Arquivos mensais: novembro 2020

Candidatos a prefeito de São Luís entram na reta final de uma disputa de desfecho incerto

 

Eduardo Braide, Duarte Jr., Neto Evangelista e Rubens Jr. entram na reta final dispostos a chegar no 2º turno

Começa neste Domingo a etapa decisiva da corrida à Prefeitura de São Luís. E a julgar pelo cenário desenhado pela pesquisa Ibope divulgada na Sexta-Feira (06) pela TV Mirante,  a medição de força entre Eduardo Braide (Podemos), Duarte Jr. (Republicanos), Neto Evangelista (DEM), Rubens Jr. (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moises (PROS), Franklin Douglas (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Silvio Antônio (PRTB), indica, como já previsto, que o embate final envolverá os três primeiros, com uma possibilidade remota de incluir o quarto nome. Como qualquer outro momento de decisão, será uma semana de esforços concentrados, enfrentamentos, estocadas, caneladas e tudo o que é comum em decisões dessa natureza. Primeiro porque o vencedor comandará a Capital, que é também o maior, mais rico, mais influente e politicamente mais importante município do Maranhão. E depois, porque o prefeito a ser eleito terá papel importante nos embates políticos marcados para 2022.

A julgar pelo andamento da campanha até aqui, a menos que haja uma reviravolta surpreendente, os quatro candidatos mais bem situados trabalham com um cenário de dois turnos. E com base nesse mesmo movimento, o ambiente está sendo dominado pela certeza de que Eduardo Braide já é nome certo para o segundo turno, estando a segunda vaga sendo disputada por Duarte Jr., Neto Evangelista e, dentro daquela margem de imprevisibilidade das decisões políticas e eleitorais, por Rubens Jr.. Outros levantamentos muito provavelmente mostrarão os quatro candidatos mais fortes posicionados na mesma ordem, mas eventualmente com números diferentes, o que não alterará muito o cenário da disputa na segunda volta.

A pesquisa do Ibope desenhou o pior dos cenários para Eduardo Braide. Uma variação de percentual até dentro da margem de erro pode ser digerida, mas uma queda de oito pontos percentuais num intervalo tão reduzido certamente indica que alguma coisa importante não está indo bem. Político frio, que usa o realismo e não a emoção como ferramenta, Eduardo Braide certamente está investigando cuidadosamente o cenário para ajustar o que eventualmente estiver desajustado. Sabe que se essa tendência de queda permanecer, sua candidatura estará sob risco.

No contraponto, o candidato Duarte Jr. foi contemplado na pesquisa com o melhor dos cenários: 22% de intenções de voto e 14 pontos percentuais atrás do líder. E num exercício com a margem de erro de três pontos percentuais, essa diferença pode ser bem menor. Segundo colocado e embalado por uma tendência de alta, Duarte Jr. tem duas frentes de batalha nesta semana. A primeira é tentar turbinar sua campanha para reforçar essa situação favorável nesse momento decisivo. E a segunda será segurar a onda porque será o alvo preferencial dos seus adversários.

Neto Evangelista e Rubens Jr. entram na reta final obrigados a jogar todos os seus trunfos para reverter o cenário desfavorável mostrado pela pesquisa Ibope. O candidato do DEM conta com o suporte da militância do PDT, liderada pelo senador Weverton Rocha, e tem o desafio nada fácil de ultrapassar e deixar para trás o candidato Duarte Jr. para chegar ao segundo turno e enfrentar  Eduardo Braide. O desafio de Rubens Jr. é bem maior, já que para chegar ao segundo turno ele terá de “atropelar” Neto Evangelista e Duarte Jr., que estão à sua frente. Para chegar lá, ele conta com o apoio já declarado do governador Flávio Dino, que é, de longe, o seu principal trunfo, e que deve jogar todo o peso do seu prestígio para embalá-lo.

