Arquivos mensais: janeiro 2020

PSOL sinaliza que vai lançar Franklin Douglas e decisão pode isolar Bira do Pindaré

 

Franklin Douglas deve ser o candidato do PSL e Bira do Pindaré pode ficar isolado na corrida à Prefeitura de SL

Não foi uma tomada de decisão, mas a plenária realizada quarta-feira (29) pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para começar a discutir a sua participação na corrida para a Prefeitura de São Luís indicou, por larga maioria, o caminho a candidatura própria, praticamente descartando a proposta de aliança feita pelo candidato do PSB, deputado federal Bira do Pindaré. E foi mais longe: apontou o jornalista, advogado e professor universitário Franklin Douglas como o melhor nome para encabeçar chapa do partido à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). A decisão definitiva do PSOL sobre a corrida eleitoral em São Luís só será tomada em março, quando o Diretório de São Luís colocar em prática as orientações a serem definidas pelo VII Congresso Nacional da agremiação sobre o pleito.

A indicação da plenária – por coincidência realizada na sede do Sindicato dos Bancários produziu duas situações que terão impacto direto no cenário da disputa. A primeira é que o PSOL vai mesmo colocar mais um nome numa corrida que deverá reunir um recorde de participantes. A segunda é que a inclinação pela candidatura própria representou um duro golpe no projeto de Bira do Pindaré de posicionar sua candidatura mais à esquerda.

Criado a partir de um racha no PT durante o Governo do presidente Lula da Silva, o PSOL é um partido que prega uma linha ideológica de esquerda que não faz muitas concessões, como, por exemplo, a oposição radical ao Governo de Jair Bolsonaro, de direita radical. O PSOL sempre disputou presidência, governos estaduais e prefeituras com candidatos próprios e, mais do que isso, aliando-se com a ultraesquerda, como o PCB, por exemplo. Não surpreende, portanto, que o partido participe da corrida para a Prefeitura de São Luís com candidato próprio. E se o professor Franklin Douglas for confirmado, será um representante genuíno da concepção política e programática do partido.

Franklin Douglas diz, com uma dose de cautela, que nada está decidido ainda, mas reconhece que a tendência pela candidatura própria é amplamente majoritária no PSOL. Revela que não era esse o seu projeto pessoal, que está mais voltado para a vida universitária e o escritório de advocacia. Mas admite que, se for convocado, assumirá o desafio de brigar pela Prefeitura de São Luís numa disputa direta com o deputado federal Eduardo Braide (Podemos), os deputados Neto Evangelista (DEM), Yglésio Moisés (sem partido) e Adriano Sarney (PV), e o candidato que sair dos quadros do PCdoB, o deputado federal Rubens Júnior ou deputado estadual Duarte Júnior, além, claro, do próprio Bira do Pindaré. Franklin Douglas certamente não alimenta a ilusão de que pode vencer uma eleição nesse tabuleiro, mas acha politicamente produtivo colocar as teses do PSOL num debate aberto. E mais: tem todas as condições de ser um concorrente duro no embate direto.

A decisão do PSOL complica a situação do socialista Bira do Pindaré. Sem a aliança a aliança à esquerda, ele tem de procurar aliados na esquerda moderada e no centro-esquerda, como o PT, por exemplo, com quem mantém laços fortes, ou com o PDT e com o PCdoB. Há vozes no PT propondo uma aliança com o PSB em torno de Bira do Pindaré e indicando o vice. Seria uma aliança provável, mas mesmo com muitos simpatizantes dentro do PT, as relações dos petistas com o PCdoB indicam claramente que se não lançar candidato próprio, o partido de Lula da Silva se aliará ao partido de Flávio Dino. E nesse contexto, quase todos desse campo ideológico, incluindo o PDT, descartam aliança com o PSB, o que leva o partido de Bira do Pindaré a uma espécie de isolamento, obrigando o candidato socialista a fazer uma campanha-solo, o que reduzirá expressivamente o seu poder de fogo na guerra pelo voto.

É claro que tudo está em aberto quanto a candidaturas e   montagens partidárias para a corrida às urnas, pois nessa seara a política costuma surpreender, produzindo situações para muitos inimagináveis. No que diz respeito ao PSOL e ao PSB, no entanto, os movimentos são previsíveis: Franklin Douglas deve ser o candidato do PSOL numa aliança com o PCB, e Bira do Pindaré será candidato sem parceiro partidário.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Caxias: MDB muda de comando e lança César Sabá como terceira via

César Sabá será lançado por João Alberto contra Fábio Gentil e Adelmo Soares

A cúpula estadual do MDB – diga-se o presidente, ex-senador   João Alberto, e o vice-presidente, deputado estadual Roberto Costa – desembarca hoje em Caxias para, primeiro, fazer uma mudança radical e histórica no comando municipal do partido, e, segundo, lançar a candidatura do empresário César Sabá à Prefeitura da Princesa do Sertão. O caráter radical e histórico da mudança de comando está no fato de que, depois de mais de três décadas, o MDB caxiense sairá definitivamente do controle do ex-prefeito Paulo Marinho e seu grupo. E mais: além de candidato a prefeito, César Sabá será, a partir de agora, o manda-chuva da agremiação no quarto maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, onde o MDB nasceu pelas mãos do honrado médico e várias vezes deputados José Brandão, um dos mais ativos líderes da resistência à ditadura no Maranhão. Sob o comando de Paulo Marinho, o MDB também pontificou em Caxias, mas também foi vitimado por muitas controvérsias, que resultaram na sua completa fragilização. Com a decisão de tirar o braço caxiense do controle de Paulo Marinho, o comando do MDB dá um novo norte para o partido na cidade e na região. O lançamento da candidatura de César Sabá a prefeito acontece no momento em que Caxias repercute a decisão do PCdoB de lançar a candidatura do deputado Adelmo Soares, com o apoio do Grupo Coutinho, para enfrentar o prefeito Fábio Gentil (PRB), que lidera as pesquisas. A cúpula emedebista aposta que César Sabá pode ter bom desempenho nas urnas como representante de uma de uma terceira via.

 

Indefinição no PCdoB estimula a suspeita de que pode haver surpresa em relação a São Luís

Márcio Jerry ainda não decidiu entre Rubens Júnior e Duarte Júnior em SL

Em meados de dezembro passado, o presidente do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, agendou informalmente, em conversa com jornalistas, que o mês de janeiro seria usado para conversar e que ao seu final, ou no máximo no início de fevereiro, o partido teria uma definição sobre candidato a prefeito de São Luís. Janeiro termina hoje, e até onde a luneta da Coluna pode alcançar, o ambiente dentro do partido do governador Flávio Dino é ainda de completa indefinição sobre o assunto, persistindo as mesmas incertezas entre o deputado federal Rubens Júnior e o deputado estadual Duarte Júnior. O mais curioso é que nenhum dos dois canta vitória, dando a impressão de que o primeiro não decolou na preferência do eleitorado, apesar do forte apoio político, e o segundo não se encaixou no perfil político exigido, apesar de ser o segundo do campo governista na preferência do eleitorado. E o mais curioso: não há sinal de escolha à vista, o que estimula a suspeita de que o PCdoB poderá surpreender com uma mudança radical nesse roteiro.

