Arquivos mensais: maio 2018

Lei de Roberto Costa reconhece força cultural da Madre Deus e torna suas manifestações patrimônio imaterial do Maranhão

 

Roberto Costa imortalizou por lei manifestações como Turma do Quinto, Boizinho Barrica e Fuzileiro da Fuzarca
Roberto Costa imortalizou por lei manifestações como Turma do Quinto, Boizinho Barrica e Fuzileiro da Fuzarca

De todas as iniciativas que pretenderam, nos últimos tempos, preservar a teia que move São Luís na seara das manifestações populares, o Projeto de Lei Nº 105/2018, proposto pelo deputado Roberto Costa (MDB) e aprovado unanimemente, segunda-feira (28), pela Assembleia Legislativa, tornando-as Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Maranhão, é uma das mais arrojadas, completas e bem-vindas. A intenção e o objetivo são simples e diretos, sem floreios e vão no âmago de uma realidade concreta, que se expõe ao longo de cada ano: criar as condições legais para que se mantenham vivos manifestações carnavalescas (Turma do Quinto, Bicho Terra Fuzileiros da Fuzarca e Máquina de Descascar Alho), juninas (Bumba Boi da Madre Deus e Boizinho Barrica, Grupo Piaçaba), religiosas (São Sebastião, São João, São Pedro, São Roque, São Pantaleão), e símbolos seculares como a Casa das Minas e a Casa de Nagô, provavelmente os mais autênticos centros de religião afro existente no Maranhão.

No seu projeto, o deputado Roberto Costa dá à Madre Deus a dimensão de região cultural ao complexo de bairros ali existente, por ele batizado de “Grande Madre Deus” – Goiabal, Fonte do Bispo, Lira, Belira, Codozinho, Macaúba, entre outros menores, mas cuja pujança cultural é reflexo direto do que acontece há quase dois séculos na Madre Deus. Nascido e criado nas ruas do Lira, onde mantém suas raízes familiares e as suas referências culturais e religiosas, Roberto Costa sabe exatamente o que fez ao propor o projeto, que ganhará força definitiva de lei quando for sancionado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Vem percebendo que, por mais forte e sólido que seja, o lastro cultural corre riscos. Sua conservação instituída em lei estadual abre caminho para que muitas outras iniciativas complementares e efetivas garantam a preservação futura.

Berço de craques da música e da poesia como César Teixeira, Cristóvão Alô Brasil, Patativa, Francisco Bulcão, José Pereira Godão, Mestre Sapo e muitos outros, que embalam a Turma do Quinto, os Fuzileiros da Fuzarca, o Bicho Terra e outros grupos com sambas geniais a cada carnaval, a Madre Deus, que nasceu da boêmia de operários e pescadores e que se transformou em festas que mobilizam multidões em fevereiro, junho e dezembro, pontilhadas por manifestações religiosas ao longo do ano, com novenas, ladainhas e terços, alimenta a mais pura e completa tradução da cultura popular do Maranhão. Sua condição de celeiro pode ser constatada No barracão do Quinto, na modesta sede dos Fuzileiros, nas ações da Casa Barrica e no complexo cultural Ceprama, implantado na antiga Companhia de Fiação e Tecelagem Cânhamo, um dos símbolos do poderoso complexo de produção têxtil de São Luís e hoje o grande palco das manifestações madrelinas depois das suas ruas.

A futura Lei, se bem assimilada e praticada, pode ser um caminho de importância decisiva para o futuro do espírito cultural da Madre Deus. Isso porque é sabido que numa realidade como a do Maranhão, o braço do Estado é de importância capital para manter vivas as tradições. Mas é fundamental que a sua valorização tenha como suporte um diploma legal que lhe confira status eterno. A Lei imaginada e tornada realidade pelo deputado Roberto Costa alcança essa condição, pois oficializa o espirito cultural da “Grande Madre Deus” como um bem de todos, como o Tambor de Crioula é patrimônio imaterial do Brasil e São Luís é Patrimônio Cultural da Humanidade.

Com a iniciativa, o deputado Roberto Costa sela definitivamente a sua relação com as fortes e ímpares tradições do bairro onde nasceu, cresceu e se tornou político militante, com a incomparável personalidade cultural de São Luís e com as diferenças que dão ao Maranhão uma realidade cultural única.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

José Reinaldo muda o tom e PSDB pode acertar o passo em torno de Roberto Rocha

José Reinaldo muda rota, ouve Sebastião madeira e declara apoio a Roberto Rocha
José Reinaldo muda rota, ouve Sebastião madeira e declara apoio a Roberto Rocha

Se no primeiro momento causaram reação incomodada do ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares, a bombástica declaração, publicada em primeira mão por esta Coluna, com que ex-prefeito de Imperatriz e secretário geral do PSDB do Maranhão Sebastião Madeira colocou em xeque a pré-candidatura dele ao Senado, por conta do apoio ostensivo que vinha dando ao projeto de candidatura do deputado Eduardo Braide (PMN) ao Governo do Estado, alcançou, no segundo momento, o objetivo pretendido pela cúpula estadual do PSDB. Depois de externar a sua irritação, o ex-governador fez uma leitura mais atenta da situação e mudou de ânimo, passando a defender a unidade do partido em torno do candidato oficial do PSDB, senador Roberto Rocha. Com sua larga experiência política, que fez dele o grande protagonista da virada de 2006, quando comandou as forças que derrotaram Roseana Sarney (PMDB) elegendo Jackson Lago (PDT), José Reinaldo parece ter entendido que a realidade agora é outra, bem diferente, e na qual ele é personagem importante e respeitada, mas sem condições de reencarnar o protagonismo que encarnou uma década atrás, quando era governador e tinha poder de fogo para comandar uma mobilização, como de farto aconteceu. Agora, resta-lhe usar o seu prestígio para enfrentar a dificílima guerra por meio da qual pretende encerrar sua carreira como senador da República. Esse redirecionamento político pode salvar as suas relações com a cúpula do PSDB, que o quer como candidato ao Senado, mas engajado no projeto político do partido, que inclui a candidatura de Roberto Rocha ao Governo do Estado e a do ex-governador Geraldo Alckmin a presidente da República.

 

PT faz pressão para emplacar Jardim na vaga de Eliziane ao Senado

Eliziane Gama tem candatura pressionada pelo PT, que quer a vaga de candidato a senador
Eliziane Gama tem candidatura pressionada pelo PT, que quer a vaga de candidato a senador

São cada vez mais fortes os rumores de que o PT está pressionando para ter a segunda vaga de candidato a senador na aliança comandada pelo governador Flávio Dino. O partido estaria fechando questão em torno de Márcio Jardim para ocupar a vaga já entregue à deputada federal Eliziane Gama (PPS). O QG governista nada disse até agora sobre o assunto, mas a sua movimentação até aqui é no sentido de manter a deputada como a candidata do grupo. Eliziane Gama, por seu turno, vem intensificando sua pré-campanha, percorrendo todas as regiões do estado e consolidando seu projeto eleitoral no meio evangélico, onde já conta com o apoio das principais lideranças. Ex-secretário de Esportes, Márcio Jardim é a aposta que o PT faz para emplacar um candidato na chapa majoritária do governador Flávio Dino. Já Eliziane Gama, além de um mandato de deputada federal bem cumprido e lastreado por 140 mil votos em 2014, aparece nas pesquisas com um potencial de peso para entrar na briga pelo Senado. É verdade que a pressão do PT ainda não foi sentida de todo no comando político governista, mas dessa aliança acreditam que essa história ainda vai dar o que falar antes das convenções.

São Luís, 31 de Maio de 2018.

 

José Reinaldo reage a Madeira e alveja Rocha dizendo que ex-prefeito não será “tábua de salvação de tripulante de barco que está afundando”

 

José Reinaldo reage a Madeira e alveja Roberto Rocha
José Reinaldo reage a Madeira e alveja Roberto Rocha

 

Atingido fortemente pelo aviso dado publicamente pelo comando estadual do PSDB no sentido de que ele perderá a vaga de candidato a senador, caso continue a incentivar a candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares reagiu com um comunicado cuja íntegra e a seguinte:

Comunicado

Por compreender que o equilíbrio de todo e qualquer debate público é exercido, com legitimidade, somente na plena vigência da democratização do acesso à informação, utilizo este expediente para fazer esclarecimentos à população maranhense e à classe política em geral.

Desde que me posicionou a favor da candidatura do deputado estadual Eduardo Braide ao Governo do Estado, tenho sido alvo de constantes ataques sob o comando do poderio econômico e político que – em desrespeito ao papel fundamental da imprensa – usam profissionais da comunicação para mandar recados a mim, sem que o meu ponto de vista possa sequer ser manifestado.

É de conhecimento público que sempre fui um político acessível a todos, inteiramente aberto ao diálogo e jamais me furtaria à ocasião de conversar com membros de qualquer partido – ainda mais com quadros relevantes do PSDB, como Sebastião Madeira e Roberto Rocha, partido ao qual estou oficialmente filiado.

Nutro um enorme respeito pelo ex-prefeito e ex-deputado Sebastião Madeira, que neste momento, entre útil e afoito, tem sido desbragadamente usado para atender aos interesses dos mais afetados pela ameaça de uma terceira via nas eleições deste ano.

