Arquivos mensais: dezembro 2017

Weverton consolida liderança no PDT, ganha apoio político para disputar o Senado, mas precisa de base eleitoral

 

Weverton Rocha (c), apoiado por Flávio Dino e Ciro Gomes
Weverton Rocha (c), apoiado por Flávio Dino e Ciro Gomes como candidato a senador

A semana que passou foi marcada pela intensa movimentação do deputado federal Weverton Rocha, que fechou o sábado como a maior estrela da nova geração do PDT aqui e alhures, foi aclamado seu chefe maior no Maranhão e lançado – também sem discussão – candidato do partido a senador. O grande momento em que tais situações se confirmaram aconteceu no Batuque Brasil, na presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do candidato do partido a presidente da República, Ciro Gomes, do presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), do prefeito de São Luis, Edivaldo Jr., e do governador Flávio Dino (PCdoB). Weverton Rocha cumpriu o ousado script por escrito por ele próprio com a determinação dos que sabem onde querem chegar e que fazem o possível, e às vezes o impossível, para alcançar o objetivo almejado. Sabe que o desafio maior está a caminho, que é disputar uma cadeira senatorial com pesos pesados como o senador Edison Lobão (PMDB), José Reinaldo Tavares (PSB), Eliziane Gama (PPS) e Sarney Filho (PV), e outros aspirantes de cacife menor.

Weverton Rocha terminou a semana como um dos dois candidatos ao Senado que farão parte da chapa a ser liderada pelo governador Flávio Dino. Chegou a essa condições depois de uma série de atropelos que ameaçaram colocá-lo em rota de colisão com o Palácio dos Leões, mas diante da possibilidade de sinal vermelho ao seu projeto senatorial, usou suas habilidades de político sobrevivente e reverteu a tendência, desarmou as armadilhas e deu as tacadas certas. Diante de tanta desenvoltura e capacidade de chegar cada vez mais longe demonstrada pelo chefe pedetista, o governador Flávio Dino se rendeu às evidências e deu sinal verde ao projeto. E fez participando da convenção pedetista com o mesmo entusiasmo exibido pela militância do partido que o recebeu em festa.

Não há dúvidas de que, avalizado pelo comando nacional do PDT, embalado pelo candidato presidencial do partido, acatado pelo Palácio dos Leões, Weverton Rocha tem sua candidatura politicamente viabilizada. Agora, seu desafio – gigantesco, é bom frisar – é viabilizar o seu projeto no plano eleitoral, ou seja, convencer pelo menos um 1,5 milhão de eleitores de que ele, entre os demais, é um dos nomes que deve ser mandado para a Câmara Alta. O gigantismo do desafio está no fato de que até aqui o líder pedetista tem aparecido em segundo plano nas pesquisas de opinião realizadas para medir os ânimos do eleitorado em relação aos concorrentes. Os levantamentos feitos até aqui mostram que a disputa pelas duas vagas está entre Edison Lobão, José Reinaldo, Eliziane Gama e Sarney Filho. Em nenhum deles Weverton Rocha aparece em posição de liderança.

A seu favor estão dois fatos: as eleições só ocorrerão daqui a 10 meses e a campanha para valer só será deflagrada depois da Semana Santa do ano que vem, e a campanha oficial, só em agosto. Até lá, todos os candidatos movimentar-se-ão para consolidar seus projetos eleitorais, com a possibilidade de ocorrer mudanças expressivas nas preferências do eleitorado, podendo Weverton Rocha viabilizar sua candidatura política e eleitoralmente. Terá de mergulhar no estado e percorrer todas as regiões em busca de apoio eleitoral, sem o qual suporte político que conseguiu reunir de nada valerá. O chefe pedetista sabe que haverá forças poderosas operando para atropelar sua candidatura, mas conta, além do lastro político, com a aguerrida militância do PDT, que parece renovada em torno do seu projeto.

