Arquivos mensais: março 2022

Brandão ganha o apoio do PP numa demonstração de força política de André Fufuca

 

André Fufuca declara o apoio do PP a Carlos Brandão em ato politicamente concorrido, demonstrando força

O deputado federal e presidente estadual e nacional do PP André Fufuca deu ontem uma surpreendente demonstração de força política no ato em que formalizou o apoio do seu partido à candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB) ao Palácio dos Leões. O grande salão da casa de eventos  Villa Reale, no Calhau, não foi suficiente para acomodar partidários e convidados do parlamentar, que em discurso direto disse a Carlos Brandão que o partido está mobilizado em torno da sua candidatura e que vai participar efetivamente da campanha eleitoral. A festa em que o PP turbinou a candidatura de Carlos Brandão aconteceu num dia de revezes para o pré-candidato do PDT, senador Weverton Rocha, que viu partidos da sua base de apoio se dividirem por profundas fissuras internas, como o União Brasil e o PROS.

O deputado federal André Fufuca se movimentou como um político profissional, centrado, pragmático, que não toma decisões precipitadas e só posicionando quando tem um cenário bem definido à sua frente. Há pouco mais de um ano, quando os partidos começaram a se movimentar de olho na corrida sucessória, foi procurado pelo senador Weverton Rocha, que lhe propôs uma aliança. O parlamentar respondeu que naquele momento apoiaria o líder pedetista, mas com uma ressalva clara e enfática: ainda era cedo e sua posição poderia mudar. Foi o que aconteceu. Meses depois, ao analisar as peças e os movimentos do xadrez sucessório, André Fufuca sinalizou que havia decidido apoiar o vice-governador Carlos Brandão.

A posição do braço maranhense do PP foi tomada sem pressões nem precipitações. Houve conversas iniciais, definição de compromissos e a da parceria política e eleitoral, que foi firmada e mantida durante os dois períodos do Governo Flávio Dino. Há cerca de dois meses, em um evento de inaugurações em Pindaré, o governador Flávio Dino (PSB) destacou em discurso a correção e a movimentação política de André Fufuca, prevendo que ele está se cacifando politicamente para chegar ao Governo do Estado. E a julgar pela demonstração de força política que deu ontem no ato pró-Carlos Brandão, a previsão do governador tem fundamento.

Carlos Brandão foi ovacionado pelos partidários de André Fufuca, como que corroborando integralmente a escolha feita pelo presidente do PP. E não deixou por menos, não só agradecendo a aliança com os progressistas, mas afirmando que, se eleito, o PP terá participação efetiva no seu governo, como acontece no Governo Flávio Dino. Carlos Brandão pediu o engajamento de todos os militantes aliados de André Fufuca na sua campanha, assumindo com eles o compromisso de fazer um Governo correto e eficiente. Disse que está preparado, que conhece a fundo a máquina e os programas em curso, e que, alcançando a eleição, fará o possível para concretizar o seu programa de governo, que tem como base a continuidade dos programas do Governo Flávio Dino.

O ato do PP foi turbinado pela presença de vários prefeitos e lideranças de outros partidos, como o prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus (Republicanos), e o deputado Arnaldo Melo (MDB). De acordo com um dos organizadores, o evento reuniu aliados (prefeitos, ex-prefeitos e vereadores) de todas as regiões do Maranhão, já que o parlamentar, mesmo tendo base em Alto Alegre do Pindaré, é votado em todas as regiões do Maranhão. Entre eles um número expressivo de pré-candidatos a deputado estadual.

O fato é que Carlos Brandão entrou no grande salão do Villa Reale confiante e saiu de lá entusiasmado com a festa preparada pelo deputado federal André Fufuca para marcar a entrada oficial do PP na base partidária da sua candidatura. Com a entrada do PP, a base partidária da pré-candidatura de Carlos Brandão já conta formalmente com PSB – ao qual ele se filiará -, PCdoB, PT e deve receber o apoio formal do MDB e outros partidos menores.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Candidato forte, Weverton monta sua base com partidos divididos

Weverton Rocha ao lado de Zé Dirceu, entre os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA), em mesa com a esposa Sâmia Bernardes, na festa de aniversário do líder e petista, de quem é amigo

Alguma coisa não anda bem na base partidária da pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), a começar pelo seu próprio partido, que está sendo estremecido com a dissidência de várias lideranças, entre elas o ex-vereador Ivaldo Rodrigues, que há poucos dias reuniu centenas de militantes do partido, os quais, sob palavras de ordem como “O PDT não aceita chibata nem cabresto”, declarou apoio ao vice-governador Carlos Brandão.

O Republicanos, partido forte e cujo presidente, deputado federal Cléber Verde, integra o núcleo central da pré-candidatura do líder pedetista, está fortemente dividido, com pelo menos metade dos 25 prefeitos que elegeu apoiando Carlos Brandão. Os dois exemplos mais contundentes são os prefeitos de Caxias, Fábio Gentil, que integra a cúpula da campanha do vice-governador, e de Santa Inês, Felipe dos Pneus, que participou ontem da festa do PP para Carlos Brandão.

Os casos de divisão na base do pré-candidato do PDT vão mais longe. No início da semana, respondendo a rumores de que estaria revendo sua posição, o deputado federal Juscelino Filho (ex-DEM) declarou que o União Brasil apoiará a pré-candidatura do senador Weverton Rocha. Só que ontem, um dia após também se filiar ao União Brasil, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (ex-PSL) declarou que apoiará o projeto eleitoral de Carlos Brandão. E pelo que se sabe, os dois têm peso igual no braço maranhense do partido.

Mas o caso mais contundente aconteceu no PROS. Inicialmente, sob o comando do experiente vereador Chico Carvalho, o PROS declarou apoio à pré-candidatura de Carlos Brandão. Na quarta-feira, numa articulação fechada em Brasília, o senador Weverton Rocha conseguiu convencer o presidente nacional do PROS a tirar o partido do controle do vereador Chico Carvalho e entregá-lo ao suplente de deputado estadual Marcos Caldas, um político sem muita densidade eleitoral. E ontem, numa reação surpreendente, todos os pré-candidatos do PROS a deputado estadual e federal, diga-se chapas de peso, decidiram se desfiliar do partido, causando um estrago monumental na base partidária do senador Weverton Rocha.

E todos os sinais indicam que o PSDB, que foi entregue à senadora Eliziane Gama, e o Cidadania, alinhados em federação, também enfrentarão dissidências.

O senador Weverton Rocha precisa fazer urgentemente ajustes nas articulações para a montagem da sua base partidária, sob pena de caminhar para as urnas com um suporte reduzido à metade.

 

Roberto Rocha em contagem regressiva para decidir partido e candidatura

Roberto Rocha: futuro partidário ainda dependendo de definição 

O senador Roberto Rocha entra em contagem regressiva para decidir sobre sua situação partidária e sobre o mandato que disputará em outubro. Sobre o futuro partidário, as opções estão reduzidas, uma vez que, ao que tudo indica, ele não se filiará ao PL para evitar ficar sob a tutela do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que controla o partido com mão de ferro. Numa entrevista que deu há alguns dias ao jornalista Manoel dos Santos Neto, do Jornal Pequeno, ele disse que está “muito bem” no PSDB, mas a verdade é que o partido foi entregue à senadora Eliziane Gama, que indicou para a presidência o seu marido e conselheiro político, Inácio Melo, candidato a deputado federal, e que apoia a pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT). Logo, a conclusão óbvia é que não há espaço para ele no PSDB. Resta aguardar para saber em qual partido o senador desembarcará.

Com relação ao mandato que disputará, ele tem quatro possibilidades: senador, governador, vice-governador e deputado estadual – ele apoiará a candidatura do filho, ex-vereador Roberto Rocha Filho à Câmara Federal. Disse, várias vezes, que seu desejo é tentar a reeleição para o Senado – no caso, enfrentando o governador Flávio Dino (PSB) -, mas que “as circunstâncias”, ou seja, a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), o levam a tentar o Palácio dos Leões mais uma vez. Não é fácil enxergá-lo candidato a vice-governador ou a deputado estadual.

O senador Roberto Rocha tem até o dia 31 para resolver sua vida partidária e até as convenções de julho para decidir o mandato que disputará.

São Luís, 18 de Março de 2022.

