Arquivos mensais: junho 2018

PT pode até rachar e fazer candidatos majoritários nas chapas de Flávio Dino e Roseana Sarney

 

 

Flávio Dino entre Augusto Lobato, Zé Carlos e Zé Inácio selam aliança
Flávio Dino entre Augusto Lobato, Zé Carlos e Zé Inácio selam aliança

 

Ganham forma os rumores que vinham prenunciando, há algum tempo, que o braço do PT no Maranhão racharia na corrida eleitoral, ficando uma banda na aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e outra alinhada à coligação que será comandada pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Essa possibilidade, que era levantada em conversas informais, só começou a ser levada a sério e a repercutir nos bastidores depois que os partido começaram a montar as suas chapas majoritárias. Antes, havia um clima em meio ao qual o PT se unificaria e marcharia nas fileiras da aliança liderada pelo governador Flávio Dino. Depois, o partido começou a pressionar o governador Flávio Dino por uma vaga na chapa majoritária, por julgar justa a sua participação, ainda que não ofereça nomes com cacife para disputar uma das vagas de senador da República, por exemplo. O PT mira, na verdade, a vaga de candidato a vice-governador, pretendendo assim reeditar aliança que firmou em 2010 com o então PMDB, e que resultou na indicação e eleição de Washington Oliveira (PT) como candidato a vice de Roseana Sarney.

Ainda que tenha objetivos claros e argumentos de alguma maneira convincentes, pois afinal a aliança que manteve com o Grupo Sarney desde 2006 teve seus objetivos e condições mantidos, com a nomeação de petistas para secretarias, na esteira da eleição de Washington Oliveira vice-governador e depois para o Tribunal de Contas do Estado. O mesmo aconteceu com a banda petista que ficou com Flávio Dino em 2015, quando o PT foi agraciado com duas secretarias.

Nesse contexto, o movimento do PT causa surpresa, pois o grupo de comando se dispõe a deixar uma aliança multipartidária, com predomínio na esquerda, por não ter conseguido um emplacar um candidato majoritário, mas aceita renovar os laços com a direita e com Grupo Sarney,  sem também receber esse mimo. Isso porque, vale lembrar, as vagas de candidato a senador já têm donos, o senador Edison Lobão (MDB) e o depurado federal Sarney Filho (PV), restando a vaga de candidato a vice-governador, que dificilmente será dada ao PT – rumores dizem que Roseana Sarney buscará um candidato a vice na Região Tocantina ou adotará uma solução “caseira” com a escolha do senador João Alberto, que não parece muito animado, animado que está com a iminente aposentadoria.

No campo político propriamente dito, o PT cometerá uma surpreendente e inexplicável derrapagem se deixar o campo da esquerda do governador Flávio Dino, uma vez que o chefe do Executivo maranhense foi uma das vozes mais ativas e firmes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e mais do que isso, tem sido incansável na defesa política do ex-presidente Lula da Silva (PT). Mais do que isso: se alinhará a um grupo que esteve na linha de frente do movimento que resultou na deposição da ex-presidente Dilma Rousseff, e que não se posicionou claramente em relação à prisão do ex-presidente Lula da Silva.

O fato é que o PT se move numa verdadeira corda bamba, podendo dar-se bem ou levar um tombo feio, dependendo da escolha que fizer. O problema é que o próprio partido está rachado e cada lado dessa rachadura  tende a se isolar na própria casa partidária. Mas é provável que o lançamento da candidatura do ex-presidente Lula da Silva, que teve o governador Flávio Dino como um dos seus principais incentivadores. Ao mesmo tempo, Flávio Dino divulgou um vídeo convidando para o lançamento da candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS) no dia 16, gesto que a confirma na chapa governista, eliminando completamente a participação do PT na luta por vagas no Senado. Resta ao PT apostar na vaga de candidato a vice-governador, mas essa pertence ao vice Carlos Brandão, que pelo visto ninguém tira.

Esse jogo de pressão deverá durar até as convenções de julho.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Flávio Dino tem o aval de Lula para entrada do PT na coligação

Flávio Dino e Lula da Silva: aliança firme no Maranhão
Flávio Dino e Lula da Silva: aliança firme no corrida eleitoral no Maranhão

O governador Flávio Dino é um dos chefes de Estado que apoiarão a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT). Ele defendeu essa posição desde que a prisão do ex-presidente começou a deixar de ser uma mera possibilidade, para ser uma verdade. Com a experiência e os conhecimentos como ex-juiz federal, o governador tem dito e repetido, primeiro, que o ex-presidente tem condições legais, a começar pelo fato de que a sua condenação e prisão por causa do tal apartamento no Guarujá, são ilegais e configuram uma aberração jurídica e uma aberração política. Flávio Dino recepcionou Lula com um grande ato político em São Luís, no encerramento da incursão do ex-presidente pelo Nordeste, onde foi ovacionado por onde passou. No seu discurso, Lula da Silva não apenas declarou seu apoio ao governador, afirmando que o PT integrará uma vaga na coligação que dá suporte ao Governo e ao projeto de reeleição do governador Flávio Dino.

 

Escórcio não deve ser candidato a vice na chapa de Roseana

Chiquinho Escórcio: vice de Roseana? Difícil.
Chiquinho Escórcio: vice de Roseana? Muito difícil.

Não deve passar de balão de ensaio a informação segundo a qual o ex-deputado federal Chiquinho Escórcio (MDB) esteja escolhido para ser o candidato a vice-governador na chapa da ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Até onde a Coluna conseguiu apurar, Chiquinho Escórcio está se preparando para tentar mais uma vez chegar à Câmara Federal. Empresário da construção civil bem sucedido do Distrito Federal, o ex-suplente de senador Chiquinho Escórcio é cria política do ex-senador Alexandre Costa, que o tinha como uma espécie de “faz tudo”. Com a morte de Alexandre Costa, foi “adotado” pelo então senador José Sarney, a quem segue com fidelidade canina e fervor quase religioso. No caso, a ex-governadora tem preferência pelo senador João Alberto (MDB), cujo mandato se encerra no dia 31 de Dezembro deste ano. Não se duvida de que o ex-presidente José Sarney banque politicamente a candidatura de Chiquinho Escórcio, mas ninguém dúvida também de que haverá muita resistência dentro do Grupo.

São Luís, 08 de Junho de 2018.

