Arquivos mensais: junho 2018

Incrível: a Rede, partido de Marina Silva, candidata forte a presidente, não tem representação expressiva no Maranhão

 

Marina Silva: sem grupo forte de apoio no Maranhão
Marina Silva: sem grupo forte de apoio no Maranhão

Não bastasse a complicada situação vivida pela ex-governadora Roseana Sarney, pré-candidata do MDB ao Governo do Estado, que tenta levar à frente seu projeto eleitoral com o apoio de um presidente rejeitado pela maioria e por um pré-candidato a presidente que é quase traço nas pesquisas de opinião, o cenário político do Maranhão vem sendo tomado por uma indagação relacionada com a disputa presidencial, só que no sentido inverso: como a presidenciável Marina Silva (Rede) vai capilarizar sua candidatura no estado? Terceira colocada na corrida presidencial num cenário com o ex-presidente Lula da Silva (PT), e segunda na disputa incluindo o líder petista, Marina Silva vive a curiosa situação de não ter um grupo forte disposto a levantar sua bandeira para seduzir o eleitorado maranhense, mesmo tendo sempre aparecido em terceiro lugar nas pesquisas que mediram até aqui, o que justificaria plenamente o interesse de qualquer grupo por uma aliança com a Rede.

Nas duas eleições presidenciais que disputou, Marina Silva ficou em terceiro lugar na preferência do eleitorado maranhense. Mas isso não a estimulou a movimentar-se para ampliar a posição da Rede e a sua pessoal no cenário político estadual, estando o seu partido sempre nas mãos de pequenos grupos sem lastro para alargar os seus horizontes no estado. E o resultado é que agora, a pouco mais de três meses das eleições, e apontada como um dos três candidatos com possibilidade real de vencer a eleição presidencial num cenário sem Lula da Silva, o que é o mais provável, a ex-senadora não conta com um suporte político-partidário no Maranhão.

No contexto político mais recente, Marina Silva e sua Rede estiveram prestes a ser abraçadas pela deputada federal Eliziane Gama, quando ela procurava um partido para disputar a Prefeitura de São Luís. Seu caminho natural seria a Rede, mas uma série de encrencas causadas por pequenos grupos interessados no controle da agremiação no Maranhão e ela própria inviabilizaram a migração de Eliziane Gama, que depois de flertar com outros partidos, decidiu permanecer no PPS, pelo qual disputou a Prefeitura da Capital e agora vai encarar as urnas como candidata ao Senado na chapa da aliança partidária liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Matina Silva chegou a visitar o Maranhão e atravessou o centro de São Luís de braços dados com Eliziane Gama em meados de 2015, mas pernadas e cotoveladas dadas nos bastidores fizeram-na desistir do projeto de comandar a Rede no Maranhão.

Outro momento em que a Rede de Marina Silva se mexeu para ocupar mais espaço na seara polpitica maranhense foi quando o seu comando foi assumido pelo ex-juiz Márlon Reis, hoje candidato a governador no vizinho Estado do Tocantins. Um dos articuladores do movimento nacional que resultou edição da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis abandonou a magistratura mudou-se para Brasília para militar como advogado na área do Direito Eleitoral. Suas posições políticas e ecológicas o aproximaram de Marina Silva, de quem se tornou conselheiro político, assumindo também a condição de advogado da Rede. Márlon Reis deixou a magistratura para, a princípio, candidatar-se ao Senado pelo Maranhão, admitindo também a possibilidade de vir a se candidato ao Governo do Estado. Ciente das imensas dificuldades que enfrentaria, o ex-juiz desistiu de entrar na política maranhense, transferiu se domicílio eleitoral para o Tocantins, seu estado de origem, e se lançou candidato ao Governo do Estado – até agora sua candidatura não decolou como ele esperava.

A migração de Márlon Reis para o Tocantins deixou a Rede sem uma liderança expressiva no maranhão. No seu comando ficou um grupo remanescente do PT, liderado por Sílvio Bembem, que há alguns meses anunciou intenção de retornar ao partido de Lula da Silva, o que não se concretizou, pelo menos formalmente. Essa movimentação produziu uma situação no mínimo estranha e curiosa: um partido com uma candidata presidencial forte não tem – pelo menos até aqui – uma representação expressiva no Maranhão.

As próximas semanas dirão se o punho maranhense da rede de Marina Silva permanecerá fora da escápula no estado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Candidatos a senador do Grupo Sarney definem seus suplentes

Saener Filho e os suplentes João Manoel Souza e Clóvis Fecury, e Edison Lobão e seu primeiro suplente Lobão Filho.
Saener Filho e os suplentes João Manoel Souza e Clóvis Fecury, e Edison Lobão e seu primeiro suplente Lobão Filho.

Os candidatos a senador da aliança liderada pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), o senador Edison Lobão (MDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV), praticamente definiram seus suplentes. Edison Lobão manterá o empresário Lobão Filho na primeira suplência, devendo definir na próxima semana quem será o segundo suplente. Já Sarney Filho está com a chapa completa, pois terá como primeiro suplente o ex-deputado federal Clóvis Fecury, atual primeiro suplente do senador João Alberto, e o professor João Manoel Souza, filho do senador João Alberto, que decidiu não concorrer à reeleição. Essas definições ocorreram sem maiores problemas. No momento, o senador Edison Lobão movimenta-se na busca do candidato a segundo suplente. Seu atual é o Pastor Bel, que resolveu disputar a vaga de senador pelo PRTB em aliança com a pré-candidata do PSL ao Governo do Estado, Maura Jorge, que é o braço do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão.

 

Coronel que quer ser governador diz que escola não é para “ensinar a ser gay”

Coronel Monteiro tem pensamento afinado com o de Jair Bolsonaro
Coronel Monteiro tem pensamento afinado com o de Jair Bolsonaro

Preterido pelo colega de caserna Jair Bolsonaro (PSL) do posto de “comandante das suas forças” no Maranhão, preferindo entrega-lo à pré-candidata do PSL ao Governo do Estado, Maura Jorge, o coronel da reserva do Exército Ribamar Monteiro, afastou-se do braço bolsonarista para seguir em frente como pré-candidato ao Palácio dos Leões. Para tanto, adotou um discurso preconceituoso e homofóbico, que vem pregando onde lhe dão espaço. Recentemente, ao falar em um programa de TV, ele reafirmou sua condição de direita perigosa ao afirmar que num eventual governo por ele dirigido “escolha não será para ensinar a ser gay”. Difícil imaginar que alguém com tal visão esteja militando na política com a pretensão de ser governador do Estado. Mas ele está aí, vendendo suas ideias, garantido pela democracia que pretende engessar.

São Luís, 30 de Junho de 2018.

