Arquivos mensais: novembro 2019

Ao anular sentença da juíza de Coroatá, TRE devolve a Flávio Dino trajetória sem mancha

 

Flávio Dino, Márcio Jerry e Luis Filho: livres de condenação por decisão do TRE-MA

Fez todo sentido a reação de entusiasmo do governador Flávio Dino (PCdoB) à decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) de anular, por unanimidade a sentença imposta pela juíza da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, Anelise Reginato, condenando o chefe do Executivo por “crime eleitoral”, tornando-o por isso ficha suja e inelegível. “Continuo 100% ficha limpa”, declarou o governador, avaliando que a Justiça Eleitoral “fez justiça”, numa decisão que alcançou também o então secretário de Comunicação e Articulação Política e atual deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), e o então candidato e atual prefeito de Coroatá, Luiz Filho. A decisão do TRE mandou o processo para o arquivo morto e devolveu ao governador uma trajetória sem mácula, o que o mantém como um caso raro entre os atuais líderes do País. Adversários e críticos de Flávio Dino lembram que ele responde a outras ações na Justiça, porém, a julgar pelo teor das acusações, ele dificilmente será condenado à perda de mandato, a inelegibilidade ou coisa parecida.

Tudo começou às vésperas do início da campanha eleitoral de 2016, quando a Prefeitura de Coroatá era disputada pela então prefeita Tereza Murad (PMDB), mulher do ex-deputado estadual e ex-prefeito Ricardo Murad e candidata à reeleição, e por Luiz Filho (PCdoB), filho do ex-prefeito Luiz da Amovelar. Antes da campanha, o Governo do Estado iniciara em Coroatá obras do Programa Mais Asfalto, a exemplo do que vinha realizando em dezenas de municípios. A coligação de Tereza Murad denunciou a obra como “eleitoreira” e tentou proibir que as máquinas continuassem trabalhando na cidade, gerando um forte clima de tensão, já que o Governo do Estado não aceitou a proibição nem relacionou a obra com a corrida eleitoral. A coligação de Tereza Murad entrou na Justiça pedindo a suspensão das obras e a cassação do mandato do governador Flávio Dino e da candidatura de Luiz Filho. A tal ação ficou “adormecida” até agosto de 2018, em plena campanha eleitoral, quando a juíza Anelise Reginato simplesmente lavrou sentença condenando o governador e o secretário à inelegibilidade, e o prefeito à perda do mandato, obrigando os dois primeiros a disputar a eleição na condição sub judice.

Os três atingidos pela sentença recorreram e conseguiram sobreviver liminarmente. A decisão do TRE-MA pôs fim a uma peleja judicial visivelmente maculada pelo viés do partidarismo, que terminou com a absolvição do governador, do secretário Márcio Jerry e do prefeito Luiz Filho, exatamente porque não foi detectado qualquer traço de ilegalidade na ação governamental de restaurar o asfalto nas principais vias de Coroatá.

A anulação da sentença reforça a tese da defesa do governador Flávio Dino segundo a qual a juíza Anelise Reginato teria atuado no caso por motivação política, argumento reforçado pela proximidade que ela mantinha com os Murad em Coroatá. A magistrada sempre negou essa relação, afirmando que condenou o governador, o secretário e o prefeito com base no teor da denúncia. A defesa do governador Flávio Dino, porém, reuniu o que seriam evidências do posicionamento político da juíza, tendo sido ela inclusive acusada de reunir provas – que não é atribuição de juiz – para condenar Flávio Dino, Márcio Jerry e Luiz Filho à inelegibilidade. Essas evidências foram reforçadas com o fato de que a condenação fora aplicada em plena campanha eleitoral de 2018, quando Flávio Dino concorria à reeleição e Márcio Jerry à Câmara Federal.

A anulação da sentença devolve a Flávio Dino a rara e privilegiada condição de ex-deputado federal e governador eleito e reeleito sem uma só mancha no seu currículo, o que o torna um político diferenciado num cenário em que boa parte dos líderes regionais e nacionais enfrenta sérios problemas com a justiça, sendo que alguns encontram-se atrás das grades em consequência de gravíssimos desvios de conduta.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Juscelino Filho amplia espaço e aumenta poder de fogo na Câmara Federal

Juscelino Filho: espaço e poder de fogo na Câmara Federal

A relatoria do Projeto de Lei nº 3267/2019, que altera o Código   de Trânsito Brasileiro, reforçou a permanência do deputado federal Juscelino Filho (DEM) no epicentro dos debates em curso na Câmara Federal e, por extensão, no Congresso Nacional. Na semana passada, ele atraiu os holofotes como presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da instituição, ao anunciar as primeiras medidas para a tramitação de dois processos que pedem a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), acusado de afrontar a Constituição da República com declarações golpistas sugerindo o retorno do AI-5 “se a esquerda radicalizar” contra o Governo do pai. Juscelino Filho vem surpreendendo desde que estreou elegendo-se deputado federal em 2014 pelo pequeno PRP, e dando um salto ousado em 2017 ao assumir, após uma ampla negociação, o controle do DEM no Maranhão, tornando-se, em pouco tempo, um dos principais líderes partidários da nova geração. No comando do DEM, ampliou sistematicamente seu espaço na Câmara Federal, alcançando o que se tornou conhecido como “alto clero” da Câmara Baixa. A ocupação de espaço mais amplo se deu também pela firmeza com que tem tomado posições. Essa postura se destaca ainda mais agora, quando, como relator do PL que propõe mudanças no Código de Trânsito, no qual muda as propostas polêmicas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Reúne todas as condições de evitar tropeços e ir bem mais longe.

 

Edilázio Jr. lança Rodrigo Brasmar candidato em Imperatriz pelo PSD

Edilázio Jr. lança Rodrigo Brasmar à Prefeitura de Imperatriz

Na estrada aberta pelo deputado Marco Aurélio (PCdoB), o primeiro a assumir de fato a condição de pré-candidato, posição que tomou respaldado pelo total apoio do seu partido, a corrida para a Prefeitura de Imperatriz ganhou ontem o segundo pré-candidato assumido. Trata-se de Rodrigo Brasmar (PSD), lançado deputado federal Edilázio Júnior, que comanda o partido no Maranhão. De acordo com o bem informado Blog da Kelly, Rodrigo Brasmar é um empresário jovem, que se estabeleceu em Imperatriz há 15 anos, atuou no ramo de limpeza pública e atualmente comanda uma empresa de eventos. A mesma fonte informa que Rodrigo Brasmar tem também o apoio do deputado federal Hildo Rocha (MDB), que toma assim posição antes de o partido se posicionar em relação à disputa pelo comando da antiga Vila do Frei. Em Imperatriz, devem ainda confirmar pré-candidaturas o prefeito Assis Ramos (DEM) e o ex-prefeito e empresário Ildon Marques (PSB).

São Luís, 30 de Novembro de 2019.

Governadores da Amazônia Legal reforçam defesa da região e consolidam Consórcio Interestadual

 

Flávio Dino (centro) entre Hélder Barbalho (e) e Valdez Goés (d) e demais chefes de Estado em ato no Palácio dos Leões; embaixo: secretários debatem meios de viabilizar as decisões dos líderes, como as comoras do Consórcio Interestadual

Os governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), do Pará, Hélder Barbalho (MDB), do Amapá, Valdez Goés (PDT), do Amazonas, Wilson Lima (PSC), do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), do Mato Grosso, Mauri Mendes (DEM), de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), do Acre, Gladson Cameli (PP), e de Roraima, Antônio Denarium (PSL), reunidos ontem em São Luís, no 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, reafirmaram o compromisso proteger a biodiversidade da região e a cultura do seu povo, buscando o desenvolvimento social harmônico e economicamente moderno, por meio da execução das metas do Planejamento Estratégico 2019/2030 do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e da busca de parcerias com a comunidade internacional. Ao mesmo tempo, comprometeram-se a lutar por uma economia verde, pelo desmatamento ilegal zero, pela valorização do patrimônio ambiental e pela promoção de ações concretas de financiamento em favor dos povos da Amazônia. As posições e as decisões tomadas no evento foram elencadas na Carta de São Luís, documento final do encontro.

Comandado pelo maranhense Flávio Dino, como anfitrião, e pelo amapaense Valdez Goés, que preside o Consórcio Interestadual, o 19º Fórum teve uma dimensão bem maior do que a inicialmente prevista. Os governadores refirmaram posição firme e inabalável em defesa da região, consolidaram o posicionamento conjunto tomado no Vaticano, em outubro, durante o Sínodo da Amazônia, confirmaram apoio integral ao Acordo de Paris e reforçaram o seu apoio à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25), que acontecerá daqui a duas semanas em Madri, na Espanha. Os chefes de Estado da Amazônia Legal mantiveram integralmente suas posições, que vão na contramão da até agora confusa e improdutiva política ambiental do Governo do Brasil. E no campo das decisões colegiadas, anunciaram a primeira compra corporativa – medicamentos e materiais da área de saúde – por meio do Consórcio Interestadual, assegurando uma economia de 30%.

Um dos principais articuladores do Consórcio Interestadual da Amazônia, que se inspirou no Consórcio que hoje reúne os nove estados do Nordeste, o governador Flávio Dino prevê a parceria vai gerar benefícios sociais e econômicos. Ele tem trabalhado no sentido de fortalecer os laços institucionais e políticos nas duas regiões. Flávio Dino interpreta corretamente o sentimento existente entre os governadores amazônicos quando estimula a ideia de que os estados encontrem meios de resolver seus problemas. Isso porque em quase um ano, o Governo do presidente Jair Bolsonaro pouco fez para apoiar os estados, optando por uma linha de confronto político com viés ideológico. A sintonia entre os governadores das regiões Nordeste e Norte vem demonstrando que, se não contam integralmente com a União como deveriam contar, os estados das duas regiões têm muito a ganhar com o corporativismo saudável que praticam na forma dos consórcios.