São Luís, 31 de Janeiro de 2020.

Josimar de Maranhãozinho se diz preparado e que confia “em Deus e no povo” para disputar os Leões em 22

 

Josimar de Maranhãozinho mantém projeto de disputar o Governo do Estado em 2022, com Deus e o povo

Em meio a movimentos, declarações e especulações sobre as eleições municipais deste ano, particularmente a disputa para a Prefeitura de São Luís, uma entrevista do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) à TV Mirante, na manhã de segunda-feira (28), recolocou momentaneamente em pauta a corrida para o Palácio dos Leões em 2022. Perguntado sobre como se posicionará na sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), o parlamentar não fez rodeios e respondeu que é pré-candidato ao Governo do Estado e que espera contar com a ajuda do povo e de Deus. Josimar de Maranhãozinho não deu pistas sobre como pretende entrar nessa briga, que preliminarmente envolverá o senador Weverton Rocha (PDT), que está em campanha; o vice-governador Carlos Brandão (PRB), que vem trabalhando forte na articulação política, e, provavelmente, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), de acordo com rumores que correm nos bastidores do seu partido. O parlamentar não sinalizou sobre como jogará para disputar o Palácio dos Leões com alguma chance de chegar lá, nem exibiu a preocupação com o elevadíssimo risco de tropeçar feio e levar um tombo político monumental na empreitada.

Ainda não dá para saber se Josimar de Maranhãozinho está jogando para ampliar o espaço que já ocupa no cenário político estadual ou se, de fato, acredita que pode vir a se dar bem numa eleição para o Governo do Estado. Mas seu recado foi claro e direto ao responder ao jornalista Roberto Fernandes: “Na minha vida política tudo tem acontecido naturalmente, nós estamos fazendo um trabalho junto ao PL, o Avante e o Patriota, estamos colocando o nosso nome à disposição para uma pré-candidatura ao Governo do Estado em 2022, confiamos em Deus e no povo maranhense. Nós estamos preparados”.

Os resultados eleitorais até agora jogam a seu favor e explicam a sua movimentação, embora muitos enxerguem fortes controvérsias no seu modo de atuar politicamente. Foi prefeito eleito e reeleito de Maranhãozinho (2004/2008), se elegeu deputado estadual em 2014 como campeão de votos, para ser em 2018 o deputado federal mais votados, com quase 200 mil votos, tendo elegido (2012) e reelegido (2016) sua mulher, Deusdete Rodrigues (PL),  conhecida como Detinha, prefeita de Centro do Guilherme, mandando-a finalmente para a Assembleia Legislativa em 2018 também como campeã de votos, além de ter emplacado a irmã, Josenilda Rodrigues (PL) na Prefeitura de Zé Doca, com amplas chances de reeleição em outubro.

Além do apoio de prefeitos da sua base política e eleitoral, como Zé Doca, Centro do Guilherme e Maranhãozinho, Josimar de Maranhãozinho conta com o apoio de pelo menos duas dezenas de prefeitos, algumas dezenas de vereadores – inclusive na Câmara Municipal de São Luís -, comanda uma bancada fiel na Assembleia Legislativa, formada pelos deputados Detinha, Hélio Soares, Leonardo Sá e Vinícius Louro, todos do PL, e conta com dois fieis escudeiros na Câmara Federal, os deputados Júnior Lourenço e Pastor Gildenemyr. Sua meta agora é investir para a eleição de um grande número de prefeitos, de modo a formar uma base municipal forte e capaz de embalar sua possível candidatura à sucessão do governador Flávio Dino.

Na entrevista à TV Mirante, Josimar de Maranhãozinho repetiu o que já dissera a vários interlocutores desde que iniciou o seu mandato de deputado federal. Sabe que suas chances numa disputa envolvendo o Governo Estado são remotas, mas tem ciência de que sua sobrevivência política só será possível se continuar investindo pesado na perspectiva de eleger-se ou não Governador do Estado. O parlamentar vem impressionando seus interlocutores com a maneira ousada, desinibida e independente   como se coloca na condição pré-candidato a governador, e também pelo “poder de fogo” que exibe para atrair aliados. Há, porém, observadores que veem na movimentação de Josimar de Maranhãozinho um mero jogo de cena, avaliando que ele não tem consistência para ir em frente como uma espécie de “terceira via”.

As eleições de outubro dirão como ele chegará em 2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roseana Sarney descarta Prefeitura, mas pensa disputar Senado ou Governo em 22

Roseana Sarney 

Já é consenso no MDB que a ex-governadora Roseana Sarney não será candidata a prefeita de São Luís. Ela ainda não comunicou sua decisão ao comando partidário, mas já se sabe que o martelo sobre o assunto já foi batido. A novidade na seara sarneysista é que a ex-governadora já teria admitido a possibilidade de vir a disputar mandato majoritário em 2022, podendo entrar novamente na guerra pelo Palácio dos Leões ou brigar pela vaga de senador a ser aberta com o fim do mandato do senador Roberto Rocha (PSDB). O MDB já estaria redefinindo sua aposta e considerando outros nomes para escolher um candidato que tenha densidade política e potencial eleitoral. É aguardar.

 

Embrião partidário de Bolsonaro continua sem condutor no Maranhão

Jair Bolsonaro

Aliados e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro acham que ele conseguirá uma expressiva quantidade de assinatura para a criação do partido Aliança pelo Brasil no Maranhão. Até agora, nenhuma voz de destaque do bolsonarismo no Maranhão. A ex-prefeita de Lago da Pedra e atual superintendente da Funasa no estado Maura Jorge teria se dito disposta a comandar essa tarefa, o mesmo acontecendo com o coronel de pijamas Ribamar Monteiro, atual chefe local da SPU, que também se mostrou interessado na tarefa. Só que ao invés de somar forças, eles na verdade estão medindo forças, enquanto o rebento partidário do presidente vai claudicando no estado. Nesse contexto, merece destaque o fato de que o PSL, que agora está na contramão política do presidente, ganha fôlego depois das incertezas que marcaram o rompimento de Jair Bolsonaro com o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), que é o chefe maior da agremiação.

São Luís, 30 de Janeiro de 2020.

Movimento 65: Dino rodará o Brasil com versão ampliada dos Diálogos pelo Maranhão, que o levaram aos Leões

 

Flávio Dino e Lula da Silva: governador tem crédito para fazer aliança ou não

O governador Flávio Dino será o protagonista do PCdoB no projeto por meio do qual o partido levará aos quatro cantos do País o Movimento 65, destinado a mobilizar forças de centro, centro-esquerda e centro-direita na formação de uma ampla frente partidária com o objetivo de criar as condições objetivas para interromper o avanço da direita conservadora e da extrema-direita hoje mobilizada em torno do projeto de poder que tem à frente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador do Maranhão, que já vem cumprindo uma movimentada agenda de entrevistas, reuniões, eventos e conversas com o mesmo objetivo, vai agora ampliar o seu raio de ação como figura central desse roteiro político ao mesmo tempo ousado e necessário, principalmente se levado em conta o fato de que as forças de centro se encontram sem norte claro. Nesse contexto, com a autoridade de governante bem-sucedido e líder de uma transição histórica no Maranhão, e que sabe o que diz sobre o Brasil, Flávio Dino vem atuando como uma voz densa, lúcida e confiável, sendo por isso visto como nome talhado para disputar a presidência da República em 2022.

