Arquivos mensais: setembro 2021

Edivaldo Jr. inicia pré-campanha em Imperatriz tentando dar peso ao seu projeto de chegar aos Leões

 

Edivaldo Jr. com Alberto Souza entre Edilázio Jr., César Pires e Ricardo Seidel em Imperatriz, no primeiro movimento da sua pré-campanha ao Governo do Estado

O desembarque do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., ontem, em Imperatriz, dando início à sua pré-campanha como pré-candidato do PSD, pode ser considerado um indicador de que a disputa pelo Governo do Estado, que já dá sinais de acirramento com na movimentação do senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT, e o vice-governador Carlos Brandão, que concorre pelo PSDB, vai ganhar forte intensidade a partir de agora. Acompanhado do presidente do PSD, deputado federal Edilázio Jr. e do seu principal operador, deputado estadual César Pires (PSD), Edivaldo Holanda Jr. começa sua maratona bem situado em pesquisas e com a certeza de que tem posição consolidada na sua principal base, São Luís. Leva na bagagem o portfólio da sua gestão de oito anos na Prefeitura da Capital, e o discurso de que está pronto para repetir a proeza em nível estadual. Antes de voar para a Região Tocantina, o pré-candidato do PSD dedicou semanas à tarefa de receber prefeitos e líderes municipais, mostrando-se animado com as conversas.

A movimentação do ex-prefeito de São Luís é um dado diferenciado da corrida aos Leões. Ele não é um outsider, está testado nas urnas depois vencer as cinco eleições que já disputou, conhece o jogo pré-eleitoral e conhece a quem está enfrentando agora, o que pode ser um diferencial importante na sua estratégia. A decisão de iniciar sua pré-campanha por Imperatriz, a partir de onde visitará mais cinco municípios da região, evidencia que o pré-candidato do PSD planejou cuidadosamente os movimentos iniciais da sua corrida às urnas e que parece determinado a não escorregar. Ele sabe que o primeiro passo é criar um suporte político com alguma consistência e que faça a ponte entre ele e o eleitorado. Essa postura é reflexo da convicção de que tem chances reais de vencer a eleição, a exemplo do que acontece com seus principais concorrentes.

Montado na experiência de quem geriu o segundo maior orçamento do estado, Edivaldo Holanda Jr. está que seus dois principais concorrentes, um senador que há tempos está na estrada que leva às urnas e um vice-governador que disputará a eleição na condição de governador e empunhando a caneta mais poderosa do Maranhão, o que os torna ossos duríssimos de roer. Certamente está programando seus passos com o máximo de realismo, uma vez que até mesmo a possibilidade de vir a ser candidato apoiado pelo MDB, por estar num partido comandado por um membro destacado da nova geração do Grupo Sarney, será um processo muito complicado, que poderá ou não dar certo.

A julgar pela pancadaria que vem agitando os bastidores das pré-campanhas de Weverton Rocha e Carlos Brandão, Edivaldo Holanda Jr., ao confirmar sua pré-candidatura, passa a ser alvo vistoso desses e dos demais pré-candidatos a governador. Eles são o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) e, provavelmente, o senador Roberto Rocha, que ainda não tem partido nem confirmou se vai mesmo brigar pelos Leões, ou se tentará continuar no Senado, nesse caso enfrentando o governador Flávio Dino (PSB). Avesso ao confronto direto e ao pugilato verbal, Edivaldo Holanda Jr. tem ciência de que o Governo do Estado não será conquistado com a troca de gentilezas e amabilidades.

“Vamos vencer!”. A declaração feita em tom de sentença pelo deputado César Pires no início da incursão de Edivaldo Holanda Jr. após o desembarque em pode ter sido reveladora do ânimo que motiva o ex-prefeito de São Luís agora aspirante a governador. Político experimentado, César Pires certamente já mensurou o tamanho do desafio que o pré-candidato do PSD tem pela frente. Assim, pode-se avaliar que, somados, a declaração do deputado César Pires, o ambiente descontraído da visita ao presidente da Câmara Municipal da Princesa do Tocantins, Alberto Souza, e o entusiasmo do vereador Ricardo Seidel (PSD) em receber o pré-candidato a governador do seu partido, Edivaldo Holanda Jr. se tornou ontem um nome a ser considerado de fato na corrida aos Leões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

TV Assembleia chega a mais 33 municípios e alcança milhares de maranhenses

Othelino Neto amplia raio da TV Assembleia e garante mais visibilidade ao trabalho dos deputados na Casa

A TV Assembleia, emissora do Poder Legislativo do Maranhão, que até ontem alcançava São Luís e mais seis municípios do seu entorno, teve ampliado o seu raio de abrangência para mais 33 municípios com 40 mil habitantes. A ampliação, que muda radicalmente a importância da TV Assembleia como veículo de comunicação no sentido amplo, foi anunciada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), durante a sessão plenária desta Quarta-Feira. A ampliação é um ganho significativo, à medida que milhares de pessoas a mais terão acesso aos trabalhos legislativos e ao conteúdo informativo e cultural pela emissora.

Com a medida, que deu efetividade a projeto que vinha sendo trabalhado com o objetivo de ampliar o seu raio de alcance, além das sessões plenárias ao vivo, em TV aberta, a TV Assembleia poderá ainda aumentar e diversificar sua programação. Com isso, fortalecerá sua capacidade como veículo informativo e também como canal de educação e entretenimento, à medida que, com o avanço na interiorização, milhares de maranhenses poderão será exibida também parte da programação da emissora de Segunda a Sexta-Feira.

A fazer o anúncio, o presidente Othelino Neto, de quem partiu a iniciativa de fortalecer a estrutura de comunicação do Poder Legislativo, assinalou: “É uma conquista de todos nós, deputados. Realmente, ganhamos muito no aspecto da transparência, pois mais pessoas, mais maranhenses poderão ter acesso, ao vivo, àquilo que é discutido e aprovado nas sessões. A gente já vem há algum tempo trabalhando para que isso aconteça e, agora, será possível”.

Responsável pela viabilização técnica do projeto de expansão, diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa, jornalista Edwin Jinkings, a importância maior do projeto está no fato de que ele aproxima, ainda mais, o trabalho do Parlamento aos maranhenses de diferentes municípios. “Bom para os deputados, que terão mais esta ferramenta para divulgar os assuntos importantes que defendem em prol de suas bases políticas e, também, para a população que poderá acompanhar os debates da Casa do Povo”, disse.

A medida anunciada ontem pelo presidente Othelino Neto levará o conteúdo da TV Assembleia aos seguintes municípios: Imperatriz, Timon, Caxias, Codó, Açailândia, Bacabal, Balsas, Santa Inês, Barra do Corda, Pinheiro, Chapadinha, Santa Luzia do Tide, Buriticupu, Grajaú, Itapecuru-Mirim, Coroatá, Barreirinhas, Tutóia, Vargem Grande, Viana, Zé Doca, Lago da Pedra, Coelho Neto, Presidente Dutra, Araioses, São Bento, Santa Helena, Estreito, Tuntum, Bom Jardim, São Mateus do Maranhão, Amarante do Maranhão e Colinas.

 

Roberto Rocha provoca Flávio Dino com exemplo inócuo do Espírito Santo

Flávio Dino alvo de provocação de Roberto Rocha

Curiosa a provocação feita pelo senador Roberto Rocha (sem partido) ao governador Flávio Dino (PSB) no eco de um debate meio sem sentido provocado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para fugir da incapacidade do seu Governo de conter o aumento dos combustíveis. Aproveitando a onda na qual o presidente tenta carimbar os governadores com a pecha de culpados pelo fato de terem eles, por lei federal e com o aval dos legislativos estaduais, o direito de definir o valor da alíquota de ICMS que compõe o preço final dos combustíveis, o senador Roberto Rocha “desafiou” o governador Flávio Dino a “congelar” o valor da alíquota maranhense, uma das mais equilibradas do País, como fez o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Sem ferir o direito do senador de se manifestar sobre o assunto do jeito que ele bem entender, vale perguntar: o que a população capixaba ganhou com o tal “congelamento”? Nada, porque o tal congelamento não alterou o preço dos combustíveis nas bombas. O governador Renato Casagrande fez um gesto inócuo e isolado e sem efeito prático imediato. E que não foi acompanhado por nenhum dos seus 26 colegas, entre eles, por exemplo, o bolsonarista mineiro Romeu Zema, que, como os demais, não parece disposto a abrir mão de um centavo de receita de ICMS incidente sobre o prelo dos combustíveis.

O problema do preço dos combustíveis no Brasil é grave e complexo, exige um debate técnico amplo com todos os segmentos envolvidos e uma tomada equilibrada de decisão do Congresso Nacional, como sugere o governador do Maranhão. Nada fora disso fará qualquer sentido, a começar pelo gesto paladino e nada produtivo do governador do Espírito Santo, e a provocação do senador Roberto Rocha ao governador Flávio Dino, destinada apenas a agitar o viés político da questão.

São Luís, 30 de Setembro de 2021.

