de 2013, o prefeito Edivaldo Jr., eleito pelo PTC, encontrou o caos instalado na máquina municipal, fruto exatamente da situação de confronto aberto entre seu antecessor, João Castelo (PSDB), já fragilizado pela falta de recursos, e a então governadora Roseana Sarney (PMDB), dona de grande poder de fogo. Naquele momento, a rede escolar municipal estava paralisada, a rede de saúde encontrava-se em crise aguda, os servidores estavam em pé de guerra e as finanças municipais estavam em frangalhos. Seguiram-se meses de sufoco em estado bruto, cobranças duras e implacáveis e críticas de acidez destrutivas, além da fortíssima pressão do Palácio dos Leões, cujas portas permaneceram fechadas. Tais focos de pressão foram respondidos com trabalho obstinado, reorganização, racionalização  extrema de gastos. Esse sufoco durou a maior parte do primeiro mandato (2013/2016). A despeito das marés contrárias, o jovem prefeito encarou o desafio, domou o caos e colocou as finanças em dia, ajustou a máquina administrativa e, valorizando centavos, começou a produzir resultados.

A grande virada veio em 2014, com a eleição de Flávio Dino para o Governo do Estado, com quem reforçou a aliança política e construiu uma parceria institucional, quebrando o tabu da obrigação de ser “do contra”. De lá para cá teve a reeleição, e com ela a obrigação de mais trabalho, com a transformação em escola digna da maioria das unidades municipais de ensino, com o compromisso de alcançar toda a rede escolar municipal até 2020, o mesmo acontecendo com a rede de saúde, que já foi quase integralmente reformada e equipada. Esse movimento reformista segue na direção de todas as regiões, bairros e ruas onde estão abrigados os seus 1,2 milhão de habitantes, que hoje se deslocam diariamente num sistema de transporte público mais eficiente por uma malha viária melhor pavimentada e sinalizada. O cenário que melhor define a São Luís de agora são os tapumes que cercam a mítica Praça Deodoro e a babélica Rua Grande, onde todos se encontram: do lado de fora é a vida dura e agitada que segue, aguardando o futuro que todos passarão a viver quando o que está cercado voltar a ser campo livre.

Um olhar genérico, sem compromisso, pode enxergar a São Luís atual como uma cidade que segue a vida sem maiores alterações e transformações. Mas um olhar atento, interessado, curioso e mesmo crítico certamente vai encontrar uma cidade que, sob a gestão de um rebento afoito da nova geração, como o prefeito Edivaldo Holanda Jr., vive um processo de mudança e modernização que desafiará seus sucessores.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Sabatina da TV Guará I

Ramon Zapata defende a ditadura do proletariado com convicção quase ingênua

Ramon Zapata: a favor da revolução do proletariado

Depois de ter ouvido o governador Flávio Dino (PCdoB), que abriu a série com os candidatos ao Governo do Estado, a Sabatina da TV Guará, feita em parceria com a Universidade FM, abriu microfone para o candidato do PSTU, Ramon Zapata, na noite de terça-feira. Durante uma hora “bombardeado” por um grupo de jornalistas bem informados, sem a agressividade que o nome e o partido sugerem, e deixando claro que não está atrás de votos, Ramon Zapata tentou convencer os eleitores de que, não só os maranhenses, mas a Humanidade inteira só terá futuro se os mais de 200 países forem mergulhados num processo revolucionário no qual, a exemplo do que aconteceu na Rússia em 1917, os trabalhadores derrubarem as estruturas, tomarem o poder e implantarem a ditadura do proletariado imaginada por Lenin e colocada em prática pela revolução que forjou a União Soviética, já desaparecida do mapa geopolítico do planeta. Movido por uma convicção obstinada, que não faz concessões e revela até traços de ingenuidade, o candidato do PSTU repetiu várias vezes que o capitalismo é um monstro, que patrão é vilão e não trabalha, que a propriedade é um roubo, que a democracia ocidental é uma farsa e que os trabalhadores saberão comandar a produção e as instituições através de comitês, como fizeram operários e camponeses liderados pelos  bolcheviques com os seus sovietes. Para ele, fora dessa receita não há salvação para a Humanidade, que sucumbirá sob a ditadura do capital. Ramon Zapata e o PSTU são a prova viva de que ideologia interpretada com tal fervor e igual pureza pode levar a utopia a extremos. Daí sua importância nesse debate.

 

Sabatina TV Guará II

Maura Jorge : “Por que não posso ser governadora? Posso sim”

Maura Jorge: “Não tenho adversários, tenho concorrentes”. Frase dita na TV Guará

A Sabatina da TV Guará ouviu ontem a candidata do PSL ao Governo do Estado, Maura Jorge (PSL), ex-deputada estadual e ex-prefeita de Lago da Pedra. Numa entrevista animada, ela se mostrou uma militante política sem ideologia, mas decidida e com algumas convicções, decepções e expectativas que se ajustam perfeitamente ao perfil do que se pode definir como um político de direta com postura liberal. Na animada e reveladora conversa com os entrevistadores, Maura Jorge mostrou-se entusiasmada com a aliança com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), esclarecendo, no entanto, que não fecha inteiramente com o seu elenco de propostas, ao mesmo tempo ponderando que em algumas questões o candidato está sendo “mal interpretado”. Garantiu que vai para o segundo turno. E fez uma revelação: ela não foi atrás de Jair Bolsonaro; ao contrário, foi ele quem a procurou depois de avaliar alguns nomes para aliar-se no Maranhão. Sem demonstrar ingenuidade ou convicção, ela disse acreditar que Jair Bolsonaro quer mesmo acabar com “as velhas práticas”. Independente de Bolsonaro, Maura Jorge se mostra convencida de que está política e tecnicamente preparada para ser governadora do Maranhão. “Por queb não posso ser governadora?”, indagou. “Posso sim”, ela mesmo respondeu, como se estivesse dizendo “se ela foi, eu também posso ser”. E numa demonstração de civilidade política, em vez de atacar os outros candidatos, declarou: “Não tenho adversários, tenho concorrentes. Todos são meus amigos”.

São Luís, 29 de Agosto de 2018.

 

Estratégia de risco: Roseana Sarney tenta minar a aliança já consolidada de Lula com Flávio Dino

 

 

Fernando Haddad declara apoio de Lula a Flávio Dino em comício gigante na Praia Grande, sexta-feira (24); Roseana Sarney, no Residencial Amendoeira, na Zona Rural, disse que declaração de Fenando Haddad , “essa pessoa”, não é verdadeira

Não se discute que a eleição para o Governo do Maranhão será decidida pela avaliação que os 4,7 milhões de eleitores farão dos candidatos Flávio Dino (PCdoB), que concorre à reeleição; Roseana Sarney (MDB), que já governou o estado por 14 anos; Roberto Rocha (PSDB), que é senador da República; Maura Jorge (PSL), que já foi deputada estadual e prefeita de Lago da Pedra; e Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU), servidores públicos que nunca exerceram mandato popular. Mas é também verdadeiro que muito dessa avaliação será feita com base na relação que cada candidato a governador terá com candidatos a presidente da República; e que nesse contexto é bem fundada a previsão de que o candidato que tiver o aval do ex-presidente Lula da Silva (PT), sendo ele ou não candidato ao Palácio do Planalto, terá um reforço e tanto para chegar são Palácio dos Leões. E nesse jogo de guerra pelo poder estadual, o governador Flávio Dino conta com a soma desse gás lulista ao seu prestígio pessoal. Só que a ex-governadora Roseana Sarney, que já foi aliada de Lula nos dois mandatos dele, encontra-se politicamente impedida de contar com o apoio do ex-presidente, e por isso tenta minar a aliança de Lula com Flávio Dino.

Nesse cenário inicial da campanha para valer, a situação está bem definida. Flávio Dino conta efetivamente com o apoio de Lula à sua reeleição, e defende aberta e enfaticamente o direito de o ex-presidente ser candidato, ainda que condenado e preso. Roseana Sarney se recusa a reconhecer a aliança Lula-Dino e tem feito pronunciamentos dizendo que Lula não apoiará Flávio Dino, deixando no ar a impressão de que aspira contar com o apoio do ex-presidente.