Roseana Sarney vive o drama de ser apoiada por um presidente rejeitado e por um presidenciável muito fraco

 

Roseana Sarney enfrenta situação difícil com Michel temer e Henrique Meireles
Equação política complicada: Roseana Sarney enfrenta situação difícil com Michel temer e Henrique Meireles

É ao mesmo tempo desconfortável e incômoda a situação da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) em relação ao que deveriam ser dois dos três suportes da sua candidatura ao Governo do Estado: a inacreditável posição do presidente Michel Temer (MDB) no conceito da Opinião Pública, e a absolutamente pífia posição do pré-candidato do MDB a presidente da República, o ex-banqueiro e ex-ministro da Fazenda Henrique Meireles. De acordo com pesquisa do Ibope/CNI divulgada ontem, o presidente se tornou o mais impopular da História da República, com 79% dos entrevistados desaprovando seu Governo, enquanto o candidato do presidente a seu sucessor não tem mais de 1% na preferência do eleitorado nacional. Ou seja, a ex-governadora é hoje uma pré-candidata de um partido bombardeado por denúncias, não conta com o apoio aberto do presidente da República do seu partido, tão grave quanto à avassalador desprestígio do presidente emedebista é a dramática distância candidato presidencial do eleitorado

Roseana Sarney é uma política de grupo, que disputou todas as suas eleições embalada pelo apoio do Palácio do Planalto e dos candidatos pemedebistas, todos a vice-presidente em chapas lideradas por candidatos vencedores: o presidente pemedebista Itamar Franco e o tucano Fernando Henrique Cardoso em 1994, FHC em 1998, e o petista Lula da Silva em 2002 (para o Senado) e 2006 e 2010). Construída sempre pelo ex-presidente José Sarney (MDB), que conhece como ninguém o caminho das pedras no tabuleiro desse jogo complicado, os tripés que embalaram as candidaturas de Roseana Sarney nas suas campanhas vitoriosas foram exatamente poder de fogo da máquina estadual, o suporte esmagador do Palácio do Planalto e o sopro poderoso do candidato da aliança do seu partido com o PSDB e depois com o PT.

É inegável, por outro lado, que, além do empurrão indispensável das máquinas estadual e federal e dos candidatos presidenciais apoiados por seu Grupo, Roseana Sarney entrou na política carregando um talento que, lapidado durante seu longo período de poder, tornou-a uma política carismática, apesar da sua notória dificuldade de comunicação verbal. Suas vitórias eleitorais foram, portanto e indiscutivelmente, resultado da soma desses quatro fatores, sem os quais ela dificilmente passaria do primeiro mandato, que ganhou numa disputa duríssima, e controversa, com o senador Epitácio Cafeteira, em 1994.

Nesse momento, a menos de um mês da abertura do período de realização das convenções partidárias – 20 de Julho a 5 de Agosto – a situação da ex-governadora Roseana Sarney é muito complicada. Ela aparece em segundo lugar, com cacife que varia entre 25% e 30% de intenções de votos, muito distante do primeiro colocado, o governador Flávio Dino (PCdoB), que tem aparecido em todas elas com mais de 50% da preferência do eleitorado. E sem contar com os fatores que sempre turbinaram suas corridas às urnas, ela corre sério risco de ter sua campanha travada por falta do combustível político que eles produzem.

O grave dessa equação incompleta que trava e fragiliza o projeto eleitoral da ex-governadora em direção às urnas é que não há como revertera situação do presidente Michel Temer, de modo que ele e seu Governo possam vir a ser usados como mote da sua campanha. E também que não há qualquer sinal indicativo de que o ex-banqueiro e ex-ministro da Fazenda Henrique venha a decolar como candidato a suceder seu ex-chefe no Palácio do Planalto. A maior evidência desse drama político é que, desde que anunciou sua decisão de concorrer, a pré-candidata do MDB não pronunciou até agora uma só palavra sobre o presidente do MDB, sobre o Governo do presidente do MDB e sobre o candidato a presidente do MDB, lançado pelo presidente do MDB.

Se realmente vai entrar na briga pelo voto, como vem afirmando, a ex-governadora terá de encarar a situação e definir o seu discurso, porque ele dificilmente sustentará uma campanha sem dizer o que pensa do presidente Michel Temer e do candidato do MDB a presidente, Henrique Meireles.

 

PONTO E CONTRAPONTO

 

Pesquisa Ibope mostra rejeição de candidatos e números de indefinidos

Jair Bonsonaro é o mais rejeitado, seguido de Lula da Silva, Marina Silva e Geraldo Alckmin
Jair Bolsonaro é o mais rejeitado, seguido de Lula da Silva, Marina Silva e Geraldo Alckmin, segundo o Ibope

Quem se motiva com os números da corrida à presidência da República precisa avançar da leitura dos percentuais encontrados pela pesquisa Ibope/CNI para cair na realidade quando se deparar com os itens rejeição e “nulo e branco”, “não sabe”.

No primeiro caso, o item rejeição, a pesquisa Ibope mostrou que o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), que tem 17% de intenções de voto, é o mais rejeitado, com 32%. Logo em seguida vem Lula da Silva (PT), que lidera a corrida com 33% das intenções de voto, mas enfrenta uma rejeição de 31%. Já Geraldo Alckmin, do PSDB, que tem 6% de intenções de voto, amarga uma rejeição de 22%. E Marina Silva (Rede) é rejeitada por 18%, contra 13% de intenções de voto.

Em relação ao item “indefinição”, os números encontrados pelo Ibope funcionam como um alerta estridente de que nada está decidido em relação à corrida presidencial. Para começar, no cenário com Lula, nada menos que 22% dos entrevistados disserem que votarão em branco ou anularão o voto, enquanto que 6% disseram não saber ou não responderam. Já no cenário sem o ex-presidente, a situação se complica ainda mais: 33% disseram que votarão em branco ou anularão o voto. Enquanto que 8% disseram não saber ou não responderam.

Isso significa dizer que no cenário com Lula a indefinição é de 28%, enquanto que no cenário sem o ex-presidente a situação fica  muito mais feia: a indefinição alcança o patamar de 41%.

São números para muita reflexão.

Em Tempo: O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu duas mil pessoas em 128 municípios. A margem de erro é de dois pontos

 

Flávio Dino entrega em Vargem Grande mais um complexo escolar de tempo integral

Complexo educacional de tempo integram inaugurado ontem em Vargem Grande; Othelino Neto fala ni ato observado por Flávio Dino
Complexo educacional de tempo integram inaugurado ontem em Vargem Grande; Othelino Neto fala no ato observado por Flávio Dino e pelo prefeito Carlos Barros

O governador Flávio Dino (PCdoB) inaugurou ontem, em Vargem Grande, ao lado do prefeito Carlos Barros (PCdoB), e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), o  Núcleo de Educação Integral Professora Maria da Conceição Carvalho Ribeiro. A escola, que abrigará 1.800 alunos e custou R$ 6 milhões, conta com 18 salas de aula, uma quadra poliesportiva, biblioteca e diversos laboratórios, será uma verdadeira revolução no sistema educacional de Vargem Grande, Participaram do ato os deputados federais Eliziane gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT) e o deputado estadual Fábio Braga (SD), além de prefeitos da região e secretários de Estado

“Nós temos que torcer para o Brasil ganhar a Copa, mas, também, para o Brasil ser um país justo e igual. A escola de quem paga caro tem de ser igual àquela dos que não podem pagar. Esse é o compromisso do nosso governo. Não sou o primeiro governador que vem aqui falar de educação de tempo integral, mas sou o primeiro a fazer uma escola de tempo integral nessa região”, disse o governador no ato de inauguração, acrescentando que não arredará de governar com foco social. E nessa linha lembrou que Vargem Grande já recebeu do seu Governo um restaurante Popular que em 80 dias serviu 27 mil refeições naquele município.