Disputa Brandão-Weverton causa tensão, mas Dino mantém situação sob controle

 

Flávio Dino mantém controle sobre a disputa entre Carlos Brandão e Weverton Rocha pela sua sucessão

Não é novidade que o governador Flávio Dino (PSB) está enfrentando fortes pressões nos bastidores do seu Governo e da sua base política, feitas por aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e do senador Weverton Rocha (PDT), ambos pré-candidatos ao Palácio dos Leões e em busca do apoio do chefe do Executivo e do grupo que lidera. Pelo que corre nas entranhas partidárias, essas pressões são frutos da guerra aberta entre os dois pré-candidatos, que ganha intensidade à medida que vão se aproximando os momentos de decisão, quando o governador baterá o martelo e dirá como e com quem seguirá para as urnas. Até aqui, Flávio Dino vem conduzindo o processo de maneira republicana, dando apoio político a Carlos Brandão, mas sem criar qualquer tipo de embaraço para a movimentação de Weverton Rocha e mantendo representantes do PDT nos espaços do Governo destinados ao partido. No delicado e complexo xadrez que movimenta o poder, os dois pré-candidatos jogam pesado na ocupação de espaço.

Carlos Brandão e Weverton Rocha são políticos experientes, que sabem onde querem chegar e estão determinados a isso. Eles jogam por padrões totalmente diferentes. O vice-governador é contido, não é dado a exposição, fazendo, por temperamento, uma política de articulação, de conversa direta, de preparação de terreno para chegar ao eleitor; ao mesmo tempo, conta com aliados aguerridos, que, também nos bastidores, vão para o confronto com adversários. Weverton Rocha é o inverso, joga forte nos bastidores, mas se mostra, ousada e intensamente, criando as mais diversas situações para o contato direto com o eleitorado, realizando grandes eventos, como as edições do “Maranhão mais feliz”, para o que conta com aliados igualmente envolvidos no projeto e dispostos ao confronto com adversários.

À sua maneira, Carlos Brandão vai agregando força política ao seu projeto de candidatura, com o envolvimento de deputados federais, deputados estaduais, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores. É um trabalho intenso, complexo, no qual conta com o apoio valioso de dois ex-prefeitos e políticos experientes, o ex-prefeito de São José de Ribamar Luiz Fernando Silva (PSDB) e o ex-prefeito de Tuntum Cleomar Tema (PSB), contando ainda com o incentivo e a colaboração direta do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB), além do apoio de deputados federais e estaduais e um número expressivo de prefeitos. Um time de peso, que conhece o caminho das pedras e sabe jogar em terreno pedregoso adversos. Esse time, que conta com vários apoiadores empenhados dentro e fora do Governo, dá o suporte necessário ao fortalecimento do projeto de candidatura do vice-governador.

Weverton Rocha é o contrário. Jovem e impetuoso, faz uma pré-campanha intensa, buscando ao mesmo tempo a articulação de uma base política e uma aproximação direta com o eleitorado, objetivos para os quais não mede esforços nem os meios disponíveis para alcançar. O articulador-mor dessa ação é o prefeito de Igarapé Grande e presidente da Famem Erlânio Xavier (PDT), que atua apoiado por um grupo forte de colaboradores. No campo político, Weverton Rocha conta com o aval do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), hoje o seu apoiador mais destacado, além de deputados federais e estaduais, dezenas de prefeitos, formando uma base que o mantém confiante.

Mesmo administrando tensões produzidas em ambas as frentes, e ciente de que dificilmente Carlos Brandão e Weverton Rocha dificilmente abrirão mão de seus projetos em favor de um deles, o que leva suas pré-candidaturas para o campo da irreversibilidade, o governador Flávio Dino vai conduzindo o processo fazendo o que pode para evitar um confronto arrasador. Nesse sentido, o governador tem reafirmado sua liderança, mostrando que está no pleno cumprimento da agenda acertada com os dois pré-candidatos. E por mais fortes que venham a ser as pressões por eles produzidas, disputa política nesse nível é assim mesmo, é o jogo pelo poder o governador Flávio Dino dificilmente perderá o controle da situação.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

João Marcelo faz esclarecimentos sobre a situação no MDB

João Marcelo: inclinação por Carlos Brandão, mas sem martelo batido ainda

O lúcido e bem articulado deputado federal João Marcelo acendeu algumas luzes sobre a turva e complicada situação do MDB, seu partido, no contexto da corrida ao Palácio dos Leões.

Para começar, afirma que, pelas informações que dispõe, a ex-governadora Roseana Sarney, atual presidente do MDB maranhense, já bateu martelo quanto ao seu futuro: será mesmo candidata a deputada federal, enfatizando que ela publicou tal decisão nas suas redes sociais no último fim de semana. Certo, mas vale lembrar que essa decisão foi tomada no final de 2020 e divulgada em primeira mão por esta Coluna. Só que de lá para cá, ao sabor das pesquisas que a apontaram na liderança, ela ensaiou três vezes entrar na briga pelo Palácio dos Leões, o que semeia dúvida sobre a última declaração. De qualquer maneira, disputando o Governo ou uma cadeira na Câmara Federal, a participação da ex-governadora na corrida eleitoral é saudável.

No que diz respeito à sua posição em relação aos pré-candidatos ao Governo, o deputado João Marcelo afirma, categórico, que ele e seu pai, o ex-governador João Alberto, ainda não se posicionaram. Continua conversando, avaliando e articulando uma posição conjunta com o deputado federal Hildo Rocha, seu colega de partido. Nas suas conversas, ambos estão até aqui inclinados a apoiar o projeto de candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que já conta com o apoio dos deputados estaduais emedebistas Arnaldo Melo e Socorro Waquim, sem descartar, no entanto, a possibilidade de uma aliança com o senador Weverton Rocha (PDT), apoiado pelo vice-presidente do MDB, deputado estadual Roberto Costa. Nada além disso.

O deputado João Marcelo aposta alto que, mesmo passando a impressão de que está sentido atingido por um racha, o MDB chegará a uma posição de consenso em relação à disputa para o Governo do Estado.

 

Combustíveis: Bolsonaro usa Lira contra governadores e Dino formula sobre ICMS

Flávio Dino rebate discurso de Arthur Lira sobre ICMS para agradar Jair Bolsonaro

 

O Brasil assistiu ontem a uma jogada política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para atacar governadores, aos quais atribui a responsabilidade pelo estratosférico preço dos combustíveis, por conta do ICMS, usando o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP/AL), como bucha de canhão, num palanque em Alagoas. Mesmo sabendo que suas declarações carecem de verdade, Arthur Lira servilmente adotou o discurso do presidente contra os governadores, como se a mudança na legislação dependesse deles.

Mais tarde, do alto da sua autoridade de governador cujo Estado cobra, com base na Constituição Federal, a alíquota mais baixa de ICMS sobre combustíveis, o governador Flávio Dino entrou na discussão e postou nas suas redes sociais:

“Sobre o ICMS, reitero aposição que sustento há muito tempo: O ICMS deve acabar. Para isso, basta que o Congresso Nacional mude a Constituição Federal. Mas que fique claro: não vai haver redução de preço de combustível sem mudar a política federal de ‘paridade internacional’”.

Será que Arthur Lira vai topar o desafio de mudar a regra? Vale aguardar.

São Luís, 29 de Setembro de 2021.

Enquanto Roseana aguarda pesquisas, fatias do sarneysismo são disputadas por pré-candidatos

 

Divisão no MDB e em outras bandas do Grupo Sarney põe sua liderança em xeque

O movimento feito pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) no sentido de atrair o braço maranhense do PV para a base de apoio do seu projeto de candidatura ao Palácio dos Leões confirma observação feita há algum tempo por observadores experientes: se a ex-governadora Roseana Sarney, no comando do MDB, não mostrar liderança e atrair os pedaços do que já foi o Grupo Sarney, eles serão pulverizados e absorvidos pelos vários pré-candidatos a governador. Na falta de uma liderança forte e aglutinadora, diferentes fatias do que já foi a máquina política e partidária mais consistente e poderosa do do Maranhão durante décadas buscam se acomodar em diferentes ambientes, e com isso encontrar meios de sobrevivência nas urnas. O MDB, que é o maior braço organizado do que já foi o Grupo Sarney, está dividido entre os projetos de candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), do vice-governador Carlos Brandão e do ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD), flertando também, em menor escala, com Josimar de Maranhãozinho (PL).

O MDB, hoje o mais importante braço sarneysista e comandado pela ex-governadora Roseana Sarney, está claramente dividido. O grupo liderado pelo deputado estadual e vice-presidente Roberto Costa, que inclui o ex-senador João Alberto, está inclinado pelo projeto de candidatura do senador Weverton Rocha, a quem se aliou na corrida à Prefeitura de São Luís e por conta do ingresso do prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, no PDT. O deputado federal Hildo Rocha estaria na linha de apoio ao vice-governador Carlos Brandão, enquanto Roseana Sarney estaria avaliando levar o que for possível do partido para a apoiar o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr., que já tem o apoio do PSD, comandado pelo deputado federal Edilázio Jr. e tendo com articulador o deputado estadual César Pires, dois quadros proeminentes do sarneysismo.

Roseana Sarney, que aguarda os números de pesquisa para definir se encarará as urnas como candidata a deputada federal ou encabeçando uma chapa para o Governo, ou até mesmo na antes impensável condição de candidata a vice de Edivaldo Holanda Jr., como andaram especulando, dará a palavra final sobre o caminho a ser trilhado pelo MDB. Mas para isso terá de realizar uma delicada costura doméstica, para evitar a pulverização do partido, o que colocará em xeque a sua liderança e o futuro do partido. Daí ser possível o MDB marchar unido, com Edivaldo Holanda Jr. ou com Carlos Brandão, que já conta com o apoio declarado dos deputados estaduais emedebistas Arnaldo Melo e Socorro Waquim. Ou ainda, numa hipótese remota, mas não descartável, numa aliança com Weverton Rocha.