Como se vê, mesmo com tendências evidenciadas, a corrida para a Prefeitura de São Luís entra na sua reta final claramente indefinida, num cenário que sugere que tudo pode acontecer nos próximos sete dias.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Pesquisa Exata/TV Difusora mostra cenário com empate entre Duarte Jr. e Neto Evangelista

A TV Difusora divulgou ontem pesquisa do instituto Exata com os seguintes números: Eduardo Braide lidera com 36%, seguido de Duarte Jr. e Neto Evangelista empatados com 16% cada. Na sequência aparecem Rubens Jr. com 7%, Bira do Pindaré com 3%, Jeisael Marx com 2% e Silvio Antônio e Yglésio Moyses com 1%. Franklin Douglas e Hertz Dias não pontuaram. Uma fatia de 9% do eleitorado disse que não votaria em nenhum ou anulará o voto, e também 9% que não souberam ou não quiseram responder. O Exata ouviu mil eleitores no período de 04 a 06 de Novembro, tem margem de erro de 2,78%, intervalo de confiança de 95% e está registrada no TSE com o número MA-06457/2020.

A pesquisa Exata tem números muito parecidos com a do Ibope, mostrando o mesmo percentual para Eduardo Braide. Chama a atenção o empate entre Duarte Jr. e Neto Evangelista, cenário encontrado há alguns dias pela pesquisa DataM. Esse empate, que pode ser verdadeiro, dá consistência à tendência de que a segunda vaga no segundo turno deve ser mesmo definida num embate de “vida ou morte” entre o candidato do Republicanos e seu adversário do DEM, que há alguns dias vêm trocando caneladas indiretas no programa eleitoral.

Os números da Exata também descartam a possibilidade de turno único, confirmam a perda de peso do líder e a tendência de embate entre Duarte Jr. e Neto Evangelista, sem descartar a presença de Rubens Jr. na disputa, ainda que numa posição bem mais complicada.

 

Othelino Neto cumpre agenda intensa na corrida às prefeituras e câmaras municipais

Othelino Neto com mulher Ana Paula em Pinheiro e com aliados em Vargem Grande, Carolina e Presidente Sarney

Há cerca de um mês, a Coluna chamou a atenção para um movimento no contexto dessa campanha eleitoral, protagonizado pelo deputado Othelino Neto (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa. O que em princípio pareceu uma ação normal de deputado em busca de manter ou reforçar suas bases com a eleição de prefeitos e vereadores aliados, a agenda de Othelino Neto vem ganhando dimensão bem maior e diferenciada. O presidente da Assembleia Legislativa está apoiando cerca de 40 candidaturas em todas as regiões do estado e participando ativamente de comícios, caminhadas, carreatas, numa maratona frenética. A julgar pela sua movimentação, o deputado Othelino Neto pode sair desse processo politicamente cacifado para sentar na mesa em que serão tomadas as decisões para 2022 no âmbito da grande aliança comandada pelo governador Flávio Dino.

Seu mais importante investimento político é a candidatura da sua mulher, Ana Paula Lobato (PDT) como vice na chapa do prefeito Luciano Genésio (PP), que concorre como franco favorito à reeleição em Pinheiro. Os demais candidatos que apoia são líderes políticos nos seus municípios, com amplas chances de vitória nas urnas. Se isso acontecer, o deputado do PCdoB, que ganhou muita força política nos últimos tempos como presidente do Poder Legislativo, redimensionará o seu tamanho político e entrará definitivamente para o time que, sob o comando do governador Flávio Dino, dará as cartas nas montagens para 2022.