O governador foi enfaticamente apoiado pelo presidente da Assembleia legislativa, que no seu discurso disse: “Essa conquista só foi possível porque o governador Flávio Dino aplica os recursos públicos com transparência e honestidade. Meu coração está cheio de alegria por entregar, ao lado dele, uma obra com essa qualidade para o povo de Vargem Grande. Vamos continuar trabalhando para fazer mais por este município”,

São Luís, 28 de Junho de 2018.

Maura Jorge: de factóide sem futuro a porta-voz da direita bolsonarista na corrida eleitoral no Maranhão

 

Maura Jorge: aliança firme com Jair Bolsonaro no Maranhão
Maura Jorge: laço firme com Jair Bolsonaro no estado

De aliada de primeira hora desde que entrou na política seguindo os passos dos pais, que dominaram a política de Lago da Pedra e vizinhanças por décadas, a ex-deputada estadual e ex-prefeita Maura Jorge (PSL) começou a abrir o seu próprio caminho e agora ganha o status de “fator de preocupação” do Grupo Sarney. Tratada como um factóide inventado pelo deputado federal Aluísio Mendes para dar lastro à construção do Podemos no Maranhão – partido que tem o senador paranaense Álvaro Dias como candidato a presidente -, o projeto de chegar ao Palácio dos Leões, que deveria ser arquivado tão logo o Grupo Sarney definisse o seu projeto para a corrida governamental, ganhou outro rumo quando Maura Jorge percebeu que poderia ocupar um lugar no cenário político estadual e encontrou no projeto presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) a oportunidade que precisava para seguir o seu próprio rumo.

Talhada no xadrez político estadual, no qual inicialmente trilho o seu irmão, o deputado Waldir Jorge (PFL), ex-prefeito de Lago da Pedra e um dos fundadores da Famem e morto tragicamente num acidente aéreo ocorrido durante a campanha eleitoral de 1994, Maura Jorge atuou claramente como linha de frente do Grupo Sarney, seja como deputada estadual, secretária de Estado em Governo de Roseana Sarney, e finalmente como prefeita de Lago da Pedra por dois mandatos. E certamente permaneceria nessa linha candidatando-se a deputada estadual ou a deputada federal. Afinal, um confronto que travou com o governador Flávio Dino (PCdoB) na praça central de Lago da Pedra, em 2016, eliminou qualquer possibilidade de uma convivência política com o chefe do Executivo estadual e seu partido.

A guinada que mudaria radicalmente seu projeto político se deu quando o deputado federal Aluísio Mendes (???) a estimulou a candidatar-se ao Governo do Estado. A ideia inicial era dar consistência ao Podemos no Maranhão, só que a candidatura ao Palácio dos Leões seria arquivada ni momento adequado, com Maura Jorge se candidatando à Assembleia Legislativa ou à Câmara Federal. Tal estratégia foi levada a cabo por semanas seguidas. Ganhou impulso quando o presidenciável do Podemos, senador Álvaro Dias, veio ao Maranhão e incensou sua pré-candidatura ao Palácio dos Leões. A visita injetou-lhe ânimo, convencendo-a de que Quando chegou a hora de desativar a pré-candidatura ao Governo, Maura Jorge já havia se encantado pela ideia e decidiu mantê-la. Sua reação surpreendeu ao “mentor” Aluísio Mendes, que de repente se encontrou numa “saia justa” diante de Roseana Sarney. Assim, de aliada de primeira hora, Maura Jorge de transformou num “problema” para o Grupo Sarney. Ela própria, claro, ficou incomodada com o imbróglio, mas decidiu seguir em frente com a pré-candidatura.

A segunda guinada radical nesse projeto inicialmente sem pé, sem cabeça e sem futuro aconteceu quando Maura Jorge, atenta ao cenário nacional, identificou o projeto de Jair Bolsonaro (PSL) como o seu caminho. Não tinha nenhuma identificação com Álvaro Dias, avaliando que ele não decolaria no Maranhão. Assim, foi a Brasília e apresentou a Jair Bolsonaro a pretensão de ser o seu braço no estado, pois tinha se identificado como o seu discurso de direita radical e conservadora. O presidenciável dispensou o Coronel Ribamar Pinheiro (PSL), que lançara sua pré-candidatura ao Governo do Estado como a voz bolsonarista no Maranhão, vendo na ex-prefeita de Lago da Pedra  o caminho para se propagar no estado. E confirmou isso com todas as letras na visita que fez ao Maranhão duas semanas atrás, quando apresentou-a como sua porta-voz e como sua candidata a governadora.

A vinculação a Jair Bolsonaro injetou gás na movimentação política de Maura Jorge, cuja candidatura passou a ser vista como um fato a ser levado em conta, a começar pela sua posição nas pesquisas mais recentes, à frente do senador Roberto Rocha, pré-candidato do PSDB, e de Ricardo Murad, pré-candidato do PRP, e próxima do deputado Eduardo Braide (PMN). A nova situação de Maura Jorge vem incomodando principalmente a ex-governadora Roseana Sarney, que enxerga na agora ponta de lança bolsonarista no Maranhão um fator que pode contribuir para levar a disputa governamental no Maranhão para um improvável segundo turno, mas também com o um fator de risco ao seu projeto eleitoral.

O que é evidente e indiscutível é que Maura Jorge entrou nesse processo eleitoral como um factóide destinado a ter vida curta, mas que mostrou faro político, afastou-se do Grupo Sarney, mexeu com as pedras certas e encontrou em Jair Bolsonaro o gás que precisava para causar incômodo na corrida ao Palácio dos Leões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Aproximação de Fábio Gentil com Flávio Dino repercute fortemente, mas não causa estragos

Flávio Dino tem apoio de Fábio e Cleide Coutinho; Roseana Sarney fica com Paulo Marinho
Flávio Dino tem  Fábio e Cleide Coutinho; Roseana Sarney fica com Paulo Marinho

Poucos fatos políticos repercutiram tanto em Caxias como o desfecho do processo de aproximação do prefeito Fábio Gentil (PRB) e seu grupo do governador Flávio Dino, formalizado segunda-feira, em reunião no Palácio dos Leões, que terminou quando o primeiro, acompanhado de 15 vereadores, declarou apoio ao segundo na sua corrida à reeleição. As reações foram as mais diferentes, a julgar pelo que foi publicado na blogosfera. O acordo causou um contido mal-estar no vice-prefeito Paulo Marinho Jr. e no pai dele, o ex-prefeito Paulo Marinho (MDB), mas logo ficou claro que, apesar da grita de alguns integrantes do Grupo Marinho, o fato não afetará, pelo menos por enquanto, a aliança com Fábio Gentil. Por seu turno, o comando do Grupo Coutinho, hoje liderado pela ex-deputada Cleide Coutinho (PDT), aliada de primeira hora do governador Flávio Dino, manteve reserva, sinalizando também que não vê problema com o apoio do prefeito e seu grupo ao governador.  Todos ganham nesse contexto: Flávio Dino reúne agora duas das três correntes que dão as cartas na polpitica caxiense; Fábio Gentil abriu os portões do Palácio dos Leões para uma relação institucional produtiva; e Cleide Coutinho permanece firme na condição de aliada preferencial na Princesa do Sertão. Nesse jogo de xadrez, que saiu mesmo perdendo politicamente foi a ex-governadora Roseana Sarney vê a banda hoje mais forte do grande grupo que a apoiava tomar rumo oposto ao seu.

