Denúncia de Janot contra Temer dá aos deputados federais o poder de decidir o futuro do presidente

 

Hildo Rocha
Com Michel Temer: Hildo Rocha, João Marcelo, Sarney Filho, José Reinaldo, Aluísio Mendes, André Fufuca, Juscelino Filho, Cléber Verde, Victor Mendes, Pedro Fernandes e Júnior Marreca. Contra: Elisiane Gama, Weverton Rocha, Rubens Jr., Zé Carlos, Luana Alves, Deoclídes Macedo e Waldir Maranhão

Ao mesmo tempo em que transformou Michel Temer (PMDB) no primeiro presidente da República brasileiro a ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, jogou para os 513 deputados federais, entre eles os 18 integrantes da bancada maranhense, o poder de decidir se o chefe da Nação será ou não transformado em réu e processado, afastado do cargo por até 180 dias, para finalmente ser absolvido ou mandado para casa com a pecha de corrupto no currículo até aqui brilhante e bem sucedido. Depois de verem seu poder decisão sumir pelo ralo com a absolvição da chapa Dilma/Temer pelo TSE, os deputados federais Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB), Luana Alves (PSB), Rubens Jr. (PCdoB), Zé Carlos (PT), João Marcelo (PMDB), Hildo Rocha (PMDB), André Fufuca (PP), Waldir Maranhão (PP), Pedro Fernandes (PTB), Juscelino Filho (DEM), Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN), Deoclídes Macedo (PDT), Aluísio Mendes (  ), Victor Mendes (PSD), Cléber Verde (PRB) e Sarney Filho – que deixará o ministério do Meio Ambiente para votar e retornará em seguida – têm o destino do presidente da República nas suas mãos. Só que sua força de conjunto será reduzida, porque tudo indica que a representação maranhense na Câmara Federal está dividida na histórica decisão, com a maioria inclinada a votar para confirmar o presidente Michel Temer no comando da Nação até o final do seu mandato, enquanto a banda menor o empurrará para a guilhotina.

Uma sondagem superficial feita pela Coluna levou aos seguintes posicionamentos: João Marcelo, Hildo Rocha, Sarney Filho, José Reinaldo, André Fufuca, Pedro Fernandes, Juscelino Filho, Aluísio Mendes, Victor Mendes, Cléber Verde e Júnior Marreca deverão votar a favor de Michel Temer negando autorização para que ele seja processado, enquanto que Elisiane Gama, Weverton Rocha, Zé Carlos, Deoclídes Macedo, Luana Alves, Rubens Jr. e Waldir Maranhão certamente se posicionarão a favor da autorização para que o presidente seja processado.

Sarney Filho, João Marcelo, Hildo Rocha, Aluísio Mendes, Victor Mendes e Júnior Marreca votarão a favor do presidente Michel Temer por ligações partidárias e sob influência direta do ex-presidente José Sarney (PMDB), que junto com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que estão se desdobrando em articulações mil para garantir a sobrevivência política de Michel Temer, pois sua derrubada será uma tragédia política para o Grupo Sarney. Por seu turno, José Reinaldo, Pedro Fernandes, Juscelino Filho, André Fufuca e Júnior Marreca devem engordar o movimento pró-Michel Temer por convencimento de que ele é inocente e por decisão dos seus partidos, que fazem parte da base aliada do Palácio do Planalto.

Os deputados Elisiane Gama, Weverton Rocha, Zé Carlos, Deoclídes Macedo, Luana Alves, Rubens Jr. e Waldir Maranhão votarão sob a orientação discreta, mas efetiva, do Palácio dos Leões, dando autorização para que o presidente da República seja processado pelo Supremo Tribunal Federal e, de preferência, condenado. Nesse contexto, integram também o movimento das esquerdas para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a instituição de “eleição direta já” para presidente da República, acompanhando a estratégia do PT, que assim cria ambiente para uma candidatura forte do ex-presidente Lula da Silva (PT).

Os próximos dias serão de efervescência nos labirintos da Câmara Federal e nos gabinetes políticos de peso no mundo partidário. As articulações deflagradas ontem com a denúncia feita pelo procurador geral da República contra o chefe da Nação poderão segurar a situação vigente até as eleições do ano que vem, mas também poderão mudar o curso da História. Os deputados maranhenses sabem disso e pretendem atuar como protagonistas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Governo desmente informação sobre suposto corte de recursos para a Saúde em Caxias

Documento que sustentam afirmações do Governo
Documento que sustentam afirmações do Governo

Caxias é um dos municípios que mais recebe investimentos do Governo do Estado na área da Saúde. Só nos seis primeiros meses deste ano, foram destinados cerca de R$ 30 milhões, o que corresponde a um repasse mensal no valor aproximado de R$ 5 milhões. Foi o que informou ontem o  secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, desmentindo a informação divulgada pela Prefeitura de Caxias, em nota oficial referendada pelo  prefeito Fábio Gentil (PRB), de que o Estado teria cortado R$ 18 milhões da Saúde do município.