Ao longo das últimas semanas, o deputado estadual Othelino Neto vem cumprindo uma maratona de viagens ao interior, apoiando aliados na corrida a dezenas de prefeituras, como Marco Aurélio (PCdoB) em Imperatriz, Dr. Amilcar (PCdoB) em Barreirinhas, Lamarck (DEM) em Maracaçumé, Gilmar Barros (DEM) em Carolina, Galego Mota (Solidariedade) em Dom Pedro, Carlinhos Barros (PCdoB) em Vargem Grande, Doutor Airton (Solidariedade) em Carutapera, Costa Júnior (PCdoB) em Magalhães de Almeida, Geraldo Azevedo (PCdoB) em Olho D`Água das Cunhãs, Heliezer do Povo (PCdoB) em Peri Mirim, Renan Damasceno (PTB) em Viana, Zé Farias (PDT) em Brejo, William Pinheiro (PCdoB) em Araguanã, Flávio Furtado (PDT) em Duque Bacelar, Raimundo Lídio (Republicanos) em Paulino Neves,  Zezildo Almeida (PTB) em Santa Helena, Antônio Borba (Patriotas) em Timbira, Felipe dos Pneus (Republicanos) em Santa Inês, Valéria Castro (PCdoB) em Presidente Sarney,  Paulo Curió (PTB) em Turilândia, Toca Serra (PCdoB) em Pedro do Rosário, Raimundo Silveira (PROS) em Parnarama, Antônio Diniz (PDT) em Bequimão, Antônio Borba (Patriotas) em Timbiras, Doutor Amilcar (PCdoB) em Barreirinhas, Marinaldo do Gesso (PDT) em Grajaú e Edvan Brandão (PDT) em Bacabal, entre muitos outros.

Aos 45 anos e uma carreira até aqui muito bem-sucedida, o deputado Othelino Neto se movimenta com a segurança de um político tarimbado, que conhece o tabuleiro, e tem consciência dos seus limites.

São Luís, 08 de Novembro de 2020.

Ibope: Braide cai e Duarte Jr. e Neto avançam tornando imprevisível a disputa em São Luís

 

De olho em Eduardo Braide, Duarte Júnior, Neto Evangelista e Rubens Júnior travam uma disputa dura 

Realizada nas últimas 72 horas, desenhando, portanto, um cenário muito próximo da realidade, a pesquisa Ibope/TV Mirante divulgada ontem mostra uma mudança radical nas posições de duas semanas atrás. Eduardo Braide (Podemos) aparece liderando com 36% das intenções de voto, mas oito pontos percentuais mais magro do que na pesquisa do dia 23 de Outubro, enquanto seu principal adversário até aqui, Duarte Júnior (Republicanos) é o segundo com 22%, seguido de Neto Evangelista (DEM) com 16%. Rubens Júnior (PCdoB) recebeu 6%, mantendo a mesma posição em relação à pesquisa de duas semanas atrás, mas numa situação complicada, à medida que, com 5%, o que significa empate técnico, Bira do Pindaré (PSB) o ameaça seriamente.  Os demais candidatos permanecem nos patamares da pesquisa anterior: Jeisael Marx (Rede) com 2% e Yglésio Moyses, Franklin Douglas, Hertz Dias e Silvio Antônio com 1% cada. A pesquisa foi registrada sob o número MA‐01947/2020, ouviu 805 eleitores, entre os dias 4 a 6 de Novembro, tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

Pelos números do Ibope, a corrida para a Prefeitura de São Luís entrou num processo em que, à princípio, haverá um segundo turno entre Eduardo Braide e Duarte Júnior. Mas quando se avalia esse cenário colocando nele Neto Evangelista e Rubens Júnior, a prudência recomenda que na semana que resta de campanha, muitas situações podem ser desenhadas. Isso porque os pontos perdidos pelo candidato do Podemos migraram para Duarte Júnior, que subiu de 19% para 22%, para Neto Evangelista que foi de 14% para 16%, e para Bira do Pindaré, que evoluiu de 3% para 5%. Chama ainda a atenção o fato de que, segundo o Ibope, somente 3% pretendem anular o voto e outros 3% estão indecisos. Isso significa dizer que se houver mudanças daqui para a frente, essas se darão com ganhos e perdas entre os candidatos.

A pesquisa trouxe um recado claro, direto e decisivo: a possibilidade de definição em turno único foi mandada para o espaço. Esse dado obriga Eduardo Braide a jogar pesado para estancar a sangria e chegar ao segundo turno o mais forte possível. Isso porque, se até uma semana atrás era necessário juntar os votos de todos os demais candidatos para ultrapassar o patamar de Eduardo Braide, o Ibope trouxe a informação de que somente a soma dos percentuais de Duarte Júnior e de neto Evangelista totaliza 38 pontos percentuais, o suficiente para ultrapassar com folga o candidato do Podemos. A julgar pelas forças envolvidas e o poder de fogo dos demais candidatos, Eduardo Braide corre o risco de emagrecer.