Será uma caminhada difícil, como será a dos demais aspirantes ao Senado. O diferencial de Weverton Rocha está na sua juventude e no seu destemor político, traço que o ajudou a chegar aonde chegou.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roseana não vê problema em disputar Governo com Sarney Filho na mesma chapa ao Senado

Roseana Sarney e Sarney Filho na mesma chapa
Roseana Sarney e Sarney Filho na mesma chapa: ela ao Governo e ele ao Senado

A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) garante que não existe qualquer traço de incompatibilidade nas candidaturas dela ao Governo do Estado e a do seu irmão, o deputado federal e atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV) ao Senado. Em entrevista a um canal de informação virtual, Roseana Sarney confirmou que é candidata ao Palácio dos Leões e disse acreditar que tem todas as condições para vencer a eleição. Fez críticas leves ao governador Flávio Dino. E ao ser indagada sobre um possível conflito de interesses com o irmão ministro, Roseana Sarney disse que os dois podem perfeitamente ser candidatos na mesma chapa. Seu argumento principal é o de que os dois têm carreiras distintas e que Sarney Filho, depois de uma dezena de mandatos de deputado federal tem todo o direito de pleitear uma vaga no Senado. Independente de qualquer diferença que possa alimentar, ela disse considerar normal que os dois participem de uma chapa para disputar as eleições para dois cargos majoritários. A ex-governadora foi taxativa ao afirmar que não houve estremecimento nas relações dela com o irmão por causa das candidaturas, como foi especulado na blogosfera. Ela justificou sua candidatura assinalando que as pesquisas feitas até agora sobre sucessão estadual a trazem em boa posição”, disse.

 

Movimento das Famílias realiza nesta quinta-feira ação social no Fórum de São Luís

jujuba

Você sabe exatamente o significado de Família dentro do contexto social moderno? Já se deu conta de que aquele conceito básico de Família está mudando e se diversificando velozmente no universo da diversidade social e cultural do País? Pois é, existe uma nova realidade na qual a instituição familiar está inserida e vivenciando padrões diferentes, que trazem no seu bojo novos conflitos, a maioria dos quais envolve questões legais, que podem ser resolvidas por vias corretas se forem mediadas corretamente por profissionais do Direito.

Uma demonstração do que é possível alcançar na solução de conflitos de acordo com as regras ocorrerá em São Luís amanhã, dia 07, véspera da data em que o Brasil comemora o Dia Nacional das Famílias. Nesta quinta-feira, um grupo de advogados, juízes, promotores, defensores, cartorários e estudantes de Direito atuarão em evento cujo objetivo será exatamente demonstrar que, pela via judicial e com o auxílio de profissionais do Direito, é possível resolver conflitos familiares e, por meio dessa solução, harmonizar Famílias ameaçadas por traumas muitas vezes existentes por falta de informação.

O Dia da Família será realizado no dia 07 de Dezembro, no Fórum desembargador Sarney Costa, sob a coordenação geral da juíza Joseane de Jesus Corrêa Bezerra, titular da Vara de Direito da Família, em articulação com o Movimento das Famílias, formado por um grupo de advogados que militam na área de Direito da Família, e coordenado pelo advogado Bruno Alberto Guimarães, que tem o apoio da advogada Juliana Corrêa. O evento será iniciado às 08 horas e encerrado às 12 horas.

O movimento de quinta-feira será uma ação social do grupo com a realização de palestras com psicólogos, exposições, atos simbólicos e atendimento jurídico gratuito na área de Família a pessoas carentes, visando valorizar a categoria e desenvolver a sua qualificação. Será também oferecido um café da manhã aos jurisdicionados, com o objetivo de integralizar as Famílias e lançar a campanha pela Paz nos lares. É de salutar importância que se compreenda a complexidade que representa uma Família para que se possa pensar sobre o significado dela no contexto de uma sociedade desigual e cheia de conflitos.

São Luís, 05 de Dezembro de 2017.

Duas pesquisas e duas fortes suspeitas sobre os números que apresentam como tendências do eleitorado

 

Flávio Dino e Roseana Sarney: posições diferentes em situações parecidas
Flávio Dino e Roseana Sarney: pesquisas diferentes, números diferentes e muita polêmica na corrida ao Palácio dos Leões

A guerra pelo poder no Maranhão começou de vez, e num dos primeiros movimentos, as forças em confronto travam uma batalha que produz munição para os dois lados, mas também surge como um explosivo foco polêmica. De um lado, o Jornal Pequeno publicou na sua edição de domingo (03), com destaque, mas sem estardalhaço, pesquisa do instituto maranhense Exata, informando que, a 10 meses da eleição para o Palácio dos Leões, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem 63% das intenções de votos contra 29% da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), seguidos do senador Roberto Rocha (PSDB) e da ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (Podemos), ambos com 4%. Ontem, a agência Jakarta Publicidade, do interior de São Paulo, recebeu a imprensa no Hotel Luzeiros para divulgar os resultados de uma pesquisa feita pelo instituto Vox Populi que mostra Flávio Dino com 37% e Roseana Sarney com 35% das intenções de voto, em surpreendente situação de empate técnico, dentro da margem de erro, que é de três pontos para mais e para menos. Os dois seguidos por Eduardo Braide (PMN) com 7%, Roberto Rocha com 5%, Maura Jorge com 3%, Ricardo Murad com 2% e Eliziane Gama (PPS) com 1%.