Aproveito a ocasião para fazer um registro histórico. Quando decidi criar a Frente de Libertação do Maranhão, em 2006, o saudoso Jackson Lago rebelou-se contra a estratégia de lançarmos três candidatos ao Governo. E, no auge da discordância, chegou a me acusar de ser um agente infiltrado de Sarney para implodir a Oposição. O resultado todos conhecem: Lago consagrou-se nas urnas, eleito governador do Maranhão, em uma vitória que entrou para a História.

Conheço Madeira e sei que ele não servirá como tábua de salvação para nenhum tripulante de um barco que está afundando. Que a verdade e o espírito democrático possam se sobrepor às querelas e aos jogos dos que abusam do poder para me intimidar e confundir a população.

Brasília, 29 de Maio de 2018.

No texto, confuso em alguns pontos, o ex-governador José Reinaldo Tavares se diz atacado sob o comando de um tal “poderio econômico e político”, que usa profissionais da comunicação para lhe mandar recados”, sem soltar a menor pista sobre quem está falando. Mas, por outro lado,  deixa muito claro que não pretende rever sua “estratégia” de incentivar a Eduardo Braide, e menos ainda de assumir a linha de frente da candidatura do tucano Roberto Rocha. Afirma que não se furta a conversar com “figuras relevantes” do partido – Roberto Rocha e Sebastião Madeira -, assinalando ser um político “acessível a todos” e que jamais se negaria a conversar com a cúpula partidária, comandada pelo presidente e o secretário geral. Nem poderia, porque é inimaginável, em qualquer circunstância, que o quadro de um partido se furtasse a conversar com o presidente e o secretário geral do partido, que são quem realmente manda de fato no partido.

José Reinaldo centra fogo em Sebastião Madeira, a quem alega conhecer, e que, segundo ele, está sendo “desbragadamente” usado pelos mais afetados com a ameaça de uma terceira via. O ex-governador não cita nomes, mas não deixa dúvidas de que seus disparos são contra Roberto Rocha de quem não gosta, não tolera o fato de tê-lo como chefe partidário e não move uma palha para consolidar a candidatura dele ao Governo do Estado. E isso fica mais claro quando diz que Sebastião Madeira “não servirá de tábua de salvação para nenhum tripulante de um barco que está afundando”.

O problema é que o ex-governador entrou no PSDB imaginando que poderia dar as cartas, mas está se dando conta de que “a força” partidária está com o senador Roberto Rocha e com o ex-prefeito Sebastião Madeira. Finalmente, descobriu que a estratégia de incentivar uma candidatura fora do partido não funcionaria no mundo dos tucanos, menos ainda agora, quando, ao contrário de 2006, quando era governador e tinha poder de fato.

O comunicado não é agressivo, mas é duro e em nada minimiza a situação já criada dentro do PSDB, que segue para as eleições mergulhado numa profunda crise.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Bolsonaro vem aí para confirmar aliança com Maura Jorge

Jair Bolsonaro e Maura Jorge: aliança será confirmada no dia 16 de junho
Jair Bolsonaro e Maura Jorge: aliança será confirmada no dia 16 de junho

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) será o próximo presidenciável a desembarcar em São Luís para cumprir agenda de pré-campanha, cujo item mais destacado, além da sua própria apresentação, será a confirmação da candidatura da ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), que resolveu ignorar definitivamente o pré-candidato do seu partido, senador Álvaro Dias (PR). Jair Bolsonaro desembarcará em São Luís no dia 16 de Junho, para liderar um ato em que confirmará sua candidatura ao Palácio do Planalto, iniciando uma maratona que percorrerá todo o Nordeste. Ponta de lança do seu movimento no Maranhão, Maura Jorge está articulando a vinda a São Luís caravanas de todo o estado para participar do ato de pré-campanha, dando assim o passo inicial para a “capilarização” do candidato da extrema-direita. Apoiadores de Maura Jorge dizem que a manifestação pró-Bolsonaro será “um grande ato”.

 

Cinco presidenciáveis já passaram este ano por São Luís

Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Aldo Rabelo e Álvaro Dias já passaram pelo Maranhão
Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Aldo Rabelo e Álvaro Dias já passaram pelo Maranhão

Jair Bolsonaro será o sexto pré-candidato a presidente da República a visitar o Maranhão em pré-campanha. O primeiro foi justamente o senador Álvaro Dias, que foi recebido por Maura Jorge. Em seguida, esteve em São Luís o candidato do PDT, Ciro Gomes, que esteve com o governador Flávio Dino, no Palácio dos Leões. Depois dele foi a vez do candidato do PSOL, Guilherme Boulos, que foi recepcionado pelo candidato a governador Odívio Neto. Depois dele, veio Geraldo Alckmin (PSDB), que foi recepcionado com grande ato organizado pelo candidato a governador pelo partido, senador Roberto Rocha. Há duas semanas, o presidenciável visitante foi o ex-ministro Aldo Rabelo, candidato do Solidariedade, tendo sido recepcionado pelo ex-secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo, candidato a deputado federal. Com exceção de Geraldo Alckmin, todos tiveram passagem discreta por São Luís, a maioria cumprindo agenda de eventos fechados.

São Luís, 29 de Maio de 2018.

 

Cúpula do PSDB avisa: se José Reinaldo continuar incentivando Eduardo Braide, perderá a vaga de candidato a senador

 

José Reinaldo está avisado por Roberto Rocha por Roberto Rocha e Sebastião Madeira: se i nsistir em Eduardo Braide perde a vaga de candidato a senador
José Reinaldo está avisado por Roberto Rocha por Roberto Rocha e Sebastião Madeira: se insistir em Eduardo Braide perde a vaga de candidato a senador pelo PSDB

A menos que aja um entendimento urgente na cúpula do ninho maranhense, uma crise de largas proporções poderá eclodir no PSDB e resultar na revisão da candidatura do ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares ao Senado. O presidente estadual do partido e candidato a governador, senador Roberto Rocha, e o secretário geral e candidato a deputado federal, Sebastião Madeira, não estão mais escondendo o desconforto com a insistência com que o ex-governador continua fomentando o projeto de candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ao Governo do Estado, criando assim, segundo o entendimento deles, dificuldades para o candidato do partido. Roberto Rocha e Sebastião Madeira já mandaram seguidos recados a José Reinaldo com o objetivo de fazer com que ele “largue Braide de mão” e se envolva com o projeto eleitoral e político do PSDB, mas têm sido surpreendidos pela movimentação do ex-governador no sentido de viabilizar a candidatura do deputado do PMN. Nas conversas reservadas no comando do tucanato maranhense, já se fala até em rever a candidatura de José Reinaldo Tavares e entregar a vaga de candidato a senador por ele ocupada ao deputado federal Waldir Maranhão.

– Nós abrimos as portas e garantimos a entrada do ex-governador José Reinaldo no PSDB quando ele não tinha mais para onde ir. Criamos as condições para ele entrar no PSDB e ser candidato a senador. O que faz ele? Afronta a todos nós com essa história de apoiar também candidatura do deputado Eduardo Braide. Isso não é correto, o PSDB tem um candidato a governador, o senador Roberto Rocha, e é por ele que nós temos que lutar. Quem não quiser abraçar o nosso projeto, não tem problema, pode sair do partido. Mas ninguém vai continuar agindo assim, porque se isso continuar, nós vamos tirar a vaga de candidato e entregar para outro. E não haverá ninguém que mude essa decisão – disse à Coluna Sebastião Madeira, com a autoridade de secretário geral do partido e de ter sido um dos articuladores que possibilitaram a conversão do ex-governdor. Em sintonia com o presidente e candidato a governador Roberto Rocha, Sebastião Madeira avisou: “Ainda há tempo de ele concertar as coisas e evitar um problemas maior para ele mesmo”.

Essa situação começou a se desenhar quando, depois de viver semanas de incertezas, com vários partidos lhe fechando as portas, o ex-governador José Reinaldo desembarcou no PSDB, ganhou a vaga de candidato a senador, mas logo surpreendeu o mundo político ao anunciar sua desconcertante estratégia de apoiar dois candidatos a governador ao mesmo tempo, o do seu partido, Roberto Rocha, e Eduardo Braide, que ainda nem decidiu se será mesmo candidato. Suas declarações causaram fortes reações dentro do PSDB. Diante do mal-estar, José Reinado andou dando algumas declarações apaziguadoras, mas logo em seguida retomou esse movimento, gerando o clima de forte tensão que hoje move o braço maranhense do PSDB.

A julgar pelas pelo que está posto dentro do partido, o comando regional do PSDB não vai mesmo aceitar a movimentação do ex-governador José Reinaldo Tavares. Primeiro porque, mesmo que, após deixar o PSB, onde não havia mais clima para permanecer e já estava quase sendo “convidado” a se retirar, tenha contado com o aval do então governador Geraldo Alckmin (SP) e do senador Tasso Jereissati (CE), o seu futuro no PSDB dependeria do comando local. E é exatamente o que está acontecendo agora: se Roberto Rocha e Sebastião Madeira, que o acolheram no PSDB e têm controle total sobre o partido, decidirem mesmo substituir José Reinaldo por Waldir Maranhão, por exemplo, farão a mudança, e ponto final. Até porque a direção não comprará uma briga com um dos seus senadores e candidato a governador, para manter um ex-governador que, segundo a avaliação da cúpula tucana, está se movimentando na contramão da orientação do partido.