 

Márcio Jardim dispara contra Edison Lobão visando atingir também Eliziane Gama

Márcio Jardim: disparos contra Edison Lobão para alcançar Eliziane Gama
Márcio Jardim: disparos contra Edison Lobão para alcançar Eliziane Gama

O ex-secretário estadual de Esportes, Márcio Jardim (PT), decidiu intensificar seus movimentos visando ocupar um espaço de ponta na esfera majoritária da chapa da aliança liderada pelo Governador Flávio Dino. Sua investida mais recente foram disparos verbais contra o senador Edison Lobão, a quem acusou de “oportunismo” pela defesa contundente que o parlamentar fez do ex-presidente Lula da Silva (PT), cuja prisão definiu como um “absurdo, uma violência”. Na leitura feita por alguns observadores, o ataque de Márcio Jardim a Edison Lobão tem dois alvos, sendo o primeiro o próprio senador, que é candidato forte à reeleição, e indiretamente, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), que o ex-secretário e praticamente todo o PT maranhense querem ver catapultada da vaga de candidata ao Senado. Tudo indica que nesse episódio Márcio Jardim não conseguiu fragilizar seus alvos. Para começar, o discurso do senador Edison Lobão a favor de Lula, de quem foi ministro de Minas e Energia, foi aplaudido por senadores petistas e por outras vozes graúdas do partido. E em relação ao segundo alvo, Eliziane Gama está confirmada como o nome para a segunda vaga de candidata ao Senado na chapa situacionista. Se pretende mesmo ser candidato a senador pelo PT na aliança governista, tem de encontrar argumentos mais fortes.

São Luís, 27 de Junho de 2018.

 

Flávio Dino consolida base forte com o apoio dos prefeitos de 10 dos maiores municípios maranhenses

 

Fábio Gentil e Flávio Dino: depois de descompassos, aliança política e apoio eleitoral
Fábio Gentil e Flávio Dino: depois de descompassos, aliança política e apoio eleitoral

O apoio já declarado dos prefeitos de 10 dos maiores municípios do Maranhão – que representam 1,2 milhão de eleitores – à reeleição mostra a força política e eleitoral que embala o projeto de reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Esse processo de fortalecimento fechou mais uma etapa nesta segunda-feira (25), numa reunião no Palácio dos Leões, onde o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), e um grupo de vereadores da Princesa do Sertão bateram martelo e declararam apoio ao projeto do chefe do Executivo estadual de renovar o mandato em Outubro. Ele se junta aos de São Luís, Edivaldo Jr. (PDT); São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (DEM); Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB); Timon, Luciano Leitoa (PSB); Pinheiro, Luciano Genésio (PP); Santa Inês, Vianey Bringel (PSDB); Codó, Francisco Nagib (PDT); Balsas, Eric da Silva (PDT); Coroatá e Luis da Amovelar Jr. (PCdoB). Juntos, esses colégios representam quase 1 milhão de votos, o que, se a lógica funcionar pode significar como é a tradição nesse caso, o governador poderá sair das urnas daquelas urnas com uma vantagem expressiva, conforme sinalização feita por algumas pesquisas localizadas, divulgadas recentemente. Segundo maior colégio eleitoral do estado, Imperatriz encontra-se sob o comando do MDB, portanto não integra a relação, ainda que ali pesquisas diversas apontaram que até aqui o governador tem vantagem ampla na preferência do eleitorado.

O caso de Caxias (90 mil eleitores) é emblemático, a começar pelo fato de que, com o acordo anunciado ontem, o governador conta agora com o apoio de duas das três correntes políticas de peso no município, a liderada pelo prefeito Fábio Gentil e a que era comandada ex-deputado Humberto Coutinho (PDT), agora tendo à frente a ex-deputada Cleide Coutinho (PDT). Fora da aliança dinista apenas o grupo que segue os ex-prefeitos Paulo Marinho e Márcia Marinho (MDB), atualmente representado no cenário político caxiense pelo vice-prefeito Paulo Marinho Jr. (PSL). Isso não significa que os dois grupos agora parte da aliança dinista vão se juntar. Eles só terão em comum o apoio ao projeto de reeleição do governador e a candidatos a senador do mesmo grupo, porque no mais, mantêm inalterado o estado de guerra permanente.

Há pesos diferentes nessa base de apoio de prefeitos. No caso de São Luís (660 mil eleitores), o prefeito Edivaldo Jr. tem investido fortemente na construção de uma liderança, com um a gestão dinâmica, contando para isso com o apoio governador Flávio Dino. O eleitorado de São Luís, ou pelo menos grande parte dele, é independente e nem sempre segue uma tendência. Nesse processo eleitoral, a parceria administrativa Prefeitura-Governo do Estado e as sólidas relações político-partidárias que ligam o governador ao prefeito da Capital vêm criando um ambiente claramente favorável ao projeto de reeleição do chefe do Executivo estadual. É o caso do prefeito Luis Fernando Silva, de São José de Ribamar (92 mil eleitores, que deixou o Grupo Sarney, onde ocupava posição de proa, para integrar a aliança dinista, desenhando a revisão de que o governador poderá vencer a eleição na Cidade do Padroeiro, ainda que a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) tenha muita força política eleitoral ali. É mais ou menos a situação de Paço do Lumiar (60 mil eleitores), onde o prefeito Domingos Dutra atua para garantir vantagem ampla ao governador, ainda que enfrentando dura oposição de grupos ligados à candidata do MDB.

Em municípios como Timon (99 mil eleitores), Pinheiro (56 mil eleitores) e Santa Inês (49 mil eleitores) há cenários diferentes. Em Timon, por exemplo, o prefeito Luciano Leitoa lidera a maioria, mas a Oposição ali, representada pelo deputado estadual e candidato a senador Alexandre Almeida (PSDB) é forte. Já em Santa Inês, a prefeita Vianey Bringel seguiu a rota traçada pelo deputado federal Juscelino Filho (DEM) e declarou apoio à reeleição do governador. É basicamente a situação de Pinheiro, onde o prefeito Luciano Genésio (PP), que se elegeu como Oposição ao Governo, mudou de posição e se vinculou à aliança dinista. O prefeito de Codó, por sua vez, elegeu-se pelo PDT, já integrando a aliança situacionista.