Dino reafirma apoio a Brandão e convoca militantes para “a tarefa das suas vidas”, eleger Lula

 

Flávio Dino reforçou apoio a Carlos Brandão e à eleição de Lula da Silva em fala na festa dos 100 anos do PCdoB

Ao discursar, na noite de terça-feira, no ato comemorativo aos 100 do PCdoB, o governador Flávio Dino (PSB) mandou dois recados enfáticos à classe política e aos militantes partidários. O primeiro foi a reafirmação de que vai trabalhar sem descanso para a eleição do vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB), “para que ele seja um governador melhor do que eu fui”. E o segundo é o desafio, “talvez o maior das nossas vidas”, de eleger o ex-presidente Lula da Silva (PT). “Se vocês estão achando o Bolsonaro 1 ruim, não queiram conhecer o Bolsonaro 2”, disse, em tom emocionado. Flávio Dino fez um discurso emocionado, no qual saudou o PCdoB, e afirmou que o seu governo, voltado para dar dignidade e cidadania aos menos favorecidos, foi um governo do partido. “Não sou credor de ninguém, e vocês não são devedores de ninguém. Ao contrário, eu é que devo ao PCdoB, eu é que devo ao povo do Maranhão”.

Sem lembrar que caminha para ser candidato ao Senado, daí sua decisão de renunciar no dia 31 deste mês, daqui a duas semanas, portanto, Flávio Dino foi enfático ao afirmar que vai se dedicar intensamente à tarefa trabalhar pela eleição do vice-governador. Ele repetiu uma declaração igualmente enfática, feita há pouco mais de uma semana, numa demonstração de que está determinado a apoiar seu companheiro de chapa e de governo durante sete anos. Presente ao evento, Carlos Brandão ouviu a recomendação de não se deixar intimidar pelas grossas paredes do Palácio dos Leões, que costumam isolar os governantes, distanciando-os do povo”. Com a declaração de apoio, o governador Flávio Dino reafirmou seu total sua determinação vê-lo reeleito.

Em relação à eleição presidencial, o governador fez um alerta grave para os riscos de uma eventual reeleição do presidente Jair Bolsonaro. “Se esse coisa for reeleito, significa dizer que ele vai se considerar autorizado a destruir mais direitos, a perseguir mais gente, a negar mais conquistas históricas, e, quem sabe, até tentar o sonho dele, que é implantar uma ditadura no Brasil”. E depois de lembrar o que aconteceu no 7 de Setembro do ano passado, acrescentou: “Não tenham dúvida nem vacilação, tenhamos força e entusiasmo para eleger Lula presidente”. Com as declarações, o governador reafirmou, com a mesma ênfase de antes, sua preocupação com a eleição presidencial, chamando a atenção para que democratas e progressistas se mantenham mobilizados.

O governador Flávio Dino iniciou seu discurso pedindo desculpas pelo que não conseguiu realizar. Dirigindo-se aos dirigentes e militantes do PCdoB – entre eles a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, presidente nacional do partido – ele disse ter consciência de que fez a maior parte do que planejara, citando programas como o Escola Digna, o mais Saúde e o Mais Asfalto. “Eu não vou nunca esquecer o que é inaugurar uma escola digna no meio do nada”, declarou, chegando às lágrimas. E respondendo aos que definiu como “certa elite política”, lhe cobram “grandes obras”, foi direto: “Grande obra é o restaurante popular – hoje são 82, que servem 75 mil refeições por dia -, é a Escola Digna no povoado, é a UTI, é a maternidade”.

E fortemente emocionados, o governador declarou: “Eu me dediquei de modo apaixonado e de modo obstinado. (…) Não tenho minha tarefa como concluída, porque só será concluída, porque ela só será concluída n o dia em que eu morrer. E sair do governo não pé morrer, é encerrar mais uma etapa. E vocês sabem que nós vamos continuar juntos. Ex-governador não é ex-companheiro. É apenas ex-governador que procurou fazer o melhor”.

O governador Flávio Dino foi ovacionado pelos que participavam da festa de aniversário do secular PCdoB.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PP formaliza hoje apoio a Carlos Brandão

André Fufuca formaliza hoje apoio do PP a Carlos Brandão e Flávio Dino

O PP desembarca hoje, oficialmente, e em clima de festa, na pré-campanha do vice-governador Carlos Brandão. O ato de declaração de apoio acontecerá no Villa Reale Buffet, às 18 horas, em ato comandado pelo presidente regional e nacional temporário do partido, deputado federal André Fufuca, presidente nacional da agremiação progressista. O acordo definitivo foi costurado na semana que passou, depois de algumas rodadas de negociação entre André Fufuca, Carlos Brandão e a cúpula nacional do partido e o governador Flávio Dino. Há pouco mais de um ano, André Fufuca manifestou simpatia pela pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), mas deixou claro que poderia mudar de rumo, de acordo com as circunstâncias. Há cerca de um mês, depois de uma série de conversas, algumas delas com o governador Flávio Dino, o líder maranhense do PP bateu martelo a favor de Carlos Brandão, inclusive com o aval do presidente licenciado da agremiação, senador Ciro Nogueira, atual chefe da Casa Civil da Presidência da República. Vale registrar que o PP está na base governista desde 2015, no início do Governo Flávio Dino.

 

Pedro Lucas se filia ao União Brasil e pode presidi-lo no Maranhão

Ao lado de Luciano Bivar (e), Pedro Lucas Fernandes exibe ficha de filiação

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes é o mais novo quadro do União Brasil no Maranhão, juntamente com o deputado federal Juscelino Filho. O parlamentar, que presidia o PSL no Maranhão depois de ter perdido o controle do PTB, poderá assumir a presidência do braço maranhense do novo partido. Três fatores contribuem para fortalecer a tendência pró-Pedro Lucas Fernandes. O primeiro é que o seu colega de partido, Juscelino Filho, que presidia o DEM estadual, foi escolhido para ser vice-líder da bancada do União Brasil na Câmara Federal. O segundo: Pedro Lucas Fernandes era presidente do PSL quando aconteceu a fusão com o DEM. E o terceiro é que o parlamentar   lidera um grupo maior de prefeitos. Tudo indica que não haverá disputa pela presidência do União Brasil no Maranhão. Os dois nomes potenciais têm o mesmo cacife, fazem parte da “elite” do novo partido, o que indica que o presidente da legenda será escolhido por consenso.

São Luís, 17 de Março de 2022.

Othelino Neto susta migração para o PDT, permanece no PCdoB e vai apoiar Brandão

 

Carlos Brandão anuncia permanência de Othelino Neto no PCdoB, na festa dos 100 anos do partido: “Decisão sábia”

Horas depois de anunciar o apoio do PROS, em articulação com o comando nacional, num claro movimento de reação à virada apontada pela pesquisa JPesquisa, o senador Weverton Rocha (PDT) foi alcançado por um poderoso míssil político: um dos principais pilares da sua pré-candidatura, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto, que estava migrando para o PDT, decidiu permanecer no PCdoB, e nessa condição, apoiar a candidatura do vice-governador Carlos Brandão (a caminho do PSB) à reeleição. E por uma fina ironia, só proporcionada pela política, a decisão de Othelino Neto, que estremeceu os bastidores da corrida aos Leões, foi anunciada por ninguém menos que Carlos Brandão, ao discursar no evento comemorativo aos 100 anos do PCdoB. “Foi uma decisão sábia”, disse. Com a permanência de Othelino Neto, o Partidão estanca a sangria que o vinha enfraquecendo desde a migração do governador Flávio Dino e outros aliados para o PSB.

A permanência do deputado Othelino Neto no PCdoB não foi exatamente uma surpresa. Ele já vinha avaliando o cenário e se dando conta de que o projeto de poder do senador Weverton Rocha não tem a consistência política nem o suporte eleitoral necessário para enfrentar um movimento liderado pelo governador Flávio Dino em torno da pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão. No geral, o senador Weverton Rocha cometeu vários erros políticos inacreditáveis, sendo o mais evidente a decisão de romper com o governador Flávio Dino motivado por um projeto pessoal. O primeiro erro se deu nas eleições municipais de 2020, quando Weverton Rocha levou o PDT e o DEM para o fundo do poço na disputa pela Prefeitura de São Luís. Agora, o projeto é chegar ao Palácio dos Leões atropelando o candidato do governador Flávio Dino.

Nas últimas semanas, diante das evidências de que a pré-candidatura de Weverton Rocha permanece estancada e ameaçada por uma tendência de queda, apesar dos movimentos arrojados realizados pelo senador, amigos e aliados de Othelino Neto o alertaram para o risco político de permanecer no projeto do chefe pedetista. Troca de figurinhas com o presidente do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, que insistiu na sua permanência no partido; declarações de prefeitos que o apoiam, mas estão com o vice-governador, e conversas com o próprio Carlos Brandão e com o governador Flávio Dino deram ao presidente da Assembleia Legislativa os elementos que ele precisava para se posicionar em definitivo, tendo optado por permanecer no PCdoB e a apoiar Carlos Brandão.