Se essa crise eclodir como está se anunciando, o maior prejudicado será o próprio ex-governador José Reinaldo Tavares, que poderá perder a única possibilidade de disputar o Senado da República.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Caxias: se eleições fossem agora, Dino teria 67% dos votos e Lobão e Weverton venceriam para o Senado

Flávio Dino teria 67% dos votos de Caxias se a eleição fosse hoje; Edison Lobão e Weverton Rocha teriam maioria para o Senado
Flávio Dino teria 67% dos votos de Caxias se a eleição fosse hoje; Edison Lobão e Weverton Rocha teriam maioria para o Senado

Pesquisas para medir as tendências do eleitorado para as eleições de Outubro vão aos poucos desenhando o cenário de possibilidades. E nesse contexto, um levantamento interessante do instituto Datailha apurou que, se eleições fossem agora, a maioria do eleitorado de Caxias, que é o terceiro maior do Maranhão, renovaria o mandato do governador Flávio Dino, que sairia das urnas reeleito em turno único com 67,58% dos votos, contra 29,05% da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), 1,68% de Maura Jorge (Podemos), 0,63% de Roberto Rocha (PSDB), 0,63% de Ricardo Murad (PRP) e 0,43% de Eduardo Braide (PMN).

Ao mesmo tempo em que os caxienses confirmariam o prestígio político e eleitoral do governador Flávio Dino na Princesa do Sertão,  transformariam a corrida ao Senado numa peleja dificílima. O senador Edison Lobão (MDB) seria reeleito com 14% dos votos, mas a segunda vaga seria alvo de uma verdadeira guerra entre os deputados federais Weverton Rocha (PDT), que seria eleito com 10,5%, batendo o deputado federal e ex-ministro Sarney Filho (PV), que teria 10,1%, uma diferença de apenas 0,4%.

A pesquisa do Datailha surpreende pelo desempenho da deputada federal Eliziane Gama (PPS), que teria 6,6%, José Reinaldo (PSDB),4,9%, e pelo rigoroso empate entre o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB) 1,0%, e o ex-secretário Márcio Jardim (PT) 1,0%.

Não surpreende que o senador Edison Lobão leve a melhor numa pesquisas de intenção de voto em Caxias, já que ele tem raízes políticas e eleitorais muito fortes na Princesa do Sertão. Surpreende, sim, o fato de deputado federal Weverton Rocha leve a melhor disputando naquele município com Sarney Filho, Eliziane Gama, José Reinaldo e Alexandre Almeida.

Em Tempo: A pesquisa do Instituto Datailha ouviu 529 eleitores caxienses no período de 17 a 19 de Maio, tem margem de confiança de 95% e está registrada no TSE sob o protocolo Nº 01129/2018.

 

Eliziane Gama sinaliza que vai desarquivar a Refinaria Premium durante a campanha

Eliziane Gama vai tirar o esqueleto da Refinaria Premium do armário durante a campanha eleitoral
Eliziane Gama vai tirar o esqueleto da Refinaria Premium do armário durante a campanha eleitoral deste ano

Numa reunião de pré-campanha ao Senado que realizou ontem em Codó, a deputada federal Eliziane Gama (PPS) tocou num assunto delicado e que certamente será tema insistente no debate entre os candidatos ao Senado: a Refinaria Premium I prometida para o Maranhão em 2010 e que terminou se transformando no maior fiasco da história recente do estado, com a agravante de que o contribuinte viu serem enterrados mais de R$ 1 bilhão numa obra de desmatamento e algumas estruturas de concreto numa área de Bacabeira. O assunto vai render, disso ninguém duvida, porque as marcas do monumental engodo permanecem muito fortes na memória dos maranhenses. Na sua fala em Codó, Eliziane Gama – que participou da CPI da Petrobras – disse o cancelamento da construção da Premium I causou graves ao equilíbrio financeiro do País, uma vez que foram retirados os recursos já investidos por meio de uma nova peça orçamentária. Segundo ela, se no período os senadores tivessem brigado por esse recurso, talvez o Brasil não estivesse vivendo esta crise. “O Brasil com as refinarias do Maranhão e Ceará seria mais independente no refino do petróleo podendo vender combustível mais barato aqui e revender para outros países também”, destacou a pré-candidata ao Senado. Não há, portanto, qualquer dúvida de que os embates sobre o projeto arquivado será forte e intenso.

São Luís, 28 de Maio de 2018.

Com autoridade política, Flávio Dino age para conter crise causada pela greve dos caminhoneiros e diz que Governo Temer é fraco

 

Flávio Dino reúne seus auxiliares para discutir e definir medidas contra os efeitos da greve dos caminhoneiros
Flávio Dino reunido sexta-feira  seus auxiliares para discutir definir medidas contra as efeitos danosos  da greve dos caminhoneiros no Maranhão, a começar por São Luís

“Um dos (fatores causadores da crise dos caminhoneiros) mais relevantes é termos um Governo Federal ilegítimo, sem autoridade, submisso a interesses estrangeiros na gestão da Petrobras. Jogaram o país no caos e a democracia em risco”. O comentário foi feito pelo governador Flávio Dino (PCdoB) ao se posicionar contra a tentativa do Palácio do Planalto de convencer os governadores a abrirem mão do ICMS cobrado sobre os combustíveis para resolver uma crise que o Governo do presidente Michel Temer não está conseguindo resolver. Numa ação política consciente, o chefe do Executivo estadual foi um dos articuladores da reação de um grupo de governadores da região Nordeste que se posicionaram em carta aberta recusando a proposta de mexer no ICMS e acusam o Palácio do Planalto de tentar dividir com os estados a responsabilidade por uma crise que ele criou sozinho.

Flávio Dino poderia cruzar os braços e deixar a crise e suas consequências sob a responsabilidade total de Brasília. Mas agiu com correção política e responsabilidade institucional e fez a sua parte, ajudando a evitar desdobramentos traumáticos. Em meio à crise aguda que apanhou os brasileiros de surpresa e demonstrou com clareza a fragilidade do presidente Michel Temer e sua equipe, o governador do Maranhão assumiu o comando da situação no estado, formou o seu “gabinete de crise” e tomou uma série de providências  para poupar os maranhenses de problemas mais graves. Por sua determinação direta, a Polícia Militar garantiu que já na manhã de sábado caminhões-tanque começassem a abastecer os postos de combustíveis de São Luís, evitando assim o caos do desabastecimento total, garantindo primeiro o transporte de massa e também o funcionamento das linhas de Ferry Boat Também acionou os órgãos de fiscalização e controle do Governo para monitorar preços e levar às barras da Justiça empresários aproveitadores.

Com exceção do governador João Alberto, que enfrentou hostilidade aberta e sistemática do Governo Collor de Mello em 1990, não há na história republicana registro de um governador do Maranhão que tenha se posicionado com tanta coragem e protagonismo como Oposição ao Governo de Brasília como Flávio Dino. A contrário dos seus antecessores, que via de regra se desdobraram para cair e permanecer nas graças do Palácio do Planalto, Flávio Dino tem mantido sua posição reafirmando que Michel Temer é um presidente ilegítimo, por ser, na sua definição, “fruto de um golpe”.

O governador do Maranhão tem clara a medida do seu poder de fogo quando se mantém de pé na contramão de Brasília. Além da autoridade política e da coerência ideológica, Flávio Dino tem no seu arsenal um Governo equilibrado do no campo fiscal, que não gasta mais do que tem e controla suas contas com mão de ferro, atuando rigorosamente dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse equilíbrio fiscal lhe permite pagar – cerca de R$ 200 milhões por mês – o funcionalismo em dia, bancar os programas que instituiu e fazer investimentos com financiamentos só possíveis porque o Governo é adimplente. Tal situação lhe deu prestígio nacional como o maior cumpridor de promessas de campanha entre os atuais governadores. Foi esse equilíbrio que lhe permitiu fixar a terceira menor alíquota de ICMS sobre combustíveis em todo o País, só perdendo para Santa Catarina e São Paulo, o que garante que o Maranhão – a começar por São Luís – seja o estado onde o preço dos combustíveis nas bombas seja o menor em todo o território nacional.

Dentro do seu direito democrático, a Oposição ao seu Governo o ataca com a dureza possível. Mas não consegue encontrar um discurso que vá além de tentar contrariar o óbvio. Causa estranheza, por exemplo, que o suplente de senador Lobão Filho (MDB), um empresário peso pesado e muito bem informado sobre questões tributárias, declare que o governador Flávio Dino foi o que mais aumentou ICMS sobre combustíveis, quando a verdade é rigorosamente o contrário. Somadas ao seu prestígio de bom gestor e de político de posições firmes, essas investidas só contribuem para aumentar seu cacife e embalar sua corrida à reeleição.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Está chegando a hora de Eduardo Braide bater martelo sobre se será ou não candidato ao Governo

Eduardo Braide: hora de decisão
Eduardo Braide: hora de decidir para onde vai

Com a decisão a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) de entrar mesmo na corrida sucessória, o deputado Eduardo Braide (PMN) entra numa posição em que terá de definir em pouco tempo se será ou não candidato a governador. Político inteligente e hábil, Eduardo Braide sabe que a candidatura de Roseana Sarney é um obstáculo enorme ao seu projeto de candidatura. Isso porque, de acordo com todas as pesquisas recentes, ela caminha para ser o adversário natural do governador Flávio Dino, restando-lhe apenas o papel de “contribuir” para levar a decisão para remoto segundo turno. Tem plena consciência de como essa participação pode ser interpretada, independente do desfecho. De uns dias para cá, Eduardo Braide parece ter reduzido a velocidade na corrida para ser candidato a governador, parecendo que está lendo o cenário e as possibilidades com mais cuidado e refletindo seriamente em disputar uma cadeira na Câmara Federal ou a renovação do seu mandato na Assembleia Legislativa, para ajustar com tempo seu projeto de disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.