O apoio de Lula a Flávio Dino e vice-versa, ficou claro e foi formalizado com a vinda ao Maranhão, no final da semana passada, do ex-ministro da Educação, ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice na chapa do líder petista, Fernando Haddad – que será o candidato do PT a presidente se (ou quando) a candidatura de Lula for de fato detonada pela Justiça Eleitoral. A vinda de Haddad objetivou reforçar o discurso que o próprio Lula fez em São Luís, em setembro do ano passado, quando, diante de uma multidão concentrada em frente ao Palácio dos Leões, declarou apoio incondicional a Flávio Dino, tendo ouvido o mesmo do governador, que foi voz destacada contra sua condenação pela Lava Jato. No seu discurso, Fernando Haddad foi enfático nas inúmeras vezes que, também diante de uma multidão, essa concentrada na Praça Nauro Machado, na Praia Grande, na noite de sexta-feira (24), declarou que “Flávio Dino é candidato de Lula”, não deixando qualquer dúvida sobre o assunto.

No entanto, mesmo diante de todas as evidência e afirmações inequívocas, a ex-governadora Roseana Sarney insiste em semear dúvidas sobre a aliança Lula-Dino. E tem feito de maneira surpreendente, como na noite de sábado, no Residencial Amendoeira, na Zona Rural de São Luís

, na festa de lançamento da candidatura do vereador Genival Alves (PSL) a deputado estadual. Ali, de cima de um carro de som, a emedebista fez um duro discurso atacando o governador, dizendo ter certeza de que o que Fernando Haddad (referindo-se a ele como “essa pessoa”) declarou em inúmeras entrevistas e no comício-gigante na Praia Grande “não é verdade”. “Eu duvido que Lula tenha dito que apoia esse governador”, declarou, várias vezes, argumentando que “Lula não apoiaria um governador que acabou com os programes sociais dele”. O que mais chama atenção no movimento de Roseana Sarney para minar a aliança Lula-Dino é o fato de o seu partido, o MDB, ter um candidato a presidente, o ex-banqueiro e ex-ministro Henrique Meirelles, e ela não se manifestar a respeito de como, ou se, pretende propagá-lo no Maranhão. Claro está, portanto, que Roseana Sarney avalia que, sem Lula, Flávio Dino tem força politica eleitoral para se reeleger, e que com Lula o favoritismo do comunista é muito maior, daí adotar uma estratégia tão ousada quanto perigosa, na qual seus argumentos podem ser facilmente desmontados.

Com média de 30% nas intenções de voto, conforme as pesquisas, Roseana Sarney tem cacife próprio para levar sua campanha adiante, sem ter de brigar pelo apoio de um presidenciável que, já deixou claro, que não se aliará a ela. E numa situação em que nesse embate pela força de Lula no Maranhão e vice-versa o governador Flávio Dino, que tem em média mais de 50% das intenções de voto, segundo as mesmas pesquisas, está levando nítida e, tudo indica, sólida vantagem no campo político e que provavelmente será confirmada no resultado eleitoral.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lula mostra força e já transfere para Haddad 47% dos seus votos no Maranhão

Pesquisa da Exata mostra Fernando Haddad liderando com folga no Maranhão

Não surpreendeu os observadores mais atentos a informação encontrada pela pesquisa Exata/JP dando conta de que Fernando Haddad, atual candidato a vice, mas virtual candidato a presidente no lugar de ex-presidente Lula da Silva pelo PT, já tem 47% das intenções de voto no Maranhão. De acordo com o levantamento, Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo lugar com 17%, seguido de Marina Silva (Rede) com 8%, Ciro Gomes (PDT) com 6%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 2% e Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) com 1% cada. Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriotas) não pontuaram no Maranhão. Brancos e nulos somaram 13% e 4% disseram não saber ou não responder.

Não há dúvida de que o Maranhão tem uma das fatias do eleitorado nacional mais fiel a Lula, por conta do tremendo investimento social que os seus dois governos fizeram no estado. Basta lembrar que quase um milhão de maranhenses vivem atualmente com os recursos do Bolsa-Família, e que o programa Luz Para Todos, viabilizado pelo senador Edison Lobão quando ministro de Minas e Energia, alcançou mais de 700 mil famílias em todos os recantos do estado. Daí ser absolutamente possível a transferência de, se não todas, pelo menos a maior parte das suas intenções de voto para Fernando Haddad, caso ele venha mesmo ser candidato a presidente, com o está se desenhando.

Em Tempo: A pesquisa do Instituto Exata, que está registrada no TSE sob o protocolo MA-07422/2018, ouviu eleitores do Maranhão entre os dias 19 e 23 de Agosto e tem margem de erro de 3,2% para mais ou menos.

 

Maura Jorge enfrenta dificuldades para manter de pé sua campanha a Governo

Maura Jorge (com Fábio Câmara) na inauguração do seu comitê em SL: dificulades

Mesmo tendo inaugurado seu comitê de campanha em São Luís, sábado, com uma festa política, alguma situação complicada está emperrando os movimentos iniciais da campanha de Maura Jorge (PSL). Inicialmente entusiasmada com a posição e ser “a voz” do presidenciável Jair Bolsonaro no Maranhão, ela tem dado mostras de que enfrenta dificuldades enormes para montar uma estrutura mínima de campanha, a começar pelo fato de que seu partido não dispõe de muitos recursos. Maura Jorge, que tem pelo menos 3% das intenções de voto, tem alternado sua trajetória de candidata com manifestações de otimismo e de desânimo, dando a entender que enfrenta enormes obstáculos para seguir em frente. Um dos fatores dessa gangorra de ânimo seria o fato de Jair Bolsonaro ter 17% das intenções de voto no Maranhão e ela só está à frente de Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU). No seu discurso de campanha, Maura Jorge tem jogado pesado contra o governador Flávio Dino, dando a impressão de que forma, com Roseana Sarney e Roberto Rocha uma frente informal de ataque ao candidato do PCdoB, sem haver troca de farpa entre eles. Há quem diga que ela até já pensou em desistir, mas a julgar pelo seu histórico e pela fibra que sempre demonstrou, poucos duvidam que ela vai se manter na guerra até o fim.

São Luís, 28 de Agosto de 2018.

Fernando Haddad sela aliança de Flávio Dino com Lula em ato político gigante na Praia Grande

 

Fernando Haddad, Flávio Dino e Manuela D´Ávila: aliança fortalece governador politica e eleitoralmente, festejada por multidão na Praia Grande

“O candidato do Lula é o Flávio Dino”. De todas as declarações feitas no calor da campanha para o Governo do Estado e para a presidência da República no Maranhão, essa foi a de maior impacto no cenário político estadual, porque colocou definitivamente os candidatos a governador e a presidente nos seus devidos lugares. Como um recado direto, que não deixasse qualquer dúvida, a frase foi pronunciada pelo ex-prefeito de São Paulo e vice do ex-presidente, Fernando Haddad (PT), na noite de sexta-feira num gigantesco comício na Praia Grande, comandado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e que marcou a largada da campanha de Lula no estado. Agora, o quadro é o seguinte: Lula-Flávio Dino, Geraldo Alckmin – Roberto Rocha (PSDB), Jair Bolsonaro – Maura Jorge (PSL), Guilherme Boulos-Odívio Neto (PSOL), Vera ???-Ramon Zapata (PSTU). Os demais candidatos a presidente estão ligados a candidatos a senador – como Marina Silva (Rede), por exemplo, que deverá ser apoiada pelo deputado federal Sarney Filho (PV), candidato ao Senado – e Álvaro Dias (Podemos), que tem o deputado federal Aluízio Mendes como porta-voz. A única situação a ser revolvida no cenário estadual é a relação da ex-governadora Roseana Sarney com o candidato do MDB a presidente, Henrique Meirelles.

A declaração pública e enfática de Fernando Haddad de apoio à candidatura de Flávio Dino, que já lidera com larga vantagem a corrida ao Palácio dos Leões, dá ao governador mais consistência política e mais combustível eleitoral. A aliança PCdoB-PT reforça ainda mais sua posição na política estadual como líder de um Governo reformador, bem sucedido e aprovado pela maioria, segundo apontam pesquisas e levantamentos diversos. E amplia expressivamente sua influência no cenário nacional como um dos mais importantes líderes da esquerda moderada, dando mais peso à sua voz nos espaços de decisão na região e no País. Isso sem contar o fato de ser até aqui a voz mais contundente na crítica ao processo, a condenação e a prisão do ex-presidente Lula, posição reafirmada enfaticamente no discurso de sexta-feira:

“Vocês estão aqui porque estão do lado da Justiça. A Justiça é maior que a injustiça, o bem vence o mal e é por isso que estou pedindo que vocês me ajudem, nós temos uma batalha no Maranhão. Estamos solidários ao presidente Lula. Eu fui lá em Curitiba. E o povo do Maranhão sabe que ele solto ganha a eleição no primeiro turno em todo o Brasil. O sentido histórico dessa noite é sermos portadores da bandeira da esperança, da Justiça, da igualdade social, de um Brasil e de um Maranhão que não tenha dono nunca mais e seja sempre de todo nós, como hoje é”.