Tensões políticas na OAB e protesto tumultuado no Fórum expõem a crise que atinge a representação dos advogados no MA

 

Mozart Baldez foi alvo de "nota de repúdio" emitida por Joaquim Figueiredo e Marcelo Carvalho
O sindicalista Mozart Baldez foi alvo de “nota de repúdio” emitida por Joaquim Figueiredo e Marcelo Carvalho

Os advogados maranhenses encontram-se mergulhados num conflito que tem duas frentes de combate. Uma delas é a que se dá dentro da própria categoria, com as tensões que vêm dominando a Seccional da OAB, hoje presidida pelo advogado Thiago Diaz. A outra é a atuação forte e estridente do Sindicado dos Advogados do Maranhão (Sama), cujo presidente, Mozart Baldez, tem sido um duro crítico do tratamento que magistrados e servidores do Judiciário dão aos advogados e mantido confronto aberto com o comando do Tribunal de Justiça. Um exemplo desse clima aconteceu ontem, no Fórum Desembargador Sarney Costa, onde uma manifestação de advogados contra uma juíza acusada de abusar de poder terminou em confusão. As duras manifestações verbais do líder sindical Mozart Baldez criticando a gestão da máquina judiciária caíram como bombas no Tribunal de Justiça, levando o presidente do Poder Judiciário, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, e o corregedor geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho, a emitirem nota contestando e criticando a ação e as declarações do presidente do Sama.

As tensões dentro da OAB-MA, onde acontecem os primeiros movimentos para a eleição, marcada para Outubro, estão cada vez mais fortes. O presidente Thiago Diaz rompeu com a maior parte do grupo que o apoiou e tenta reunir forças para concorrer à reeleição. O clima de tensão chegou a tal ponto que o presidente mandou instalar câmeras nas salas da sede da Seccional, no Calhau. O presidente da Caixa de Assistência dos Advogados, Fernando Antônio Pinto Silva Júnior, reagiu com protesto e indignação à colocação da câmera na sua sala de trabalho, classificando a iniciativa do presidente Thiago Diaz como “procedimento invasivo, inconsequente e temerário”, dando largada para mais um a crise de larga escala dentro da instituição. As explicações do presidente sobre a iniciativa, que seria uma medida de segurança, não bastaram e a crise continua insuflada pelos ventos da temporada eleitoral.

Mas, enquanto a instalação de câmeras alimentava o clima de tensão na OAB, advogados enfrentavam problemas no Fórum de São Luís. Situações que vão desde desentendimentos com magistrados até problemas relacionados com atendimento nos diversos segmentos do Poder Judiciário, sempre com advogados reclamando de desrespeitos às suas prerrogativas. O episódio de ontem se exatamente por causa de um desentendimento entre o advogado Tufi Maluf com a juíza Andrea Lago durante audiência no 1º Juizado Criminal de São Luís. O conflito causou uma manifestação de advogados acusando a magistrada de praticar abuso de autoridade. O protesto foi liderado pelo presidente do Sama, Mozart Baldez, que, como sempre, criticou duramente a gestão, denunciando o que chamou de “ditadura” na Justiça maranhense. O protesto terminou em confusão, e produzindo uma situação insólita: a juíza Andrea Lago determinou a prisão de Mozart Baldez por desacato de autoridade, e Mozart Baldez dando voz de prisão à juíza Andrea Lago por abuso de autoridade.

O episódio ocorrido no Fórum e a pancadaria verbal do presidente do Sama causaram forte repercussão no Palácio Clóvis Bevilácqua, onde o desembargador-presidente Joaquim Figueiredo e o desembargador-corregedor Marcelo Carvalho, após avaliar a situação, tomaram as dores da juíza Andrea Lago e emitiram “Nota de Repúdio” às posições e declarações do advogado-sindicalista Mozart Baldez, e cujo teor é o seguinte:

O Poder Judiciário do Maranhão, que tem entre suas finalidades constitucionais a defesa e o respeito aos valores jurídicos e às instituições, vem a público manifestar seu repúdio, perplexidade com o oportunista comportamento do Presidente do Sindicato dos Advogados do Maranhão, Mozar Baldez, que, com achaques públicos e achincalhes incompatíveis com a Advocacia, vem atacando em redes sociais o Poder Judiciário.

É inconcebível que atitudes como a do citado advogado coexistam no ambiente jurídico, sendo de todo reprovável o comportamento que fere os preceitos do próprio Estatuto da Advocacia, uma vez que o causídico não tem legitimidade para intervir ou pronunciar-se fora do momento próprio, desconsiderando os mais comezinhos princípios de atividade profissional, ao fazer comentários destrutivos à imagem do Judiciário.

A precária dimensão republicana do advogado enseja a imediata ação institucional do Poder Judiciário para questionar suas condutas desviantes e desconectadas dos valores que fazem da Justiça a referência maior da sociedade.

É necessário fazer a justa ressalva de que não há qualquer prova de ocorrência relacionada a agressão ou desrespeito à prerrogativa da nobre e essencial atividade profissional por parte de membros do Poder Judiciário do Maranhão, nas dependências do Fórum de São Luís. O que está claro sobre o episódio são as declarações maldosas com generalizações. Desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, e Desembargador Marcelo Carvalho Silva
Corregedor-Geral da Justiça.

Os acontecimentos dos últimos dias e os que vêm sendo há tempos registrados, principalmente nas redes sociais, dão uma dimensão clara da crise por que está passando a OAB maranhense e o braço corporativo da classe dos advogados. Ainda que seja uma entidade civil, a OAB se situa no centro do complexo de instituições que formam o Poder Judiciário, com a obrigação maior de zelar pelo cumprimento das regras por meio das quais os advogados atuam, funcionando também como guardiã das normas que asseguram o estado democrático do direito. Daí porque surpreende a situação em que se encontra a sua representação no Maranhão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Depois de Jair Bolsonaro, Flávio Rocha (PRB) fará escala em São Luís no dia 22 para lançar o seu “Brasil 200”

Flávio Rocha será recepcionado em São Luís por Cléber Verde
Flávio Rocha, presidenciável do PRB, será recepcionado em São Luís por Cléber Verde