Othelino Neto é um político jovem, mas com experiência suficiente para tomar decisões dessa magnitude. Ao se eleger vice-presidente da Assembleia Legislativa em 2015, entrou para um seleto grupo de políticos de ponta, bem articulados, condição que aprimorou quando assumiu a presidência da Casa em janeiro de 2018, com a morte do saudoso presidente Humberto Coutinho. De lá para cá, comandou o Poder Legislativo como um político maduro, sem nada dever a outros presidentes destacados. Ao contrário, foi além, por exemplo, ao enfrentar a pandemia do novo coronavírus com a Casa atuando com eficiência como suporte fundamental às ações do Poder Executivo contra a onda virótica. Esse roteiro o credenciou um político destacado.

Os movimentos mais recentes do presidente da Assembleia Legislativa sinalizaram claramente que ele estava relutante em relação a deixar o PCdoB, pelo qual conquistou dois mandatos e chegou ao comando da Assembleia Legislativa. No PDT, seria mais um liderado pelo senador Weverton Rocha, enquanto que no PCdoB sempre foi visto com distinção. E essa condição foi confirmada ontem à noite, quando Carlos Brandão pediu aos presentes que aplaudissem o deputado Othelino Neto pela decisão de permanecer no PCdoB. O presidente da Assembleia Legislativa recebeu mais que aplausos, uma vez que ouviu militantes do partido gritarem a palavra de ordem: “Brandão e Othelino!”

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Decisão de Othelino Neto muda cenário em Pinheiro

Ana Paula Lobato pode deixar o PDT e Luciano Genésio pode seguir o PP

Com a decisão do deputado Othelino Neto de permanecer no PCdoB e apoiar Carlos Brandão, a posição das forças políticas de Pinheiro, que eram inteiramente favoráveis ao senador Weverton Rocha (PDT) pode mudar radicalmente, passando a favorecer o vice-governador. Para começar, é provável que a vice-prefeita Ana Paula Lobato, esposa do deputado Othelino Neto, deixe o PDT e, como ele, passe a apoiar o vice-governador Carlos Brandão. Do mesmo modo, o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, apoiador de Weverton Rocha, reveja sua posição. Filiado ao PP, o prefeito pode seguir a linha traçada pelo presidente estadual e nacional do partido, deputado federal André Fufuca, que declarou apoio total a Carlos Brandão. Se esses fatos vierem a se confirmar, o senador Weverton Rocha ficará isolado em Pinheiro, onde apostava que teria a maioria.

 

Divididos, PROS, PSDB e Cidadania se alinham a Weverton Rocha

Weverton Rocha, Marcos Holanda e Marcos Caldas

O comando nacional da federação reunindo PSDB e Cidadania tomou ontem uma decisão que pode ter desdobramentos: entregou a direção do braço maranhense do PSDB a Inácio Melo, marido, conselheiro e operador político da senadora Eliziane Gama (Cidadania), que, segundo corre nos bastidores, é pré-candidato a deputado federal. Porém, a exemplo do PROS, PSDB e Cidadania são partidos profundamente divididos no Maranhão.

Entregue ao suplente de deputado estadual Marcos Caldas pelo presidente nacional Marcus Holanda, numa articulação de Weverton Rocha, o PROS maranhense tem nos seus quadros o suplente deputado federal Gastão Vieira, que prega “a união de todos” em apoio a Brandão, o deputado estadual Yglésio Moisés, que foi um dos primeiros parlamentares a declarar apoio ao vice-governador, e o deputado estadual Pastor Cavalcante, que deve permanecer no PROS, que em 2020 elegeu apenas um prefeito. E pelo visto, nenhum deles deve rever sua posição. Logo, todos os indícios indicam que o PROS vai para a campanha com um bloco de apoio a Weverton Rocha e outro, mais informal, mas consistente, formado por Gastão Vieira e Yglésio Moisés.

A situação na federação PSDB/Cidadania é igual ou mais complicada. Comemorada com o entusiasmo pelos apoiadores de Weverton Rocha, a federação PSDB/Cidadania pode também seguir para as urnas dividida. A nova direção tucana excluiu, por exemplo, o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, que era secretário geral do partido no Maranhão e um dos tucanos mais convictos do país, entre outros tucanos de proa. Um que segue a  senadora Eliziane Gama, apoiadora de Weverton Rocha, e outro que não a segue, liderado pelo irmão dela, Eliel Gama, apoiando o vice-governador Carlos Brandão.

São Luís, 16 de Março de 2022.

 

Pesquisa do JP turbinou a corrida aos Leões, que será fortemente agitada nos próximos dias

 

Carlos Brandão firmou aliança com André Fufuca e Weverton recebeu o apoio do prefeito de Fortuna, Sebastião Costa (PTB)

Ao mesmo tempo em que apontou a virada na corrida ao Governo do Estado, com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB) passando à liderança, a pesquisa divulgada domingo pelo Jornal Pequeno, além de turbinar o novo líder, funcionou também como um choque de realidade no agora segundo colocado, senador Weverton Rocha (PDT). Enquanto Carlos Brandão intensificou sua agenda política, conversando com lideranças para formar a base política a sua pré-candidatura, Weverton Rocha passou o fim de semana redefinindo sua pré-campanha, com o objetivo de reafirmar seu projeto de poder e retomar a ponta na corrida às urnas – ele reuniu o seu conselho de campanha, que pela primeira vez não contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (sem partido a caminho do PDT), que se encontrava na Baixada inaugurando obras com o governador Flávio Dino (PSB). A movimentação intensa dos dois pré-candidatos indica que haverá um acirramento da pré-campanha, com o Carlos Brandão atuando para manter e ampliar o seu cacife junto ao eleitorado, Weverton Rocha planejando eventos de massa para mostrar força de cacife para reverter a perda e voltar à liderança na preferência do eleitorado.

A medição de força entre o futuro governador e o senador pode ser decisiva, à medida que Carlos Brandão vai jogar todo o seu peso político para concretizar o roteiro bem traçado do seu projeto eleitoral. Com o apoio efetivo do governador Flávio Dino (PSB), líder maior da aliança governista e com quem formará chapa majoritária, Carlos Brandão já tem o apoio firmado de pelo menos 140 prefeitos – estimativa de um político a ele ligado – e deve ampliar ainda mais sua base na Assembleia Legislativa, devendo alcançar o apoio de 28 dos 42 deputados estaduais. Ontem, ele recebeu o apoio formal do deputado federal André Fufuca, presidente nacional do PP. Em contagem regressiva para assumir o comando do Estado no dia 1º de abril, com a renúncia do governador Flávio Dino, que ocorrerá no dia 31 de março, Carlos Brandão espera atrair mais aliados, e com o apoio deles ampliar ao máximo o seu cacife eleitoral. O estado de ânimo na seara governista é o de astral elevado.

O senador Weverton Rocha fez questão de mostrar que não se deixou abater pelo revés causado pelos números da JPesquisa, que o encontrou três pontos percentuais atrás do vice Carlos Brandão. Ele reuniu o seu conselho de campanha, para traças novas estratégias, foi a Pinheiro para o lançamento da construção ali de um hospital com recursos por ele viabilizados, e agendou para sexta-feira, em São Luís, mais uma edição do projeto “Maranhão mais feliz”, com o claro intento de mobilizar a outrora poderosa, mas hoje dividida militância do PDT.  Além disso, conversou com lideranças municipais e recebeu o apoio do prefeito de Fortuna, Sebastião Costa (PTB). Ou seja, fez de conta que não soube da pesquisa e agiu como se ainda estivesse na cabeça, muito embora seja visível o desapontamento de alguns dos seus apoiadores mais próximos, que sentiram o golpe.

A avaliação dominante é a de que a corrida ao Palácio dos Leões vai continuar polarizada. Na perspectiva de aliados dos dois pré-candidatos, essa polarização vai continuar, mesmo que o senador Roberto Rocha entre na disputa, o que deve acontecer nos próximos dias, conforme ele próprio previu. No mesmo ritmo, o pré-candidato do PSD, ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. prepara novas incursões a municípios, incentivado pelo presidente estadual do seu partido, deputado federal Edilázio Jr., agora na expectativa de uma candidatura presidencial que lhe sirva de incentivo. E o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Agir36), que deve confirmar seu projeto de candidatura ao renunciar ao cargo nos próximos dias, para se dedicar exclusivamente à corrida ao Palácio dos Leões. Os três encontram-se embolados no pelotão intermediário, aparentemente com poucas chances de chegar ao topo.

