Arquivos mensais: janeiro 2021

Assembleia retoma atividades sob pressão da pandemia e com deputados movidos pelo desafio da reeleição

 

Othelino Neto comandando sessão usando máscara, em sessão remota e e plenário que abriga tensões

Ainda sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, mas sem a agitação que costuma marcar eleições para o comando da Casa, uma vez que a Mesa Diretora que assumirá foi eleita no ano passado, numa bem-sucedida articulação que culminou com a reeleição do presidente Othelino Neto (PCdoB), a Assembleia Legislativa retoma seus trabalhos nesta Segunda-Feira (1º). Depois de terem fechado a primeira metade do atual mandato com a guerra política que sacudiu suas bases nas eleições municipais, os deputados estaduais vão para os dois últimos anos movidos agora pelo mais duro e complicado de todos os seus desafios: a reeleição. Até a corrida às urnas decorrerão 20 meses, ou seja, 600 dias, durante os quais o parlamento estadual vai funcionar sob pressão crescente, que em muitos momentos eclodirá nos embates que via de regra acontecem como reflexo da luta antecipada pelo voto. Traquejado nesse jogo, o presidente Othelino Neto terá de usar toda a sua habilidade para reduzir ao máximo os danos políticos dos conflitos entre deputados que certamente ocorrerão no plenário e fora dele.

A Assembleia Legislativa entrará no terceiro período da atual legislatura em clima de contagem regressiva. Isso porque, daqui a menos de 14 meses, o governador Flávio Dino (PCdoB) deve encerrar seu Governo desincompatibilizando-se para, tudo indica, disputar uma cadeira no Senado da República. Pelo que está programado, pelo menos até aqui, o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) assumirá o Governo e o comando da máquina pública, devendo causar uma mudança, se não exatamente radical, muito expressiva no cenário político, a começar pelo fato de que ele não esconde que o seu projeto é candidatar-se à reeleição. Tem como contraponto o senador Weverton Rocha (PDT), que – mesmo afirmando que não disse que é candidato – mas também não declarou categoricamente que não o será – vem trabalhando intensamente para viabilizar sua candidatura, o que tem tensionado a aliança partidária comandada pelo governador Flávio Dino.

Mantida sob controle pela surpreendente habilidade do presidente Othelino Neto de administrar conflitos, conseguindo assim um clima de normalidade nas ações legislativas e institucionais em meio a muitas e profundas diferenças, a Assembleia Legislativa é uma casa politicamente dividida. Não exatamente na divisão clássica com Situação e Oposição, mas no jogo da luta pelo poder. Ali se movem parlamentares que trabalham pelo fortalecimento do projeto do vice-governador Carlos Brandão e também os que abraçaram o movimento liderado pelo senador Weverton Rocha. Porém, mesmo fazendo uma acirrada medição de forças, as duas frentes têm sido cuidadosas no sentido de evitar que suas ações comprometam a liderança do governador Flávio Dino, que igualmente tem sabido administrar os conflitos que aqui e ali sacodem a base que lidera.

Independentemente do fato de estar sendo em parte movida por tensões, a Assembleia Legislativa deverá funcionar com forte consciência institucional e com bom desempenho legislativo. O ânimo dominante na Casa é repetir a correta e eficiente atuação do ano passado, quando, mesmo afetada pelos efeitos devastadores da pandemia- perdeu um deputado, Zé Gentil (Republicanos), para o coronavírus – os deputados fizeram a parte deles ao assegurar legalidade às medidas com as quais o governador Flávio Dino comandou a bem-sucedida guerra contra a pandemia no Maranhão. Naquele período, a Casa foi uma das primeiras do País a realizar sessões remotas, durante as quais propôs e viabilizou medidas que muito contribuíram na guerra pandêmica em território estadual.

O período legislativo que começa nesta Segunda-Feira será, portanto, marcado por forte conotação política. Tanto no plano individual de cada deputado devido à preocupação com a reeleição, quanto no plano geral, à medida que todos eles, a começar pelo presidente Othelino Neto, estarão diretamente envolvidos na guerra que será travada pela sucessão do governador Flávio Dino.

Serão, até onde é possível antever, 20 meses de muita movimentação no complicado, sinuoso, movediço, desafiador e instigante campo da política. Os deputados estaduais sabem muito bem onde vão pisar.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Bancada maranhense dará maioria a Arthur Lira, com votos que chamam a atenção

Gil Cutrim, Pedro Lucas Fernandes, Juscelino Filho e Edilázio Jr.: votos que chamam a atenção

As articulações dos últimos dias foram decisivas, e já não há mais dúvidas de que o deputado alagoano Arthur Lira (PP), candidato à presidência da Câmara Federal apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), terá a maioria dos votos da bancada maranhense. Pelas contas feitas ontem por um parlamentar, votarão nele os deputados Aluísio Mendes (PSC), Edilázio Jr. (PSD), Gil Cutrim (PDT), Juscelino Filho (DEM), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Cléber Verde (Republicanos), André Fufuca (PP), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Pastor Gildenemyr (PL), Marreca Filho (Patriotas) e Josivaldo JP (PHS). O candidato do MDB, o paulista Baleia Rossi, apoiado pelo ainda presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá os votos de João Marcelo (MDB), Hildo Rocha (MDB), Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Simplício Araújo (Solidariedade) e Zé Carlos (PT).

Nesse contexto, quatro votos chamam a atenção.

O primeiro é o do deputado Gil Cutrim, está à cavalheiro para votar em Arthur Lira, primeiro por não esconder sua simpatia pelo bolsonarista, e depois pelo fato de que tem se notabilizado por não seguir a orientação do PDT em votações na Câmara Federal, via de regra votando a favor do Governo Bolsonaro. Político de direita, Gil Cutrim já esteve numa lista de deputados que seriam expulsos do partido por contrariar sua orientação em votações importantes. Se mantém no PDT, que é de centro-esquerda, graças à inexplicável “compreensão” do senador Weverton Rocha, manda-chuva do partido. Vai votar em Arthur Lira seguro de que não será importunado com cobranças.

O outro voto é o do deputado Pedro Lucas Fernandes. Inicialmente, havia manifestado intenção de votar em Baleia Rossi, mesmo contrariando a tendência do seu partido, que era a de apoiar Arthur Lira, o que acabou se confirmando com o martelo batido por Roberto Jefferson, que mesmo processado, condenado e preso por corrupção, continua mandando no partido. Pedro Lucas Fernandes não resistiu à pressão e bandeou-se para o candidato bolsonarista. Isso depois de haver prometido voto a Baleia Rossi na véspera da visita do emedebista a São Luís.

O terceiro é o voto do deputado Juscelino Filho, que será de Arthur Lira. A escolha de Juscelino Filho seria natural não fosse o fato de Baleia Rossi ser apoiado por Rodrigo Maia. A situação é a seguinte: o DEM nacional rachou por conta da disputa na Câmara Federal, ficando Rodrigo Maia de um lado apoiando Baleia Rossi, e o presidente nacional do partido, ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, aliando-se a Arthur Lira. Mesmo tendo sido muito prestigiado pelo presidente Rodrigo Maia, presidindo comissões importantes sem qualquer base de experiência para tanto, já no primeiro mandato, o que é raro, Juscelino Filho “esqueceu” o apoio que recebeu e optou por Arthur Lira para ficar numa boa com ACM Neto. Rodrigo Maia estaria decepcionado com o parlamentar.

Dos quatro, o voto mais consciente e determinado em Arthur Lira será o do deputado Edilázio Jr.. Afinado com o Palácio do Planalto e militante ativo do bolsonarismo, desde o início dessa disputa, ele se posicionou como eleitor de Arthur Lira, inclusive liderando a comitiva de recepção na visita do candidato a São Luís. Aconteceu, porém, que Baleia Rossi teria procurado o ex-presidente José Sarney, que integra o comando nacional do MDB, na esperança de que ele convencesse Edilázio Jr., que é genro de Ronald Sarney, a apoiá-lo. A julgar pela posição inalterada do parlamentar ao lado de Arthur Lira, ou José Sarney não fez o pedido, ou fez, mas não foi atendido. Fica a dúvida.

 

Roberto Rocha tem duas decisões a tomar: definir seu caminho nas urnas e o futuro do PSDB

Roberto Rocha: atuação no Senado alinhada ao Governo

Uma indagação percorre o meio político: qual o rumo que o senador Roberto Rocha pretende dar ao braço maranhense do PSDB. A curiosidade é justificada. Os tucanos maranhenses saíram das eleições municipais de 2016 com 28 prefeitos e nas de 2020 com apenas quatro. Em 2014, o PSDB elegeu apenas um deputado federal (João Castelo) e dois deputados estaduais (Neto Evangelista e Sérgio Frota), e em 2018 nenhum deputado federal e apenas um deputado estadual (Wellington do Curso). Roberto Rocha elegeu-se senador em 2014 pelo PSB, tendo assumido o comando do PSDB dois anos depois.

O senador, que preside o ninho dos tucanos maranhenses, não tem se mostrado muito ativo no que diz respeito a cuidar do PSDB. Político experiente, nascido e crescido bebendo na rica fonte que era o pai, Luiz Rocha – um político forjado no mundo das articulações, tanto que saiu de Balsas, passou pelo Movimento Estudantil, Câmara Municipal de São Luís, Assembleia Legislativa, Câmara Federal, pelo Governo do Estado e Prefeitura da sua terra natal, uma carreira vitoriosa – o senador parece não encontrar ânimo para a intensa e desgastante gestão partidária.