Na esteira de Jair Bolsonaro (PSL), que desembarcará em São Luís no dia 14 para cumprir roteiro de pré-campanha na sua corrida à presidência da República, o presidenciável Flávio Rocha (PRB), mais conhecido por ser o dono da cadeia de lojas Riachuelo, fará escala na Capital maranhense no dia 22, para lançar o movimento “Brasil 200”, que expressa as bases do programa de Governo que defenderá durante a campanha. Flávio Rocha terá como anfitrião o deputado federal Cléber Verde, um dos fundadores do PRB e atualmente seu presidente no Maranhão e que deverá estar acompanhado do vice-governador Carlos Brandão. Será a primeira vez que Jair Bolsonaro virá ao Maranhão em campanha. Já Flávio Rocha já esteve no estado nessa condição dois. Foi em 2002, quando era deputado federal pelo PL e se candidatou a presidente da República defendendo a proposta do Imposto Único. Torrou uma fatia da fortuna da sua família e foi trucidado nas urnas, abandonou a política para se dedicar à tarefa hercúlea de salvar a Riachuelo, que na época corria o risco de entrar em colapso. Conhecido como empresário ousado e arrojado, Flávio Rocha colocou a mão na massa e não só evitou o naufrágio da marca, como a transformou numa das maiores cadeias de lojas do País, sendo por isso muito respeitado no meio empresarial. Nas entrevistas que deu até aqui, deixou claro que é um político da direita liberal, esclarecida, defensor intransigente das privatizações – diz que privatizará até o Banco do Brasil e a Petrobrás – e que não tolera a esquerda e não simpatiza com programa de distribuição de renda – como o bolsa-família, por exemplo – preferindo investir na economia para gerar emprego e renda. “Nós personificamos a indignação da imensa maioria da população que sofre com o fracasso e a ineficiência da farra estatal. Vamos fazer o estado ser eficiente e prestador de serviços e não um mantenedor de privilégios”, concluiu.

 

DEM e PP trabalham na surdina para conseguir as vagas de candidato a suplente de senador

Juscelino Filho (DEM) e André Fufuca (PP) atuam na surdina
Juscelino Filho (DEM) e André Fufuca (PP) atuam na surdina por vagas na chapa

Enquanto o PT pressiona o governador Flávio Dino para que “rife” a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e lhe dê a vaga de candidato a senador na sua chapa, o DEM faz o mesmo movimento, só que agora já mais modesto, disposto a aceitar uma das vagas de 1º suplente de senador, que pode ser de Eliziane Gama ou do deputado federal Weverton Rocha (PDT). E pelo que vem sendo soprado nos bastidores, o deputado André Fufuca está também trabalhando na surdina para emplacar um pepista na vaga de suplente de senador. Esses dois partidos preferem trabalhar em silêncio, evitando, de todas as maneiras, o alarde que o PT está fazendo com o mesmo objetivo, com a diferença é que os petistas querem é a vaga de candidato a senador e não a de candidato a suplente. Até o final do mês o mundo vai saber como ficará esse quadro no espaço senatorial da chapa a ser liderada pelo governador Flávio Dino.

 

São Luís, 07 de Junho de 2018.

 

A 120 dias das eleições, Dino e Roseana ainda sem candidatos a presidente; Alckmin já chegou e Bolsonaro se fortalece

 

Flávio Dino e Ciro Gomes, Roseana Sarney e Henrique Meireles: indefinição; Roberto Rocha e Geraldo Alckmin e Maura Jorge e Jair Bolsonaro: situação definida
Flávio Dino e Ciro Gomes, Roseana Sarney e Henrique Meireles: indefinição; Roberto Rocha e Geraldo Alckmin e Maura Jorge e Jair Bolsonaro: situação definida

A exatos 120 dias das eleições, os dois candidatos a governador mais destacados, o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), ainda não têm um componente crucial para a corrida às urnas: os candidatos a presidente da República. Ao contrário do senador Roberto Rocha, candidato do PSDB, que já tem o presidenciável Geraldo Alckmin, da ex-prefeita Maura Jorge (Podemos), que abraçou a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), e do candidato do PSOL, Odívio Neto, que já está em campanha por Guilherme Boulos, o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ainda aguardam definições dos seus partidos e campos partidários para tomar posições. O partido do governador Flávio Dino já tem a candidatura da deputada gaúcha Manuela D `Ávila, a quem ele já declarou voto, mas é um projeto muito pouco consistente para um momento político tão complexo e decisivo como esse. E o partido da ex-governadora Roseana Sarney já tem pré-candidato definido, Henrique Meireles, lançado pelo próprio presidente Michel Temer, mas que ainda não vingou dentro das fileiras pemedebistas. O deputado Eduardo Braide, (im)provável candidato do PMN, e o possível candidato do PRP, ex-deputado Ricardo Murad, a princípio não têm qualquer relação com candidatura presidencial.

Ninguém duvida o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney podem fazer suas campanhas sem vinculação com candidatos presidenciais. Mas no contexto de agudas crises econômica e política, não faz muito sentido que um candidato a governador lidere um projeto político dissociado de um projeto para o País.

O governador Flávio Dino sabe que a candidata do seu partido não irá muito longe, e como a questão é vencer as eleições, e não apenas participar, ele trabalha no sentido de mobilizar as correntes da esquerda em torno de um candidato forte. A princípio, o candidato seria o ex-presidente Lula (PT), mas a sua condenação e prisão o tornou ficha-suja e o tirou do páreo, abrindo caminho para o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Ciro Gomes (PDT). Flávio Dino já manifestou apoio ao pedetista e agora trabalha para mobilizar os partidos de esquerda em torno do pedetista, num processo cujo desfecho é ainda imprevisível. Mas tudo indica que, ao contrário de 2014, quando não teve um nome definido ao seu lado, nesta corrida à reeleição o governador terá uma candidatura presidencial para propor aos maranhenses. E tudo indica que será mesmo pedetista Ciro Gomes.

A ex-governadora Roseana Sarney dificilmente tomará outro caminho que não incorporar ao seu projeto eleitoral a candidatura do ex-banqueiro e ex-ministro da Fazenda Henrique Meireles, lançada pelo presidente Michel Temer. Chama atenção o fato de até agora a candidata do MDB não haver se manifestado sobre a escolha de Henrique Meireles. A atitude da emedebista pode ser interpretada como um sinal de que o ex-presidente José Sarney ou não gostou da indicação ou não está ainda convencido de que a decisão do presidente Michel Temer de lançá-lo não é o projeto ideal para o MDB. Isso porque uma candidatura presidencial é fundamental para a consolidação do seu projeto de voltar ao Palácio dos Leões. Nos bastidores do Grupo Sarney corre a versão de que, caso a candidatura de Henrique Meireles fracasse, o “Plano B” de Roseana Sarney nesse item será um acordo com o PSDB em  torno da candidatura de Geraldo Alckmin.