Dois dos grandes municípios serão palcos de eleições diferenciadas pelas guerras políticas que neles são travadas em caráter permanente: Balsas e Coroatá. Em Balsas (53 mil eleitores), o prefeito já declarou apoio ao governador Flávio Dino, mas enfrenta o fato de ser o município considerado a base política mais importante do senador Roberto Rocha, candidato a governador pelo PSDB. E Coroatá (38 mil eleitores), onde o ex-deputado Ricardo Murad (PRP) já teve domínio absoluto e joga todas as suas fichas para minar o poder do prefeito Luis da Amovelar Jr., que apoia incondicionalmente o governador Flávio Dino.

É esse o cenário nesses colégios eleitorais, que terão peso decisivo no desfecho da corrida ao Palácio dos Leões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Ganha intensidade a movimentação para a escolha do vice de Roseana Sarney

João Alberto e Max Barros no topo da lista das especulações sobre o vice de Roseana Sarney
João Alberto e Max Barros lideram  lista de potenciais vices de Roseana Sarney

Ganha intensidade a movimentação em torno da vaga de candidato a vice-governador na chapa a ser liderada pela ex-governadora Roseana Sarney. No “núcleo duro” do Grupo Sarney estão sendo examinadas as mais diferentes hipóteses, que vão desde a escolha de um candidato da Região Tocantina – ou de qualquer outra região, desde que represente o interior do estado – até uma “solução caseira”, que seria a opção por um nome de peso do Grupo. Nada transpirou ainda em relação às alternativas que possam representar o interior com força. Já em relação a definir uma solução em casa, o agito é intenso. O senador João Alberto aparece sempre como o principal nome da lista, mas deixa claro que seu projeto é se aposentar da guerra pelo voto, continuando na políticas sem compromissos como o de passar parte do seu temo na ponte-aérea São Luís/Brasília/São Luís, mas deixando claro que como homem de grupo poderá acatar uma convocação. Um factóide nada inteligente foi plantado na coluna política de um jornal de Brasília insinuando que o ex-deputado federal Chiquinho Escórcio estaria cotado para a vaga, mas a armação foi logo desmoralizada e a “ideia” não prosperou. Outra possibilidade, logo descartada, apontou a ex-prefeita de Lago da Pedra Maura Jorge (PSL), hoje braço do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão. A alternativa mais recente parece ter rumo: o deputado estadual Max Barros, que há duas semanas anunciou que não mais disputará eleição para a Assembleia Legislativa. O nome de Max Barros foi bem recebido dentro e fora do Grupo Sarney, tornando-se uma possibilidade concreta de vir a ser o candidato a vice da ex-governadora Roseana Sarney.

 

Zé Inácio, um petista coerente na luta para renovar o mandato

Zé Inácio: coerência petista e guerra pela reeleição
Zé Inácio: coerência com a linha petista e guerra pela reeleição dentro do partido

Único representante do PT na Assembleia Legislativa – eleita pelo partido, a deputada Francisca Primo migrou para o PCdoB – o deputado Zé Inácio trava uma luta dura pela reeleição. Exercendo um mandato coerente, demonstrando a cada gesto, fidelidade absoluta à linha de ação do partido – a começa pela pregação permanente em defesa do ex-presidente Lula e da união do partido pela reeleição do governador Flávio Dino – o parlamentar petista enfrenta forte oposição dentro do seu próprio partido. Não ações no sentido de tirá-lo impedir a sua reeleição, mas de pré-candidatos petistas dispostos a jogar pesado para alçar voo na politica, começando por um mandato de deputado estadual. Zé Inácio tem a opção de entrar na guerra por vaga na Câmara federal, mas ele permanecer no parlamento estadual, onde, nestes três anos e meio, aprendeu que é possível realizar um trabalho político decente e produtivo atuando no Palácio Manoel Beckman. Antes uma dúvida, Zé Inácio passou a frequentar a lista dos podem renovar o mandato na Assembleia Legislativa.

São Luís, 26 de Junho de 2018.

Equações complexas: Flávio Dino e Roseana Sarney ainda não definiram seus candidatos a presidente da República

 

Flávio Dino e Roseana Sarney não sabem ainda quem serão os seus candidatoa a presidente
Flávio Dino e Roseana Sarney não sabem ainda quem serão os seus candidato a presidente da República nas eleições de outubro

Quem serão os candidatos do governador Flávio Dino (PCdoB) e da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a presidente da República? Por mais incrível que possa parecer, faltando menos de 100 dias, ou seja, 2.400 horas, essas respostas ainda estão sendo construídas no âmbito da esquerda democrática e nas entranhas do MDB, o mais influente e controverso partido político brasileiro. Os dois mais candidatos mais importante do cenário sucessório do Maranhão encontram-se ainda mergulhados em dúvidas, à medida que os seus campos políticos e ideológicos vivem ainda uma guerra interna que não permitiu até aqui a definição de candidatos definitivos ao Palácio do Planalto. Flávio Dino é partidário da candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT), mesmo estando ele preso, mas também trabalha no sentido de conversar os partidos de esquerda a se juntar em torno de um “Plano B”, que poderá ser o ex-ministro Ciro Gomes, já candidato do PDT, ou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já apontado pelo próprio Lula como o nome ideal a ser lançado pelo PT na impossibilidade da sua candidatura. Roseana ainda não deu seu aval público à candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meireles (MDB), lançado pelo presidente Michel Temer, sinalizando que ele ainda n.ao foi assimilado pelo Grupo Sarney.

As eleições deste ano serão “casadas”, com ligação direta entre candidatos a governador e a presidente da República. Não é exatamente uma regra, mas é a lógica num processo eleitoral em que a base são os partidos políticos. É difícil – mas pode acontecer – imaginar Flávio Dino fazendo campanha para outro candidato a presidente se a deputada gaúcha Manuela D`Ávila se mantiver na corrida e tiver sua candidatura formalizada pelo PCdoB. Como também parecerá absurdo que Roseana Sarney venha a apoiar, por exemplo, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin se o MDB confirmar á candidatura de Henrique Meireles. Mas falta de líderes fortes disputando a presidência é tão clara, que não ser surpresa se situações como as duas relacionadas acima venham a ocorrer na corrida eleitoral deste ano.

Com a experiência de 2014, quando concorreu ao Governo do Estado sem um candidato presidencial definido, situação que o levou a manter na sua campanha janelas abertas para Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos – até sua morte trágica -, o governador Flávio Dino encontra-se numa situação diferente na essência, mas parecida na definição. Ele defende a, libertação e a candidatura de Luka da Silva, seu partido tem um candidato Manuela D`Ávila, e na impossibilidade, cada vez mais clara, de que Lula n.ao será candidato, aposta suas fichas na união da esquerda moderada em torno da candidatura do pedetista Ciro Gomes. Trata-se, como se vê, de uma equação complexa, mas de desfecho possível óbvio. Se de um lado esse cenário o tem como um dos protagonistas em busca de uma solução que evite a pulverização da esquerda, de outro o coloca na situação de um governador candidato á reeleição que pode caminhar para as urnas sem depender do suporte de um candidato a presidente. Nesse cenário, a posição de favorito do governador Flávio Dino atrai candidatos presidenciais.