No final do ano, Roberto Rocha anunciou que a partir deste ano se dedicaria politicamente ao Maranhão. Tem uma decisão difícil para tomar, que inclui quatro alternativas: tentar renovar o mandato de senador tendo o governador Flávio Dino como adversário, disputar o Governo do Estado, tentar uma cadeira na Câmara Federal, ou simplesmente chutar o balde da política e ir para casa e se dedicar aos negócios e à família. Antes disso, terá de definir um rumo para o PSDB, antes que ele desapareça do mapa político do Maranhão.

São Luís, 31 de Janeiro 2021.

Roseana joga com experiência ao descartar Senado e Governo para disputar uma cadeira na Câmara Federal

 

Roberto Costa e Roseana Sarney: duas gerações em sintonia política dentro de um MDB em renovação

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) não entrará na disputa para o Senado no ano que vem, mas está animada para participar da corrida eleitoral, mais provavelmente como candidata à Câmara Federal ou, numa possibilidade remota, e quase descartada, ao Governo do Estado. O descarte do projeto senatorial e o ânimo pré-eleitoral da ex-governadora foram revelados ontem pelo deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente e principal articulador do braço maranhense do MDB, e que também tem atuado como interlocutor frequente e porta-voz eventual da líder emedebista. Com a revelação, Roberto Costa encerrou uma onda de especulações quanto ao futuro político de Roseana Sarney, ao mesmo tempo em que a recolocou efetivamente no tabuleiro das articulações para as decisivas eleições do ano que vem.

O desinteresse em concorrer à vaga no Senado, a ser aberta com o fim do mandato do senador Roberto Rocha (PSDB), pode ser explicado por dois vieses. O primeiro é que ela enfrentaria uma disputa muito difícil com o governador Flávio Dino (PCdoB), que já decidiu ser esse o seu caminho na corrida eleitoral, visto quase unanimemente como nome imbatível para a vaga. Entrar nesse embate seria, portanto, um movimento desgastante e de altíssimo risco, no qual uma derrota certamente colocaria ponto final na sua trajetória política. Aos 67 anos e com uma jornada que contabiliza sete eleições com cinco vitórias – uma para deputada federal (1990), três para o Governo (1994, 1998 e 2010) uma para o Senado (2002) – e duas derrotas, ambas para o Governo (2006 e 2018), tendo sido também lembrada para presidente da República (2002), não faz sentido queimar seu prestígio num confronto difícil.

O viés que prevê sua candidatura à Câmara Federal é mais lógico e faz todo sentido. Começa com o fato de que atuará como “puxadora” de votos para o MDB, podendo, com uma campanha planejada e inteligente, usar o seu prestígio político para alcançar uma boa votação e, assim, contribuir ajudando o partido a eleger uma minibancada federal. Se alcançar o patamar dos 200 mil votos e se os deputados João Marcelo e Hildo Rocha repetirem o desempenho de 2018, o MDB poderá eleger quatro deputados federais, ou mais. Além disso, Roseana Sarney nunca escondeu que gosta mais da agitação da Câmara Federal do que o formalismo às vezes sonolento do Senado. Com a experiência política que acumulou de 1985 para cá, poderá perfeitamente se tornar uma referência na bancada do seu partido.

É sabido que no seu círculo mais íntimo de relações a ex-governadora sofre pressões de saudosistas que dariam tudo para tê-la de volta ao Palácio dos Leões. Esses “conselheiros” avaliam que ela teria chance de se dar bem no cenário de uma disputa entre o futuro governador Carlos Brandão (Republicanos) e o senador Weverton Rocha (PDT), que incluísse também o senador Roberto Rocha. Mas qualquer avaliação cuidadosa, distanciada de paixão ou interesse, certamente remeterá para a conclusão segundo a qual na corrida sucessória suas chances seriam modestas e seus riscos estratosféricos. Isso porque a corrida sucessória que se aproxima se dará num ambiente de disputa entre dois padrões determinados e duros, no qual a ex-governadora não se encaixa muito bem. Logo, é difícil imaginar a ex-governadora participando de uma guerra implacável pelo Palácio dos Leões em 2022.

É fato que Roseana Sarney está politicamente viva, conserva uma boa fatia de prestígio político e tem acumulado um rico baú de experiências nessa seara. Quando faz opção por um mandato na Câmara Federal, com chance de vitória, dá uma demonstração de que compreende com clareza que não faz sentido arriscar o seu prestígio em projetos sem futuro. Vem demonstrando essa compreensão da realidade ao apoiar, por exemplo, o processo de renovação que seu partido, o MDB, vem vivenciando sob o comando do deputado Roberto Costa, que reconhece e respeita a liderança que ela ainda exerce dentro do partido e do que restou do Grupo Sarney.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Maranhão foi o líder nordestino na geração de empregos formais em 2020

Flávio Dino satisfeito com a geração de empregos

O Maranhão foi o estado nordestino e o 4º do País que mais criou empregos em 2020 em meio à avassaladora pandemia do novo coronavírus, que atingiu fortemente a economia e causou uma massacrante onda de desemprego. Foram 19.753 postos de trabalho com carteira assinada formalizados no período de Janeiro a Dezembro, segundo os registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Governo Federal. Isso apesar do impacto destruidor da pandemia sobre as atividades econômicas, especialmente os setores comercial e de serviços.

Para esse resultado contribuíram vários fatores, sendo o principal deles a forma planejada com que o Governo do Estado encarou o desastre pandêmico. O primeiro passo foi manter o ritmo de investimentos em obras públicas, garantindo assim grande parte dos empregos na construção civil, além de uma série de ações sociais.

O passo mais arrojado foi dado em Agosto, com o lançamento do Plano Emergencial de Empregos Celso Furtado, um programa de investimentos de R$ 558 milhões em obras públicas, compras governamentais e editais de fomento para alavancar a economia estadual. Além disso, adotou uma série de medidas de estímulos às atividades econômicas.

Com todos os motivos para tal, o governador Flávio Dino comemorou o feito em suas redes sociais: “Fechamos 2020 com um dos maiores saldos positivos de empregos do Brasil. Em termos de variação percentual, o 4º melhor desempenho do Brasil e o 1º lugar do Nordeste (em variação percentual e em número absoluto)”.
E completou: “Cumprimento a classe trabalhadora, os empresários e a nossa equipe pelos números”.

Que venha mais em 2021.

 

Posição da bancada maranhense na eleição da Câmara Federal continua indefinida

Disputa entre Baleia Rossi e Arthur Lira e definida na bancada maranhense

A três dias da eleição, continua rigorosamente indefinida a divisão dos 18 votos da bancada maranhense na disputa para a presidência da Câmara Federal. Os dois principais candidatos, Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Arthur Lira (PP-AL), bancado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), passaram por São Luís em campanha e deixaram o Maranhão cantando vitória.

Cantoria dos candidatos e aliados à parte, o fato é que ontem à tarde o cenário era o seguinte: Baleia Rossi contava com os seguintes votos: João Marcelo (MDB), Hildo Rocha (MDB), Márcio Jerry (PCdoB), Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB) e Zé Carlos (PT). Arthur Lira tinha como certos os seguintes votos: Juscelino Filho (DEM), Aluísio Mendes (PSC), Pastor Gildenemyr (PL), André Fufuca (PP), Gil Cutrim (PDT), Cléber Verde (Republicanos), Edilázio Jr. (PSD) e Pedro Lucas Fernandes (PTB).

Estavam indefinidos: Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas) e Josivaldo JP (PHS).

A decisão continua nas mãos de Josimar de Maranhãozinho, que controla os votos de Júnior Lourenço e Marreca Filho.

São Luís, 29 de Janeiro de 2021.

Governo mantém canal aberto para estabelecer relações republicanas com a Prefeitura de São Luís

 

Flávio Dino aberto a parceria; Eduardo Braide ainda não se manifestou sobre o tema

Indagado recentemente sobre como será a relação do Governo do Estado com a Prefeitura de São Luís de agora por diante com a saída de um aliado, o prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), e a entrada de um adversário político, o prefeito Eduardo Braide (Podemos), no Palácio de la Ravardière, o deputado federal licenciado, presidente estadual do PCdoB e atual secretário de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Márcio Jerry, respondeu de pronto, sem um segundo de vacilo: “Isso só depende do prefeito”. E sem dar tempo para outra pergunta, esgotou o assunto completando: “O governador Flávio Dino já disse que está pronto para ter relações institucionais e republicanas com todos os prefeitos do Maranhão”. Apesar de sucinta, a resposta do novo titular da Secid revelou, com clareza solar, o posicionamento do Palácio dos Leões em relação ao novo status político da Prefeitura de São Luís, que saiu da condição de aliada importante para se tornar uma cidadela oposicionista.