É verdade que ainda faltam ainda de um mês para o início, da realização das convenções e pouco mais de 60 dias para o início da campanha eleitoral efetiva, mas só um quadro de crise profunda e complexa, como a do PT e a do MDB, justifica que esses partidos ainda não tenham os seus candidatos a presidente da República definidos e em plena campanha. Enquanto isso, Maura Jorge se prepara para ser a anfitriã de Jair Bolsonaro com uma grande festa no próximo dia 14, evento que pode contribuir decisivamente para fortalecer o candidato da extrema direita, que já tem legiões de simpatizantes se formando em todo o País, inclusive no Maranhão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PT mantém pressão para ocupar vaga de Eliziane na aliança dinista

Eliziane Gama tem vaga reivindicada para Márcio Jardim, pelo PT
Eliziane Gama tem vaga reivindicada para Márcio Jardim, pelo PT

O PT continua batendo pé e cobrando do governador Flávio Dino a inclusão de um nome do partido para concorrer a uma das cadeiras no Senado pela aliança situacionista. De cara, os petistas nem cogitam ocupar a vaga do deputado federal Weverton Rocha, que é bom de briga e lidera o PDT, um partido forte e que não abre mão do espaço que ocupa. O alvo, portanto, é a vaga destinada á deputada federal Eliziane Gama (PPS). Os petistas alegam que Eliziane Gama não pertence ao bloco de esquerda, uma vez que o PPS foi oposição aos Governos do PT e teve participação ativa no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ocorre que Eliziane Gama aparece como líder nas pesquisas e ganhou peso político com esse potencial eleitoral, e tirá-la da chapa seria no mínimo uma contradição política inexplicável. O comando nacional do PT já declarou que o partido vai integrar a aliança dinista, mas os chefes locais estão tentando condicionar essa aliança.

 

Ganha corpo a disputa pelas cafeeiras na Câmara Federal

Ganha corpo e volume a corrida para a Câmara Federal. Além de pesos pesados que buscam a reeleição, como Rubens Jr. (PCdoB), Hildo Rocha (MDB), André Fufuca (PP), João Marcelo (MDB) e Juscelino Filho (DEM),   por exemplo, aspirantes a primeiro mandato formam um grupo com cacife político e eleitoral nas alturas, como Márcio Jerry (PCdoB), Sebastião Madeira (PSDB), Eduardo Braide (caso não saia candidato a governador), Josimar de Maranhãozinho (PR), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Edilázio Jr. (PV), Ildon Marques (PSDB), Gastão Vieira (PROS), Gil Cutrim (PDT), entre outros, que correm para ocupar os espaços abertos por Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS) e José Reinaldo Tavares (PSDB), que estão na guerra pelas duas vagas no Senado. Nos bastidores, os comentários que correm é que essa é uma disputa também renhida.

São Luís, 06 de Junho de 2018.

Pesquisa Exata: Eliziane lidera, mas corrida às vagas do Senado tem tudo para ser acirrada e ter desfecho surpreendente

 

Corrida ao Senado: Eliziane lidera, seguida de Edison Lobão, Sarney Filho, Weverton Rocha, José Reinaldo tavares e Alexandre Almeida
Corrida ao Senado: pesquisa Exata revela que Eliziane lidera, seguida de Edison Lobão, Sarney Filho, Weverton Rocha, José Reinaldo tavares e Alexandre Almeida

 

Desde que os candidatos foram definidos, ficou muito claro que a disputa para as duas cadeiras no Senado nas eleições de Outubro no Maranhão reúne todos os ingredientes para ser uma das mais acirradas dos últimos tempos. A pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Exata e divulgada ontem pelo Jornal Pequeno demonstrou com clareza que a guerra será renhida entre a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e o deputado federal Weverton Rocha (PDT), candidatos da aliança partidária liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), e o senador Edison Lobão (MDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV), candidatos do grupo partidário que será comandado pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), podendo esse grupo sofrer fortes pressões do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB) e até mesmo do deputado Alexandre Almeida (PSDB).

Os números encontrados pelo Exata confirmam tendência apontada por outras pesquisas já divulgadas: Eliziane Gama lidera com 17%, seguida por Edison Lobão (15%), Sarney Filho (15%), Weverton Rocha (9%), José Reinaldo Tavares (8%) e Alexandre Almeida (6%). Se a eleição fosse realizada agora, haveria dois grupos vinculados pela margem de erro, que é de 3%. As duas vagas seriam disputadas voto a voto por Eliziane Gama, Edison Lobão e Sarney Filho. Pela lógica, mesmo levando em conta a margem de erro, Eliziane ficaria com uma das vagas, restando a segunda para ser definida num confronto direto e renhido entre Edison Lobão e Sarney Filho. O derrotado nesse confronto ficaria de fora juntamente com Weverton Rocha, José Reinaldo e Alexandre Almeida. E a corrida senatorial terminaria equilibrada com a eleição de um senador de cada grupo, sendo um da nova geração de políticos bem sucedidos do Maranhão, no caso Eliziane Gama, e outro de uma geração madura, que está a caminho da aposentadoria.

Mas as corridas eleitorais costumam contrariar duramente a lógica e surpreender com resultados inesperados. Na eleição senatorial de 2014, por exemplo, Gastão Vieira, apoiado pelo Palácio dos Leões, liderou por meses seguidos, mas perdeu a vaga numa virada de Roberto Rocha, apoiado por Flávio Dino. A julgar pela experiência e pela estrutura de Edison Lobão – nove eleições seguidas – e Sarney Filho – 10 eleições seguidas – jogarão pesado para tirar Eliziane Gama da ponta, ou travar uma guerra sem cartel entre si, que pode estremecer as bases da aliança sarneysista. José Reinaldo, que espera o apoio de prefeitos e já perdeu uma eleição para o Senado, irá às últimas consequências para encerrar a carreira como senador da República, enquanto Alexandre Almeida jogará o peso da sua juventude para entrar no jogo. Entre os dois grupos, Weverton Rocha, que tem se revelado hábil na política e bem sucedido no campo eleitoral, terá de livrar-se da pressão de José Reinaldo e Alexandre Almeida e atropelar Sarney Filho ou Edison Lobão para obter a segunda vaga, caso Eliziane se mantenha na cabeça.

Esse quadro de intenções de voto para a eleição senatorial pode sofrer “ajustes”, mas poderá também ser radicalmente alterado, com mudanças surpreendentes nas posições atuais e o dato que poderá garantir essa possibilidade são os 18% que responderem que votarão nulo, em branco ou em nenhum deles, e os 12% que disseram ainda não saberem em quem votarão. Eles formam na verdade uma massa de 30% de eleitores indecisos, que dependendo da movimentação dos candidatos poderão rever suas intenções e turbinar uma ou outra candidatura, o que será suficiente desmontar o quadro atual ou reforça-lo garantindo a vitória dos líderes.