 

Atos de Waldir Maranhão colocam dúvida as candidaturas de José Reinado e Alexandre Almeida ao Senado

Waldir Maranhão parece decidido a insistir na candidatura ao Senado
Waldir Maranhão parece decidido a insistir na candidatura ao Senado

Alguma coisa não está funcionando bem dentro do ninho dos tucanos maranhenses no que diz respeito à caminhada do deputado federal Waldir Maranhão em direção às urnas. Explica-se: mesmo já tendo o PSDB estadual, com o aval da cúpula do tucanato nacional, batido martelo quanto às candidaturas do deputado federal José Reinaldo Tavares e do deputado estadual Alexandre Almeida ao Senado, Waldir Maranhão, que desembarcou à ultima hora no ninho dos tucanos como candidato à reeleição, está percorrendo o estado se anunciando como pré—candidato a senador. Ou seja, se o partido o admite como pré-candidato a senador é porque a candidatura de José Reinaldo Tavares ou ad e Alexandre Almeida está correndo risco, ou Waldir Maranhão está querendo partir para o confronto interno e fomentar uma crise dentro do partido. Até onde se sabe, Waldir Maranhão não foi convidado para se converter ao tucanismo, entrou no partido à última hora, depois de uma conversa em que ouviu de Roberto Rocha e Sebastião Madeira que seu ingresso só seria possível se ele fosse candidato à reeleição ou a deputado estadual. Ele topou. Agora está mudando o seu discurso os seus planos. A expectativa agora é para o desfecho dessa equação mal armada.

São Luís, 27 de Maio de 2018.

 

Avaliação: deputados federais se mostram surpresos e avalizam o desempenho de Othelino Neto no comando do Legislativo

 

Zé Carlos, Rubens Jr., Juscelino Filho. Weverton Rocha, Cléber Verde, Juliao Amim, Pedro Fernandes e Carlos Brandão aprovam o desempenho de Othelino Neto - na posse com Flávio Dino - no comando da Assembleia Legislativa
Zé Carlos, Rubens Jr., Juscelino Filho. Weverton Rocha, Cléber Verde, Julião Amim, Pedro Fernandes e Carlos Brandão aprovam o desempenho de Othelino Neto – na posse com Flávio Dino –  à frente do Poder Legislativo

O que eram manifestações de entusiasmo e incentivo por conta dos acertos dos primeiros momentos, as avaliações positivas do desempenho do deputado Othelino Neto (PCdoB) na presidência da Assembleia Legislativa (Alema) passaram a ganhar densidade, forte teor de interpretação e um viés mais crítico, inclusive quando feitas por olhares de fora do ambiente que domina o Poder Legislativo estadual. Na sua incursão por Brasília nesta semana, onde cobriu a participação maranhense na 21ª Marcha dos Prefeitos à Brasília, o jornalista Djalma Rodrigues teve a boa e oportuna sacada de ouvir deputados federais maranhenses sobre como estão avaliando o desempenho de um parlamentar da nova geração no comando de uma das instituições mais sensíveis, ativas e complexas entre as que têm o poder de mudar regras, abrigar e administrar conflitos e garantir a estabilidade política e institucional do Estado maranhense. Mesmo levando em conta o fato de que há muita diplomacia, as declarações mostram que os sete deputados federais ouvidos e o vice-governador Carlos Brandão (PRB) estão de fato impressionados com a condução que o presidente Othelino Neto está dando ao Poder Legislativo estadual, principalmente nesse momento pré-eleitoral, quando as diferenças costumam ganhar força e gerar confrontos.

O deputado Zé Carlos da Caixa (PT), conhecido pelo discurso duro, avesso a confetes, revelou que vem observando os fatos de longe, mas percebe que o deputado Othelino Neto “é um político extremamente conciliador, que conduz a Assembleia de forma democrática”, revelando que “seu trabalho repercute também aqui em nossa bancada, pela maneira com que ele conduz o Legislativo do Maranhão”. E concluiu: “Seu trabalho é marcante”. Colega de partido, o deputado Rubens Júnior (PC do B) observa a gestão que começa a se revelar modernizadora por conta de decisões inéditas. “Também ampliou o canal de diálogo com os demais entes, como o governo do Estado, Tribunal de Justiça e com demais segmentos da sociedade”, assinalou, avaliando que o deputado “é um  jovem que já entrou para a galeria dos grandes presidentes da Assembleia Legislativa”.

Integrante da novíssima geração de políticos, mas de viés ideológico muito diferente do que move o presidente da Alema, o deputado Juscelino Filho (DEM) avaliou que Othelino Neto tem mantido a Casa unida, apesar das diferenças que ela abriga. Para ele, o presidente vem dirigindo a Alema “com maestria”, assinalando que “ele tem se mostrado um presidente muito conciliador, e isso é muito importante para o Maranhão”. Weverton Rocha (PDT), um dos destaques da nova geração – tanto é que um forte candidato ao Senado -, exaltou a ação do presidente Othelino Neto, destacando-o como “um político municipalista, que consegue construir uma agenda de diálogo com os prefeitos, o Governo do Estado e a bancada federal”. E o apontou como “um dos protagonistas da construção desse momento político, por se revelar um grande conciliador”.

Um dos mais bem sucedidos e tarimbados membros da bancada federal, Cleber Verde (PRB) avaliou que Othelino Neto “tem feito um trabalho extraordinário, porque, além de colocar em pauta projeto de grande relevância para o Maranhão, vem mantendo uma agenda de conciliação que envolve toda a classe política e a sociedade maranhense”. E fechou a impressão: “É uma grande revelação política do nosso estado”. Do alto da sua experiência de militante partidário e de ação parlamentar, o deputado Julião Amin (PDT) observou que “é tarefa bastante árdua dirigir uma Assembleia Legislativa, mas o deputado Othelino Neto vem surpreendendo, na condução de uma Casa de conflitos”. E foi além: “Ele é uma grande revelação, pautando suas ações pela serenidade, competência e democracia”.

Considerado hoje um dos parlamentares mais experientes do Maranhão, com um histórico de correção e seriedade, Pedro Fernandes (PTB) definiu o deputado Othelino Neto como “um sopro de renovação que está acontecendo na política do Maranhão”. Avaliou: “Ele está fazendo um excelente trabalho, vem se revelando como uma autêntica liderança e a classe política, assim como toda a sociedade, só tem a ganhar”.

O vice-governador Carlos Brandão (PRB) fez uma avaliação mais ampla, primeiro revelando-se surpreso pela performance do presidente Othelino Neto, afirmando: “Ele ganhou experiência ao assumir a presidência Alema nos períodos de afastamento do saudoso Humberto Coutinho. Ao se efetivar, mostrou competência e muito poder de articulação, manteve a parceria institucional com o Governo, o que garante a aprovação de projetos oriundos do Executivo direcionados para o bem-estar do povo e vem se conduzindo de forma irrepreensível, com muita habilidade”.

Não foram avaliações graciosas mescladas com elogios manjados. Há, de fato, no meio político, a começar pelos seus colegas de Casa, uma sensação de surpresa positiva em relação ao desempenho do jovem presidente da Assembleia Legislativa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Felipe Camarão entra na ciranda política e faz desafio civilizado a Roseana Sarney

Felipe Camarão: desafio a Roseana Sarney com um pé na política
Felipe Camarão: desafio a Roseana Sarney com um pé na política

“Que comecem as comparações! Mas, por favor, que sejam em todas as áreas, todos os índices e dimensões. Ah, e que sejam quatro mandatos contra um apenas. Ainda assim, este é melhor! Avante!”.

As declarações, feitas em tom de desafio, não partiram de um deputado nem de um porta-voz governista escalado pela Secretaria de Comunicação e Articulação Política. Elas foram postadas no twitter como um rebate do secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, à ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

O ato-desafio de Felipe Camarão – que já está filiado DEM – reforça a impressão de que ele aos poucos vai mesclando o seu perfil de bom administrador público com o de quem está entrando de cabeça na vida política e vislumbrando um horizonte largo. No meio político, o comentário mais comum que se faz em relação a Felipe Camarão é o de que ele é a primeira opção do governador Flávio Dino (PCdoB) para disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.

Seria interessante que a ex-governadora Roseana Sarney escalasse um porta-voz categorizado e bem informado para encarar o desafio feito com elegância e bom humor pelo secretario estadual de Educação.