A situação da ex-governadora Roseana Sarney é rigorosamente diferente. Ela tem um partido poderoso, mas muito fragilizado pelas acusações de corrupção, com parte dos seus líderes mais expressivos colocados na mira da Justiça. Além disse, o partido comanda um governo fraco, impopular e cujos dirigentes, a começar pelo presidente da República, o “emedebista histórico” Michel Temer, encontram-se com a Polícia Federal no seu encalço. Sem opções mais viáveis, o presidente Michel Temer lançou o seu ministro da Fazenda, Henrique Meireles, que é ficha limpa, mas carrega o peso de ser o porta-voz do grande capital, a começar pelos bancos, podendo nem deslanchar. Essa dúvida em relação a Henrique Meireles fez com que até agora a candidata do MDB tenha vindo a público comentar sua escolha, e muito menos declarar-lhe apoio. Ao mesmo tempo, Roseana Sarney trabalha com três hipóteses: aposta numa aliança do MDB com o PSDB no plano nacional, mas que no local apoiaria também a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, e torce também pelo projeto de candidatura do deputado-presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM), mesmo que no maranhão o partido dele integre a aliança liderada pelo governador Flávio Dino.

São situações estranhas, diferenciada das vividas pela maioria dos candidatos a governador. E que, tudo indica, só serão definidas com as convenções partidárias a serem realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, alguns dias antes do início da campanha eleitoral, no dia 17 de agosto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

João Alberto sofre pressão para arquivar o seu projeto de aposentadoria eleitoral

João Alberto: "Nunca digo que esta água não beberei"
João Alberto: “Nunca digo que esta água não beberei”

O senador João Alberto (MDB) encontra-se mergulhado em reflexões sobre o seu futuro político. Ao contrário do que havia programado quando decidiu não concorrer à reeleição, o ex-governador foi apanhado por um redemoinho político que ameaça a obrigá-lo a fazer exatamente o que ele não pretendia mais: disputar votos. Viu-se, de repente, primeiro apontado como possível companheiro de chapa de Roseana Sarney como candidato a vice-governador, e depois, diante da reviravolta que se deu na eleição de Bacabal com a cassação, pelo TSE, do mandato do prefeito Zé Vieira (PR), determinando também a realização de uma nova eleição para o cargo, passou a ser apontado como provável candidato a prefeito, cargo que ocupou eleito em 1988. João Alberto tem dito à Coluna que não será candidato, mas lembra que é homem de partido e integrante de um grupo, situação que, num caso de “extrema”, a arquivar o seu projeto de aposentadoria para encarar as urnas mais uma vez. João Alberto tem um cacife de vencedor: já disputou 12 eleições – deputado estadual, deputado federal, prefeito de Bacabal, vice-governador de Epitácio Cafeteira, Prefeitura de São Luís, vice-governador de Roseana Sarney e senador. Só perdeu duas: para prefeito da Capital, em 1992, e para vice-governador de Roseana Sarney, em 2006, tendo assumiu esse mandato em 2009 com a derrubada de Jackson Lago (PDT).

 

Mudança: Maura Jorge da condição de factóide e ganha posição firme na política a estadual

Maura Jorge: aliança firme com Jair Bolsonaro no Maranhão
Maura Jorge: aliança firme com o candidato Jair Bolsonaro no Maranhão

Uma pergunta vem movimentando os bastidores políticos maranhenses: para onde irá Maura Jorge (PSL)? Há algumas semanas, ninguém levava esse projeto muito a sério, com todos os observadores interpretando os movimentos da ex-deputada estadual e ex-prefeita de Lago da Pedra em direção ao Palácio dos Leões como uma estratégia inteligente de se fortalecer para disputar uma cadeira na Câmara Federal ou, num projeto mais arrojado, se credenciar como nome de peso para a vaga de candidato a vice, de preferência na chapa da ex-governadora Roseana Sarney. Maura Jorge permaneceu nesse patamar até descobriu e tomar de assalto o filão político e eleitoral que poderá ser a campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão. Antes vista como factóide, ideia alimentada pelo coronel José Pinheiro, que já havia se apresentado com o “homem forte” de Bolsonaro no Maranhão, a posição de Maura Jorge se definiu e ganhou força. De lá para cá, a posição da ex-prefeita de Lago da Pedra foi turbinada, mudou de patamar e chegou ao ápice quando da visita de Bolsonaro ao Maranhão, durante a qual ela esteve sempre ao seu lado e em diversas ocasiões ele confirmou-a como o seu braço político estado. Desde então, Maura Jorge passou a ser olhada com “outros olhos” no Grupo Sarney, que agora não sabe bem como tratá-la. O ex-presidente José Sarney e seu grupo sabem que se Jair Bolsonaro vencer a eleição presidencial, com ou sem mandato, Maura Jorge terá força. Se o candidato da direita não se eleger, ela terá conseguido um bom cacife para continuar viva na política e voltar à Prefeitura de Lago da Pedra em 2020.

 

São Luís, 24 de Junho de 2018.

Lobão critica uso de delações como prova e afirma que Lula foi preso “para não ser presidente do Brasil outra vez”

 

Edison Lobão: aparte contundente contra prisão de Lula e uso de delação como orova
Edison Lobão: aparte contundente contra prisão do ex-presidente Lula da Silva e uso de delação como prova

“Lula foi preso para não ser presidente da República outra vez”. A afirmação, em tom contundente, foi feita pelo senador Edison Lobão (MDB), no plenário do Senado, em aparte a um igualmente forte discurso em que o senador catarinense Roberto Requião (MDB), criticou duramente a prisão do ex-presidente Lua da Silva (PT), sob a acusação, sem nenhuma prova documental e baseada em declarações premiadas de delatores, de que ele teria recebido um triplex no Guarujá (SP) como propina da construtora OAS. O aparte de Lobão corroborando com as duras críticas de Requião ao uso, para ele distorcido e ilegal, de delações premiadas como provas, ecoou fortemente dentro do seu partido, foi festejado pelo PT, reacendeu o debate sobre aspectos da Operação Lava Jato e, mais do que isso, intensificou a movimentação na corrida pelo Palácio do Planalto.

Ex-ministro de ministro de Minas e Energia no Governo Lula e, nessa condição, investigado a partir das delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o senador Edison Lobão interpretou a prisão do ex-presidente petista como uma ação política destinada a sua volta ao comando do País, comparando-o aos ex-presidentes Getúlio Vargas, que se suicidou para não acabar presido, e Juscelino Kubistchek, que foi cassado pelos militares por conta da sua liderança.

No aparte surpreendente pela contundência crítica, que foi interpretado como por uns como um gesto de lealdade ao ex-presidente Lula, de quem foi ministro e com quem construiu uma sólida relação pessoal, e por outros como uma manifestação também ao seu próprio favor como investigado até agora sem prova, Edison Lobão indagou, enfático: “Como se pode impedir que o maior líder nacional – não pelo que foi ontem, mas pelo que é hoje – de se exibir, de corpo inteiro, aos perigos da noite de uma eleição nova?”. E atacou, com igual contundência, o uso, para ele abusivo, das delações premiadas como base de acusação:

– Delação sem provas. Este é o crime. Relembre-se que o ministro (do Supremo) Teori Zavaski, sempre que despachava um papel autorizando uma investigação, dizia às autoridades da investigação: Atente-se para o fato de que delação não é prova, é apenas um caminho para a investigação. Mas o que se tem visto é que a delação aos poucos vai se transformando em prova.