Outro braço do sarneysismo hoje desgarrado, mas agregando antigos aliados do Grupo Sarney está no PSC, comandado no Maranhão pelo deputado federal Aloísio Mendes, que se bandeou de armas e bagagem para a falange bolsonarista, premiado pelo presidente Jair Bolsonaro com o posto de vice-líder do Governo na Câmara Federal, o que não é pouca coisa. O viés bolsonarista de Aloísio Mendes deverá levá-lo a apoiar a candidatura do senador Roberto Rocha (sem partido), caso ele resolva entrar na briga pela sucessão do governador Flávio Dino (PSB), como seus aliados e seguidores do presidente da república no Maranhão. Vale registrar que até agora o deputado Aloísio Mendes não se manifestou sobre a corrida ao Palácio dos Leões.

Os nomes que lideram os diferentes segmentos do que outrora foi o Grupo Sarney sabem que é quase impossível reaglutinar as forças sarneysistas como antes. Mas sabem também que esforços nesse sentido podem valer a pena, uma vez que, somadas, essas forças formam um segmento político de peso e um capital eleitoral capaz de influenciar, de maneira decisiva, os rumos da disputa.

Quando trabalha para atrair o PV, partido criado pelo ex-deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho e agora comandado pelo deputado estadual Adriano Sarney, e que tem a marca forte do sarneysismo, o vice-governador Carlos Brandão joga como raposa de faro apurado, que pode estar abrindo caminho seguro para chegar ao epicentro do que restou do sarneysismo.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Distância quilométrica separa Dino de Bolsonaro quando o assunto é asfalto

Flávio Dino: distância quilométrica à frente de Jair Bolsonaro em matéria de asfalto durante mandatos

“Chegamos a quase 6.000 km de asfalto no nosso mandato, em rodovias em vias urbanas. Francamente, 10 km para comemorar 1.000 dias é bem esquisito”. Feito para dar uma informação sobre ações do seu Governo e, ao mesmo tempo, mostrar mais uma contradição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o comentário do governador Flávio Dino (PSB) foi oportuno. Primeiro porque o programa de pavimentação asfáltica, que alcançou cidades e rodovias, é um dado concreto e impossível de contestar.

O programa Mais Asfalto chegou a todas as regiões do Maranhão, resolveu inúmeros problemas urbanos em muitos municípios e ampliou significativamente a malha rodoviária do Maranhão. Na ponta do lápis, o Governo Flávio Dino completa 2.459 dias neste 30 de Setembro. Se tiver asfaltado 6 mil km de rodovias e vias urbanas nesse período, marcará uma vantagem gigantesca em relação ao Governo Jair Bolsonaro. A divisão dos 6.000 KM pelos 2.459 dias de duração do seu Governo até aqui resultará no seguinte desempenho: implantação de 2,4 km de asfalto/dia, 73 km/mês, 878 km/ano e 5.926 km em seis anos e oito meses. Importante, não houve registro de favorecimento a empresas nem notícia de desvio de recursos aplicados nessas obras, todas realizadas dentro das regras republicanas.

Já o presidente Jair Bolsonaro comemora 1.000 dias inaugurando uma rodovia de 10 KM na Bahia, o que equivale a um quilômetro a cada 100 dias, provavelmente a obra rodoviária mais lenta que se tem notícia na história do Governo Federal.

 

Simplício Araújo acerta na mosca com campanha cobrando Plano Diretor de São Luís

Simplício Araújo: campanha oportuna de cobrança pelo Plano Diretor de São Luís

Começa a ganhar corpo a campanha intensa feita pelo secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, cobrando a aprovação do Plano Diretor de São Luís pela Câmara Municipal. Os argumentos do secretário são fortes e não deixam margem para que sejam ignorados. Começam com o principal e mais abrangente: Plano Diretor é o instrumento legal mais adequado que as prefeituras dispõem para organizar e dinamizar os espaços urbanos e rurais dos municípios; são regras para ocupação e uso do espaço municipal, nascidas do planejamento cuidadoso e consensual, uma vez que cabe aos vereadores a tarefa de dar a forma e o conteúdo definitivos desse documento. É o Plano Diretor que estabelece as áreas para a construção habitacional, para a exploração comercial e para a produção industrial. Sem um planejamento inteligente, com sólida base técnica e sem a ação correta e eficiente do Poder Público, a tendência natural das áreas urbanas é que elas se tornem ambientes caóticos em todos os sentidos. Daí não haver como justificar uma cidade como São Luís, hoje com 1,2 milhão de habitantes e em franco crescimento, não dispor de um Plano Diretor atualizado, que garanta à gestão municipal o direcionamento correto para intervenções bem-sucedidas.

Suplente de deputado federal, presidente do Solidariedade e pré-candidato ao Governo do Estado e com a autoridade institucional de secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo sabe o que está cobrando da Câmara Municipal de São Luís.

São Luís, 28 de Setembro de 2021.

Decisões, declarações, incursões e largada mostram que a corrida aos Leões entra em nova etapa

 

Roseana Sarney, Weverton Rocha, Carlos Brandão e Edivaldo Jr.: abrem nova etapa da disputa pelos Leões

Uma decisão da ex-governadora e atual presidente regional do MDB Roseana Sarney, uma entrevista do senador Weverton Rocha (PDT) ao jornal O Estado do Maranhão, uma visita do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) a uma comunidade indígena e um anúncio do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. (PSD) serviram como indicadores de que a corrida ao Palácio dos Leões, que tem desfecho marcado para o dia 02 de Outubro, começa a ganhar contornos que poderão definir o quadro de candidatos bem antes do que se imagina. Os eventos e posições de agora dos pré-candidatos a governador já não são ensaios de “vai que cola” para “ver no que dá”; são decisões mais pensadas e tomadas para alcançar objetivos ambiciosos e orientar movimentos ousados. A corrida aos Leões entra em nova fase.

Quando deixa vazar que contratou uma pesquisa com mostras quantitativa e qualitativa para identificar sua posição na seara das pré-candidaturas, a ex-governadora Roseana Sarney tem dois objetivos muito claros. O primeiro deles é saber qual é, de fato, o seu capital eleitoral, de modo a avaliar se é ou não viável entrar na briga pelo Palácio dos Leões. E o segundo é medir o potencial e a viabilidade dos demais pré-candidatos. A ex-governadora sabe que suas chances são modestas e sua rejeição, elevada. Isso não a impede de montar um projeto ousado e entrar na briga com o objetivo de chegar ao segundo turno. A lógica sugere que, nesse caso, será uma candidata fortíssima no turno decisivo, tenha quem tiver como adversário. Caso contrário, ela manterá sua pré-candidatura à Câmara Federal, que é a sua primeira opção, usando também os números para escolher o qual apoiará.

Na sua entrevista a O Estado do Maranhão, o senador Weverton Rocha avisa, com forte argumentação, que será candidato de qualquer jeito. Diz que foram fixados critérios para definir o candidato do grupo liderado pelo o governador Flávio Dino (PSB), e que ele está preenchendo tais critérios; e que se não for por esse caminho, fará voo solo e não se sentirá culpado pelo rompimento do acordo articulado pelo governador. Ou seja, fazendo uma pré-campanha arrojada e só perdendo para Roseana Sarney nas pesquisas feitas até aqui, Weverton Rocha, demonstra que está determinado a seguir em frente, atropelando obstáculos e correndo riscos.

O vice-governador Carlos Brandão foi a uma comunidade indígena, onde foi recebido com festas e com o reconhecimento de ser militante da causa. Em meio ao cumprimento de uma apertada e intensa agenda política, conversando com prefeitos, vereadores, deputados estaduais e deputados federais, Carlos Brandão tem dito a interlocutores que seu projeto vai bem e que tem a convicção de que reunirá as condições para ser o candidato dinista. Ele aposta que alcançará boas posições nas pesquisas à medida que se aproximar o período em que será governador do Maranhão. Com a visita a uma escola da aldeia guajajara em Morro Branco, Grajaú, onde foi recebido festivamente por líderes da etnia, Carlos da Brandão avisou que sabe chegar onde poucos chegam.,

Quando escolheu Imperatriz com o ponto de largada da sua maratona de pré-candidato a governador, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. calculou que seu primeiro movimento terá repercussão estadual, mesmo que Weverton Rocha e Carlos Brandão já estejam com suas estacas políticas fincada no segundo maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão. Politicamente, Edivaldo Jr. vai se apresentar como a “terceira via” dessa disputa, lastreado nos oito anos como prefeito da Capital. E certamente buscará ali aproximação com os grupos não alinhados a outros pré-candidatos, a começar pelos remanescentes do Grupo Sarney, certamente apostando que Roseana Sarney não será candidata e apoiará sua candidatura, o que é uma possibilidade concreta.