O Movimento 65 – referência ao número do PCdoB -, é a versão, em escala nacional, de um projeto vitorioso levado a cabo, nos anos 2013 e 2014 no Maranhão, pelo então pré-candidato a governador Flávio Dino. Naquele período, sem o mandato de deputado federal – que não renovou em 2010 porque decidira disputar o Governo do Estado -, Flávio Dino colocou em prática o projeto “Diálogos pelo Maranhão”, que o levou a praticamente todos os municípios maranhenses. Foram centenas de reuniões – a grande maioria em praça pública -, nas quais o pré-candidato analisou a situação do estado, apresentou suas propostas básicas de mudança na linha de ação do Estado e ouviu queixas e sugestões de eleitores. Foram meses de cruzada política, de modo que, ao se tornar candidato em julho de 2014, sem nome já liderava amplamente a corrida ao Palácio dos Leões, liderança confirmada nas urnas, com eleição em turno único, tendo recebido 63,5% dos votos válidos, derrotando o empresário e suplente de senador Lobão Filho (PMDB). E por confirmar no Governo a base do seu discurso, foi reeleito em 2018, de novo em turno único, com 65% dos votos válidos, desta vez batendo nas urnas a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Sob sua liderança, o Movimento 65 tem base de pode ganhar fôlego. Existe, de fato, problema com o nome do partido, porque os descaminhos de parte da esquerda e a ação politicamente daninha da extrema-direita serviram para estigmatizar o substantivo “comunista” em qualquer situação que ele surja. Enquanto a decisão sobre rebatizar ou não o PCdoB não sai, a movimentação de Flávio Dino se torna uma ação partidária e não um projeto solitário de um candidato a candidato a presidente. Esse projeto ganha peso e abrangência à medida que, diante de um cenário em que o ex-presidente Lula da Silva, que tem apoio popular e controla o PT, mas amarga uma situação judicial perigosamente instável, e o ex-ministro Ciro Gomes se move no PDT com picos de agressividade que afastam aliados à esquerda e à direita, Flávio Dino é, de longe, o melhor e mais preparado quadro da esquerda para encarnar com chances de sucesso u8m projeto tão abrangente.

E por mais incrível que possa parecer, o risco de entrave do Movimento 65 está exatamente no PT, onde, até por dever de gratidão, deveria estar a maior fonte de incentivador, se levada em conta a postura e o apoio do PCdoB e do governador como parceiro dos governos petistas e aliado fiel durante a crise se abateu sobre o partido a partir do Mensalão, passando pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e a prisão do ex-presidente Lula da Silva em 2018. Diante da evidência de que Lula da Silva foi descortês com Flávio Dino ao tentar minimizar, numa entrevista recente, o seu peso na corrida presidencial, o comando do PT se vê obrigado a reconhecer o papel político do governador, tendo a presidente petista Gleise Hoffman admitido até o eventual apoio do partido a uma eventual candidatura dele ao Palácio do Planalto.

Quem conhece Flávio Dino sabe que ele protagonizará o Movimento 65 confiando no próprio taco, como fez com os Diálogos pelo Maranhão. E deu carto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PSOL decidirá se lança Franklin Douglas ou faz aliança com PSB por Bira do Pindaré

PSOL vai decidir entre lançar Franklin Douglas ou se aliar com Bira do Pindaré na disputa pela Prefeitura de SL

O braço ludovicense do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) iniciará nesta quarta-feira (29) um ciclo de debates para definir sua participação na corrida à Prefeitura de São Luís. Duas teses serão colocadas em discussão: o lançamento de candidato próprio ou uma aliança com PSB em torno da candidatura do deputado federal Bira do Pindaré. Se a escolha for por entrar na briga com candidato próprio, o nome será o professor universitário Franklin Douglas, do Curso de Comunicação, hoje um dos militantes mais destacados do partido e que não tem   concorrente, já que o outro aspirante a candidato, Noleto Chaves, resolveu retirar seu nome da disputa. Se o partido optar por uma aliança com o PSB, é provável que reivindique a vaga de candidato a vice. A aliança com o PSB não estava nos planos do PSOL, cujo projeto inicial era uma composição com o PCB. A proposta partiu de Bira do Pindaré, que tem inclinado o PSB para uma postura mais à esquerda. O comando do PSOL ouviu a proposta, mas diante do fato de que a ideia da candidatura própria já havia sido posta, decidiu debater internamente, para uma tomada de decisão. É improvável que uma posição já seja definida na reunião de amanhã, mas é possível que o PSOL bata martelo por uma das teses em pouco tempo.

 

Candidato do PDT, Jota Pinto ameaça em Ribamar, mas Eudes Sampaio é forte

Jota Pinto entra forte, mas Eudes Sampaio será páreo duro

O ex-deputado Jota Pinto já é o titular do PDT em São José de Ribamar e, nessa condição, ocupa a posição de pré-candidato do partido à sucessão do prefeito Eudes Sampaio (PTB), que não está nem um pouco disposto a passar o bastão, assumindo aos pouco o candidato a ser batido na briga pelo comando da Cidade do Padroeiro. Não há dúvida de que no comando do PDT Jota Pinto ganha força na disputa. O problema é que, diante de pesquisas que ligaram alerta vermelho, o prefeito Eudes Sampaio resolveu turbinar sua gestão, ganhando cada vez mais espaço na disputa. Nos bastidores da Prefeitura, aliados de Eudes Sampaio já comemoram sua suposta volta à liderança da disputa. O ex-prefeito Luís Fernando Silva, seu principal apoiador diz não ter dúvida de que o prefeito vai se reeleger.

São Luís, 28 de Janeiro de 2020.

São Luís tem um mosaico eleitoral que precisa ser bem interpretado pelos candidatos a prefeito

 

Eleitores de São Luís formam hoje um mosaico claro e bem definido no qual as mulheres são maioria

A corrida à Prefeitura de São Luís nas eleições deste ano se dará em condições especiais, a começar pelo fato de que nela estarão   representantes destacados da mais nova geração de políticos maranhenses, variando dos 30 aos 50 anos, como Rubens Júnior (PCdoB), Eduardo Braide (Podemos), Bira do Pindaré (PSB), Yglésio Moisés (sem partido), Duarte Júnior (PCdoB), Neto Evangelista (DEM), Wellington do Curso (ainda no PSDB) e Jeisael Marx (Rede) – o juiz federal aposentado Carlos Madeira (Solidariedade) é o único fora dessa faixa. Os candidatos à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) – ele também integrante desse grupo – terão a difícil e desafiadora tarefa de seduzir e conquistar fatias expressivas de um exército de 660 mil eleitores – dados das eleições de 2018 -, a maioria formada por mulheres e estratificado em nichos de idade pelos quais também se dividem na maneira de pensar. São três grupos de eleitores, sendo o primeiro que vai dos 16 aos 34 anos, com 280 mil integrantes, que representam pouco mais de 40% do total do eleitorado da Capital; o segundo são os 275 mil que representam a faixa de idade que vai dos 35 aos 54 anos, e que alcança também cerca de 40% do eleitorado; e finalmente os 104 mil (14%) que vão dos 55 aos 69 anos.

