Arquivos mensais: junho 2017

Rubens Jr. diz que Flávio Dino “está no seu melhor momento” e que a oposição não tem candidato para enfrentá-lo

 

Rubens Jr.: ocupando espaço expressivo com o vice-lider e coordenador da bancada
Rubens Jr.: ocupando espaço expressivo com o vice-lider do PCdoB coordenador da bancada maranhense na Câmara  Baixa

“O governador Flávio Dino está no seu melhor momento. No terceiro ano de Governo. Seus projetos estão em andamento, a equipe está definida e ajustada, as finanças estão em ordem, apesar da crise que assola o Pais. E nesse momento ele caminha para a reeleição, sem adversários, porque eles até agora não se apresentaram como pré-candidatos”. Foram declarações feitas ontem pelo deputado federal Rubens Jr. (PCdoB), um político jovem, mas que tem os pés fincados no chão e carrega nos ombros os cargos de vice-líder da bancada do seu partido e de coordenador da bancada maranhense na Câmara Federal, além de ser uma espécie de porta-voz avançado do governador Flávio Dino (PCdoB) nos mais diversos canais de Brasília. Apesar da pouca idade, Rubens Jr. fala como um parlamentar maduro e atua como membro titular da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, que vai analisar a denúncia contra o presidente Michel Temer e elaborar parecer para subsidiar o plenário. Ele exibiu bom senso ao não revelar o que acha da denúncia. “Se eu responder isso agora, vou estar antecipando julgamento sem ter analisado a peça tecnicamente”, diz, recorrendo à postura ética de advogado que como advogado terá de se posicionar sobre a acusação ao presidente da República. Para ele, a situação do país é grave, e se o presidente Michel Temer (PMDB) cair, o remédio para tirar o País da crise política avassaladora é a eleição direta.

Rubens Jr. avaliou à Coluna que o cenário nacional é de grave incerteza, não havendo agora condições de fazer uma projeção segura do que vem por aí. E assinalou que o Congresso nacional tem papel decisivo nesse processo, resolvendo de um lado, o imbróglio político, que é a situação do presidente da República, e de outro dando a palavra final sobre as reformas em curso, que ele considera equivocadas. Sem querer fazer previsão sobre o futuro do presidente Michel Temer, ele disse achar que o desfecho do caso na Câmara se dará logo, mas alertou que outra denúncia já estaria a caminho, o que pode complicar ainda mais a situação do presidente. Em relação às reformas, a avaliação do vice-líder do PCdoB é simples e taxativa: “A Reforma Trabalhista (ele é contra) vai passar, e rápido, mas a Reforma da Previdência não vai sair agora”.

No contexto estadual, o deputado Rubens Jr. mostrou enxergar um cenário que é o inverso do de Brasília. Avaliou que o governador Flávio Dino está realizando um governo diferente e produtivo e que, ao contrário do que acontece na maioria dos estados, as finanças estão em ordem e os compromissos sendo cumpridos nos prazos. Isso não significa um mar de rosas, mas é verdadeira a afirmação de que o estado está sob uma nova ordem administrativa e com as suas ações focadas na melhoria das condições de vida da população. Daí também a boa situação política do governador e da aliança que lidera. Na avaliação do parlamentar comunista, a oposição ao Governo Flávio Dino não consegue se articular, faz muito barulho, mas não tem o que dizer contra o Governo. E quando ataca, o Governo responde com eficácia.

Sem exibir qualquer traço de excesso de confiança ou de incoerência, o que reforça a impressão de que já é um político que faz juízo de valor sobre o que está à sua volta, e com a cabeça n o lugar, o deputado Rubens Jr. expôs uma visão crua do cenário até aqui desenhado para as eleições do ano que vem no estado. Para ele, o governador Flávio Dino já pôs sua candidatura à reeleição e está só, pois até agora nenhum outro nome se lançou, o que indica que neste momento não existe candidato definido para enfrentar o governador nas urnas: “Dizem que a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) será candidata. Mas até agora ela não disse que será candidata. Será que ele será candidata mesmo? Ninguém sabe. Então ela não existe como candidata. É o mesmo caso do senador Roberto Rocha (PSB). Ele será mesmo candidato? Isso não está claro. Então, até aqui, o governador é um candidato forte, bem articulado, bem organizado, e que não tem ainda adversários”.

E ao ser indagado se concorda que a grande disputa nas eleições do ano que vem se dará entre os candidatos às duas vagas de senador, o deputado Rubens Jr. respondeu que haverá, sim, uma boa disputa para o Senado, mas surpreendeu ao avaliar que a maior movimentação se dará pela vaga de candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino. “Essa será uma briga e tanto, pode esperar”, afirmou, acrescentando que apoiará a permanência do atual vice Carlos Brandão se a aliança com o PSDB for mantida. “Até agora deu certo, e pode continuar dando bons resultados”, avaliou parlamentar comunista. E fez questão de destacar que seu partido está focado, primeiro, no projeto de reeleger o governador Flávio Dino, eleger dois senadores do grupo e dobrar as suas bancadas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Com argúcia e boa articulação, os Rezende vão aos poucos dando musculatura ao DEM no Maranhão

Stênio Rezende entrega título a Agripino Maia com aval de Juscelino Filho
Stênio Rezende entrega título de Cidadão Maranhense a José Agripino Maia com aval de Juscelino Filho: fortalecendo o DEM

No início da semana, o deputado estadual e 2º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, Stenio Rezende (DEM), entregou ao presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, em ato informal no plenário do Senado, o documento que concede ao parlamentar capixaba o Título de Cidadão Maranhense. “É com muita satisfação que homenageio, em nome da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, quem tanto nos ajuda e contribui com o desenvolvimento do nosso estado”, destacou Rezende. O homenageado agradeceu a cidadania: “Para mim, é uma grande honra. Estou muito lisonjeado com a honraria. Que o meu trabalho continue ajudando o Maranhão a se desenvolver”.

Concessão e mesuras à parte, o gesto do deputado Stenio Rezende é mais um passo para consolidar o controle do DEM no Maranhão e garantir a permanência do seu sobrinho, o deputado federal Juscelino Filho, que parece ter herdado a astúcia política que vem mantendo a família há décadas no centro das decisões politicas do Maranhão. Os Rezende deram um pulo de gato quando, numa ação bem articulada, tiraram o DEM do controle do suplente de senador Clóvis Fecury, devolvendo gás a uma agremiação que estava praticamente agonizando, mas que agora, reestruturada, com um deputado federal – Juscelino Filho, que o preside no estado -, três estaduais – Stênio Rezende, Antônio Pereira e Cabo Campos -, uma penca de prefeitos, outra de vices e uma terceira de vereadores, voltou a se tornar atraente.

Há alguns meses, num gesto de argúcia, ao perceberem o drama partidário do ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) para consolidar sua candidatura ao Senado, os Rezende convidaram foram a ele e lhe ofereceram a legenda. Como já estava em tratativas com o próprio PSB e com o PSDB, José Reinaldo reservou o DEM como terceira opção, e como não se entendeu com o PSB e provavelmente não terá vez no PSDB, está a um passo de entrar no DEM. A entrada de José Reinaldo, que é um dos candidatos mais fortes ao Senado, segundo todas as pesquisas feitas até aqui, dará mais musculatura ao partido no Maranhão, a começar pelo fato de que entrarão com ele vários políticos importantes, a começar pelo atual chefe da Casa Civil, ex-deputado Marcelo Tavares. Em outro lance, mais recente,  convidaram o suplente de senador Clóvis Fecury a voltar ao partido e disputar vaga na Câmara Federal, o que teria deixado o patriarca Mauro Fecury feliz da vida.

Não será surpresa, portanto, se até o prazo de filiação partidária para as eleições do ano que vem for encerrado, no início de outubro, o DEM ganhar um pouco da robustez política de outros tempos, quando foi o partido dominante no Maranhão sob o Grupo Sarney.

 

Proposta de CPI da Saúde poderá produzir zoada, mas dificilmente será levada à frente

Wellington do Curso: ganhos políticos com ou sem a CPI
Wellington do Curso: ganhos políticos com ou sem a CPI

É quase certo que o projeto do deputado Wellington do Curso (PP) de criar uma CPI para investigar o que aconteceu no Sistema Estadual de Saúde nos últimos tempos será objeto de muita zoada no plenário da Assembleia Legislativa nos próprios dias. Mas é igualmente provável que não passará de uma proposta sem condições parlamentares e políticas de vingar. Para começo de conversa, dificilmente o deputado Wellington do Curso conseguirá as 14 assinaturas para iniciar o processo de instalação. Se realizar tal proeza, corre quase 100% de risco de ver seu projeto engasgar na composição da Comissão, que deve reunir representante de todos os blocos. E mesmo que surpreenda meio mundo com a escolha dos integrantes, ninguém aposta um centavo que a CPI venha a ser instalada. Com a experiência já acumulada na seara parlamentar, Wellington do Curso sabe que nem a Situação nem a Oposição tem interesse nessa investigação, porque, se chegar a acontecer, poderá produzir resultados incômodos. Wellington deve saber também que, instalando ou não CPI, ele sairá ganhando como o parlamentar que ousou criá-la.

São Luís, 30 de Junho de 2017.

Eleição no MPF: ligação com Janot e parentesco impediram Nicolao Dino de ser nomeado procurador-geral de Justiça

 

 

Nicolao Dino: ganhou no voto, mas perdeu no tabuleiro da polpitica
Nicolao Dino: ganhou no voto, mas perdeu no tapetão da política de Michel Temer  

Estava escrito nas estrelas que o procurador e atual subprocurador geral da República Nicolao Dino não seria nomeado procurador-geral pelo presidente Michel Temer (PMDB), mesmo tendo sido o mais votado da lista tríplice encaminhada ao Palácio do Planalto. A rejeição da cúpula do Poder Executivo ao nome do procurador maranhense já era abertamente comentada nos bastidores e se tornou notória durante o julgamento da chapa Dilma – Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando representou o Ministério Público, pediu a cassação da chapa e, por via de consequência, a perda do mandato pelo atual presidente da República.