Como é visível, a corrida ao palácio dos Leões está fechando sua primeira etapa com a movimentação dos pré-candidatos que, pelo menos até aqui, demonstraram que têm determinação e fôlego para encarar as 55 semanas que têm pela frente. E com uma situação que poderá torná-la eletrizante antes da hora: a entrada da ex-governadora Roseana Sarney na corrida, se a pesquisa lhe apontar esse caminho.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Destaque

Com o 44º Guarnicê, a UFMA acendeu luz forte e oportuna sobre o cinema brasileiro

Natalino Salgado: entusiasmo com o Guarnicê que homenageou Sérgio Rezende e museu de áudio visual  criado pelo cineasta Joaquim Haickel

A 44ª edição do já consagrado e internacionalmente conhecido Festival Guarnicê de Cinema funcionou como um forte impulso de reafirmação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) como um dos motores mais importantes e ativos da cultura maranhense, e como um clarão sobre a realidade do cinema brasileiro, transformado, nos últimos mil dias, num movimento de resistência ao obscurantismo. Com a realização, que muitos duvidaram, o reitor Natalino Salgado reforçou o caráter produtivo e estimulou, com firmeza, a natureza vanguardista e plural da UFMA. Basta avaliar dois aspectos do Guarnicê deste ano.

O primeiro foi a decisão de homenagear o cineasta fluminense Sérgio Rezende, um dos gigantes do cinema brasileiro, autor de uma obra monumental para os padrões nacionais, com filmes que revelam a verdadeira face do poder no Brasil, como “Lamarca”, em que narra a trajetória do capitão revolucionário Carlos Lamarca em guerra contra a ditadura; “O Homem da Capa Preta”, sobre Tenório Cavalcanti, advogado e político alagoano, radicado no Rio de Janeiro, que enfrentava a bala o Estado Novo de Getúlio Vargas; “O Paciente”, que conta os bastidores da agonia hospitalar do presidente Tancredo Neves antes de morrer; “Canudos”, a tragédia sangrenta que se abateu sobre o mundo irreal criado por Antônio Conselheiro contra a República; “Zuzu Angel”, a saga da estilista carioca para descobrir destino do filho, jovem militante de esquerda assassinado pela ditadura militar. A antes improvável escolha de Sérgio Rezende surpreendeu a ele próprio, que em declarações destacou a importância do Guarnicê e não escondeu a satisfação pelo reconhecimento.

O outro acerto foi a homenagem ao Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão (Mavam), um projeto arrojado e necessário da Fundação Nagib Haickel, comandada pelo cineasta, escritor e agitador cultural Joaquim Haickel. Ainda não devida e corretamente reconhecido e apoiado pelo Poder Público, o Mavam guarda um tesouro áudio visual sobre o Maranhão desde o século passado. São pelo menos 30 mil imagens fotográficas e em vídeo catalogadas, que documentam a história e a cultural do Maranhão, o que lhe dá especial posição de referência como fonte de pesquisa. A homenagem ao Mavam fortaleceu a UFMA e o seu Festival Guarnicê de Cinema como incentivadores da produção cinematográfica e motivadores da preservação da memória imagística do Maranhão.

Em tempos sombrios para a cultura nacional, principalmente no ambiente universitário e no campo das artes visuais, foi saudável e compensador ver a realização do Guarnicê o entusiasmo com que o reitor Natalino Salgado falou do festival, dos homenageados, dos premiados e do alcance do evento, o quarto mais antigo do País e um dos mais importantes da América do Sul entre os festivais realizados por universidades. O evento e a motivação dos seus organizadores, colaboradores e participantes reafirmaram a UFMA como uma instituição de ponta e de vanguarda, e enriquecida pela pluralidade, que dá sentido pleno a qualquer organização universitária.

O Festival Guarnicê de Cinema, versão 2021, ganhou peso a mais de importância exatamente por acontecer como contraponto ao obscurantismo que ronda e ameaça a cultura brasileira em todos os seus aspectos. Valeu, e muito.

 

Se fusão DEM/PSL ocorrer, luta pelo controle do novo partido será dura no MA

Se fusão DEM/PSL for consumada e Jair Bolsonaro se filiar, Roberto Rocha pode entrar na briga com Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes pelo controle da nova legenda no Maranhão

Se não houver uma reviravolta radical nos próximos dias, DEM e PSL se fundirão para criar um partido ainda sem nome, mas que pode vir a ser o abrigo partidário do presidente Jair Bolsonaro e seu principal aliado no Maranhão, o senador Roberto Rocha. Festejada pela banda que segue a orientação fechada do presidente do PFL, ACM Neto, a fusão do DEM com o PSL é rejeitada por nomes importantes do Democratas. Do Rio de Janeiro, o ex-prefeito e atual vereador César Maia abriu o verbo  contra a fusão, reclamando que estão levando o DEM para a extrema-direita, posição compartilhada pelo seu filho, o deputado federal e ex-presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia, que não concorda com a operação. No Maranhão, além de gerar um foco de disputa entre os deputados federais Juscelino Filho, que comanda o DEM, e Pedro Lucas Fernandes, chefe do PSL, pelo controle do futuro partido, ambos poderão encarar um problema bem maior. O seguinte: se a fusão for consumada e o presidente Jair Bolsonaro ingressar no novo partido, o senador Roberto Rocha muito provavelmente fará o mesmo, e nesse caso poderá reivindicar o comando do partido, o que seria natural. Vale registrar que a fusão não foi ainda consumada, que o possível noivo partido não tem nome e não é certo ainda que o presidente da República nele se filiará.

São Luís, 26 de Setembro de 2021.

Vídeo de deputados apoiando Brandão revela o racha na Assembleia na corrida sucessória

 

De cores partidárias diferentes, Rafael Leitoa, Arnaldo Melo, Thaíza Hortegal, Adelmo Soares, Duarte Jr. e Ariston Ribeiro declaram apoio ao pleito de Carlos Brandão

O vídeo gravado pelos deputados Rafael Leitoa (PDT), Arnaldo Melo (MDB), Thaiza Hortegal (PP), Duarte Jr. (PSB), Adelmo Soares (PCdoB) e Ariston Ribeiro (Avante) em apoio à pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ao Governo do Estado, causando larga repercussão nos bastidores da corrida sucessória, dá bem a dimensão do racha partidário que vem movimentando as peças envolvidas no tabuleiro da política estadual. São cinco parlamentares de partidos diferentes e divididos entre duas candidaturas, diretamente engajados no projeto de candidatura do vice-governador, que na verdade concorrerá à reeleição, já que encarará as urnas na condição de governador titular, uma vez que o governador Flavio Dino (PSB) se desincompatibilizará em Abril para disputar uma cadeira no Senado.

É surpreendente que o deputado Rafael Leitoa, do PDT, declare apoio ao vice-governador Carlos Brandão, que pé tucano, e não ao pré-candidato do seu partido, senador Weverton Rocha, presidente do PDT. A posição de Rafael Leitoa tem uma explicação forte. Forjado na militância do PDT desde quando cursava engenharia civil, Rafael Leitoa foi presidente da Juventude do PDT, integrando o núcleo próximo líder maior do partido, Jackson Lago. Na sua base, Timon, seguia a liderança do ex-prefeito Chico Leitoa, mas entrou em confronto com ele e o herdeiro, Luciano Leitoa, que perdeu o controle do PSB para o governador Flávio Dino e se aliou ao pedetista Weverton Rocha. Rafael Leitoa, que é dinista, discordou e rompeu Chico Leitoa e Luciano Leitoa. Seu apoio a Carlos Brandão atinge a liderança de Weverton Rocha no PDT.

A participação do deputado Arnaldo Melo no vídeo passa a ideia de que o MDB está sem comando. Político de larga experiência, tendo presidido a Assembleia Legislativa por dois mandatos, Arnaldo Melo se posiciona no momento em que a presidente do MDB, Roseana Sarney, manda fazer uma pesquisa para, com base nos números, decidir se será ou não candidata ao Governo do Estado. O movimento de Arnaldo Melo pró-Carlos Brandão revela que a ex-governadora ainda não acertou o passo no comando do partido, situação que fica clara quando se sabe, por exemplo, que o deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente do MDB, está alinhado à candidatura do senador Weverton Rocha, e outras vozes do MDB querem uma aliança com o PSD em torno da candidatura do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr.. No MDB, além de Arnaldo Melo, Carlos Brandão conta com a deputada Socorro Waquim.

O posicionamento da deputada Thaíza Hortegal (PP) vem do rompimento político com o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), motivado pelo fim do casamento. Com o aval do presidente nacional do PP, deputado federal André Fufuca, Luciano Genésio declarou apoio ao pré-candidato pedetista Weverton Rocha, reforçando a aliança com a vice-prefeita Ana Paula Lobato, que controla o PDT na “Rainha da Baixada”, tendo o aval do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), o principal avalista da candidatura de Weverton Rocha.

Agora no PSB sob o comando direto do governador Flávio Dino, o deputado Duarte Jr. segue caminho natural ao apoiar Carlos Brandão. Primeiro porque na disputa para a Prefeitura de São Luís recebeu o apoio ostensivo do vice-governador, então comandante ao Republicanos. E segundo, porque tem como adversário o senador Weverton Rocha, que jogou pesado pera tirá-lo do páreo comandando as forças de apoio à candidatura do deputado estadual Neto Evangelista (DEM) no primeiro turno, e apoiando a Eduardo Braide (Podemos), na segunda volta. Duarte Jr. será um dos mais ativos aliados do vice-governador.