A exemplo de ontem, hoje e os próximos dias a serão marcados por frenéticas articulações, principalmente nos campos dominados por Carlos Brandão, que não pretende perder a liderança, mas ampliá-la, e por Weverton Rocha, que vai jogar pesado para voltar à ponta.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Othelino Neto acompanha Dino em inaugurações em Santa Helena e Turilândia

Ana Paula Lobato, Othelino Neto, Flávio Dino, Zezildo Almeida e Bira do Pindaré inauguram Praça da Família em Santa Helena

A intensa maratona de inaugurações liderada pelo governador Flávio Dino na contagem regressiva para sua saída do Governo tem sido marcada pelo viés político. A etapa de ontem em Santa Helena e Turilândia, teve um diferencial que chamou a atenção da classe política e de observadores: a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (sem partido a caminho do PDT), e da esposa, a vice-prefeita de Pinheiro Ana Paula Lobato (PDT), ambos apoiadores de proa do projeto de candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado. Eles integraram a comitiva formada ainda pelo deputado federal Bira do Pindaré, presidente estadual do PSB, e do deputado Leonardo Sá (PL), com a presença também do ex-deputado José Genésio, ex-prefeito e pai do atual prefeito de Pinheiro.

O clima foi de descontração tanto em Santa Helena, onde foram entregues uma grande praça, com ampla área de lazer, e as instalações de um IEMA, com a primeira etapa já funcionando para 300 estudantes, entre outras obras, e em Turilândia, que recebeu uma Praça da Família e a entrega de Cartões do Maranhão Verde, além do anúncio da implantação ali de um Restaurante Popular. O governador Flávio Dino destacou que as obras inauguradas foram incentivadas pelo o presidente da Assembleia Legislativa.

 

Weverton lança construção de Hospital em Pinheiro

João Marcelo, Ildo Rocha, Thaíza Hortegal, Luciano Genésio
e Weverton Rocha conhecem planta do hospital  de Pinheiro

Ontem, enquanto o presidente Othelino Neto (sem partido) e a vice-prefeita de Pinheiro Ana Paula Lobato (PDT), seus apoiadores, acompanhavam o governador Flávio Dino em Santa Helena e Turilândia, o senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT ao Governo, lançava a pedra fundamental da construção de um hospital em Pinheiro. No ato de lançamento, ele estava acompanhado do prefeito Luciano Genésio, da deputada estadual Thaíza Hortegal, ambos do PP, que declarou ontem apoio formal a Carlos Brandão, e dos deputados federais Ildo Rocha e João Marcelo, ambos do MDB, causando surpresa nos que acreditavam que os dois parlamentares emedebistas integrariam a base de apoio do vice-governador.

São Luís, 15 de Março de 2022.

JPesquisa: virada de Brandão sobre Weverton abre novo momento da guerra pelo comando do Estado

 

Carlos Brandão agora lidera seguido de Weverton Rocha, Edivaldo Jr. Roberto Rocha, Lahesio Bonfim, Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo e Enilton Rodrigues

Os números do levantamento JPesquisa, divulgados na edição de ontem do Jornal Pequeno, apontando a ultrapassagem do vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB), com 23%, sobre o senador Weverton Rocha (PDT), que aparece com 20%, é, sem sombra de dúvida, uma informação surpreendente, que anima de vez a corrida ao Palácio dos Leões. Mas essa virada estava escrita no roteiro dessa peleja, num passo-a-passo nítido registrado pelas pesquisas realizadas até aqui, com Carlos Brandão crescendo lenta e seguramente a cada levantamento, e Weverton Rocha tentando furar teto que alcançara nas primeiras prospecções, e que nas mais recentes começou a ganhar a forma de uma clara tendência de queda. A pesquisa JP confirmou o bloco intermediário, neste caso liderado pelo ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD), com 11%, seguido do senador Roberto Rocha (PSDB em busca de um novo partido) com 10% e o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Agir36), com 9%. E também o bloco de trás, formado por Josimar de Maranhãozinho (PL) com 4%, Simplício Araújo (Solidariedade) com 2% e Enilton Rodrigues (PSOL), que não pontuou. Foram ainda 10% de rejeição a todos eles e 10% de indecisos.

O crescimento de Carlos Brandão tem se mostrado consistente e evolui dentro de uma lógica quase cartesiana. E isso acontece exatamente por ser o resultado de uma série de fatores, que começa com a própria trajetória do vice-governador, passa pela indiscutível força política do governador Flávio Dino (PSB), seu principal avalista, e ainda pelo fato de que Carlos Brandão está atuando como um pré-candidato maduro, dedicando seus esforços iniciais às articulações políticas, dando forma e segurança a uma base política sólida ao seu projeto de candidatura, para em seguida, já com o aval dessas forças, partir para o corpo-a-corpo com o eleitorado, a quem vai pedir bênção política e respaldo nas urnas. Chama ainda a atenção o fato de Carlos Brandão ultrapassar Weverton Rocha antes de assumir o Governo do Estado, estimulando a previsão de que avançará mais e mais rápido, levando até alguns brandonistas entusiasmados a vislumbrar um desfecho da eleição já no primeiro turno.

Por sua vez, o senador Weverton Rocha, que vinha liderando a corrida, tem agora todos os motivos para repensar, e provavelmente redefinir, a estratégia que usou até aqui como pré-candidato – realização de grandes eventos de massa, com a natureza dos showmícios, e a distribuição de recursos de emendas parlamentares em obras e equipamentos para diversos municípios. O senador apostou na formação de uma base política com a união de alguns partidos, mas esse projeto não avançou, ao contrário, serviu apenas para evitar uma queda mais rápida, como demonstram agora os percentuais da pesquisa do Jornal Pequeno. Uma situação que exigirá um esforço gigantesco do pré-candidato do PDT para estancar a sangria, sob pena de continuar caindo e ser obrigado a entrar na briga que nesse momento movimenta o bloco intermediário. E se está mesmo disposto a se manter na disputa, terá de encontrar a fórmula para continuar como o contrapeso na polarização com Carlos Brandão.

O levantamento do JPesquisa confirmou a continuidade do nó que vem mantendo Edivaldo Jr. (11%), Roberto Rocha (10%) e Lahesio Bonfim (9%), em rigorosa situação de empate técnico, dentro da margem de erro, que é de 2,45% para mais ou para menos. Esse só será desatado quando o senador Roberto Rocha revelar a que será candidato, definição que ele prometeu revelar quando ele vier a público para anunciar durante o mês em curso. O ex-prefeito Edivaldo Jr. tem potencial de crescimento, mas algo vem inibindo sua pré-campanha, que deve ganhar força de agora por diante, o mesmo acontecendo com o prefeito Lahesio Bonfim, que deve renunciar nos próximos dias para se dedicar exclusivamente à corrida eleitoral. Isso porque Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo e Enilton Rodrigues emitem todos os sinais de que estão na pista sem estarem efetivamente brigando pelo mandato de governador.

Em resumo: pesquisa do JP inaugurou um novo e decisivo momento da corrida ao Palácio dos Leões, com Carlos Brandão credenciado para pleiteara reeleição.

Em Tempo: JPesquisa ouviu 1.000 eleitores em todas regiões do estado no período de 7 a 12 de março, tem margem de erro de 2,45%, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA – 9132/2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino mantém favoritismo com tendência de crescimento

Flávio Dino tem liderança sólida

A pesquisa publicada ontem pelo Jornal Pequeno confirmou, em dois cenários, o amplo favoritismo do governador Flávio Dino na disputa para o Senado. No primeiro cenário, Flávio Dino tem 51% das intenções de voto contra 22% do senador Roberto Rocha, 8% do prefeito de Igarapé Grande e presidente da Famem, Erlânio Xavier (PDT) e 4% do Pastor Bel, sendo que Antônia Coriongo não pontuou, restando 7% de rejeição a todos eles e 8% de indecisos. No segundo cenário, sem o presidente da Famem na lista, Flávio Dino alcança 52%, com 24% para Roberto Rocha e 4% para Pastor Bel. Nenhum alcançou 8% e 12% manifestaram indecisão.

Flávio Dino pode aumentar ainda mais o seu cacife eleitoral, caso o senador Roberto Rocha resolva disputar o Governo do Estado. A pesquisa mostra também que Erlânio Xavier, homem-forte da base política montada pelo senador Weverton Rocha que vem tentando, sem sucesso, transformar a Famem num braço de apoio é uma espécie de “coordenador” da candidatura de Weverton Rocha e foi “lançado” pré-candidato ao Senado com o ousado objetivo, visivelmente fracassado, de “peitar” Flávio Dino. Pastor Bell, que já foi suplente do senador Edison Lobão, mostrou mais uma vez que não tem cacife para entrar nessa briga.