E cm uma argumentação forte, situou o caso do ex-presidente Lula nesse contexto: “Vossa Excelência dizia há pouco que não há prova contra o Lula no que diz respeito ao triplex. Não há prova de que é dele, na medida em que se demonstrou que o imóvel pertence a uma construtora. Portanto, a prova que existe é a favor do Lula, e não contra ele. Mas insiste-se em dizer (que o triplex) pertence a ele. E em nome desta falácia, dessa falsidade, ele foi preso. E lá se encontra numa enxovia (cela de prisão escura e suja) por conta dessa falsidade”.

O senador emedebista avaliou que “os delatores têm feito um grande mal ao País, à medida que não provam nada do que afirmam”. Citou o exemplo do corrupto assumido Pedro Barusco, “um simples ex-coordenador de área da Petrobras”, que desviou milhões no esquema, fez uma ampla delação, devolveu parte do dinheiro e hoje está vivendo nas aprazíveis praias do Guarujá, no litoral de São Paulo. E concluiu avaliando que a Lava Jato “é um bem e não um mal”, e que a “maior parte” do Poder Judiciário é justa, citando o caso da senadora petista Gleisi Hoffmann, que foi denunciada por delatores, mas foi absolvida pelo Supremo por falta de provas. “O Caso Gleisi é prova de que o Supremo não perdeu o rumo”, assinalou.

No aparte ao colega emedebista Roberto Requião, o senador Edison Lobão instalou a sucessão presidencial no centro do debate, alertando para a interpretação segundo a qual decisões judiciais polêmicas e marcadas pela controvérsia estão interferindo fortemente no curso político do País, sendo a prisão do ex-presidente Lula uma intervenção que ameaça gravemente a estabilidade institucional do Brasil. Por essa visão, tal distorção só será corrigida com a revisão do Caso Lula, sua libertação e participação no processo que levou o ex-presidente Lula à prisão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Operação tenta acalmar os ânimos no PSDB, mas candidatura de José Reinado ao Senado corre risco

José Reinaldo, Roberto Rocha e Sebastião Madeira: clima continua pesado continua no PSDB
José Reinaldo, Roberto Rocha e Sebastião Madeira: clima continua pesado continua

Está em curso no PSDB uma operação para evitar que as diferenças entre o presidente do partido e candidato a governador, senador Roberto Rocha, e o ex-governador José Reinaldo Tavares, candidato ao Senado, desaguem numa crise insolúvel, que resulte num desfecho traumático para o partido, que pode ser a mudança no quadro de candidatos a senador. Depois de um largo período de ação paralela, distanciada da direção partidária e às vezes até de confronto, José Reinaldo se deu conta de que a ameaça de tirar-lhe a vaga de candidato será consumada por Roberto Rocha, que começou a propagar o deputado federal Waldir Maranhão como novo nome para compor a chapa com o deputado estadual Alexandre Almeida. Numa estratégia de recuo, o ex-governador andou dândi declarações a favor de Roberto Rocha, elogiando seu trabalho no Senado e declarando-se favorável à sua candidatura ao Governo do Estado. Ao mesmo tempo, José Reinaldo procurou a direção nacional do partido em busca de apoio. Até ontem, segundo fonte acreditada do partido, o clima tenso havia  “estabilizado”, sem novos problemas, mas também sem uma sinalização clara de que a direção tenha recuado no propósito de mudar o candidato. O ex-governador José Reinado sabe que sua candidatura a senador depende mais da boa vontade de Roberto Rocha, que preside o PSDB no Maranhão, e do ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que é o secretário geral. Os dois controlam o Diretório estadual, e qualquer decisão tomada pelo colegiado dificilmente será desmanchada pelo Diretório nacional, que tem muito mais com o que se preocupar do que as encrencas do Maranhão. A operação em curso poderá até acalmar os ânimos, mas dificilmente mudará o estado de ânimo de Rocha e Madeira em relação a José Reinaldo.

 

“Arraiá do Povo”, da Assembleia Legislativa, tem gran finale neste sábado

Arraial da Assembleia Legislativa tem mais uma noite neste sábado
Arraial da Assembleia Legislativa tem final neste sábado, véspera de São João

Poucas vezes uma festa junina organizada por um Poder teve repercussão tão ampla e, por conta disso, seus organizadores resolveram ampliar a programação, acrescentando mais uma noite de alegria, exatamente na animada véspera de São João. Foi o que aconteceu com o “Arraiá do Povo”, da Assembleia Legislativa, organizado pelo seu braço social, o Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema), agora comandado por Ana Paula Lobato, esposa do presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB).  A festa foi programada para ser uma grande prévia junina nos dias 14, 15 e 16, mas o sucesso foi tão grande que o presidente Othelino Neto foi alcançado por inúmeros pedidos para que a programação fosse estendida. Também motivado pelo que viveu nas três noites, o presidente, de acordo com o Gedema, decidiu realizar mais uma noite, a véspera de São João, neste sábado (23). Para tanto, a estrutura foi mantida intacta, com todos os equipamentos necessários: “Vamos contar, novamente, com estrutura incluindo banheiros químicos, tenda para atendimento médico preventivo, playground para crianças, barracas para comercialização de comida típica, um grande palco, mesas e cadeiras espalhadas pelo espaço, rampa de acessibilidade para pessoas com deficiência, entre outros detalhes, ou seja, toda a infraestrutura utilizada nas primeiras três noites” informou Geraldo Oliveira, subdiretor de Manutenção de Serviços da Assembleia Legislativa. A decisão de realizar o “Arraiá do Povo” mais uma noite foi explicada pelo presidente Othelino Neto: “Foram muitos pedidos e muitos elogios”. E justificada pela presidente do Gedema, Ana Paula Lobato: “Não poderíamos deixar de atender a esse pedido especial do grande público. É uma forma de agradecimento e de homenagem”. E quem for hoje à festa do Legislativo curtirá: Boi de Presidente Juscelino (19h), Quadrilharte de Alcântara (20h), Show de Gargamel (21), Boi Upaon-Açu (22h), Boi Pirilampo (23h), Boi da Maioba (24h), Show de Josy Porto (1h).

São Luís, 22 de Junho de 2018.