 

Estranho: comando estadual do PSL não dá a mínima para candidatura de Bolsonaro

Chico Carvalho e Isaías Pereirinha não estão nem aí para Jair Bolsonaro
Chico Carvalho e Isaías Pereirinha não estão nem aí para Jair Bolsonaro

Algo estranho está acontecendo nas entranhas do PSL maranhense. Até agora, o presidente estadual do partido, vereador Chico Carvalho, nem seu parceiro de agremiação, vereador Isaias Pereirinha, ambos ex-presidentes da Câmara Municipal de São Luís, se manifestaram com clareza em relação ao candidato a presidente da sua legenda partido, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), representante da extrema direita primitiva na corrida presidencial. A bandeira bolsonarista no Maranhão foi inteiramente abraçada pela ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, pré-candidata ao Governo do Estado pelo Podemos. O comando do PSL não se manifestou nem diante da condenação de Maura Jorge e Bolsonaro pela Justiça Eleitoral por conta de propaganda antecipada. Chico Carvalho e Isaías Pereirinha são aliados tradicionais do Grupo Sarney, devendo – tudo indica – declarar apoio à candidatura da ex-governadora Roseana Sarney. Mas tudo indica que não estão inclinados a vestir a camisa do coronel que defende a ditadura militar e faz rasgados elogios a torturadores.

São Luís, 24 de Maio de 2018.

Tema diz à bancada federal que a crise financeira dos municípios só será vencida com o Pacto Federativo

 

Cleomar Tema defende o Pacto Federativo para resolver as finanças municipais
Cleomar Tema fala à bancada federal sobre o Pacto Federativo para salvar municipais

Os mais de cinco mil municípios brasileiros, incluindo todos os 217 maranhenses, enfrentam uma das piores crises financeiras que já se abateram sobre a municipalidade nacional, com consequências diretas sobre serviços básicos – saúde, educação, saneamento e limpeza urbana, entre outros -, e só a materialização do Pacto Federativo será possível construir uma solução que contemple todas as unidades municipais do País. Essa posição foi defendida pelo prefeito de Tuntum e presidente da Federação dos Municípios do Maranhão, Cleomar Tema (PSB), durante reunião com a Bancada Federal, realizada terça-feira em Brasília, durante a 21ª Marcha à Brasília. Apontado hoje como um dos líderes municipalistas mais ativos do País, Cleomar Tema defendeu todas as reivindicações feitas pelos prefeitos e os acordos já firmados com o palácio do Planalto e o Congresso Nacional, como a liberação de mais de R$ 1 bilhão aos municípios – R$ 25 milhões para as Prefeituras do Maranhão -, o aumento de 1% do bolo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a liberação de recursos para uma série de programas negociados entre Municípios e o Governo da União.

Num pronunciamento contundente, o presidente da Famem, reclamou enfaticamente do fato de que os programas federais não conseguem se sustentar, fazendo com que as Prefeituras tenham de entrar com sua contrapartida. E fundamentou sua reclamação com exemplos inquestionáveis e reveladores do sufoco por que passam os Municípios, como é o caso do Programa Nacional de Família (PSF), que acaba se tornando um sufoco para os prefeitos. “O Governo Federal, através do DENASUS, quer que os médicos exerçam uma jornada de 40 horas semanais, com um salário que não passa de R$ 7 mil. Ora, todos sabem que há uma grande carência de médicos no Brasil, e nenhum deles aceita essa jornada com esse minguado salário”, assinalou o presidente da Famem, que é médico e sabe exatamente o que está falando.

Com a experiência de prefeito no quinto mandato e pela terceira vez no exercício da presidência da Famem, Cleomar Tema destacou ainda como exemplo as dificuldades com a merenda escolar, afirmando que os recursos são parcos, e que acabam sendo complementados pelos municípios. Disse ainda que esses são alguns dos problemas que preocupam os gestores municipais. “Estamos atravessando talvez a pior crise econômica das últimas décadas, com elevação diária no preço dos combustíveis, um drama que já afeta milhares de brasileiros,  assim com uma alta taxa de desemprego. E não estamos vislumbrando saída a curto prazo, mas todos os problemas acabam recaindo sobre a cabeça dos prefeitos”, salientou Tema.

As palavras do presidente da Famem foram corroboradas pelo prefeito de Timbiras, Antonio Borba (PSDB), que integrou a comitiva de prefeitos maranhenses que participaram da 21ª Marcha. O chefe municipal timbirense, que também médico, ratificou as palavras de Cleomar Tema, afirmando que a lista de problemas é ainda maior. E com um discurso denso e duro, Antonio Borba reivindicou dos deputados federais maranhenses que apoio para a implantação de um Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Médicos. “Vejamos os profissionais do Direito: todos têm garantias salariais, ao contrário de nós médicos, que trabalhamos até à exaustão, com uma carga de trabalho muito sacrificante. Por conta disso, dou meu total apoio ao seu pronunciamento, presidente Tema”, declarou Borba.

Realizada no auditório Nereu Ramos, da Câmara Federal, a reunião dos líderes municipalistas com os parlamentares foi conduzida pela deputada Luana Costa (PSC), atual coordenadora da bancada maranhense, e contou com as presenças dos deputados Rubens Júnior (PC do B), João Marcelo (MDB), Hildo Rocha (MDB), Julião Amin (PDT), Juscelino Filho (DEM), Kleber Verde (PRB),  José Carlos (PT),  José Reinaldo (PSDB), Pedro Fernandes (PTB), Aluísio Mendes (Podemos), além do vice-governador Carlos Brandão (PRB) e os deputados estaduais Rafael Leitoa (PDT) e Vinícius Louro (PR). Eles prometeram atuar para que o Pacto Federativo seja viabilizado, pelo menos em parte ainda nesta legislatura, o que, se de fato conseguirem, será um ganho excepcional.

Em Tempo: Pacto Federativo é o tema de um dos grandes debates políticos em curso no País, por meio do qual governadores e prefeitos tentam rever a distribuição dos recursos arrecadados pela União. Atualmente, de tudo o que o Fisco da União arrecada, 24% vão para os Estados na forma de FPE, e 18% vão para os Municípios na forma de FPM. Governadores e prefeitos consideram essa distribuição injusta, uma vez que a União fica com 58% do bolo, não assume responsabilidades básicas e gasta esses recursos como bem entende. O que se chapa de Pacto Federativo é exatamente a redistribuição desses recursos e, com ela, também a redefinição das responsabilidades. Uma proposta está em tramitação no Congresso Nacional. Prefeitos e governadores querem rediscutir essa fórmula, por consideram que as unidades da Federação estão sendo prejudicadas. O chamado Pacto Federativo defendido pelo presidente da Famem, Cleomar Tema, seria a solução para o problema.

PONTO & CONTRAPONTO

Candidatos do Grupo Sarney definem nomes para as vagas de candidatos a suplente

Sarney Filho terá como candidatos a suplentes João Manoel Souza e Clóvis Fecury
Sarney Filho já tem candidatos suplentes: João Manoel Souza e Clóvis Fecury

Em pelo menos um ponto a chapa majoritária do Grupo Sarney tem até aqui situação mais definida do que a da aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB): a escolha dos candidatos a suplente de senador. Os companheiros de chapa de Sarney Filho são o atual engenheiro e empresário Clóvis Fecury (MDB) e o administrador, professor universitário e pastor evangélico João Manoel Souza (MDB). Já o senador Edison Lobão (MDB) manterá o empresário Lobão Filho (MDB) na primeira vaga de suplente, devendo escolher nos próximos dias o candidato à segunda vaga, já que o atual ocupante, Pastor Bel (PSDC), embalado pela fumaça bolsonariana decidiu embarcar na chapa que tem a ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), como candidata ao Governo do Estado. No campo dinista, os candidatos senatoriais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ainda não definiram seus suplentes, devendo fazê-lo em no máximo duas semanas, mas as quatro vagas geradas pelos dois candidatos estão sendo disputadas por DEM, PT, PP e PTB, partidos de proa da aliança governista. O mesmo acontece com os candidatos  tucanos José Reinaldo Tavares e Alexandre Almeida, salvo pelo fato de que o ex-governador teria convidado o político caxiense Catulé Júnior (PSDB) para uma das vagas de suplente na sua chapa.

 

Assis Ramos tem o desafio de alavancar candidatura de Roseana Sarney em Imperatriz

Assis Ramos: desafio de alavancar candidatura de Roseana Sarney em Imperatriz
Assis Ramos: desafio de alavancar  Roseana Sarney em Imperatriz

O prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (MDB), participou, segunda-feira, do ato em que a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) confirmou sua candidatura ao Governo do Estado pela quinta vez, voltar para a Princesa do Tocantins com missão árdua e complexa: entrar em campo para tentar reverter a posição tímida em que ela se encontra na preferência do eleitorado. Delegado de polícia que venceu a eleição de prefeito na esteira de uma série de erros, tropeços e escorregões sofridos por seus  concorrentes, Assis Ramos vem fazendo uma gestão elogiada por aliados e criticada por adversários, mas com a vantagem de que até aqui vem trilhando uma rota de correção administrativa, não registrando nenhum caso que venha a manchar sua ficha. O problema é que, segundo observadores experientes da região, a população de Imperatriz tende claramente a embalar a candidatura do governador Flávio Dino à reeleição não parece inclinada a associar Assis Ramos a Roseana Sarney, preferindo vê-lo mais como gestor que vem fazendo o dever de casa do que como ponta de lança da candidatura da ex-governadora na Região Tocantina.

São Luís, 23 de Maio de 2018.