Essa relação proporciona ainda parcerias importantes, como a que deverá ser formalmente firmada entre os Governos do Maranhão e do Tocantins, para a construção de uma ponte ligando a cidade maranhense de Carolina e a tocantina de Filadélfia, que dinamizará o turismo na região, beneficiando os dois estados. “Uma das preocupações do Consórcio Amazônia é a integração infraestrutural entre os vários Estados. Agora vamos para os passos concretos e necessários para execução do projeto. Sabemos que Carolina e as cidades da região têm uma grande importância para a economia do turismo. Tenho certeza que esse investimento ajudará no desenvolvimento da região”, frisou Flávio Dino.

O 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal foi muito além da reunião dos chefes de Estado. Enquanto eles se articulavam   no Palácio dos Leões, secretários de Estados e assessores graduados de todos os Estados trabalhavam numa ampla reunião paralela exatamente para dar sentido prático às decisões tomadas nas áreas de meio ambiente, segurança, infraestrutura, educação, saúde e turismo.

Na entrevista coletiva concedida pelos chefes de Estado, o governador Flávio Dino sintetizou os grandes objetivos do movimento: “Promover ações para garantir o desenvolvimento social na região e preservar as cadeias produtivas, ampliando e reforçando as ações de preservação que a Amazônia Legal já desenvolve”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Documento formaliza decisões do 19º Fórum de Governadores da região amazônica

O ponto alto do 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal foi a divulgação da Carta de São Luís, cuja íntegra é a que se segue:

Carta de São Luís

Os governadores dos Estados da Amazônia Legal, reunidos em São Luís, capital do Estado do Maranhão, no dia 28 de novembro de 2019, durante o 19º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, com o propósito de discutir uma agenda para a região, apresentam nesta Carta propostas prioritárias no atual momento, especialmente considerando a realização da COP-25 na Espanha, entre os dias 02 e 13 de dezembro.

Durante encontro ocorrido na Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, no dia 28 de outubro de 2019, foi assinada a Declaração dos Governadores da Pan Amazônia sublinhando compromissos essenciais: economia verde, desmatamento ilegal zero, valorização do patrimônio ambiental e ações concretas de financiamento em favor dos povos da Amazônia. Defendemos ainda, naquela oportunidade, o cumprimento das Metas do Acordo de Paris e a consolidação da governança territorial e ambiental da Amazônia.

Em sequência às ações voltadas à concretização desses compromissos, os estados signatários desta Carta participarão do evento Amazon-Madri, nos dias 10 e 11 de dezembro, quando da realização da COP-25. Na ocasião, serão apresentadas as perspectivas e metas dos governadores da Amazônia Legal, visando ao debate com a comunidade internacional e à criação de meios para uma economia de baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), além de debater os compromissos para as Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs) que foram firmadas pelo Brasil, no âmbito do Acordo de Paris.

O ano de 2020 será um marco para a efetivação dos mercados de carbono, com a entrada em vigor dos principais acordos internacionais voltados ao combate das mudanças climáticas e redução de Gases de Efeito Estufa, em destaque o Acordo de Paris, cujo artigo 6º é um mecanismo essencial para a geração de recursos financeiros compatíveis com as necessidades de proteção ao meio ambiente em todo o planeta.

O Brasil é um país com enorme potencial para atrair investimentos internacionais para redução de emissões, principalmente a partir de esforços nos setores de uso da terra e florestas, por intermédio de mecanismos relacionadas aos serviços ambientais, como o REDD+ (Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal), pagamento por resultados e créditos decorrentes da manutenção e recuperação das florestas. É urgente a eliminação de barreiras que impedem a utilização destes resultados e instrumentos, mecanismos reconhecidos por estes governadores como essenciais na estratégia nacional para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Para tanto, assumimos o compromisso de fomentar um programa de redução de emissões em cooperação com outros setores da economia (indústria, transportes, energia etc.) compatíveis com a NDC e com a possibilidade de compensação via REDD+ e demais soluções, promovendo assim um mercado sem comprometer a contabilidade nacional de emissões, de forma a gerar novos investimentos para os Estados da Amazônia.

Também visando ao financiamento de ações concretas, reiteramos junto ao Governo Federal a urgência da retomada do Fundo Amazônia, de forma alinhada com os interesses da Região, como uma das principais fontes de pagamento por resultados para o fortalecimento dos Estados da Amazônia na gestão ambiental.

Considerando os compromissos assumidos pelos Governos Estaduais da Amazônia Legal, estes reconhecem e apoiam a criação do Comitê Regional para Parceria dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, no marco da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas, vinculado ao Comitê Global e ao Grupo de Trabalho do Comitê Diretivo para parcerias dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais. O Comitê terá por objetivo facilitar o diálogo entre os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais com os Estados da Amazônia Legal, visando à promoção da participação destes nos processos de consulta e na construção dos componentes indígenas nas iniciativas de pagamento por resultados.

Os Governadores reafirmam sua disposição em proteger a biodiversidade da região e a cultura de seu povo, buscando o desenvolvimento social harmônico e economicamente moderno, por meio da execução das metas do Planejamento Estratégico 2019-2030 do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e da busca de parcerias com a comunidade internacional.

Por fim, manifestamos a nossa crença indeclinável no diálogo como caminho de solução dos problemas da Amazônia e do Brasil, sempre com respeito à Constituição e à legalidade democrática.

 

Deputados acompanham Fórum e apoiam decisões dos governadores

Ao lado de Flávio Dino, Othelino Neto participa de reunião de governadores, juntamente com o presidente do Tribunal de Justiça, Joaquim Figueiredo dos Anjos

A Assembleia Legislativa marcou presença expressiva no 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. Liderados pelo presidente do Poder, deputado Othelino Neto (PCdoB), os deputados Glalbert Cutrim (PDT), vice-presidente da Alema; Zito Rolim (PDT), Daniella Tema (DEM), Rafael Leitoa (PDT), Duarte Jr. (PCdoB), Cleide Coutinho (PDT) e Mical Damasceno (PTB) acompanharam a reunião e as manifestações dos chefes de Estado, demonstrando interesse pelos problemas enfrentados atualmente pelos Governos estaduais e pelas soluções que seus líderes estão construindo por meio de ações corporativas como o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, que tem no governador Flávio Dino um dos seus principais articuladores.

Durante o evento, Othelino Neto destacou a importância da preservação do bioma e de iniciativas que busquem o desenvolvimento sustentável de suas potencialidades. Classificou de muito importante o encontro dos governadores, que debateu temas relativos ao desenvolvimento sustentável da Amazônia e as condições para o crescimento da região preservando seus recursos naturais. “A Amazônia brasileira tem o maior patrimônio ambiental do planeta. É preciso que nós encontremos alternativas econômicas, para que possamos gerar riquezas a partir da utilização racional dos recursos ambientais e da manutenção das florestas”, assinalou Othelino Neto, com a autoridade de quem iniciou sua carreira política como militante do Partido Verde e que foi secretário de Meio Ambiente no Governo José Reinaldo.

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Glalbert Cutrim, assinalou que o cuidado com a preservação da Amazônia é um tema tão importante que reúne no consórcio governadores dos mais diferentes vieses políticos e partidário, como o maranhense Flávio Dino, do PCdoB, e o acreano Marcos Rocha, do PSL. “Vemos, aqui, estados governados por diferentes posições partidárias, de direita e de esquerda, mas todos lutando em prol de um benefício só, que é a preservação da Amazônia. Ficamos felizes em ver a maturidade política de todos os governadores e tenho certeza que o lucro vai ser para o povo do Brasil”, declarou o deputado Glalbert Cutrim.

São Luís, 29 de Novembro de 2019.

 

Embate entre Roberto Costa e Carlinhos Florêncio revela o grau da tensão pré-eleitoral em Bacabal

 

Roberto Costa destacou positivamente o prefeito Edvan Brandão, Carlinhos Florêncio cobrou transparência, revelando a tensão pré-eleitoral em Bacabal

A sessão de ontem da Assembleia Legislativa foi marcada por um embate entre os deputados Roberto Costa (MDB) e Carlinhos Florêncio (PCdoB), fato revelador do clima que antecede a disputa pela Prefeitura de Bacabal, a exemplo do que acontece em outros municípios do Maranhão. Roberto Costa ocupou a tribuna para destacar os resultados positivos da gestão do prefeito Edvan Brandão (PSC), como o asfaltamento da cidade, por exemplo, e foi aparteado pelo deputado Carlinhos Florêncio (PCdoB), que faz Oposição ao prefeito e contestou as informações do emedebista. Foram cerca de 15 minutos de bate-rebate, com Roberto Costa defendendo a gestão municipal e atacando o grupo liderado por Carlinhos Florêncio, que por sua vez cobrou transparência da atual administração de Bacabal. Houve momentos em que, por conta da tensão, o presidente Othelino Neto (PCdoB) fez ponderações no sentido de que os dois parlamentares mantivessem o debate em nível civilizado.

No seu discurso, Roberto Costa avaliou que o prefeito Edvan Brandão “vem transformando Bacabal”, com uma gestão voltada para a educação, a saúde e a infraestrutura. Afirmou os avanços na área da saúde “têm melhorado sensivelmente” o atendimento à faixa mais necessitada da população, com o funcionamento efetivo dos hospitais e dos postos de saúde mantidos pelo município. E assinalou que o ponto alto da atual gestão é o asfaltamento da cidade, incluindo alguns povoados. “O prefeito Edvan Brandão está transformando Bacabal numa cidade moderna”, declarou Roberto Costa no auge do seu amplo relato, acrescentando que os investimentos são feitos com recursos próprios, fruto de economia que o prefeito fez no último ano, apesar da crise que afeta o poder público municipal.