 

Josimar de Maranhãozinho é o mais rejeitado na corrida aos Leões

Josimar de Maranhãozinho

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho encontra-se, de fato, num processo de desmanche político, conforme sinalizam também os números do JPesquisa. Ele aparece em sexto lugar, com 4% de intenções de voto, tecnicamente empatado com Simplício Araújo, que tem 2% da preferência. O parlamentar, que preside o PL no Maranhão e controla ainda o Patriotas e Avante por meio de prepostos, é também o mais rejeitado, segundo o levantamento, com 25% de eleitores que não querem conversa com ele de jeito nenhum. As evidências denunciam que o fato de ele estar na mira constante da Polícia Federal, que investiga a suspeita de que ele comanda uma quadrilha que desvia dinheiro público que deveria ser destinado à educação e à saúde. Np final da semana passada, Josimar de Maranhãozinho amargou mais uma operação da PF na sua residência em São Luís em busca de provas de suas supostas incursões pelo crime de corrupção, conforme denúncia formulada pelo Ministério Público Federal

São Luís, 14 de Março de 2022.

Operações da PF estão drenando o cacife político de Josimar de Maranhãozinho

Josimar de Maranhãozinho: seu bom humor pode desaparecer em pouco tempo

Por mais que ele esperneie, jure inocência e diga que está sendo perseguido por causa do seu projeto de disputar o Governo do Estado, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o todo-poderoso chefe maior do PL e controlador de mais dois partidos no Maranhão (Patriotas e o Avante), está encrencado. A situação dele como político e empresário, que já era difícil, ficou mais complicada ontem, com a realização, pela Polícia Federal, de mais um desdobramento da operação “Ágio Fina”, colocada em prática em dezembro de 2020, em busca de provas para a suspeita de que ele comanda uma quadrilha que desvia dinheiro de emendas parlamentares num suposto grande esquema envolvendo prefeituras e empresas fajutas, deputados aliados e uma organização criminosa por ele comanda.  A PF busca elementos para sustentar a acusação de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que pode ter desviado pelo menos R$ 15 milhões, recursos que deveriam ser aplicados em educação e saúde.

Os indícios que a PF diz ter para fundamentar uma denúncia contra Josimar de Maranhãozinho são robustos. As investigações encontraram documentos comprometedores sobre o esquema de emendas nas áreas de educação e saúde e vídeos feitos pela PF mostrando milhões em dinheiro vivo. Entre outros dados incriminadores, um chamou especial atenção dos investigadores:  cálculos revelaram que o parlamentar conseguiu a proeza de aumentar seu patrimônio em mais de 1.600% em uma década, ou seja, uma espetacular engorda de 160% ao ano, tendo entre seus bens fazendas, mansões e apartamentos. A tudo isso ele responde afirmando que está sendo perseguido pela Polícia Federal, e que tal perseguição se dá pelo fato de ele ser um “nome forte” na corrida ao Governo do Estado.  E acrescenta afirmando, com ousadia assombrosa, ter vida política e empresarial limpa.

Independentemente do que esteja por trás das investigações – que envolvem também o deputado federal Pastor Gildenemyr (PL), integrante do grupo que o segue -, o fato é que a situação pessoal e política do parlamentar se complicou de vez com a operação de ontem, por meio da qual a PF garimpou novas provas em imóveis do parlamentar, incluindo suas residências em São Luís e Brasília. A PF tentou estender a operação “Ágio Final” ao seu gabinete na Câmara Federal, mas o Supremo Tribunal Federal não autorizou. Em meio a essa movimentação, há quem diga que se ele ficar sem mandato, sua vida vai virar de vez um inferno.

Controlador de um cacife político formado por três deputados federais (Pastor Gildenemyr [PL], Marreca Filho [Patriotas] e Júnior Lourenço [PL]), quatro deputados estaduais (Detinha, Vinícius Louro, Hélio Soares e Leonardo Sá, todos do PL), além de cerca de 40 prefeitos, entre eles Júlio Matos (PL), de São José de Ribamar, Josimar de Maranhãozinho sabe que, pelo menos nas eleições deste ano, o seu projeto de disputar o direito de morar e trabalhar no Palácio dos Leões está fora do seu alcance. Tanto que a pesquisa mais recente o apontou atrás de do prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Agir36) e seriamente ameaçado por Simplício Araújo (Solidariedade). Isso significa dizer que ele não vence a eleição majoritária, e se revolver pagar para ver, há quase 100% de certeza de que ele ficará sem mandato. No meio político e fora dele há quem diga que capa protetora de um mandato federal, a sua doce vida de cacique festejado vai se tornar um purgatório a partir de janeiro.

No campo político, sua situação fica ainda mais complicada com o fato de que o PL é o partido do presidente Jair Bolsonaro, que diante da possibilidade concreta de ser surrado nas urnas, anda se esquivando de encrenca, afastando aliados “mal falados” de modo a tentar viabilizar sua candidatura à reeleição. Nesse contexto, Josimar de Maranhãozinho pode deixar de ser o “homem de ouro” do presidente do PL, o notório Waldemar da Costa Neto, para a condição de estorvo, o que coloca em risco todo o seu poder de fogo.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Disputa para a presidência da Câmara de São Luís ganha intensidade

Paulo Victor e Dr. Gutemberg: primeiro continua favorito

Ganha mais intensidade a cada dia a disputa para a presidência da Câmara Municipal de São Luís, na qual está embutida a grande peleja pelo Governo do Estado. O caldo engrossou depois que o vereador Marcial Arruda (Podemos) perdeu a liderança do Governo municipal por haver declarado voto ao candidato da oposição à presidência, vereador Paulo Victor (PCdoB), que com a declaração de voto reforçou sua condição de favorito com o apoio de 17 dos 31 vereadores. A eleição ocorrerá em abril e a eleição do candidato situacionista, vereador Gutemberg Araújo (PSC), é fundamental para o prefeito Eduardo Braide (Podemos) poder governar com tranquilidade em relação ao Poder Legislativo. Indicado recentemente líder do Governo na Câmara, dentro de um acordo PDT/Podemos, o vereador Raimundo Penha (PDT) terá de sevem a desdobrar para reverter o favoritismo de Paulo Victor, o que parece muito difícil.

 

MDB está próximo de declarar formalmente apoio a Brandão

Roberto Costa trabalha por apoio a Carlos Brandão

O MDB vai finalizar as articulações para a aliança que formará com a base governista em torno da pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão, que por sua vez deve assinar ficha de filiação no PSB na semana que vem. Vice-presidente e principal articulador do partido, o deputado estadual Roberto Costa a relação MDB/Carlos Brandão está praticamente definida, faltando pouca coisa para ser confirmada. Uma delas é a resistência de alguns nomes do saneysismo, que não querem o MDB apoiando Carlos brandão nem o senador Weverton Rocha (PDT), preferindo uma terceira via ou até mesmo um candidato do partido., possibilidade que está definitivamente descartada.

São Luís, 12 de Março de 2022.

Família de Jackson e grupo de líderes e militantes do PDT declaram apoio a Brandão

 

Acima: família de Jackson Lago na visita de apoio a Carlos Brandão; Embaixo: Brandão conversa com a ex-primeira-dama Clay Lago e é festejado por militantes do PDT

Familiares do ex-governador Jackson Lago e um grupo expressivo de militantes históricos do PDT, que estão deixando o partido, se declararam ontem apoio à pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB), ao mesmo tempo em que deram um duro golpe no senador Weverton Rocha, presidente do partido e pré-candidato a governador. As manifestações ocorreram em dois atos, sendo o primeiro uma visita dos familiares do fundador do PDT, liderados pela ex-primeira-dama Clay Lago, ao vice-governador, e o segundo uma reunião em que líderes pedetistas que não concordam com a pré-candidatura do senador Weverton Rocha ao Palácio dos Leões decidiram apoiar Carlos Brandão, como também se desfiliaram em massa da agremiação pedetista. Os dois eventos movimentaram ontem o meio político e partidário, repercutindo fortemente nas bases das duas pré-candidatura, causando entusiasmo nos apoiadores de Carlos Brandão e incômodo nas fileiras aliadas ao senador Weverton Rocha.

O apoio dos Lago à candidatura de Carlos Brandão já vinha sendo cogitado no meio político, e se deu como uma manifestação de reconhecimento e gratidão pela atuação do então chefe da Casa Civil do Governo José Reinaldo Tavares na grande mobilização das oposições que resultou na histórica vitória de Jackson Lago sobre Roseana Sarney na eleição de 2006. Funcionou também como um recado público de que os familiares do fundador do PDT não avalizam a pré-candidatura do atual presidente da agremiação, senador Weverton Rocha. Isso ficou claro no posicionamento da ex-primeira-dama Clay Lago e de dois irmãos do ex-governador, o ex-deputado federal Wagner Lago e o ex-presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Nonato Lago, e ainda do primo, o ex-deputado Aderson Lago, cujo filho, Rodrigo Lago, atual secretário de Agricultura Familiar, que é pré-candidato a deputado estadual.