Vale lembrar que, anunciado o resultado do segundo turno da disputa na Capital, com a vitória inquestionável do candidato do Podemos, o governador Flávio Dino divulgou mensagem em que saudou os 217 eleitos e anunciou que, independentemente das eventuais diferenças políticas, o Governo manterá suas portas abertas para todos os que quiserem estabelecer parcerias com a administração estadual. Poderia ter se manifestado no final do primeiro turno, quando 216 já estavam eleitos, mas fez questão de esperar pela definição da disputa em São Luís, para incluir o novo gestor, aliado ou adversário, no contexto das relações institucionais do Governo, sob o argumento de que as populações municipais, a começar pelos 1,2 milhão de ludovicenses, não podem arcar com o ônus de diferenças políticas.

Neste primeiro mês da nova ordem, não houve acenos do Palácio de la Ravardière nem do Palácio dos Leões. Ao mesmo tempo, vale registrar que nenhuma rusga veio à tona para causar mal-estar. O ambiente de distanciamento político e institucional foi alterado pelo início da vacinação, com a linha direta instalada entre os secretários estadual e municipal de Saúde, respectivamente, Carlos Lula e Joel Nunes Júnior, que dialogaram produtiva e civilizadamente. O resultado do entendimento foi que, a exemplo do que fez com muitas prefeituras, o Governo do Estado forneceu milhares de seringas, agulhas e EPIs à Prefeitura de São Luís, numa saudável relação de cooperação. O link instalado na área de Saúde confirmou o teor da mensagem do governador Flávio Dino aos prefeitos depois do segundo turno em São Luís.

Há, no meio político, certa expectativa quanto ao futuro dessa relação. Alguns acham que ela será produtiva nos próximos meses, mas com alto risco de entrar em turbulência com a aproximação da grande e decisiva disputa eleitoral do ano que vem. Ao mesmo tempo em que há vozes estimulando o prefeito Eduardo Braide a envergar o pragmatismo e dar o primeiro passo em busca de parcerias com o Governo, há também as que o estimulam a manter distância do Palácio dos Leões, preferindo tê-lo como adversário. Político que não costuma consultar “oráculos” para tomar suas próprias decisões, o prefeito Eduardo Braide se mantém aparentemente alheio a essa situação. Da sua parte, o governador Flávio Dino abriu as portas, e até onde se pode perceber, não fez qualquer gesto em sentido contrário.

É verdade que ainda é cedo, as feridas da disputa eleitoral ainda estão sarando, e a nova gestão da Capital, mesmo tendo encontrado uma máquina ajustada – em boa medida com a ajuda ao Governo -, ainda está se instalando e tentando encontrar um eixo e um ritmo. Ao mesmo tempo, o Governo estadual entra na reta final turbinado, com grande portfólio em São Luís. Cedo ou tarde o prefeito Eduardo Braide terá de se posicionar, voluntaria ou circunstancialmente, em relação à mensagem do governador Flávio Dino aos prefeitos. O secretário Márcio Jerry tem razão quando diz que a relação, se vier a ser estabelecida e o nível que ela alcançará, só depende do prefeito.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Márcio Jerry e Rubens Jr. voltarão à Câmara Federal para votar em Baleia Rossi

Márcio Jerry e Rubens Jr.:apoio a Baleia Rossi

Os secretários Márcio Jerry (Cidades) e Rubens Jr. (Articulação Política) serão exonerados hoje para reassumirem amanhã suas cadeiras na Câmara Federal, hoje ocupadas pelos suplentes Gastão Vieira (PROS) e Elizabeth Gonçalo (Avante). Márcio Jerry e Rubens Jr. reassumirão momentaneamente seus mandatos para cumprir a decisão do PCdoB de que sua bancada, de sete deputados, votará integralmente no candidato do MDB à presidência da Câmara Baixa, Baleia Rossi (SP), que com o apoio do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enfrentará o deputado alagoano Arthur Lira (PP), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Além da recomendação do PCdoB no sentido de que seus deputados votem em Baleia Rossi, o candidato emedebista esteve na semana passada em São Luís, em campanha, deixando o Maranhão com a promessa de votos da maioria da bancada maranhense, tendo como dúvida apenas os três votos controlados pelo deputado Josimar de Maranhãozinho.  Além do mais, se permanecesse no mandato, Gastão Vieira poderia seguir seu partido e votar em Arthur Lira, seguindo a orientação do PROS, que abraçou o candidato bolsonarista, assim como Elizabeth Gonçalo, que poderia votar de acordo com a determinação do Avante.

Márcio Jerry e Rubens Jr. se licenciarão novamente na Terça-Feira (2), para serem renomeados secretários de Cidades e de Articulação Política.

 

Até pensadores da direita já preveem o fim do bolsonarismo nas eleições de 2022

Jair Bolsonaro: desequilíbrio a caminho da derrota

As agressões do presidente Jair Bolsonaro à Imprensa, ontem, numa reação desequilibrada à revelação de que seu governo gastou, em 2020, R$ 1,8 bilhão em alimentos, incluindo R$ 15 milhões em leite condensado, mostraram que ele começa a sentir o peso do descrédito, mesmo falando para uma plateia de aliados e puxa-sacos, entre eles o indescritível ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A fala do presidente é reveladora de que o chão em que pisa já não é tão firme e que os baixos índices de aprovação, à sua criminosa irresponsabilidade no trato da pandemia, ao insucesso na economia, fracassos associados às dezenas de pedidos de impeachment protocolados na Câmara Federal estão aumentando o seu desequilíbrio e confirmando a sua incapacidade de presidir o Brasil. Sua posição está de tal modo fragilizada que até intelectuais de direita começam a perceber que, se ele não for tirado do cargo antes, por impeachment, sua era termina no dia 31 de dezembro de 2022. Prova disso está nas linhas desse artigo, de autoria do cientista político Márcio Coimbra, coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília e ex-Diretor-Executivo do Interlegis no Senado Federal. Segue o texto:

 

Intuição vs. Estratégia: Bolsonaro fora do 2º Turno

Bolsonaro pode não chegar ao segundo turno em 2022. A previsão pode ser precipitada, dirão alguns, porém, foi o mesmo que ouvi quando disse que Bolsonaro venceria as eleições presidenciais. Estávamos em 2016. Fato é que a política tem caminhos curiosos, mas ao observar cenários e padrões de comportamento, tudo indica que o desgaste do presidente impulsionado pelos dados ruins da economia e da pandemia podem condenar seu governo e sua eventual tentativa de reeleição. É aquilo que as pesquisas mostram.

As eleições de 2018 guardavam um elemento especial, uma espécie de onda de renovação que ocorre a cada três décadas. O mesmo fenômeno havia levado ao poder Fernando Collor em 1989, Jânio Quadros em 1960 e criou as condições para a chegada de Getúlio Vargas ao poder em 1930. Em todas ocasiões houve troca de ciclo político e o estabelecimento de um novo jogo de forças que duraria cerca de três décadas.

Assim, a eleição de 2018 vem romper com a Nova República e estabelecer um novo equilíbrio de poder. Longe de liderar este processo, como fez Getúlio Vargas, Jair Bolsonaro posiciona-se apenas como o elemento disruptivo que chega para romper com as antigas estruturas, assim como foram Jânio Quadros e Fernando Collor. Sem habilidade para lidar nos andares mais altos da política, tende a ser engolido por ela.

Ao rejeitar o debate político no Congresso Nacional em seu primeiro ano e ser tragado pela pandemia no segundo ato, Bolsonaro não entregou reformas, mudanças ou realizações. Entra na terceira parte de seu mandato com um déficit que beira 1 trilhão, negando a pandemia, com taxas recordes de desemprego e sem recursos para pagar novamente o auxílio emergencial, instrumento que manteve sua popularidade estável em tempos bicudos.

Tudo indica que o presidente entrará no ano final de sua Presidência ferido politicamente, porém ainda acreditando em sua habilidade de virar o jogo. Bolsonaro é um político intuitivo, mas não um estrategista. Venceu 2018 a bordo de uma onda que não existe mais. 2022 é um jogo de estratégia, não mais de intuição. Terá ao seu lado seus fiéis seguidores, porém terá perdido o impulso que o levou até a Presidência, representando o lajavatismo, antipetismo, liberalismo e até o conservadorismo. O bolsonarismo como fenômeno chega enfraquecido em 2022.

As eleições municipais de 2020 já deram o tom do eleitorado. Se em 2016 apontava para renovação e inauguração de uma nova política, no ano passado refluiu e reencontrou-se com a realidade. Ao eleger o centro pragmático e despachar os outsiders que não ofereceram gestão da pandemia, reabilitou a política real e preparou o caminho para a retomada do poder nas eleições gerais. Uma equação na qual não cabe Bolsonaro.

Caminhamos para um pleito menos emocional e mais racional, sem rupturas ou surpresas. Assim como nos Estados Unidos, políticos conhecidos e tradicionais tendem a se impor com sua experiência e bom senso. Políticos que conhecem a máquina e sabem gerar resultados tendem a ter vantagem nas urnas. 1989 está para 2018 assim como 1994 talvez esteja para 2022.

Por tudo isso, talvez tenhamos um presidente que não chegue ao segundo turno. Comandará a máquina, mas diante de uma combalida situação econômica, é possível que não tenha fôlego para impulsionar sua candidatura. O eleitorado cansou de aventuras. Está sofrendo a dor de uma pandemia e o derretimento da economia. O país precisa de gestão e recuperação. Precisa de um líder que vá além das narrativas. O caminho está aberto para sua chegada.

São Luís, 28 de Janeiro de 2021.