Os números das duas pesquisas chamam atenção pela distância abissal que os separa. O Exata encontrou uma diferença de 30 pontos percentuais de Flávio Dino sobre Roseana Sarney, enquanto que no levantamento do Vox Populi essa diferença é de apenas 2%, podendo nem existir, já que está dentro da margem de erro. Alguma coisa está errada nesse confronto, pois independente dos métodos utilizados e dos “territórios” investigados, não há como sequer admitir como razoável uma diferença tão elástica como os resultados mostrados pelos dois institutos.  O eleitor minimamente informado certamente suspeitará dos dois resultados, não havendo como chegar a uma conclusão que o convença.

O instituto Exata tem um histórico respeitável de acertos nos seus levantamentos eleitores, já que nenhum resultado eleitoral recente, principalmente de disputas pelo Palácio dos Leões, contrariou números por ele apoiado e divulgados. A diferença de 30 pontos percentuais a favor de Flávio Dino em relação a Roseana Sarney chama atenção, é verdade, e também não ter incluído o deputado Eduardo Braide no levantamento, isso não é suficiente para classificar o levantamento como tendencioso nem levantar suspeita sobre a honestidade dos seus percentuais. Nesse contexto, a pesquisa informa que o governador tem 62% de aprovação, o que bate com os 63% de intenção de voto. Pelo que foi divulgado, o Exata não informou quem é o contratante, tendo divulgado apenas que a pesquisa ouviu 1.415 pessoas entre 27 de novembro e 1º de dezembro, tem margem de erro de 3,2% e que é fruto de uma parceria com o Jornal Pequeno – que não é de agora, diga-se de passagem.

Realizada no período de 10 a 28 de novembro, tendo ouvido 1007 eleitores, a pesquisa Vox Populi foi apresentada como um grande acontecimento. A imprensa foi informada que o levantamento foi encomendado pela agência Jakarta Publicidade, mas nada foi dito sobre quem, de fato, a contratou e pagou. A apresentação dos números foi feita no Hotel Luzeiros, cinco estrelas conhecido como reduto do ex-deputado Ricardo Murad. Quem fez a apresentação foi o diretor da agência, Janderson Landim, que voou de São Paulo para São Luís e contratou espaço luxuoso no hotel para exibir os igualmente surpreendentes percentuais encontrados pela pesquisa. Como que num esforço para dar credibilidade aos números, além de não informar o contratante, espalhou uma nuvem de suspeita sobre todos os institutos maranhenses, apontando-os como facciosos: “Pensamos em contratar um instituto nacional para dar maior isenção ao levantamento, pois mesmo tendo bons institutos de pesquisas no Maranhão, é sabido que os principais são ligados, de uma forma ou de outra, a grupos políticos locais. Daí que achamos mais interessante contratar o Vox Populi”, disse. Pareceu uma tentativa de minimizar a desconfiança histórica dos maranhenses com o Vox Populi, que nunca acertou uma previsão eleitoral no Maranhão.

Enquanto a pesquisa Exata funciona para turbinar o ânimo dos aliados e simpatizantes do governador Flávio Dino, que mantém a condição de franco favorito, a pesquisa Vox Populi parece destinada a tirar aliados e simpatizantes da ex-governadora Roseana Sarney da letargia em que se encontram até aqui.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lobão “ganha” duas fazendas, que ele nem sabe onde ficam

Edison Lobão avisa que será candidato à reeleição
Edison Lobão agora é apontado como fazendeiro

A revista Isto É anuncia ao mundo que o senador Edison Lobão (PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, seria dono de duas “fazendas fantasmas”, ambas na região central do Maranhão. Como as demais acusações que lhe fizeram na Operação Lava-Jato, Isto É publica uma reportagem fazendo afirmações claramente suspeitas, pois inclui ex-ministro de Minas e Energia como “dono” de duas fazendas que, juntas, formam 120 mil hectares. E se desmente logo nos parágrafos seguintes ao informar que as fazendas têm donos e que um deles seria “ligado” ao senador, ou seja, dando a entender que Edison Lobão não cometeu nenhum crime, passando de dono de tudo a alguém apenas “ligado” a um dos fazendeiros, como se isso fosse uma falta grave.