Os Lago se afastaram do PDT depois da morte do ex-governador Jackson Lago, por não aceitaram que o comando do partido tenha sido entregue ao hoje senador Weverton Rocha. O apoio a Carlos Brandão, declarado ontem, foi também uma espécie de aval da família Lago à candidatura de Rodrigo Lago à Assembleia Legislativa.

No campo político e partidário propriamente dito, o golpe no senador Weverton Rocha foi igualmente duro, à medida em que parte expressiva das lideranças do seu partido, como o ex-vereador Ivaldo Rodrigues, e dirigentes de movimentos sociais ligados ao partido, como Clayton Reis – (Movimento Negro), Wagner Lopez (Movimento Negro de São Luís), Paulo Show (Movimento Comunitário), Jorge Beckman (Movimento Diversidade) e Valber Silva (Movimento Cultural), não só declaram apoio a Carlos Brandão, como anunciaram sua saída do PDT. Carlos Brandão foi recebido no evento aplaudido pelos militantes pedetistas presentes, que o saudaram aos gritos de “Brandão governador! ”.

Os dissidentes do PDT divulgaram uma carta aberta na qual criticam duramente o senador Weverton Rocha e declaram apoio ao vice-governador Carlos Brandão. Afirmam, no documento, que a pré-candidatura do presidente do PDT foi imposta ao partido como um “projeto pessoal”. E vão além, afirmando que depois da morte de Jackson Lago, “o PDT deixou de ter líderes e passou a ter dono”. E acrescenta, em tom de reação: “A rebeldia de Neiva Moreira e Leonel Brizola nos impulsiona a lutar bravamente contra as injustiças e o autoritarismo e não nos permite aceitar mordaça, cabresto nem chibata”.

O posicionamento da família de Jackson Lago e o ato dos dissidentes do partido, ambos em apoio a Carlos Brandão, confirmaram a suspeita de que o PDT é, de fato, um partido dividido. Uma situação que o senador Weverton Rocha vem tentando administrar e reverter, mas que, pelo visto, está sombreando sua liderança à frente do partido, que está sendo colocada à prova, o que pode fazer estragos significativos na sua arrojada pré-campanha para o Governo do Estado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Apoiadores injetam ânimo na pré-candidatura de Weverton Rocha

Juscelino Filho confirmou apoio do União Brasil a Weverton Rocha

Nem tudo foi dissabor para o senador Weverton Rocha, ontem. De Brasília, ele acompanhou as declarações do deputado federal Juscelino Filho, provável presidente regional do União Brasil, e do líder do Governo municipal, vereador Raimundo Penha (PDT), ambos manifestando otimismo em relação à sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

Num vídeo gravado ontem, o deputado Juscelino Filho foi enfático ao declarar, sem rodeios, que o União Brasil vai mesmo apoiar o pré-candidato do PDT, por considerar que ele é o melhor nome na disputa.  Com isso, o parlamentar de Vitorino Freire cumpre o acordo feito em 2020, quando o PDT apoiou o candidato do DEM, deputado Neto Evangelista, no primeiro turno da disputa em São Luís. Juscelino Filho foi categórico ao afirmar que o novo partido, que nasceu da fusão do DEM com o PSL, já definiu que Weverton Rocha é o candidato que apoiará. O parlamentar, que será o vice-líder do PDT na Câmara Federal, disse o pré-candidato do PDT tem as condições para vencer a disputa para o Palácio dos Leões.

Em entrevista à TV Mirante, Raimundo Penha manifestou otimismo no sentido de que o prefeito Eduardo Braide (Podemos) venha a declarar apoio à pré-candidatura do líder pedetista ao Governo do Estado.  O entusiasmo de Raimundo Penha está sustentado no fato de que, sob o comando de Weverton Rocha o PDT apoio o então candidato a prefeito no segundo turno na eleição de 2020. Ele disse acreditar que no momento e na hora certos, o prefeito Eduardo Braide vai se posicionar pela candidatura de Weverton Rocha.

 

Desistência de Pacheco não antera projeto de Edivaldo Jr.

Edivaldo Jr. mantém projeto sem ligar para a desistência de Rodrigo Pacheco

Alguns apoiadores de pré-candidatos a governador colocaram em dúvida o futuro da pré-candidatura do ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD), depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), desistiu de participar da corrida ao Palácio do Planalto. Para começar, a pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís não tinha qualquer relação com o anteprojeto de candidatura do senador mineiro. Edivaldo Jr. foi convidado a ingressar PSD pela cúpula nacional do partido, que o convidou também para ser candidato a governador. Ou seja, Edivaldo Jr. já era o pré-candidato do PSD quando Rodrigo Pacheco começou a ser cogitado como um nome possível apara liderara chamada “terceira via”. Em resumo: o anúncio da pré-candidatura e a desistência de Rodrigo Pacheco tem qualquer influência no projeto de candidatura de Edivaldo Holanda Jr., que até aqui vai se movimentando como um candidato viável.

São Luís, 11 de Março de 2022.

PSB e PT não se juntarão em federação, mas aliança entre os dois no Maranhão está garantida

 

Com aliança do PT com o PSB, Carlos Brandão e Flávio Dino darão palanque a Lula da Silva no Maranhão

A decisão do PSB de não formar uma federação partidária com o PT em nada muda a aliança que os dois partidos estão alinhavando no Maranhão. A agremiação socialista terá como candidato a governador o vice-governador Carlos Brandão, que deve formalizar sua filiação ao partido em alguns dias, devendo o PT optar entre indicar o candidato a vice ou à vaga de primeiro suplente na chapa para o Senado, a ser liderada pelo governador Flávio Dino (PSB). A federação deve unir o PT, o PCdoB, que é comandado pelo deputado federal Márcio Jerry e integra o núcleo básico da aliança governista, e o PV, que representa a vertente sarneysista criada pelo ex-deputado federal Sarney Filho e comandada atualmente pelo filho dele, o deputado estadual Adriano Sarney. A decisão do PSB foi anunciada ontem pelo presidente nacional Carlos Siqueira, após reunião com a presidente petista, deputada federal Gleise Hoffman. A líder petista declarou que, mesmo sem a federação, PT e PSB marcharão juntos em vários estados, entre eles o Maranhão.

Com essa decisão, o governador Flávio Dino praticamente fecha o ciclo decisivo de negociações para a montagem da chapa majoritária. Com o desfecho das negociações PT/PSB, o vice-governador Carlos Brandão está livre para formalizar o seu ingresso no PSB, contando com o apoio integral da cúpula nacional do partido. Antes, ele vai se movimentar para garantir o apoio do seu atual partido, o PSDB, à sua candidatura, se conseguir evitar que o ninho dos tucanos no Maranhão volte pela terceira vez ao controle do senador Roberto Rocha, que está filiado ao partido, mas enfrenta restrições por conta do seu forte viés bolsonarista.

A se confirmar o que corre nos bastidores, o PT vai mesmo participar da chapa majoritária, e pelo que se sabe, está dividido em duas correntes, uma que defende a indicação do candidato a vice na chapa de Carlos Brandão, e outra que prefere que o partido indique o primeiro suplente na chapa de Flávio Dino ao Senado. Essa discussão já vem sendo travada informalmente há tempos, mas deve ganhar corpo a partir de agora, uma vez que as costuras partidárias estão praticamente concluídas.

O grupo que defende a indicação do candidato a vice argumenta que, na hipótese da reeleição de Carlos Brandão, o PT terá a oportunidade de governar o estado por oito meses, podendo entrar na corrida sucessória de 2026, já que muito provavelmente o governador reeleito renunciará para disputar o senado ou a Câmara Federal. Já os que advogam a indicação do primeiro suplente de Flávio Dino na disputa para o Senado apostam na eleição do governador e também na volta de Lula da Silva (PT) à presidência da República, vendo nisso a possibilidade de o líder maranhense ser convocado para uma pasta ministerial, abrindo assim uma vaga para o PT na Câmara Alta. Viagens à parte, os dois planos fazem sentido e são factíveis.

Com a aliança PT/PSB no Maranhão, que deve ser reforçada pela federação que reunirá PT, PCdoB e PV, a agremiação petista se posiciona com clareza no estado, devendo ter apenas um palanque durante a campanha, o da chapa Carlos Brandão/Flávio Dino. Esse desenho praticamente descarta o uso por Lula da Silva do palanque do senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT ao Governo do Estado, que deve dividi-lo com o candidato do seu partido, o ex-governador Ciro Gomes que, de acordo com as pesquisas feitas até aqui, não tem força para desmontar a polarização da disputa entre o ex-presidente Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essas costuras encerram, de fato, essa etapa do processo, até aqui claramente favorável ao vice-governador Carlos Brandão, tendo o governador Flávio Dino como o principal articulador e fiador. As próximas etapas envolverão muitas articulações no front interno em busca da consolidação eleitoral das candidaturas.