O principal motivo da não escolha de Nicolau Dino foi o fato de ser ele integrante do grupo a que pertence o atual procurador geral, Rodrigo Janot, que o apoiou abertamente, sob as vistas do Palácio do Planalto. Há também o fato de Nicolao Dino ser irmão do governador Flávio Dino (PCdoB), que defendeu aberta e tenazmente a presidente Dilma Rousseff (PT) contra o impeachment, é aliado de primeira linha do ex-presidente Lula da Silva, atua como crítico do Governo Temer e, para completar, é o maior adversário do Grupo Sarney, cujo líder maior, o ex-presidente José Sarney (PMDB) aliado linha de frente e conselheiro eventual do atual chefe da Nação.

O presidente Michel Temer não cometeu qualquer ilegalidade ou ato falho e tudo “conspirou” a seu favor escolher a procuradora e atual subprocuradora-geral Raques Dodge, segunda colocada na disputa. O presidente usou sua prerrogativa constitucional de chefe do Poder Executivo para escolher livremente qualquer um dos três, independentemente da votação da sua votação e da sua colocação na lista dos mais votados. Os adversários do presidente – entre eles a Rede Globo – o acusam de haver “quebrado uma tradição que vem desde 2003”, período em que os presidentes escolheram os mais votados, como se uma “tradição” se impusesse à Lei. No caso, a escolha feita pelo presidente da República ganha densidade com fato de que a diferença de votos entre os três foi muito pequena, o que derruba qualquer argumento crítico sobre a escolha. Numa eleição bem equilibrada, Nicolao Dino foi o mais votado com 621 votos, seguido de Raquel Dodge com 587 e de Mário Bonsaglia com 564, totalizando 1.772 votos, e sendo que a diferença do primeiro para a segunda foi de 34 votos, e do segundo para o terceiro foi de 23 votos.

Não há dúvidas de que Nicolao Dino foi preterido por causa das suas ligações com Rodrigo Janot. Todas as informações que chegaram ao público pela imprensa deram conta de que o subprocurador geral e candidato a procurador-geral de Justiça integra a corrente liderada por Rodrigo Junot no Ministério Público Federal (MPF). As circunstâncias que geraram a denúncia contra o presidente transformou os dois chefes de instituições republicanas em adversários implacáveis, com um empenhando todos os seus esforços e recursos para afirmar que o outro é corrupto e formador de quadrilha, levando o acusado a reagir com as armas que tem. O problema é que Rodrigo Janot comprou briga com um advogado experiente, respeitado como jurista no seu meio, conhecedor, portanto, do caminho das pedras, que declara enfaticamente, em discurso à Nação, que a denúncia é fajuta, sem base jurídica, feita apenas para causar barulho político. Esse embate contribuiu para acirrar ainda mais a disputa entre grupos e correntes que se batem dentro do MPF.

Por ser ligado à corrente comandada por Rodrigo Janot, que durante os quatro como procurador geral acumulou desafetos por conta da Operação Lava Jato, o procurador Nicolao Dino mostrou força e prestígio na sua instituição, recebendo pouco mais de 30% dos votos. Mas foi engolido pelo turbilhão gerado pelos tremores institucionais. Se tivesse sido escolhido pelo presidente Michel Temer, o MPF estaria em boas mãos e permaneceria na linha dura que vem marcando a atual direção.

Não bastassem os ingredientes já mostrados, o turbilhão que tragou a possibilidade de Nicolao Dino ser nomeado procurador-geral da República foi reforçado pelo fato de ser ele irmão do governador Flávio Dino, adversário político do presidente Michel Temer e nome número 1 da lista de inimigos políticos do ex-presidente José Sarney e seu grupo. É verdade que não há evidência que comprove, mas a julgar pela suspeita de que José Sarney teria agido para impedir que Nicolao Dino chegasse ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), é natural que muitos  suspeitem de que o ex-presidente tenha usado sua influência na decisão do presidente escolher a subprocuradora Raquel Dodge, contribuindo assim para que o Maranhão perdesse a oportunidade de ter um dos seus membros da nova geração comandar o MPF, dando um passo além de Carlos madeira, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Edison Vidigal, que comandou Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Não ter sido nomeado procurador-geral da República não abala a trajetória do procurador Nicolao Dino, respeitado por todos – inclusive por muitos adversários políticos do seu irmão, como detentor de uma trajetória brilhante, primeiro por seus sólidos conhecimentos, e depois por sua postura correta nos aspectos profissional, moral e ético. E por conta desse perfil é absolutamente correto afirmar que se ele tivesse sido o escolhido, o MPF estaria em boas mãos. E o Maranhão, claro, estaria honrado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lobão mostra que, mesmo na mira da Lava Jato, tem gás para atuar no Senado e planejar futuro nas urnas

Edison Lobão comandando votação da reforma trabakhista na CCJ
Edison Lobão preside votação da reforma trabalhista na CCJ

Ao presidir, quarta-feira, durante 13 horas seguidas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que teve como pauta o projeto da Reforma Trabalhista, o senador Edison Lobão (PMDB) deu mostras claras de que a bateria de inquéritos que o envolvem na Operação Lava Jato não lhe tirou o ânimo parlamentar nem a habilidade de conduzir com eficiência situações parlamentares conturbadas e, mais do que isso, que está com todo o gás para enfrentar as urnas para tentar continuar morando em Brasília como detentor de mandato. No caso das acusações que lhe pesam sobre os ombros, Edison Lobão se mantém na retranca, por meio do seu advogado, o festejado Antonio Carlos Almeida Castro, batendo na tecla de que é inocente e reforçando o argumento de que até agora seus acusadores não apresentaram uma só prova material que o incrimine de vez. Ao contrário, a Polícia Federal já pediu dois adiamentos para concluir as investigações, por considerar frágil o que conseguiu até agora para fundamentar as acusações. Por outro lado, o senador pemedebista esbanja disposição política, avisando a aliados e correligionários que não pretende se aposentar e que, ao contrário, planeja entrar na briga eleitoral, seja na tentativa de renovar o mandato de senador, seja num projeto de voltar à Câmara Federal, deixando a peleja pela vaga senatorial para ser travada pelo filho, o empresário e seu suplente, Lobão Filho. Pela sua atuação na reunião agitada da CCJ, não dá para duvidar de que, do alto dos seus 81 anos, Edison Lobão queira distância do pijama.

 

Luis Fernando vai injetar R$ 5 mi na economia de São José de Ribamar com pagamento de metade do 13º dos servidores

Luis Fernando saúda Flávio Dino em reabertura de escola
Luis Fernando saúda Flávio Dino em reabertura de escola

A economia de São José de Ribamar será turbinada na segunda semana de julho com a injeção de mais de R$ 5 milhões. É a metade do 13º salário dos servidores do Município que será paga com seis meses de antecedência por decisão do prefeito Luis Fernando Silva (PSDB). Nada menos que quatro mil servidores municipais serão beneficiados. Com a medida, o prefeito alivia as contas dos servidores e, ao mesmo tempo, injeta recursos e ânimo na economia local, que depende em grande parte dos recursos advindos dos salários dos servidores municipais.

Depois de encontrar as contas públicas em estado lastimável – “com uma bomba para desarmar todos os dias”, como revelou -, o prefeito Luis Fernando consegue a proeza de colocar as finanças do Município nos eixos, num momento em que boa parte dos municípios maranhenses se esforça para manter os salários em dia, mas sem a perspectiva de antecipar pelo menos parte do 13º salário. É resultado do que definiu como gestão responsável e de resultados, por meio da qual dinamiza o ciclo econômico do Município com a participação efetiva dos servidores no incremento do comércio local.

– Além dos salários pagos em dia, anunciamos com muita alegria a antecipação do 13º salário, o que vai aquecer diretamente a economia local além é claro de facilitar a programação e antecipação do planejamento de inúmeras famílias com o aporte de recurso – explicou, informando que a parcela a ser paga em julho corresponde a 50%, ao mesmo tempo em que a folha normal segue o calendário anunciado em janeiro.

Em Tempo: Na segunda-feira (26), o prefeito Luis Fernando Silva festejou a entrega, pelo governador Flávio Dino da reconstrução do Centro de Ensino São José de Ribamar, escola da rede estadual localizada no município e que beneficia diretamente cerca de 500 estudantes do Ensino Médio. O prédio, que recebeu sua última reforma há 14 anos, ainda quando Luis Fernando foi Secretário de Educação do Estado, foi totalmente recuperado. O Centro reforça a rede escolar do Município, considerada uma das melhores da região, encabeçada pelo Liceu Ribamarense, escola de alto padrão, construído e implantado na primeira gestão do prefeito e que se tornou uma referência na área.

São Luís, 29 de Junho de 2017.

Sarney, João Alberto, Edson Lobão, Sarney Filho e Nicolao Dino são protagonistas da crise que abala a República

 

João Alberto, Edson Lobão, Sarney Filho e Nicolao Dino no centro da crise
João Alberto, Edson Lobão, Sarney Filho e Nicolao Dino no centro da crise política que abala os pilares da República

Visto por meio mundo como um estado pobre, que permanece entre os últimos em matéria de indicadores sociais e econômicos, ao mesmo tempo em que é reconhecido como território culturalmente forte –m tanto na vertente popular quanto na seara formal e erudita -, o Maranhão permanece como um estado politicamente muito ativo. Neste exato momento, não bastasse a influência do ex-presidente José Sarney (PMDB), o estado encontra-se no epicentro da crise política nacional, com seus com seus representantes políticos pontificando, como protagonistas, em várias frentes. O senador João Alberto (PMDB) está no olho do furacão que alcançou o Senado da República na forma de uma Representação protocolada no Conselho de Ética pedindo a cassação do senador mineiro afastado Aécio Neves (PSDB); o senador Edison Lobão (PMDB foi mais uma vez acusado de corrupção em diferentes frentes da Operação Lava Jato; o deputado federal Sarney Filho (PV), que é ministro de Meio Ambiente, acaba de retornar da Noruega – numa viagem que incluiu também a Rússia -, onde foi duramente criticado por conta dos elevados índices de desmatamento da Amazônia; e, finalmente, a bomba mais recente: Nicolau Dino, procurador da República e que atualmente é vice-procurador geral, foi o ontem o mais votado na eleição que escolheu os três nomes que serão levados ao presidente Michel Temer (PMDB) para que ele escolha o sucessor do atual procurador geral Rodrigo Janot.