Além do risco de um emagrecimento mais intenso, Eduardo Braide tem um problema bem maior do que chegar no segundo turno, já tendo o seu passaporte praticamente carimbado. O problema se chama Duarte Júnior. Não há dúvida de que se o oponente no segundo turno for Neto Evangelista, este será um candidato forte, com bom discurso e porque certamente mobilizará todas as forças da aliança liderada pelo governador Flávio Dino. O mesmo acontecerá se o adversário for Rubens Júnior. Mas se Eduardo Braide tiver de enfrentar Duarte Júnior, São Luís assistirá a um combate duro e difícil. Para começar, vale lembrar que, sozinho e contrariando pressões e previsões, o candidato do Republicanos saiu das urnas com quase 50 mil votos em São Luís para deputado estadual em 2018. A mesma observação vela para Eduardo Braide, que depois da derrota de 2016, recebeu, numa campanha solitária, mais de 140 mil votos ludovicenses para a Câmara Federal, com quase nenhuma base de apoio. Traduzindo: Eduardo Braide e Duarte Júnior funcionam mais atuando sozinhos do que embalados por megaestruturas políticas. São, no fundo, outsiders, cada um a seu modo.

Finalmente, a pesquisa Ibope mais uma vez funciona como baliza de uma corrida para a Prefeitura de São Luís. E suas informações numéricas indicam que há ainda espaço para fortes mudanças nas posições dos candidatos, o que torna a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) rigorosamente imprevisível.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Weverton Rocha reage com críticas duras à pesquisa do Ibope

Weverton Rocha

Vários candidatos à Prefeitura de São Luís contestaram fortemente a pesquisa Ibope/TV Mirante divulgada ontem. Mas a manifestação mais ostensiva foi a do senador Weverton Rocha, presidente regional do PDT e principal articulador da aliança partidária que embala a candidatura de Neto Evangelista (DEM). O senador foi enfático ao afirmar que a pesquisa é um engodo e que o instituto será desmoralizado quando as urnas falarem. A reação não surpreendeu e faz parte do jogo político e eleitoral. De fato, o histórico do Ibope no Maranhão tem algumas manchas, mas também muitos acertos, e não dá para simplesmente atacá-lo. O instituto já não é exclusivo da Globo, mas ainda é referência e alimenta uma certa mística. Os lances finais da campanha e a eleição, que é o que de fato interessa, vão falar a realidade e, enfim, dizer quem tem razão.

 

Candidato do PRTB, Silvio Antônio exalta Bolsonaro e ignora Mourão

Silvio Antônio exalta  Bolsonaro

Alguma coisa está errada na campanha de Silvio Antônio, candidato do PRTB à Prefeitura de São Luís. Ele afirmar ser independente, mas não perde a oportunidade de demonstrar seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao mesmo tempo em que mantém silêncio em relação ao vice-presidente Hamilton Mourão, a maior estrela do seu partido, com quem já fez foto para material de campanha. Ele parece não haver ainda percebido que o seu quase humilhante último lugar se deve exatamente ao fato de não ser um político militante e por causa das suas ligações com o presidente da República. Assumindo sua condição de direita e defensor da família, o candidato do PRTB acha mesmo que pode ser eleito prefeito da Capital.

São Luís, 07 de Novembro de 2020.

Debate da TV Guará consolidou clima de disputa acirrada entre Braide, Evangelista, Duarte Jr. e Rubens Jr.