São três contingentes com senso crítico apurado, com consciência cidadã que se aprimora a cada eleição, e que pensam diversamente e enxergam a cidade e seus problemas por ângulos diferentes. O primeiro contingente representa a juventude, a militância estudantil, os que batalham para conquistar seu espaço profissional, para formar família, e são movidos também por um elevado grau de insatisfação, e que costumam simpatizar com os candidatos mais identificados com candidatos das suas faixas etárias. O segundo representa o eleitor de meia idade, já com seu destino bem ou mal traçado, que vivencia o que a cidade tem de bom e amarga o que ela tem de ruim, havendo nesse contingente um expressivo sentimento de insatisfação e também de conformação, formado na média por eleitores que já têm juízo formado a respeito da política e da vida pública. E o terceiro agrega uma faixa de idade que já se empolgou, já se decepcionou e tem agora opinião formada sobre tudo e que escolhe seus candidatos com serenidade e muita convicção.

Difícil enquadrar os candidatos por identificação com cada grupo. Mas é possível perceber, por exemplo, que, por suas idades e seus discursos, Duarte Júnior, Yglésio Moisés, Adriano Sarney e Jeisael Marx têm linhas identificadas com o primeiro grupo, que é o usuário mais ativo e mais frequente das redes sociais, onde formam grupos e organizam batalhões – e às vezes exércitos! – de seguidores, que se transformam em preciosos cabos eleitorais. Políticos mais consolidados, que já exerceram vários mandatos e ocuparam diversos cargos públicos, Eduardo Braide, Bira do Pindaré, Rubens Júnior, Neto Evangelista e Carlos Madeira – que tem como lastro mais de três décadas de magistratura federal – têm identificação mais fácil com o segundo grupo, onde estão, segundo a “sociologia” que move a política, os mais influentes formadores de opinião e onde estão os seus interlocutores mais abalizados.

O número de eleitores que decidirão o futuro de São Luís para as eleições de outubro deverá ser anunciado em junho, e será um pouco maior do que o de 2018, devendo ficar entre 680 e 700 mil, não devendo alterar expressivamente a configuração dos percentuais nem mudar as suas feições ou posturas em relação às escolhas que farão nas urnas. Isso levando em conta também o fato de que as mulheres continuarão sendo maioria desse eleitorado que historicamente se posicionou de maneira independente, mesmo entre 1988 e 2006, período em que o PDT, liderado por Jackson Lago, deu as cartas na política local e comandou a máquina municipal, vencendo quatro eleições.

Os aspirantes a candidato terão de analisar com muito cuidado esse cenário político e eleitoral, de modo a identificar suas aspirações e alinhavar discursos adequados para cada um deles. Quem não observar essas nuanças desse mosaico pode perder o bonde que levará às urnas de São Luís em outubro.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Decisão do PCdoB sobre candidatura ditará o roteiro da disputa em São Luís

Rubens Júnior e Duarte Júnior: escolha do PCdoB que vai ditar os rumos da corrida à Prefeitura de São Luís

À medida que a contagem regressiva para as eleições municipais avança, aumentam a expectativa e também os rumores a respeito de uma das decisões que impactarão fortemente à corrida à Prefeitura de São Luís: a escolha do PCdoB entre o deputado federal Rubens Júnior e o deputado estadual Duarte Júnior como candidato do partido. Por mais que uma especulação aqui, outra ali e mais uma acolá sugiram que há preferências dentro do partido, o fato é que o comando partidário está diante de um dilema de difícil solução: Rubens Júnior é um aspirante que tem lastro político, mas não apresentou até agora sinais de viabilidade eleitoral; Duarte Júnior é um aspirante que tem dificuldades políticas, mas exibe denso lastro eleitoral. De uns dias para cá, as especulações sobre a escolha se intensificaram, sendo que uma chamou a atenção: o PCdoB estaria na iminência de anunciar uma decisão, que poderá ser inclusive a de não lançar candidato, o que foi logo descartado por vozes autorizadas do partido. Nesse contexto, um rumor ganhou consistência: se o PCdoB escolher Duarte Júnior, Rubens Júnior continuará à frente da Secretaria das Cidades ou, numa reviravolta, reassumirá seu mandato em Brasília; mas se Rubens Júnior for o escolhido, Duarte Júnior pedirá uma “alforria” ao partido e buscará uma agremiação para ser candidato – estaria entabulado com o PRB, com o aval do vice-governador Carlos Brandão. Vale repetir, portanto, que a decisão do PCdoB dará o tom e desenhará o roteiro da corrida ao Palácio de la Ravardière.

 

MDB examina alternativas, mas deve apoiar Assis Ramos em Imperatriz

Assis Ramos, que se elegeu pelo MDB e pode ter o apoio emedebista

Na busca de recuperar pelo menos parte do espaço que perdeu nas duas últimas eleições, o MDB se movimenta em busca candidatos e alianças que o levem a participar bem das eleições municipais, principalmente em grandes municípios. Ainda procura um nome em São Luís, vai lançar no dia 31 César Sabá em Caxias e está trabalhando com três alternativas em Imperatriz: lançar o empresário Franciscano, apoiar uma eventual candidatura do médico Daniel Fiim ou apoiar a candidatura do prefeito Assis Ramos (DEM) à reeleição. Tudo indica que o partido caminha para apoiar o prefeito, que se elegeu pelo MDB, mas o trocou pelo DEM no ano passado. A explicação para isso é simples: o diretório do MDB na Princesa do Tocantins é controlado por Assis Ramos, o que deixa o comando estadual sem margem de manobra para levar a legenda para outra direção. Mudar o comando partidário agora poderia resultar num desgaste político imenso no segundo maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão. Daí o caminho mais prudente é superar as diferenças e apoiar a candidatura do prefeito. Pelo menos um ganho o MDB já conseguiu nas suas articulações em Imperatriz: formou uma chapa densa de candidatos a vereador.

São Luís, 26 de Janeiro de 2020.