Presidente do Conselho de Ética por seis mandatos consecutivos, o senador João Alberto usou suas prerrogativas e, argumentando que não encontrou provas que justificasse a abertura de um processo, ele decidiu monocraticamente, arquivar a Representação pedindo cassação do senador mineiro Aécio Neves, por corrupção ativa e formação de quadrilha. Ontem, três senadores, dois do Amapá – Randolfe Rodrigues (Rede) e João Capiberibe (PSB) – e um gaúcho, Lasier Martins (PSD) – decidiram recorrer da decisão e pediram ao Conselho para revogar a decisão do presidente João Alberto e abrir processo contra Aécio Neves. Sem que uma coisa nada tenha a ver com a outra, João Alberto foi internado às pressas, no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para ser submetido a um procedimento cirúrgico cardíaco, para a implantação de um marca-passo no coração. Se o Conselho revogar a decisão do presidente, João Alberto será obrigado a dar prosseguimento ao que for decidido pela maioria do órgão. Nesse caso, o desfecho do caso será rigorosamente imprevisível.

O senador Edison Lobão trava uma guerra sem trégua com o Ministério Público e a Polícia Federal, que tentam, por meio de uma das frentes de investigação da Operação Lava Jato, fundamentar, com provas, as várias  acusações que o apontam como corrupto e chefe de quadrilha que praticou corrupção milionária na Petrobras, na Usina Nuclear de Angra 3 e na construção de gigantescas hidrelétricas. Ele teve sua casa vasculhada pela Polícia Federal, situação que aconteceu também com seu filho, Márcio Lobão, apontado como suspeito de participar de um esquema de corrupção em Furnas  Um dos cardeais do PMDB e com forte influência junto ao seus colegas senadores, Edison Lobão jura que é inocente, que as acusações em enfrentando barra pesada para se livrar das acusações, desafio que tenta vencer pela ação do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro. Tem mantido o seu prestigio entre os senadores, tendo recebido dele um presentão: a presidência da poderosa e influente Comissão de Constituição e Justiça, onde o novo procurador geral de Justiça.

O ministro Sarney Filho viveu na semana passada, em Oslo, capital da Noruega, uma situação de forte desconforto, juntamente com o presidente Michel Temer. Político experiente e respeitado nas comunidades verdes mundo a fora pelo bom trabalho que realizou como ministro do Meio Ambiente no Governo de Fernando Henrique Cardoso, tendo sido elogiado até pelo Greenpeace, Sarney Filho foi cobrado pelo ministro norueguês de Meio Ambiente, sobre a ineficiente política de controle e combate ao desmatamento criminoso que vem destruindo a selva amazônica e, assim, aumentando a fragilidade do planeta Terra. As críticas e as cobranças feitas pelas autoridades norueguesas foram reforçadas pela primeira-ministra  sobre meio ambiente no Brasil ganharam repercussão mundial. O ministro Sarney Filho, que é candidato ao Senado, minimizou o episódio, tentando evitar que a repercussão do que aconteceu na Noruega possa criar algum tipo de embaraço ao seu projeto senatorial. Parece que conseguiu, pelo menos, evitar o pior.

O procurador da República e atual vice-procurador geral da República Nicolao Dino, lançado para o centro da crise política no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que absolveu – seu parecer pedia a condenação – a chapa Dilma Rousseff (PT) – Michel Temer (PMDB), foi o mais votado, com 621 votos, contra Raques Dodge (587) e Mário Bonsaglia (564). Visto nos bastidores do meio político como candidato do procurador geral Rodrigo Janot corre solto desde que ele “ganhou, mas não vai levar”. A lista tríplice será encaminhada ao presidente Michel Temer, que para muitos atropelará o procurador maranhense para nomear a procuradora da República Raquel Dodge. São vários os motivos que podem levar o presidente Michel Temer a atropelar Nicolao Dino: além de aliado de Rodrigo Janot, investiga o presidente e é irmão do governador Flávio Dino (PCdoB), desafeto político do Grupo Sarney. Por conta dessas circunstâncias, políticos maranhenses apostam que Nicolao Dino não será nomeado procurador geral da República pelo presidente Michel Temer.

Como se vê, maranhenses estão mesmo pontificando no cenário político e institucional do País.

PONTO & CONTRAPONTO

Rigo Teles quer CPI para apurar irregularidades na FMF

que se passa na FMF
Rigo Teles quer sacudir a MFM

Conhecido pelos pronunciamento regionalizados, que falam sobretudo dos problemas das suas bases políticas e eleitorais e das ações dos Governos do Estado e da União, o deputado Rigo Teles (PV)soltou uma bomba numas das searas mais controversas, complicadas e sensíveis da vida do Maranhão: o futebol. Mostrando-se indignado com os problemas que vêm afetando o futebol maranhense só tendem a crescer o parlamentar cordense anunciou que pedirá a instalação de uma CPI para ouras suspeitas fortes de irregularidades na Federação Maranhense de Futebol (FMF). Sua iniciativa foi motivada pelas decisões suspeitas que afetara, principalmente, o Cordino, um dos clubes com melhor desempenho no futebol maranhenses nos dois últimos campeonatos. Rigo Teles levantou a suspeita de que estejam havendo graves irregularidades na Federação, hoje presidida pelo advogado Pedro Américo, que assumiu há quatro anos como interventor na crise que resultou na destituição do então presidente. O anúncio da CPI para investigar o futebol maranhense causou imediatamente forte repercussão  no meio futebolístico, mobilizando seus principais dirigentes. Ainda no plenário, Rigo Tales foi procurado pelo presidente do Sampaio Corrêa, deputado Sérgio Frota, cujo clube também foi prejudicado nas estranhas decisões tomadas pela Federação. O fato é que o discreto Rigo teles saltou ontem para o centro do gramado. Não para ser titular de um jogo de futebol, mas para comandar uma investigação que pode esclarecer muitas dúvidas, desvendar mistérios os mais diferentes e escancarar de vez os malfeitos e os benfeitos que por venturas estejam acontecendo ali com o guarda-chuva da Confederação Brasileira de Futebol, a famosa CBF.

 

César Pires pede proibição de corte de energia às sextas-feiras e véspera de feriados

César Pires quer evitar corte de energia vexatóoio
César Pires quer evitar corte de energia vexatório

Em meio a um forte debate sobre o aumento de 19% na tarifa de energia elétrica e que será tema central de uma audiência púbica a ser realizada nesta quarta-feira, o deputado César Pires (PEN) apresentou na Assembleia Legislativa um Projeto de Lei que proíbe a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) de cortar o fornecimento de energia elétrica de consumidores residenciais às sextas-feiras e vésperas de feriados. Ele justifica que a proposta visa evitar que famílias carentes fiquem por longo período sem eletricidade em suas casas.

“Quando estava em uma reunião com vereadores de Santa Rita numa sexta-feira, uma senhora e um senhor chegaram com um bebê de 08 meses, que precisava de, no mínimo, um ventilador para se proteger dos insetos, mas a energia elétrica deles tinha sido cortada. Nada pudemos fazer porque os bancos e a casa lotérica estavam fechados, e a Cemar também não atendia. Então, eles tiveram de ficar todo o fim de semana às escuras”, justificou César Pires, lembrando que muitas pessoas acamadas necessitam aparelhos elétricos em seu dia-a-dia.

O deputado disse que, sem desrespeitar o direito discricionário da Cemar de suspender o fornecimento de energia aos consumidores, é preciso dar o mínimo de dignidade aos consumidores, efetivando a suspensão de segunda a quinta-feira, para que o usuário tenha tempo hábil para quitar seu débito e ter o pronto retorno da energia elétrica em sua residência.

“Faço um apelo aos meus pares para que aprovem esse projeto, que tem por base a Constituição Brasileira, sustentado numa decisão do Supremo Tribunal de Justiça que já determinou que depois de três meses também não pode mais haver suspensão do fornecimento de energia. Não quero tirar o direito da Cemar de fazer as suas cobranças, mas há outras formas além do corte, respeitando a dignidade das pessoas”, finalizou ele.

 

São Luís, 27 de Junho de 2017.

Denúncia de Janot contra Temer dá aos deputados federais o poder de decidir o futuro do presidente

 

Hildo Rocha
Com Michel Temer: Hildo Rocha, João Marcelo, Sarney Filho, José Reinaldo, Aluísio Mendes, André Fufuca, Juscelino Filho, Cléber Verde, Victor Mendes, Pedro Fernandes e Júnior Marreca. Contra: Elisiane Gama, Weverton Rocha, Rubens Jr., Zé Carlos, Luana Alves, Deoclídes Macedo e Waldir Maranhão

Ao mesmo tempo em que transformou Michel Temer (PMDB) no primeiro presidente da República brasileiro a ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, jogou para os 513 deputados federais, entre eles os 18 integrantes da bancada maranhense, o poder de decidir se o chefe da Nação será ou não transformado em réu e processado, afastado do cargo por até 180 dias, para finalmente ser absolvido ou mandado para casa com a pecha de corrupto no currículo até aqui brilhante e bem sucedido. Depois de verem seu poder decisão sumir pelo ralo com a absolvição da chapa Dilma/Temer pelo TSE, os deputados federais Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB), Luana Alves (PSB), Rubens Jr. (PCdoB), Zé Carlos (PT), João Marcelo (PMDB), Hildo Rocha (PMDB), André Fufuca (PP), Waldir Maranhão (PP), Pedro Fernandes (PTB), Juscelino Filho (DEM), Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN), Deoclídes Macedo (PDT), Aluísio Mendes (  ), Victor Mendes (PSD), Cléber Verde (PRB) e Sarney Filho – que deixará o ministério do Meio Ambiente para votar e retornará em seguida – têm o destino do presidente da República nas suas mãos. Só que sua força de conjunto será reduzida, porque tudo indica que a representação maranhense na Câmara Federal está dividida na histórica decisão, com a maioria inclinada a votar para confirmar o presidente Michel Temer no comando da Nação até o final do seu mandato, enquanto a banda menor o empurrará para a guilhotina.