Márcio Jerry avisa: Governo Dino investirá alto no último ano e irá forte para as eleições

 

Márcio Jerry: entusiasmado com as tarefas que lhe foram dadas pelo governador Flávio Dino

Os embates entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) nas eleições municipais do ano passado, principalmente em São Luís, e na eleição para o comando da Famem, há duas semanas, causando tensões e fissuras na aliança governista, foram eventos naturais num cenário em que as forças políticas se preparam para disputar a sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), mas ficaram para trás. Agora que o governador trabalha para turbinar o último ano do seu Governo – que termina em Abril do ano que vem -, o clima é de brandura política, para suavizar o ambiente, com menos tensão e mais diálogo, mais entendimento. O foco é a centralidade do comando do governador Flávio Dino, que preferencialmente disputará vaga no Senado e conduzirá no seu campo o processo da sua sucessão. E quem ignorar isso estará cometendo um grave erro.

O cenário, que inclui também o aviso enfático, foi desenhado ontem pelo deputado federal licenciado Márcio Jerry, atual secretário de Cidades, presidente estadual do PCdoB e principal integrante do núcleo central do Governo estadual, em entrevista ao programa Ponto & Vírgula, na Difusora FM, comandado pelo blogueiro Leandro Miranda. O secretário assinalou que, de acordo com o seu entendimento, ao contrário do que aconteceu em 2014 e 2018, a grande disputa de 2022 não comportará um debate sobre nomes, mas sobre conteúdo. “O desafio será como manter os avanços sociais alcançados nos sete anos e meio do Governo Flávio Dino, com um número muito maior de escolas e de professores”, exemplificou o secretário. Sobre esse contexto, Márcio Jerry disse que já conversou com Weverton Rocha e com Carlos Brandão, revelando que os dois estão alinhados a esse processo.

Sem esconder sua empolgação com a tarefa de comandar a Secid, que operacionalmente é uma ponte entre o Palácio dos Leões e as Prefeituras, Márcio Jerry admite que irá atuar, também intensamente, no campo político. E não poderia ser diferente, a começar pelo fato de que a pasta que lhe foi entregue tem relação direta com as prefeituras, o que o colocará em contato permanente com prefeitos e líderes municipais, tocando obras em pelo menos uma centena de municípios. Indagado sobre se a relação republicana com municípios incluirá São Luís, agora sob o comando d prefeito Eduardo Braide (Podemos), adversário declarado do Governo, o titular da Secid foi taxativo: “Claro que sim. O Governo tem um gigantesco portfólio de obras em São Luís. O governador Flávio Dino não tem problemas de manter relações institucionais e republicanas com qualquer município. Só depende do prefeito”.

As declarações do secretário das Cidades revelaram que, independentemente da guerra contra o coronavírus, na qual o Governo do Maranhão tem sido referência para o País, o governador Flávio Dino vai dedicar os próximos 14 meses ao robustecimento das ações administrativas e às articulações políticas, tanto internamente quanto no âmbito nacional. No front interno, cuidará de fortalecer a aliança que lidera, dando ênfase às articulações para a sua sucessão, de preferência alcançando um grande entendimento em torno de um candidato. Já no plano externo, insistirá até onde for possível na formação de uma grande frente reunindo a centro-direita, o centro, o centro esquerda e a esquerda em torno de projeto para derrotar o bolsonarismo nas urnas de 22.

Conhecedor profundo e tarimbado das entranhas políticas do Maranhão, principalmente no campo em que milita com a experiência de várias eleições como coordenador, incluindo as duas de Edivaldo Holanda Jr. (2012-2016) e duas do governador Flávio Dino (2014-2018), Márcio Jerry sabe exatamente o que deve ser feito para desenhar e viabilizar um projeto político-eleitoral num ambiente carregado de incertezas como o que começa a ganhar forma no Maranhão. Ele assinala que, diferentemente de 2014 e 2018, quando a aliança se mobilizou pela eleição e pela reeleição do governador Flávio Dino, a guerra eleitoral que se aproxima será decisiva para o futuro do estado.

O principal desafio agora será encontrar o nome certo para comandar a aliança, vencer a eleição e avançar no processo de mudanças.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Especulação sugere mudança nas lideranças do Governo na Assembleia Legislativa

 Rafael Leitoa e Marco Aurélio: especulação 

As mudanças que o governador Flávio Dino fez na sua equipe, remontando o núcleo central do Governo, levaram ao surgimento de rumores de que ele poderá mudar a liderança do Governo na Assembleia Legislativa, cargo hoje ocupado pelo deputado Rafael Leitoa (PDT), e estimular rodízio na liderança do Bloco que lhe dá sustentação na Casa, exercida atualmente pelo deputado Marco Aurélio (PCdoB), que disputou a Prefeitura de Imperatriz e ficou em segundo lugar.

Mais do que uma avaliação de que está na hora de fazer essas mudanças, a troca de líderes da base parlamentar governista é uma tradição nas casas legislativas a casa dois anos. Ao mesmo tempo, vale a observação de que o deputado Rafael Leitoa é um líder governista atuante e eficiente, que vem dando conta do recado com intensa movimentação em plenário e nos bastidores do Parlamento. A mesma avaliação pode ser feita em relação ao deputado Marco Aurélio, que vem conduzindo, também com empenho e eficiência a bancada governista na Casa, inclusive elogiado pelos colegas pela maneira correta com que atua em nome do Palácio dos Leões.

É improvável que o governador Flávio Dino tenha interesse em mexer nas suas lideranças na Casa, mas as especulações trouxeram à tona o velho ditado segundo o qual onde há fumaça, há fogo.

 

Expert em bastidores do Congresso, Roseana Sarney poderia ajudar Baleia Rossi

Roberto Costa, Baleia Rossi e Roseana Sarney durante a visita ao casarão do Calhau, na semana passada

Não será surpresa se nos próximos dias a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) entrar no circuito de Brasília em apoio ao candidato do MDB à presidência da Câmara Federal, o deputado paulista Baleia Rossi. Quando esteve em São Luís, na última Sexta-Feira (22), Baleia Rossi visitou a ex-governadora, que recebeu a comitiva no casarão da família no Calhau. Na conversa, ela se colocou à disposição para ajudá-lo conversando com alguns amigos que mantem no Congresso Nacional. Nada ficou acertado, mas Baleia Rossi demonstrou satisfação com a oferta.

Se entrar em campo em apoio ao emedebista, Roseana Sarney pisará um terreno que conhece muito bem, independentemente de que lá esteja, uma vez que o jogo é sempre o mesmo. Quando assessorou o então presidente José Sarney, Roseana Sarney fez muitas pontes com o meio político de então, mantendo contato com deputados federais e senadores sempre que necessário. Como deputada federal (1991-1994), atuou fortemente nos bastidores, tendo sido a coordenadora do movimento que derrubou o então presidente Collor de Mello.  E como senadora, foi líder do Governo Lula no Congresso Nacional, articulando a base de apoio para votações. E só deixou o cargo para assumir o Governo do Estado com a cassação do governador Jackson Lago (PDT).

Não é possível saber se, convocada por Baleia Rossi, ela conseguiria bons resultados. É certo, porém, que ela conhece o caminho das pedras no Planalto Central.

São Luís, 27 de Janeiro de 2021.

Com confirmação de Capelli na Comunicação, Dino conclui remontagem do núcleo político do seu Governo

 

Rubens Jr., Márcio Jerry e Ricardo Capelli formam o núcleo político do Governo, remontado pelo governador Flávio Dino

Com a confirmação do jornalista Ricardo Capelli para a Secretaria de Comunicação, depois de convocar os deputados federais Márcio Jerry e Rubens Jr. ambos do PCdoB, para as respectivas secretarias de Cidades e Desenvolvimento Urbano e de Articulação Política, e manter o deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) na Casa Civil, o governador Flávio Dino (PCdoB) remontou o núcleo central do seu Governo. Com essa mexida, ele sinaliza, com clareza, que chegou a hora de dar mais visibilidade ao Governo e iniciar as articulações visando fortalecer a aliança partidária com a qual governa para o grande embate eleitoral de 2022. Esse núcleo trabalhará articulado, cuidando, de um lado, de abrir frentes, quebrar arestas e costurar acordos na seara política e partidária, ao mesmo tempo em que mostrará como, sob o atual Governo, o Maranhão mudou de 2015 para cá, apesar de todos os obstáculos enfrentados, e superados, incluindo a pandemia do novo coronavírus, numa guerra ainda em andamento. Márcio Jerry, Rubens Jr. e Ricardo Capelli atuarão na linha de frente, permanecendo Marcelo Tavares assessorando o governador nas relações institucionais e na movimentação palaciana.

Forjado no braço do PCdoB no movimento estudantil, tendo alcançado a presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE), Ricardo Capelli tem sólida formação em Jornalismo, área na qual construiu reputação e larga experiência, especialmente na área digital, com amplo domínio no uso das redes sociais. Ao mesmo tempo, é dono de rica visão do cenário político nacional, principalmente na seara das esquerdas, segundo dizem registros da sua trajetória. A isso se soma a tarimba adquirida nos anos em que esteve no comando da Representação do Governo do Maranhão em Brasília. Esses atributos fazem com que Ricardo Capelli seja visto como o nome certo para a Secretaria de Comunicação na reta final do Governo, que se dará em meio à guerra política pela sucessão do governador Flávio Dino.