Em aparte, concedido sem qualquer restrição, o deputado Carlinhos Florêncio contestou as afirmações de Roberto Costa, afirmando que “parece que estamos falando de duas cidades diferentes”, prosseguindo com ataque, admitindo, no entanto, que asfaltamento da cidade é uma realidade. Ao rebatê-lo,  Roberto Costa disse que a situação dramática encontrada pelo prefeito Edvan Brandão foi deixada pelo grupo do deputado Carlinhos Florêncio, na gestão efêmera e tumultuada do então prefeito Zé Vieira (PP) – já falecido -, do qual Florêncio Neto, filho do deputado, era vice-prefeito. Com essa citação feita por Roberto Costa, Carlinhos Florêncio tentou elevar o tom e continuar falando, mas foi informado que não lhe seria mais dado aparte. Irritado, deixou o plenário.

O deputado Roberto Costa prosseguiu com seu pronunciamento, reafirmando a correção da administração do prefeito Edvan Brandão, observando que ele não responde a nenhuma ação movida pelo Ministério Público acusando o adversário de haver fugido ao debate.

O episódio foi revelador do clima político em Bacabal, onde o grupo liderado pelo ex-senador João Alberto, que tem forte espaço no município e na região, e está no poder com o prefeito Edvan Brandão, que é candidato à reeleição, tem como adversário o grupo que foi comandado pelo ex-prefeito Zé Vieira e que hoje tem como líder o deputado Carlinhos Florêncio, por muitos apontado como pré-candidato a prefeito.

O clima de campanha vem desde 2016, quando o deputado Roberto Costa disputou a Prefeitura com o ex-prefeito Zé Vieira, que venceu a eleição, assumiu, mas era ficha suja e teve sua candidatura contestada pelo Ministério Público. Houve uma renhida e surpreendente guerra judicial, que terminou com a cassação de Zé Vieira e a convocação, no final de 2017, de eleição para um mandato tampão de dois anos e meio. Na condição de presidente da Câmara Municipal, Edvan Brandão assumiu a Prefeitura e se candidatou para o mandato-tampão, vencendo a eleição com o apoio de Roberto Costa. A reação do deputado Carlinhos Florêncio ao discurso do deputado Roberto Costa foi, para alguns observadores, um forte indicador de que ele poderá mesmo ser o candidato da Oposição.

Roberto Costa avalia que a eleição em Bacabal – o 9º maior município maranhense, com 105 mil habitantes e polo da Região do Médio Mearim – será bem disputada, mas que o prefeito Edvan Brandão está bem avaliado pela opinião pública, com cacife para se dar bem na corrida eleitoral.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Othelino Neto critica ações contra programas sociais e a fala de Guedes sobre AI-5

Othelino Neto em novo podcast: críticas duras a Jair Bolsonaro e Paulo Guedes por declarações sobre AI-5

Desde que inaugurou o podcast “Conversa dom Othelino”, há cerca de 15 semanas, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB) vem dando seguidas demonstrações de que, além dos assuntos que dizem respeito especificamente ao Maranhão, ele está preparado para debater também os temas de interesse nacional, principalmente os que envolvem problemas que colocam em risco as instituições e o estado democrático de direito. Na última edição, divulgada ontem, ele criticou duramente as decisões do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de deflagrar um processo que poderá resultar na extinção de programas sociais como o Bolsa-Família. Em seguida, bateu forte nas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que sem qualquer explicação lógica, disse que se houver protestos no País, a exemplo do que acontece no Chile, por exemplo, e essas manifestações venham a produzir quebra-quebra, “alguém” poderá pedir a reedição do AI-5, ou seja, a implantação de uma nova ditadura no Brasil. O presidente da Assembleia Legislativa classificou como “muito grave” a declaração do ministro, e disse que, se o presidente Jair Bolsonaro tivesse mesmo compromisso com a democracia, demitiria imediata e sumariamente Paulo Guedes. E chamou a atenção para a vocação golpista dos ministros mais próximos do Palácio do Planalto, e também para o fato de que o presidente Jair Bolsonaro ser um admirador de torturadores. “O Brasil não pode se calar diante dessas tentativas de intimidar o povo brasileiro. É necessário que a sociedade esteja atenta e pronta para reagir a essas ameaças”, declarou. Vale conferir o podcast.

 

Roseana Sarney aguarda reunião do MDB para dizer se será ou não candidata em São Luís

Roseana Sarney deve se manifestar sobre candidatura no encontro do MDB

A ex-governadora Roseana Sarney não se manifestou em relação à declaração do deputado Roberto Costa, vice-presidente estadual do MDB, segundo a qual o partido a quer candidata à Prefeitura de São Luís no pleito do ano que vem. Nos bastidores do Grupo Sarney, a declaração do dirigente emedebista causou forte impacto, a começar pelo fato de que foi dada três dias depois de o deputado estadual Adriano Sarney ter sido lançado candidato pelo PV, em ato com a presença do ex-deputado federal Sarney Filho. A expectativa é a de que Roseana Sarney se manifeste sobre o assunto no dia 02 (segunda-feira), no encontro estadual que o MDB realizará com a presença do presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP). Nesse evento, a cúpula do MDB do Maranhão definirá as linhas de ação para as eleições municipais. Será nesse contexto que a ex-governadora dirá se topa ou não encarar as urnas da Capital na corrida para o Palácio de la Ravardière.

São Luís, 28 de Novembro de 2019.

PCdoB monta estratégia para eleger prefeitos em todo o estado, começando pelos grandes municípios

 

Marcio Jerry comanda as articulações do PCdoB para as eleições municipais

O PCdoB começa a montar uma estratégia ambiciosa de eleger prefeitos em todas as regiões do Maranhão – entre 50 e 60 dos 217, segundo objetivo traçado pelo seu presidente regional, deputado federal Márcio Jerry, para quem, o processo de definição de candidaturas começa agora. A estratégia da agremiação comunista, que é a maior força partidária da atualidade no Maranhão, foi ajustada durante a 17ª Conferência Estadual do partido, realizada na semana passada em São Luís, e prevê inicialmente articulações para definir a posição do partido nos 20 maiores municípios, a começar por São Luís, onde está sendo desenhada uma disputa dura entre Governo e Oposição. Movido por um pragmatismo realista, o PCdoB vai lançar candidatos a prefeito onde for possível, podendo também compor chapas fortes indicando candidatos a vice-prefeito. Em resumo: o partido governista vai entrar para valer o jogo sucessório municipal, disputado com força máxima onde tiver alguma chance de vencer. Em alguns desses municípios, o PCdoB jogará um jogo diferenciado, exatamente para manter ou ampliar seu espaço, mas também enfrentará pedreiras que poderão lhe criar problemas.

Em São Luís, o PCdoB terá candidato próprio (Rubens Júnior ou Duarte Júnior), podendo também participar de uma composição com o PDT, que tem sido seu parceiro preferencial, mas não tem um nome forte, ou com o PSB, que tem sido seu aliado em todas as jornadas políticas dos últimos tempos. Em São José de Ribamar, o PCdoB está diante de um xadrez complicado, podendo lançar candidato próprio, apoiar o prefeito Eudes Sampaio (PTB) por intermédio do ex-prefeito Luís Fernando Silva, ou fazer uma aliança com o ex-deputado Jota Pinto (Patriotas), que desponta como favorito. Já em Paço do Lumiar, o partido governista aguarda o retorno do prefeito Domingos Dutra, que se recupera de um grave problema de saúde, para definir um rumo.

Em Imperatriz, o partido já fechou questão em torno da candidatura do deputado Marco Aurélio (PCdoB), que irá com tudo para cima do ex-prefeito Ildon Marques (PSB), principal concorrente, mas que não é adversário do Governo. Em Timon, o terceiro maior colégio eleitoral maranhense, mesmo tendo o vice-prefeito, João Rodolfo, o PCdoB apoiará o candidato a ser lançado pelo prefeito Luciano Leitoa, que deve ser a secretária de Educação, Dinair Veloso (PSB), para enfrentar o capitão/PM Hormann Schnneyder, favorito, ainda sem partido.

No caso de Caxias, as duas maiores forças – uma liderada pelo prefeito Fábio Gentil (PRB), candidato à reeleição, e outra pela deputada Cleide Coutinho (PDT), cujo grupo ainda não escolheu candidato – são aliadas do Governo, e não havendo razão para se posicionar em um dos lados, pois só teria a perder, o PCdoB deve se manter distanciado da disputa. Já em Coroatá, o PCdoB deve investir todo o seu poder de fogo na candidatura do seu filiado, prefeito Luís da Amovelar Filho, candidato à reeleição e que enfrentará nas urnas ninguém menos que o ex-prefeito Ricardo Murad (PMN), no que muitos preveem como a mais dura e mais difícil guerra de todas as que serão travadas no processo eleitoral em todo o Maranhão. Politicamente destroçado nas eleições de 2018, Ricardo Murad jogará todas as suas fichas para voltar ao poder pela Prefeitura de Coroatá.

Em Balsas, todos os sinais apontam para o apoio do PCdoB à candidatura do Prefeito Eric Silva (PDT) à reeleição, não havendo indicativo de que o partido venha a lançar candidato próprio na cidade. O mesmo ocorrerá em Barra do Corda, onde o prefeito Eric (PCdoB) lançará um candidato do partido para enfrentar o candidato do grupo liderado pelo deputado Rigo Teles (PV), que pode, ele próprio, vir a ser o candidato. Em Bacabal, onde o prefeito Edvan Brandão (PSC) tentará a reeleição com o apoio do MDB por meio deputado Roberto Costa e do ex-senador João Alberto, o PCdoB se alinhará ao candidato a ser lançado pelo grupo liderado pelo deputado estadual Carlinhos Florêncio (PCdoB). E em Codó, o PCdoB deve apoiar a candidatura do prefeito Francisco Nagib (PDT) à reeleição, reforçando sua aliança com o PDT.