Uma sondagem superficial feita pela Coluna levou aos seguintes posicionamentos: João Marcelo, Hildo Rocha, Sarney Filho, José Reinaldo, André Fufuca, Pedro Fernandes, Juscelino Filho, Aluísio Mendes, Victor Mendes, Cléber Verde e Júnior Marreca deverão votar a favor de Michel Temer negando autorização para que ele seja processado, enquanto que Elisiane Gama, Weverton Rocha, Zé Carlos, Deoclídes Macedo, Luana Alves, Rubens Jr. e Waldir Maranhão certamente se posicionarão a favor da autorização para que o presidente seja processado.

Sarney Filho, João Marcelo, Hildo Rocha, Aluísio Mendes, Victor Mendes e Júnior Marreca votarão a favor do presidente Michel Temer por ligações partidárias e sob influência direta do ex-presidente José Sarney (PMDB), que junto com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que estão se desdobrando em articulações mil para garantir a sobrevivência política de Michel Temer, pois sua derrubada será uma tragédia política para o Grupo Sarney. Por seu turno, José Reinaldo, Pedro Fernandes, Juscelino Filho, André Fufuca e Júnior Marreca devem engordar o movimento pró-Michel Temer por convencimento de que ele é inocente e por decisão dos seus partidos, que fazem parte da base aliada do Palácio do Planalto.

Os deputados Elisiane Gama, Weverton Rocha, Zé Carlos, Deoclídes Macedo, Luana Alves, Rubens Jr. e Waldir Maranhão votarão sob a orientação discreta, mas efetiva, do Palácio dos Leões, dando autorização para que o presidente da República seja processado pelo Supremo Tribunal Federal e, de preferência, condenado. Nesse contexto, integram também o movimento das esquerdas para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a instituição de “eleição direta já” para presidente da República, acompanhando a estratégia do PT, que assim cria ambiente para uma candidatura forte do ex-presidente Lula da Silva (PT).

Os próximos dias serão de efervescência nos labirintos da Câmara Federal e nos gabinetes políticos de peso no mundo partidário. As articulações deflagradas ontem com a denúncia feita pelo procurador geral da República contra o chefe da Nação poderão segurar a situação vigente até as eleições do ano que vem, mas também poderão mudar o curso da História. Os deputados maranhenses sabem disso e pretendem atuar como protagonistas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Governo desmente informação sobre suposto corte de recursos para a Saúde em Caxias

Documento que sustentam afirmações do Governo
Documento que sustentam afirmações do Governo

Caxias é um dos municípios que mais recebe investimentos do Governo do Estado na área da Saúde. Só nos seis primeiros meses deste ano, foram destinados cerca de R$ 30 milhões, o que corresponde a um repasse mensal no valor aproximado de R$ 5 milhões. Foi o que informou ontem o  secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, desmentindo a informação divulgada pela Prefeitura de Caxias, em nota oficial referendada pelo  prefeito Fábio Gentil (PRB), de que o Estado teria cortado R$ 18 milhões da Saúde do município.

“Essa história divulgada pela Prefeitura de Caxias é completamente falsa. Basta acessar o portal da transparência e olhar os repasses que foram feitos pelo Governo do Estado para a Prefeitura de Caxias no ano passado, para ver que esses números não batem de modo algum”, disse Carlos Lula, desmentindo nota divulgada pela Prefeitura de Caxias de que o Governo estadual teria cortado R$ 18 milhões em repasses na área de Saúde. O governador Flávio Dino, que esteve em Caxias no sábado, também desmentiu a Prefeitura ao garantir que o seu Governo cumpre rigorosamente com as suas obrigações para com os municípios, principalmente os compromissos na área de Saúde.

De acordo com o secretário Carlos Lula, do total de investimentos na área da Saúde, a Prefeitura de Caxias é uma das que mais recebe recursos do Estado e a que menos aloca recursos para o setor de Saúde. Em primeiro lugar está o Governo Federal, que faz o repasse mensal de R$ 5,4 milhões via SUS, seguido do Governo do Estado, que destina todo mês aproximadamente R$ 5 milhões para a manutenção do Hospital Macrorregional, Hemomar, mais investimentos com serviços pagos aos credenciados. Em último fica a Prefeitura, que investe apenas por mês R$ 3 milhões.

O secretário Carlos Lula disse que é importante que a população de todo o estado do Maranhão saiba que os exames laboratoriais realizados na cidade de Caxias são pagos pelo Governo do Estado, assim como os exames mais complexos, como ressonância magnética, por exemplo. “Se somarmos os custos com esses serviços, o Estado gasta com a saúde de Caxias mais de R$ 5 milhões mensais. Enquanto que a Prefeitura gasta apenas R$ 3 milhões”, assinalou.

De posse de dados reais, o secretário Carlos Lula desafiou o prefeito Fábio Gentil a provar a acusação de que teria havido cortes e também vir a público mostrar quanto a Prefeitura gasta com setor. “É completamente falsa a acusação do prefeito de que o Governo do Estado não investe na saúde de Caxias. Muito pelo contrário. Se fizermos uma conta proporcional, é muito provável que Caxias seja o município que mais receba investimentos do Estado na área de saúde”, afirmou.

Maternidade – O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, explicou que em 2016 o Governo do Estado destinou R$ 9 milhões à Maternidade Carmosina Coutinho, como parte de uma ação realizada em vários municípios para o enfrentamento da mortalidade materna. Com este recurso, liberado em seis parcelas, foi possível comprar novos e modernos equipamentos à maternidade, que se encontram à disposição de toda a população. Este convênio não tem nada a ver com repasses mensais de R$ 3 milhões à Prefeitura caxiense, que nunca existiu.

Ciente da importância da maternidade para a população de Caxias, no dia 1º de junho deste ano, o secretário Carlos Lula encaminhou ofício ao prefeito Fábio Gentil propondo que o Governo do Estado assumisse administração total daquela casa de saúde, arcando com o seu custo integral, de aproximadamente R$ 1,3 milhão mensal.

Em ofício datado do dia 7 de junho, o prefeito Fábio Gentil recusou a proposta feita pelo Governo do Estado para arcar com todos os custos com a manutenção e gestão da maternidade, recusando inclusive ajuda de mais de R$ 1 milhão por mês. “Infelizmente, só temos a lamentar, pois a Maternidade Carmosina Coutinho foi construída com recursos do Governo do Estado, e alguém que diz que precisa de dinheiro não poderia recusar ajuda do Governo de quase um R$ 1,5 milhão que ele poderia utilizar em outras áreas”, afirmou Carlos Lula.

 

Edivaldo Jr. “liga os motores” para recuperar a cidade e melhorar sua estrutura nos próximos dois anos

Edivaldo Jr. começa a abrir sorriso com a nova fase
Edivaldo Jr. começa a  sorrir com a nova fase

Depois de meses seguidos como alvo de duros e sistemáticos ataques verbais na tribuna da Assembleia Legislativa, em programas de rádio e TV e nas redes sociais, ao longo dos quais foi chamado de “incompetente” e até acusado de se “esconder” por seus adversários mais visíveis e ativos, os deputados estaduais Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN), o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) emite sinais claros de que não foi alcançado pela metralha se movimenta no sentido de dar a volta por cima. Xingado principalmente por causa buraqueira causada pelas chuvas, que pontilhou a malha viária e infernizou durante meses a vida do ludovicence, o prefeito de São Luís já aproveita os dias de sol para comandar uma operação “tapa-buraco” em todas as regiões da cidade e melhora a mobilidade urbana com intervenções eficientes. Um exemplo é a intervenção feita na entrada da Forquilha, onde usou os recursos da engenharia de tráfico para destravar o velho entroncamento e fazer o trânsito fluir como nunca naquele agitado espaço da Capital, arquivando, pelo menos por enquanto, o controverso e projeto de viaduto. Em ação articulada com o governador Flávio Dino, o prefeito Edivaldo Jr. avança na estruturação do Sistema Municipal de Saúde, tornando mais eficiente a rede de hospitais e postos de Saúde, dando também melhor desempenho ao Sistema Municipal de Educação. E melhorando, dia a dia, o Sistema Municipal, de Transporte Coletivo. Isso não significa dizer que São Luís já esteja vivendo uma nova realidade, mas não há como negar que a cidade começa a ter de volta uma normalidade que indica mudanças na sua estrutura, nos seus serviços e na sua rotina. Nos bastidores da política, já se comenta que são os primeiros movimentos de um programa que vai agitar São Luís nos próximos dois anos.

São Luís, 26 de Junho de 2017.

Cenário aponta que a corrida sucessória no MA dificilmente sairá de um embate direto entre Flávio Dino e Roseana Sarney

 

Flávio Dino e Roseana Sarney deverão se enfrentar nas eleições do ano que vem
Flávio Dino e Roseana Sarney deverão se enfrentar nas eleições do ano que vem

A corrida sucessória no Maranhão se mantém na base de duas pré-candidaturas, sendo a mais consolidada a do governador Flávio Dino (PCdoB) à reeleição, e o projeto ainda indefinido da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Salvo o movimento solitário do senador Roberto Rocha (PSB), alternativas possíveis do Grupo Sarney, como o senador João Alberto (PMDB), por exemplo, e possibilidades remotas fora dele, como o prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), não há, no atual cenário político do estado nenhuma liderança, consolidada ou emergente, que esteja trabalhando com o objetivo se tornar o próximo inquilino do Palácio dos Leões. Daí, a situação mais próxima da realidade é mesmo prever-se um embate duro entre o governador e a ex-governadora, tendo o senador na periferia tentando ampliar o seu raio de ação política de olho no futuro. Pesquisa divulgada recentemente diz que Roseana Sarney estaria em vantagem, mas nem seus partidários mais ardorosos veem nisso um quadro consolidado. Outra pesquisa mostra Flávio Dino com excelente avaliação, o que o credencia para aspirar mais um mandato.

