Decisão judicial, posição ativa do Governo e perda de objeto encerraram a greve dos professores

Sob a orientação de Carlos Brandão, Felipe Camarão manteve o Governo na mesa de negociações com professores

O ano letivo da rede estadual de ensino, que atende a milhares e milhares de estudantes, vai finalmente ser iniciado. Os professores da rede encerraram a greve e devem retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (03/04). A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (29), depois de o Órgão Especial do Tribunal de Justiça ter confirmado, por unanimidade, a ilegalidade da greve e o bloqueio de R$ 1,8 milhão do sindicato da categoria, o Simproesemma. Com a decisão, ganham os estudantes, o Governo do Estado, e os próprios professores, que retornarão às suas atividades profissionais sem a pecha da irresponsabilidade

A decisão de encerrar a greve e voltar à sala de aula foi tomada diante do beco sem saída em que o Simproesemma foi colocado com a decisão da Justiça confirmando a ilegalidade da greve e o bloqueio de R$ 1,8 constantes na conta bancaria da entidade sindical. Foram também decisivos o fato de o Governo não ter se omitido das negociações e ter proposto 11% de reajuste salarial, a ser pago em duas parcelas, contra a proposta de 14,95% feita pelo Simproesemma. Foi igualmente decisivo o recado dado pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Velten, lembrando que se tratou de uma decisão do colégio de desembargadores, e que os líderes grevistas deveriam pensar muito bem antes de desrespeitarem a decisão judicial, com a eventual continuidade da greve.

Além do mais, a greve perdeu sentido à medida que o Governo do Estado não se furtou ao diálogo e foi ativo ao atender a maioria dos itens da pauta de reivindicações. A proposta da concessão de um reajuste salarial de 11% em duas parcelas, sendo a primeira retroativa a janeiro e a segunda a segunda a partir de julho, também foi decisiva, uma vez que esse foi o “teto” encontrado pelo Governo. Qualquer valor acima do proposto violaria as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo avaliação do Ministério Público, que acompanhou todas as etapas do processo.  Essa condicionante foi informada aos líderes sindicais, que decidiram ignorar a limitação e insistir na proposta inicial, mesmo sabendo da impossibilidade de atendimento, exatamente por motivos de natureza fiscal.

Poucos movimentos grevistas deflagrados pelo Simproesemma foram tão bem-sucedidos como o de agora. Isso porque encontrou um Governo aberto a sentar à mesa de negociações e discutir sem esquivas todos os itens da pauta. Esse processo durou semanas, até desembocar na paralisação. Foram discussões internas, mas sempre dentro da mais absoluta boa convivência, apesar das discussões ásperas a respeito do piso salarial, que torna o professor do Estado do Maranhão um dos mais bem remunerados do País. Essa condição foi alcançada ainda no primeiro Governo Flávio Dino, quando os professores do Maranhão foram os primeiros a serem contemplados com o piso nacional da categoria. Desde então, o Maranhão tem sido referências na área.

De 2015 para cá, sob a batuta do atual vice-governador e secretário de Educação, Felipe Camarão, o Maranhão recebeu um dos mais amplos e ousados programas educacionais do País, tendo como carro-chefe o programa Escola Digna, que instituiu um padrão de qualidade nas escolas públicas. Outro programa de peso na área, e que ainda está em pleno vigor, é a implantação da Escola de Tempo Integral, na qual o estudante para o dia na escola, onde recebe conhecimentos, alimentação e a prática de esportes. E, finalmente, os Iemas, escolas de formação técnicas, já com unidades espalhadas em todas as regiões. Todos os programas foram considerados de excelência na avaliação feita por diversos órgãos e entidades de controle de qualidade.

O fim da greve colocará toda essa saudável engrenagem em funcionamento, movimentando milhares e milhares de jovens na direção do futuro.

PONTO & CONTRAPONTO

Pedetistas querem partido com candidato próprio em São Luís

Há quem queira Weverton Rocha candidato em S L

Vozes ainda discretas do PDT começam a questionar a decisão antecipada do partido de não lançar candidato próprio à Prefeitura de São Luís, tornada pública pelo vereador Raimundo Penha no início deste ano. Esses pedetistas, que preferem não se expor ainda, avaliam que o PDT, que já foi o maior e mais forte da Ilha, deveria, sim, lançar candidato próprio à sucessão do prefeito Eduardo Braide. Para eles, o partido fundado por Jackson lago e Neiva Moreira e hoje comandado pelo senador Weverton Rocha, deve definir um projeto arrojado para sair do segundo plano e voltar a ser protagonista no cenário político da Capital. Entre eles, há os que defendem que o partido deve definir uma candidatura própria para São Luís em 2024, que poderia ser a do próprio senador Weverton Rocha, que é, de longe, o nome pedetista com maior força política e eleitoral na Capital. Para essas vozes, se continuar como regra três, o PDT ludovicense corre o risco de perder de vez a força que ainda tem nos bairros ludovicenses, nos quais reinou sob o comando de Jackson Lago.    

Edivaldo Jr. estaria avaliando caminhos possíveis para 2024

Edivaldo Jr. não revelou ainda se será candidato a prefeito

Voltaram a circular rumores a respeito do futuro político do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., que continua sem partido. O rumor mais recente dá conta que o ex-prefeito estaria avaliando a possibilidade de se lançar pré-candidato à Prefeitura da Capital, mesmo sabendo que tendo o prefeito Eduardo Braide (PSD) como candidato à reeleição, e nomes como o deputado federal Duarte Jr. (PSB) e o vereador e atual secretário estadual de Cultura Paulo Victor (PCdoB) como nomes quase certos no páreo de 2024. O mesmo rumor dá conta de que, caso avalie que não tenha chance de entrar na disputa, estaria avaliando dois caminhos. O primeiro seria candidatar-se à vereador ou a vice-prefeito, ou lançar a sua mulher, Camila Holanda para vice numa chapa alinhada ao Palácio dos Leões.

Vale anotar que, desde que foi fulminado na corrida ao Palácio dos Leões, o próprio Edivaldo Holanda Jr. não deu uma só palavra sobre o seu futuro político.

São Luís, 31 de Março de 2023.

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