A declaração de apoio do deputado Adelmo Soares ao vice-governador Carlos Brandão reflete fortemente o racha da bancada do PCdoB na Assembleia Legislativa. Ali, além dele, estão com o vice-governador a deputada Ana do Gás e o deputado Carlinhos Florêncio, fazendo contraponto ao presidente Othelino Neto, que é o principal articulador e avalista da pré-candidatura de Weverton Rocha, e ao deputado Marco Aurélio, que recebeu o apoio do senador pedetistas na corrida à prefeitura de Imperatriz. Esses posicionamentos se antecipam à definição oficial do partido, que anda não declarou apoio formal a nenhum dos candidatos, embora a tendência esboçada seja no sentido de apoiar o vice-governador.

O apoio do deputado Ariston Ribeiro ao vice-governador Carlos Brandão segue a tendência do Avante, que no Maranhão é controlado pelo prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PMN), que rompeu com o PDT. Ariston Ribeiro integra a base de apoio do Governo na Assembleia Legislativa e cultiva aliança política de outros tempos com o vice-governador Carlos Brandão. O apoio de Ariston Ribeiro ao tucano é indicativo de que representa o grupo liderado por Hilton Gonçalo, do qual faz parte a prefeita de Bacabeira, Fernanda Gonçalo (PMN).

O posicionamento desses parlamentares desenha o mosaico partidário dos deputados estaduais em relação aos pré-candidatos ao Governo do Estado. A divisão é tão forte que o único deputado do PSDB na Casa, Wellington do Curso, não participou da gravação.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Fim das coligações proporcionais vai depurar o quadro partidário nacional

Com o fim das coligações, esse quadro partidário poderá ser drasticamente reduzido

A confirmação do fim das coligações partidárias para eleições proporcionais (vereador, deputado estadual e deputado federal) representa um sopro modernizador na vida partidária brasileira. Para começar, abre caminho para o enxugamento do quadro partidário nacional, tirando de circulação partidos nanicos e de aluguel, e possibilitando a formação de partidos fortes, com perfil ideológico, suporte doutrinário e motivação programática, o que não acontece atualmente. As coligações proporcionais permitiam que esses nanicos de aluguel se agregassem a legendas consolidadas, vendendo espaços no rádio e na TV e “contribuindo” para que a soma de votos engordasse algumas candidaturas de viabilidade frágil. Com a mudança, a tendência é a de que as eleições vindouras façam a depuração necessária, para que o Brasil volte a ter partidos política e ideologicamente bem definidos e cujos programas sejam, de fato, a motivação que leve o eleitorado às urnas.

 

Nova pesquisa com avanço de Lula anima PT e PDT no Maranhão

Pesquisa aponta Lula da Silva demolindo Jair Bolsonaro na corrida ao Planalto

A pesquisa do Ipec – empresa formada por executivos que integravam o Ibope – sobre a sucessão presidencial, apontando o ex-presidente Lula da Silva (PT) com quase metade das intenções de voto, seguido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com metade do seu percentual e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes com menos de uma dezena aumentou o otimismo dos petistas maranhenses com a possibilidade de o partido voltar ao poder em 2022. E curiosamente animou também líderes do PDT maranhense, que torcem para que o partido abra mão de uma pré-candidatura que não decola e construa uma aliança com o PT em torno de Lula da Silva. Se tal reengenharia acontecer, o grande beneficiado poderá ser o senador Weverton Rocha, que passará a ter a possibilidade concreta de ter o apoio do ex-presidente na corrida ao Governo do Estado.

São Luís, 24 de Setembro de 2021.

Politicamente forte e eleitoralmente importante, Imperatriz é cortejada por todos os aspirantes aos Leões

 

Imperatriz, com seu peso eleitoral, é cortejada por Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Holanda Jr., Lahesio Bonfim, Josimar de Maranhãozinho e Roberto Rocha 

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) anunciou que iniciará por Imperatriz sua maratona de pré-campanha ao Governo do Estado. Foi também na “Princesa do Tocantins” que o senador Weverton Rocha (PDT) deu a arrancada no projeto “Maranhão Mais Feliz”, lembrando que ele é filho da terra. O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tem ido com alguma frequência ao “Portal da Amazônia” para cumprir agenda oficial, na maioria das vezes representando o governador Flávio Dino (PSB), mas já com a desenvoltura de futuro governador e pré-candidato à reeleição. O deputado Josimar de Maranhãozinho aposta alto num bom desempenho em “Imperosa”, onde o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), já incursiona, e o senador Roberto Rocha (sem partido), por diversas razões, tem apoiadores na cidade e na região. Na atual corrida ao Palácio dos Leões, os dois políticos sem mandato e de maior peso alimentam sua eterna guerra: o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) apoia o vice-governador Carlos Brandão, enquanto o ex-prefeito Ildon Marques, hoje no PP, aliou-se a Weverton Rocha. Nesse cenário entra o ativo e produtivo secretário de Estado de Infraestrutura Clayton Noleto (PCdoB), apoiador de Carlos Brandão.

Maior, mais populoso e mais rico município maranhense depois de São Luís, Imperatriz, como a Capital, tem peso diferenciado nas disputas eleitorais. Sua população é de 360 mil habitantes, o que lhe dá uma massa de 170 mil eleitores. Politicamente, o poderoso polo municipal tocantino tem hoje três deputados estaduais – Marco Aurélio (PCdoB), Antônio Pereira (DEM) e Rildo Amaral (SD) -, e um deputado federal, Josivaldo JP (Podemos), que chegou ao mandato com a eleição de Eduardo Braide (Podemos) prefeito de São Luís. Além dos detentores de mandatos, a antiga “Vila do Frei” foi um dos poucos municípios maranhenses que deram maioria de votos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), surpreende com um prefeito com apenas 26% dos votos, o que o torna politicamente pouco expressivo, sem, no entanto, perder a importância como cabo eleitoral já posicionado com o senador Weverton Rocha.

Todos os candidatos a governador projetam montar base em Imperatriz também pelo tamanho e poder de fogo do seu entorno de formato metropolitano, que reúne mais de uma dezena de municípios e mais de 100 mil votos. Trata-se, portanto, de uma região politicamente forte, que alimenta pretensões emancipatórias por meio do projeto de criação do Maranhão do Sul, que esteve na pauta de debates do Congresso Nacional, mas hoje, ainda politicamente inviável, permanece esquecido numa prateleira digital da Câmara Federal. Tanto que, tema “quente” de outras campanhas, não foi lembrado por nenhum dos pré-candidatos. A pandemia do novo coronavírus, o desemprego e o potencial econômico da cidade de Imperatriz e da região que polariza são itens mais urgentes da pauta política.

Pesquisas já feitas para medir as tendências do eleitorado de Imperatriz sinalizaram vantagem inicial para o senador Weverton Rocha, que além de ser imperatrizense de berço, tem forte atuação no município e na região. Seu principal rival ali é, por enquanto o senador Roberto Rocha (sem partido), que ainda não bateu martelo a respeito de como participará da eleição de 2022. Mas há quem aposte no potencial de crescimento do vice-governador Carlos Brandão, que tem muitos aliados na cidade e na região. O anúncio de que o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD) iniciará sua pré-campanha por Imperatriz, no início de Outubro, poderá animar o cenário político tocantino.

Todas as informações políticas relacionadas a Imperatriz indicam que o governador Flávio Dino tem crédito político suficiente para ele próprio e para seu candidato ao Palácio dos Leões, podendo sua ação política ser decisiva para o desfecho da disputa pela sua sucessão.

 

PONTO & CONTRAPOONTO

 

Fusão DEM/PSL: Juscelino e Pedro Lucas poderão disputar o controle do novo partido no MA

Pedro Lucas Fernandes e Juscelino Filho poderão medir forças pelo controle do novo partido no Maranhão

Uma disputa de peso está se desenhando nos bastidores do cenário partidário do Maranhão, envolvendo os deputados federais Juscelino Filho, presidente regional do DEM, e Pedro Lucas Fernandes, comandante do PSL no Maranhão. O pomo da discórdia está exatamente num processo de união em curso entre os dois partidos. Ontem, o comando nacional do DEM, liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, aprovou, por unanimidade, a fusão, que agora só depende do comando nacional do PSL, que na visão de muitos observadores, poderá demorar um pouco, mas também aprovará a criação da nova sigla, que terá a maior bancada na Câmara federal, com 82 deputados.

Nesse jogo, uma pergunta está no ar: se a fusão DEM/PSL for consumada, como é quase certo que será, quem comandarão novo partido no Maranhão? É certo, como dois e dois são quatro, que Juscelino Rezende, que hoje comanda o DEM, não está disposto a perder o status de líder partidário, e certamente brigará pelo comando do novo partido. O problema é que Pedro Lucas Fernandes, que perdeu o comando do PTB, mas deu a volta por cima sucedendo ao vereador Chico Carvalho na presidência regional do PSL, dificilmente entregará de bandeja o comando do novo partido. E como é impraticável a divisão de um comando partidário, a expectativa é a de que, se nenhum concordar em ceder, os dois partirão para a disputa dentro do partido.

No momento, os dois concordam num ponto: não querem a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido, que terá 82 deputados federais se a fusão ocorrer mesmo, como está sendo desenhado.