Nessa linha de ação, juntando identidade ideológica com afinidade política o PCdoB vai montando sua base de sustentação nos grandes municípios.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Escolha do vice-reitor causou surpresa dentro e fora da UFMA

Alan Kardec e Natalino durante a campanha eleitoral

Causou forte polêmica dentro e fora da UFMA a decisão do reitor Natalino Salgado de descartar o professor Alan Kardec, que foi, como ele, o mais votado na consulta para vice-reitor, e nomear o professor Marcos Fábio Belo Matos, do Curso de Comunicação de Imperatriz, para o posto de vice-reitor. Não houve ilegalidade no ato, a nomeação foi legítima, mas a decisão foi vista corretamente como uma contradição. Primeiro porque contrariou a tradição de se escolher o mais votado da lista tríplice escolhida pelo voto pela comunidade universitária, e depois porque o próprio reitor Natalino Salgado brigou pela sua nomeação fundamentado exatamente no argumento de que ele foi o mais votado na consulta. Não se discute a legitimidade do professor Belo Matos, critica-se a não escolha do professor Alan Kardec para vice-reitor. Nos bastidores, correm versões diversas sobre o assunto, a de que Natalino Salgado e Alan Kardec são desafetos, e a de que Natalino Salgado foi pressionado por Brasília para não nomear Alan Kardec por ter sido ele militante do PCdoB e por ter exercido o cargo de diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o Governo de Dilma Rousseff. Dificilmente se saberá ao certo o que aconteceu, embora o que passa é a impressão de que houve patrulhamento ideológico. O que ficou mesmo foi um clima de surpresa em uns e perplexidade em outros.

 

Nova edição do Assembleia em Ação será realizada na Região do Médio Mearim

Deputados na primeira edição do Assembleia em Ação”, realizada em Balsas

A Assembleia Legislativa dará continuidade, no dia 5 de dezembro, ao seu bem-sucedido projeto “Assembleia em Ação”, que consiste na realização de palestras e troca de informações sobre assuntos de interesse de deputados estaduais, vereadores e prefeitos. Depois de Balsas, abrangendo a região Sul, e de Timon, contemplando a região Leste, a iniciativa do presidente Othelino Neto (PCdoB) levará o evento agora ao município de Trizidela do Vale, abrangendo os 35 municípios do Médio Mearim. Ali, vereadores e prefeitos da região se reunirão com deputados no Auditório Municipal Cléber Carvalho Branco – um médico que foi deputado estadual pelo MDB e exerceu forte liderança na região de Pedreiras – se reunião para ouvir palestras sobre “Processo Legislativo”, proferidas por Bráulio Martins, diretor da Mesa da Assembleia Legislativa, e Anderson Rocha, consultor legislativo de Direito Constitucional, e sobre “Eleições de 2020”, por Antino Noleto, diretor Administrativo do parlamento estadual. Às palestras se seguem manifestações e debates, formato que produziu bons resultados nas edições realizadas até aqui. O presidente do Poder Legislativo, que faz questão de comandar cada um desses eventos fazendo a abertura e participando dos debates, demonstra entusiasmo com o projeto, a começar pelo fato de que ele proporciona a realização de debates sobre os mais diferentes problemas do estado. Avalizado pela Mesa Diretora do parlamento estadual, o programa tem superado as expectativas, crescendo a cada edição com a participação de prefeitos e vereadores.

São Luís, 27 de Novembro de 2019.

Roberto Costa anuncia: MDB quer Roseana Sarney na disputa para a Prefeitura de São Luís

 

Roberto Costa in forma que MDB quer Roseana Sarney na disputa em São Luís

O MDB quer a ex-governadora Roseana Sarney como sua candidata à Prefeitura de São Luís no ano que vem. Essa vontade do partido, já transformada em projeto, foi expressada ontem pelo seu vice-presidente regional, deputado Roberto Costa, em discurso na Assembleia Legislativa. “O partido tomou uma decisão muito clara e definitiva de apresentar o nome da ex-governadora Roseana para disputar a Prefeitura de São Luís”, anunciou Roberto Costa, acrescentando que essa posição partidária será confirmada no dia 02 de dezembro, na convenção partidária, que contará com a presença do presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP). Roberto Costa explicou que a escolha de Roseana Sarney para disputar a Prefeitura de São Luís é a linha de frente de um movimento que o seu partido articula para lançar candidatos na maioria dos municípios maranhenses, a começar pelos maiores.

Na avaliação do partido, segundo o deputado Roberto Costa, as obras estruturantes realizadas por Roseana Sarney nos 13 anos em que esteve à frente do Governo lhe dão autoridade política para pleitear a Prefeitura da Capital. O líder emedebista não informou se a ex-governadora topa ser candidata, limitando-se a declarar que a posição por ele anunciada é uma decisão do partido do partido, deixando em aberto a prerrogativa dela de aceitar ou não.

– O MDB, após as eleições (2018), tem feito uma reflexão importante no sentido de avaliar o resultado das urnas, o comportamento da população em relação ao nosso sistema político. Houve mudanças importantes do eleitor, e nós precisamos buscar novamente a sintonia com a nossa população, com os nossos eleitores -, analisou o vice-presidente do MDB, dizendo acreditar – ele, pessoalmente, e o partido como um todo – que Roseana Sarney tem lastro para liderar a chapa emedebista como candidata à Prefeitura de São Luís. Assinalou que o partido avalia outros nomes para liderar o projeto eleitoral na Capital, mas ressalvou que as obras estruturantes realizadas nas gestões da ex-governadora – avenidas, viadutos, UPAs, Vivas, etc. – a colocam numa posição destacada dentro do partido.

Ao propor a candidatura da ex-governadora, Roberto Costa mostrou o quanto o MDB está determinado a conter sua desidratação política e eleitoral que vem emagrecendo o partido desde as eleições de 2014, aproveito a megaestrutura que a agremiação tem nos municípios, como um partido bem estruturado. “O MDB precisa ter novamente uma participação decisiva com a candidaturas próprias nas grandes cidades”, avaliou, afirmando que esse processo começa precisamente com o lançamento da ex-governadora Roseana Sarney para o comando da Capital. E informou que o MDB estuda lançar candidatos competitivos nos grandes municípios, numa estratégia que será consumada na reunião partidária com a presença do presidente nacional da agremiação.

O anúncio do deputado Roberto Costa foi feito quatro dias depois que o PV lançou a pré-candidatura do deputado estadual Adriano Sarney ao mesmo cargo. Roberto Costa esclareceu que uma coisa nada tem a ver com a outra, que o MDB não tem qualquer ligação com as decisões do PV e que Roseana Sarney é do MDB e não do partido controlado pelo irmão e pelo sobrinho dela. Para o deputado, que é atualmente o mais importante articulador do MDB no Maranhão e liderando um forte movimento de renovação dentro da agremiação apoiado pela ala jovem do partido, a candidatura da ex-governadora fortalecerá o MDB e elevará o nível do debate sobre os problemas da Capital.

Com a decisão, o MDB praticamente descarta outras candidaturas, como a do juiz federal Carlos Madeira, que se aposentará em dezembro, mas demorou para dar uma resposta definitiva ao partido. Resta saber como reagirá a ex-governadora Roseana Sarney, que recentemente, ao ser indagada sobre uma declaração do parlamentar emedebista sobre o assunto, respondeu com um enigmático “Nem, nem, nem”, deixando mais dúvida do que certeza no ar. É possível que agora, diante de um posicionamento do partido, ela reaja de uma maneira mais clara, ainda que seja para declinar da escolha. Ou surpreenda topando o desafio.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Pesquisa acende sinal de alerta nas pontas e no centro da disputa pelo comando de São Luís

Nos extremos, Eduardo Braide e Rubens Jr. são alertados pela pesquisa Exata

A mais recente pesquisa Exata sobre a corrida sucessória em São Luís ligou sinal de alerta no centro e nas duas pontas do pelotão de aspirantes. Primeiro, apontou que o favoritismo do deputado federal Eduardo Braide (Podemos), que aparece na liderança absoluta com 40% das intenções de voto, não é tão sólido quanto aparentou nos primeiros levantamentos. Segundo porque, com 1% das preferências, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) precisa ter seu projeto turbinado. E terceiro porque no centro do pelotão pré-candidatos o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB), com 12% das preferências, não está fora do páreo e mede força com o deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB) é o 3º colocado com 11% das intenções de voto. No mesmo cenário aparecem ainda o deputado estadual Neto Evangelista (DEM) empatado com o deputado federal Bira do Pindaré (PSB), ambos com 6%, seguidos do vereador Osmar Filho (PDT) e do deputado estadual Adriano Sarney (PV), ambos com 3%, e do deputado estadual Yglésio Moises (sem partido) alinhado com o radialista Jeisael Marx (Rede) os dois com 1%. E vale destacar que a soma de brancos, nulos e indecisos alcança 15%.

Qualquer avaliação equilibrada e isenta desse cenário concluirá que, ainda que lidere com ampla folga, Eduardo Braide já não desfruta de cacife para liquidar a fatura no 1º turno, como previram outras pesquisas – em uma delas apareceu com 65% das intenções de voto.  Agora, seu cacife é de 40%, o que já não lhe daria vitória em turno único. A perda de intenções de voto por Eduardo Braide é reflexo direto do surgimento de outros candidatos, todos eles com potencial de crescimento, o que pode comprometer seriamente o seu favoritismo. E com um dado agravante: a baixa se dá a pouco mais de 10 meses da eleição, quando a lógica política indica que esse é um momento de crescimento, e a experiência relata que quem perde pontos nesse momento dificilmente os recupera.