Rubens Jr. tem grande desafio no comando da pasta da articulação política. Caberá a ele cuidar para manter e, se possível, ampliar a grande aliança político-partidária articulada e mantida pelo governador Flávio Dino. São 16 legendas, num leque ideológico que vai da direita liberal à esquerda democrática, passando pelo Centrão. Flávio Dino manteve harmonizada essa base plural em torno da sua liderança até pouco tempo, quando o senador Weverton Rocha, que comanda o PDT, e o vice-governador Carlos Brandão, que tem o Republicanos como suporte, resolveram fazer os primeiros e agressivos movimentos antecipando a largada da corrida ao Palácio dos Leões. Tranquilo, afável e com a experiência de quatro mandatos parlamentares, apesar da pouca idade, Rubens Jr. recebeu a tarefa de operar como construtor e restaurador de estradas e pontes políticas, de modo a assegurar que, mesmo estremecida por alguns focos de tensão, a aliança dinista seja mantida, inclusive na corrida sucessória.

Já testado e aprovado nas áreas de comunicação e articulação política, bem como na atividade parlamentar, na qual tem sido uma voz firme de oposição ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Márcio Jerry vai outra vez atuar em duas frentes. Numa delas como secretário das Cidades, uma pasta de alcance ilimitado, por meio da qual pode, sem maiores esforços, chegar a municípios de todas as regiões do estado, tanto com obras diretas, quanto por convênios, a começar por São Luís, onde a pasta já mostrou seu potencial. Na outra frente, Márcio Jerry vai cuidar da preparação para as eleições do ano que vem do braço maranhense do PCdoB – que ele comanda e que perdeu força nas eleições municipais. Além do mais, juntamente com Rubens Jr., ele continuará assessorando diretamente em questões políticas e partidárias.

Esse núcleo funcionará como uma espécie de conselho para auxiliar o governador Flávio Dino em questões, como as decisões políticas que ele terá de tomar de agora por diante, entre elas o mandato que ele disputará e o candidato que apoiará para a sua sucessão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino faz duro alerta ao incremento da pandemia no Maranhão

Flávio Dino: ar grave e tom enfático no alerta de risco de incremento da pandemia

Os negacionistas, os céticos e os desavisados, ou ainda os esclarecidos que por conta da chegada da vacina acham que podem tudo, que teimam em desconsiderar a gravidade da pandemia e a letalidade do coronavírus, mesmo diante dos quase 220 mil brasileiros já sepultados por causa da Covid-19, precisam acordar e cair na real. Neste exato momento, o Maranhão, mesmo sendo um dos três estados que melhor vem combatendo a pandemia, corre o risco de ser alcançado por uma nova onda da virose. Essa tendência constatada com um estudo dos números recentes, que deram o seguinte alerta: a situação pode piorar. Com a honestidade que marca as informações do seu Governo, o governador Flávio Dino, após se reunir com seu staf, Domingo, gravou, em tom enfático, e divulgou a seguinte mensagem:

“Dirijo essa mensagem a toda população do Maranhão.

Neste Domingo, nós realizamos uma reunião de análise da evolução da pandemia do coronavírus. E lamentavelmente constatamos que há, nos últimos dias, uma tendência de crescimento de casos com internação hospitalar. Por isso mesmo, adotamos uma série de providências.

Em primeiro lugar, fortalecemos a diretriz de ampliação da Rede Estadual de Saúde para casos de coronavírus. Leitos exclusivos estão sendo destinados a partir desta segunda-feira. Ao mesmo tempo, intensificamos as obras que estão sendo realizadas há muitos meses no Maranhão, com várias entregas. Neste caso, vamos entregar, nos próximos dias, a ampliação de leitos de UTI na cidade de Imperatriz, a nova Policlínica de Açailândia e mais 50 leitos no Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís.

Pedi às Prefeituras do Maranhão que também adotem, imediatamente, medidas tendentes à ampliação da rede de atendimento da população de acordo com a realidade de cada cidade. Nós também estamos recebendo neste Domingo mais algumas vacinas, oriundas do SUS, do Ministério da Saúde. Nós estamos orientando, que haja também disponibilização também para os pacientes que estão recebendo tratamento em radioterapia, quimioterapia e hemodiálise. São pacientes que podem ter um quadro mais grave de Covid, e estão compulsoriamente submetidos a uma rotina hospitalar. Daí essa diretriz que passa a integrar o Plano Estadual de Vacinação do Maranhão.

E finalmente, destaco a essencialidade das medidas preventivas. Adotamos a liberações de alta importância, a suspensão das festas de carnaval – tanto em ambientes públicos quanto privados. E vamos, nesta semana, voltar a sublinhar a impressibilidadede, a inafastabilidade do uso das máscaras em locais públicos, porque, além de proteger contra o coronavírus, ajuda a proteger contra outras gripes, de outras síndromes gripais que marcam esses períodos de chuvas no Maranhão.

Unidos, vamos vencer!  É preciso ter fé, seriedade, responsabilidade. E capacidade de se colocar no lugar do outro. Ter solidariedade, fraternidade e empatia, porque nós estamos diante de um gigantesco desafio. O maior da nossa geração. E vamos continuar nessa caminhada juntos. O Maranhão unido, vencendo o coronavírus”.

Mais claro, impossível.

 

Conversa com Baleia Rossi hoje pode posicionar a minibancada de Josimar de Maranhãozinho

O deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) deve se reunir nesta terça-feira com seu colega Baleia Rossi (MDB-SP), para conversar sobre o rumo que sua bancada votará na disputa para a presidência da Câmara Federal. Além do seu próprio voto, o chefe maior do PL controla também os votos dos deputados Júnior Lourenço (PL) e Marreca Filho (Patriotas). Se ele se ele decidir apoiar o candidato do MDB, Baleia Rossi pode ter 12 dos 18 votos da bancada maranhense. Se optar por Arthur Lira (PP-AL), seus três votos se somarão aos seis que ele já tem, levando a disputa um empata de 9 a 9.

São Luís, 26 de Janeiro de 2021.

Grupo formado por Weverton Rocha, Othelino Neto e Juscelino Filho ganha músculos e gás para jogar forte na disputa de 2022

 

Weverton Rocha, Othelino Neto e Juscelino Filho: triúnviros de um movimento que ganha força no tabuleiro da política estadual visando a disputa pelo poder em 22

Em meio à saudável agitação causada pelo início das novas administrações municipais, notadamente a de Eduardo Braide (Podemos) em São Luís, da disputada eleição que transformou definitivamente a Famem numa organização municipalista com forte viés político, e dos ajustes feitos pelo governador Flávio Dino (PCdoB) nos braços mais políticos do seu Governo, o meio partidário maranhense assiste, com redobrada atenção, o surgimento de um segmento bem definido dentro da aliança governista, formado a partir de uma bem articulada parceria do senador Weverton Rocha, que comanda o PDT no estado, com o deputado Othelino Neto (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa, e com o deputado federal Juscelino Filho, presidente estadual do DEM. O grupo entrou na contagem regressiva para as eleições de 2022 com um projeto claro: colocar o senador Weverton Rocha no gabinete principal do Palácio dos Leões ou emplacar o vice numa chapa de consenso na aliança dinista, ou ainda, numa hipótese bem mais remota e largamente improvável, indicar o candidato a senador, caso o governador Flávio Dino escolha outro caminho. No contrapeso do movimento está o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), que se articula intensamente com o mesmo objetivo.

Essa corrente ganhou forma e musculatura nas eleições municipais, nas quais, mesmo tropeçando em São Luís e Codó, teve atuação forte, saindo das urnas com influência direta sobre pelo menos 30% dos prefeitos, vários vices e centenas de vereadores. Com esse cacife, o senador Weverton Rocha, o deputado Othelino Neto e o deputado federal Juscelino Filho formaram um triunvirato credenciado a sentar na távola da aliança dinista com direito a voz e voto nas principais tomadas de decisão. Com movimentos bem pensados, vêm deixando claro que seguem a liderança do governador Flávio Dino e que não lhes interessa romper com essa base, estando determinados a discutir uma proposta de consenso no grupo para 22. Ao mesmo tempo, com um discurso cuidadoso, mas direto, sinalizam que, se não houver um amplo entendimento no sentido de frear o vice-governador, estão dispostos a seguir rumo próprio, como aconteceu na eleição para a Prefeitura de São Luís.

Pelo menos até aqui, mesmo com algumas ações vivamente destoantes das do Palácio dos Leões, nada indica que o grupo já faça ou venha a fazer oposição ao Governo Flávio Dino. Ao contrário, o senador Weverton Rocha mantém alinhamento total com o Governo do Estado em tudo o que é de interesse do Maranhão em Brasília. Na mesma linha, na presidência da Assembleia Legislativa o deputado Othelino Neto tem sido um incansável articulador no sentido de que o plenário da Casa garanta aval a todas as propostas encaminhadas pelo Palácio dos Leões. Não existem muitas informações disponíveis sobre a atuação do deputado Juscelino Filho em relação ao Governo do PCdoB, mas até onde é sabido ele tem agido como um correto integrante da aliança dinista. Em resumo, os movimentos desse triunvirato estão voltados para a disputa pelo poder estadual. Tanto que o PDT e o DEM fazem parte da máquina governista e o presidente Othelino Neto mantém intacta sua posição dentro do PCdoB, mesmo com as tensões causadas pela disputa em São Luís.