 

É cedo para arriscar palpites na eleição do presidente da Câmara de São Luís

Paulo Victor, Dr. Gutemberg, Raimundo Penha e Aldir Jr. em campanha  na Câmara 

Já é intensa disputa para a presidência da Câmara Municipal de São Luís, com os vereadores Paulo Victor (PCdoB), Raimundo Penha (PDT), Dr. Gutemberg (Podemos) e Aldir Jr. (PL) em franco movimento em busca de apoio. A eleição será realizada em Abril, exatamente no momento em que o governador Flávio Dino deixará o cargo para concorrer ao Senado, o vice-governador Carlos Brandão se tornará governador titular e o prefeito Eduardo Braide (Podemos) já estará mais à vontade para atuar politicamente. Isso significa dizer que o cenário poderá ser mantido, ajustado ou simplesmente desmontado. A Câmara de São Luís tem força para resolver essa eleição sem influência externa. Só que 2022 será um ano politicamente agitado e os fluídos dessa agitação poderá influenciar as decisões no Palácio Pedro Neiva de Santana.

São Luís, 23 de Setembro de 2021.

PSD dá primeiro passo para a construção de uma aliança com o MDB em torno de Edivaldo Jr.

 

Uma aliança do PSD com o MDB em torno de Edivaldo Holanda Jr. pode ter sido o objetivo maior do movimento feito por César Pires e Edilázio Jr. à Roseana Sarney

É verdade que não houve tratativas para aliança nem a conversa avançou em relação a candidaturas majoritárias, mas não há dúvida de que a visita de ontem do deputado federal Edilázio Jr., presidente regional do PSD, e seu colega estadual César Pires, que também integra a cúpula do partido, à ex-governadora Roseana Sarney, que comanda o MDB no estado, pode ter sido o primeiro movimento no sentido de unir as duas agremiações em torno da candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD), ao Governo do Estado. Essa possibilidade de aliança, na avaliação de observadores experientes, poderá reunir os pedaços do já foi o Grupo Sarney, que foi explodido em 2014 e estilhaçado em 2018. O ingresso de Edivaldo Holanda Jr. no PSD já com acerto sobre sua candidatura a governador foi um lance bem armado por Edilázio Jr., César Pires e pelo próprio ex-prefeito de São Luís, que ocuparam espaço no tabuleiro sucessório com um projeto de candidatura potencialmente viável, com mostraram as últimas pesquisas.

Há algumas semanas, a Coluna registrou estranhamento em relação ao fato de PSD e MDB, ambos correntes de proa do Grupo Sarney, não terem aberto um canal de diálogo sobre o projeto de Edivaldo Holanda Jr., enquanto as forças emedebistas se dividem entre as candidaturas do senador Weverton Rocha (PDT) e do vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Uma fonte ligada ao ex-prefeito fez contato com RepórterTempo para informar, pedindo reserva temporária, que o canal de conversas com o MDB estava sendo construído. Ou seja, logo, logo os comandos dos dois partidos sentariam para avaliar o cenário e tomar decisões. A visita de ontem, no apartamento da ex-governadora, na Península, foi, portanto, o item inicial de uma pauta que poderá levar os dois partidos a uma aliança.

Se no PSD o clima é inteiramente favorável e o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. torce por um entendimento, no MDB a situação é bem mais complicada. Ali, uma banda do partido, comandada pelo deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente do partido, se mexe por uma aliança com o candidato do PDT, Weverton Rocha, estando outra torcendo por um acerto em torno do tucano Carlos Brandão. O senador pedetista e o vice-governador apostam alto no apoio do MDB, mas sabem que o rumo das forças emedebistas depende da ex-governadora Roseana Sarney, que não se posicionou e, aqui e ali, ainda fala em ser candidata ao Governo, e ex-presidente José Sarney, que seguirá a escolha da filha.

Nascidos na forja do sarneysismo, Edilázio Jr. e César Piores conheceu o MDB o suficiente para saber como construir essa aliança. Sabem que o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. ganhou corpo político como adversário do Grupo Sarney, mas que sempre evitou confrontos diretos e agressivos com Roseana Sarney quando ambos ocuparam, respectivamente, o Palácio de La Ravardière e o Palácio dos Leões no período de 2013/2014. Além, disso Edivaldo Holanda Jr, cresceu vendo seu pai, o deputado Edivaldo Holanda, cultivando relação próxima com o sarneysismo. Assim, certamente avalia que não há obstáculo intransponível que o impeça de negociar o apoio do MDB, ou pelo menos parte dele, à sua candidatura.

Ainda é cedo para afirmar com certeza que Edivaldo Holanda Jr. consolidará o seu projeto de candidatura com o apoio do MDB. Mas é possível considerar que essa aliança é possível e dispõe dos ingredientes necessários para trazer Roseana Sarney e seus aliados – que são muitos nos quatro cantos do estado – de volta à proximidade com o poder. E com um dado a mais: pode puxar também o PV, cujo objetivo maior é a reeleição do deputado estadual Adriano Sarney, seu presidente estadual.

Não surpresa, portanto, se na próxima visita à ex-governadora Roseana Sarney o deputado federal Edilázio Jr. levar junto o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr..

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Depois de deputados, Brandão recebeu vereadores de São Luís

Carlos Brandão (de paletó) recebeu 12 vereadores de São Luís que devem apoiá-lo

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) continua reforçando politicamente o seu projeto de candidatura à sucessão do governador Flávio Dino (PSB). Depois de receber 15 deputados estaduais na Sexta-Feira que passou, ele recebeu nesta Segunda-Feira, em sua residência, um grupo de 12 vereadores de São Luís, que declararam apoio ao seu projeto de candidatura. As duas visitas inibem fortemente a avaliação, feita por adversários, de que a candidatura do futuro governador à reeleição não dispõe de suporte político. Carlos Brandão é forjado na escola da conversa e dos acordos, preferindo primeiro montar esse lastro político, para depois sair a campo em busca do eleitorado. A reunião com os 15 deputados estaduais foi uma demonstração cabal de que, ao contrário do que pregam seus adversários, o vice-governador tem mais força do que muitos imaginam. Um bloco compacto de 15 deputados estaduais não é pouca coisa, o mesmo acontecendo com 12 vereadores da Capital em escala reduzida. Perde tempo e pode estar cometendo grave erro quem avalia que o cenário da disputa já está definido.

 

Caravana do PT vai ao interior para discutir o Brasil atual e resgatar imagem de Lula

Lula da Silva terá sua pré-candidatura levada aos municípios pela caravana do PT

O PT inteligente e não movido pelo sectarismo nem pela guerra intestina travada pelas diversas correntes que o formam, resolveu se movimentar, colocando em prática a caravana “Lula livre, Brasil livre”, que percorre o interior do País, para fazer o debate possível acerca do que se passa no País desse momento, e na esteira dessas ações, colocar, de maneira subliminar, o projeto político- eleitoral para 2022, a começar pela pré-candidatura do ex-presidente Lula da Silva ao Planalto.

Essa ação partidária chega em meio ao desmoronamento do governo comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vê suas chances de reeleição se evaporar a cada dia, conforme têm revelado pesquisas, como a mais recente feita pelo Datafolha, segundo a qual o chefe da Nação corre o risco até de não chegar ao segundo turno numa disputa com o líder petista.

O PT tem noção exata do estrago feito na sua imagem com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que não cometeu um só crime, e das manobras implacáveis que impuseram 580 dias de cadeia ao ex-presidente Lula da Silva, sob a acusação de corrupção, que não se sustentou. A caravana tem também o desafio de desmontar essa bomba diante de uma população que, mergulhada em problemas e atormentada por causa da pandemia do novo coronavírus, tem dificuldade de compreender o que se passa no Brasil e de se posicionar nas urnas em 2022.

Com grande parte da responsabilidade pelo Brasil de agora, o PT faz a coisa certa quando vai onde o povo está, para encará-lo e discutir a relação.

São Luís, 22 de Setembro de 2021.

Flávio Dino reage duro às notícias falsas sobre preço dos combustíveis no Maranhão: “É coisa de bandido”  

 

Flávio Dino rebate investida bolsonarista culpando-o pelo preço dos combustíveis

Alcançou o patamar do inacreditável a tentativa dos adversários do governador Flávio Dino (PSB) – em especial os militantes bolsonaristas que se refugiam na pantanosa seara das notícias falsas, também conhecidas como “fake news” – de atribuir-lhe o poder e a prática de majorar o preço dos combustíveis no Maranhão aumentando o valor da alíquota constitucional de ICMS que incide sobre combustíveis. Sem argumentos convincentes para explicar o aumento, sistemático, dos preços dos combustíveis produzidos pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua tropa tentam, num claro e perigoso jogo de manipulação, colocar a bomba inflacionária no colo dos governadores, tendo o chefe do Estado maranhense sido escolhido como um dos alvos preferenciais da falange bolsonarista nas redes sociais. Indignado com a investida da falange bolsonarista, o governador Flávio Dino reagiu ontem rebatendo notícia falsas, dizendo tratar-se de “coisa de bandido”.

Nos últimos dias, diante dos seguidos aumentos nos preços dos combustíveis fixados pela Petrobrás em razão das variações de preços do petróleo no mercado mundial, falangistas da extrema direita intensificaram os ataques ao governador, claramente estimulados pelo presidente da República, que vinha fazendo declarações nesse sentido. Ontem, Flávio Dino reagiu: “Criminosos estão espalhando que eu autorizei aumento de alíquota de imposto sobre gasolina no Maranhão. Isso é mentira. Coisa de bandidos. Problema de preço de combustíveis é nacional”. E logo arrematou: “Criminosos que estão mentindo sobre aumento de combustíveis no Maranhão deveriam saber que não existe “tabelamento de preços” de combustíveis. O governo do Estado não tem poder de fixar preço de combustíveis. O imposto previsto na Constituição incide sobre o preço de mercado”.