Na outra ponta da linha, o deputado federal Rubens Júnior, um dos nomes do PCdoB incluído na disputa, aparece com 1% das intenções de voto, repetindo performance encontrada por outros levantamentos. Secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Rubens Júnior tem consistência política, conta com o incentivo do partido e, para analistas da base governista, pode deslanchar. O problema é que a eleição está marcada para daqui a pouco mais de 10 meses, um período não muito folgado para se decidir uma candidatura num campo de batalha tão minado como o de agora. Pode ganhar musculatura se for definido candidato do Palácio dos Leões até janeiro.

 

Weverton Rocha e Juscelino Filho negociam a migração de Neto Evangelista do DEM para o PDT

Neto Evangelista pode ser liberado pelo DEM para ingressar no PDT

A corrida para a Prefeitura de São Luís pode causar uma migração partidária impensável há algumas semanas. Corre forte nos bastidores que estão avançadas negociações para que o deputado estadual Neto Evangelista deixe o DEM e ingresse nas fileiras do PDT, de modo a tornar-se candidato do partido à Prefeitura de São Luís. A articulação se dá entre o senador Weverton Rocha, chefe maior do PDT maranhense, e o deputado federal Juscelino Filho, que comanda o DEM no estado. A explicação é simples. O PDT não dispõe de um nome consistente para disputar a Prefeitura de São Luís, e o DEM tem um bom nome, mas não tem estrutura política e partidária para embalar a candidatura. Determinado a não entregar sua joia preciosa, que comanda desde 1989 – num processo só interrompido pela eleição de João Castelo (PSDB) em 2008, e pela eleição de Edivaldo Holanda Júnior em 2012, então filiado ao PTC e que mais tarde migraria para o arraial brizolista -, o PDT quer Neto Evangelista nos seus quadros, apostando que essa candidatura pode atrair aliados. A princípio, o comando do DEM refugou, mas agira, depois de várias rodadas de conversa, há sinais de que o presidente Juscelino Filho estaria disposto a liberar Neto Evangelista, livrando-o do risco de perder o mandato. Há quem diga que esse acordo será amarrado e anunciado ainda neste ano.

São Luís, 26 de Novembro de 2019.

16ª Conferência: PCdoB consolida Flávio Dino, avaliza ações do Governo e define rumos para 2020 e 2022

 

Flávio Dino, Márcio Jerry, Luciana Santos (presidente nacional) e Othelino Neto: comando do PCdoB consolidado na 16ª Conferência Estadual do partido

O braço maranhense do PCdoB, de longe o mais musculoso e influente do partido em todo o País na atualidade, com a responsabilidade de comandar os Poderes Executivo e Legislativo do Estado, realizou sexta-feira e sábado, em São Luís, a sua 16ª Conferência Estadual, por meio da qual confirmou a sólida liderança do governador Flávio Dino, agora vendo nele um potencial presidenciável para 2022. O partido reelegeu presidente o deputado federal Márcio Jerry e avisou que irá com tudo para as eleições municipais do ano que vem, com o objetivo de eleger pelo menos 60 dos 217 municípios maranhenses, a começar pelo sucessor do deputado Edivaldo Holanda Jr. (PDT) na Prefeitura de São Luís e pelo deputado Marco Aurélio em Imperatriz. Foi sua maior reunião, tendo atraído 300 delegados municipais e mais de 800 participantes.

A abertura, na noite de sexta-feira, contou com a presença de líderes de diversos partidos que formam a aliança que dá suporte ao Governo do Estado – Josimar de Maranhãozinho (PL), Gastão Vieira (PROS), Cléber Verde (Republicanos), Bira do Pindaré (PSB), entre outros -, e da presidente nacional, a vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos, que destacou a importância do PCdoB maranhense e o tamanho do político Flávio Dino no cenário nacional. O ato de abertura foi encerrado com um denso e entusiasmado discurso do governador, que criticou o Governo do presidente Jair Bolsonaro, condenou sua política de confronto, defendeu a libertação do ex-presidente Lula e sinalizou nas entrelinhas que, se for o caso, está pronto para entrar na corrida presidencial.

No plano geral, os líderes, delegados e militantes do PCdoB avaliaram que o partido está no caminho certo no Governo do Maranhão, optando por aplicar o grosso dos recursos disponíveis em obras de infraestrutura e na construção do chamado “estado social”, com investimentos num sistema educacional forte – escola digna, escola de tempo integral e IEMAS –, numa estrutura de saúde – hospitais, clínicas especializadas e espaços de saúde e lazer – e segurança pública, com a aplicação dos recursos possíveis na estrutura policial e na humanização dos presídios. E no plano político, as lideranças do PCdoB ratificaram a bem-sucedida política de alianças mantida pelo governador Flávio Dino.

O mesmo aval foi dado à movimentação do governador no plano nacional, como a importante participação dele na defesa da liberdade do ex-presidente Lula da Silva (PT) – o governador participou da abertura da Conferência com uma camiseta com a palavra-de-ordem “Lula livre” estampada no peito. Ao mesmo tempo, sinalizando que tem o PT e outros partidos de esquerda como aliados preferenciais, o PCdoB deixou muito claro que o seu foco é para uma candidatura presidencial própria, só condicionada a uma eventual – mas improvável – candidatura de Lula da Silva em 2022. Tanto que, depois de afirmar que “aqui no Maranhão vocês fazem a diferença, vocês são o contraponto dessa onda antipovo e antinacional que se chama bolsonarismo”, a presidente nacional do PCdoB foi taxativa: “Em 2022 o PCdoB terá um candidato à presidência do Brasil”.

No seu discurso, o governador Flávio Dino mandou para o espaço a especulação de que poderia mudar de partido para disputar a eleição presidencial, enfatizando que no plano partidário o que funciona é a parceria: “Nós somos um partido que valoriza a lealdade e valorizamos tanto que a ação judicial que soltou o presidente Lula foi proposta pelo PCdoB. E, eu lembro isso porque preciso ter coragem para enfrentar aquilo que se apresenta como dominante”. E na mesma linha, como um recado direto a aliados que se fecham, acrescentou: “Precisamos ter coração e coragem para continuar a marcha da esperança com o sorriso nos lábios, nos orgulhando das nossas conquistas, dos elogios que recebemos pelo que estamos fazendo no Maranhão. Estou muito feliz, tranquilo e determinado porque, o que nós estamos fazendo no Maranhão, conseguimos fazer em todo o Brasil. Viva o PCdoB”. Foi ovacionado por líderes e militantes do partido e aplaudido pelos chefes partidários aliados   presentes.

Em resumo: na sua 16ª Conferência Estadual, o PCdoB do Maranhão deixou claro que o seu projeto de poder no estado vai muito além do Governo Flávio Dino.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Reeleito presidente do PCdoB, Márcio Jerry mantém função de principal articulador do Governo

Márcio Jerry (camisa amarela na mesa) foi reeleito por aclamação pelos delegados

O deputado federal Márcio Jerry foi reeleito presidente do PCdoB no Maranhão na 16ª Conferência Estadual. A decisão, tomada por aclamação, confirmou uma reeleição largamente anunciada, uma vez que nada havia de divergência quanto a esse ponto. Um dos mais ativos e coerentes militantes da esquerda no Maranhão, forjado nas complicadas assembleias do Movimento Estudantil, o que lhe deu experiência e habilidade para atuar como articulador dentro e fora da esquerda, Márcio Jerry se tornou a principal referência do PCdoB maranhense depois de Flávio Dino. Tanto que com a chegada ao poder em 2014, foi designado para comandar duas áreas sensíveis e de importância capital para o Governo: a comunicação e a articulação política, sem abrir mão da presidência do partido, e com a complicada tarefa de ser o principal conselheiro político do governador. Deu conta das tarefas, e sempre atuando na linha de frente da defesa do Governo, o que lhe permitiu pavimentar via política e eleitoral que o mandou para Brasília em 2018. Na Câmara Federal, Márcio Jerry vem cumprindo exatamente o roteiro anunciado na campanha: Oposição implacável ao Governo Bolsonaro, defendendo, ao mesmo tempo, um relacionamento institucional republicano entre o Palácio dos Leões e o Palácio do Planalto, ocupando cada vez mais na cúpula nacional do PCdoB. Sua reeleição se explica com o fato de que neste momento dificilmente outro nome se ajustaria ao comando do partido como o dele. Ao receber a aclamação, ele declarou:

“Continuarei me dedicando ao máximo para manter o PCdoB na rota do crescimento, da ampliação de espaço e da construção de alternativas não apenas para o Maranhão, mas também para o Brasil”.

 

Othelino Neto ganha musculatura política no comando da Alema e amplia espaço no PCdoB

Ao lado de Flávio Dino, Marcio Jerry e Luciana Santos, Othelino Neto defendeu o Governo e a ação política do PCdoB durante a 16ª Conferência Estadual do partido

A 16ª Conferência Estadual do PCdoB consolidou o deputado Othelino Neto, presidente da Assembleia Legislativa (Alema), como uma das lideranças mais fortes do partido. Primeiro pelo espaço que vem ocupando como militante da agremiação, e depois pelo forte trabalho de articulação que vem realizando como chefe do Poder Legislativo no sentido de manter o ambiente republicano que vem garantindo a estabilidade institucional e, com ela, a governabilidade no Maranhão, o que significa também administrar a pancadaria da Oposição contra o Governo. No seu discurso, Othelino Neto falou inicialmente como militante partidário defendendo a união das correntes de esquerda na atual conjuntura nacional, e também no estado. E defendeu o diálogo como o meio mais eficiente e republicano de construir a estabilidade política. “É preciso que nós, da esquerda, tenhamos a capacidade de conversar. Nós precisamos estar juntos para tirar o Brasil desse atual quadro político que atravessa”, declarou. E acrescentou: “Nós, do PCdoB, valorizamos muito esses momentos que nos encontramos para fazermos uma análise da conjuntura nacional e do Maranhão e, também, para um balanço do que este grupo político, liderado pelo governador Flávio Dino, vem fazendo para mudar a realidade do nosso estado”. Seu discurso, feito em tom sóbrio, mas firme, como é sua marca, foi bem recebido pelos participantes do evento. Saiu ao evento maior do que quando entrou.