 

O debate na TV Guará foi de longe o melhor em matéria de apresentação e defesa de propostas, e com momentos de discussão política, mas dentro de um nível elevado

Se não aconteceram os esperados duelos de vida ou morte entre Eduardo Braide (Podemos), Duarte Júnior (Republicanos), Neto Evangelista (DEM) e Rubens Júnior (PCdoB), como muitos aguardavam, o debate entre os 10 candidatos à Prefeitura de São Luís realizado ontem pela TV Guará foi, de longe, o mais completo na abordagem sobre a cidade e seus problemas. Durante quase três horas, eles mostraram que estão preparados, assim como Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moises (PROS), Franklin Douglas (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Sílvio Antônio (PRTB), que tiveram participações altamente positivas. Todos os candidatos mostraram que têm compreensão macro e detalhada do que é hoje cidade de São Luís, sabem das dificuldades que aterrissarão na mesa do próximo ocupante do gabinete principal do Palácio de la Ravardière e dos principais desafios a serem encarados por sua administração, notadamente nos campos da Saúde, da Educação, da Mobilidade, da Infraestrutura e das Finanças. O debate também permitiu um bom embate político, com provocações e reações que acabaram por expor com clareza os vieses partidários dos concorrentes, bem como os seus campos de atuação.

O debate foi tão equilibrado que não seria justo apontar um vencedor. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Eduardo Braide foi fustigado por todos que tiveram chance de provocá-lo, mas nenhum dos petardos o atingiu fortemente, o que lhe permitiu defender-se sem maiores esforços e aproveitar os espaços para apresentar e defender suas propostas, sem apresentar qualquer novidade além do que já apresentou durante a campanha. Na mesma linha, Duarte Júnior não deixou passar em branco nenhum segundo dos tempos que lhe foram dados, falando com habilidade, mostrando-se como um realizador e reafirmando ser possível colocar em prática propostas que seus oponentes apontam como inviáveis. E como sempre usou Procon e Viva Cidadão como referências. Reagiu no mesmo tom a todas as estocadas que lhe foram endereçadas, e que não foram poucas. Como Eduardo Braide, saiu como entrou.

Neto Evangelista foi eficientes nas suas intervenções, defendendo propostas que ele definiu como realistas e reafirmando o compromisso de “não fazer proposta mirabolantes”. Foi provocado por Duarte Júnior em relação ao mal-amado VLT comprado pelo prefeito João Castelo, mas rebateu mostrando que nada teve a ver com o caso. Manteve o discurso de gestor produtivo, lembrando as ações que comandou no Governo Flávio Dino, como a expansão do programa dos restaurantes Populares. Por sua vez, Rubens Júnior também teve desempenho positivo, com um discurso firme, associando gestão pública com posição política. Ao contrário da maioria dos outros candidatos, mostrou suas realizações como secretário das Cidades em São Luís, mas também enfatizou sua posição política e partidária como parte do grupo liderado pelo governador Flávio Dino e com o apoio do ex-presidente Lula, ainda líderes da sua base de apoio, como a senadora Eliziane Gama (Cidadania). “Eu não escondo meus aliados”, provocou.

Bira do Pindaré teve bom desempenho, se mostrou um candidato antenado com a cidade, mas focado em temas de natureza social, como mulher, raça, minorias, mas também com propostas ousadas em várias áreas, como o bilhete único para o transporte coletivo. Jeisael Marx mostrou mais uma vez uma ampla compreensão dos problemas que afetam São Luís e apresentou propostas racionais para diversos deles, e não demonstrou interesse no embate político. Yglésio Moises mais uma vez chamou a atenção pela sua inteligência espantosa inteligência e pela honestidade com que abordou todos os temas que lhe foram propostos. Dedicou parte do seu tempo a fazer contas para mostrar que outras propostas não faziam sentido e deu um “banho” no item Saúde.

Franklin Douglas se consolidou como o grande provocador dessa campanha. Não perdeu uma só oportunidade de estocar duramente os oponentes, usando argumentos diversos, todos baseados na lógica, para apontar incoerência nos seus discursos. Já Hertz Dias manteve inalterado o seu discurso de inimigo ranzinza do capitalismo, anunciando, por exemplo, que estatizará o serviço de transporte coletivo e avisando que, se eleito, quem vai dar as cartas serão os conselhos populares que criará. E finalmente Sílvio Antônio, que não deu qualquer contribuição para o debate, a começar pelo fato de que tem uma visão muito limitada dos problemas de São Luís.