Na semana passada, além de demonstrar uma relação dos preços dos combustíveis nos estados, além da falange bolsonarista, o deputado Wellington do Curso (PSDB) fez um discurso na Assembleia Legislativa acusando erroneamente o governador Flávio Dino de aumentar o ICMS dos combustíveis. O assunto que levou também para a seara movediça a governadora Roseana Sarney (MDB), que, ao que parece desavisadamente, usou os mesmos argumentos, numa intervenção nitidamente infeliz. Isso porque, ao fazer tal crítica, a ex-governadora referendou a falsa acusações ao governador nesse caso. E por isso foi atingida por tabela pela dura reação do governador, que, no caso, está coberto de razão.

A equação que leva ao preço dos combustíveis é simples, e foi mostrada, em tom didático, pelo secretário de Esportes, Rogério Cafeteira, num contra-ataque cirúrgico e civilizado ao senador Roberto Rocha (sem partido), que entrara no tiroteio atacando duramente o governador Flávio Dino com os mesmos argumentos da falange bolsonarista: “Senador, sempre que há aumento do preço de combustíveis, 15 dias depois, a Agência Nacional do Petróleo faz a pesquisa e define o preço médio de venda para consumidor final para todos os Estados da Federação. Este preço médio, definido pela pesquisa da ANP, é publicado pela União. Por força de convênio, que já tem séculos, este preço é a base de cálculo do ICMS. Não há aumento, mas atualização da base de cálculo do imposto, para que este não seja corroído pela inflação. Então, é a gasolina que aumenta e quinze dias depois a pesquisa colhe o aumento e a base de cálculo do ICMS é atualizada. O ICMS é atualizado (consequência) pelo aumento da gasolina (causa). É assim, e não o contrário como você fala. É consequência e não causa. Sem fake news”.

Esse caso é revelador de que uma mentira repetida muitas vezes acaba ganhando cores de verdade. Todo cidadão minimamente informado sabe que o assunto é velho, já foi ressuscitado várias vezes sem que nada alterasse a equação que resulta no valor dos combustíveis nas bombas. Os governadores, Flávio Dino incluído, rebateram, em nota, ontem a notícia falsa e divulgaram o preço da gasolina em cada estado, na qual o Maranhão aparece com o menor preço em toda a Federação.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Após quase três décadas, família Lobão abre mão do controle do Grupo Difusora

Willer Tomaz e Waris Moura: novos donos da TV Difusora

Formado por três emissoras de TV, que se espalham no território maranhense por meio de 140 retransmissoras, três emissoras de rádio FM, que integram 150 cidades e mais o portal de notícias MA10, o Sistema Difusora, o segundo maior e mais importante grupo de comunicação do Maranhão, não mais pertence à família Lobão, que tinha o empresário e ex-senador Lobão Filho como capitão da empresa. O grupo agora pertence ao advogado Willer Tomaz e ao jornalista e empresário Wrias Moura, conforme nota divulgada ontem pelos dois confirmando informação noticiada na edição de Domingo do Jornal Pequeno. O anúncio, feito em meio a uma forte onda de especulação sobre a propriedade do Sistema Difusora, confirma o que há tempos já era comentado sobre o destino do Grupo criado nos anos 60 do século passado pelos irmãos Raimundo e Magno.

Primeira emissora de TV aberta do Maranhão, tendo se tornado o braço maranhense da Rede Globo, a TV Difusora talvez tenha sido a empresa de comunicação que mais mudou de dono em todo o País. Nos idos de 1984, o Grupo Difusora foi venda pelos irmãos Bacelar para o empresário Chico Coelho, que encabeçou um grupo do qual fez parte também o então governador Luiz Rocha e que investiu também na comora da TV Ribamar. No final da década de 1980, o Sistema Mirante, que trouxera o SBT para o Maranhão, conseguiu uma troca inimaginável: ganhou a concessão da Rede Globo e repassou a do SBT para o Grupo Difusora. (Os donos se “vingaram” mantendo a grife “Bom Dia, Brasil”, impondo à TV Mirante a humilhante condição de única afiliada global a não ter o seu primeiro telejornal com aquele nome). No início dos anos de 1990, o Grupo Difusora foi comprado pelo então governador Epitácio Cafeteira, através do empresário William Nagem, que três anos mais tarde, em 1993, repassou o controle da emissora para a família Lobão, tendo como controlador o empresário Lobão Filho.

Agora, quase três décadas depois, Lobão Filho abre mão do controle da empresa ao repassá-lo à dupla associada Willer Tomas e Wrias Moura, atingidos por rumores segundo os quais seriam testas de ferro do senador Weverton Rocha (PDT), o que juram não ser verdade, na seguinte nota:

Sobre reportagem divulgada neste domingo no conceituado Jornal Pequeno, que vincula o Sistema Difusora ao PDT e ao senador Weverton, viemos através desta esclarecer o que segue:

  1. O Sistema Difusora pertence ao advogado Willer Tomaz e ao jornalista e empresário Wrias Moura;
  2. Sim, os dois são amigos do senador Weverton, a quem temos o maior respeito;
  3. Sim, estamos dispostos a sermos parceiros de todos aqueles que respeitarem comercial e institucionalmente o Sistema Difusora, inclusive o senador Weverton;
  4. Não temos bandeira política nem filiação partidária. Somos um veículo de comunicação cujo objetivo é levar informação e entretenimento aos cidadãos maranhenses. Somos mantidos por clientes públicos e privados, entregando, assim um serviço de comunicação de excelência há mais de 50 anos, através das nossas 3 emissoras de Televisão, 140 retransmissoras no Estado, 3 rádios Fms que chegam a mais de 150 cidades do Maranhão, além do portal de notícias portal MA10;
  5. Dialogamos com todas as vertentes políticas do Estado e não teremos nenhuma bandeira política específica, a não ser o primor pelo bom jornalismo e pela independência editorial;

Reiteramos o respeito e admiração pelo zeloso trabalho realizado pelo Jornal Pequeno e a todos que exercem o jornalismo de forma profissional no Estado do Maranhão.

Atenciosamente

Wrias Moura
Presidente Executivo Sistema Difusora

Willer Tomaz
Presidente do Conselho do Sistema Difusora

 

Em “Cadernos do Terceiro Mundo”, obra de Neiva Moreira, um rico registro sobre Paulo Freire em 1980

Paulo Freire entrevistado em 1980, na sua volta do Brasil após 15 anos de exílio, pela revista “Cadernos do Terceiro Mundo”, editada por Neiva Moreira

O Brasil maior, real, racional, consciente, democrático e sempre preocupado em avançar comemora os 100 anos de nascimento do educador e pensador pernambucano e cidadão do mundo Paulo Freire, criador genial do revolucionário método de alfabetização que leva seu nome, por meio do qual o alfabetizando também aprende a pensar e, por via de desdobramento, a refletir criticamente sobre a realidade social, econômica e cultural em que vive. Já o Brasil menor, irracional, insensível, preconceituoso e de viés fascista o vê como um risco, que ameaça o seu status quo e desdenha do centenário.

Incursionando pelos alfarrábios da sua pequena biblioteca, o autor da Coluna deu de cara, ontem, com alguns exemplares de Cadernos do Terceiro Mundo, uma revista bimestral sobre política, economia e cultura nos países desse mosaico geopolítico mergulhados em crises, golpes, ditaduras, mas também abrigando preciosos focos de resistência, ensaios revolucionários e até mesmo revoluções, editada pelo genial jornalista e político maranhense Neiva Moreira. Cadernos do Terceiro Mundo mergulhou fundo nas realidades da América Latina, Oriente Médio, África e Ásia, mostrando, em edições em português e espanhol, a rotina de golpes, contragolpes e também esforços de construção democrática em dezenas de países desses continentes.

Atraído por uma matéria de capa da edição nº 28, de Outubro/Novembro de 1980, que analisa, naquele momento, as “aberturas” nas violentas ditaduras militares que infernizavam Argentina, Chile e Uruguai, o autor da Coluna se deparou uma entrevista de Paulo Freire, que, após 15 anos de exílio, naquele momento retornava ao Brasil nas asas da anistia concedida pela já combalida ditadura militar, que começava a desabar sob a pressão das forças civis e democráticas. Concedida ao jornalista Paulo Cannabrava Filho, a entrevista é reveladora do Paulo Freira daquele momento, então com 69 anos, bem mais maduro e enriquecido por experiências como exilado e educador em diversos países, entre eles Chile, Estados Unidos, Suíça, Guiné, Cabo Verde e Granada.

Alguns dos seus ensinamentos:

“Volto ao Brasil contente por ter vivido intensamente em um momento difícil que é o tempo da distância. Mas volto ao Brasil com a humildade não demagógica, com a humildade que a própria riqueza da experiência que eu tive me deu”

“Os problemas pedagógicos são problemas políticos, que se expressam na pedagogia, no ato educativo”.

“O processo de aprendizagem me mostrou, fundamentalmente, o caráter político da educação. É (assim) toda vez que se faça, onde quer que se faça, independentemente da consciência que se tenha disso”.