O ato de sexta-feira na Praia Grande consolidou ainda o projeto que levará Fernando Haddad à condição de candidato a presidente da República se (ou quando) a Justiça Eleitoral declarar a inelegibilidade do ex-presidente Lula, tendo deputada gaúcha Manuela D´Ávila (PCdoB), que estava presente ao ato na praça Nauro Machado, como candidata a vice – coroando uma operação que foi diretamente articulada pelo governador maranhense.

A aliança Lula-Dino consolidada por Fernando Haddad no ato da Praia Grande eliminou também qualquer possibilidade de a ex-governadora Roseana Sarney usar o ex-presidente petista no seu discurso de campanha. Mais do que isso, a obrigará a adotar, mesmo a contragosto, Henrique Meirelles como seu candidato a presidente, por exigência partidária e cobrança do próprio candidato emedebista. Na semana passada, por exemplo, assessores de Meirelles orientaram o comando regional do MDB a instalar um comitê de campanha do emedebista em São Luís, o que deve acontecer nos próximos dias, para que o próprio venha inaugurar. A ex-governadora encontra-se numa “saia justa”, mas ninguém duvida de que, com a experiência e o poder de fogo que ainda conserva, o ex-presidente José Sarney (MDB), seu guru, encontre uma saída negociada com a cúpula emedebista nacional para, pelo menos, reduzir o peso do fardo presidencial do ex-banqueiro.

Qualquer exame cuidadoso e isento do atual cenário político maranhense levará à conclusão de que, mesmo levando em conta o conforto de candidatos a governador com presidenciáveis bem, definidos – como o tucano Roberto Rocha, por exemplo, que tem o tucano Geraldo Alckmin e Maura Jorge com Jair Bolsonaro -, a posição do governador Flávio Dino nesse item parece ser a mais politica e eleitoralmente promissora, exatamente porque será a soma do seu capital político com o de Lula, seja para embalar o ex-presidente ou seu substituto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Aluísio Mendes quer que a Justiça Eleitoral submeta Josimar de Maranhãozinho a um teste de alfabetização

Aluísio Mendes quer saber se Josimar de Maranhãozinho é ou não é alfabetizado

Uma guerra mobralesca pesada está sendo travada entre o deputado federal Aluísio Mendes (Podemos), candidato à reeleição, e o deputado estadual Josimar de Maranhãozinho (PR), candidato a deputado federal. Movido por tensões relacionadas à corrida ao voto, Aluísio Mendes denunciou Josimar de Maranhãozinho como suspeito de forjar documentos falsos para comprovar sua escolaridade, levantando assim a suspeita de que o deputado do PR, que foi o mais votado para a Assembleia Legislativa em 2014, não tem instrução suficiente para ser declarado alfabetizado como exige a legislação eleitoral. O deputado federal Aluísio Mendes decidiu turbinar um inquérito já em andamento para apurar a suspeita de que, para concorrer em 2014, Josimar de Maranhãozinho teria apresentado comprovante falso de escolaridade do ensino fundamental, não teria apresentado comprovante de ensino médio e teria usado uma suposta matrícula em curso superior na Universidade Anhanguera. Aluísio Mendes garante que toda a documentação é falsa e levanta a suspeita até de que Josimar de Maranhãozinho não concluiu sequer o ensino primário. E para colocar essa suspeita em pratos limpos, Aluísio Mendes pede que a Justiça Eleitoral não apenas examine rigorosamente a documentação escolar de Josimar de Maranhãozinho, mas também o submeta a um teste de alfabetização, para que possa provar se é escolarizado ou analfabeto. O clima que envolve essa denúncia é de tensão, a começar pelo fato de que, além do risco de ter a candidatura barrada, Josimar de Maranhãozinho pode passar pelo constrangimento de não preencher os requisitos da legislação eleitoral. A denúncia do deputado federal Aluísio Mendes, que é um competente policial federal de carreira, contra Josimar de Maranhãozinho, um político influente em vários municípios, mas marcado pela controvérsia, gerou um ambiente de expectativa nos bastidores da corrida eleitoral.

 

Lista de inelegíveis do MPE inclui Pedro Fernandes e Sebastião madeira, dois políticos com fama de ficha limpa

Pedro Fernandes e Sebastião Madeiras: dois políticos de passado limpo na lista dos ficha suja divulgadas pelo MPE

Duas impugnações de candidatos às eleições deste ano, incluídas numa longa relação de supostos fichas sujas tornada pública pelo Ministério Público Federal chamaram atenção no meio político, exatamente por alcançar políticos com históricos respeitáveis, de correção e sempre vistos como exemplo. O primeiro é o deputado federal Pedro Fernandes (PTB), considerado por muitos um dos políticos mais decentes do Maranhão, com vários mandatos de vereador e deputado federal – ao longo da sua carreira foi o deputado federal que mais compareceu a sessões, por exemplo – e sobre quem jamais foi colocada uma sobra de suspeição. Ele teve sua candidatura a suplente de senador na chapa de Eliziane Gama (PPS) em risco por conta de problemas na prestação de contas de um convênio firmado entre a Secretaria de Extado da Educação, quando foi titular da pasta no Governo de Roseana Sarney. Ele contesta veementemente a informação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e dificilmente deixará de ser candidato. O outro candidato atingido foi Sebastião Madeira (PSDB), um político também com um histórico de correlação correção pessoal e como homem público. Ele foi acusado de improbidade pelo TCE irregularidade por conta da derrapagem do secretário de Educação da sua gestão como prefeito de Imperatriz. Ele argumenta a acusação á absurda, já que ele não era o ordenador de despesa nesse caso, não tendo nada diretamente a ver com o suposto erro, salvo a condição de prefeito. Interpreta sua situação como um erro “monumental e grave” do TCE.

São Luís, 26 de Agosto de 2018.

Ibope e Exata apontam polarização entre Flávio Dino e Roseana Sarney, mas indicam que ele pode vencer em turno único

 

Flávio Dino e Roseana Sarney: pesquisas indicam polarização, mas com larga vantagem do governador

Examinadas com algum cuidado, sem paixão, pelo veio da isenção e o senso da verdade, as pesquisas Ibope/TV Mirante, que chegou ao conhecimento público na noite de quinta-feira, e Exata/Jornal Pequeno, revelada na manhã de sexta-feira, em meio ao impacto causado pela primeira, diferem nos percentuais de preferência dados ao governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição, e à ex-governadora Roseana Sarney (MDB), mas estão assentadas sobre a mesma base em relação aos demais candidatos. Nos dois levantamentos, Flávio Dino lidera (Ibope 43% e Exata 52%) e, se a eleição fosse agora, ele seria reeleito no primeiro turno, com alguma folga, enquanto  Roseana Sarney (Ibope 34% e Exata 26%) ficaria em segundo lugar, seguida do candidato do PSDB, Roberto Rocha (Ibope 3% e Exata 5%) e a candidata do PSL, Maura Jorge (Ibope 3% e Exata 3%). Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU) praticamente não existiriam no embate.

A primeira conclusão óbvia: a disputa para o Governo do Estado está polarizada entre Flávio Dino e Roseana Sarney, com o dado decisivo que é uma larga vantagem do governador em relação à ex-governadora. A segunda conclusão: todas as pesquisas feitas até aqui (Ibope, DataIIha e Exata) encontraram o mesmo cenário com a liderança consistente de Flávio Dino e a segunda posição ocupada por Roseana Sarney. E a terceira conclusão: nenhuma pesquisa, incluindo a do Ibope, projetou a realização de segundo o turno. Além disso, todos os levantamentos desenharam até agora um cenário no qual o senador Roberto Rocha e a ex-prefeita candidata do PSL Maura Jorge não dão sinais de que têm cacife para reagir e pressionar os dois candidatos da ponta, numa evolução cristalina de um processo de polarização.

Nesse contexto, o indicativo de que o processo eleitoral pode ser encerrado em turno único é consistente, à medida que Flávio Dino lidera com o mesmo suporte de preferências quando os votos nominais são transformados em votos válidos. Tanto que ao divulgar a pesquisa do Ibope, a TV Mirante não converteu votos nominais em votos válidos e, mais sintomático ainda, não fez previsão para um eventual segundo turno, numa evidência clara de que, mesmo mostrando o governador Flávio Dino com uma vantagem menor, ele ainda venceria com folga no primeiro turno se a eleição fosse agora. E a chave dessa mostra é exatamente a fragilidade eleitoral que Roberto Rocha e Maura Jorge têm apresentado até aqui, deixando em todos a forte impressão de que dificilmente conseguirão sair da região de um só dígito.