Roseana Sarney só confirmou candidatura depois que Michel Temer desistiu e decidiu apoiar Henrique Meirelles

 

Roseana Sarney recebeu sinal verde de José Sarney depois que Michel temer desistiu e lançou Henrique Meirelles
Roseana Sarney recebeu sinal verde de José Sarney depois que Michel temer desistiu e lançou Henrique Meirelles

O lançamento, ontem, da candidatura do ex-banqueiro e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à presidência da República pelo MDB, em ato do partido comandado presidente Michel Temer, que arquivou o seu projeto de tentar a reeleição, explica a decisão da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) de confirmar sua candidatura ao Palácio dos Leões, em ato político realizado segunda-feira. A decisão da ex-governadora foi tomada depois que seu pai, o ex-presidente José Sarney (MDB), obteve a certeza de que o ex-ministro da Fazenda, e não o atual presidente, seria o nome escolhido pelo partido. Mas, se por um lado a candidatura de Henrique Meirelles pode injetar ânimo no projeto de Roseana Sarney, por outro pode criar-lhe um baita problema, já que o candidato do PSDB, senador Roberto Rocha, passará de concorrente amistoso a adversário duro, pois o presidenciável tucano Geraldo Alckmin certamente irá para o confronto aberto com o candidato pemedebista, o que certamente induzirá Roberto Rocha a endurecer o jogo com Roseana Sarney.

A ex-governadora já sabia, no final da semana passada, que o presidente Michel Temer desistiria de disputar a reeleição e que a cúpula do MDB apoiaria o projeto presidencial de Henrique Meirelles. E a explicação é simples: um dos principais conselheiros políticos do presidente Michel Temer, o ex-presidente José Sarney, ao ter certeza de que o chefe da Nação se curvaria à realidade e arquivaria o seu projeto eleitoral sem futuro, e já informado de que o ex-ministro da Fazenda seria lançado candidato, deu sinal verde para que a ex-governadora colocasse ponto final no clima de incerteza que vinha angustiando o Grupo Sarney. Foi liberada pela senha emitida pelo pai que Roseana Sarney iniciou, já quinta-feira da semana passada, uma maratona de reuniões com caciques do Grupo, numa operação que culminou com o anúncio feito na manhã do dia 21 em ato partidário realizado na mansão do Calhau.

Nas conversas que manteve com o presidente Michel Temer e com o agora presidenciável Henrique Meirelles, o ex-presidente José Sarney certamente incluiu a candidatura de Roseana Sarney no grande projeto eleitoral do MDB. Mesmo tendo-o como um trunfo para ser usado dependendo das circunstâncias, José Sarney não simpatizava nem um pouco com a ideia de ver a ex-governadora dependendo do apoio do tucano Geraldo Alckmin, que nunca nutriu um naco de simpatia pela família Sarney. Defensor de uma candidatura própria do MDB desde que Lula da Silva caiu em desgraça, levando junto qualquer possibilidade de reconstruir a relação PT/MDB, José Sarney trabalhou na surdina para viabilizar Henrique Meirelles dentro do partido, principalmente depois que ele, ainda ministro da Fazenda, reagiu fulminante a uma proposta de aliança com os tucanos na qual seria o vice de Geraldo Alckmin. Sem um nome ficha limpa, descente e respeitado entre seus caciques para apresentar à Nação, nem tendo condições de continuar como cerca de encosto do PSDB, o MDB não teve como fugir da candidatura de Henrique Meirelles – ex-banqueiro com fortes ligações com o grande capital internacional, ex-deputado federal e agora ex-ministro da Fazenda com a aureola de quem domou a crise e, dizem, com a ficha limpa.

Ao entrar na corrida pelo Palácio dos Leões no esquema da candidatura do ex-ministro da Fazenda, Roseana Sarney, que já tem sobre a mesa o gigantesco e quase inviável desafio de reverter uma rejeição elevada para tentar alcançar o governador Flávio Dino (PCdoB), aumenta o seu fardo de dificuldades com mais um desafio enorme: levar o nome de Henrique Meirelles aos mais diferentes rincões maranhenses, onde certamente quase ninguém sabe da existência dele. A fórmula é mais ou menos a que levou Fernando Henrique Cardoso: era senador, tornou-se ministro da Fazenda do Governo do presidente Itamar Franco (PMDB), fez o Plano Real, colocou as finanças do Governo nos eixos, domou a inflação e acabou eleito presidente. A diferença é que Michel Temer não é Itamar Franco nem Henrique Meirelles é Fernando Henrique.

Não será surpresa se, ao invés de um candidato cm cacife para somar e embalar a candidatura da emedebista no Maranhão a candidatura de Henrique Meirelles passe a ser um fardo um fardo a mais sobre as costas da ex-governadora.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Guerra eleitoral desembarca na Assembleia Legislativa: governistas e oposicionistas fazem debate duro, mas republicano

Edilázio Jr., Marco Aurélio, Max Barros, Bira do Pindaré e César Pires: debate de bom nível
Edilázio Jr., Marco Aurélio, Max Barros, Bira do Pindaré e César Pires: debate de bom nível sobre realizações de Governos

Como estava previsto, a guerra pelo Governo do Estado desembarcou de vez na Assembleia Legislativa. O desembarque se deu ontem, 24 horas depois que a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) confirmou sua candidatura e se deu na forma de um denso, amplo e tenso embate verbal entre os deputados oposicionistas Edilázio Jr. (PSD), Max Barros (PMB) e César Pires (PV) e os governistas Marco Aurélio (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB). Foi um embate duro, mas de bom nível, como há tempos não ocorria no Plenário Gervásio Santos, com uma discussão sobre a importância e a qualidade da obra dos quase 14 anos de Governo de Roseana Sarney e os três anos e meio da gestão do governador Flávio Dino (PCdoB).

A largada do debate foi dada por Edilázio Jr., que foi à tribuna comentar a confirmação da candidatura de Roseana Sarney, dizendo que ela é “o pesadelo do Governo”, acusando forças governistas de criar a versão de que a ex-governadora não seria candidata, comparou o Governo do PCdoB “com o de Maduro na Venezuela”, disse que as pesquisas que apontam a liderança do governador na corrida eleitoral “são falsas”, repetiu o bordão de que o governador pé “perseguidor” e disse estar convencido de que a emedebistas vencerá a eleição.

Ato contínuo, o deputado governista Marco Aurélio reagiu criticando o lançamento “tardio” da candidatura e “o palanque desfalcado de grandes lideranças” em que se deu.  No rebate a Edilázio Jr., Marco Aurélio: “De repente querem encontrar uma inspiração, reinventar e numa atitude pessoal dizer que vão para cima. O povo não quer mais esse projeto”. E acrescentou: “Qual foi o legado de Roseana Sarney na segurança? Cabeças rolando na penitenciária, cabeças rolando, o caos, ônibus sendo incendiados, a falta de controle, este foi o legado”.

Diante da reação do governista Marco Aurélio, o governista Max Barros entrou na ciranda com um discurso equilibrado no qual saudou a confirmação da candidatura da ex-governadora:  “Eu quero saudar o lançamento da candidatura da ex-governadora Roseana Sarney para as próximas eleições. Eu acho que é um fato importante na política maranhense e é um fato louvável e saudável”.  E defendeu as obras de Roseana Sarney centrando críticas ao atual Governo com um debate  sobre o que é e o que não é “obra estruturante”, elevando mais ainda o nível do embate:  “Obra estruturante é que abrange uma região, abrange o estado todo, e infelizmente não há, de fato não há. Duas obras que eu considero estruturantes: a Ponte do Pericumã, que realmente foi iniciada pelo Governador Flávio Dino, tem quatro anos e não está nem na metade da ponte”.

O governista Bira do Pindaré entrou no debate fazendo uma bem armada contestação às declarações de Max Barros. Começou declarando: Não tem candidatura melhor para enfrentar nesse momento do que a dela, para que a gente possa realmente fazer essa comparação do que era o Governo na sua gestão, nos seus quatro mandatos. Não foram quatro anos; foram quatro mandatos. E os três anos e meio do Governador Flávio Dino, em todas as áreas, nós vamos ter a oportunidade de comparar em todas as áreas: educação, segurança, saúde, infraestrutura, etc., tudo. No seu discurso, Bira do Pindaré argumentou que o conceito de obra estruturante vai muito além da obra civil, como ponte, estrada, etc. Para ele, implantação escolas de tempo integral e escolas técnicas como os Iemas e as escolas básicas como a Escola Digna, assim como a construção e aparelhamento de hospitais regionais são obras estruturantes, por que abrem caminho para uma nova realidade.

O deputado César Pires colocou mais ânimo no debate ao fazer rasgados elogios aos Governos de Roseana Sarney e em seguida centrar o seu longo e empolgado discurso no campo da educação fazendo criticas seguidas à polpitica educacional do atual Governo: “Reforma de escola é mediocridade de discussão como reforma. Não tem como se pensar outra forma. Os indicadores do ENEM são testemunho vivo”. E no final defendeu o debate no nível em que ele estava se dando ontem.

O embate entre governistas e oposicionistas poderia ter prosseguido, mas um estremecimento entre os deputados Edilázio Jr. e Bira do Pindaré, que trocaram insultos mesmo fora da tribuna, obrigou o presidente da sessão, deputado Zé Inácio (PT) a encerrar os trabalhos, deixando no ar a impressão de que o confronto verbal estava apenas começando, conforme previu o deputado Bira do Pindaré.