“Estamos permanentemente nos fazendo, nos refazendo, na própria prática da transformação da realidade”.

“No momento em que fazemos a História, a atuação política na História, não fazemos o que queremos, mas fazemos o que é possível fazer”.

“Não se pode programar uma ação pedagógica sobre os níveis de consciência e de percepção das massas populares”.

“Numa campanha de alfabetização, se você alfabetiza o homem hoje, mas não o insere no processo econômico, político e social da Nação, dentro de um ano ele voltará a ser analfabeto”.

“Não me preocupamos métodos. O que me preocupa é a clareza política do educador”.

Em Tempo: Assim como todas as edições de Cadernos do Terceiro Mundo, a de nº 28 é um documento jornalístico de grande importância. Com um jornalismo de primeira grandeza, ela retrata a situação das ditaduras que infernizavam a Argentina, o Chile e o Uruguaia naquele momento, quando o Brasil iniciava a lenta transição para a democracia. Uma enorme e especialíssima contribuição do gigante Neiva Moreira ao jornalismo e à História, bem no nível da sua participação na vida política do País (foi um dos fundadores do PDT, junto com Leonel Brizola e Jackson Lago), em especial na do Maranhão, que representou na elite da Câmara Federal em sete mandatos.

São Luís, 21 de Setembro de 2021.

Sucessão reúne cinco candidatos, mas só Weverton, Brandão e Maranhãozinho estão dando as cartas

 

Weverton Rocha, Othelino Neto e Ana Paula Lobato Sexta-Feira no evento de Pinheiro; Carlos Brandão recebe 15 deputados em casa na noite de Sexta-Feira e Josimar de Maranhãozinho com prefeitos em sua residência; Edivaldo Jr., Lahesio Bonfim e Simplício Araújo: ações modestas

A corrida ao Palácio dos Leões ganha ritmo e vai definindo os nomes que de fato estão no jogo e, portanto, em condições de chegar lá. No momento, os votos dos mais de quatro milhões de eleitores maranhenses estão sendo efetivamente disputados pelo senador Weverton Rocha (PDT), pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), pelo ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio (PSL). Esse time poderia incluir o suplente de deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade), que mantém o discurso de pré-candidato, mas é lícito afirmar que, em que pese a sua legitimidade política e partidária, e o fato de que contribui para o debate pré-eleitoral, sua pré-candidatura não se encaixa no cenário de possibilidades em evolução. No geral, os pré-candidatos atuam ocupando espaço na expectativa da batida de martelo do governador Flávio Dino (PSB) definindo quem terá o seu apoio nessa disputa, pois sabem que sua posição será decisiva para os rumos da disputa.

No atual cenário desse contexto é visível uma “guerra” entre Weverton Rocha e Carlos Brandão, que se movem com dois focos, reunindo forças políticas (parlamentares, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores) para fortalecer seus projetos e colocar seus cacifes na mesa quando chegar o momento da decisão. O senador e o vice-governador trabalham com diversas equações, inclusive a de que, na impossibilidade do grande acordo, os dois sigam pela via do confronto direto, o que poderá polarizar a disputa, mesmo levando em conta candidaturas expressivas, como a de Josimar de Maranhãozinho e a de Edivaldo Holanda Jr.. E com o diferencial de que o vice-governador Carlos Brandão concorrerá no cargo em busca da reeleição.

Weverton Rocha faz uma pré-campanha mais aguerrida e estridente, comandando eventos políticos com participação popular, que chama de “Maranhão Mais Feliz”, já realizados em Imperatriz, São Bernardo, Presidente Dutra e Pinheiro, este ocorrido na noite de Sexta-Feira, provavelmente o maior dos quatro, mobilizado uma multidão e inúmeros prefeitos e líderes da Região. Na “Princesa da Baixada”, o pré-candidato do PDT conta com o apoio do prefeito Luciano Genésio (PP) e da vice-prefeita Ana Paula Lobato (PDT). Principal avalista político desse projeto, o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), tem participado de maneira entusiasmada, afirmando em suas falas, que esse projeto vai além do propósito pessoal do senador Weverton Rocha. Não há como ignorar o fato de que o líder pedetista faz a mais arrojada de todas as pré-campanhas.

Carlos Brandão também tem realizado eventos políticos robustos, com a participação de parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, além de cumprir uma agenda intensa representando o governador Flávio Dino em inaugurações, anúncio de obras e eventos os mais diversos. Mas até aqui, o viés mais forte da pré-campanha do vice-governador tem sido a conversa política com lideranças de todas as regiões. Dois exemplos: há duas semanas, enquanto o senador Weverton Rocha preparava seu evento em Presidente Dutra, Carlos Brandão recebia na sua residência o apoio de ninguém menos que o ex-deputado federal e pedetista de proa Julião Amin, e na Sexta-Feira, enquanto o Maranhão Mais Feliz ocorria em Pinheiro, o vice-governador recebia a visita de 15 deputados estaduais de diversos partidos, entre eles a Thaíza Hortegal (PP), ex-mulher e ex-aliada política do prefeito pinheirense Luciano Genésio.

Além da movimentação intensa de Weverton Rocha e Carlos Brandão, a corrida mais acelerada entre os demais candidatos é a de Josimar de Maranhãozinho, que há duas semanas lotou sua residência com dezenas de prefeitos aos quais comunicou que é está se afastando do governador Flávio Dino e que pré-candidato a governador e não abre.

As pré-campanhas dos dois pré-candidatos da base governista e a movimentação de Josimar de Maranhãozinho tendem a se intensificar à medida que se aproximar o momento em que o governador Flávio Dino indicará o candidato que terá seu apoio e do seu grupo. No meio político, começa a escassear os que acreditam em acordo, aumentando, na mesma proporção, os que já preveem a impossibilidade de entendimento e esperam que os dois partirão para o embate, o que terá vários desdobramentos, alguns imprevisíveis. Tais vozes também ainda acreditam que a pré-candidatura do chefe do PL é blefe.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Rocha mantém silêncio sobre como disputará das eleições do ano que vem

Roberto Rocha: indefinição 

O senador Roberto Rocha (sem partido) vai aos poucos ganhando a forma de grande mistério da corrida eleitoral do ano que vem. A pouco mais de um ano das eleições, ele continua sem dar uma palavra sobre a sua participação, ou não, no pleito. Há quem o veja como pré-candidato a governador – para fazer dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro, de quem é apoiador convicto – os que o enxergam como pré-candidato à reeleição para o Senado, alguns apostam que ele será candidato a deputado federal, e também uns poucos que acreditam que, por razões não políticas, ficará de fora da caça ao voto, apoiando a eventual candidatura do seu filho, o ex-vereador Roberto Rocha Jr., a deputado federal.

Para começar, é estranho que o senador, que é preparado e já controlou firmemente a sua bússola política, ainda se encontre sem partido, vivendo a curiosa situação de aguardar a escolha partidária do presidente Jair Bolsonaro, que, cada vez mais isolado politicamente, enfrenta dificuldades para encontrar um partido que lhe abra as portas. Mesmo excluindo PSB e PSDB, dos quais saiu, Roberto Rocha não teria maiores dificuldades de encontrar uma legenda adequada ao seu perfil, agora assumidamente de direita. Ficar sem partido por solidariedade ao presidente não parece uma boa estratégia.

Além da indefinição partidária, Roberto Rocha deixa no ar a impressão de que escolha partidária e definição de mandato a disputar não estão na lista das suas preocupações imediata. E a explicação dessa postura seria consequência de um drama pessoal: seu filho, Paulo Rocha, de 32 anos, estaria novamente enfrentando problemas com câncer. Um amigo da família afirma que o senador Roberto Rocha estaria muito abatido, às vezes sinalizando total desinteresse pelo seu futuro político – mais ou menos o que aconteceu em 2018, quando alcançou apenas 2% da votação para governador do Estado.

A mesma fonte acha provável que Roberto Rocha resolva sua situação até 02 de Outubro, quando termina prazo de filiação para quem pretende disputar nas eleições de 2022.

 

Bancadas do DEM e do MDB na AL estão divididas na corrida aos Leões

Andreia Rezende, Antônio Pereira, Neto Evangelista, Daniella Tema e PauloNeto:DEM dividido; MDB situação igual com Arnaldo Melo, Socorro Waquim e Roberto Costa 

As bancadas do DEM e do MDB na Assembleia Legislativa estão divididas em relação à disputa para o Governo do Estado. São tomadas de posições que fogem ao controle dos comandos partidários.

Dos cinco deputados democratas, Neto Evangelista, Andreia Rezende e Antônio Pereira já tomaram o partido do senador Weverton Rocha (PDT), enquanto os deputados Paulo Neto e Daniella Tema estão apoiando o vice-governador Carlos Brandão.

No MDB, os deputados Socorro Waquim e Arnaldo Melo estão firmes com a pré-candidatura de Carlos Brandão, enquanto o deputado Roberto Costa, que é vice-presidente do partido, está claramente inclinado para o projeto de candidatura do senador Weverton Rocha.

A desenvoltura com que os parlamentares estão se posicionando pode levar a duas conclusões: ou foram liberados para fazerem suas escolhas, ou os comandos do DEM e do MDB não têm autoridades sobre eles.

São Luís, 19 de Setembro de 2021.