São Luís, 24 de Novembro de 2019.

Pesquisa mostra Eudes Sampaio em baixa e Jota Pinto liderando a corrida sucessória em Ribamar

Escutec: o prefeito Eudes Sampaio é terceiro na corrida sucessória liderada por Jota Pinto em São José de Ribamar

Uma nuvem política carregada, formada por densos números de uma pesquisa feita pelo instituto Escutec para identificar as tendências do eleitorado sobre sucessão municipal, estacionou sobre o tabuleiro político de São José de Ribamar, mudando radicalmente a impressão inicial de que o prefeito Eudes Sampaio (PTB) estaria liderando a corrida, com folga. A pesquisa, além de mostrá-lo numa incômoda posição entre os candidatáveis à Prefeitura, revelou que sua imagem como gestor está em baixa, e para completar o quadro cinzento, o levantamento apontou o ex-deputado Jota Pinto (Patriotas) como favorito, com larga margem de vantagem nesse momento da corrida sucessória. Jota Pintem tem 31% das intenções de voto, seguido Eudes Sampaio e Nonato Lima (PDT), empatados com 16% cada. E num segundo cenário, Jota Ponto lidera com 26%, seguido de Beto Vilas (PV) com 18% e de Eudes Sampaio em terceiro com 13%, à frente apenas de Nonato Lima (MDB), com 9%.

Os números da pesquisa Escutec colocam o prefeito Eudes Sampaio numa posição eleitoralmente complicada e politicamente delicada no cenário da disputa em andamento. A complicação eleitoral se dá por motivos óbvios, pois se os números da pesquisa expressarem a realidade – e não há motivo para duvidar -, Eudes Sampaio terá de se desdobrar para sair da terceira colocação e enfrentar o favoritismo escancarado do ex-deputado Jota Pinto, que em todos os cenários aparece com mais de uma dezena de pontos percentuais à sua frente. Politicamente, a posição do prefeito na corrida sucessória poderá indicar uma forte perda de prestígio do próprio dirigente e do seu principal avalista político, o ex-prefeito Luís Fernando Silva, que, inexplicavelmente, renunciou ao cargo para se tornar secretário do Governo Flávio Dino.

Em São José de Ribamar, a equação é simples. E começa com um fator indiscutível: o prefeito Eudes Sampaio, mesmo tendo trajetória própria, representa o poder de fogo do ex-prefeito Luís Fernando Silva na disputa. Ele foi vice-prefeito eleito em 2012, reeleito em 2016, e com a renúncia do titular, foi presenteado com dois anos e meio de mandato, uma prefeitura ajustada, e uma chance real de se reeleger no ano que vem. Para muitos, bastaria que o prefeito mantivesse o ritmo deixado pelo antecessor para chegar à corrida às urnas em condições de disputar com chance de renovar o mandato. Não há indicativos de que o prefeito Eudes Sampaio tenha cometido algum desatino administrativo; ao contrário, a informação corrente é a de que ele tem sido um gestor ponderado e com os pés no chão. Essa correção, porém, não está se refletindo no seu prestígio político e eleitoral.

Vale lembrar que São José de Ribamar é hoje o quinto maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, com pouco mais de 100 mil eleitores, e com forte participação na movimentação política da região metropolitana polarizada por São Luís. Ali, embalado por sua aliança com a então governadora Roseana Sarney (MDB), Luís Fernando Silva tornou-se liderança dominante do município nos últimos 15 anos, com um domínio político e eleitoral tamanho que em 2016 voltou ao cargo com quase 90% dos votos, algo sem paralelo em eleições municipais no Maranhão. Aliados do prefeito imaginavam que seus esforços administrativos e a força do ex-prefeito lhe dariam gás para se reeleger sem problemas. Mas a julgar pelos números do Escutec, erraram feio nesse cálculo.

A pesquisa Escutec “presenteou” o prefeito Eudes Sampaio com um pacote de más notícias, com o atenuante de que elas chegaram a 10 meses da eleição, tempo suficiente para que ele coloque todas as suas cartas sobre a mesa, avalie seus passos administrativos e refaça sua estratégia para seduzir o eleitorado e reverter o quadro desfavorável. Vai conseguir? É difícil prever. Mas como a política tem dinâmica imprevisível e costuma surpreender, é possível que o prefeito Eudes Sampaio possa virar o jogo a seu favor.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Martelo batido I: PV lança Adriano Sarney candidato a prefeito de São Luís

Adriano Sarney, ao lado do pai, ex-deputado Sarney Filho, é lançado pelo PV candidato à Prefeitura de São Luís

O PV bateu martelo: o deputado estadual Adriano Sarney será o candidato do partido à Prefeitura de São Luís. A decisão foi tomada em durante encontro da agremiação, realizado na quinta-feira, na Assembleia Legislativa. Com a opção de lançar Adriano Sarney, avalizada pelo ex-deputado federal e atual secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal Sarney Filho, o PV sai na frente, deixando claro que está determinado a seguir rumo próprio, fora, portanto, do que ainda resta do Grupo Sarney. Tanto que nenhuma figura expressiva do sarneysismo – como a ex-governadora Roseana Sarney, por exemplo – participou do encontro. Não foi registrada a presença de representantes do MDB, hoje efetivamente comandado pelo deputado estadual Roberto Costa – que defende candidatura própria do partido -, nem do PSD, que tem à frente no estado o deputado federal Edilázio Jr., e nem do PSC, liderado no Maranhão pelo deputado federal Edilázio Jr.. Segundo Ivanilson Gomes, membro do Diretório Nacional do PV, a escolha de Adriano Sarney se deu com base numa consulta feita internamente e na qual a maioria dos verdes consultados apontou o parlamentar como o nome ideal para disputar a Prefeitura pela agremiação. Os verdes também elegeram o ex-deputado federal e ex-ministro do Mio Ambiente Sarney Filho como presidente de honra da legenda no Maranhão. Na avaliação de um sarneysistas histórico, a decisão do PT consuma de vez o racha que vem há tempos erodindo a base do Grupo Sarney.

 

Martelo batido II: Bira do Pindaré é o candidato do PSB na Capital

Bira do Pindaré é aclamado candidato a prefeito de São Luís pelos membros do diretório do PSB na Capital

O deputado federal Bira do Pindaré está confirmado pré-candidato do PSB à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. A confirmação se deu em encontro realizado pelo partido na quinta-feira. Foi a segunda vez que a cúpula do PSB no Maranhão se reuniu para cantar essa pedra. Só que desta vez, para embalar o projeto de eleger Bira do Pindaré prefeito da Capital, o PSB lançou também o movimento “Pensa São Luís”, por meio do qual pretende levar a discussão dos problemas da cidade diretamente ao cidadão-eleitor. A reafirmação da candidatura de Bira do Pindaré à Prefeitura de São Luís se deu durante plenária organizada pelo Diretório do partido na Capital, que também   iniciou um amplo debate interno para definir candidaturas do partido à Câmara Municipal.  “Com o movimento ‘Pense São Luís’, estamos abrindo um canal de comunicação diretamente com o povo de São Luís, para discutir os problemas da cidade, mas também para discutir as soluções. Nós queremos construir um caminho com participação popular, que é uma marca que temos na nossa trajetória”, assinalou Bira do Pindaré. No mesmo ato, o PSB definiu ainda que a candidatura do parlamentar ao Palácio de la Ravardière será oficializada no dia 13 de dezembro, data dedicada à Balaiada.

São Luís, 23 de Novembro de 2019.

“Aliança” de Bolsonaro vai ter dificuldades de arranjar seguidores no Maranhão

 

Rindo do quê?: O presidente Jair Bolsonaro (d) e o senador investigado Flávio Bolsonaro no lançamento do  partido Aliança pelo Brasil, se ele vingar em 2020

Se depender dos seus apoiadores, o Aliança pelo Brasil, o embrião de partido de extrema-direita anunciado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro não terá futuro no Maranhão, mesmo que ele venha a vingar o plano nacional. Com exceção da deputada estadual Mical Damasceno, que já revelou enfaticamente a sua disposição de deixar o PTB, pelo qual se elegeu, para ingressar no partido bolsonarista, nenhum outro deputado estadual ou federal tornou público o propósito deixar seu atual partido e ingressar nas fileiras do Bolsonaro. Pelo que começa a ser desenhado, se conseguir emplacar 490 mil assinaturas em nove estados da Federação até maio do ano que vem, conforme a lei que regulamenta a criação de partido político, a agremiação bolsonaristas terá de ser comandada no estado pela ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que já estaria deixando o PSL. Se tudo isso se confirmar, o partido do presidente nascerá no Maranhão bem menor que o PSL, que pelo visto não o perderá espaço com a saída do presidente e sua turma.

Para começar, o senador Roberto Rocha, que desde janeiro vem se comportando como um bolsonarista de primeira linha, avisou que não deixará o PSDB para ingressar na agremiação do presidente. Isso não quer dizer que Roberto Rocha se afastará do presidente, a quem continuará apoiando com todo o seu vigor, apesar de o seu partido está posicionado contra o Governo Bolsonaro no Congresso Nacional. Além do apoio pessoal ao presidente, que o tem como aliado fiel, Roberto Rocha vai continuar inteiramente alinhado ao Palácio do Planalto.