Vale lembrar que, mesmo esboçando uma tendência lógica, com destaque para a permanência de Eliziane Gama na liderança, os números da pesquisa Exata rascunham um cenário ainda frágil, que poderá se movimentar intensamente com a massa de indecisos e os meses de campanha que os candidatos têm pela frente. Tudo isso garante que essa disputa animará o processo eleitoral.

Em Tempo: Contratada pelo Jornal Pequeno, a pesquisa Exata foi realizada no período de 25 a 20 de Maio, ouviu 1.400 eleitores em todas as regiões do Maranhão, tem margem de erro de 3,2%, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo Nº 06478/2018.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Comenda proposta por Othelino Neto homenageia Nascimento Morais Filho e reforça a luta pelo meio ambiente

Othelino Neto e Nascimento Morais Filho: identificação na luta pelo meio ambiente
Othelino Neto e Nascimento Morais Filho: identificação na luta pelo meio ambiente

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PC do B), propôs ontem por meio de Projeto de Decreto Legislativo, a criação da Medalha do Mérito “Nascimento Moraes Filho – Amigo do Meio Ambiente”, para homenagear, no período em que se comemora a Semana Mundial do Meio Ambiente, pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que se destacaram em ações de sustentabilidade ambiental.

O projeto propõe que a comenda ter de um lado a imagem do célebre ativista ambiental José Nascimento Moraes Filho, acompanhada da expressão “Amigo do Meio Ambiente”, e do outro lado, a imagem do Planeta Terra com uma árvore em destaque. O Dia Mundial do Meio Ambiente começou a ser comemorado em 1972, com o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente, e alertar sociedades e governos para o perigo da negligência na tarefa de cuidar do mundo em que vivemos.

A iniciativa do presidente Othelino Neto é desdobramento do faro de que sua carreira politica está entrelaçada com a sua militância como ambientalista. O hoje membro do PCdoB iniciou sua vida partidária como um dos fundadores do Partido Verde, que chegou ao Maranhão em meados dos anos 90 do século passado como parte de uma “onda verde” que se espraiou pelo mundo a partir de grupos como o Greenpeace e que ganharam forma partidária nos grandes centros europeus. Foi sua militância no PV que o aproximou ainda mais das questões ambientais maiores e o levou ao comando da Secretaria de Meio Ambiente no Governo de José Reinaldo Tavares, tendo ali realizado um trabalho consistente.

O projeto faz uma justa e oportuna a homenagem a Nascimento Moraes Filho, um dos grandes guerreiros da causa ambiental no Maranhão e no Brasil, posição que conquistou de maneira honrada, às vezes quase  solitária, declarando e alimentando uma guerra de Davi X Golias contra a instalação do complexo de produção de alumínio do Consórcio Alumar na Ilha de São Luís. Os imensos tanques de resíduos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana, por ele denunciados, estão aí mesmo para comprovar a razão da sua luta.

 

Se não se entender com a cúpula tucana, José Reinaldo poderá mesmo perder a vaga de candidato a senador

José Reinaldo está avisado por Roberto Rocha por Roberto Rocha e Sebastião Madeira: se i nsistir em Eduardo Braide perde a vaga de candidato a senador
José Reinaldo, Roberto Rocha e Sebastião Madeira: se não sentarem a crise se agravará e o primeiro pode perder vaga

Se ainda não sentaram para conversar e acertar os ponteiros, evitando assim a formação de uma situação de impasse dentro do partido, criando um imenso embaraço para o projeto presidencial da agremiação, os líderes do PSDB no Maranhão, senador Roberto Rocha, presidente e candidato ao Governo do Estado, e Sebastião Madeira, secretário geral e candidato a deputado federal, têm de sentar urgentemente com o ex-governador e candidato a senador José Reinaldo Tavares. A conversa tem de ser crua e definitiva e deve resultar num entendimento que permitam a convivência dos três como aliados empenhados, uns pelos outros, numa campanha eleitoral. Mantido esse ambiente de confronto, tudo indica que o comando do partido vetará José Rinaldo na convenção que formalizará as candidaturas do partido às eleições de Outubro. Aliados de José Reinaldo duvidam que Rocha e Madeira “tenham coragem” vetar o ex-governador, enquanto aliados dos dois dizem não ter nenhum dúvida de que se esse clima chegar até à convenção, José Reinaldo não será candidato.

São Luís, 05 de Junho de 2018.

 

Braide diz que está no páreo pelo Governo do Estado e que segue “construindo” sua candidatura

 

Eduardo Braide mantém projeto e está "construindo" candidatura
Eduardo Braide mantém projeto e está “construindo” candidatura ao Governo

“Há três tipos de candidatura: a que é imposta pelo partido, a que nasce do desejo do candidato, e aquela que emerge do sentimento popular. O meu projeto se enquadra no terceiro caso, e cabe a mim construir as condições para viabilizá-lo, discutindo com partidos, ouvindo meus familiares e conversando com o meu partido. É o que estou fazendo”. Foi assim que o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) explicou ontem à Coluna o estágio em que se encontra a sua movimentação em busca de lastro político e partidário para viabilizar o projeto de disputar o Governo do Estado em Outubro. Cauteloso e medindo cuidadosamente cada palavra, Braide se declarou “feliz” com a mais recente pesquisa do instituto Exata, que também o apontou em terceiro lugar com 6% das preferências do eleitorado, atrás apenas do governador Flávio Dino (PCdoB), com 57%, e da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), com 30%. E afirmou que está na corrida pelo Palácio dos Leões porque percebe na população “o interessa livrar a política do Maranhão dessa dicotomia Sarney versus Anti-Sarney”.

Na conversa direta, o deputado Eduardo Braide emite todos os sinais de que está disposto a encarar o desafio de entrar numa guerra eleitoral contra um governador forte e prestigiado e que busca a reeleição, e uma ex-governadora que também tem cacife gordo. Mas avisa que não dará passos precipitados. Continua conversando – ontem à noite mesmo, respondeu a uma ligação da Coluna por volta das 21 horas, pedindo desculpas e justificando que se encontrava numa reunião que durou três horas. “Estava conversando com partidos, avaliando a possibilidade de uma aliança, como tenho feito praticamente todos os dias”, disse.