Esse grupo está sendo observado por diversas óticas. Numa delas é visto como uma tentativa de minar o poder de fogo do governador Flávio Dino, o que, pelo menos até aqui não faz sentido. Em outra, os observadores enxergam uma cisão dentro da base dinista causada pelo projeto de poder do senador Weverton Rocha, o que faz sentido, uma vez que o vice-governador Carlos Brandão faz o mesmo, sem, no entanto, ser olhado como uma ameaça à estabilidade da aliança governista. A verdade, porém, é que, expressada pela nova geração e por um grande mosaico partidário e ideológico com que derrubou a velha ordem política, a gigantesca base construída pelo governador Flávio Dino começa a produzir novas vertentes, que naturalmente definirão seus rumos.

O triunvirato formado por Weverton Rocha, Othelino Neto e Juscelino Filho pode ser visto, portanto, como o primeiro e politicamente saudável rebento produzido pelo grande movimento liderado pelo Governador Flávio Dino. E pelo visto até aqui, com muito gás para disputar a corrida que começa agora.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Edivaldo Holanda Jr. volta das férias, sai do isolamento e tenta encontrar espaço no PDT

 

Weverton Rocha, Edivaldo Holanda Jr. Othelino Neto e Osmar Filho no café da manhã que iniciou a reinclusão do ex-prefeito no grupo e no cenário político estadual

Depois de pouco mais de duas semanas de descanso da maratona que marcou os últimos meses da sua gestão, período em que mergulhou em orações e pediu a orientação de Cristo, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PDT), saiu do isolamento e busca, agora, ocupar o espaço que acredita lhe caber no cenário político do Maranhão visando as eleições de 2022. Acertou em cheio no primeiro movimento ao procurar o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, que além de eficiente articulador, tem se revelado também um ás como apaziguador de conflitos, e que o recebeu com a atenção devida e a habilidade de uma raposa.

Edivaldo Holanda Jr. deixou o comando administrativo de São Luís com duas marcas fortes, mas conflitantes. A primeira: foi um excelente gestor e entregou ao seu sucessor uma cidade muito melhor do que a que recebeu e uma Prefeitura bem mais saudável administrativa e financeiramente do que foi oito anos atrás. A segunda: foi um fracasso como político, à medida que, mesmo do alto da sua eficiência como gestor, o que lhe conferia indiscutível autoridade política, não teve garra para preparar a sua própria sucessão, optando por um inacreditável isolamento político, e contribuindo decisivamente para que a Prefeitura de São Luís, a maior joia da coroa pedetista, fosse conquistada por um adversário.

Edivaldo Holanda Jr. saiu do cargo com forte cacife político e eleitoral na Capital, mas volta ao cenário tentando fazer o que não fez como prefeito: procurando aliados. Suas reflexões durante o rápido período de férias certamente o levaram à conclusão de que o seu potencial eleitoral na Capital não o levará muito longe se não for movido por um grupo, por um projeto coletivo. Daí o acerto em procurar o presidente Othelino Neto, que sem perda de tempo promoveu, dois dias depois, um café da manhã iniciando a reaproximação do ex-prefeito com o senador Weverton Rocha e com o PDT como um todo.

O ex-prefeito tem agora o desafio de desmanchar a imagem política furta-cor que o cobriu durante a campanha eleitoral de 2020, e de convencer seus parceiros partidários de que é um político de grupo e confiável.

 

Especuladores apontam nomes possíveis para disputar o Governo do Maranhão

Weverton Rocha, Carlos Brandão, Eliziane Gama, Othelino Neto, Felipe Camarão,  Márcio Jerry, Josimar de Maranhãozinho, Edivaldo Holanda Jr., Roberto Rocha, Roseana Sarney, Eduardo Braide e Hilton Gonçalo são nomes especulados para disputar o Palácio dos Leões na corrida eleitoral de 2022 

A Bolsa de especulações do meio político maranhense, formada por toda ordem de observadores, tem sido movimentada com o surgimento, tanto na Situação quanto na Oposição, de nomes com potencial para disputar o Governo do Estado em 2022.

No campo governista, além de Weverton Rocha (PDT) e de Carlos Brandão (Republicanos), fala-se no deputado Othelino Neto (PCdoB), no secretário de Educação Felipe Camarão (DEM), na senadora Eliziane Gama (Cidadania), no deputado federal e atual secretário de Cidades Márcio Jerry (PCdoB), no deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e no ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT).

No campo oposicionista, integram a lista dos candidatáveis o senador Roberto Rocha (PSDB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), o prefeito de São Luís Eduardo Braide (Podemos), o prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Avante) – se Carlos Brandão não entrar.

A bolsa das especulações políticas certamente aumentará a lista nos próximos meses.

São Luís, 24 de Janeiro de 2021.

Baleia Rossi confirma apoio de Flávio Dino e volta para Brasília certo de que tem maioria na bancada maranhense

Baleia Rossi ouvi sugestões de Flávio Dino, conversa com Eduardo Braide e registra visita Roseana Sarney  em SL

Na incursão eleitoral que fez ontem ao Maranhão, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato a presidente da Câmara Federal apoiado pelo atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conseguiu uma situação rara no atual tabuleiro político maranhense: reuniu as grandes correntes políticas do estado em apoio à sua candidatura. Nas quatro horas da sua escala em São Luís, o emedebista aumentou seu cacife na bancada maranhense, que era de cinco votos, para nove votos, virando o jogo e ultrapassando o deputado da base bolsonarista Arthur Lira (PP-AL), que perdeu um dos sete votos que tinha. Quatro deputados – Zé Carlos (PT), Pedro Lucas (PTB), Edilázio Jr. (PSD) e Josivaldo JP (PHS) – bateram martelo por sua candidatura. O líder emedebista consolidou o apoio do governador Flávio Dino, que o recebeu muito bem no Palácio dos Leões, e confirmando os dois votos do PCdoB. O mesmo aconteceu nos encontros com o prefeito Eduardo Braide (Podemos), que sinalizou apoio à sua candidatura, e na visita à ex-governadora Roseana Sarney, que integra o comando nacional do MDB.

Os dois candidatos que vieram ao Maranhão dependem agora dos três votos controlados pelo deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) – o dele próprio, e os de Júnior Lourenço (PL) e Merreca Filho (Patriotas). Se os três forem para Baleia Rossi, o emedebista irá a 12 votos no Maranhão, firmando um placar de 12 a seis. Mas se os três votos forem dados a Arthur Lira, o bolsonarista chegará a nove votos, produzindo empate. Depois do périplo pelo Palácio dos Leões, pelo Palácio de la Ravardière e pela Península da Ponta D`Areia, Baleia Rossi embarcou ontem à noite de volta a Brasília empolgado com os resultados das suas visitas ao governador Flávio Dino (PCdoB), ao prefeito Eduardo Braide (Podemos) e à ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

A escala no Palácio dos Leões foi emblemática. Baleia Rossi estava acompanhado pelo deputado federal João Marcelo (MDB), dos três deputados estaduais do MDB – Roberto Costa, Arnaldo Melo e Socorro Waquim -, da cúpula do PCdoB, do vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), entre outros representantes partidários. Ali, o governador Flavio Dino lhe confirmou o apoio do seu partido, e cobrou dele o compromisso de manter a Câmara Federal como baluarte da democracia. E sugeriu que na sua gestão sejam pautadas matérias essenciais: “Nós defendemos a produção brasileira, os produtores brasileiros, defendemos que o Brasil produza alimentos, defendemos o Meio Ambiente. Em torno dessas pautas se dá essa aliança ampla no Maranhão”, disse, enfático, o governador do Maranhão. “Apesar das diferentes visões políticas, temos a mesma visão derivada da questão da democracia, do papel da Câmara Federal e da independência entre os poderes”, acrescentou o governador.

Baleia Rossi agradeceu ao governador, pontuando: “Queremos ter uma Câmara livre, independente, para ajudar o nosso país a recuperar a sua economia e superar a pandemia. Vamos trabalhar com harmonia e diálogo. A Câmara forte significa parlamentares fortes para trabalhar em defesa do seu estado, seus municípios e do nosso país”.

No encontro com o prefeito Eduardo Braide (Podemos), no Palácio dela Ravardière, Baleia Rossi pediu apoio à sua candidatura reafirmando os compromissos de manter a Câmara Federal como uma instituição de diálogo e independência. O prefeito, por seu turno, pediu ao candidato que, se eleito, coloque em pauta dois projetos de sua autoria: um que trata de medidas que facilitarão o combate ao câncer no País, e outro para consolidar o projeto da Lei Aldir Blanc, que prevê benefícios para a área cultural. Ao agradecer a acolhida, Baleia Rossi prometeu que, se eleito, cuidará dos dois projetos. Da Prefeitura, já no início da noite, Baleia Rossi visitou a ex-governadora Roseana Sarney, de quem é amigo. Eles conversaram sobre a eleição, e Roseana Sarney, que conheceu bem os bastidores e os humores da Câmara Federal como líder do Governo Lula no Congresso Nacional, se ofereceu para ajudá-lo na articulação.