Por outro lado, é importante anotar que os dois últimos levantamentos são os primeiros da campanha propriamente dita, dentro das regras da caça ao voto, que deve ficar mais animada com o início do horário eleitoral gratuito na Rádio e na TV, no próximo dia 31, e com a realização dos debates, quando haverá finalmente o confronto direto entre os candidatos. Não se deve esquecer que as novas regras eleitorais reduziram expressivamente o tempo de campanha com todos os ingredientes, que agora é de 45 dias. Isso significa dizer que a disputa pelo coração do eleitor será mais intensa, principalmente no corpo-a-corpo, que já está acontecendo e será intensificado, e pelos embates verbais, que já estão sendo programados por emissoras de TV. Essa dinâmica e esses eventos balizarão as novas pesquisas. Vale lembrar ainda que tanto a pesquisa Ibope/TV Mirante quanto a Exata/Jornal Pequeno encontraram a maioria absoluta dos eleitores já estão posicionados, sobrando uma margem pequena – entre 8% e 10% – de indecisos e números próximos  dos que disseram que anularão o voto ou votarão em branco.

Em Tempo: A pesquisa Exata/JP foi registrada no TSE sob o número MA-07422/2018. Foram entrevistados 1401 eleitores de todo o Maranhão entre os dias 19 e 23 de Agosto, com margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiabilidade de 95%.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Senado: pesquisa Ibope acende sinal de alerta para Weverton Rocha e Eliziane Gama

Senado: Edison Lobão e Sarney Filho lideram, seguidos de Eliziane Gama, José Reinaldo, Weverton Rocha e Alexandre Almeida travarão guerra intensa pelo voto

Os números da corrida ao Senado encontrados pela pesquisa Ibope/TV Mirante, mostrando o senador Edison Lobão (MDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) como líderes, com vantagem expressiva à frente dos deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), acenderam sinal de alerta no comando da coligação liderada pelo governador Flávio Dino. Com a chegada da campanha no Rádio e na TV serão adotadas estratégias de mostrar os dois candidatos como jovens e expoentes da nova geração de políticos maranhenses bem sucedidos. Pelo cenário mostrado nas pesquisas, o pedetista Weverton Rocha terá de se desdobrar para ultrapassar o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB), para depois medir forças com Sarney Filho. Eliziane Gama, por sua vez, precisa medir forças com Sarney Filho, que é o segundo melhor colocado, e ela a terceira, na pesquisa Ibope/TV Mirante. A estratégia se baseará no fato de que é elevado o número de indecisos – cerca de 30%, em média, percentual que vale também para os que disseram que não votarão em nenhum dos candidatos a senador. Pelo que está se desenhando, será uma guerra sem trégua, na qual Sarney Filho será bombardeado por Weverton Rocha, Eliziane Gama e José Reinaldo. Último colocado nesse grupo, Alexandre Almeida (PSDB) também prepara reação.

 

Candidatos inovam em  coordenação de campanha na corrida eleitoral em Bacabal

Edvan Brandão e Graciete Lisboa e César Brito e Florêncio Neto terão coordenação de campanha diferenciada

São cinco os candidatos à Prefeitura de Bacabal, mas o grande confronto da corrida para aquela eleição suplementar está se dando mesmo entre o prefeito interino Edvan Brandão (PSC), apoiado pelo grupo liderado pelo senador João Alberto (MDB), e César Brito (PPS), que tem o apoio do grupo liderado pelo ex-prefeito Zé Vieira (PR). Os dois travam uma luta acirrada e se organizam como podem:

1 – O prefeito Edvan Brandão, por sua vez, preferiu fazer uma coordenação única e compacta para sua campanha, que tem como vice a ex-deputada Graciete Lisboa. E com a seguinte programação nos dias úteis: na parte da manhã, Edvan Brandão é integralmente o prefeito de Bacabal, despachando na sede do Poder municipal ou visitando obras ou alguma secretaria. Depois do almoço – e de um cochilo, que ninguém é de ferro -, veste a bandeira de candidato e vai para as ruas atrás de votos, via de regra acompanhado da candidata a vice. Seus movimentos são coordenados por Waltersar Carneiro, que pediu exoneração do cargo de secretário municipal de Educação para se dedicar exclusivamente à campanha do ex-chefe.

2 – O candidato a prefeito do grupo liderado pelo ex-prefeito Zé Vieira, César Brito (PPS), e seu vice, Florêncio Neto (PHS), terão agendas de campanha totalmente dissociadas, com cada um cumprindo seu próprio roteiro. A campanha da chapa não terá uma coordenação centralizada. O candidato César Brito terá seu próprio coordenador, Alex Abreu, que cuidará de tudo relacionado com a movimentação do candidato. Já o candidato à vice, Florêncio Neto, seguirá o roteiro e as ações coordenadas por ex-vereador Rogério Santos. Algum problema entre os dois? Nenhum, nada mesmo. Trata-se de uma estratégia para dar mais dinamismo à movimentação da chapa que, além do apoio declarado do ex-prefeito Zé Vieira, conta com o suporte do deputado estadual Carlinhos Florêncio (PCdoB), pai e guru político do candidato a vice-prefeito.

Em Tempo: As informações básicas foram divulgadas no Blog do Louremar, um dos mais bem informados e acessados da Região do Médio Mearim.

São Luís, 25 de Agosto de 2018.

 

Ibope mostra que, mesmo com vantagem menor, Flávio Dino venceria no primeiro turno único se a eleição fosse agora  

 

Cenário da corrida ao Governo do Estado mostrado ontem pela TV Mirante

Aguardada com grande expectativa pelos que estão envolvidos com a corrida para o Governo do Estado e para o Senado, a primeira pesquisa Ibope/TV Mirante, divulgada ontem à noite, confirmou a tendência das outras pesquisas de que, se a eleição fosse agora, o governador Flávio Dino (PCdoB) seria reeleito em turno único, com mais da metade dos votos válidos. O resultado da pesquisa é o seguinte: Flávio Dino 43%, Roseana Sarney (MDB) 34%, Roberto Rocha (PSDB) 3%, Maura Jorge (3%), e Ramon Zapata (PSTU) 1% – Odívio Neto (PSOL) não pontuou. Mais ainda: 8% disseram anularão o voto ou que votarão em branco, e 7% de indecisos. Quando se subtrai brancos e nulos, Flávio Dino obtém a maioria dos votos válidos e vence a eleição em primeiro turno, com vantagem não tão expressiva, mas segura.

No geral, a pesquisa Ibope repetiu basicamente os números das pesquisas feitas pelo DataIlha e o Exata, reduzindo apenas o percentual dado ao governador. Nas pesquisas feitas pelos dois institutos maranhenses, foram encontrados números semelhantes em relação à Roseana Sarney (entre 27 e 33%), Roberto Rocha (3%), Maura Jorge (3%) e Ramon Zapata, 1% das intenções de voto. O registro destoante na comparação dessa pesquisa com outras já divulgadas por institutos maranhenses é a posição do governador Flávio Dino, com vantagem reduzida em 10 pontos percentuais em relação às outras pesquisas. Pelo cenário apresentado pelo Ibope, o governador tem confirmada sua liderança, com a diferença, em condições, portanto, de vencer a eleição já no primeiro turno.

A ex-governadora Roseana Sarney aparece no patamar em que apareceu em todas as pesquisas divulgadas até aqui, ocupando uma faixa que vai de 25% a 34% das intensões de voto. Primeira de uma série de quatro, segundo fonte do Sistema Mirante, a pesquisa Ibope reforça que a corrida já tem forma definitiva e que o caminho é mesmo a polarização da emedebista com o comunista, mas sem um dado que indique a possibilidade de ela virar o jogo.  Trata-se de uma diferença de 10 pontos percentuais, muito difícil de reverter, ainda que levando em conta todas as variáveis proporcionadas pela margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nesse cenário, os 7% de indecisos terão papel fundamental. Se a maioria deles pender para o governador Flávio Dino, ele consolidará sua tendência de liquidar fatura em turno único. Se a maioria desses votos for para a ex-governadora Roseana Sarney, ela poderá levar a decisão para um segundo turno por uma margem apertada. Isso num contexto em que Roberto Rocha e Maura Jorge permaneçam estacionados medindo força por uma fatia de 6% dos votos, Ramon Zapata não sair de 1% e Odívio Neto não conseguir um naco qualquer do grande bolo.