 

 PONTO & CONTRAPONTO

 

Mirando o futuro, Assembleia Legislativa vai atualizar sua legislação ambiental do Maranhão

Fernando Barreto entrega a Othelino Neto proposta com atualização da legislação ambiental

A legislação ambiental do Maranhão será atualizada nos próximos meses pela Assembleia Legislativa. O passo inicial para essa atualização foi dado ontem, com a entrega ao presidente Othelino Neto (PCdoB) de proposta nesse sentido elaborada por uma Comissão de Juristas presidida pelo promotor do Meio Ambiente, Fernando Barreto. As mudanças sugeridas para atualizar e modernizar a legislação ambiental do Maranhão serão avaliadas pelos deputados estaduais e o resultado final dessa avaliação será transformado em projeto de Lei pelo Poder Executivo para a atualização do atual Código Estadual de Proteção do Meio Ambiente, que, se aprovado, passará a se chamar Lei de Política Estadual de Meio Ambiente.

Principal responsável pela iniciativa, o presidente Othelino Neto definiu como “marco histórico” a entrega da proposta elaborada pela Comissão de Juristas, que antes de elaborá-la realizou cinco escutas públicas, para debater o tema e receber sugestões. “Chegou um dos momentos mais importantes, que é o produto final. Agora, vamos iniciar o processo de tramitação no Legislativo. Eu espero que, em breve, este projeto vire lei para atualizar e, claro, atingir o seu objetivo principal, que é proteger o meio ambiente e permitir a sua utilização de forma racional”, disse Othelino Neto.

A Comissão foi instituída em fevereiro do ano passado e é composta por 13 membros, entre representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público, da OAB-MA, além da sociedade civil e especialistas na área ambiental.

O presidente da Comissão, promotor Fernando Barreto, vê na iniciativa do presidente da Casa um passo de fundamental importância, uma vez que a legislação ambiental do Maranhão se adequará aos ajustes feitos na legislação brasileira. “Os principais pontos que trabalhamos foram para garantir segurança jurídica, principiologias, transparência e participação popular em questões como o licenciamento, o setor de fiscalização e a estruturação da rede de proteção como um todo. Agradeço ao presidente Othelino pela confiança e nos mantemos à disposição da Assembleia para os debates e questionamentos que possam surgir na fase de tramitação”, disse.

Por sua vez, o relator da Comissão, advogado Sálvio Dino, afirmou que a proposta prevê a modernização do marco regulatório ambiental, permitindo que o desenvolvimento econômico floresça com mais força e rapidez, observando os aspectos ambientais e sem empecilhos burocráticos. O procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia, explicou que, por fazer alterações em aspectos de competência do Poder Executivo, a proposta deverá ser encaminhada à Assembleia em forma de projeto de lei com a mensagem do governador Flávio Dino. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa)

 

Nova legislação ambiental será marco na gestão de Othelino Neto

Othelino Neto exibe proposta de  mudanças na legislação ambiental

A evolução do Código Estadual de Proteção do Meio Ambiente para Lei de Política Estadual de Meio Ambiente, que deverá ser consumada ao longo deste ano, será um marco decisivo na ação parlamentar do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto. Primeiro porque acontece num momento em que o Brasil está mergulhado nessa discussão, situação causada pelos desatinos do Governo do presidente Jair Bolsonaro na área, como, por exemplo, a proposta de autorização de mineração em áreas indígenas. E depois, porque a legislação ambiental do Estado não pode ficar defasada em relação à legislação federal.

A preocupação do presidente Othelino Neto com a legislação ambiental não é de agora nem se baseia numa visão superficial do tema. Ao contrário, ela está fundamentada no conhecimento amplo que ele tem da área. Othelino Neto iniciou sua caminhada política como um dos primeiros militantes do Partido Verde no Maranhão. Seus conhecimentos na área o levaram à Secretaria de Estado do Meio Ambiente no Governo José Reinaldo, o que lhe dá o status de especialista no assunto. Devido ao grau de importância, a atualização da legislação ambiental do Maranhão, por si só, justificaria o seu atual mandato parlamentar.

São Luís, 10 de Março de 2022.

Dino avisa que vai lutar pela eleição de Brandão e de Lula, e convoca o PSB e aliados para o embate eleitoral

Flávio Dino reforça comando de Bira do Pindaré no PSB, agora com mais força no MA

“Eu tenho dito e repito: Eu vou lutar para que o Brandão ganhe a eleição e seja um governador melhor do que eu fui. E aquilo que não consegui fazer, eu quero que ele faça”.

“Muito provavelmente o nosso partido estará na chapa presidencial. Muito provavelmente, nós teremos, nas próximas semanas, a filiação (ao PSB) do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser o candidato a vice-presidente do maior presidente da história do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Isso significa dizer que o nosso partido tem uma responsabilidade ainda maior, porque nós estaremos integrando a chapa que irá disputar a eleição presidencial”.

As duas declarações partiram do governador Flávio Dino, ontem à noite, no ato de filiação dos deputados Antônio Pereira (ex-DEM) e Adelmo Soares (ex-PCdoB) ao PSB, seu partido. E teve o tom de convocação dos militantes socialistas para a guerra eleitoral que se aproxima, da qual o PSB participará como o partido mais forte, principalmente se a previsão do governador de que o vice-governador, que assumirá em abril, confirmar sua filiação à agremiação socialista. Flávio Dino fez também um rápido, mas denso, balanço dos resultados de três áreas nas quais seu Governo investiu forte ao longo de sete anos: saúde (rede hospitalar), educação (1.400 obras educacionais) e segurança alimentar (78 restaurantes populares), que ele definiu como patrimônio a ser defendido durante a campanha.

Flávio Dino, que já está definido como candidato do PSB ao Senado, foi enfático e objetivo quando defendeu a candidatura do vice-governador Carlos Brandão. Ao contrário de outras vezes em que se manifestou sobre sua sucessão, a referência ao projeto de candidatura do vice-governador à sua sucessão foi direta, sem rodeios ou adereços.  Ao afirmar, categoricamente, que irá à luta “para que o Brandão ganhe a eleição”, o governador foi claro e direto, avisando que o projeto está consolidado e sem possibilidade de retorno. Com isso, sem citar nomes, mandou um recado direto aos integrantes da base partidária do seu Governo que preferiram abraçar o projeto de candidatura do senador Weverton Rocha (PDT). A julgar pelo que disse, o governador demonstrou que ele não mais considera a possibilidade de um reatamento. Tanto que em nenhum momento do seu denso discurso de 12 minutos ele fez referência ao grupo que rompeu a aliança, sinalizando com clareza que vai mobilizar todas as suas forças para o grande embate eleitoral, do qual participará como candidato ao Senado.

Ao destacar que o PSB “muito provavelmente” participará da chapa, Flávio Dino destacou a presidencial tendo Lula da Silva (PT) na cabeça. Flávio Dino também avisou, a uma plateia atenta e animada, que, além da sua candidatura ao Senado e a de Carlos Brandão ao Governo, o partido mobilizará todos os seus recursos políticos para formar um grande suporte à candidatura do presidente Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin. Para o governador, o PSB vai se desdobrar para sair vencedor nos três níveis das eleições de Outubro. Suas declarações indicam que ele sabe o que está dizendo e o que está fazendo ao turbinar a candidatura do vice-governador.

Ao prever que o PSB terá Geraldo Alckmin filiado ao partido e como candidato a vice de Lula, Flávio Dino convocou a legenda a assumir e defender bandeiras sociais e entrar de cabeça na guerra eleitoral. Para ele, essa composição vai aumentar o poder de fogo da agremiação socialista, fortalecendo muito a candidatura de Carlos Brandão. Daí seu esforço para que seu substituto no Governo amplie seu cacife e viabilize de vez o seu projeto de poder.

O fato é que, no ato de ontem, o governador Flávio Dino rascunhou o cenário da corrida sucessória reafirmando, com mais ênfase ainda, o seu apoio a Carlos Brandão na busca da reeleição, e à caminhada de Lula da Silva rumo ao Planalto, principalmente tendo agora como vice o iminente neossocialista Geraldo Alckmin.

Seus adversários que se preparem.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Governador recebe deputados no PSB em ato descontraído

Adelmo Sares e Antônio Pereira agora no PSB

No ato que reforçou os quadros do PSB, o governador Flávio Dino saudou os neossocialistas com a habilidade de líder experimentado.

Ele referiu-se ao deputado Adelmo Soares como “meu amigo”, revelou que o conhece a anos como militante do PCdoB, e garantiu que o agora socialista tem uma característica que o surpreende: gosta de trabalhar. “Aqui mesmo colocou um papelzinho no meu bolso com uma relação de obras”, disse o governador.