Jornalista e advogado, Edison Lobão sempre foi um homem urbano, o que torna, portanto, espantosa e pouco convincente a informação de que ele estaria envolvido em esquema de fraude fiscal ou usando as tais fazendas como biombo para transações nada republicanas. A denúncia de Isto É pode até ser verídica no que diz respeito aos seus proprietários, mas parece frouxa e suspeita em relação ao senador Edison Lobão.  Ao se ler o texto de Isto É, a impressão que se tem é a de que o senador pemedebista foi colocado ali como uma espécie de bucha de canhão para valorizar o caso. E tal denúncia chega exatamente no momento em que Edison Lobão aparece em pesquisa como um dos favoritos para uma das vagas de senador a serem disputadas em 2018. Até aqui, o senador Edison Lobão não foi sequer acusado formalmente de crimes tipificados. E não o foi porque até agora não se reuniu provas que verdadeiramente o incriminassem. Um exemplo é que a acusação que lhe foi feita por Paulo Roberto Costa, o diretor da Petrobras que comandou o esquema milionário de desvios da petrolífera, citou Edison Lobão afirmando que quando ministro de Minas e Energia ordenou que ele repassasse quantias milionárias a parceiro para a campanha eleitoral. Uma das denúncias de Paulo Roberto Costa foi afirmar que Lobão o mantou R$ 1 milhão para Roseana Sarney, mas não apresentou nenhuma prova e por isso a ex-governadora foi liberada e o imbróglio foi parar n o arquivo morto.

Não é à toa que o advogado do senador, o renomado criminalista de Brasília Antônio Carlos de Almeida Castro, declarou reiteradas vezes que nada há de contrato com o senador, o que significa que nenhuma das investigações tem a ver cm o senador maranhense.

 

 Projeto de Roberto Costa propõe destravar a cadeia sucessório na Assembleia Legislativa

Roberto Costa: projeto para destravar cadeia sucessória na AL
Roberto Costa: projeto para destravar cadeia sucessória na AL

Faz todo sentido o projeto de lei de autoria do deputado Roberto Costa (PMDB) para destravar a cadeia sucessória na Assembleia Legislativa. Na sua iniciativa, Roberto Costa propõe que, em caso de vacância no cargo de presidente da Assembleia Legislativa, o 1º vice-presidente assuma o comando da Casa sem a necessidade de o preenchimento do cargo seja feito por eleição. O projeto reza que com a ascensão do vice-presidente ao cargo de presidente, todos os demais membros da Mesa Diretora ascendem, de modo que o último titular na estrutura de comando da Casa seja eleito pelo voto ou por aclamação do plenário. Se fosse proposto pelo presidente em exercício, deputado Othelino Filho (PCdoB), que é vice-presidente, poderia ser visto como uma jogada de oportunismo, mas a proposta é do deputado pemedebista Roberto Costa, um dos parlamentares mais próximo do presidente licenciado, deputado Humberto Coutinho (PDT). O projeto de Roberto Costa simplifica imensamente o processo sucessório no Poder Legislativo, por evita uma luta fatricida pelo poder em caso de vacância, que só acontece quando o presidente titular renuncia ou perde a vida. Pelo seu histórico de político correto, o deputado Roberto Costa dificilmente tomaria tal iniciativa sem consultar o presidente Humberto Coutinho (PDT), que se encontra em Caxias sob tratamento severo de combate a um processo infeccioso.  Até onde se soube ontem, o projeto já contaria com 26 assinaturas e tudo indica que se colocado em pauta será aprovado por maioria folgada de dois terços dos deputados. Vale aguardar.

São Luís, 04 de Dezembro de 2017.

Presença de João Dória leva a direita liberal a se mostrar e assumir sua distância da esquerda no poder

 

Felipe Mussalém, João Dória e Albertino : a direita liberal e esclarecida em sintonia
Felipe Mussalém, João Dória e Albertino Leal (Fiema) : direita liberal em sintonia

A visita do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), na quinta-feira, se deu sob um clima de agitação poucas vezes causado com a presença de uma personalidade política em São Luís. Pela Capital do Maranhão têm passado líderes políticos de quilate elevado – como o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidenciável como Ciro Gomes (PDT), ministros de Estado e líderes empresariais de cacifes elevados -, mas nenhum chamou tanta atenção e causou tanto frisson no meio político e fora dele como o prefeito paulistano. A presença de João Dória fez com que segmentos ideologicamente identificados com a centro-direita, defensores, portanto, do liberalismo econômico, tendo aguçado principalmente a banda mais jovem das lideranças empresariais. E, mais do que outra coisa, revelou, com clareza, a inconformação desses extratos com a postura à esquerda do governador Flávio Dino (PCdoB).