Sem nome forte para a disputa, PT caminha para somar com PSB em torno de Bira do Pindaré

 

Bira do Pindaré pode ter o apoio do PT em SL com o aval de  Zé Inácio e Zé Carlos 

No campo das especulações relacionadas com as composições que moverão a corrida à Prefeitura de São Luís, é tida como certa a aliança PDT/DEM em torno do deputado estadual Neto Evangelista, prevê-se o alinhamento Podemos/PL/PSDB em torno do deputado federal Eduardo Braide, e fala-se de uma eventual arrumação com PV/PSD/PSC em apoio ao deputado estadual Adriano Sarney, entre várias outras montagens partidárias que o exercício especulativo consegue alinhavar. Nesse contexto, uma aliança está praticamente consolidada, a que unirá o PSB e o PT em torno da candidatura do deputado federal Bira do Pindaré, tendo o partido do ex-presidente Lula da Silva praticamente garantida a vaga do candidato a vice. De acordo com fontes das duas agremiações, as conversas estariam avançadas, faltando poucos detalhes para que o acordo seja firmado e anunciado, o que deverá acontecer no início de março, quando outras alianças também chegarão ao conhecimento do eleitorado. A ser confirmada e consumada essa aliança, o candidato Bira do Pindaré com o seu cacife pessoal, a força de duas militâncias aguerridas somadas e mais de três preciosos minutos no horário gratuito no rádio e na TV.

O PT tentou, sem sucesso, entrar na corrida ao Palácio de la Ravardière com candidato próprio, com ensaios de candidatura por parte do deputado estadual Zé Inácio e pelo deputado federal Zé Carlos. No entanto, o que poderia ser um processo de escolha resultou num embate das correntes que movimentam o partido, o que terminou por inviabilizar o projeto inicial. Houve quem tentasse levar o PT para uma aliança com o PCdoB, em torno de Rubens Júnior ou de Duarte Júnior, mas essa alternativa também não uniu o partido. Enquanto essas articulações fracassavam, um projeto de aliança consistente era alinhavado entre Bira do Pindaré e alguns líderes petistas. As conversas já teriam inclusive alcançado alguns escalões superiores do PT nacional, tendo também o aval do comando maior do PSB.

Uma aliança do PSB com o PT na disputa para a Prefeitura de São Luís se baseia numa lógica indiscutível. Começa com o fato de que, mesmo fora do partido há anos, tendo migrado para o PSB por não aceitar a aliança do PT com o Grupo Sarney, Bira do Pindaré conserva laços fortes com amplos setores do PT. Essa relação facilita a manutenção de canais de entendimento, com espaço para a construção de uma aliança para disputar a Prefeitura de São Luís. Além disso, Bira do Pindaré é um político testado nas urnas de São Luís em eleições das quais saiu com cacife forte, como a célebre disputa que travou com Epitácio Cafeteira por uma cadeira no Senado em 2006. E na presente corrida tem aparecido nas pesquisas com percentuais de preferência que lhe autorizam a se candidatar.

Na seara petista, a grande dificuldade estaria na escolha do candidato a vice, situação normal no PT, um partido formado por inúmeras correntes, que entram em clima de quase autofagia quando decisão desse porte tem de ser tomada. Há nomes de sobra no partido com perfil para compor uma chapa como vice de Bira do Pindaré. O problema seriam diferenças internas alimentadas por grupos ligados ao deputado federal Zé Carlos e outros alinhados ao deputado estadual Zé Inácio, que defendem que o PT tenha candidato próprio – um deles dois. Ao que tudo indica, porém, a tese da aliança PT/PSB em torno da candidatura de Bira do Pindaré ganha força e já estaria superando divergências.

A política ensina que situações óbvias podem mudar radicalmente de uma hora para outra., dependendo das circunstâncias e do que está em jogo. Essa regra se aplica ao namoro do PSB com o PT em torno da candidatura de Bira do Pindaré. Mas é lícito avaliar que a aliança tem tudo para dar certo.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Caxias em ebulição política: Grupo Coutinho lança Adelmo Soares para enfrentar Fábio Gentil

Adelmo Soares (camisa vermelha) tem o apoio de Cleide Coutinho e o aval de Márcio Jerry

Caxias entrou, finalmente, em ebulição por conta da corrida à Prefeitura, que a julgar pelos fatos já consumados e os que estão em andamento, prepara-se para ter eleições com um grau de animação que não se via desde a célebre campanha do “X”, o espetacular embate inicial entre o movimento liderado por Paulo Marinho e as forças conservadoras comandadas pelo senador Alexandre Costa.

A pólvora para dar caráter explosivo à disputa foi o anúncio de que o deputado Adelmo Soares (PCdoB) será o candidato do Grupo Coutinho, que indicará o vice, sendo o nome mais cotado Thais Coutinho (PSB), filha do atual prefeito de Matões, Ferdinando Coutinho, para enfrentar o prefeito Fábio Gentil (PRB), que tem como vice Paulo Marinho Filho. E o dado mais importante: a escolha foi articulado pela líder do grupo, deputada Cleide Coutinho (PDT), e sacramentado por ninguém menos que o presidente estadual do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry.

A ebulição política na Princesa do Sertão vai continuar no dia 31, quando ali desembarcará a cúpula estadual do MDB para entregar o comando do partido ao empresário César Sabá e ungi-lo candidato a prefeito. César Sabá, que substituirá a Paulo Marinho no comando do MDB caxiense, é uma aposta entusiasmada do presidente do partido, ex-senador João Alberto, que acredita nas possibilidades eleitorais do candidato como terceira via.

 

Lançamento de obras em Pinheiro foi exemplo do novo Maranhão político em movimento

Thaíza Hortegal, Diego Galdino (secretário de Governo), Othelino Neto, Luciano Genésio e André Fufuca: ato em Pinheiro produziu síntese do novo Maranhão político

O ato de lançamento, anteontem, de um pacote de obras em Pinheiro – revitalização da Praça do Centenário, construção do segundo módulo da feira municipal e do Centro de Imagem do Hospital Dr. Antenor Abreu, e ainda a entrega de uma ambulância -, além um evento institucional, demonstrou bem o que é o atual Maranhão em movimento. Ali estiveram reunidos fatia importante da geração de líderes que, aliados ao governador Flávio Dino (PCdoB), já dão nova cara ao maranhão político: o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), o deputado federal e presidente do PP no estado André Fufuca, o prefeito Luciano Genésio (PP) e a deputada estadual Thaíza Hortegal (PP).

As declarações dadas no ato foram reveladoras de que existe, de fato, uma noiva realidade política em andamento no estado. Ao falar sobre as obras lançadas, frutos de esforços do prefeito de Pinheiro e aliados parlamentares, o presidente Othelino Neto disse: “São conquistas importantes que, sem dúvida, atendem ao sonho da população pinheirense, que há décadas espera por estes equipamentos públicos, adquiridos graças à parceria e união entre Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Prefeitura. Que essa forte aliança entre os políticos se traduza sempre em benefícios”.

No mesmo diapasão, o deputado federal André Fufuca emendou: “Todos esses benefícios são frutos da união de várias forças. Nós sabemos que a manutenção é muito cara e sem ela não funciona”.

No que foi seguido pelo prefeito Luciano Genésio, que falou avalizado pela deputada Thaíza Hortegal: “As inúmeras emendas colocadas por deputados estaduais e federais fizeram com que Pinheiro se tornasse um polo na área da saúde, educação e indústria. Agradeço, em especial, ao presidente Othelino Neto, que compreendeu que Pinheiro precisa de atenção. Ele tem sido um interlocutor importante no desenvolvimento do nosso município”.