Na esfera da Câmara Federal nenhum dos integrantes da bancada maranhense ensaiou migrar do a[partido atual para o Aliança pelo Brasil. Nenhum dos deputados que apoiam abertamente o Governo, como Aluísio Mendes (Avante), Hildo Rocha (MDB), Edilázio Jr. (PSD) e Pastor Gildenemyr (PL), nem dos que mantêm uma relação amistosa com o Palácio do Planalto, como André Fufuca (PP), Juscelino Filho (DEM), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriota) e Gil Cutrim (PDT), se manifestou até agora interessado no Aliança. Mesmo os quatro bolsonaristas assumidos, o único que estaria pensando seriamente em migrar para o Aliança é Pastor Gildenemyr, que se elegeu pelo PMB, passou para o PL, sendo apenas uma possibilidade que sequer foi admitida pelo próprio deputado.

Na Assembleia Legislativa, o Aliança só deve contar mesmo com a deputada Mical Damasceno, que foi a única voz a ocupar a tribuna para falar do assunto e anunciar que está disposta a deixar o PTB, pelo qual se elegeu, para formar fileira na base bolsonaristas. No plano estadual, a posição mais curiosa é a do deputado Pará Figueiredo, único eleito pelo PSL, mas que até agora não disse uma só palavra, na tribuna ou fora dela, sobre o assunto. Com seu silêncio obstinado, o deputado Pará Figueiredo dá até agora a impressão de que prefere continuar no PSL. Se essa tendência for confirmada, somente a deputada Mical Damasceno migrará para o novo partido, caso ele vingue.

Em resumo: o Aliança dificilmente ocupará um espaço expressivo na política maranhense, mesmo levando em conta o fato de que há uma intensa dança partidária sendo ensaiada tendo em vista as eleições municipais. E o motivo é um só: os detentores de mandato no Maranhão têm claro em mente que a esmagadora maioria dos maranhenses não fecham com o Governo Bolsonaro, mantendo uma tendência que se cristalizou nas eleições gerais do ano passado, quando o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi trucidado nas urnas pelo petista Fernando Haddad nos dois turnos.

Pesa também contra o projeto de partido de Jair Bolsonaro a forte pitada religiosa dada ao Aliança, fazendo com que seja um partido conservador extremado, já que sua identificação com a corrente evangélica o afasta eleitores ligados a outras religiões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino defende repasse de recursos da Petrobrás para estados combaterem queimadas

Flávio Dino (d) defende repasse direto aos estados, em reunião com Ricardo Salles

O governador Flávio Dino (PCdoB) defendeu o rateio imediato entre os estados que formam a Amazônia Legal de R$ 430 milhões do Fundo Petrobras destinados a ações de combate a queimadas e preservação da floresta amazônica. O posicionamento do governo ocorreu quarta-feira em Brasília, na reunião dos governadores da região com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Os recursos foram retidos em setembro, quando o Supremo Tribunal federal homologou a distribuição dos recursos, mas condicionando o rateio ao sistema de convênio da União com os estados, o que, na avaliação dos governadores prejudicaria os estados por conta da lentidão do processo. “Os nove estados irão destinar os recursos para prevenção atinente a desmatamento ilegal, queimadas, repressão de ilícitos ambientais, envolvendo, por exemplo, os Batalhões de policialmente Ambiental das Polícias Militares que atuam nas áreas estaduais e, também, regularização fundiária. Consideramos que esses aspectos são fundamentais para que haja garantia que a lei seja aplicada”, defendeu o governador Flávio Dino. O governador foi além defendendo que o repasse direto proporcionará um combate mais intenso e eficiente ás queimadas, que nos meses recentes aumentaram em 29%, gerando uma situação alarmante na Amazônia Legal.

 

Tadeu Palácio estuda a proposta de sair candidato a prefeito pelo PSL

Tadeu Palácio ao lado de Chico Carvalho no ato de filiação ao PSL: ali já se falava da sua candidatura

Independentemente da crise causada no partido com a saída do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e sua turma, o PSL deverá lançar candidato a prefeito de São Luís. E pelo que se fala nos bastidores, o nome do ex-prefeito Tadeu Palácio vem crescendo rapidamente. Houve também quem dissesse que Tadeu Palácio estaria pensando em migrar para o Aliança, partido que o presidente da República tenta fundar. A eventual candidatura de Tadeu Palácio à Prefeitura de São Luís não surgirá com uma ameaça aos demais candidato, mas há quem acredite que ela pode ser um fator de desequilíbrio na corrida à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. Fonte próxima do ex-prefeito de São Luís disse à Coluna que Tadeu Palácio a entrar na briga, sem pensar no resultado, mas nos benefícios que ele traz.

São Luís, 22 de Novembro de 2019.

 

Com apoio maciço da Assembleia, e apesar dos estrilos da Oposição, Dino inicia mudanças na Previdência do Estado

 

Flávio Dino conseguiu o apoio da Assembleia Legislativa para iniciar as mudanças na previdência do Estado

O governador Flávio Dino (PCdoB) deu ontem o primeiro passo no sentido de adequar o sistema previdenciário do Maranhão às novas regras da Previdência Social, que entraram em vigor no início do mês. E o fez obtendo da Assembleia Legislativa a aprovação de Projeto de Projeto de Lei Complementar (PLC) por meio do qual fixa as novas alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores do Estado. A iniciativa do governador nada mais foi que uma adequação e pouco tem a ver com a reforma previdenciária em si – direitos e deveres dos servidores, idade para aposentadoria, pensões, etc. -, que demandará uma ampla discussão a ser conduzida inicialmente pelo Comitê de Adequação do Regime Próprio de Previdência Social, formado por membros do Governo, de sindicatos e da sociedade civil organizada, num processo que poderá durar até dois anos.

Reduzida como nunca e sedenta de espaço, a Oposição, que se manifestou por meio dos deputados Adriano Sarney e César Pires, ambos do PV, viu no projeto uma brecha para mostrar que ainda está de pé, e usou todos os recursos ao seu alcance – críticas, acusações, pedidos de vistas, etc. – para inviabilizar a proposta e desorientar o Governo. Tentou passar a impressão de que o que estava em jogo era a reforma da Previdência propriamente dita, mas sem votos, e contando apenas com o apoio solitário do deputado Zé Inácio (PT), que votou contra seguindo orientação do PT nacional, fracassou, depois de conseguir adiar a votação de terça-feira para ontem, mas sem causar mudança de uma só vírgula na proposta, que acabou aprovada ontem por maioria esmagadora.

Pelo projeto aprovado, a alíquota única de 11% da contribuição previdenciária foi mudada para uma cobrança escalonada, conforme instituiu a Nova Previdência: 7,5% para quem ganha piso salarial, chegando a 22 % para quem ganha acima de R$ 39 mil. As novas alíquotas seguem rigorosamente o escalonamento da Previdência federal, conforme determina a lei. A adequação não é obrigatória, mas o Estado que não a fizer ficará sujeito a uma série de sanções, como não receber repasses voluntários da União, aval para empréstimos e uma série de outras restrições que prejudicariam seriamente as relações do Governo do Estado com o Governo de Federal. Além disso, as novas regras de contribuição previdenciária propiciarão ao Governo do Estado uma economia que reduzirá à metade o atual déficit previdenciário maranhense, que é de R$ 50 milhões/mês, o que permitirá ao Governo dispor de pelo menos R$ 600 milhões anuais para investir em áreas essenciais como educação e saúde, por exemplo.

Mesmo tendo sido protocolado e tramitado em regime de urgência, o PLC causou reações. Argumentando que está fazendo o seu papel de bombardear o Governo do jeito que bem entender, usando um direito inalienável, os oposicionistas tentaram dar-lhe uma dimensão muito maior do que a real. E contou, no primeiro momento, com os quatro deputados do PL – que seguindo orientação do chefe maior do partido, deputado federal Josimar de Maranhãozinho, deixaram o plenário em apoio à Oposição e deixando claro que mandavam algum recado ao Palácio dos Leões. Mas a rebeldia da bancada do PL em nada mudou o roteiro. Ontem, terminado o prazo do pedido de vista, a Comissão de Constituição e Justiça se reuniu em plenário, analisou o projeto, o relator, deputado Yglésio Moises (ainda no PDT), apresentou relatório competente a favor do projeto, o oposicionista Adriano Sarney se pronunciou contra, o líder do Governo, deputado Rafael Leitoa (PDT), falou a favor, e, sob o comando seguro do presidente Othelino Neto (PCdoB), o plenário liquidou a fatura.

A votação do projeto de adequação da contribuição previdenciária dos servidores do Maranhão às regras da nova Previdência mostrou que o governador Flávio Dino está sintonizado com a realidade nacional e nada mais fez do que já fizeram metade dos governadores, a começar pelo de São Paulo, João Dória (PSDB). A diferença é que a maioria deles encaminhou as Assembleias Legislativas projetos propondo mudanças em todos os níveis dos seus sistemas previdenciários, enquanto o governador do Maranhão primeiro fez a adequação das alíquotas e criou as regras para discutir e formatar a nova Previdência do Estado do Maranhão.