A explicação desse tratamento de político “pop star” dado ao prefeito João Dória em São Luís está no fato de que ele, mesmo herdeiro de uma fortuna respeitável, tornou-se um empresário bem sucedido, apresentador de TV de sucesso, com empreendimentos voltados para as elites empresariais de São Paulo, de quem se tornou porta-voz durante os Governos dos presidentes Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), tendo encabeçado vários movimentos contra a esquerda, como o “Basta”, com o qual tentou mobilizar as elites e a classe média brasileira contra a violência no País durante o Governo Lula.

Um dos líderes empresariais com o viés político e ideológico dos que mais exaltaram a figura de João Dória foi o empresário Felipe Mussalém. Expressão maior da novíssima geração de empresários maranhenses, já tendo sobre os ombros o comando da Associação Comercial do Maranhão (ACM), a mais ativa organização corporativa do empresariado maranhense e, ao mesmo tempo, baluarte maior dos segmentos políticos de direita liberal e esclarecida no Maranhão, o militante corporativo aproveitou o momento para expor seu pensamento. Entusiasmado com figura de João Dória, Felipe Mussalém se manifestou nas redes sociais festejando o prefeito, fazendo, ao mesmo tempo, dura crítica ao Governo Flávio Dino ao afirmar que trazer o prefeito de São Paulo para um encontro com empresários de São Luís foi, sobretudo, um “ato de coragem contra toda a política populista que ronda o nosso Brasil”. O que ele escreveu:

“Há quem goste, há quem não. Todos temos opiniões, inclusive eu, como empresário, empreendedor e representante de classe. O que seria do mundo sem a opinião dos fortes? Receber o prefeito João Dória em nossa cidade, para um almoço empresarial é, sobretudo, um ato de coragem, contra toda a política populista que ronda nosso Brasil cheio de potencial. Isso mesmo, potencial apenas. Por um modelo de gestão pública inovador, sem amarras, que favorece a produção e incentiva a economia. Isso sim é liderança. Liderar é fazer o que é preciso e não o que pedem. Acelera de uma vez por todas Brasil!”

E para ilustrar o texto esclarecedor da sua posição política, Mussalém postou uma fotografia na qual ele e o superintendente da Federação das Indústrias do Maranhão, Albertino Leal, outra expressão da nova geração de líderes da classe produtiva maranhenses, também porta-voz da direita liberal identificada com o arcabouço ideológico da corrente que está assumindo o comando do PSDB, ladeiam entusiasticamente o prefeito João Dória. E curiosamente os três fazem o V de vitória inclinado, que significa “seguir e frente”, segundo explicou a assessoria do tucano durante a campanha pela Prefeitura de São Paulo.

A manifestação em torno de João Dória é reveladora que Felipe Mussalém sabe o que faz na seara política, e por isso parece decidido a se colocar como voz ativa dos segmentos políticos e ideológicos que representa. Um exemplo claro dessa postura foi a vinda recente a São Luis outra personalidade do mundo business de viés liberal, para conversar com o empresariado maranhense sobre a situação econômica do Brasil, o economista e palestrante Ricardo Amorim, consultor empresarial, apresentador de TV e debatedor do Programa Manhattan Connection, da Globo News, canal de TV paga que que melhor expressa no País o pensamento na direita liberal.

São eventos e manifestações que aos poucos vão desenhando o que há demais importante numa sociedade verdadeiramente democrática: pessoas e grupos assumindo suas posições políticas e ideológicas de maneira tranquila e civilizada, e dispostas a enfrentar o embate saudável das ideias, criando assim para que a grande maioria faça suas escolhas nas urnas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Incrível: Justiça manda Zé Vieira assumir prefeito de Bacabal pela quarta vez

Zé Vieira volta ao cargo por mais um período de interiniudade
Zé Vieira volta ao cargo de prefeito pela quarta vez

Em mais uma decisão liminar, a Justiça maranhense atropelou ontem, pela quinta vez, a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou o afastamento do empresário Zé Vieira (PR) do cargo de prefeito de Bacabal mediante a confirmação de que ele é ficha suja e está proibido de exercer cargo público ou concorrer a mandato eletivo por três anos. Desta vez, o desembargador Raimundo Melo desfez decisão do decano da Corte, desembargador Bayma Araújo e desmanchou a medida que determinara o afastamento de Zé Vieira do cargo.