No painel que traduz o atual momento, todas as avaliações com algum lastro indicam que muito do que acontecerá no Maranhão na corrida eleitoral do ano que virá dos desdobramentos da política nacional. Para fortalecer ainda mais sua candidatura à reeleição, o governador Flávio Dino precisará manter consolidada a base política e partidária que construiu afiná-la com um projeto nacional de fôlego. Nome hoje proeminente e acreditado na seara esquerdista e até em amplos setores do centro e da direita, o governador do Maranhão é apontado como favorito num confronto direto com a ex-governadora Roseana Sarney ou qualquer outro candidato do Grupo Sarney ou de outra vertente. Essa força política e eleitoral, que vem de uma postura reta, uma imagem limpa e com baixo grau de rejeição, é fortemente turbinada por dois fatores: um relativamente baixo grau de rejeição e uma aliança com o ex-presidente Lula as Silva (PT), que tem mais de 60% de preferência no eleitorado maranhense, segundo pesquisa recente. Se vier a acontecer como está previsto, a dobradinha Dino/Lula será imbatível. Daí a impressão dominante de que o projeto político e eleitoral do governador é, de longe, o mais sólido e consistente.

Roseana Sarney tem cacife eleitoral expressivo, para entrar na disputa, segundo pesquisa de agora. Mas as condições para a viabilização de sua candidatura são bem mais complicadas, já que os fatores que podem turbiná-la são ainda inconsistentes. Primeiro, ela precisa remobilizar a sua base política e partidária, que foi desmantelada nas eleições de 2014 e não deu sinais de recuperação nas eleições municipais de em 2016. Depois, precisa da sobrevivência do presidente Michel Temer, que significa o PMDB no poder, e, também, atrelar seu projeto a uma candidatura presidencial forte. São três condições políticas de importância vital, às quais se soma o desafio nada desprezível de superar uma rejeição acima de 40%. Mas como se trata de uma disputa que acontecerá em condições políticas excepcionais, esses obstáculos poderão ser minimizados se a ex-governadora usar a habilidade para se colocar “acima” dos problemas, o que não será nada fácil. Fora a discutida pesquisa Escutec, não há qualquer outro levantamento que aponte Roseana Sarney como favorita nessa disputa, como também algum que a interprete como uma candidata sem futuro.

O governador Flávio Dino já acumulou experiência suficiente para saber que a seara política do Maranhão é um campo minado onde uma base de apoio pode ser construída de uma hora para outra, mas onde também essa mesma base pode ser pulverizada como num passe de mágica. Sabe também que o sucesso do seu projeto de reeleição deve ser lastreado por apoio popular amplo e suporte político sólido, o que só se conquista realizando um Governo positivo e sem mácula, como o que está em curso no Maranhão. Por outro lado, a ex-governadora Roseana Sarney sabe que depois de governar por quase 14 anos, lidera uma base saudosista, que sonha com a volta ao poder, só que num ambiente onde a maioria aspira o novo, que ela não mais representa, o que exigirá dos seus estrategistas a descoberta de um discurso que junte as duas coisas.

Em resumo: Flávio Dino e Roseana Sarney têm de maximizar suas vantagens e minimizar suas dificuldades. Mas está muito claro que o governador entra na briga mais preparado, dono de uma posição pessoal e política construída com determinação pessoal e coerência política, enquanto que a ex-governadora, se entrar, o fará com bom suporte, mas com muitos desafios a vencer e pendências a resolver.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Flávio Dino visita Humberto Coutinho e reafirma que presidente da Assembleia é o copiloto do seu Governo

Ao lado da esposa Cleide Coutinho, Humberto Coutinho comemora visita de Flávio Dino
Ao lado de Cleide Coutinho, Humberto Coutinho  visita do governador Flávio Dino

Um encontro de chefes de Poder e amigos, marcado pelo simbolismo político e institucional e pela emoção devida aos laços de amizade que ligam os protagonistas. Foi assim a visita que o governador Flávio Dino (PCdoB) fez, sábado (24), em Caxias, presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), durante a qual ambos reafirmaram a amizade e a parceria política de todas as horas. Emocionado por constatar a firme recuperação de Humberto Coutinho – que passou por dois processos cirúrgicos -, Flávio Dino comemorou a boa disposição amigo e a informação de que ele logo reassumirá o comando do Legislativo, “e pronto para me ajudar na grande obra de reconstrução do Maranhão”.

O governador destacou também a relação com o chefe do Poder Legislativo: “Todos sabem que Humberto, mais que um amigo e presidente da Assembleia Legislativa, é o copiloto do meu governo e sua presença na Assembleia é decisiva para as vitórias do povo maranhense que, manifestamente, tem apoiado nossas ações para melhorar ainda mais nosso estado”.

A visita e as palavras do governador causaram forte emoção no deputado Humberto Coutinho: “Tenho pelo Flávio uma estima única. Ele é o governador e líder político de todos nós. Sua inteligência e sua capacidade política e administrativa, além da generosidade pessoal, o colocam acima de todos os políticos. Recebê-lo aqui na minha casa, em Caxias, encheu a mim e à Cleide (Coutinho, sua esposa) de alegria e satisfação. Por isto, disse ao governador que estarei no comando da Assembleia nos próximos dias para conduzir os projetos de grande alcance social do Governo do Estado que beneficiam milhares de maranhenses, como o projeto Juros Zero, já aprovado, e o projeto Mais Alfabetização”.

Juntos, o governador Flávio Dino e o presidente da Assembleia Legislativa reafirmaram o compromisso de continuar trabalhando por todo o Maranhão e, especialmente, pela Região dos Cocais, com ações que já melhoraram o padrão de vida de todos os maranhenses e inúmeros projetos sociais e econômicos que estão mudando a face social do estado.

Em Tempo: Durante a visita do governador, o presidente do Legislativo solicitou que o Governo do Estado continue apoiando a Maternidade Carmosina Coutinho, que atende toda a Região dos Cocais. O pleito foi prontamente atendido pelo governador, que garantiu que a Secretaria de Saúde repassará os recursos necessários para a manutenção da equipe de profissionais que trabalham naquela entidade hospitalar.

 

 

João Alberto garante que fez o certo ao arquivar a denúncia contra Aécio Neves ao Conselho de Ética

João Alberto reafirma que fez o que achou certo
João Alberto diz que fez o que achou certo

“Estou tranquilo. Estou convencido de que tomei a decisão certa”. As declarações são do senador João Alberto (PMDB), 2º vice-presidente do Senado e presidente do Conselho de Ética e decoro Parlamentar da instituição, em comentar sua decisão de arquivar, na sexta-feira (23), a Representação em que o senador amapaense Randolfe Rodrigues (Rede) pede a cassação do senador afastado mineiro Aécio Neves (PSDB) por quebra de decoro, com base na delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na leitura que fez da Representação e do que está sendo mostrado, não existe, no seu entendimento, um só elemento que prove que o chefe nacional dos tucanos tenha pedido propina ao empresário. “Eu procurei, vasculhei, mas nada encontrei uma prova de que Aécio Neves tenha cometido um crime, e por isso não poderia levar isso adiante no Conselho”, explicou o senador. Mas deixou claro que se o senador amapaense autor da acusação recorrer da sua decisão e o Conselho acatar o recurso, dará tramitação normal à Representação, deixando a decisão para o colegiado.

João Alberto avalia que muitos compreenderam sua posição e elogiou os grandes órgãos de imprensa, principalmente os grandes jornais, de terem registrado sua decisão de maneira jornalisticamente correta, sem distorcer os fatos. O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo fizerem registros isentos da decisão de arquivar a Representação, não emitindo juízo de valor nas suas reportagens sobre o assunto. Houve, aqui e ali, manifestações de opinião críticas, mas dentro de limites e linguagens aceitáveis. Os jornais lembraram que o pemedebista é um dos próceres do grupo liderado pelo ex-presidente José Sarney (PMDB) e que integra a cúpula do PMDB no País e no Senado. Nada, portanto, de agressões. Ao contrário, todos os registros sobre a decisão apontaram João Alberto como um político experimentado, que não entraria numa roubada para salvar na marra um membro da Casa. Nenhum optou pela versão “decepcionada”, mas contida, da Globo, que relacionou o arquivamento a um suposto acordo de troca em que o PSDB manteria o apoio ao Governo Michel Temer em troca do salvamento do senador Aécio Neves. Pode até ter havido tal acordo, mas isso não mudou o entendimento do presidente do Conselho de Ética, que mantém categoricamente o argumento de que não encontrou provas que justificassem a admissão da denúncia formulada pela Rede.

– Não tenho mais idade (81 anos) para me dobrar a pressões, venham elas de onde vierem – declarou o senador maranhense, dando por encerrado o episódio do arquivamento e reafirmando mais uma vez a sua emblemática coragem política.

São Luís, 25 de Junho de 2017.

Escutec aponta surpresa e prevê uma guerra sem trégua na briga pelas duas cadeiras de senador

 

Sarney Filho lidera e José Reinaldo, Gastão Vieira e Lobão Filho estão empatados.  Waldir Maranhão, Weverton Rocha e Clóvis Fecury no pelotão de trás
Sarney Filho lidera e José Reinaldo, Gastão Vieira e Lobão Filho estão empatados. Waldir Maranhão, Weverton Rocha e Clóvis Fecury encontram-se no pelotão de trás

Se as eleições fossem agora, os maranhenses seriam os responsáveis por uma das mais acirradas disputas de todos os tempos para o preenchimento das duas vagas no Senado da República. Uma vaga seria arrebatada pelo Grupo Sarney e a outra com forte possibilidade de ser dada ao movimento liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Esse estado de ânimo já vinha sendo previsto pela Coluna e ganhou força agora com a pesquisa do Escutec, cujas preferências do eleitorado são as seguintes: Sarney Filho (PV) com 13%, José Reinaldo (PSB) com 10,8%, Gastão Vieira (PROS) com 10%, Lobão Filho (PMDB) com 9,2%, Waldir Maranhão (PP) com 6,3%, Weverton Rocha (PDT) com 6,2% e Clóvis Fecury (DEM) com 2,1%. No contexto da pesquisa, 28,5% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum desses nomes, enquanto 13,9% responderam com a indecisão. Somados os que não querem nenhum desses aos indecisos, tem-se um exército de 42,4% de eleitores que ainda não têm candidatos.