O item rejeição também favorece o governador Flávio Dino, que é o único candidato que tem o percentual de preferências (43%) maior do que o de rejeição (30%). Roseana Sarney recebe a pancada maior: uma rejeição bem maior (41%) do que a preferência (34%), o mesmo acontecendo com Roberto Rocha (3% de preferência para 19% de rejeição), Maura Jorge (3% para 14%) e Ramon Zapata (1% para 13%). Nesse cenário revelado pela pesquisa, o embalo da ex-governadora Roseana Sarney é inibido por uma rejeição desconcertante, enquanto que o governador Flávio Dino tem margem para avançar pela via de uma preferência maior do que a rejeição.

Finalmente, vale anotar que o Ibope encontrou 84% do eleitorado em tese já decidido, restando apenas os que não querem votar (8% de brancos e nulos) e os 7% de indecisos. Os próximos passos da corrida às urnas definirão o destino desses dois grupos.

Em Tempo: A pesquisa ouviu 1008 eleitores, entre os dias 17 e 23 de Agosto, tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% está registrada no TRE-MA sob o número 0052/2018.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 Ibope informa que Edison Lobão e Sarney Filho lideram corrida ao Senado

 Edison Lobão e Sarney Filho lideram a corrida para as duas vagas no Senado, seguidos de Eliziane Gama, José Reinaldo, Weverton Rocha e Alexandre Almeida

O senador Edison Lobão (MDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) estão na frente na corrida senatorial, segundo o levantamento do Ibope.  O primeiro com 27% e o segundo com 26%. Na “cola” deles está a deputada federal Eliziane Gama (PPS) com 17%, seguida do deputado federal José Reinaldo Tavares (PSDB) com 13%, o deputado federal Weverton Rocha (PDT) com 11%, o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB) com 6%, a militante social Preta Lu (PSTU) com 3%, o professor Saulo Pinto (PSOL) com 3%, Saulo Arcangelli (PSTU) com 2%, e Iêgo Bruno (PSOL) com 1%. A pesquisa segue a tendência das outras pesquisas, exceto no caso de Weverton Rocha, que vem aparecendo em posições melhores entre os candidatos ao Senado. Nesse ambiente, destacam-se também as posições de Eliziane Gama em terceiro lugar, e José Reinaldo na quarta posição. Essa pesquisa deve mudar o tom e a movimentação da campanha para as duas cadeiras no Senado. E o motivo é óbvio: 20% dos entrevistados responderam que ainda não sabem em quem votar para a primeira vaga e 31% não escolheram candidato para a segunda vaga. E em meio a isso, 37% disseram que não votarão em nenhum deles.

 

MDB vai montar comitê de campanha para Henrique Meirelles em São Luís

O candidato Henrique Meirelles vai ganhar comitê em São Luis montado pelo MDB

O MDB vai instalar em São Luís um comitê de campanha para o candidato do partido a presidente da República, Henrique Meirelles. A decisão foi tomada depois que assessores do presidenciável emedebista fizeram contato com o comando do MDB no estado para recomendar a instalação do comitê. Com a providência é provável que a candidata do MDB ao Governo do Estado, Roseana Sarney, incorpore a candidatura do ex-ministro da Fazenda do Governo Michel Temer ao seu discurso de campanha, afastando-se de vez da tentação de incursionar no interior defendendo a candidatura do ex-presidente Lula da Silva, como fez há algumas semanas. Além do mais, o PT, com o aval de Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), selou uma aliança com o governador Flávio Dino, que será consolidada definitivamente com a presença, hoje e amanhã, no Maranhão do companheiro de chapa do líder petista, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que deverá ser o candidato do PT a presidente se a Justiça Eleitoral entender que o ex-presidente é mesmo ficha-suja e por isso não possa ser candidato.

São Luís, 23 de Agosto de 2018.

 

Marketing: Roberto Rocha registra em cartório um “caderno de boas ideias” como base do seu plano de Governo

Acompanhado de Alexandre Almeida, José Reinaldo tavares e Graça Paz, Roberto Rocha protocola o Caderno de Boas Ideias no Cartório Cantuária de Azevedo

O antigo Cartório Cantuária de Azevedo, situado no tradicionalíssimo Beco Catarina Mina (Rua Djalma Dutra, 84), no coração da São Luís histórica -, onde estão guardadas suas memórias e onde lateja muito da  sua consciência política -, recebeu, ontem à tarde, para registro à posteridade, um documento que pode ser definido como importante: uma cópia do plano de ação do candidato ao Governo do Estado pela coligação “União e Coragem para Fazer um Maranhão Melhor”, senador Roberto Rocha (PSDB). Batizado “Caderno de Boas Ideias”, o documento contém as linhas gerais do que o candidato tucano tem em mente para realizar, se eleito governador. São ideias que elaborou ao longo da sua vida política e que, acredita, poderão incrementar o desenvolvimento sócio-econômico do estado e, por via de desdobramento, melhorar a vida dos mais de sete  milhões de maranhenses. E para dar solenidade e credibilidade ao ato, que classificou de compromisso com o povo maranhense, Roberto Rocha fez o registro acompanhado da sua companheira de chapa, deputada Graça Paz (PSDB), e dos dois candidatos ao Senado da sua coligação, o deputado federal José Reinaldo Tavares (PSDB) e o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB). “É um plano de Governo que fazemos questão de registrar em cartório para ser de conhecimento público os nossos compromissos com o Maranhão”, declarou, enfático, o candidato tucano.

De acordo com um press release divulgado pela assessoria da coligação “União e Coragem para Fazer um Maranhão Melhor”, o “Caderno de Boas Ideias” “é a síntese das principais propostas básicas que o senador Roberto Rocha desenvolveu em todos os municípios do estado, ao longo de suas atividades parlamentares”. E acrescenta: ”A proposta deriva de uma concepção de governo que já vem norteando as ações, projetos e ideias do mandato do senador maranhense e definem uma visão geral que, segundo ele, deve estar clara para a população maranhense, no momento em que oferece seu nome para ocupar o mais alto cargo de comando no estado”. E fecha a informação assinalando que Roberto Rocha pretende, se eleito governador, inaugurar uma “cultura do fazer” no estado, adotando novas práticas na gestão pública que sirvam, inclusive, como referência aos municípios maranhenses. “O foco é na eficiência e nos resultados administrativos sem a ideologização do Governo, que acaba atravancando o desenvolvimento do estado”, sentencia o candidato tucano.

Não é o primeiro Plano de Governo que um aspirante a ocupar o gabinete principal do Palácio dos Leões registrou no Cartório Cantuária de Azevedo nas últimas décadas. Pelo menos metade dos candidatos a governador que disputaram as oito últimas eleições no Maranhão registraram planos de ação naquele cartório. Seja por não haver o proponente conseguido a eleição, seja porque, quando eleitos, foram levados a esquecer os compromissos obrigados pelas circunstâncias, ou seja porque os itens prometidos eram autênticas promessas de campanha, aquelas que foram feitas para encantar o eleitor e serem esquecidas. O fato é que as prateleiras dos arquivos seculares do pequeno prédio situado no Beco Catarina Mina guardam pelo menos uma dezena desses documentos-promessa registrados por candidatos. Luiz Rocha, Epitácio Cafeteira e João Castelo, entre outros, fizeram tal registro.

O governador Edison Lobão (1991-1994) concluiu parte expressiva do que prometeu em documento, como a conclusão da Avenida Litorânea, por exemplo, iniciada pelo governador Luiz Rocha (1993-1997). E o governador Flávio Dino vem cumprindo à risca os compromissos que assumiu no seu Plano de Governo, como Escola de Tempo Integral e Escola Digna e aumento do efetivo da Polícia Militar, por exemplo. (A Coluna não conseguiu confirmar se Roseana Sarney registrou algum compromisso de campanha nas cinco vezes em que disputou o Governo do Estado entre 1994 e 2010).