A liminar do desembargador Raimundo Melo põe novamente em movimento uma sequência surpreendente e sem precedente de “bota-tira” na Prefeitura de Bacabal, causando nos leigos a impressão de que os integrantes do Tribunal de Justiça do Maranhão não conhecem a regras a serem invocadas para solucionar uma situação como essa. Primeiro, o STJ comunicou ao presidente do TJ, desembargador Cleones Cunha, a situação irregular do prefeito Zé Vieira e mandou afastá-lo do cargo. O presidente do TJ repassou a decisão juiz de base, que cumpriu à risca a decisão da Corte federal e mandou afastar o prefeito. Zé Vieira recorreu então ao TJ, tendo seu recurso caído na mesa do desembargador Ribamar Castro, que confirmou a decisão do juiz. Zé Vieira recorreu novamente, e seu recurso caiu no plantão noturno da desembargadora Cleonice Freire, que cassou a liminar do relator Ribamar Castro e mandou a volta de Zé Vieira. Novo recurso do Ministério Público contra a volta de Zé Vieira caiu na mesa do relator Ribamar Castro, que de novo mandou Zé Vieira para casa. Zé Vieira bateu de novo às portas do TJ contra decisão do relator Ribamar Castro, e seu recurso caiu na mesa da desembargadora Nelma Sarney, que cassou sua liminar mandou Zé Vieira de volta ao cargo. A decisão de Nelma Sarney foi questionada sob a alegação de que ela não poderia desfazer a decisão de Ribamar Castro. Criou-se um impasse, e na ausência do presidente e da vice-presidente do TJ, que poderiam resolvê-lo, o caso foi parar na mesa do decano – desembargador mais antigo – Bayma Araújo, tido por todos como um especialista em processo. Bayma Araújo não vacilou: confirmou a relatoria de Ribamar Castro e afirmou que a decisão de Nelma Sarney não valeu, mantendo assim Zé Vieira fora do cargo. O imbróglio parecia solucionado, mas com especialização em recursos judiciais, Zé Vieira voltou ao TJ, e ontem o desembargador Raimundo Melo entrou no script e surpreendeu meio mundo ao desautorizar o decano Bayma Araújo, colocar o relator Ribamar Castro de escanteio, confirmar a decisão de Nelma Sarney e mandar Zé Vieira de volta ao cargo. É óbvio até para os leigos que a liminar do desembargador Raimundo Melo tem por base um argumento precaríssimo, e por isso ninguém duvida que uma sexta liminar esteja a caminho.

Nada parecido aconteceu no Tribunal de Justiça do Maranhão nos últimos tempos. Vale, portanto, aguardar os desdobramentos.

 

PDT se reúne hoje para mostrar força e consolidar a liderança de Weverton Rocha

Weverton Rocha: construindo base política à sua candidatura
Weverton Rocha: será confirmado hoje líder do PDT e candidato ao Senado

O deputado federal Weverton Rocha sairá da convenção do PDT, que será realizada hoje à tarde, na casa de espetáculos Batuque Brasil, como o grande líder do partido, com duas tarefas só reservadas aos grandes chefes: será aclamado presidente do partido e confirmado como seu candidato ao senado nas eleições do ano que vem. A convenção pedetista de hoje não será um evento qualquer. Para começar, contará com a presença do presidenciável do partido, Ciro Gomes, o presidente nacional, Carlos Lupi, e o principal aliado, o governador Flávio Dino (PCdoB) e todo o seu staf político, além de outra grande estrela do neobrizolismo em plena ascensão, o prefeito de São Luís, Edivaldo Jr..

Além de cumprir a regra regimental de eleger seus dirigentes e traçar metas, a convenção de hoje do PDT tem dois objetivos básicos: mostrar que o partido está forte e unido em torno de um projeto de poder, e confirmar e consolidar o deputado Weverton Rocha como o seu grande líder, demonstrando que ele é capaz de levar o partido a um futuro promissor. Se a convenção chegar ao final com esses objetivos alcançados, ou pelo menos bem encaminhados, poder-se-á dizer que o partido fundado e liderado por Jackson Lago e Neiva Moreira ganha vida nova no Maranhão.

São Luís, 01 de Dezembro de 2017.