Ao deixar São Luís, por volta das 20 horas, depois de ter recebido o poio de forças da Situação e da Oposição no Maranhão, o deputado Baleia Rossi se mostrava confiante na vitória. Afinal, voou para Brasília levando na bagagem a certeza de que terá a maioria dos 18 votos da bancada do Maranhão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Josimar de Maranhãozinho tem papel decisivo no posicionamento da bancada na eleição da Câmara Federal

A pancada moral e política que recebeu na Operação Descalabro, há três semanas, na qual, por ordem judicial, a Polícia Federal invadiu endereços a ele ligados, revirou gavetas e encontrou mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo guardado em pacotes, que seriam frutos de um esquema de corrupção por meio de desvio de recursos de emendas federais destinados à área de Saúde, o deputado Josimar de Maranhãozinho (foto) continua ocupando espaço respeitável no cenário político estadual. Exatamente neste momento, ele está no epicentro da disputa pela presidência da Câmara Federal cujo resultado depende da decisão que ele vier a tomar.

Senhor absoluto do PL no Maranhão e recém-saído das eleições municipais com 40 prefeitos, e chefe maior de uma bancada de cinco deputados na Assembleia Legislativa, Josimar de Maranhãozinho controla uma minibancada de deputados federais, que inclui ele próprio, Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas) e Pastor Gildenemyr (PL). Como Pastor Gildenemyr já declarou seu voto a Arthur Lira, ele vai decidir o rumo dos três votos sobre o qual exerce controle total.

Se decidir votar em Baleia Rossi, o candidato do MDB, que já tem nove votos praticamente garantidos, conquistará dois terços da bancada, mas se a opção for por Arthur Lira, o candidato bolsonarista terá nove votos e a bancada irá às urnas dividida ao meio. É provável que o governador Flavio Dino interceda em favor do emedebista, mas o que definirá o rumo dos três votos será uma conversa que Josimar de Maranhãozinho terá com Baleia Rossi na semana que vem, em Brasília.

 

Polícia está no encalço dos autores de notícia falsa envolvendo o secretário Carlos Lula

Carlos Lula: alvo de notícia falsa sobre vacina

A Polícia Civil está no encalço dos bandidos que postaram uma notícia falsa dando conta de que o secretário de estado da Saúde, Carlos Lula estaria oferecendo vacina para compra na internet. O post é grosseiro, foi detectado rapidamente, tendo o secretário publicado um desmentido, evitando assim que o crime virtual ganhasse o mundo. A notícia falsa vai custar caro aos seus autores. Primeiro porque serão identificados rapidamente, e depois porque, além da cana que certamente curtirão, serão processados também por danos morais. Homem sério, advogado de profissão, e dono de uma vida irrepreensível do ponto de vista moral e ético, e que realizando um trabalho gigantesco e desafiador na Saúde estadual, o secretário Carlos Lula está indignado com o uso criminoso do seu nome e número de telefone pelos bandidos virtuais para montar a notícia falsa.  A julgar pelo que a Polícia já apurou, a identificação e prisão dos meliantes se darão em pouco tempo.

São Luís, 23 de Janeiro de 2021.

Câmara Federal: Baleia Rossi chega hoje a São Luís atrás de votos na bancada maranhense

 

Baleia Rossi (c) no lançamento d sua candidatura, apoiado por João Marcelo (d)

A exemplo do que fez há 10 dias o deputado alagoano Arthur Lira (PP), que visitou o governador em exercício Carlos Brandão (Republicanos) e o prefeito Eduardo Braide (Podemos), o deputado paulista Baleia Rossi (MDB) desembarca hoje em São Luís em busca de votos na dura e ainda indefinida disputa para a presidência da Câmara Federal. O emedebista, que preside nacionalmente o seu partido, fará o mesmo roteiro, no Palácio dos Leões se reunirá com o governador Flávio Dino (PCdoB), por volta das 16 horas, de onde seguirá para um encontro com o prefeito Eduardo Braide, no Palácio de la Ravardière, e depois para uma conversa com a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), na Península. Baleia Rossi, que preside nacionalmente o MDB, vem ao Maranhão atrás dos votos indefinidos, para reverter a tendência no momento favorável ao bolsonarista Arthur Lira, na bancada maranhense.

No momento, a bancada maranhense está dividida em três grupos em relação à disputa pelo comando da Câmara Federal. Estão fechados com Arthur Lira os deputados Edilázio Jr. (PSD), Aluísio Mendes (PSC), Juscelino Filho (DEM), Gil Cutrim (PDT), André Fufuca (PP), Cléber Verde (Republicanos) e Pastor Gildenemyr (PL). Com Baleia Rossi estão João Marcelo (MDB), Hildo Rocha (MDB), Márcio Jerry (PCdoB), Rubens Jr. (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB). Encontram-se ainda sobre o muro os deputados Zé Carlos (PT), Pedro Lucas (PTB), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas) e Josivaldo JP (PHS).

Candidato de um movimento articulado pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), Baleia Rossi já tem o apoio declarado do PCdoB, tanto que os deputados federais Márcio Jerry e Rubens Jr., recém nomeados secretários de Cidades e Articulação Política, respectivamente, retornarão momentaneamente à Câmara Federal para honrar o compromisso do partido com o candidato emedebista. Na conversa com o governador Flávio Dino, pedirá o seu apoio no sentido de conseguir os votos dos deputados Zé Carlos, Pedro Lucas, Josimar de Maranhãozinho, Marreca Filho e Júnior Lourenço, o que, em caso positivo, lhe dará maioria na bancada maranhense. Pretende também conquistar o voto do ainda indefinido deputado Josivaldo JP, que ganhou a cadeira com a renúncia de Eduardo Braide, para assumir a Prefeitura de São Luís. Na visita a Roseana Sarney, Baleia Rossi pedirá o seu apoio para reverter o voto do deputado Edilázio Jr., que já se declarou eleitor de Arthur Lira.

Se conseguir tirar do muro o petista Zé Carlos, que resiste seguir a decisão do PT de apoiá-lo, bem como o petebista Pedro Lucas Fernandes, cujo partido, o PTB, tende a apoiar o candidato bolsonarista, Baleia Rossi sairá de São Luís empatado com Arthur Lira na bancada maranhenses, restando os três votos controlados por Josimar de Maranhãozinho. No meio político e fora dele ninguém duvida que Marreca Filho e Júnior Lourenço votarão em quem o chefe do PL determinar. Do grupo de Josimar de Maranhãozinho, somente o Pastor Gildenemyr (PL), que é o mais independente deles, por ter sua base no eleitorado evangélico, já definiu posição, tendo declarado voto a Arthur Lira.

A incursão eleitoral do deputado Baleia Rossi em São Luís não significa que a bancada venha a se definir por inteiro. O   deputado João Marcelo, que além de eleitor está na linha de frente da campanha de Baleia Rossi, acredita que o emedebista sairá de São Luís levando na bagagem a certeza de que terá maioria de votos na bancada maranhense, sem precisar o tamanho dessa maioria. Já na avaliação de um apoiador de Arthur Lira, que preferiu o anonimato, o mais provável é que, com o apoio do governador Flávio Dino, Baleia Rossi atraia os votos do petista Zé Carlos e do petebista Pedro Lucas Fernandes, zerando o jogo. No caso, ficarão soltos, por enquanto, os três votos do grupo de Josimar de Maranhãozinho e o de Josivaldo JP, que naturalmente usará o seu voto para ganhar alguma musculatura na Câmara Federal.

Vale registrar que também concorrem à sucessão do presidente Rodrigo Maia, sem qualquer chance de vitória, mas criando a possibilidade de levar a eleição para dois turnos, os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS), André Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), Alexandre Frota (PSDB-SP) e Luiza Erundina (PSOL-SP).

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Partidários de Eudes Sampaio dizem que Júlio Matos não está garantido no cargo

Júlio Matos pode cair, dizem partidário de Eudes Sampaio

Partidários do ex-prefeito Eudes Sampaio (PTB) garantem que, mesmo com a diplomação e posse de Júlio Matos (PL), a disputa para a prefeitura de São José de Ribamar ainda não chegou ao fim. Eles garantem que ele assumiu sem condições legais, por estar inelegível e que perderá o cargo em no máximo seis meses, tempo que estimam para que a contestação da sua eleição seja examinada e decidida pela Justiça Eleitoral.

Júlio Matos foi tornado inelegível há mais de oito anos e seus direitos políticos ainda estavam suspensos quando ele se candidatou a prefeito, garantido por uma decisão favorável do Tribunal de Cintas do Estado, que reviu o processo e o inocentou, ato que foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça. Seus advogados, porém, garantem que ele concorreu em situação legal, garantido por decisão judicial, e não há como reverter sua eleição, que ele venceu com vantagem incontestável.

Adversários do prefeito, por sua vez, afirmam categoricamente que ele não poderia ter concorrido e estão demonstrando isso na impugnação da sua candidatura e na ilegalidade da sua eleição. Esse grupo está convencido de que a cassação do diploma do prefeito Júlio Matos é apenas uma questão de tempo. A expectativa desses partidários é que cedo ou tarde o ex-prefeito Eudes Sampaio, que perdeu feio nas urnas, voltará ao comando da Prefeitura de São José de Ribamar, que já é o terceiro maior município do maranhão em população.