Eduardo Braide justifica sua movimentação para viabilizar uma candidatura a governador enfatizando a tese segundo a qual esse projeto “nasceu de um sentimento popular”. Lembra que até agora não declarou  uma única vez sequer, que seja candidato a governador. “São as pessoas que me dizem que devo ser candidato, e eu estou ouvindo, conversando, avaliando”, explica o parlamentar, lembrando o fato de que, mesmo sem dito uma palavra sobre a sucessão estadual, uma pesquisa feita três meses depois da eleição para a Prefeitura de São Luís, na qual ficou em segundo lugar, o apontou como o terceiro, com 11% das preferências. “Foi uma sinalização muito forte, que eu, como político, não tenho o direito de ignorar”, assinala.

E foi nessa linha de candidato a candidato, depois de checar os números da pesquisa Exata, Eduardo Braide gravou um vídeo com a seguinte mensagem:

“A gratidão que eu tenho por ter sido lembrado em todas as pesquisas para o Governo do Estado é imensa. E é esse incentivo que me tem feito conversar com partidos e lideranças que acreditam que o Maranhão pode ser diferente. De mim, vocês sempre a transparência e a verdade. Os meus caminhos políticos são traçados ouvindo as pessoas, ouvindo a mi há família e as orientações do meu partido. E nesse caso não será diferente. Muito obrigado pelo apoio de cada um de vocês, e Deus abençoe nosso Maranhão”.

Sua mensagem, como se vê, é direta, consegue passar o que está em jogo, mas ele tem o cuidado de não fazer afirmações a respeito de candidatura.

Eduardo Braide sabe que, por ser um político jovem, com forte dose de carisma, em condições, portanto, de se tornar a “terceira via” que nem o senador Roberto Rocha nem a ex-prefeita de Lago da Pedra Maura Jorge (Podemos) conseguiram encarnar até aqui, tem um horizonte largo pela frente, que não se esgota nessa corrida sucessória. E é exatamente por compreender essa perspectiva que seu projeto de candidatura ao Governo do Estado agora é um grande ensaio, que poderá ou não dar certo. O que não é dito por ele categoricamente, mas que parece muito claro, é que, se vier mesmo a ser candidato, o será com seus próprios pés, construindo uma ampla base de apoio, pois não pretende ser escada para nenhum outro candidato.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Com José Reinaldo correndo na paralela, o PSDB continua sem unidade e em crise

Roberto Rocha: situação complicada dentro do PSDB
Roberto Rocha: situação complicada no PSDB

O PSDB continua abalado pela crise causada pela falta de unidade. O candidato do partido ao Governo do Estado, senador Roberto Rocha, intensifica suas incursões no interior do estado, buscando capilarizar sua candidatura, levando também o nome dom candidato presidencial o partido, Geraldo Alckmin. Na sua movimentação, Roberto Rocha está sendo sempre acompanhado pelo deputado estadual Alexandre Almeida, um dos candidatos do PSDB ao Senado, Por sua vez, o ex-governador José Reinaldo Tavares, candidato tucano a senador, segue em rota própria, divulgando a candidatura de Riberto Rocha, mas também defendendo a candidatura de Eduardo Braide. O bom desempenho de Eduardo Braide e o baixo alcançado por Roberto Rocha na pesquisa Exata reforçou ainda mais a tese de José Reinaldo, que começa, de fato, a minar o projeto do chefe tucano de chegar ao Palácio dos Leões. Tanto que já se especula até que o comando nacional estaria disposto a intervir no Maranhão com o objetivo de rever o quadro de candidatos majoritários do partido.

 

Roseana Sarney será auxiliada por um “núcleo duro” liderado pelo ex-presidente José Sarney

Roseana Sarney vai montar "núcleo duro" comandado por José Sarney
Roseana Sarney vai montar “núcleo duro” comandado por José Sarney

Com a candidatura definida, a ex-governadora Roseana Sarney mergulhou. Ela iniciou uma intensa agenda de reuniões visando montar a aliança partidária que liderará e definir a estratégia de campanha. A candidata emedebista formará uma equipe de ponta, que funcionará como “núcleo duro” da campanha, que terá entre outros membros o ex-presidente José Sarney (MDB), empresário Jorge Murad, o senador João Alberto, os candidatos ao Senado Sarney Filho (PV) e Edison Lobão (MDB) e o experiente jornalista Sérgio Macedo – que deve deixar a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Imperatriz. Além de cuidar dos movimentos políticos da candidata, como alianças e acordos, o núcleo duro definirá um programa básico de Governo e as linhas gerais da campanha. O primeiro grande passo será a convenção partidária, que será realizada em julho em clima de largada ara a campanha.

São Luís, 04 de Junho de 2018.

Pesquisa Exata: Dino segue na liderança batendo Roseana, Braide, Maura , Rocha e Ricardo Murad juntos

Flávio Dino lidera corrida sucessória com quase o dobro das intenções de voto sobre Roseana Sarney
Pesquisa Exata dia que Flávio Dino lidera corrida sucessória com quase o dobro das intenções de voto sobre Roseana Sarney

Se a eleição para o Governo do Estado acontecesse neste Domingo, o governador Flávio Dino (PCdoB) seria reeleito no 1º turno com 57% dos votos válidos. Seria seguido da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), com 30%, do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) com 6%, da ex-prefeita de Lago da Pedra Maura Jorge (Podemos) com 3%, do senador Roberto Rocha (PSDB) com 3% e do ex-deputado Ricardo Murad (PRP) com 1%. Esse cenário foi encontrado por pesquisa realizada pelo instituto Exata, contratada pelo Jornal Pequeno e divulgado nas suas páginas na edição de hoje. O resultado confirma o franco favoritismo do governador Flávio Dino, uma tendência encontrada por todos os levantamentos feitos até agora, e mostra a ex-governadora Roseana Sarney estacionada nesse patamar. O cenário aponta Eduardo Braide como uma expectativa ainda a  ser melhor testada, Maura Jorge sem maiores possibilidades, Roberto Rocha travado e Ricardo Murad sem qualquer argumento para justificar sua candidatura. O candidato do PSOL, Odívio Neto, não pontuou.

Quando os primeiros movimentos para a corrida sucessória foram iniciados algumas vozes prognosticaram que o pleito de 2018 teria tom plebiscitário entre o dinismo e o sarneysismo. As preferências demonstradas até agora demonstram que se essa guerra sucessória tiver mesmo esse caráter, o movimento liderado pelo governador Flávio Dino reúne tidas as condições de permanecer no poder, enquanto o Grupo Sarney caminha para a aposentadoria definitiva. Flávio Dino tem a seu favor uma série de fatores que o torno uma opção politicamente avançada, enquanto Roseana Sarney parece enfrentar muitas dificuldades para se apresentar como uma tendência que expresse a modernidade.