Politicamente, o dado que chamou a atenção foi que os quatro protagonistas são políticos de futuro, a começar pelo presidente da Assembleia Legislativa, que se prepara para voo desafiador e decisivo em 2022.

São Luís, 24 de Janeiro de 2020.

Por falta de quem o assuma, projeto partidário de Jair Bolsonaro deve nascer pífio no Maranhão

 

 

Maura Jorge (Funasa) e Coronel Monteiro (SPU) devem assumir a organização do Aliança pelo Brasil no Maranhão

Quem vai mesmo cuidar no Maranhão do processo de criação do partido Aliança pelo Brasil, inventado presidente Jair Bolsonaro depois do rompimento com o PSL, pelo qual se elegeu? Ninguém sabe ao certo. A maioria dos bolsonaristas maranhenses continua no PSL, estando outros tantos espalhados em partidos como PSC, PSD e Patriotas. Os porta-vozes do bolsonarismo estão mergulhados no compasso de espera. Maura Jorge se mantém distante e em silêncio à frente do braço maranhense da Funasa. O coronel aposentado Ribamar Monteiro faz o mesmo à frente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Maranhão, enquanto o terceiro membro do trio governista, o médico Allan Garcez abandonou um cargo que ocupava no Ministério da Saúde e seguiu para o Acre, onde se tornou secretário de Estado da Saúde. Aliados como o senador Roberto Rocha (PSDB) e os deputados federais Edilázio Júnior (PSD) e Aluísio Mendes (PSC) dão mostras de que vão continuar apoiando o Governo, mas não querem ter qualquer tipo de envolvimento com a criação do novo partido, muito ao contrário.

Não será fácil a sobrevivência política para quem decidir assumir as cores do bolsonarismo no Maranhão ou em qualquer região do País. Principalmente em meio à repercussão devastadora da crise de identidade ideológica que resultou na demissão do secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, por haver ele assumido a sua condição de neonazista cultuando o discurso sombrio do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels. No caso maranhense, a dificuldade é ainda maior pelo fato de ser o Governo de Jair Bolsonaro rejeitado por mais de 60% da população, que demonstrou esse sentimento nas urnas em 2018. E mesmo com alguns políticos tentando minimizar a elevada rejeição, não será nada fácil para os simpatizantes do Governo Bolsonaro ajudar na formalização do partido Aliança pelo Brasil, que só ganhará autorização da Justiça Eleitoral para lançar candidatos às eleições municipais de Outubro se conseguirem colher 499 mil assinaturas em todo o País até abril.

O exemplo está no próprio PSL, que mesmo participando das eleições de 2019 como o partido do candidato Jair Bolsonaro, que liderou a corrida e se elegeu presidente, teve desempenho pífio nas urnas maranhenses, só elegendo um deputado estadual, o advogado Karlos Parabucu Santos Figueiredo dos Anjos, conhecido como Pará Figueiredo, que não dá sinais de interesse pelo projeto partidário do presidente da República. A candidata do partido ao Governo do Estado, Maura Jorge, ungida pelo então candidato Jair Bolsonaro como sua representante no estado, recebeu apenas 4% dos votos, só vencendo o candidato tucano, senador Roberto Rocha, que saiu das urnas com pouco mais de 2% dos votos.

As evidências, todas muito fortes, indicam que, como um partido não nasce por geração espontânea, mas pelo resultado do trabalho duro de milhares de eleitores unidos por um ideário, o Aliança pelo Brasil não tem qualquer futuro no Maranhão. Se ganhar forma, será um ente partidário menor, sem lastro, exatamente porque não conta com o suporte sequer de um embrião de militância. É provável que a ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, e coronel aposentado Ribamar Monteiro somem esforços e liderem um movimento para reunir simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em torno do projeto de criação do partido, mas é possível também que os bolsonaristas maranhenses sequer se mobilizem na busca de assinaturas para a formação do partido.

O fato concreto, como demonstram as evidências, é que até agora o projeto de criação do Aliança pelo Brasil não conta com líderes que o impulsionem colhendo assinaturas em praça pública. Dessa maneira, o projeto partidário de Jair Bolsonaro poderá até ganhar corpo, mas o seu braço maranhense, se nascer, nascerá pífio.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Ildon Marques diz que tem até abril para decidir se será ou não candidato em Imperatriz

Ildon Marques

Mesmo aparecendo ora em primeiro ora em segundo lugar nas pesquisas feitas até agora, o empresário e ex-prefeito Ildon Marques (PP) ainda não bateu martelo sobre ser ou não ser candidato a prefeito de Imperatriz. No final do ano passado, ele disse à Coluna que tomaria uma decisão no início de março, ou seja, logo após o reinado de Momo. Em conversa mais recente, manteve o roteiro, acrescentando que sua decisão será tomada até abril, que nas suas contas, é o mês-limite para a definição de um projeto eleitoral dessa envergadura. Informalmente, Ildon Marques diz acreditar que os ventos lhe são favoráveis, a julgar pelas pesquisas já divulgadas, e também pelas manifestações de apoio que diz estar recebendo com frequência e volume cada vez maiores. Cuidadoso, ele se reserva o direito de manter silêncio em relação à pré-candidatura já lançada do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), que de acordo com as pesquisas mais recentes assumiu a liderança na preferência do eleitorado, ficando ele em segundo, e do prefeito Assis Ramos (DEM), que trabalha pela reeleição e estaria disputando a terceira colocação com o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), que ainda não se manifestou a respeito de ser ou não candidato. Ildon Marques garante que até o final de abril colocará seu nome na disputa ou permanecerá à frente dos seus negócios.

 

Cidadania terá candidato em São Luís, mas Eliziane descarta seu nome

Eliziane Gama quer Cidadania na disputa em São Luis, mas não será candidata

O anúncio de que o Cidadania deverá lançar candidato próprio à Prefeitura de São Luís produziu uma leve, mas sentida, agitação nos bastidores partidários. Primeiro porque surgiu imediatamente a especulação de que a senadora Eliziane Gama, que é hoje o grande nome do partido, poderia voltar atrás na sua decisão de não concorrer à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e entrar na briga, que promete ser uma das mais renhidas dos últimos tempos na Capital. Satisfeita – e a maioria dos seus eleitores – com o trabalho que vem realizando no Senado, onde ganhou respeito pelo desempenho parlamentar e legislativo, a senadora tratou de divulgar, sem declaração formal, que não será candidata. Chama a atenção o fato de o Cidadania ter anunciado participação na disputa sem apresentar um nome com estatura para encarar nomes como Eduardo Braide (Podemos), Rubens Júnior ou Duarte Júnior (PCdoB), Neto Evangelista (DEM), Wellington do Curso (PSDB?) e Bira do Pindaré (PSB), entre outros.

São Luís, 23 de Janeiro de 2020.