Qualquer avaliação despida de engajamento político sobre o debate de ontem da TV Guará certamente confirmará a impressão, agora mais forte ainda, de que São Luís nunca teve uma safra de candidatos tão bem articulados e capacitados para comandar a máquina administrativa da Capital.

Em Tempo: vale registrar o formato e a perfeita organização do debate pela equipe da TV Guará, além da eficiente condução do jornalista Hugo Reis.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Candidatos reafirmaram posições políticas e ideológicas

Se algum candidato foi para o debate da TV Guará com o objetivo de partidarizar ou ideologizar a disputa para a Prefeitura de São Luís, este certamente não foi bem-sucedido. Mesmo assim, o debate teve momentos políticos interessantes, que vale a pena registrá-los.

Primeiro, sem muito esforço, alguns candidatos tentaram colar a pecha de bolsonarista em Eduardo Braide, Duarte Júnior e Neto Evangelista, por causa dos seus partidos – Podemos, Republicanos e DEM. Não colou, tanto que não foi preciso que eles fizessem muito esforço para rebater o petardo.

Rubens Júnior, Franklin Douglas e Hertz Dias manifestaram-se orgulhosos dos seus partidos e aliados. O primeiro destacou o peso do seu partido e dos seus aliados, como o PT e o Cidadania, e festejou, como vem fazendo, a condição de candidato do governador Flávio Dino e do ex-presidente Lula (PT), fazendo declarações enfáticas nesse sentido. O segundo também exaltou seu partido e reafirmou com orgulho a aliança que o PSOL tem com o PCB e a UD, que para ele forma “a verdadeira esquerda” no Maranhão. E o terceiro exaltou seu partido e recitou postulados clássicos e já superados postulados de uma esquerda que na realidade não existe mais.

Bira do Pindaré acusou o golpe sobre sua posição difícil nas pesquisas mais recentes. Sua reação nesse sentido foi menosprezar os levantamentos, insinuar que eles não são sérios e dizer ao eleitor que “pesquisa não ganha eleição”, para acrescentar: “Quem decide eleição é o seu voto”.

E a manifestação ideológica e partidária mais enfática partiu do candidato Sílvio Antônio, que se declarou “de direita, conservador e defensor da família”, e fez um discurso forte defendendo o presidente Jair Bolsonaro, mas não citou o maior nome do seu PRTB, o vice-presidente Hamilton Mourão.

 

Imperatriz: Marco Aurélio lidera com Assis Ramos e Ildon Marques empatados em segundo

Segundo a Econométrica, Marco Aurélio lidera é seguido por Assis Ramos, Ildon Marques, Sebastião Madeira e Mariana Carvalho na corrida sucessória em Imperatriz

Pesquisa Econométrica jogou finalmente luzes sobre a corrida para a Prefeitura de Imperatriz, que passou quase duas semanas na base do disse-me-disse alimentado pelos 11 candidatos a prefeito e seus porta-vozes e apoiadores. Ali, segundo a pesquisa, a disputa está se dando entre quatro candidatos politicamente fortes. O deputado Marco Aurélio (PCdoB) lidera com 27,8% das intenções de voto, seguido do prefeito Assis Ramos (DEM) com 21% e dos ex-prefeitos Ildon Marques (PP) com 20,2% e Sebastião Madeira com 12,1%. A vantagem de Marco Aurélio encontrada pela Econométrica é sólida, mesmo que tecnicamente ela esteja dentro da margem de erro.

A julgar pelos números levantados pela Econométrica, entre os demais sete candidatos, a candidata do PSC, Mariana Carvalho, a única mulher entre os postulantes, se destaca como a grande novidade da disputa, ainda que suas chances sejam mínimas. Ela aparece com 5,1%, à frente de Daniel Fiim (Podemos) com 3,6%, Pastor Daniel Vieira (PRTB) com 1,3%, Aluízio Melo (PSOL), Manoel Garimpeiro (PMB) e Sandro Ricardo (PCB) os três com 1%.