Em que pesem a falta de originalidade, por ser essa uma jogada de marketing eleitoral já manjada e pouco eficiente, o gesto do candidato tucano Roberto Rocha pode funcionar como a revitalização de uma maneira série de assumir compromissos com o eleitor. Roberto Rocha vem pautando sua campanha com um discurso propositivo. E isso lhe dá um crédito de confiança em relação ao pacote que deseja por em prática se for eleito governador.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Pesquisas mostram que, apoiado por Lula, Haddad tem força para chegar ao Planalto

A julgar pela pesquisa Datafolha, Fernando Haddad, vice de Lula da Silva chegará a São Luís como forte candidato a presidente da República

Se o ex-presidente Lula da Silva (PT) estiver tão forte como mostraram as pesquisas do Ibope, divulgada segunda-feira, e do Datafolha, divulgada ontem, o seu vice, Fernando Haddad (PT), desembarcará nesta sexta-feira em São Luís como um fortíssimo candidato a presidente da República. No cenário que incluiu o ex-presidente Lula, a pesquisa Datafolha encontrou o líder petista com 39% das intenções de voto. No cenário sem Lula e com  Fernando Haddad como candidato, este aparece com apenas 4% das intenções de voto. Ocorre que a mesma pesquisa investigou situações diversas e apurou que 30% dos eleitores de Lula, a seu pedido, votarão em Fernando Haddad, o que representará 15% dos eleitores. E tendo outros 10% respondido que “poderão” votar no substituto, se Lula pedir. Considerando-se metade disso, serão mais 2%, o que totalizará 17% de votos para Fernando Haddad. E somando-se aos quatro que ele já tem por conta própria, o substituto do ex-presidente irá seguramente para o segundo turno, praticamente empatado com Jair com Jair Bolsonaro. Levando-se em conta que Lula está mostrando força para fazer muito mais, não será nenhuma surpresa se Fernando Haddad for mesmo para o segundo turno e destroçar o candidato da extrema direita nas urnas e eleger-se presidente da República. É verdade que o cálculo é simplista e que tudo pode acontecer durante a campanha. Mas é também verdadeiro que os candidatos são fracos e previsíveis, enquanto Fernando Haddad é um “poste” com mais de quatro anos de Ministério da Educação, outros quatros como prefeito de São Paulo, e com padrinho político mais influente do País.

 

Edilázio Jr. assume a liderança da nova geração do Grupo Sarney

Edilázio Jr. foi prestigiado por José Sarney , Sarney Filho e Arnaldo Melo no ato de inauguração do seu comitê de campanha por uma cadeira na Câmara Federal

Ao inaugurar, ontem, seu comitê de campanha à Câmara Federal, o deputado estadual Edilázio Jr. (PSD) assumiu de vez a posição de mais influente membro da nova geração do Grupo Sarney. Nenhum outro candidato daquela corrente a mandato proporcional conseguiu até aqui  reunir num mesmo espaço o ex-presidente José Sarney (MDB), a ex-governadora e candidata do Grupo ao Governo Roseana Sarney e o deputado federal Sarney Filho (PV), candidato a senador. O prestígio do jovem parlamentar dentro do Grupo tem explicação cara, que vai muito além de fazer parte da família Sarney. Num movimento que começou desde que assumiu na Assembleia Legislativa, Edilázio Jr. incorporou o discurso oposicionista num crescendo que o tornou a mais agressiva e frequente voz do Grupo contra o Governo Flávio Dino, jogando o jogo pesado que o primogênito da terceira geração do sarneysismo, deputado Adriano Sarney (PV), por exemplo, não jogou. Mais recentemente, Edilázio Jr., que é advogado militante, emprestou seu nome a pelo menos cinco ações-denúncia contra o governador Flávio Dino, entre elas uma que pediu o impeachment do governador. Uma carga muito pesada, que poderia, por exemplo, ter sido dividida com o atuante deputado federal Hildo Rocha, mas que ele preferiu colocar no currículo. No meio político, o deputado Edilázio Jr. é visto como um forte candidato a deputado federal. Tem audácia e suporte para andar com seus próprios pés, mas o Grupo Sarney tem obrigação a lhe dar o lastro necessário para chegar lá. Até porque é um quadro político centrado, ousado e com algum horizonte.

São Luís, 22 de Agosto de 2018.

Vídeo de Fernando Haddad consolida a aliança de Flávio Dino com Lula no Maranhão

 

Fernando Haddad anuncia vinda ao Maranhão para anunciar aliança de Lula da Silva com Flávio Dino  na corrida eleitoral

Um vídeo de 26 segundos divulgado ontem pela assessoria de imprensa do PT colocou ponto final na dúvida a respeito de quem está autorizado a falar em nome do ex-presidente Lula da Silva no Maranhão. Na peça, o candidato à vice na chapa presidencial de Lula, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, faz o seguinte anúncio: “Essa semana nós vamos estar no Maranhão, para levar o apoio de Lula à reeleição do nosso governador Flávio Dino. E também para levar uma mensagem de Lula ao povo maranhense, para o Brasil ser feliz de novo”. Mais claro, impossível. No Maranhão, portanto, quem está autorizado a falar em nome de Lula é o governador Flávio Dino (PCdoB), agora formalmente chancelado pelo vice escolhido pelo líder petista, e seu substituto como candidato a presidente, se (ou quando) a Justiça Eleitoral confirmar a inelegibilidade do ex-presidente. Com a batida de martelo, o governador Flávio Dino vai incorporar ao seu discurso, agora com mais ênfase, a luta do líder petista, que, segundo pesquisa do Ibope, divulgada pela Rede Globo na noite de segunda-feira, lidera com folga as intenções de voto (37%) na corrida ao Palácio do Planalto.

A opção de Lula por Flávio Dino no Maranhão envolve uma série de detalhes que amarram fortemente a aliança. Para começar, o PCdoB tem se portado como o mais correto aliado do PT em todos os momentos. Além disso, fechou um acordo pelo qual a deputada gaúcha Manuela D`Ávila, que abriu mão da candidatura a presidente pelo PCdoB, será vice de Fernando Haddad se (ou quando?), a Justiça Eleitoral confirmar a inelegibilidade do ex-presidente. E para tornar a aliança mais forte, o PT maranhense, que há mais de uma década vinha mantendo uma relação furta-cor com Flávio Dino, decidiu agora embarcar de vez na locomotiva partidária dinista, mesmo com o sorriso amarelo de alguns petistas de proa no estado, que não escondem certo saudosismo em relação ao tempo em que a banda maior dos petistas maranhenses experimentou o poder durante o Governo de Roseana Sarney.

Essa reviravolta é, em grande parte, resultado de uma longa, paciente e bem cuidada tessitura política realizada pelo  governador Flávio Dino. O primeiro momento se deu logo após a posse da presidente Dilma Rousseff (PT) para o segundo mandato, quando, depois de uma série de acenos de ambas as partes, Flávio Dino, eleito governador, foi recebido com distinção no Palácio do Planalto. A relação ganhou forma e peso quando surgiram os primeiros sintomas de que o mandato de Dilma Rousseff estava em perigo. Passando uma borracha em tudo o que acontecera durante a campanha, quando Dilma Rousseff, candidata à reeleição, pediu votos para Lobão Filho, candidato do PMDB ao Governo do Estado, Flávio Dino assumiu a defesa da presidente reeleita, tornando-se, em pouco tempo, a principal voz não petista em todo o País contra o impeachment. Nos piores momentos da crise que resultou na deposição dela, Flávio Dino esteve ao seu lado, assumindo o ônus político. Os aliados pemedebistas maranhenses fizeram exatamente o contrário, embarcando abertamente na onda a favor do impeachment.

Em Setembro do ano passado, Lula encerrou em São Luís uma incursão política pelo Nordeste. Foi ovacionado por milhares num monumental ato político organizado pelo governador Flávio Dino em frente ao Palácio dos Leões, selando ali a aliança agora reafirmada. Mais recentemente, Flávio Dino manteve a linha de ação política e se posicionou clara e abertamente contra a condenação e a prisão do ex-presidente. Com a autoridade de ex-juiz federal, e correndo o risco de retaliações, o governador foi duro com seus ex-colegas magistrados federais envolvidos no processo e no julgamento, especialmente com o juiz Sérgio Moro, chefe da Operação Lava Jato, a quem criticou enfaticamente pelo que entendeu ser abuso de poder. Certo de que Lula é vítima de um processo político, o governador manteve o discurso em favor do líder petista, tendo, entre outros movimentos, liderado um grupo de governadores que o visitaram na prisão em Curitiba.