Nesse contexto, conta a favor do governador Flávio Dino o fato de estar liderando um governo de natureza fortemente renovadora, no qual são visíveis as ações de inovação. Reforçando esse caminho com um Governo ao invés de tentar impressionar o eleitorado com duas o três obras faraônicas, investe o que pode em obras sociais, como, por exemplo, a multiplicação de restaurantes populares, e na montagem de uma ampla rede escolar de base, como o programa Escola Digna, por exemplo. E mais: Flávio Dino lidera um governo sem pecados éticos nem arranhões morais, preocupado – para muitos excessivamente – com o controle de gratos, o que lhe assegura ao Maranhão uma situação fiscal – equilíbrio entre arrecadação e gastos –  invejável entre os estados, e tudo isso sem máculas éticas. Tem, portanto, argumentos muito fortes para confirmar a tendência de favoritismo.

Enquanto isso, carregando um lastro de três mandatos e meio – três nas urnas e meio na Justiça -, a ex-governadora Roseana Sarney vem se apresentando como “mãe dos pobres”, sinal nítido de que tenta encontrar um viés populista para embalar sua candidatura. Amparada por um poderoso suporte midiático, que também tem sido acionado para, sem sucesso até aqui, desqualificar o governador e o Governo, Roseana Sarney relutou muito em assumir a candidatura, mas teve de ceder às pressões de aliados, sob o argumento incontestável de que o Grupo Sarney não tem outro nome para encarar essa corrida com alguma chance de se dar bem. Ela tem cacife próprio – seria deputada federal sem fazer esforço, e poderia chegar ao Senado na briga pelas duas vagas -, mas pelo que vem sendo posto, seu projeto de voltar a morar e trabalhar no Palácio dos Leões enfrenta obstáculos enormes. Mas mesmo assim há quem a veja com condições de reverter o cenário atual e virar o jogo.

Essas observações não significam afirmar que a fatura esteja liquidada por antecipação, pois a própria dinâmica do conceito de política alerta que isso não existe – a começar pelo fato de que as candidaturas ainda n.ao estão oficializadas e que a campanha propriamente dita só começará mesmo na segunda metade de agosto. A pesquisa Exata, como as demais já divulgadas, representa um retrato do momento. O que chama atenção nas medições feitas até agora na corrida sucessória é que a liderança do governador tem se mantido estável em patamares expressivamente superiores à metade das intenções de voto, enquanto a ex-governadora vem navegando com a mesma estabilidade, mas na faixa de 30%, ora um pouco acima, ora um pouco abaixo.

A experiência recomenda e a tradição confirma que ainda é cedo para se fazer previsões sobre o desempenho final dos candidatos. Mas os números têm desenhado uma tendência que não pode ser ignorada, claramente favorável ao projeto de reeleição do Governador do Estado.

Em Tempo: A pesquisa Exata foi realizada no período de 25 a 30 de Maio e ouviu 1.400 eleitores em tidas as regiões do estado. Tem 3,2% de margem de erro e um intervalo de confiança de 95%. Está registrada o TSE sob o protocolo Nº 06478/2018.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Braide continua sendo uma expectativa, que pode arquivar projeto de candidatura

Eduardo Braide: expectativa que pode ser confirmada ou  arquivada nos próximos dias
Eduardo Braide: expectativa que pode ser confirmada ou arquivada nos próximos dias

Se já vinha trabalhando no sentido de intensificar os preparativos de sua campanha para deputado federal, a pesquisa Exata certamente estimulará o deputado Eduardo Braide (PMN) a refletir profunda e definitivamente sobre o projeto de se candidatar agora ao Governo do Estado. Ele lidera o “segundo time” de candidatos com 6% das intenções de voto, o mesmo desempenho encontrado pelo levantamento feito pelo Datailha, há duas semanas. Isso quer dizer que, levando em conta a margem de erro, ele pode alcançar até 9%, mas também pode amargar a até 3% das intenções de voto. Ter seis pontos percentuais numa disputa em que estão à frente o governador do Estado com 57% e uma ex-governadora politicamente forte com 30% não estimula nenhum candidato iniciante, com horizonte amplo pela frente, a entrar numa guerra ora como bala, ora como pólvora e ora como bucha de canhão. Braide e inteligente e sagaz o suficiente para perceber que essa não é a sua vez de entrar nessa briga. É claro que lhe faz muito bem está sendo lembrado como uma boa expectativa, principalmente como o pomo de uma dura discórdia dentro do PSDB, partido forte que tem um senador como candidato a governador.  Sua habilidade vem se revelando quando ele não se joga em polêmica, não fala sobre corrida sucessória nem diz se será mesmo ou não candidato. Deve se manifestar breve sobre o assunto, e cm certeza a decisão que tomar será rigorosamente medida e pesada, como é a sua personalidade política.

 

Maura e Rocha medem força na rabeira e Murad quase não existe

Roberto Rocha, Maura Jorge e Ricardo Murad: medição de força nas últimas posições
Roberto Rocha, Maura Jorge e Ricardo Murad: medem força nas últimas posições, segundo números da Exata

Até aqui, o senador Roberto Rocha não correspondeu à expectativa de muitos que apostaram alto na sua candidatura. A pesquisa Exata o mostra com 3% das intenções de voto, mas se levada em conta a margem de erro, o candidatura tucano pode chegar a 6%, mas também pode desabar para até menos de 1%. É o caso da candidata do Podemos, Maura Jorge, que vive a mesma situação, que é a confirmação da pesquisa Datailha. Ou seja, se não reagiram logo, Roberto Rocha e Maura Jorge correm o risco de não ir a lugar algum, mesmo temo ele o suporte do PSDB e da candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, e ela o incentivo do seu partido e o embalado da candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). A posição do ex-deputado Ricardo Murad dispensa comentários, já que tudo leva a crer que ele não tem condições sequer de reagir para sair da mais remota da rabeira com 1%.

 

São Luís, 03 de Junho de 2018.