 

Edilázio Jr. e Bira do Pindaré saem da rota e quase vão às vias de fato

Edilázio Jr. e Bira do Pindaré; debate deslizou para o campo pessoal
Edilázio Jr. e Bira do Pindaré; debate deslizou para o campo pessoal

O debate duro, mas republicano e civilizado, quase foi ofuscado pelo clima de tensão criado num embate pessoal travado pelos deputados Edilázio Jr. e Bira do Pindaré. Ao criticar a ação polpitica e parlamentar do Governo, Edilázio Jr. decidiu estocar o deputado Bira do Pindaré: “Deputado Bira. Tenho certeza de que V. Ex.ª, na hora que coloca a sua consciência, deita no travesseiro e pensa quem foi o Bira do Pindaré combativo ontem e o Bira do Pindaré hoje. O Bira do Pindaré ontem que levantava a mão da esquerda e o Bira do Pindaré que covardemente não vem aqui votar e os seus colegas governistas ficam dizendo: É, deputado, está vendo aí, Bira não veio. Bira não apareceu, não quer ter desgaste”.

Em seguida, Bira do Pindaré voltou à tribuna e contra-atacou: “Quero dizer ao deputado Edilázio que eu vou ignorar as palavras ofensivas dele contra minha pessoa, porque não merece resposta, não tem moral para falar da minha pessoa. É o sujeito que a gente sabe os métodos que usa para conseguir os mandatos que tem. A gente sabe. Todo mundo sabe. Aí quer ter moral para me questionar aqui nessa tribuna? Ah pelo amor de Deus! Não tem moral”.

Edilázio Jr. pediu-lhe um aparte, mas Bira do Pindaré negou-lhe argumentando que outras vezes lhe pediu aparte não foi atendido, daí ter decidido não mais lhe conceder aparte. Edilázio Jr. o chamou de “descortês” e “mal-educado”. Quando Bira do Pindaré encerrou sua fala, Edilázio Jr. tentou falar, mas não estava inscrito. E para evitar um confronto, o deputado Zé Inácio encerrou a sessão. Edilázio Jr. começou a dirigir palavras duras para Bira do Pindaré, que reagiu no mesmo tom e partiu em sua direção, o que levou os seguranças a fazer barreira entre os dois. Houve xingamentos de parte a parte. Edilázio Jr. disse que Bira do Pindaré se safou de ser acusado pelo TCU porque foi protegido. Bira do Pindaré reagiu: “Todo  mundo aqui sabe que tú só se elege com a caneta da juíza”.

São Luís, 22 de Maio de 2018.

Roseana Sarney confirma candidatura, ataca Flávio Dino e diz que vai “para cima”

 

Entre Sarney Filho e Edison Lobão, Roseana Sarney anuncia sua candidatura a partidários na mansão do Calhau
Entre Sarney Filho e Edison Lobão, candidatos ao Senado, Roseana Sarney anuncia sua candidatura ao Governo do Estado a partidários na mansão do Calhau

Com um discurso em que prometeu “mostrar quem é a trabalhadora, guerreira, que gosta do povo”, e atacou a competência e a honestidade do governador Flávio Dino (PCdoB), afirmando que “isso não existe”, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) confirmou ontem sua candidatura ao Governo do Estado. O anúncio foi feito em ato que reuniu, na mansão do Calhau, o senador Edison Lobão (MDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) – ambos candidatos ao Senado -, o senador João Alberto – presidente regional do PMDB –, dois deputados federais, três deputados estaduais, cerca de uma dezena de prefeitos e militantes do Grupo Sarney na Ilha de Upaon Açu. Roseana Sarney deixou no ar que está motivada por uma pesquisa – cujos números não revelou -, na qual estaria “muito bem” e que o governador Flávio Dino “tem uma rejeição muito grande”, apostando assim que a corrida ao Palácio dos Leões pode dois turnos.

O anúncio de ontem foi o desfecho de uma operação dentro do Grupo Sarney, iniciada na semana passada, para pressioná-la a assumir a candidatura, já que, segundo algumas fontes, a ex-governadora relutava. O argumento mais forte foi o de que não existe no Grupo outro nome com cacife para entrar na disputa, não lhe restando alternativa, já que um candidato fraco comprometeria o projeto do Grupo de eleger pelo menos um senador. Roseana Sarney fez uma série de consultas, inclusive ao comando nacional do PMDB e ao presidente Michel Temer, e diante de apelos e ponderações que ouviu, decidiu entrar na disputa, mesmo sabendo que enfrentará um quadro que, se não chega a ser-lhe hostil, não lhe é francamente favorável. Todas as pesquisas feitas até agora mostraram um cenário em que o governador Flávio Dino lidera com folga a preferência do eleitorado, sendo que a mais recente, do Data Ilha, publicada na semana passada, mostra o chefe do Executivo com 60% das preferências do eleitorado e ela com 27%, indicando uma tendência no sentido de que a fatura pode ser liquidada em turno único.

Roseana Sarney sabe que nas circunstâncias políticas em que o Grupo Sarney navega atualmente pesam muito as fendas de um implacável desgaste, causado primeiro pelo tempo, e depois pelo seu longo período (quase 14 anos) no comando do Estado, e que isso somado à renovação do eleitorado e à chegada de uma espécie de nova ordem política no Maranhão, ganha a forma de um gigantesco obstáculo ao seu projeto de voltar ao poder. A tímida base política que se apresentou ontem na simbólica residência do Calhau nem de longe lembrou os tempos áureos da sua força política, quando anúncios dessa importância eram feitos ginásio ou casas de festa, respaldado por legiões de prefeitos e vereadores, por metade da Assembleia Legislativa e por, pelo menos, dois terços da bancada federal. As acachapantes derrotas sofridas pelo Grupo Sarney nas eleições gerais de 2014 e nas eleições municipais de 2016 foram evidências indiscutíveis de que o Maranhão político é outro, bem diferente daquele que a elegeu em 2010 em turno único, tendo um Flávio Dino ainda verde e um Jackson Lago (PDT) extremamente fragilizado pela ação devastadora de um câncer.

Esse conjunto de fatores não significa dizer que Roseana Sarney esteja fora do cenário político. Ela tem mais de o dobro das intenções de voto do deputado e (im)provável candidato Eduardo Braide (PMN), do senador Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (Podemos) e Ricardo Murad (PMN) juntos, e está posicionada como o principal adversário do governador Flávio Dino. O problema é que, ao contrário de 2010, quando estava no cargo e teve o apoio declarado e ostensivo do então presidente Lula da Silva (PT) e da candidata a presidente Dilma Rousseff, agora ela está fora do cargo e tem com o apoiador por Michel Temer (MDB), o presidente mais impopular da história até aqui. No estado, o seu maior ponto de apoio é o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (MDB), que não tem ainda cacife para transferir prestígio e voto. E para superar esse quadro visivelmente desfavorável, ela anuncia que percorrerá todo o Maranhão em campanha: “Vocês sabem que quando eu começo uma campanha eleitoral, eu vou pra cima”.

A largada de Roseana Sarney em direção ao Palácio dos Leões parece não ter causado qualquer alteração no ânimo do governador Flávio Dino e os integrantes do seu núcleo duro. E curiosamente, só mesmo tempo em que partidários da ex-governadora festejam sua decisão, partidários do governador avaliam que ela “é o melhor adversário”.

 

 PONTO & CONTRAPONTO

João Alberto desfaz rumores de tensão com Roseana Sarney

João Alberto nega tensão com Roseana Sarney pelo controle do MDB
João Alberto nega tensão com Roseana Sarney pelo controle do MDB

Ao mesmo tempo em que estava na mansão do Calhau participando, na linha de frente, do ato em que Roseana Sarney confirmava sua candidatura ao Governo do Estado, o senador João Alberto era alvo da seguinte informação: Roseana Sarney teria tentado afastá-lo da presidência do MDB. Procurado pela Coluna para esclarecer o assunto, o senador reagiu com surpresa à notícia, afirmando em seguida que nada disso acontecera e que não há qualquer problema na sua relação com a ex-governadora. “Muito pelo contrário, participei hoje do lançamento da candidatura dele, que tem meu apoio total”, declarou João Alberto, para acrescentar: “A eleição para a escolha da nova direção do partido será em agosto, e se ela quiser a presidência do partido, não qualquer problema, eu passo para ela”. João Alberto disse também que o partido está animado com a decisão da ex-governadora de se candidatar ao Governo, avaliando que os candidatos da coligação “vão crescer” durante a campanha.