Liderados pelo MP, órgãos de fiscalização e controle dão exemplo e orientam Prefeituras na aplicação de recursos na Educação

 

Luiz Gonzaga Martins Coelho, José de Ribamar Caldas Furtado, Sandra Pontes e Eudina ????: aççao republicana
Luiz Gonzaga Martins Coelho, José de Ribamar Caldas Furtado, Sandra Pontes e Eudina Pinheiro: ação  modernizadora e republicana sobre gastos públicos

Uma reunião realizada ontem (21) na sede da Procuradoria Geral de Justiça com a participação de representantes dos órgãos que formam a Rede de Controle da Gestão Pública – MP, TCE e TCU, entre outros – e representantes das prefeituras de Bom Lugar, Bernardo do Mearim, Serrano do Maranhão, Belágua, Nina Rodrigues, São Bernardo, Mirinzal e Capinzal do Norte constituiu um exemplo saudável de que o papel desses braços do Estado pode – e deve – ir bem mais longe do que a essencial ação fiscalizadora e, quando é o caso, punitiva. A pauta da reunião: esses municípios receberão da União uma expressiva bolada de recursos extras referentes a uma diferença de cálculo do Fundef no período de 1997 e 2006, para serem aplicados na área de educação, e ciente desse benefício, a Rede de Controle decidiu reuni-los para orientá-los no sentido de que o dinheiro seja aplicado corretamente, assinalando os bons resultados que eles podem produzir, mas também alertando-os no sentido de que a fiscalização será implacável e não terá nem dó nem piedade com eventuais desvios.

A necessidade e a importância de que esses recursos extras sejam bem aplicados foram destacadas pelo procurador-chefe do Ministério Público de Contas, Jairo Cavalcanti Vieira, que afirmou que a ideia da Rede de Controle é a construção de uma parceria para que os recursos recebidos sejam aplicados de forma eficiente no desenvolvimento da educação dos municípios. O procurador ressaltou, também, a importância da transparência na aplicação dos recursos, que está sendo acompanhada pelos órgãos fiscalizadores.

A superintendente da Controladoria Geral da União no Maranhão, Leilane Maria Silva, destacou a importância do trabalho em parceria buscando melhor aplicação para recursos. Ela lembrou que o fato desses recursos não terem sido repassados no período correto prejudicou uma geração anteriormente. “Esse recurso extra pode fazer a diferença na educação de muitas pessoas agora”.

Na abertura da reunião, o procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, com a autoridade de quem teve o mandato renovado por mérito, foi direto ao ponto e, numa clareza pouco comum em eventos dessa natureza, dirigiu-se aos representantes dos municípios: “Tenham certeza de que o Ministério Público e seus parceiros terão o maior prazer em orientá-los para a correta aplicação desses recursos, mas não hesitaremos em tomar as medidas necessárias para garantir o direito a uma educação com uma qualidade muito melhor para nossos meninos e meninas”. Na mesma linha, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José de Ribamar Caldas Furtado, enfatizou a importância da aplicação integral dos recursos na educação, conforme as regras, e avisou que o tribunal que comanda atuará rigorosamente na letra da lei.

Na sequência, o procurador-chefe do Ministério Público de Contas, Jairo Cavalcanti Vieira, destacou a importância da transparência na aplicação dos recursos. A superintendente da Controladoria Geral da União no Maranhão, Leilane Maria Silva, lembrou que o fato de esses recursos não terem sido repassados no período devido prejudicou uma geração anteriormente, reforçando  a tese de que agora sua boa aplicação poderá fazer a diferença. E, numa manifestação decisiva, o chefe da União no Maranhão, Fabrício Santos Dias, definiu a reunião como um movimento “muito mais efetivo, muito mais eficaz, do que trabalharmos de modo repressivo”.

A reunião foi mais enriquecida pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação (CAOp Educação), Sandra Soares de Pontes, e pela promotora de Justiça Érica Ellen Beckman da Silva, que fizeram uma apresentação do programa “O dinheiro do Fundef é da educação”, desenvolvida pela Rede de Controle da Gestão Pública. Sandra Pontes falou sobre os índices educacionais dos oito municípios representados na reunião, comparando-os com a realidade estadual e nacional, mostrando a distorção idade x série, a taxa de abandono e a infraestrutura das redes de educação, e enfatizou: “Esse é um recurso extraordinário que vem em boa hora. Ele precisa ser aplicado corretamente, com um plano estratégico”. Já Érica Beckman fez um histórico das ações do programa, fazendo recomendações práticas e fundamentais, como, por exemplo, que os recursos em tela sejam colocados em conta bancária específica, para facilitar o controle da aplicação.

A resposta à iniciativa partiu da prefeita Eudina Costa Pinheiro, de Bernardo do Mearim, que integra a lista dos mais pobres do Maranhão,  num rasgo de correção política e humildade administrativa, agradeceu os esclarecimentos e parabenizou o MP, revelando que já estava preocupada em relação a como poderia aplicar os recursos recebidos, já tendo procurado a Promotoria de Justiça da Comarca de Igarapé Grande, da qual, em busca de orientação. Para Eudina Pinheiro, o encontro abriu a mente dos gestores para que invistam na melhoria da educação nas escolas municipais.

São iniciativas como essa que mostram que, independentemente da sua natureza, guardam traços que, se bem utilizados, podem torná-las mais republicanas e eficientes. No Maranhão de agora, onde o Poder Público passa por um denso processo de mudanças, o Ministério Público, sob o comando de Luiz Gonzaga Martins Coelho, vem se ajustando à modernidade, tornando-se uma instituição mais aberta e mais útil.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Aliança articulada por Ciro Gomes terá aval do governador Flávio Dino

Ciro Gomes: alianças à vista
Ciro Gomes: alianças à vista à direita

A aproximação de Ciro Gomes (PDT) do DEM, PP, PRB, PSC e Solidariedade, temida pelos líderes pelos emedebistas e tucanos, está em pleno curso, o que poderá torná-lo o mais forte presidenciável no campo político. Para começar, essa aliança, se vier a ser consumada como está se desenhando, dividirá fortemente a direita. Depois, dará a Ciro Gomes uma ampla capilaridade no País, além de assegurar-lhe um bom tempo de rádio e TV, considerado o mais importante item de uma campanha para a presidente da República no País. Mais ainda: uma aliança de Ciro Gomes com esses partidos reforçará muito a tese do governador Flávio Dino (PCdoB) de, caso o ex-presidente Lula não seja mesmo candidato, as esquerdas somem esforços em torno do candidato do PDT, formando uma ampla e heterogênea frente. E por uma razão simples: DEM, PP, PRB, PSC e Solidariedade fazem parte da aliança partidária liderada pelo governador no Maranhão.

 

Alexandre Almeida demonstra maturidade na guerra que corrói o PSDB

Alexandre Almeida: maturidade e distanciamento da crise no PSDB
Alexandre Almeida: maturidade e longe de crise no PSDB

O deputado Alexandre Almeida está dando uma demonstração de maturidade política. Candidato a senador pelo PSDB, o jovem parlamentar de Timon não se envolve a crise causa pelo confronto aberto entre o comando do partido, presidido pelo senador Roberto Rocha, candidato a governador, e o ex-governador José Reinaldo Tavares, candidato a senador. Alexandre Almeida se manteve distante da refrega, cuidando da sai pré-campanha e recusando-se a emitir opinião sobre as diferenças que têm alimentado o embate no ninho maranhense, o parlamentar começa a ocupar espaço na corrida senatorial. Poderia ter reagido quando seu colega de chapa recebeu o apoio dos Leitoa, seus arqui-inimigos na seara política timonense, mas se manteve discreto, sendo elogiado por políticos experientes.

São Luís, 22 de Junho de 2018.