Declarações de Dória selam rompimento do PSDB com Dino e confirmam candidatura de Rocha

 

João Dória não vê PSDB junto com PCdoB e PT no Maranhão
João Dória não vê PSDB junto com PCdoB e PT no Maranhão e elogia candidatura de Roberto Rocha

O braço maranhense do PSDB não vai mesmo participar da aliança liderada pelo PCdoB; vai, sim, participar da corrida às urnas com candidato próprio ao Governo do Estado, o senador Roberto Rocha. Isso significa dizer que o PSDB do Maranhão não será comandado pelo vice-governador Carlos Brandão, mas pelo senador Roberto Rocha e pelo ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira. Esse cenário, que já estava desenhado, foi confirmado ontem por ninguém menos que o prefeito de São Paulo, João Dória, hoje uma das vozes mais influentes do tucanato nacional, durante visita a São Luís. Ele foi claro e taxativo ao afirmar que o PSDB rompeu com a linha de centro-esquerda para assumir em definitivo o liberalismo, que é a sua verdadeira identidade. João Dória revelou que vem acompanhando a situação do PSDB no Maranhão e disse que não vê o partido caminhando com PCdoB e PT.

“Eu estou acompanhando, evidentemente eu não quero aqui emitir opiniões, nem influenciar decisões do PSDB ou da política maranhense. Aqui nós temos gente de estatura, de conhecimento, de vida, de biografia e eu respeito muito, mas eu não vejo o PSDB caminhando aqui com esquerda, com o Partido Comunista do Brasil, com o PT. Não estou desrespeitando o pensamento da esquerda, da extrema esquerda, mas esse não é o sentimento do PSDB”, disse o prefeito paulistano em entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, comandado pelo radialista Roberto Fernandes, e, mais tarde, no escritório político do senador Roberto Rocha.

As declarações do prefeito João Dória sepultaram de vez a possibilidade de o vice-governador Carlos Brandão retomar p comando do ninho dos tucanos no Maranhão e alinhá-lo novamente às forças comandadas pelo governador Flávio Dino. Pelo João Dória expôs, o PSDB vai tentar construir uma aliança partidária que dê suporte à candidatura do senador Roberto Rocha ao Governo do Estado e abra caminho para o candidato presidencial do partido, que deve ser o governador paulista Geraldo Alckmin, no Maranhão.  “Eu tenho certeza que o senador Roberto Rocha e outras grandes lideranças do PSDB saberão compreender isso, interpretar isso, como, aliás, tem feito e acredito que uma boa frente, uma frente ampla no Maranhão possa defender essa posição e juntos marchar para oferecer uma condição e opções melhores para o estado do Maranhão”, assinalou, eliminando qualquer possibilidade de manter os tucanos na esfera das forças lideradas pelo governador Flávio Dino.

No escritório político de Roberto Rocha – de acordo com o alentado registro feito pelo sempre bem informado jornalista Aquiles Emir -, a mais nova estrela do tucanato nacional fez um discurso mais partidário, dirigido à militância, com o objetivo de injetar gás e embalar o projeto eleitoral do senador, lembrando que começou sai campanha em São Paulo com 2% das intenções de voto, concorrendo o prefeito Fernando Haddad (PT), duas ex-prefeitas, Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSB) e o deputado federal mais votado do Brasil, Celso Russomano (PR), e venceu a eleição no primeiro turno com 53% dos votos. E deu a Roberto Rocha a receita para ganhar a opinião pública: “Falar a verdade, olhando no olho do eleitor”.

Diante desses fatos, ninguém duvida que o vice-governador Carlos Brandão não terá outro caminho que não de migrar para outro partido, mas cobrando um preço: a companhia de pelo menos 15 dos 29 prefeitos eleitos pelo partido em 2016. É claro que o tucanato não aceitará passivamente essa forte desidratação e deve reagir para manter os prefeitos no partido. Só que nessa peleja o peso do Palácio dos Leões deve assegurar a migração desses mandatários para partidos que integram a aliança governista, principalmente para o PDT, PSB e PTB. Essa configuração político-partidária só começará a ser desenhada após a convenção nacional do PSDB, no dia 09, com a entronização de Geraldo Alckmin no comando do tucanato e a tomada de medidas formais para definir o futuro do partido no Maranhão.