A chegada de Fernando Haddad a São Luís, na sexta-feira, será, portanto, o nó que faltava para fortalecer os laços que levarão enfim Lula e sua força política, sendo candidato ou não, ao palanque de Flávio Dino, resolvendo de vez uma pendência que os manteve afastados por quase duas décadas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

TRE confirma condenação e mantém Ricardo Murad inelegível por oito anos

Ricardo Murad tem condenação confirmada e está fora da corrida para a Câmara Federal

O ex-deputado estadual Ricardo Murad (PRP) está inelegível por oito anos e não poderá ser candidato a deputado federal, como pretendia. A confirmação da inelegibilidade aconteceu ontem, em sessão plenária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na qual a maioria da Corte rejeitou recurso do ex-deputado contra condenação que lhe fora imposta pela juíza Josane Araújo Farias Braga, da 8ª Zona Eleitoral, de Coroatá, sob a acusação de abuso de poder praticado pelo então secretário municipal na campanha eleitoral de 2012. Com a saída de Ricardo Murad do páreo, a coligação “O Maranhão quer mais”, liderada pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), perde um nome forte na chapa para a Câmara Federal, reduzindo consideravelmente as chances de eleger dois deputados federais além do que previa. Tão logo tomou conhecimento da decisão do TRE em relação ao seu recurso, o ex-deputado Ricardo Murad divulgou nas redes sociais nota em que lamenta a decisão da Corte Eleitoral e avisa que examinará com seus advogados a possibilidade de recorrer da medida no Tribunal Superior Eleitoral.

 

Cleide Coutinho prepara ato-gigante para lançar sua candidatura em Caxias

Cleide Coutinho prepara ato-gigante em Caxias para lançar sua candidatura à Assembleia Legislativo

Em meio à repercussão sobre o tamanho do ato de lançamento da candidatura do ex-deputado estadual José Gentil (PRB) a novo mandato na Assembleia Legislativa, que contou com a participação do senador Edison Lobão (MDB), a ex-deputada estadual Cleide Coutinho (PDT) anunciou a realização do ato em que lançará a sua candidatura ao parlamento estadual. A festa política está marcada para o dia 24 de Agosto, data em que o então presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), seu marido e líder do grupo que agora comanda, completaria 75 anos. O anúncio criou uma forte expectativa nos partidários dos dois candidatos em Caxias. Isso porque José Gentil e Cleide Coutinho travam uma luta de prestígio na Princesa do Sertão, que será medido pela votação com que cada um sairá das urnas em Outubro. Aliados dos Coutinho se desdobram para reunir milhares e, assim, mostrar a força do grupo no eleitorado caxiense. Vale aguardar.

São Luís, 21 de Agosto de 2018.

Pragmático e tarimbado, Lobão mostra em Caxias que mantém força política e poder de fogo eleitoral

 

Edison Lobão entre Paulo Marinho Jr., José Gentil e Fábio Gentil na grande festa política em Caxias, realizada no último sábado

Se alguém duvidava do poder de fogo político do senador Edison Lobão (MDB), o ato de lançamento da candidatura do ex-deputado José Gentil (PRB) a novo mandato, realizado na noite de sábado (18) em Caxias, serviu para sepultar as dúvidas ainda vivas. O senador vivenciou mais uma vez situações que se repetiram durante sua longa e bem sucedida carreira política, iniciada em 1978, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez: milhares de pessoas gritando palavras de ordens incentivadoras com seu nome, do tipo “Lobão, nós queremos Lobão”, entre outras. E ele, naturalmente impactado com a manifestação, reagiu: “A vocês que sempre confiaram em mim, que sempre me elegeram, sempre estendo a minha mão amiga e agora pedindo humildemente mais um voto de confiança ao Senado Federal. Eu serei digno da confiança de vocês”. E seguiu com um discurso denso, bem fundamentado, com início meio e fim, sem afetação, sem bravata, sem rancores, sem prometer o que não pode cumprir. Uma atuação pragmática e típica do “modo Lobão de fazer política”, o que explica sua liderança na corrida senatorial mostrada pelas pesquisas realizadas até aqui.

A campanha eleitoral em curso está produzindo uma situação curiosa na coligação comandada pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Pelo que fica cada vez mais evidente, o senador Edison Lobão faz uma corrida com forte tom partidário, dando força à candidata ao Governo, destacando seu companheiro na chapa senatorial, deputado federal Sarney Filho (PV), mas seguindo uma trilha própria, aberta e consolidada ao longo dos anos e que o leva às lideranças – prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e líderes comunitários e sindicais – com as quais mantém relações sólidas, corretas, como é do seu estilo. Daí não surpreender a maneira festiva como é recebido nos municípios. Nessa campanha, Edison Lobão tem deixado aliados, adversários e críticos de boquiaberta com a sua performance excepcional nas pesquisas.

O que mais chama a atenção é o comportamento do senador em relação ao bombardeio que tem sofrido por conta das denúncias por meio das quais tentaram misturá-lo com a arraia-bandida fisgada pelos anzóis da Operação Lava Jato. Nada do que foi dito por delatores desesperados para dividir seus fardos foi confirmado, tendo o Ministério Público Federal recomendado o arquivamento de denúncias por falta de consistência. E com a experiência de quem realmente aprendeu o caminho das pedras no jogo bruto e implacável da luta pelo poder, Edison Lobão faz uma campanha sem se fazer de vítima. Ao contrário, tem criticado os excessos do denuncismo, sem, no entanto, recorrer ao recurso vulgar da  fulanização. Tem sido, por exemplo, um crítico duro, mas equilibrado, da condenação e da prisão do ex-presidente Lula da Silva (PT), de quem foi ministro de Minas e Energia e com quem construiu uma amizade sólida, a ponto de liderar um grupo de senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para visitá-lo na prisão em Curitiba. Disse ele logo depois num enfático discurso no Senado: “Lula foi preso para não ser presidente da República de novo”.

No ato público de sábado em Caxias, o senador Edison Lobão reforçou seus laços políticos com o prefeito Fábio Gentil (PRB) e com o vice Paulo Marinho Jr. (PP). E nos bastidores, é sabido que tem o amplo leque de apoiadores no campo político construído pelo ex-deputado Humberto Coutinho (PDT), hoje comandado pela ex-deputada Cleide Coutinho (PDT), também candidata a deputada estadual. Em Caxias mesmo posicionado com o grupo do prefeito Fábio Gentil, Edison Lobão é embalado por uma base suprapartidária, resultado de décadas de ação política acima de grupos e partidos, como mostraram todas as eleições que disputou para o Senado.

O senador Edison Lobão tem a clareza de que para ele essa eleição é decisiva para o coroamento da sua carreira. Sabe também que carrega na campanha o desafio de enfrentar nas urnas concorrentes como Sarney Filho, Weverton Rocha (PDT), José Reinaldo Tavares (PSDB), Eliziane Gama (PPS), Alexandre Almeida (PSDB) e Saulo Arcangelli (PSTU).

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Arquivamento da Representação contra Carlos Brandão mostra que Flávio Dino sabe o que faz

Carlos Brandão saiu ileso do primeiro ataque no tapetão da Justiça

A decisão do procurador regional eleitoral Pedro Henrique Oliveira Castelo Branco de mandar para o arquivo morto a Representação do MDB denunciando suposta inelegibilidade do vice-governador Carlos Brandão (PRB) foi o primeiro rebate aos petardos judiciais disparados pelo partido e aliados da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) contra o projeto de reeleição do governador Flávio Dino avaliou que (PCdoB). E mostrou que, ao contrário de outros tempos, quando jogou pesado e desestabilizou adversários no tapetão, o Grupo Sarney não está agora enfrentando amadores, mas profissionais que sabem o que fazem em embates judiciais. O governador Flávio Dino sabia exatamente o que estava dizendo o fato de ter assumido o Governo temporariamente no dia 7 de Abril, substituindo-o, não o tornaria inelegível. E seguro da sua avaliação, bancou a candidato do companheiro de chapa, certo de que a Justiça negaria provimento à denúncia da cúpula do MDB. Não há dúvida de que o Grupo Sarney repete a estratégia de questionar na Justiça a legalidade da chapa do seu maior adversário em cada eleição, tendo a derrubada do governador Jackson Lago em 2019 o seu maior triunfo nesse viés político. Os tempos agora são outros, e à frente do Governo está um ex-juiz federal que sabe onde ele e seu Governo devem pisar, e por isso dificilmente deixará brechas para inspirar ações judiciais. E a julgar pelo que se ouve dos que sabem o que dizem nessa seara, nenhum petardo judicial até agora contra o governador e sua aliança vai prosperar. Se essa previsão se confirmar, Roseana Sarney, que tem forte base política e eleitoral, corre sério risco de sair arranhada da refrega no tapetão.