A verdade é que na Cidade do Padroeiro ninguém tem certeza de nada. Júlio Matos ganhou no voto, foi diplomado, tomou posse e tenta exercer seu o mandato sem pressões, mas sem convicção absoluta cumprirá o mandato até o fim. O mesmo acontece com Eudes Sampaio, que perdeu no voto, contestou a candidatura de Júlio matos e não tem certeza de que vencerá na Justiça.

Para um expert em legislação eleitoral, se Júlio Matos cair, o caminho provável é que a Justiça Eleitoral realize nova eleição, como aconteceu em Bacabal, onde o prefeito Zé Vieira (PR) venceu a eleição contra o deputado Roberto Costa (MDB), assumiu, mas teve seu registro contestado e cassado pela Justiça Eleitoral, tendo o presidente da Câmara, Edvan Brandão, assumiu a Prefeitura e concorreu à reeleição, ganhando mais quatro anos.

 

Yglésio Moyses denuncia médicos furando fila na vacinação contra a Covid-19

Yglésio Moyses usou o Twitter dispara contra médios que furam a fila da vacinação

Se nada tivesse realizado como deputado-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, a iniciativa política do deputado Yglésio Moyses (PROS) de denunciar, ontem, em tem indignado, que médicos que não estão na linha de frente do combate ao coronavírus, estejam sendo imunizados em São Luís, de maneira vergonhosa, já seria suficiente para justificar o mandato. Além dos profissionais dos mais diferentes ramos da Medicina, incluindo a Odontologia, flagrados no uso do privilégio indevido, a metralhadora ética do parlamentar, que é médico e advogado, pode ter alvejado também os critérios adotados pela Prefeitura de São Luís, dentro da ordem de prioridades definida pelo Ministério da Saúde e respeitada em todo o país, apesar de alguns raros desvios.

De uma só tacada, o parlamentar atirou nos médicos incorretamente beneficiados e acertou na Secretaria Municipal de Saúde, no Conselho Regional de Medicina e no Conselho Regional de Odontologia. Em dois posts no Twitter, Yglésio Moyses acusa esses colegas seus de “furar fila”. “Sinto vergonha em ver médicos que só atendem em consultório, ex-dono de hospital, ginecologista de consultório e aposentados de hospital dando aquele velho ‘jeitinho brasileiro’. Uma verdadeira falta de respeito”, declarou, escreveu o parlamentar, sem esconder sua indignação como deputado e médico.

Até onde a Coluna alcançou, a Secretaria Municipal de Saúde preferiu ignorar a denúncia e o Conselho Regional de Medicina manteve silêncio. Apenas o Conselho Regional de Odontologia reagiu com uma nota sem eira nem beira e que foi alvo de uma dura tréplica do deputado, que chamou o presidente do CRO de incompetente e despreparado.

O deputado Yglésio Moyses deixou muito claro nas suas manifestações que vai continuar atento em relação a tudo de errado que disser respeito ao combate à pandemia do coronavírus, a começar pela vacinação.

São Luís, 22 de Janeiro de 2021.

Chegada da Coronavac alivia as tensões no Maranhão, mas não interrompe o processo político visando 2022

 

A Coronavac amenizou o clima político e garantiu relação republicana entre Flávio Dino e prefeitos, entre ele o ludovicense Eduardo Braide 

Diferentemente do que ocorre no plano nacional, onde o presidente da República, ministros e filhos andam na contramão da realidade, negando a vacina e criando problemas com a China, produtora do insumo necessário para produzir a Coronavac, e ainda tentando agora assumir a paternidade do imunizante para cuja produção nada contribuíram, no Maranhão, a corrida pela vacinação tem servido para congelar diferenças políticas em favor do bem comum. O melhor exemplo tem sido a maneira republicana com que o governador Flávio Dino (PCdoB) tem tratado adversários em comando de prefeituras, orientando sua equipe para dispensar tratamento igual a todos os prefeitos maranhenses, a começar pelo de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), que hoje é um dos principais adversários políticos do Governo do PCdoB.

Desde os primeiros movimentos no sentido de preparar os municípios para atuarem com segurança e eficácia no processo de imunização, o governador Flávio Dino determinou ao Governo a distribuição do estoque de seringas e agulhas proporcionalmente entre os 217 municípios. O rateio foi feito com antecedência, tendo, logicamente, a Secretaria Estadual de Saúde destinado a maior quantidade, 26.572 doses, à Prefeitura de São Luís, para vacinar 13.286 pessoas. A garantia de que não lhe faltariam tais insumos essenciais para a vacinação permitiu que o prefeito Eduardo Braide programasse a vacinação com segurança. O aspecto operacional para a entrega desse material foi tratado entre os secretários de Saúde do Estado, Carlos Lula, e do Município, Joel Nunes Jr., num correto clima de plena cooperação, sem trapalhões pelo meio, e sem o envolvimento direto do governador e do prefeito. Tudo funcionou tão bem que o prefeito de São Luís iniciou ontem mesmo, sem atropelo, a campanha de vacinação na Capital.

Essa bem sucedida cooperação, feita no mesmo nível com todos os prefeitos maranhenses, aliados e não aliados, está na madura e sensata compreensão do governador Flávio Dino no sentido de que, quando o interesse maior da população está em jogo, as diferenças políticas têm de ser sufocadas – ao menos temporariamente. O prefeito Eduardo Braide também fez a leitura correta da situação: comandou o ato inicial da vacinação no Hospital Djalma Marques, o velho e querido Socorrão I, respeitando as regras com o cuidado de não fazer jogo político. A atuação correta e eficaz da engrenagem controlada pelo Palácio dos Leões em todos os municípios fez com que não tenha havido – pelo menos até aqui -, nenhuma manifestação discordante. Ficou claro que as lideranças políticas atuais do Maranhão estão em sintonia fina com a democracia e a modernidade.

Nenhum problema foi registrado na distribuição equitativa das 164.240 doses da Coronavac recebidas do Ministério da Saúde para garantir as duas doses a 78.223 pessoas – a segunda dose será aplicada num intervalo de três semanas, em datas a serem definidas no cartão de vacinação. Todos os municípios receberam exatamente o que tinham direito.

O bom andamento do processo de vacinação no Maranhão, com o correto entendimento institucional entre o Governo do Estado e os governos municipais não significa que as diferenças políticas momentaneamente sufocadas deixarão de existir. Por mais importante que seja a chegada da vacina contra o novo coronavírus, não dá para ignorar o fato de que daqui a 21 meses os maranhenses irão às urnas escolher o presidente da República, governador, um senador, 18 deputados federais e 42 deputados estaduais. E por tudo o que tem acontecido no País dentro e fora da política, todos os observadores atentos prognosticam uma disputa política e eleitoral tensa e intensa, na qual as diferenças se manifestarão de maneira inflamada.

Se não tem o poder de mudar a tendência belicosa da disputa política marcada para 2022, o clima de cooperação propiciado pela chegada da Coronavac ficará como um oportuno registro de que a imunização alivia as tenções, mas não tem o poder de interromper nem deformar o processo político, que é essencial à vida da Nação.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Rocha estuda disputar reeleição para o Senado, o Governo do Estado e a Câmara Federal

Roberto Rocha: proximidade com Jair Bolsonaro e dúvida sobre futuro nas próximas eleições

Engana-se quem pensa que o senador Roberto Rocha (PSDB) está cogitando pendurar as chuteiras da política. Uma fonte a ele ligada revelou à Coluna que o senador dificilmente tentará renovar o mandato na Câmara Alta numa disputa com o governador Flávio Dino, estando agora avaliando entrar mesmo na briga pelo Governo do Estado ou na disputa por uma cadeira na Câmara Federal. Cada vez mais ligado ao bolsonarismo, o chefe dos tucanos maranhenses tem noção clara de que suas chances são muito remotas numa eventual disputa direta com governador Flávio Dino pela vaga senatorial disponível. Se optar pelo Governo Estado, terá de enfrentar, em princípio, o então governador Carlos Brandão (Podemos) de um lado e o senador Weverton Rocha (PDT) do outro, podendo encontrar pela frente ainda a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), a senadora Eliziane Gama (Cidadania) ou o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PDT). No caso de optar por uma cadeira na Câmara Federal, terá de disputar votos com os atuais deputados federais que buscarão a reeleição, e outros pesos pesados da política, como Chico Leitoa (PDT), Sebastião Madeira (PSDB), Othelino Neto (PCdoB) – se não entrar na disputa majoritária -, Duarte Jr. (Republicanos), Fábio Gentil (Republicanos), Carlos Lula (PCdoB) e Felipe Camarão (DEM), entre outros. Na avaliação da mesma fonte, Roberto Rocha tem pouco tempo para tomar uma decisão viável.

 

Yglésio Moises valia deixar o PROS e retornar ao PDT

O deputado Yglésio Moises (foto) admite que está em busca de um novo partido. Ele se elegeu pelo PDT, mas deixou a legenda brizolista quando tentou, sem sucesso, ser o seu candidato a prefeito de São Luís, obtendo apenas o direito de migrar para o PROS para viabilizar aquele projeto sem perder o mandato parlamentar. Sexto colocado na disputa na Capital, o parlamentar está ajustando trajetória, já tendo avaliado que não dá para continuar no PROS. Tem convite para vários partidos, entre eles o PSB e o MDB, mas admite estar inclinado a retornar ao PDT, onde diz sentir-se bem.

São Luís, 20 de Janeiro de 2021.