A distribuição das intenções de voto produziu um detalhe decisivo: apenas 3,8% eleitores com intenção de votar nulo, e somente 4,4% indecisos. Isso significa dizer que o eleitorado de Imperatriz. E como o levantamento foi realizado entre os dias 27 e 29 de Outubro, data da visita do presidente Jair Bolsonaro à cidade, os números sinalizam que o “Fator Bolsonaro” não influenciou o resultado.

Esse cenário inclui a candidatura do ex-prefeito Ildon Marques, que de acordo com a Justiça, não poderia se candidatar. Ele recorreu de decisão nesse sentido, mas até agora não se tem notícia da resposta da Justiça ao seu recurso. O fato de ter recorrido lhe assegura permanência na disputa. Se o recurso for acatado, ele poderá ser votado, mas se for negado, ele terá de sair da corrida. E aí ninguém sabe para onde seus eleitores migrarão.

Em Tempo: A pesquisa Econométrica ouviu 605 eleitores entre os dias 27 e 29 de Outubro, tem intervalo de confiança de 95%, margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número MA-01182/2020.

São Luís, 06 de Novembro de 2020.

Rubens Jr., Neto Evangelista e Duarte Jr. travam guerra de tudo ou nada por vaga no 2º turno

 

De olho em Eduardo Braide, Duarte Júnior, Neto Evangelista e Rubens Júnior travam uma disputa dura por vaga no segundo turno da corrida em São Luís

Às vésperas da eleição para a Prefeitura de São Luís, os quatro candidatos com mais cacife para se dar bem nas urnas deram guinadas radicais nas suas campanhas, indicando que cada um aposta na possibilidade de ser o escolhido pela maioria do eleitorado. Pressionados pelos números de várias pesquisas, todas indicando a impossibilidade de definição no primeiro turno e avisando que o desfecho se dará no segundo turno, Eduardo Braide (Podemos) vem se desdobrando para manter a liderança e não cometer erros, enquanto, Neto Evangelista (DEM), Duarte Júnior (Republicamos) e Rubens Júnior (PCdoB) travam uma guerra não declarada, com mudanças radicais na forma e no conteúdo das suas campanhas. Isso ocorre ao mesmo tempo em que Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moises (PROS), Franklin Douglas (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Silvio Antônio, que formam o segundo pelotão, continuam brigando para manter espaços, mesmo já sabendo que estão fora da disputa propriamente dita.

Neto Evangelista reorientou radicalmente a sua campanha na TV. Primeiro mudando o discurso crítico em relação à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), principalmente na área de Saúde. Na noite de terça-feira e ao meio dia de ontem, o candidato do DEM elogiou, serenamente, as conquistas da atual gestão, declarando que Edivaldo Holanda Júnior deixará “um legado” de muitas obras, que ele, se eleito, pretende conservar criando para isso uma Secretaria de Manutenção da Cidade. Além disso, o senador Weverton Rocha entrou de cabeça da campanha, numa indicação de que a militância do PDT também vai entrar na briga na reta final. Não bastasse isso, o programa de Neto Evangelista recebeu o reforço do presidente estadual do DEM, deputado federal Juscelino Filho, que prometeu garimpar recursos para São Luís em Brasília, e do presidente regional do PTB, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que também assumiu compromissos com uma eventual gestão do candidato do DEM. O novo tom da campanha pode embalá-lo nos próximos dias.

A outra guinada radical se deu na campanha de Rubens Júnior. Até terça-feira, a participação do governador Flávio Dino vinha se dando de maneira indireta, mas ontem, o líder maranhense assumiu de vez a bandeira do candidato do PCdoB, não só aparecendo, mas fazendo pedido explícito de votos para ele no horário gratuito no rádio e na TV. A entrada de Flávio Dino na campanha evidencia que o comando do PCdoB resolveu mobilizar todos os seus recursos políticos para reverter o magro desempenho de Rubens Júnior, esse esforço incluiu também a entrada da senadora Eliziane Gama (Cidadania) e a abertura de espaço para o candidato a vice, Fernandes, como que acenando para o PT mobilizar sua tropa e sair às ruas em busca do eleitorado.

