Politicamente forte e eleitoralmente importante, Imperatriz é cortejada por todos os aspirantes aos Leões

 

Imperatriz, com seu peso eleitoral, é cortejada por Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Holanda Jr., Lahesio Bonfim, Josimar de Maranhãozinho e Roberto Rocha 

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) anunciou que iniciará por Imperatriz sua maratona de pré-campanha ao Governo do Estado. Foi também na “Princesa do Tocantins” que o senador Weverton Rocha (PDT) deu a arrancada no projeto “Maranhão Mais Feliz”, lembrando que ele é filho da terra. O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tem ido com alguma frequência ao “Portal da Amazônia” para cumprir agenda oficial, na maioria das vezes representando o governador Flávio Dino (PSB), mas já com a desenvoltura de futuro governador e pré-candidato à reeleição. O deputado Josimar de Maranhãozinho aposta alto num bom desempenho em “Imperosa”, onde o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), já incursiona, e o senador Roberto Rocha (sem partido), por diversas razões, tem apoiadores na cidade e na região. Na atual corrida ao Palácio dos Leões, os dois políticos sem mandato e de maior peso alimentam sua eterna guerra: o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) apoia o vice-governador Carlos Brandão, enquanto o ex-prefeito Ildon Marques, hoje no PP, aliou-se a Weverton Rocha. Nesse cenário entra o ativo e produtivo secretário de Estado de Infraestrutura Clayton Noleto (PCdoB), apoiador de Carlos Brandão.

Maior, mais populoso e mais rico município maranhense depois de São Luís, Imperatriz, como a Capital, tem peso diferenciado nas disputas eleitorais. Sua população é de 360 mil habitantes, o que lhe dá uma massa de 170 mil eleitores. Politicamente, o poderoso polo municipal tocantino tem hoje três deputados estaduais – Marco Aurélio (PCdoB), Antônio Pereira (DEM) e Rildo Amaral (SD) -, e um deputado federal, Josivaldo JP (Podemos), que chegou ao mandato com a eleição de Eduardo Braide (Podemos) prefeito de São Luís. Além dos detentores de mandatos, a antiga “Vila do Frei” foi um dos poucos municípios maranhenses que deram maioria de votos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), surpreende com um prefeito com apenas 26% dos votos, o que o torna politicamente pouco expressivo, sem, no entanto, perder a importância como cabo eleitoral já posicionado com o senador Weverton Rocha.

Todos os candidatos a governador projetam montar base em Imperatriz também pelo tamanho e poder de fogo do seu entorno de formato metropolitano, que reúne mais de uma dezena de municípios e mais de 100 mil votos. Trata-se, portanto, de uma região politicamente forte, que alimenta pretensões emancipatórias por meio do projeto de criação do Maranhão do Sul, que esteve na pauta de debates do Congresso Nacional, mas hoje, ainda politicamente inviável, permanece esquecido numa prateleira digital da Câmara Federal. Tanto que, tema “quente” de outras campanhas, não foi lembrado por nenhum dos pré-candidatos. A pandemia do novo coronavírus, o desemprego e o potencial econômico da cidade de Imperatriz e da região que polariza são itens mais urgentes da pauta política.

Pesquisas já feitas para medir as tendências do eleitorado de Imperatriz sinalizaram vantagem inicial para o senador Weverton Rocha, que além de ser imperatrizense de berço, tem forte atuação no município e na região. Seu principal rival ali é, por enquanto o senador Roberto Rocha (sem partido), que ainda não bateu martelo a respeito de como participará da eleição de 2022. Mas há quem aposte no potencial de crescimento do vice-governador Carlos Brandão, que tem muitos aliados na cidade e na região. O anúncio de que o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD) iniciará sua pré-campanha por Imperatriz, no início de Outubro, poderá animar o cenário político tocantino.

Todas as informações políticas relacionadas a Imperatriz indicam que o governador Flávio Dino tem crédito político suficiente para ele próprio e para seu candidato ao Palácio dos Leões, podendo sua ação política ser decisiva para o desfecho da disputa pela sua sucessão.

 

PONTO & CONTRAPOONTO

 

Fusão DEM/PSL: Juscelino e Pedro Lucas poderão disputar o controle do novo partido no MA

Pedro Lucas Fernandes e Juscelino Filho poderão medir forças pelo controle do novo partido no Maranhão

Uma disputa de peso está se desenhando nos bastidores do cenário partidário do Maranhão, envolvendo os deputados federais Juscelino Filho, presidente regional do DEM, e Pedro Lucas Fernandes, comandante do PSL no Maranhão. O pomo da discórdia está exatamente num processo de união em curso entre os dois partidos. Ontem, o comando nacional do DEM, liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, aprovou, por unanimidade, a fusão, que agora só depende do comando nacional do PSL, que na visão de muitos observadores, poderá demorar um pouco, mas também aprovará a criação da nova sigla, que terá a maior bancada na Câmara federal, com 82 deputados.

Nesse jogo, uma pergunta está no ar: se a fusão DEM/PSL for consumada, como é quase certo que será, quem comandarão novo partido no Maranhão? É certo, como dois e dois são quatro, que Juscelino Rezende, que hoje comanda o DEM, não está disposto a perder o status de líder partidário, e certamente brigará pelo comando do novo partido. O problema é que Pedro Lucas Fernandes, que perdeu o comando do PTB, mas deu a volta por cima sucedendo ao vereador Chico Carvalho na presidência regional do PSL, dificilmente entregará de bandeja o comando do novo partido. E como é impraticável a divisão de um comando partidário, a expectativa é a de que, se nenhum concordar em ceder, os dois partirão para a disputa dentro do partido.

No momento, os dois concordam num ponto: não querem a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido, que terá 82 deputados federais se a fusão ocorrer mesmo, como está sendo desenhado.

 

É cedo para arriscar palpites na eleição do presidente da Câmara de São Luís

Paulo Victor, Dr. Gutemberg, Raimundo Penha e Aldir Jr. em campanha  na Câmara 

Já é intensa disputa para a presidência da Câmara Municipal de São Luís, com os vereadores Paulo Victor (PCdoB), Raimundo Penha (PDT), Dr. Gutemberg (Podemos) e Aldir Jr. (PL) em franco movimento em busca de apoio. A eleição será realizada em Abril, exatamente no momento em que o governador Flávio Dino deixará o cargo para concorrer ao Senado, o vice-governador Carlos Brandão se tornará governador titular e o prefeito Eduardo Braide (Podemos) já estará mais à vontade para atuar politicamente. Isso significa dizer que o cenário poderá ser mantido, ajustado ou simplesmente desmontado. A Câmara de São Luís tem força para resolver essa eleição sem influência externa. Só que 2022 será um ano politicamente agitado e os fluídos dessa agitação poderá influenciar as decisões no Palácio Pedro Neiva de Santana.

São Luís, 23 de Setembro de 2021.

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