Dino retoma agenda política nacional, defende construção de frente e amplia espaço para 2022

 

Flávio Dino em novo encontro com Fernando Henrique Cardoso, acompanhado de Eduardo Leite: retomada de agenda e ocupação de espaço com vistas a 2022

Depois do hiato causado pelos compromissos da virada do ano, o governador Flávio Dino (PCdoB) impulsionou, nos últimos dias, sua proposta de formação de uma frente que reúna partidos de centro e de esquerda – como PCdoB, DEM e PSB, por exemplo – para enfrentar a extrema-direita, hoje no poder, e recolocar o Brasil no eixo da democracia plena, sem os riscos de aventuras golpistas e autoritárias, nem assombrosas operetas neonazistas. Seu segundo encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), agora na companhia do governador do Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite, reforça seu movimento, que se baseia na possibilidade de juntar contrários políticos, a exemplo do que acontece no Maranhão, onde o Governo do Estado tem a sustentação política de uma aliança que reúne nada menos que 16 partidos, sem a extrema-esquerda nem a extrema-direita. A proposta de Flávio Dino é bombardeada pelo PT, que apesar de aliado no Maranhão, dificulta o fortalecimento da iniciativa radicalizando na defesa da sua condição de protagonista, rejeitando qualquer movimento que não tenha o ex-presidente Lula da Silva ou um petista de proa como candidato a presidente.

O cenário político nacional para 2022 começa a ganhar um rascunho com alguma definição. Um dos traços é a movimentação nítida do presidente Jair Bolsonaro (que tenta criar um partido) para buscar a reeleição, num projeto que, mesmo prematuro, já é tido como irreversível, a menos que um desastre de proporções gigantescas atinja seu Governo e inviabilize seu objetivo. Outro: o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não esconde seu projeto de disputar o Palácio do Planalto, o mesmo acontecendo com o governador de São Paulo, João Dória, que hoje dá as cartas no PSDB e não esconde que trem o Palácio do Planalto como foco. O ex-ministro Ciro Gomes, que se mantém em campanha como pré-candidato irredutível pelo PDT. E a candidatura do PT, que tem como protagonista o ex-presidente Lula da Silva, monitorada por   aspirantes como o governador baiano Rui Costa, que se coloca como alternativa ao chefe maior dentro do PT.

O governador Flávio Dino movimenta-se nesse contexto de projetos presidenciais em plena montagem, mas apesar disso, conseguindo ampliar a cada dia o espaço em que é reconhecido como um político qualificado, com um nível de preparo acima da média e cacifado por um Governo que se destaca em todas as áreas. Mais do que isso, começa efetivamente a ser visto como um político diferenciado que, sem abrir mão dos seus conceitos, prega a união das esquerdas e, a partir dela, a construção de uma grande aliança com partidos de centro e centro-direita. Não em razão de conveniências pontuais, mas em torno de um projeto que leve o Brasil a uma democracia social efetiva e não ao liberalismo cruento em implantação acelerada pelo atual Governo.

Flávio Dino tem usado todos os canais e todas as oportunidades para alimentar sua pregação a favor da união das esquerdas e, mais do que isso, pela formação de uma ampla frente que agregue o centro e o centro-direita. Tem sido incansável em conceder entrevistas aos grandes veículos de comunicação, na participação de atos, fóruns e movimentos pró-democracia, falando para as plateias mais diversificadas, para as quais analisa o Brasil, aponta problemas e contradições e apresenta soluções, sem posar de salvador da pátria. Cumpre uma agenda que nenhum outro líder político em ascensão no País vem cumprindo, sem comprometer o ritmo da sua gestão, que evolui sem traumas, apesar da crise, produzindo resultados surpreendente que a diferenciam das demais de todo o País.

No ritmo que vai, o governador do Maranhão poderá até não vir a ser candidato a presidente da República. Mas hoje ninguém duvida de que no campo das esquerdas nenhuma decisão sobre a sucessão presidencial de 2022 será tomada sem tê-lo como um dos principais avalistas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Rocha descarta Wellington por ver mais futuro numa aliança Podemos/PSDB

Roberto Rocha descarta Wellington do Curso por enxergar mais futuro numa aliança com Eduardo Braide

Na nota em tratou da participação do PSDB na corrida à Prefeitura de São Luís, o senador Roberto Rocha, seu presidente, praticamente descartou a pré-candidatura do deputado Wellington do Curso. Ele admitiu que o caminho do partido poderá ser mesmo uma aliança com o Podemos em torno da candidatura do deputado federal Eduardo Braide, como vinha sendo especulado. Roberto Rocha explicou que a pré-candidatura de Wellington do Curso é um projeto pessoal, condição que não existe atualmente no PSDB. Com isso, o chefe maior dos tucanos inviabilizou o projeto de Wellington do Curso, que objetivava no mínimo alimentar o nome para tentar a reeleição para a Assembleia Legislativa em 2022. E foi além ao prever que o PSDB marchará com o Podemos. Nesse caso, o senador Roberto Rocha joga com o mais puro pragmatismo. Com boa dose de acerto, ele não vê futuro no projeto pessoal de Wellington do Curso numa corrida em que todas as forças políticas jogarão pesado em candidatos fortes. Já com Eduardo Braide, que até aqui lidera a corrida com folga, enxerga a possibilidade de retomar parte do poder em São Luís se conseguir montar uma aliança em que o PSDB indique o companheiro de chapa do candidato do Podemos. E Eduardo Braide parece inclinado a fazer essa dobradinha. Roberto Rocha tentará fazer a aliança com o Podemos convencendo Wellington do Curso a permanecer no PSDB. Mas se não houver um entendimento, não será surpresa se liberar o deputado para viabilizar sua candidatura por outro partido sem o risco de ficar sem mandato, como fez o PDT com o deputado estadual Yglésio Moisés. Vale aguardar o desfecho dessa novela tucana.

 

Disputa em São Luís terá recorde de candidatos

A corrida à Prefeitura de São Luís deverá entrar para a crônica da política maranhense como a que reunirá o maior número de candidatos. Para começar, o número de pré-candidatos já é um recorde: Eduardo Braide (Podemos), Rubens Júnior (PCdoB), Duarte Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Neto Evangelista (DEM), Adriano Sarney (PV), Yglésio Moisés (sem partido), Carlos Madeira (Solidariedade), Tadeu Palácio (PSL), Wellington do Curso (PSDB), Jeisael Marx (Rede), Franklin Douglas (PSOL), Saulo Arcangeli (PSTU), Zé Carlos (PT) e Zé Inácio (PT). Faltam ainda definições no MDB, que aguarda a decisão da ex-governadora Roseana Sarney, e agora uma posição do Cidadania, partido da senadora Eliziane Gama e que deve anunciar um candidato nos próximos dias. Haverá naturalmente a depuração desse grupo, o plantel definitivo ficar com pelo menos 10 candidatos.

São Luís, 22 de Janeiro de 2020.