Nome mais forte do Grupo Sarney nesse rascunho, o deputado federal e atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho aparece na ponta na preferência do eleitorado. Seguido por três nomes fortes do cenário político estadual e que já conhecem o caminho das pedras em eleições majoritárias e, segundo o Escutec, encontram-se rigorosamente empatados: o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares, ex-deputado federal e ex-ministro do Turismo Gastão Vieira e o empresário e suplente de senador Lobão Filho. Os quatro formam o pelotão da frente nesse estágio da corrida em que ainda são muitos os traços de indefinição. Chama atenção o fato de que eles nasceram das entranhas do Grupo Sarney. Sarney Filho e Lobão Filho são nomes de roa do grupo; José Reinaldo Tavares já foi um dos seus líderes, Gastão Vieira deixou o grupo, mas continua com trânsito fácil na seara sarneysista comandada por Roseana Sarney, sendo José Reinaldo o único desse pelotão que, mesmo tendo nascido nas entranhas do sarneysismo e ter sido um dos seus principais líderes, milita hoje no movimento liderado pelo governador Flávio Dino.

Os quatros mais bem situados nas preferências do eleitorado têm lastro político e eleitoral para alimentar seus projetos de chegar ao Senado. Do alto de uma dezena de mantados parlamentares, Sarney Filho já consolidou sua candidatura e terá o apoio total do Grupo. José Reinaldo já foi candidato a senador em 2010 e saiu das urnas com quase 800 mil votos e deve ser apoiado pelo governador Flávio Dino. E Lobão Filho tenta transformar em apoio senatorial os mais de um milhão de votos que recebeu em 2014 para governador do Estado. São, portanto, candidatos com elevado grau de viabilidade e que podem concentrar a disputa nesse quarteto.

No segundo pelotão aparecem empatados os deputados federais Waldir Maranhão e Weverton Rocha, ambos com pouco mais de seis pontos percentuais de preferência. Discretamente incensado pelo Palácio dos Leões, Waldir Maranhão, com um décimo à frente, surpreende ao mostrar fôlego politico depois da pancadaria a que foi submetido quando presidiu a Câmara Federal no período do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e da cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outros fatos nada republicanos que espancaram duramente sua imagem política. Weverton Rocha, ao contrário, não exibiu o cacife que deveria ter como o aguerrido e bem articulado líder do PDT na Câmara Federal e marechal de campo incontestável das forças do PDT no Maranhão. A expectativa era a de que ele estivesse medindo forças com Sarney Filho e José Reinaldo na cabeça, mas sua colocação em sexto lugar, só à frente do suplente de senador Clóvis Fecury, pode funcionar como uma bomba devastadora sobre o seu projeto de candidatura. Se as coisas permanecerem assim, vão obrigar o Palácio dos Leões a investir pesado em José Reinaldo e Waldir Maranhão.

Por fim, como não há como afirmar que a pesquisa reproduz integralmente a realidade de hoje nem negar que ela é uma referência importante e deve ser levada em conta, pois é fato que esses números já ganharam o Maranhão e o Brasil, espalhando sem reservas a notícia de que o sarneysismo ameaça o projeto político do governador Flávio Dino, situação na qual muitos não acreditam. Alertam para que, mesmo ainda a 15 messes das eleições, decisões graves e definitivas têm de ser tomadas para que o quadro da disputa comece a ser desenhado como um quadro definitivo.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

João Alberto e Edison Lobão não foram listados na pesquisa, mas estão no jogo da disputa senatorial

João Alberto e Edison <Lobçao: fora da pesquisa, mas no jogo eleitoral
João Alberto e Edison Lobão: fora da pesquisa, mas no jogo visando a reeleição para as vagas de senador

A não inclusão dos senadores João Alberto (PMDB) e Edison Lobão (PMDB) na pesquisa do Escutec, contratada pelo partido deles, deu margem para uma série de especulações, uma delas a de que os dois teriam sido “excluídos” e que isso teria gerado uma crise no Grupo Sarney. Nada disso. A começar pelo fato de que a pesquisa foi contratada pelo PMDB, que é controlado com mão firme pelo senador João Alberto, que definiu a relação de nomes a serem submetidos ao crivo do eleitorado. O senador João Alberto não descarta sua candidatura à reeleição, mas não faz dela um cavalo de batalha, tendo inclusive declarado que poderá abrir mão vaga de candidato em apoio à candidatura de Sarney Filho. Tem também a possibilidade de vir a ser candidato a vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Roseana Sarney (PMDB), ou até mesmo ser o candidato do grupo para enfrentar o governador Flávio Dino na guerra pelo Palácio dos Leões. Saudável, mito ativo e mais lúcido que nunca aos 81 anos, João Alberto já aspira uma vida politicamente ativa, mas distante do frenesi do Planalto Central e da ponte-aérea São Luís/Brasília/São Luís. Nada disso tem ainda definição e ele continua no jogo, podendo inclusive ser candidato à reeleição. A situação do senador Edison Lobão é também de indefinição. Ele tem dito a amigos que está na briga e que será candidato à reeleição. Os problemas causados pela Operação Lava Jato, na qual é acusado de uma série de malfeitos cabeludos, colocaram uma densa nuvem de dúvidas sobre seu futuro.  Pesquisa Escutec incluiu o filho e suplente de senador Lobão Filho entre os nomes a serem avaliados, dando a entender que se ele não for candidato à reeleição, vai brigar para que o herdeiro seja o candidato, de modo a “manter o mandato na família”, conforme teria dito Lobão Filho, segundo nota de coluna de jornal. Tudo indica que a decisão de recorrer ou não à reeleição está diretamente ligada aos desdobramentos da Lava Jato.

 

Não existe “primeira” e “segunda” opção para o Senado, mas sim duas vagas a serem preenchidas pelos dois mais votados

Os números do Escutec sobre as preferências do eleitorado para as duas vagas no Senado apontam para uma guerra implacável e complicada entre candidatos do Grupo Sarney, que deverá ter a ex-governadora Roseana Sarney como cabeça de chapa para o Governo do Estado e, assim, “puxar” os candidatos ao Senado, e da aliança situacionista liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que comandará as candidaturas do seu movimento. Nesse contexto, vale alertar a disputa para as duas vagas de senador não se dará entre chapas, mas entre candidatos, ainda que eles estejam em chapas que representem coligações partidárias. Assim, o eleitor é livre para escolher os seus dois candidatos ao Senado sem qualquer restrição de natureza formal ou partidária. Também não existe “primeira” e “segunda” opção, pois o eleitor terá de escolher um candidato para cada vaga, sem qualquer ordem de precedência ou preferência, e nada mais. Serão vencedores e eleitos os dois mais votados, independentemente dos grupos ou coligações a que estarão vinculados. O esclarecimento é válido porque alguns textos jornalísticos estão tratando a eleição senatorial como uma disputa na qual o eleitor terá de eleger dois senadores com os mesmos critérios e para as mesmas obrigações legislativas. A conversa de “primeira” e “segunda”, além de uma grave desinformação, é uma maneira incorreta e deformadora que pode levar o eleitor menos esclarecido a achar que o “primeiro” será mais importante do que o “segundo”. Cabe, portanto, principalmente aos formadores de opinião bater na tecla de que não haverá “primeiro” nem “segundo”, e sim dois senadores eleitos, o que os torna iguais. E fim de papo.

São Luís, 23 de Junho de 2017.

Corrida às urnas: Escutec aponta Roseana na frente; Exata afirma que Dino tem 59% de aprovação

 

Roseana aparece na frente; Flávio Dino é bem avaliado
Escutec: Roseana Sarney aparece na frente; Exata: Flávio Dino é bem avaliado

Se forem verdadeiros, os números da rumorosa pesquisa contratada pelo PMDB e feita pelo instituto Escutec para identificar as preferências do eleitorado na disputa pelo Palácio dos Leões mostrando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) com mais de cinco pontos percentuais à frente do governador Flávio Dino (PCdoB) certamente acenderão luz de alerta no comando político do Governo. Por outro lado, uma pesquisa feita pelo instituto Exata na semana passada apurou que 58% da população aprovam o desempenho do Governo e 59% consideram que o governador Flávio Dino é gestor, fazendo um eficiente contrapeso à pesquisa do Escutec, deixando sarneysistas em estado de alerta. No levantamento eleitoral mantido sob sigilo até ontem pelo PMDB, com cinco prováveis candidatos, Roseana Sarney aparece na frente com 32,9% das intenções de voto, contra 25,9% de Flávio Dino, ambos seguidos, num segundo pelotão, do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que aparece com 11,4%, do senador Roberto Rocha (PSB) com 6,6%, e da ex-prefeita Maura Jorge (Podemos) com 2,2%. E num cenário de um confronto direto os dois mais votados, Roseana Sarney aparece com 38,3% e Flávio Dino com 32,6%, uma diferença de pouco mais de cinco pontos percentuais.

Inicialmente alvejada por uma forte polêmica nos bastidores do Grupo Sarney pelo fato de o seu contratante, o PMDB, tê-la engavetado, como que a querendo apenas para “consumo interno”, a pesquisa Escutec – que ouviu 2034 pessoas em 80 municípios – foi recebida com entusiasmo por partidários de Roseana Sarney. Por outro lado, enquanto permaneceu como um segredo político bem guardado, a pesquisa era apontada desdenhosamente como um factóide inventado pelos chefes do Grupo Sarney para criar um clima de tensão política. Aquela impressão mudou e se transformou em ar de gravidade quando os números vieram a público. E o cenário desenhado pela revelação numérica mostrou oposicionistas em estado de efusão e governistas incomodamente surpreendidos.

Por mais cercado que esteja de controvérsias, o levantamento do Escutec não será ignorado pelo comando governista e certamente será a causa de muitos desdobramentos. O primeiro deles: a pesquisa funcionou uma poderosa injeção de ânimo nos sarneysistas, depois de um longo período de escassez de noticias animadoras. Política experiente, Roseana Sarney certamente está festejando os números da pesquisa. Mas tem experiência e fero político suficientes para não misturar a sua canjica estatística com otimismo cego e entusiasmo ingênuo. A ex-governadora sabe que tem densidade política e eleitoral e que, se for candidata, será com certeza o adversário a ser vencido. Mas sabe também que já não tem o poder de fogo de outros tempos, nem contará com financiadores generosos e que se entrar na briga terá de fazê-lo preparada para qualquer desfecho, pois vai enfrentar um chefe de Governo bem avaliado, ficha limpa, com rejeição baixa e politicamente bem articulado, difícil, portanto, de bater.