 

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

 

Othelino Neto usa razão para comandar Assembleia em momento de tensão

Othelinio Neto: comando racional e seguro nas sessões tensas na AL

A tramitação, discussão e votação da adequação da contribuição previdenciária do Maranhão às regras da Nova Previdência testou, de maneira decisiva e definitiva, a capacidade do presidente Othelino Neto (PCdoB), de comandar a Assembleia Legislativa em votações tecnicamente complexas e politicamente tensas, usando a calma e a razão e sem se deixar dominar pela emoção. Nas sessões de terça-feira e ontem, ele administrou conflitos, evitou confrontos e mandou para o espaço provocações às quais um presidente inflamado certamente reagiria. Durante a sessão de terça-feira, os oposicionistas Adriano Sarney e César Pires usaram a abusaram de filigranas regimentais para adiar a sessão, apostado que em 24 horas conseguiriam mobilizar um “exército” de servidores para bombardear o projeto. Dentro das regras, Othelino Neto administrou as investidas dos dois e conseguiu controlar a situação sem qualquer desvio. Também na sessão de terça-feira, o “líder” da bancada do PL, deputado Hélio Soares, um parlamentar escolado e arguto, dirigiu uma série de provocações ao presidente, que desarmou uma a uma sem alterar a voz nem devolver no tom provocador. Ontem, mesmo com a Casa movimentada pela presença de líderes sindicais dos servidores dos três Poderes, o presidente Othelino Neto comandou o processo dentro as regras regimentais, sem dar margem para que oposicionistas ou pseudo governistas usassem um eventual deslize como massa de manobra. O presidente da Assembleia Legislativa tem seguido fielmente a regra legislativa segundo a qual todos os deputados são iguais, detentores do direito pleno à manifestação de pensamento e à liberdade de expressão. Ganha prestígio e força política a cada situação desafiadora que comanda.

 

Yglésio Moises tem atuação destacada na bancada governista

Yglésio Moises: boas atuações

Surpreende a cada dia o desempenho deputado Yglésio Moises (ainda no PDT). Ele teve participação decisiva na aprovação do projeto de adequação da contribuição previdenciária com o relator do PLC. Seu relatório é uma peça de elevada qualidade técnica, só escrita por quem está rigorosamente por dentro do tema previdenciário. O domínio temático ficou claro ao longo da leitura do relatório, nas várias vezes em que abandonou o texto para explicar um ou outro ponto, demonstrando pleno conhecimento do assunto. Têm sido assim suas intervenções nas sessões, durante as quais costuma usar os recursos audiovisuais do plenário para apresentar números e informações destacadas, tornando suas intervenções diferenciadas. Atualmente, é opinião dominante a de que o parlamentar pedetista é uma das vozes mais qualificadas da bancada governista e da Casa.

São Luís, 21 de Novembro de 2019.

Movimentos de pré-candidatos em busca de preparo deve elevar o nível da disputa em São Luís

 

Yglésio Moises, Duarte Júnior, Rubens Júnior e Neto Evangelista devem elevar o nível da disputa em São Luís

Uma série de movimentos indicam que a disputa pela Prefeitura de São Luís em 2020 será diferenciada e se dará lastreada por um nível de qualidade técnica bem mais elevado se comparado aos embates mais recentes. Um exemplo: neste exato momento, a Câmara Municipal discute o novo Plano Diretor da Cidade, um complexo urbano que abriga mais de 1,2 milhão de habitantes em mais 800 bairros, mais de 400 mil veículos e sérios problemas como déficit de moradias, e com uma joia especial, o Centro Histórico, que detém o status de Patrimônio Cultural da Humanidade. Outro exemplo: pré-candidatos a prefeito mergulham em diferentes fontes em busca de informações que possam ser transformadas em soluções para os enormes problemas que o futuro dirigente da Capital terá de enfrentar nas áreas de urbanismo, infraestrutura, moradia, mobilidade, educação, cultura, saúde, segurança, economia e assistência social. Há soluções em andamento, é verdade, mas elas ainda não mostraram eficiência plena nem indicaram com segurança que resolverão as distorções que afetam.

Os movimentos nessa direção estão sendo feitos principalmente pelos aspirantes a candidatos, o deputado estadual Yglésio Moises (PDT, mas busca de partido), o deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB, mas que pode disputar o cargo por outra legenda), o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), o deputado federal Eduardo Braide (Podemos) e o deputado estadual Neto Evangelista (DEM). Eles têm procurado ampliar os seus níveis de informação sobre os problemas da cidade, e tentam definir soluções que deverão propor durante a campanha eleitoral. Esses pré-candidatos sabem que São Luís e seus problemas entraram num novo momento na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e pretendem preparar campanhas propositivas, além do confronto político, que promete ser duro.

O deputado Yglésio Moises, que deverá ser candidato pelo Solidariedade, por exemplo, saiu na frente. Quando ainda tentava ser candidato do PDT, seu primeiro passo foi visitar Curitiba (PR), governada pelo arquiteto, urbanista e ex-ministro do Turismo Rafael Grecca, continuador da revolucionária gestão do prefeito Jaime Lerner (PDT), que nos anos 80 transformou a capital paranaense numa referência mundial de modernidade urbana. Ali, Yglésio Moises conversou com o prefeito Rafael Grecca e foi recebido por um grupo de secretários, que lhe apresentaram informações detalhadas sobre programas e gestão. O pré-candidato já participou de vários congressos sobre cidades, e recentemente esteve em Teresina (PI), onde trocou informações com o prefeito Firmino Filho (PSDB). O virtual candidato do SD vai entrar na disputa preparado para discutir São Luís.

No final da semana, a imprensa deu conta da presença do deputado Duarte Júnior em Barcelona, capital da província espanhola da Catalunha – considerada uma das melhores cidades do planeta para se viver -, participando ali do Smart City Expo World Congress, um evento em que são apresentadas e discutidas soluções inteligentes para problemas de cidades de todos os continentes. Duarte Júnior participou recentemente de diversos eventos dessa natureza no Brasil, informando-se a respeito de experiências consolidadas em cidades do porte de São Luís, bem como conhecendo inovações apresentadas por arquitetos, urbanistas e especialistas em diversas áreas. O propósito do deputado é entrar na corrida preparado para o grande debate.

O deputado federal Rubens Júnior tem dedicado grande parte do seu tempo como secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano aos problemas de São Luís. Além dos grandes projetos do Governo do Estado para a Capital, o pré-candidato idealizou e lançou o programa “Nosso Centro”, um pacote de projetos em diversas áreas destinados a revitalizar o centro da cidade. Além disso, tem incursionado com frequência pelos bairros, onde se reúne com moradores e líderes comunitários para discutir os problemas. Um semestre depois de assumir o comando da Secid, Rubens Júnior tem hoje um mapeamento dos problemas da Capital.

O deputado Neto Evangelista traça sua estratégia com base no conhecimento que ele tem dos problemas de São Luís, que aprofundou como secretário municipal na gestão João Castelo como secretário de Desenvolvimento Social no primeiro Governo Flávio Dino, quando iniciou a grande expansão da rede de Restaurante Popular. Deve ampliar sua base de preparo vivenciando as melhorias realizadas em Salvador (BA) pela gestão do prefeito ACM Neto, presidente nacional do DEM e que é um dos apoiadores da sua candidatura à Prefeitura de São Luís, conforme as entusiasmadas declarações que deu quando quando veio a São Luís e lhe entregou o comando do partido na Capital e a vaga de candidato à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. Neto Evangelista tem mostrado disposição para debater os problemas da Capital.

O fato é que, se o embate político permitir e a julgar pela movimentação os pré-candidatos mais ativos até aqui, a corrida pelo gabinete o principal do Palácio de la Ravardière deverá se dar em nível bem mais elevado do que as campanhas mais recentes.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Zé Inácio indica que PT pode lançar candidato próprio em São Luís

Zé Inácio defende candidatura do PT e topa ser o candidato

“Se depender de mim, o PT lança candidato próprio à Prefeitura de São Luís”. A declaração foi dada ontem pelo deputado estadual Zé Inácio, reafirmando tese por ele defendida há tempos e que agora ganhou força com o novo clima que se instalou nas fileiras do PT com a saída do ex-presidente Lula da Silva da prisão. O parlamentar acredita que essa é a tendência dominante no braço maranhense do PT, seguindo a linha da declaração do ex-presidente Lula em Salvador, onde avisou, categoricamente, que o PT “não será coadjuvante de ninguém”. Zé Inácio não esconde que ele próprio alimenta o projeto de representar o PT na corrida pela sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), que também é alimentado pelo deputado federal Zé Carlos. E pelo tom das suas palavras, não será surpresa se, logo após resolver sua guerra interna pelo poder –  que foi retardada por troca de acusações de fraude nas eleições internas do partido -, a direção partidária anunciar o lançamento de candidato próprio na Capital. Há, evidentemente, forças dentro do PT maranhense que defendem que o partido apoie o candidato que vier a ser lançado pela aliança partidária comandados pelo governador Flávio Dino. Mas a posição assumida pelo deputado Zé Inácio é um indicador claro que o PT pretende usar seus preciosos minutos no rádio e na TV para vender o seu próprio peixe.

 

Hilton Gonçalo vai mesmo coordenar a campanha de Eduardo Braide em São Luís

Hilton Gonçalo deve coordenar a campanha de Eduardo Braide

Corre nos bastidores da sucessão na Capital que o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, deverá mesmo assumir a coordenação geral da campanha do deputado federal Eduardo Braide à Prefeitura de São Luís, repetindo o roteiro de 2016, quando foi o principal apoiador do então candidato a prefeito da Capital. Mesmo com a carga de ser candidato à reeleição em Santa Rita e de comandar pessoalmente a campanha da mulher, Fernanda Gonçalo, à reeleição em Bacabeira, Hilton Gonçalo já teria assumido esse compromisso com Eduardo Braide. Fonte da Coluna com bom trânsito junto a Hilton Gonçalo informa que ele só vai coordenar a campanha de Eduardo Braide embalado pela   certeza de que está muito bem avaliado em Santa Rita e porque que não apareceu – pelo menos até agora – no cenário político santa-ritense um pré-candidato com cacife para ameaçá-lo nas urnas, o mesmo acontecendo com sua mulher em Bacabeira. Esse roteiro só será alterado se algum fato novo vier a ameaçar o seu favoritismo em Santa Rita, o que é improvável, segundo um conhecedor da cena política santa-ritense.

São Luís, 19 de Novembro de 2019.