Rubens Jr. joga para atrair o apoio de Edivaldo Jr. ao seu projeto de candidatura pelo PCdoB em São Luís

 

Edivaldo Holanda Jr. pode ser decisivo no projeto de candidatura de Rubens Jr

Em meio aos fortes rumores de que o comando do PCdoB caminha para definir, nas próximas semanas, o seu candidato a prefeito de São Luís, o deputado federal licenciado e secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano Rubens Pereira Júnior intensifica sua movimentação para ganhar a vaga. Nos últimos dias, ele protagonizou uma série de ações e gestos arrojados, demonstrando que vai jogar pesado para ser ungido à condição de candidato pelo partido. Um desses gestos foram declarações colocando nas alturas o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), numa estratégia destinada a atrair o PDT, que não tem candidato, para apoiá-lo. Em entrevista concedida sábado (17) ao programa Resenha, da TV Difusora, depois de destacar o tamanho e a importância do PDT na política de São Luís, Rubens Júnior mirou o prefeito Edivaldo Holanda Júnior:  “O prefeito tem como marca a honestidade, a integridade, a responsabilidade”. E foi mais longe ao apontar o dirigente pedetista como “um prefeito que provavelmente elegerá seu sucessor, sai com bons índices de aprovação e será um player (jogador, ator) importante em 2022”.

Rubens Júnior demonstrou ter jogo de cintura no tabuleiro sucessório ao reforçar sua relação com o prefeito Edivaldo Júnior. Para começar, o prefeito vem fechando o seu segundo mandato com um saldo expressivo de bons resultados administrativos, associado à imagem de uma gestão correta no que diz respeito às suas responsabilidades básicas, como a normalização dos salários dos servidores – e eticamente insuspeita. Além disso, consolidou-se como um dos nomes mais fortes do PDT, com possibilidade de contribuir decisivamente para a eventual eleição do candidato que tiver o seu apoio. E finalmente, colocou o prefeito de São Luís como nome de peso na corrida eleitoral de 2022, para a qual o chefe, maior do seu partido, senador Weverton Rocha, vem se preparando com uma movimentação surpreendente.

Conhecedor dos diferentes ângulos do cenário para a sucessão na Prefeitura de São Luís, Rubens Júnior sabe que o apoio do PDT pode ser decisivo. E ciente de que, por não dispor de um nome forte para lançar na disputa, o partido caminha para uma aliança com o DEM em torno da candidatura do deputado Neto Evangelista, Rubens Júnior joga forte para atrair o apoio do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. E a explicação é óbvia: até agora o prefeito não se manifestou sobre como seu partido deve se conduzir na corrida à sua sucessão, se lançando candidato próprio ou indicando um vice para Neto Evangelista, na aliança que vem sendo formatada pelo presidente Weverton Rocha. Até aqui, Edivaldo Holanda Júnior só conversou sobre sucessão com o governador Flávio Dino, de quem recebeu apoio para cuidar da participação do candidato ou dos candidatos da aliança governista corrida ao Palácio de la Ravardière. E nesse contexto, Rubens Júnior certamente avalia que ter o apoio do prefeito é fator decisivo na eleição de outubro.

Quando aponta Edivaldo Holanda Júnior como um jogador importante na disputa eleitoral de 2022, Rubens Júnior acerta em dois alvos ao mesmo tempo. O primeiro é o de reconhecer que o pedetista deixará a Prefeitura de São Luís politicamente cacifado como opção da aliança governista para disputar qualquer mandato, seja na seara majoritária – governador, vice ou senador -, seja na proporcional – deputado federal ou estadual, tendo a Capital – que abriga hoje mais de 15% do eleitorado maranhense – como base principal. Não há dúvida, portanto, de que o apoio do prefeito a um candidato à sua sucessão, do PDT ou de um partido aliado, seja decisivo.

Ao elogiar e estreitar sua relação com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, Rubens Júnior faz com precisão e eficiência o chamado “dever de casa”, que é trabalhar para fortalecer politicamente o seu projeto de candidatura, um caminho lógico e seguro para conseguir suporte eleitoral.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Yglésio diz que derrotará Braide por partido que só anunciará em fevereiro

Yglésio Moisés diz que será candidato para derrotar Eduardo Braide

“Sou candidato para derrotar Eduardo Braide. Vou para a disputa focado em produzir um projeto de governo nunca visto pela população de São Luís, e não em apresentar as velhas propostas demagógicas de sempre”. A declaração, feita em tom de recado do tipo “a quem interessar possa”, partiu do deputado Yglésio Moisés, ao informar ao bem informado blog do jornalista Jorge Vieira, que já tem partido definido, mas que, por um acordo de conveniência partidária, só será anunciado em meados de fevereiro. Com a revelação, Yglésio Moisés confirma que está no jogo e que, pelo ânimo das suas manifestações, parece disposto a ser bem mais do que mais um candidato.

Um dos quadros mais atuantes da nova geração de deputados estaduais, campeão em número de projetos de lei, propostas de emendas constitucionais, indicações e requerimentos, bem como atuante na tribuna, encarando vários embates de peso no primeiro ano de mandato parlamentar, o deputado Yglésio Moisés tem dito, em conversas francas, que está preparado para ser prefeito. Médico por formação, e muito respeitado no seu círculo, o parlamentar demonstra, de fato, uma visão diferenciada sobre o que fazer para enfrentar os gigantescos problemas que ainda afetam grande parte da população da Capital.

O que muita gente não compreende é como o PDT, que vive uma crise aguda de falta de quadros, abre mão tão facilmente de um militante dessa envergadura, detentor de um mandato conquistado por ação política e que tem se destacado com um desempenho parlamentar acima da média.  Tentou ser candidato do partido, mas os chefes pedetistas não lhe deram sequer a chance de tentar viabilizar o seu nome nas entranhas partidárias, preferindo desligá-lo do partido

A saída consentida do deputado Yglésio Moisés do PDT é um exemplo de que a política produz, aqui e ali, situações inacreditáveis, só explicadas pelo tempo.

 

Corrigindo: PDT terá Jota Pinto como prefeito de São José de Ribamar

Jota Pinto: agora candidato do PDT em S. J. de Ribamar

Na edição de ontem, a Coluna informou erroneamente que o PDT não teria nomes para disputar prefeituras importantes, como a de São José de Ribamar, por exemplo. Não foi alcançada, no final da semana, pela informação de que o ex-deputado estadual Jota Pinto, um craque em driblar partidos, estava migrando do Patriotas para o PDT com a garantia de que será o candidato da agremiação brizolista ao comando da Cidade do Padroeiro, hoje o quinto maior e mais importante eleitorado do Maranhão. Uma grande cartada do comando do partido, por vários motivos, entre eles dois mais importantes. O primeiro é que Jota Pinto ombreia hoje com o prefeito nas pesquisas de opinião com o prefeito Eudes Sampaio (PDT), em condições reais de vencer a eleição. O segundo: no PDT, Jota Pinto poderá contar com o apoio da família Cutrim, que permanece no PDT, mesmo estando o deputado federal e ex-prefeito Gil Cutrim se preparando para deixar o partido, o que só deverá acontecer depois das eleições.

São Luís, 21 de Janeiro de 2020.