No contraponto, a pesquisa do instituto Exata apontando que o governador Flávio Dino é aprovado por 59% dos maranhenses e seu Governo por 58% é vista por governistas como uma informação que desmontaria a pesquisa Escutec. Por essa avaliação, a pesquisa do Exata desmontaria a do Escutec, pois não faz sentido que um governador com esse nível de aprovação esteja em segundo lugar numa disputa direta com uma ex-governadora que tem expressivo percentual de rejeição, segundo apurou o próprio Escutec.

As duas pesquisas podem servir de marco inicial da corrida eleitoral, que já estava em curso, ganha agora um gás excepcional, que certamente embalará os dois projetos políticos e eleitorais. E essa medição de forças vai pautar a corrida eleitora a 15 meses das eleições.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Escutec: Braide surpreende com 11,4% e mostra que tem condições de crescer e entrar na briga

Eduardo Braide aparece à frente de Roberto Rocha e Maura Jorge
Eduardo Braide vence  Roberto Rocha e Maura Jorge

Além da espantosa “virada” da ex-governadora Roseana Sarney, o dado que mais chamou atenção na pesquisa Escutec foram os 11,4% alcançados pelo deputado Eduardo Braide, que lhe deu a terceira colocação na preferência do eleitorado. O percentual de Braide é quase o dobro dos 6,6% dados ao senador Roberto Rocha, que há tempos vem se colocando como a “terceira via” na corrida ao Palácio dos Leões, e quase cinco vezes os 2,2% alcançada pela ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que também já está na estrada há algumas semanas como pré-candidata ao Governo do Estado. Com seu desempenho na pesquisa, Eduardo Braide desponta como a “terceira via” que, todos acreditavam, seria o senador Roberto Rocha. O cacife de Eduardo Braide começa com sua rejeição baixa, o que torna seu potencial de crescimento imensurável. Se o percentual com que foi brindado pelos entrevistados pelo Escutec não for uma “bolha” – não há no contexto um só elemento que aponte para tal -, o jovem deputado do PMN entra de vez no campo de batalha pelo Palácio dos Leões como um fator de instabilidade para todas as pré-candidaturas. Situação bem parecida com o seu desempenho na disputa pela Prefeitura de São Luís no ano passado, da qual saiu com 240 mil votos (46,06%) num confronto direto com o prefeito Edivaldo Jr. (PDT), deixando no ar a forte impressão de que nos próximos 15 meses poderá ganhar musculatura política e eleitoral e entrar de igual para igual na corrida palaciana.

 

Tema intensifica articulações para habilitar 107 municípios para gestão plena na área de Saúde

Cleomar Tema fala na assembleia de secretários municipais de Saúde
Cleomar Tema fala na assembleia de secretários municipais de Saúde sobre a importância da gestão plena na área de Saúde

Alcançar a gestão plena na área de Saúde, eliminando principalmente a intermediação do Estado nas relações entre a União e as Prefeituras, de preferência reajustando o valor dos recursos institucionais que são repassados a cada mês. É esse o maior e mais importante objetivo a ser alcançado pelos prefeitos maranhenses, que trabalham para viabilizar o projeto tendo com o líder e maior incentivador o prefeito de Tuntum e presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Cleomar Tema (PSB). O líder municipalista aposta alto no apoio do governador Flávio Dino para alcançar esse objetivo.

A gestão plena da Saúde será o principal item da pauta do encontro estadual de prefeitos agenda para o dia 4 de Julho em São Luís e que terá o governador Flávio Dino como convidado especial. Tema Cunha espera conseguir gestão plena para 107 municípios, que na avaliação dele estão preparados para serem habilitados em gestão plena. Com a autoridade de quem é médico, o presidente da Famem acredita na melhoria da prestação de serviços na área nos municípios, uma vez que significará maior dinamismo, maior agilidade e mais qualidade nas ações.

– O governador Flávio Dino vem se conduzindo como o maior parceiro dos prefeitos e, consequentemente, dos secretários de Saúde. Estivemos com ele em várias ocasiões e iremos pedir mais uma vez, durante um grande encontro de gestores que acontecerá na capital São Luís, a habilitação destas 107 cidades. Isso representará um grande avanço, no momento em que eles deixarão de serem gerenciados financeiramente pelo Estado, uma vez que isso representa certo atraso na liberação dos recursos, por conta do sistema burocrático do Governo Federal -, assinalou.

A reafirmação do projeto maior dos municípios de alcançar a gestão plena da área de Saúde, estabelecendo um canal direto com a União foi feita terça-feira pelo presidente da Famem ao participar, no Hotel Veleiros,  da Assembleia Geral do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Maranhão (COSEMS), na qual Domingos Vinícius de Araújo Santos, secretário municipal de Saúde de Coroatá, foi reeleito presidente para o biênio 2018/19.

O presidente reeleito do Cosems ressaltou a importância do apoio que a entidade que dirige vem recebendo da Famem durante a administração de Cleomar Tema. “Temos na Famem um importante ponto de apoio. O presidente Tema é um grande parceiro, é um grande conhecedor dos problemas da saúde e vem se empenhando, tanto junto ao governo do Estado, como perante o Governo Federal, no que concerne ao equacionamento dos problemas”,  destacou Domingos Santos.

São Luís, 21 de Junho de 2017.

Proposta provocadora de CPI para a Saúde abre guerra ácida entre Eduardo Braide e Rogério Cafeteira

Andrea Murad abriu o tiroteio que confrontou Eduardo Braide e Rogério Cafeteira por causa de Wellington do Curso
Andrea Murad abriu o tiroteio que confrontou Eduardo Braide e Rogério Cafeteira por causa da provocadora proposta de CPI de Wellington do Curso

 

O pretexto é uma proposta de CPI sem muita consistência engendrada pelo deputado Wellington do Curso (PP) para investigar supostos malfeitos na área de Saúde, mas o que está mesmo acontecendo no plenário da Assembleia Legislativa é a eclosão das tensões pré-eleitorais e que se repetirá até as eleições do ano que vem. Nesse contexto, o embate travado ontem entre Oposição – que se manifestou pelas vozes de Andrea Murad (PMDB), Edilázio Jr. (PV) e Eduardo Braide (PMN) nada mais foi do que uma prévia do que deve acontecer com frequência de agora por diante. Motivada pela proposta de CPI do deputado Wellington do Curso e por declarações recentes do governador Flávio Dino (PCdoB) e do secretário de Saúde, Carlos Lula, a Oposição criou um factóide inteligente, por meio do qual conseguiu atrair a Situação para a briga, colocando no centro do ringue o líder do Governo, deputado Rogério Cafeteira (PSB), que mordeu a isca e entrou na ciranda de ataques e contra-ataques.

O que poderia ser um debate duro, com provocações ousadas da banda oposicionistas e reações ácidas e cortantes da liderança governista acabou degringolando para uma surpreendente troca de tabefes verbais, que em alguns casos doerem mais do que socos reais. O ponto alto foi o “bateu-levou” entre os deputados Eduardo Braide e Rogério Cafeteira. Eles foram ao paroxismo no embate, que de tão duro e ofensivo assanhou o bom senso do presidente em exercício Othelino Neto (PCdoB), levando-o a cometer a “indelicadeza” de encerrar a sessão. Para deixar o leitor mais à vontade para avaliar o episódio, a Coluna decidiu oferecer-lhe o pugilato verbal na forma como ele se deu. Segue, assim, o ponto alto do embate entre os deputados Eduardo Braide e Rogério Cafeteira:

Deputado Eduardo Braide – Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas. Senhor Presidente, primeiro se  diz  que  conselho não se dá, porque  se   fosse   bom,   a  gente vendia e  não dava. Mas o primeiro  conselho que eu dou, Deputado  Edilázio,  é que o Deputado  Rogério Cafeteira  se acalme. Acho  que  o melhor  que ele pode fazer é  se acalmar. E uma  coisa  que eu percebo:  nós  estamos aqui há dois anos e meio, (…) praticamente, que o Deputado Rogério Cafeteira é líder do Governo Flávio Dino. E toda vez que é para se  discutir um tema do  Governo, o Deputado Rogério Cafeteira parte para os ataques pessoais. Isso demonstra nada mais do que a falta de argumentos para discutir as questões de Governo. E nesse ponto, eu quero dizer que todo governo tem o líder que merece. E acho que V. Ex.ª é bem a cara do Governo Flávio Dino. Em relação a outras situações, Deputado Rogério Cafeteira, eu quero dizer a V. Ex.ª que o período de mentiras em relação a minha pessoa ficou no ano passado. Foi isso que eu disse a V. Ex. E V. Ex.ª tanto se irritou. (…) Eu tive que tirar licença para ser candidato a Prefeito de São Luís. E na minha ausência, eu fui atacado covardemente da tribuna da Assembleia. Quero dizer que este ano é diferente. Estou aqui presente. É um deputado descendo de uma tribuna e eu subindo a outra para poder me defender. Então, deputado Rogério Cafeteira, o primeiro conselho que lhe dou “se acalme”. E quando tiver que discutir comigo, vamos discutir as questões de Governo.  V. Ex.ª vem para o ataque pessoal e me leva ao seguinte raciocínio: uma pessoa, para partir para o ataque pessoal, (…) ela tem que ser exemplo de vida. E me permita dizer, deputado Rogério Cafeteira, já não querendo lhe ofender, como V. Ex.ª fez comigo, mas não vejo em V. Ex.ª nenhum exemplo para partir para o ataque pessoal a ninguém desta Casa. Então se acalme, vamos discutir as questões de governo, estou pronto para discutir as questões de governo. V. Exa. sobe aqui à tribuna e faz piadas, outro dia subiu à tribuna aqui e foi dizer que era pra eu investigar como é estava a situação do meu gabinete, eu não entendi sinceramente que V. Exa. quis fazer com isso. Se foi em relação algum factoide que foi criado na época da campanha, V. Exa., eu quero dizer a V. Exa. que se for pra gente trazer essa discussão V. Exa. me força a antecipar tudo aquilo e todas as mentiras que foram tratadas em relação a minha pessoa no ano passado, não quero acreditar que V., Exa. estava nos bastidores dessas mentiras porque tudo está sendo apurado inclusive pela Polícia Federal. Então assim onde que eu quero dizer, deputado Rogerio, primeiro, se acalme, nunca destratei V. Exa. (…) Eu passei aqui três meses e meio de licença todo dia se revezava um deputado aqui pra falar de mim, agora não, agora estou presente aqui pra poder me defender, agora estou presente aqui, mais do que isso, pra dizer a verdade. Então um conselho que dou a V. Exa. vamos discutir as questões de governo, eu percebo que às vezes V. Exa., por não ter exatamente os argumentos pra defender o governo, não tem outra alternativa que não ser partir para o ataque pessoal, eu poderia aqui falar umas coisas pessoais de V., Exa. mas não vou fazer. (…) Então, eu acho que V. Ex.ª tem que se acalmar, eu acho que V. Ex.ª tem que preparar melhor seus argumentos em relação à defesa do Governo. Em relação a essa questão da CPI, continuo com o mesmo posicionamento. Assinei a primeira CPI, assinarei a segunda CPI, não farei nada de diferente. Então, o que quero dizer a V. Ex.ª é que pare com essa mania. Eu não falo só em relação a mim, eu vejo em relação a outros deputados desta Casa. Ainda há pouco V. Ex.ª praticamente agrediu verbalmente o deputado Wellington do Curso, (…) que estava tão somente fazendo uma argumentação no campo político que diz respeito à CPI. (…) O Governador Flávio Dino pede que V. Ex.ª ataque pessoalmente as pessoas? É pedido dele que V. Ex.ª ataque pessoalmente os deputados desta Casa?