“Essa história divulgada pela Prefeitura de Caxias é completamente falsa. Basta acessar o portal da transparência e olhar os repasses que foram feitos pelo Governo do Estado para a Prefeitura de Caxias no ano passado, para ver que esses números não batem de modo algum”, disse Carlos Lula, desmentindo nota divulgada pela Prefeitura de Caxias de que o Governo estadual teria cortado R$ 18 milhões em repasses na área de Saúde. O governador Flávio Dino, que esteve em Caxias no sábado, também desmentiu a Prefeitura ao garantir que o seu Governo cumpre rigorosamente com as suas obrigações para com os municípios, principalmente os compromissos na área de Saúde.

De acordo com o secretário Carlos Lula, do total de investimentos na área da Saúde, a Prefeitura de Caxias é uma das que mais recebe recursos do Estado e a que menos aloca recursos para o setor de Saúde. Em primeiro lugar está o Governo Federal, que faz o repasse mensal de R$ 5,4 milhões via SUS, seguido do Governo do Estado, que destina todo mês aproximadamente R$ 5 milhões para a manutenção do Hospital Macrorregional, Hemomar, mais investimentos com serviços pagos aos credenciados. Em último fica a Prefeitura, que investe apenas por mês R$ 3 milhões.

O secretário Carlos Lula disse que é importante que a população de todo o estado do Maranhão saiba que os exames laboratoriais realizados na cidade de Caxias são pagos pelo Governo do Estado, assim como os exames mais complexos, como ressonância magnética, por exemplo. “Se somarmos os custos com esses serviços, o Estado gasta com a saúde de Caxias mais de R$ 5 milhões mensais. Enquanto que a Prefeitura gasta apenas R$ 3 milhões”, assinalou.

De posse de dados reais, o secretário Carlos Lula desafiou o prefeito Fábio Gentil a provar a acusação de que teria havido cortes e também vir a público mostrar quanto a Prefeitura gasta com setor. “É completamente falsa a acusação do prefeito de que o Governo do Estado não investe na saúde de Caxias. Muito pelo contrário. Se fizermos uma conta proporcional, é muito provável que Caxias seja o município que mais receba investimentos do Estado na área de saúde”, afirmou.

Maternidade – O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, explicou que em 2016 o Governo do Estado destinou R$ 9 milhões à Maternidade Carmosina Coutinho, como parte de uma ação realizada em vários municípios para o enfrentamento da mortalidade materna. Com este recurso, liberado em seis parcelas, foi possível comprar novos e modernos equipamentos à maternidade, que se encontram à disposição de toda a população. Este convênio não tem nada a ver com repasses mensais de R$ 3 milhões à Prefeitura caxiense, que nunca existiu.

Ciente da importância da maternidade para a população de Caxias, no dia 1º de junho deste ano, o secretário Carlos Lula encaminhou ofício ao prefeito Fábio Gentil propondo que o Governo do Estado assumisse administração total daquela casa de saúde, arcando com o seu custo integral, de aproximadamente R$ 1,3 milhão mensal.

Em ofício datado do dia 7 de junho, o prefeito Fábio Gentil recusou a proposta feita pelo Governo do Estado para arcar com todos os custos com a manutenção e gestão da maternidade, recusando inclusive ajuda de mais de R$ 1 milhão por mês. “Infelizmente, só temos a lamentar, pois a Maternidade Carmosina Coutinho foi construída com recursos do Governo do Estado, e alguém que diz que precisa de dinheiro não poderia recusar ajuda do Governo de quase um R$ 1,5 milhão que ele poderia utilizar em outras áreas”, afirmou Carlos Lula.

 

Edivaldo Jr. “liga os motores” para recuperar a cidade e melhorar sua estrutura nos próximos dois anos

Edivaldo Jr. começa a abrir sorriso com a nova fase
Edivaldo Jr. começa a  sorrir com a nova fase

Depois de meses seguidos como alvo de duros e sistemáticos ataques verbais na tribuna da Assembleia Legislativa, em programas de rádio e TV e nas redes sociais, ao longo dos quais foi chamado de “incompetente” e até acusado de se “esconder” por seus adversários mais visíveis e ativos, os deputados estaduais Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN), o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) emite sinais claros de que não foi alcançado pela metralha se movimenta no sentido de dar a volta por cima. Xingado principalmente por causa buraqueira causada pelas chuvas, que pontilhou a malha viária e infernizou durante meses a vida do ludovicence, o prefeito de São Luís já aproveita os dias de sol para comandar uma operação “tapa-buraco” em todas as regiões da cidade e melhora a mobilidade urbana com intervenções eficientes. Um exemplo é a intervenção feita na entrada da Forquilha, onde usou os recursos da engenharia de tráfico para destravar o velho entroncamento e fazer o trânsito fluir como nunca naquele agitado espaço da Capital, arquivando, pelo menos por enquanto, o controverso e projeto de viaduto. Em ação articulada com o governador Flávio Dino, o prefeito Edivaldo Jr. avança na estruturação do Sistema Municipal de Saúde, tornando mais eficiente a rede de hospitais e postos de Saúde, dando também melhor desempenho ao Sistema Municipal de Educação. E melhorando, dia a dia, o Sistema Municipal, de Transporte Coletivo. Isso não significa dizer que São Luís já esteja vivendo uma nova realidade, mas não há como negar que a cidade começa a ter de volta uma normalidade que indica mudanças na sua estrutura, nos seus serviços e na sua rotina. Nos bastidores da política, já se comenta que são os primeiros movimentos de um programa que vai agitar São Luís nos próximos dois anos.

São Luís, 26 de Junho de 2017.

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