Com forte lastro político e eleitoral, Eliziane Gama agenda lançamento de candidatura ao Senado

 

Eliziane Gama vai para guera pelo Senado com o apoio de Flávio Dino
Eliziane Gama: guerra pelo Senado com apoio de Flávio Dino

Se não houver qualquer atropelo, a deputada federal Eliziane Gama (PPS) lançará oficialmente sua candidatura ao senado da República no dia 16 de junho, daqui a três semanas, portanto. Será candidata por uma das vagas da aliança partidária liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) como candidato à reeleição – a outra vaga será ocupada pelo deputado federal Weverton Rocha (PDT). Eliziane Gama prepara o lançamento da sua candidatura depois de ser consolidada como dona de um suporte eleitoral surpreendente, revelado nas pesquisas feitas para medir as preferências do eleitorado, e de obter o aval de praticamente todos os 14 partidos que integram a aliança dinista. Esse passo decisivo também é dado no momento em que o PT pressiona por um espaço na chapa majoritária da coligação encabeçada pelo PCdoB, propondo que um dos seus quadros seja candidato a vice-governador na vaga hoje ocupada por Carlos Brandão ou a senador na vaga hoje ocupada pela parlamentar do PPS.  O seu projeto eleitoral tem o pleno aval do governador Flávio Dino e está lastreado pelo apoio da maioria dos partidos que integram a coligação.

A caminhada da jornalista ao patamar eleitoral majoritário como pré-candidata ao Senado da República não um passeio cheio de obstáculos, mas também não foi uma caminhada em estrada plana. Sua ascensão política é o resultado de um intenso trabalho politicamente correto e realizado em sentido linear, apesar dos tropeços que andou sofrendo no campo partidário – foi do PT, migrou para o PPS, embarcou na Rede, flertou com o DEM e até com o PSDB e voltou para o PPS.  Galgou cada degrau da sua trajetória parlamentar, aumentando sua musculatura eleitoral a cada pleito: elegeu-se deputada estadual em 2006 com pouco mais de 15 mil votos, reelegeu-se em 2010 com 37 mil e seguiu para Brasília em 2014 no embalo de nada menos que 133 mil votos. Essa votação crescente, que temperou com um excelente desempenho na Câmara Federal, lhe deu gás para liderar as intenções devoto para a Prefeitura de São Luís em 2016 e logo em seguida ser atingida por um espantoso emagrecimento que a remeteu para o quarto lugar no quadro final da disputa, com minguados 33 mil votos.

O fracasso retumbante na peleja pelo comando da Capital foi tão duro que para muitos pareceu que Eliziane Gama abandonaria o pleno federal para retornar à Assembleia Legislativa. Mas, ao contrário do que foi rascunhado, Eliziane Gama se recolheu, tratou dos hematomas e usou a dor da pancada como aprendizado, ajustou a lente do seu teodolito político e seguindo em frente. O ajuste funcionou de tal maneira que, alguns meses depois, a deputada ressurgiu no cenário politico como líder nas pesquisas que começavam a medir a tendência do eleitorado em relação aos candidatos ao Senado, pesos pesados como Edison Lobão (MDB), Sarney Filho (PV), Weverton Rocha (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSDB). O fato é que de lá para cá, mesmo sofrendo restrições partidárias aqui e pressões pela vaga ali, conseguiu se impor seu projeto como o mais viável na aliança e ganhar o aval do governador.

Já testada no campo da superação e sabendo que seu projeto, como todo projeto político-eleitoral, ainda corre riscos, Eliziane Gama tem pela frente dois grandes desafios. O primeiro é consolidar sua candidatura no grande ato agendado para o dia 16 em São Luis. E o segundo e mais difícil deles: manter-se entre os “graúdos” como dona das intenções de votos rastreadas pelas pesquisas de opinião. O primeiro desafio, se não é moleza, será provavelmente vencido sem maiores problemas. Quanto ao segundo, ninguém é capaz de prever o desfecho, mesmo considerando o fato de que a parlamentar do PPS tem cacife para vencê-lo.

Eliziane Gama sabe que o bom desfecho dependerá mais dela do que da ação dos seus adversários.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Rocha não vai para o embate com José Reinaldo, mas referenda as declarações de Sebastião Madeira

Roberto Rocha: avaliza declarações de Sebastião Madeira sobre José Reinaldo
Roberto Rocha: avaliza declarações de Sebastião Madeira sobre José Reinaldo

Até então fora do embate direto, o presidente regional e candidato do PSDB ao Governo do Estado, o senador Roberto Rocha se posicionou sobre o bate-rebate entre o secretário geral do partido, ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira e o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares, candidato a senador pela agremiação. Entrevistado por um programa de Rádio, o senador foi indagado sobre o assunto que dominou as rodas políticas durante a semana. Sua resposta foi taxativa: nenhuma retificação nas palavras de Sebastião Madeira, que é secretário geral do partido, tem larga experiência política e tem toda autoridade para se manifestar sobre questões que dizem respeito ao partido. Ou seja, Roberto Rocha referenda a manifestação contundente de do ex-prefeito a respeito dos movimentos do ex-governador, deixando claro que se o apoio ostensivo à candidatura ainda improvável do deputado Eduardo Braide (PMN) continuar, o partido vai agir com firmeza.

 

Projeto de Neto Evangelista para homenagear maranhenses bem sucedidos ganharia se incluísse homenagem póstuma a Nara Almeida

Neto Evangelista poderia homenagear também Nara Almeida, que comoveu milhões de brasileiros
Neto Evangelista poderia homenagear também Nara Almeida, que comoveu milhões de brasileiros com sua coragem

Político peso pesado da nova geração, a começar pelo fato de ter sabido cuidar e incorporar o legado do pai – o ex-deputado João Evangelista -, o deputado Neto Evangelista (DEM) teve a sacada de propor à Assembleia Legislativa a concessão da Medalha do Mérito Legislativo, a maior honraria da Assembleia Legislativa, a três maranhenses que vêm se destacando no cenário nacional: o cantor Pablo Vittar, uma espécie de mutante da atualidade; a influenciadora digital Thaynara OG e o ator Rômulo Estrela, que vem se destacando como protagonista na novela “Deus Salve o Rei”, da Rede Globo.

Tudo Bem, nada contra, Mas Neto Evangelista poderia enriquecer a sua iniciativa acrescentando a concessão de homenagem póstuma à modelo Nara Almeida, uma linda maranhense que fugiu da miséria em Monção e tornou-se uma bem sucedida divulgadora de moda no Instagram, até que,  há dois anos, descobriu que tinha um câncer agressivo no estômago. De um quarto de hospital, onde viveu mais de um ano, Nara Almeida decidiu mostrar ao mundo, com coragem extrema e dignidade plena a sua guerra contra a doença, travada no dia a dia, na qual infelizmente foi vencida, aos 33 anos, no último dia 21, com o acompanhamento comovido e solidário da esmagadora maioria dos 4,6 milhões de seguidores que atraiu durante a sua luta.

Ao homenagear postumamente Nara Almeida, a iniciativa do parlamentar democrata certamente ganhará uma dimensão muito maior.

São Luís, 01 de Junho de 2018.