Deputado Rogério Cafeteira – Deputado Braide, V. Ex.ª tem e trabalha bem isso, essa imagem do bom moço. V. Ex.ª não subiu e não falou comigo nesse tom, até porque eu não achei que tivesse sido agressivo com V. Ex.ª aqui. Se tem um fato passado e achei que V. Ex.ª me perdoe, que V. Ex.ª não se ofenderia na questão da CPI…

Eduardo Braide – Eu falei que V. Ex.ª foi agressivo com o deputado Wellington, não comigo…

Rogério Cafeteiro – Não, mas com o deputado Wellington mais agressivo do que V. Ex.ª foi ao debate para prefeito, deputado, foi impossível, V. Ex.ª o desqualificou na frente de todo mundo. Não vamos voltar nisso, vamos falar da nossa discussão. Eu e o deputado Wellington…

Eduardo Braide – Eu acho engraçado V. Ex.ª sobe a esta tribuna, vai dizer que tem que descer do palanque, tem que deixar de falar…

Rogério Cafeteira – Se V. Ex.ª não conceder o aparte não tem problema. Senhor Presidente, eu agradeço, o deputado Braide não quer conceder o aparte, não, é prerrogativa sua, deputado, é prerrogativa sua. Muito obrigado.

Eduardo Braide – É porque para variar mais uma vez a gente faz uma pergunta a V. Ex.ª e V. Ex.ª não responde, a pergunta que eu fiz foi muito simples: perguntar se é o governador Flávio Dino que pede que V. Ex.ª ataque pessoalmente os deputados? Porque falo a V. Ex.ª com muita sinceridade, eu não acho que seja bom para a Casa, não acho que isso seja bom para o ambiente aqui, acho que essa Casa tem que tratar as questões do Governo, tratar as questões de discutir como vai a saúde, como vai educação, o que faz para melhorar e não partir para o ataque pessoal, mas dada a frequência dos seus ataques pessoais aos deputados desta Casa, V. Ex.ª talvez me leve a crer que seja uma orientação do governador do Estado. “Rogério, vai lá e ataca fulano de tal para ver se ele para de atacar o Governo” porque se for esse o entendimento do governador, e se for essa a forma que V. Ex.ª pensa que eu vou deixar de usar a tribuna e me calar para criticar aquilo que eu entender que está errado no Governo, deputado Rogério Cafeteira, V. Ex.ª está perdendo seu tempo, porque não vai mudar absolutamente nada em eu fazer as críticas que faço ao Governo do Estado. Por outro lado, voltando ao assunto que V. Ex.ª disse da vez anterior, eu pedi a V. Ex.ª e V. Ex.ª já até se corrigiu, quando disse que perguntei qual foi a medida, a bem do povo do Maranhão, que eu votei contra como deputado estadual. V. Ex.ª disse que nenhuma. Então, deputado Rogério Cafeteira, o que eu percebo e aí me permita dizer, foi V. Ex.ª que disse dali, V. Ex.ª disse que meu sentimento público era tão grande que no final eu acabava votando favoráveis às matérias, ou não foi isso que V. Ex.ª disse?

Rogério Cafeteira – V. Ex.ª tem dificuldade de entender o sarcasmo das pessoas, não é deputado?

Eduardo Braide – Então, diga aí.

Rogério Cafeteira – Deputado, depois eu faço. V. Ex.ª quer agora dizer até o que eu devo responder, eu não sou depoente, deputado. E inclusive quando eu vou à Polícia Federal é para ver passaporte, eu não investigado, eu não nada.

Eduardo Braide – Assim como eu também não sou, deputado Rogério Cafeteira. Agora já que V. Ex.ª esta falando de investigação e aí convenhamos e eu não queria tocar nesse assunto, mas V. Ex.ª me força a tocar nesse assunto. Se o Governo que V. Ex.ª faz parte for tão sério, como V. Ex.ª diz, a operação que tem que prender o agiota com nome de banana, V. Ex.ª tem que ser um dos primeiros a ser ouvido, porque falando em gabinete, quem vivia visitando o seu gabinete aqui era esse agiota, suba à tribuna e explique qual é a relação que V. Ex.ª tinha em relação ao agiota? Não, eu não vou lhe conceder o aparte…

Rogério Cafeteira – Posso, deputado. Deputado de Anajatuba…

Eduardo Braide – Suba à tribuna e explique qual era a relação que V. Ex.ª tinha em relação ao agiota…Presidente, eu peço que mantenha minha palavra, eu não concedi aparte….

Rogério Cafeteira – Deputado de Anajatuba do Fantástico… Deputado eu vou lhe proporcionar a possibilidade de V. Ex.ª comprovar isso na Justiça. Não, deputado, eu vou pedir aqui e peço, porque o deputado gosta de…

Presidente em exercício Othelino Filho – Deputado Rogério e deputado Braide, eu pediria que nós não esticássemos esta discussão, porque ela não é saudável, convém que nós nos acalmemos e aí deixemos para amanhã se V. Exas. quiserem continuar este embate. Deputado Braide, me permita a indelicadeza de encerrar a Sessão.

Rogério Cafeteira – Mas ele pode botar o assessor dele Fabiano, lá de Anajatuba para me processar…

Presidente em exercício Othelino Neto – Me permita encerrar a Sessão, já que V. Ex.ª concluiu o pronunciamento.

Eduardo Braide – Permito em encerrar, Senhor Presidente. Só reforçando o pedido que fiz há pouco aqui da tribuna.

Presidente em exercício Othelino Neto – Declaro encerrada a presente sessão.

Em Tempo: Mesmo depois de encerrada a sessão, os deputados Eduardo Braide e Rogério Cafeteira seguiram trocando ofensas pesadas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Hora da verdade: João Alberto recebe Representação e tem cinco dias para decidir futuro de Aécio Neves

João Alberto tem nas mãos o futuro de Aécio Neves
João Alberto tem nas mãos o futuro de Aécio Neves, acusado de corrupção

Chegou a hora da verdade para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, e em especial para o seu presidente, o senador maranhense João Alberto (PMDB). Ele recebeu ontem, oficial e formalmente, a Representação na qual dois partidos, o PSOL e a Rede Sustentabilidade, pedem a cassação do mandato do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) – já afastado por decisão judicial – por quebra de decoro – ele foi acusado de corrupção e formação de quadrilha pelo delator da JBS, Joesley Batista. João Alberto tem prazo de cinco dias – até segunda-feira (26) – para analisar decidir se admite ou não a Representação contra o senador tucano. O prazo coincidirá com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que a partir de hoje (20) vai analisar duas ações relacionadas ao senador Aécio Neves, sendo que uma delas refere-se a um pedido de prisão.

Caso a Representação contra o parlamentar tucano seja admitida, o próximo passo será a designação do relator da matéria. De acordo com o regimento, o presidente do Conselho de Ética deve designar o relator em até três dias úteis, mediante sorteio entre os membros do órgão. O senador João Alberto ressaltou que, antes de tomar sua decisão, costuma conversar com os senadores do Conselho, em busca de consenso.

— Eu acho que um processo dessa magnitude não pode se resolver por 3 a 2, por 4 a 3. Nós temos que procurar a unanimidade. Você já pensou o que é cassar um senador por 8 a 7? Quer dizer, é um absurdo. E até mesmo a absolvição por 8 a 7. Nós temos que debater até encontrar um consenso — disse.

Indagado como vai se posicionar caso o Supremo Tribunal Federal acate o pedido de prisão contra Aécio, João Alberto afirmou que irá observar como o Plenário do Senado vai se comportar em relação à decisão. Isso porque, caso o pedido de prisão seja acolhido pelo STF, a Constituição prevê que o Senado se reúna para decidir se mantém, ou não, a prisão. João Alberto explicou que não tomará nenhuma decisão que passe por cima do Plenário da Casa, mas ressaltou que é preciso aguardar os fatos.

— Fica bem melhor aguardar os fatos para a gente trabalhar em cima dos fatos. Eu não quero fazer projeções. Vamos ver a decisão do Plenário do Supremo e evidentemente do Plenário do Senado. É claro que o Conselho de Ética encontrará uma maneira de ficar unido com o Plenário do Senado — destacou.

São Luís, 19 de Junho de 2017.