O porvir no ninho maranhense foi antecipado pelo prefeito João Dória, e suas declarações foram cuidadosamente anotadas pelo no Palácio dos Leões e no Palácio Henrique de la Rocque.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Michel Temer promete a prefeitos e senadores sancionar a MP dos royalties da mineração

Michel Temer posa com senadores e prefeitos em audiência no Palácio do Planalto
Michel Temer posa com senadores e prefeitos em audiência no Palácio do Planalto

Os municípios maranhenses afetados pelo transporte de minério de ferro, cujas populações sofrem graves consequências por respirarem o “pó de ferro”, serão beneficiados com uma fatia dos royalties gerados pela comercialização do metal. A garantia foi dada aos prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal Multimodal (CIM) e aos senadores Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSDB), na tarde de quarta-feira, no Palácio do Planalto, pelo presidente Michel Temer (PMDB). Ele comunicou ao grupo que vai sancionar a Medida Provisória  789/2017, tão logo ela seja transformada em lei pelas Casas do Congresso Nacional. A medida alcançará todos os municípios brasileiros afetados pelo transporte de minério de ferro. Participaram da reunião com o presidente da República os senadores Aécio neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSDB), representando os muitos municípios de Minas Gerais atingidos pelo problema, e Flexa Ribeiro (PSDB), em nome dos municípios do Pará, além dos deputados Hildo Rocha (PMDB) e Deoclídes Macedo (PDT).  A presidente do CIM, prefeita Karla Batista (PSDB), de Vila Nova dos Martírios declarou que o presidente Michel temer “confessou que estava sofrendo pressão das mineradoras para vetar a MP, mas que, atendendo ao nosso pedido, ele vai sancionar a Medida Provisória. Nós, prefeitos, conversamos com ele e explicamos a necessidade e a importância da MP 789 para os nossos municípios. Então, ele ficou sensibilizado quando ouviu os senadores e os prefeitos e decidiu enfrentar as pressões e sancionar a Lei que resultar da aprovação da MP 789/2017 pelo Congresso Nacional. Antes de chegar ao Senado, o grupo esteve na Câmara Federal, onde, acompanhado pelos deputados federais André Fufuca (PP), Weverton Rocha (PDT), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e Juscelino Filho (DEM), foi recebido pelo presidente Rodrigo Maia (DEM), que prometeu colocar o projeto em pauta e pedir apoio para sua aprovação.

Liderada pela presidente do CIM, Karla Batista, a comitiva foi formada pelos prefeitos Sydnei Pereira (Anajatuba), Djalma Melo (Arari), Fernando Coelho (Bom Jesus das Selvas), José Gomes (Buriticupu), José Almeida de Sousa (Igarapé do Meio), Miguel Lauande (Itapecuru Mirim), Eduardo Belford (Miranda do Norte), Henrique Salgado (Pindaré Mirim), Vianey Bringel (Santa Inês), Adão Carneiro (São Francisco do Brejão), Gilsimar Ferreira Pereira (São Pedro da Água Branca), Vildimar Ricardo (Tufilândia), Didima Coelho (Vitória do Mearim) e Eliel Muniz Maciel (vice-prefeito Tufilândia).

 

Edivaldo Holanda será confirmado líder máximo do PTC no Maranhão

Edivaldo Holanda: único representante e líder máximo do PTC
Edivaldo Holanda: único representante e líder máximo do PTC no Maranhão

O deputado estadual Edivaldo Holanda será confirmado hoje como líder inconteste do Partido Trabalhista Cristão (PTC) no Maranhão. A confirmação será feita em convenção a ser realizada à tarde, no Hotel Abville, no São Francisco. Agremiação modesta, que tem apenas um deputado estadual e alguns vereadores no Maranhão, o PTC integra o grupo de partidos de viés religioso que formam a grande “bancada evangélica” no Congresso Nacional. Hoje bem menos importante, o PTC fez história no Maranhão. Primeiro porque seu único deputado federal eleito em todo o País, em 2006, foi Edivaldo Holanda Jr.; depois, em 2012, o deputado federal Edivaldo Jr. foi eleito o único prefeito do PTC em todo o País, o que o tornou uma celebridade também por esse dado. O PTC, porém, não conseguiu “segurar” o prefeito de São Luís, que por uma forte conveniência politica, viu-se obrigado a migrar para o PDT, por conta das eleições de 2016. Edivaldo Jr. saiu, mas deixou o pai, Edivaldo Holanda, eleito deputado estadual em 2014 depois de vários anos afastado, no comando do partido, transformando-o numa espécie de reserva partidária para o caso de alguma necessidade extrema. Até lá, o PTC no Maranhão continuará comandado pelo deputado Edivaldo Holanda.

 

São Luís, 30 de Novembro de 2017.