 

Mobilizados pela Famem, prefeitos maranhenses vão à Brasília pressionar por melhorias

Cleomar Tema: mobilizando prefeitos para mocimento em Brasília
Cleomar Tema: mobilizando prefeitos para ação municipalista em Brasília

Pelo menos 50 prefeitos maranhenses desembarcaram ontem em Brasília. Mobilizados pela Federação de Municípios do Maranhão (Famem), comandada pelo seu presidente, o prefeito de Tuntum Cleomar Tema, cerca de 60 prefeitos maranhenses desembarcaram ontem em Brasília ontem, para participar, a partir de hoje, da XXIª Marcha à Brasília em defesa dos Municípios, que neste ano defenderá o tema “Compromissos com o Brasil” e cujo ponto alto será um ciclo de debates com os candidatos a presidente da República Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Manuela D`Ávila (PCdoB) e Henrique Meirelles (MDB). Um dos líderes municipalistas mais ativos do País na atualidade, o presidente da Famem defende a participação do maior número possível de prefeitos maranhenses na XXIª Marcha à Brasília, justificando que esses movimentos na Capital da República são de grande importância para que eles sejam devidamente informados a respeito de tudo o que diz  respeito aos Municípios no âmbito do Governo Federal. Nesse encontro, por exemplo, serão discutidos assuntos de importância decisiva para o futuro dos municípios, como os critérios para a divisão do bolo bilionário formado pelos royalties do petróleo, e o pagamento dos créditos do ISS e o aumento de 1% no bolo formado pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O presidente Michel Temer participará da abertura.

São Luís, 21 de Maio de 2018.

 

Convencida pelo MDB, Roseana Sarney sinaliza candidatura e define o grupo básico de candidatos ao Palácio dos Leões

 

Flávio Dino, Roseana Sarney, Roberto Rocha e Odívio Neto formam oporimeiro time de candidatos, com Eduardo Braide, Maura Jorge, Ricardo Murad e Cláudia Durans fazem o grupo dos indefinidos
Flávio Dino, Roseana Sarney, Roberto Rocha e Odívio Neto formam o time de candidatos, com Eduardo Braide, Maura Jorge, Ricardo Murad e Cláudia Durans fazem o grupo dos indefinidos

Todos os movimentos, sinais e evidências registrados na semana passada indicam que a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) bateu martelo e será mesmo candidata ao Governo do Estado. A se confirmar como fato irreversível, essa decisão dá a composição básica – mas ainda parcial – ao quadro de candidatos, abrindo caminho para a largada de fato na corrida ao Palácio dos Leões: o governador Flávio Dino (PCdoB) como candidato à reeleição, tendo como adversários Roseana Sarney, o senador Roberto Rocha (PSDB) e o professor universitário Odívio Neto (PSOL), permanecendo o deputado Eduardo Braide (PMN), a ex-prefeita Maura Jorge (Podemos), o ex-deputado Ricardo Murad (PRP) e a professora universitária Cláudia Durans (PSTU) como expectativas a serem confirmadas ou rifadas nas próximas semanas. Roseana Sarney ainda não declarou formalmente que vai participar da corrida eleitoral, deve fazê-lo ao longo dessa semana, após concluir o leque de consultas que vem fazendo desde que retornou dos Estados Unidos, com passagem por Brasília, segundo fontes a ela ligadas.

Com a definição, o Grupo Sarney parece ter superados diferenças internas, levando a ex-governadora a uma realidade nua e crua: ela é o único quadro com lastro para entrar nessa guerra para disputar. Qualquer outro nome dessa corrente entraria apenas para figurar. É essa a explicação para as fortes pressões a que foi submetida por aliados. A fórmula de trocar de posição com o deputado federal Sarney Filho (PV) foi recusada de pronto. Outras combinações foram avaliadas – como a candidatura do senador João Alberto (MDB), por exemplo – não prosperaram por falta de interesse.

A representante do MDB entra na disputa pelo Governo do Maranhão com um cacife de 27% das intenções de voto num cenário em que o governador Flávio Dino aparece com 60%, com perspectiva de liquidar a fatura logo no primeiro turno, segundo pesquisa recente do Data Ilha. Para ela, que em sua trajetória eleitoral experimentou altos – quando teve o controle sobre a máquina pública – e baixos – quando não tinha esse controle -, entra na corrida para as eleições de Outubro numa situação absolutamente adversa: sem o suporte do Governo estadual num cenário em que seu principal aliado é o presidente Michel Temer (MDB) mergulhado no mais completo descrédito diante da Opinião Pública. Nesse mesmo ambiente, representará um partido poderoso, é verdade, mas duramente castigado pelo descrédito provocado pelas demolidoras denúncias de corrupção que atingem os seus principais líderes, a começar pelo próprio presidente da República. Roseana irá às urnas, portanto, consciente de que o cenário, agravado por uma forte rejeição, lhe é desfavorável e que seu desafio é revertê-lo numa medição de força com um governador bem avaliado pela maioria e política e eleitoralmente forte.

Isso não significa dizer que Roseana Sarney entra na briga como uma candidata fadada apenas a compor o quadro. Seus desafios são gigantescos e vistos por muitos como insuperáveis, mesmo considerando toda a imprevisibilidade de uma guerra eleitoral. Mas em qualquer disputa majoritária, um candidato que entra com 27% tem de ser levado em conta, principalmente num processo em que pode haver um segundo turno se o mais votado não alcançar metade mais um dos votos. Se não mostra poder de fogo do favoritismo, sua candidatura pode ser um instrumento para dificultar o desfecho indicado pelas pesquisas. Sua campanha, enfim, terá de ser embalada por uma estratégia de risco elevado e sucesso improvável.

Na sua condição de favorito, lastreado numa gestão de resultados indiscutíveis e numa posição política que se reflete até no cenário nacional, o governador Flávio Dino prepara uma campanha politicamente forte, decidido que está a dar continuidade ao seu projeto de Governo e de poder. Roberto Rocha e Eduardo Braide querem ser governador, claro, mas pretendem mesmo é adubar terreno para embates futuros – Prefeitura de São Luís em 2020 e Governo do Estado em 2022. Mas eleição é eleição e tudo pode acontecer no decorrer de uma campanha eleitoral, sendo o mais comum e lógico dos desfechos a vitória do favorito, principalmente quando se trata de candidato do quilate do atual governador do Maranhão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Edivaldo Jr. “doma” problemas de São Luís, avança na gestão e monta cacife para 2022

Edivaldo Jr.:caminhando embalado pela vizinhança do Palácio dos Leões
Edivaldo Jr.:caminhando embalado pela boa vizinhança do Palácio dos Leões

Quando foi eleito prefeito de São Luís em 2012, na esteira de dois mandatos de vereador da Capital e “meio” de deputado federal, Edivaldo Holanda Jr. (PDT) foi por muitos apontados como excessivamente tímido e sem pulso nem preparo para encarar e resolver os imensos e desafiadores problemas da maior e mais importante cidade do Maranhão, que para aumentar ainda mais o desafio, carrega o título de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. Passados cinco anos, entremeados por uma reeleição com disputa animada mas de pouco risco, o prefeito de São Luís entra numa fase de prosperidade administrativa, mesmo enfrentando problemas graves e administrando as ciladas da crise. A São Luís de hoje passa a todos a certeza de que tem um Governo  sério e obstinado, com ações que vão do centro à periferia, contemplando as diferentes comunidade com programas arrojados. Um exemplo é a área de Educação, que recebeu numa condição de caos absoluto, com escolas fechadas, mas que, cinco períodos letivos depois, vive uma situação radicalmente melhorada, com reformas, climatização, fardamento e merenda escolar equilibrada e programas educacionais modernos, enfim, uma realidade muito diferente do quadro dramático registrado em fevereiro de 2013. Outro exemplo são as obras de modernização urbanas da Capital, com diversas intervenções, como a nova pracinha da Beira-Mar e o gigantesco canteiro que onde está sendo realizada a restauração da Praça Deodoro, para citar apenas um dado. A Prefeitura de São Luís tem hoje uma situação financeira absolutamente sob controle, sem qualquer folga, mas controlada o suficiente para manter em dia os salários dos servidores, as dessas e custeio e os investimentos possíveis. E com um dado excepcional em se tratando de Maranhão: a parceria rica e produtiva da Prefeitura de São Luís com o Governo do Estado, avalizada integralmente pelo governador Flávio Dino. Com essa gestão respeitável – na qual, vale registrar, não se ouve falar de bandalheira nem da ação danosa de eminências pardas -, o prefeito Edivaldo Jr. vai construindo um cacife para prosseguir de cabeça erguida no cenário político do Maranhão, com  espaço garantido no elenco de nomes que com certeza serão avaliados pelo eleitorado para comandar o Estado a partir de 2023.

 

Roberto Rocha e Roseana Sarney podem afinar discurso em a favor de Geraldo Alckmin

Geraldo Alckmin pode sair beneficiado com o apoio de Roberto Rocha e Roseana Sarney
Geraldo Alckmin pode ser apoiado por de Roberto Rocha e Roseana Sarney

O que eram mera especulação caminha para se tornar um fato concreto: os candidatos do PSDB, senador Roberto Rocha, e MDB, Roseana Sarney deverão traçar uma estratégia comum de campanha visando incensar candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin no Maranhão. Roseana Sarney já estaria certa de que o MDB deve mesmo se coligar com os tucanos, devendo indicar o candidato a vice. Isso não significa dizer que PSDB e MDB abram mão dos seus candidatos a governador, recomendando apenas que os dois se esforcem para “vender” o candidato tucano nos mais diferentes rincões do estado. Há quem diga, no entanto, que essa “aliança” em torno do candidato presidencial amenizará o discurso de ambos, embora o senador Roberto Rocha tenha recentemente declarado que fará “de tudo” para atropelar os planos de Roseana Sarney de chegar ao segundo turno. Há quem diga que até o final de Maio esse item será discutido e amarrado por tucanos e emedebistas.

São Luís, 20 de Maio de 2018.