 

PCdoB vai preparar recepção de candidato a presidente a Fernando Haddad, vice e iminente substituto de Lula

Fernando Haddad será recebido por Flávio Dino com tratamento de candidato a presidente

O comando da campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) vai preparar uma grande recepção para o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), candidato a vice-presidente da República na chapa do ex-presidente Lula da Silva (PT), que desembarcará em São Luís no dia 24 (sexta-feira) e permanecerá na Ilha até o dia 25 (sábado). Fernando Haddad será recebido oficialmente como candidato à vice-presidente, mas será tratado como candidato a presidente. E a explicação é óbvia: é quase certo que a Justiça Eleitoral barrará a candidatura de Lula da Silva, por considerá-lo “ficha-suja”, o que fará de Fernando Haddad automaticamente o candidato do PT a presidente. O governador Flávio Dino é partidário da substituição Lula da Silva por Fernando Haddad, por considerar o ex-prefeito de São Paulo um quadro à altura de representar a aliança PT/PCdoB na corrida presidencial, e que terá como vice a deputada gaúcha  Manuela D`Ávila (PCdoB). O PCdoB e o PT pretendem levar o nome de Fernando Haddad aos mais distantes rincões do Maranhão, num esforço gigantesco para transferir para o substituto as mais de 1,5 milhão de intenções de votos para Lula da Silva.

São Luís, 20 de Agosto de 2018.

 

 

Início de campanha mostra Flávio Dino forte em Imperatriz e Roseana Sarney tentando reverter cenário

 

Flávio Dino acompanhado por uma multidão em Imperatriz; Roseana Sarney entre Edison Lobão, Assis Ramos e Sarney Filho em um auditório na cidade

Ao longo dos confrontos eleitorais no Maranhão, a experiência tem demonstrado que para chegar ao Palácio dos Leões o candidato precisa sair-se bem em dois testes de popularidade: um é a caminhada pela Rua Grande, em São Luís; o outro é também uma caminhada, esta no centro de Imperatriz. Na avaliação dos observadores mais experientes da cena política maranhense, o candidato que for melhor sucedido nas duas empreitadas, irá para as urnas com lastro para vencer a eleição. O governador Flávio Dino (PCdoB), que segundo as pesquisas lidera a corrida com larga vantagem em todo o estado, com possibilidade de vencê-la em turno único, e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que aparece em segundo lugar e tenta reverter o cenário, já fizeram a primeira passagem por Imperatriz. O resultado foi francamente favorável ao governador Flávio Dino, em que pese o fato de Roseana Sarney ter escolhido um vice imperatrizense, o empresário Ribinha Cunha (PSC), e contar com o apoio do prefeito Assis Ramos (MDB). Nenhum dos dois fez ainda o exigente teste que é a travessia da Rua Grande.

É verdade que a campanha propriamente dita está começando e ainda que cedo, já é possível rascunhar um esboço de previsão sobre a preferência da grande maioria do eleitorado da Princesa do Tocantins, com seu gigantismo econômico, sua independência política e a partir da sua conhecida falta de afeição eleitoral pelos candidatos do Grupo Sarney. Nas últimas cinco eleições para o Governo do Estado, os candidatos do grupo liderado pelo ex-presidente José Sarney amargaram derrotas naquele bastião oposicionista. Neste início de campanha, os imperatrizenses fizeram grande festa para o governador Flávio Dino, reconhecendo as atenções que o seu Governo tem dado à cidade e à Região Tocantina como um todo, simbolizada pela UemaSul. Em seus governos, Roseana Sarney trabalhou por Imperatriz – coloca o complexo industrial da Suzano na sua conta -, mas não há dúvida de que a balança agora pesa a favor do atual mandatário estadual.

As preferências do eleitorado imperatrizense foram sinalizadas em pesquisa feita pelo Instituto Interpreta.  De acordo com o levantamento, se a eleição fosse hoje, Flávio Dino teria 54,08% dos imperatrizenses. Roseana Sarney teria 17,92%, seguida de Roberto Rocha com 2,72% e Maura Jorge com 1,6%. Odívio (PSOL) teria 0,32% e Ramon Zapata 0,16%. Não souberam ou não responderam somam 13,72%, brancos e nulos 9,44%. E na conta dos votos válidos (sem os indecisos, nulos e brancos) o resultado seria o seguinte: Flávio Dino 70,42% dos votos válidos, seguido de Roseana Sarney 23,83%, Roberto Rocha 3,54% e Maura Jorge (PSL) 2,08% – Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU) juntos não alcançaram 1%. E todos os exercícios de cálculo possíveis com a margem de erro (4%) e posição de indecisos confirmam a larga vantagem do governador na antiga Vila do Frei.

O cenário da disputa em Imperatriz indica com clareza que o governador Flávio Dino reúne condições para consolidar o seu favoritismo em todo o estado. Isso não significa dizer que Roseana Sarney deva jogar a toalha. A campanha para valer está apenas no começo e terá ponto alto nos debates na TV, que, tudo indica, serão decisivos para que o eleitor forme juízo definitivo a respeito dos candidatos. À frente de uma gestão apontada como eficiente e produtiva, o governador tem discurso pronto em defesa da continuidade das ações do seu Governo, e traquejo para se conduzir nesse tipo de embate. Pelo tempo de estrada e de governo, a ex-governadora tem passado e marqueteiros experientes para orientá-la, restando saber se ela está pronta para o confronto verbal com o governador. A evolução da campanha e os confrontos diretos já agendados produzirão material suficiente para embasar as escolhas do eleitor.

Mas não há como ignorar ou esconder o fato de que nesse momento inicial da campanha eleitoral o comunista Flávio Dino navega na condição de favorito prenunciada pelas pesquisas realizadas na pré-campanha. E que por isso a emedebista Roseana Sarney, o tucano Roberto Rocha, a bolsonariana Maura Jorge, o professor Odívio Neto e o servidor público Ramon Zapata têm um baita desafio pela frente.

Em Tempo: Registrada no TSE sob o nº MA-07496/2018, a pesquisa do Instituto Interpreta ouviu 625 eleitores de Imperatriz no dia 10 de agosto tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Ricardo Murad terá seu destino político imediato decidido terça-feira pelo TRE

Ricardo Murad: aguarda “sereno” a decisão do TRE sobre seu futuro político

Não é confortável a situação do ex-deputado Ricardo Murad, que aguarda julgamento que o tem como acusado e que poderá tirá-lo da corrida eleitoral com direitos políticos suspensos por oito anos. O ex-deputado é acusado de abusar de poder econômico nas eleições de 2012, em Coroatá, durante a campanha em que sua mulher, Teresa Murad, foi eleita prefeita (PMDB). O julgamento foi iniciado na última terça-feira (14), tendo três dos sete desembargadores votado pela sua condenação. Um desembargador votou a seu favor, e em seguida o desembargador Itaércio da Silva interrompeu o julgamento com um pedido de vistas. A situação atual á a seguinte: três votos pela condenação e um voto pela absolvição. Restam três votos. Se houver mais um voto pela condenação, Ricardo Murad estará fora da corrida deste ano para a Câmara Federal. Se houver dois votos a seu favor, formando empate de três a três, o futuro do ex-deputado dependerá do voto de Minerva do presidente da Corte, desembargador Ricardo Duailibe, que poderá sacramentar sua inclusão no listão dos ficha-suja ou mantê-lo entre os ficha-limpa com pleno direito de ser candidato a deputado federal. O desfecho do julgamento está previsto para terça-feira (21).  Nas redes sociais, Ricardo Murad diz que aguarda o desfecho do julgamento “com serenidade”.

 

Concorrência será dura na corrida à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal

Será dura a disputa pelas 42 cadeiras da Assembleia Legislativa e nas 18 da Câmara Federal, segundo sinalizam os números acerca da relação entre o número de candidatos que concorrem, levantados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgados pelo sítio DivulgaCand.

Nada menos que 472 candidatos pediram registro para concorrer a mandato de deputado estadual. Desses, 32  já exercem o mandato e concorrem à reeleição no pleito de 2018, o que dá um total de 11,23 candidatos por vaga. Não concorrem à reeleição, por diversos motivos, os deputados Eduardo Braide (PMN), Edilázio Jr. (PSD), Bira do Pindaré (PSB), Graça Paz (PSDB), Nina Melo (MDB), Stênio Rezende (DEM), Josimar de Maranhãozinho (PR), Alexandre Almeida (PSDB), Hemetério Weba (PV) e Max Barros (PMB).

Já para a Câmara Federal, serão 197 candidatos disputando os 18 assentos que o Maranhão tem direito. A média será de 10,94 por cada vaga no. Não concorrem à reeleição os deputados Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSDB), Sarney Filho (PV) e Pedro Fernandes (PTB).

São Luís, 19 de Agosto de 2018.