Flávio Dino apontou o deputado Antônio Pereira como “o mais experiente”, com nada menos que cinco mandatos lembrando que o parlamentar, que no sul do estado, em especial na Região Tocantina, onde é respeitado como seu representante na Assembleia Legislativa. A experiência do Antônio Pereira será muito útil ao partido.

Ao empresário Florêncio Neto, empresário que atua na região de Bacabal, o governador destacou seu trabalho como empreendedor, na presença do deputado Carlinhos Florêncio (PCdoB), que não concorrerá ao cargo, abrindo assim, boas chances para Bacabal.

 

Deputados destacam o papel da mulher

Cleide Coutinho preside a sessão entre as deputadas Betel Gomes e Socorro Waquim

A mulher dominou ontem a sessão da Assembleia Legislativa, que foi presidida pela deputada Cleide Coutinho (PDT). Ela convocou as deputadas Socorro Waquim (MDB) e Betel Gomes (PRTB) para ocupar os cargos de vice-presidente e secretária da mesa Diretora. Durante a sessão, diversos parlamentares destacaram o Dia Internacional da Mulher.

Cleide Coutinho: “Há conquistas que não se pode ignorar, como a Lei Maria da Penha, a Casa da Mulher, o Ministério da Mulher, a Lei do Feminicídio, a Patrulha Maria da Penha e a Vara da Mulher”.

Socorro Waquim: “As mulheres fazem a diferença na vida pública”.

Zito Rolim (PDT): “Por tudo o que representam, elas precisam ser exaltadas em qualquer época do ano”.

Adelmo Soares (PSB): “Desejo que elas sejam respeitadas e continuem plantando amor nesse mundo que tanto precisa”.

Marco Aurélio (PSB): “Um dia muito especial para celebrar lutas e conquistas travadas por elas na busca por respeito, direitos, reconhecimento e valorização”.

Roberto Costa (MDB): “Saúdo as servidoras desta Casa e as colegas deputadas que representam todas elas neste estado. Os avanços são importantes e a Casa do Povo tem cumprido um papel fundamental e decisivo para a garantia de direitos”.

Zé Inácio (PT): “Precisamos mais delas na política, representando não somente seu segmento, mas toda a sociedade”.

Fábio Braga (SD): “Eu homenageio as mulheres que lutam e pelejam pela afirmação de seus direitos, inclusive contra a violência doméstica”.

Wellington do Curso (PSDB): “Neste 8 de março, que Deus estenda suas mãos poderosas sobre as mulheres maranhenses. Minha homenagem especial vai para a minha mãe, dona Iracema de Castro Bezerra”.

São Luís, 09 de Março de 2022.

Com filiações, PSB caminha para ser o partido mais forte do Maranhão na corrida às urnas

 

Adelmo Soares e Antônio Pereira entram hoje no PSB e devem ser acompanhado por Rubens Pereira jr.

Ao receber hoje em seus quadros os deputados estaduais Adelmo Soares, que deixa o PCdoB, e Antônio Pereira, que sai do DEM, para se juntar aos deputados Duarte Jr., Marco Aurélio e Edson Araújo, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), liderado pelo governador Flávio Dino, passa ter a segunda bancada na Assembleia Legislativa, com cinco cadeiras, podendo se tornar a maior até o final de março, quando termina a “janela partidária”. A força política e eleitoral da legenda socialista será turbinada ainda mais com a iminente entrada do vice-governador Carlos Brandão, que deixará o PSDB, e do deputado federal Rubens Jr., que deixou o PCdoB, o que lhe dará ganhando o posto de maior e mais robusto partido do Maranhão, à medida que tem ainda o deputado federal Bira do Pindaré, seu presidente regional. Com essa mudança de estatura, o PSB caminha para as urnas com uma chapa majoritária politicamente poderosa, liderada por Carlos Brandão como governador em busca da reeleição, tendo Flávio Dino candidato ao Senado, e chapas proporcionais (Câmara Federal e Assembleia Legislativa) com grande potencial eleitoral.

As mudanças colocam o PSB na liderança do processo político estadual, tomando o lugar que vinha sendo ocupado pelo PCdoB desde as eleições de 2014, quando a agremiação comunista surpreendeu o mundo ao conquistar o primeiro Governo estadual desde a sua fundação, há um século. Naquele pleito, o “Partidão” realizou ainda a proeza de desbancar do poder o poderoso MDB, que dera as cartas na política do Maranhão durante quase três décadas. Com essa nova estatura, a legenda socialista se credencia para ser o novo partido hegemônico nos próximos tempos, bastando para isso vencer as eleições para o Governo e para o Senado.

Nesse momento, o PSB rivaliza com o PDT, de centro-esquerda liderada pelo senador Weverton Rocha, pré-candidato ao Governo, condição que coloca o partido na posição de principal concorrente. O diferencial está no fato de que o PSB estará no comando do Governo do Estado, com o então governador Carlos Brandão em busca da reeleição, o que lhe dá uma vantagem política excepcional, reforçada com a força política do seu principal líder, Flávio Dino, apontado em todas as pesquisas como franco favorito na corrida senatorial. Por conta dessa guinada, que se consolida com as filiações de hoje, a tendência do PSB é ganhar mais poder nas urnas com candidatos fortes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal.

Diante da situação que ganha forma, adversários da aliança governista tentam colocar em dúvida a força política e eleitoral do PSB com o argumento de que o partido não tem base nos municípios, à medida que elegeu apenas seis prefeitos em 2020, quando o PDT elegeu 42, o PL 40, o Republicanos 25 e o PCdoB 22, por exemplo. O argumento parece consistente, mas em matéria de política sua validade é muito frágil. Os prefeitos do PCdoB e metade dos do Republicanos apoiarão Carlos Brandão, o que deve acontecer também com os de outros partidos. O equilíbrio entre PSB e PDT só se dará na Assembleia legislativa, com o diferencial de que a legenda pedetista terá o presidente da Casa, o deputado Othelino neto, que deixará o PCdoB para ingressar no PDT.

O fato concreto neste momento é que o PSB ganha a oposto de legenda mais influente do Maranhão, e com a vantagem excepcional de ter o controle da máquina pública estadual e liderar a maioria governista na Legislativa e atuar com dois deputados na Câmara Federal. Caberá ao governador Carlos Brandão liderar esse processo, sucedendo a Flávio Dino, que a partir de abril se dedicará mais à prepararão do partido para as eleições, às quais concorrerá com adversários sedentos de poder.

 

PONTO E CONTRAPONTO

 

Braide entra de cabeça na briga pelo controle da Câmara Municipal

Eduardo Braide no fogo cruzado entre Gutemberg Araújo e Paulo Victor

Com o mapa das tendências nas mãos, que indicam a liderança do vereador Paulo Victor (PCdoB) na disputa pela presidência da Câmara de São Luís, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) decidiu arregaçar as mangas com a determinação de fortalecer o seu candidato, vereador Gutemberg Araújo (PSC). Ele não pensou duas vezes em isolar o então líder do Governo, vareador Marcial Arruda (Podemos), que decidiu apoiar a candidatura de Paulo Victor, abrindo uma brecha gigantesca e politicamente perigosa na base governista. O isolamento se deu com a destituição do posto de líder, que foi entregue ao vereador Raimundo Penha (PDT). Agora correm duas indagações nos bastidores do Palácio Pedro Neiva de Santana: O novo líder reverterá a tendência? Qual o próximo passo do prefeito para fortalecer seu candidato? Quem conhece os meandros da política municipal sabe que prefeitos erraram mais do que acertaram ao se envolverem diretamente nas eleições para a presidência da Câmara Municipal de São Luís. Ninguém duvida do poder que o Palácio de la Ravardière exerce sobre os vereadores. O problema é que o vizinho Palácio dos Leões tem interesse na disputa e apoia o adversário favorito.

 

Dino e Brandão estão sintonizados na troca de comando

Flávio Dino e Carlos brandão: sintonia fina desde o início do primeiro Governo

O governador Flávio Dino dá um exemplo de habilidade e de desprendimento político no processo de transferência do poder para o seu substituto, o vice-governador Carlos Brandão, que pretende se reeleger em outubro. Os dois conversam diariamente, todas as decisões relevantes são compartilhadas, com o futuro governador sendo informado detalhadamente sobre a situação do Governo, especialmente no que diz respeito às finanças públicas, num raro processo de sintonia. Esse entendimento permitirá a Carlos Brandão assumir o comando do Estado sem o risco de sobressaltos.

 

Em Tempo: A Coluna se curva em homenagem a todas as mulheres do mundo, em especial as ucranianas, atingidas pelos horrores de uma guerra insana.

São Luís, 08 de Março de 2022.