Nesse novo cenário, a posição mais delicada é a de Duarte Júnior, que virou alvo preferencial de Neto Evangelista e de Rubens Júnior. Ousado e motivado, o candidato do Republicanos vem fazendo ajustes na sua campanha, rebatendo ataques e também atacando. Mas tudo isso sem ter um suporte forte e assumido. É provável que ele venha a contar com a entrada do vice-governador Carlos Brandão na campanha, já que o apoio do seu outro aliado, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), não é bem visto pelo eleitorado de São Luís. Duarte Júnior tem ciência plena de que se encontra numa situação delicada, sob fogo cerrado de dois candidatos politicamente fortes, e sem dispor de instrumentos que o ajudem a resistir ao rolo compressor que ganha forma no seu encalço.

As guinadas nas campanhas de Neto Evangelista e Rubens Júnior e os esforços de Duarte Júnior para não ser atropelado certamente produzirão resultados. Afinal, o governador Flávio Dino joga o peso do seu cacife, antecipando uma estratégia que previa sua entrada em campo apenas no segundo turno, acreditando inicialmente que Rubens Júnior chegaria lá sem o seu empurrão. O mesmo acontece com o senador Weverton Rocha, que também antecipou sua entrada em campo depois de perceber que Neto Evangelista não crescia como ele previra. E no que vão dar todas essas guinadas? As várias pesquisas previstas para a semana que vem responderão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Ao contrário de Flávio Dino, Edivaldo Jr. só entrará na disputa no segundo turno

Edivaldo Júnior

A entrada do governador Flávio Dino na campanha de Rubens Júnior para a Prefeitura de São Luís levou alguns observadores a apostar que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) também faria o mesmo com Neto Evangelista, que tem o apoio do seu partido. A menos que surpreenda com uma radical mudança de postura, o prefeito de São Luís vai continuar trabalhando, diante do embate eleitoral em curso. Ele só se posicionará no segundo turno, e pelo que dizem fontes a ele ligadas, dará o seu apoio ao candidato a ser apoiado também pelo governador Flávio Dino, principalmente se for Rubens Júnior.

 

Depois de penar no bolsonarismo, Maura Jorge vira tucana e tem vantagem em Lago da Pedra

Maura Jorge X Laércio Arruda

Depois de ter assumido a campanha de Jair Bolsonaro no Maranhão, tentado ser sua porta-voz no estado, garimpado sem sucesso um cargo relevante em Brasília, ter sido triturada na disputa para o Governo do Estado e de ter sido agraciada com a superintendência regional da Funasa, cargo que deixou meses depois, somando-se a isso a vivência de uma intensa ciranda partidária, a ex-deputada e ex-prefeita Maura Jorge (PSDB) tenta voltar ao comando político e administrativo de Lago da Pedra. Ali, ela disputa com o prefeito Laércio Arruda (PCdoB), que tenta a reeleição, e com Dr. Weuler (PROS), que figura na disputa sem a menor chance de chegar a algum lugar.

Pesquisa Escutec – tem foi realizada nos dias 29 e 30 do mês passado, tem margem de erro de quatro pontos percentuais e foi registrada sob o número MA-05583/2020 – foi divulgada por O Estado e diz que Maura Jorge tem 52% das intenções de voto contra 38% do prefeito Laércio Arruda e 1% de Dr. Weuler. Fonte do PCdoB garante que a situação é bem diferente. Vale aguardar o pronunciamento das urnas.

São Luís, 05 de Novembro de 2020.

DataM/Difusora prevê dois turnos, mostra Braide estancado e Neto Evangelista empatado com Duarte Júnior

 

Os números do DataM indicam um surpreendente empate entre Duarte Júnior e Neto Evangelista

Uma bomba estatística explodiu ontem nos comitês de campanha dos principais candidatos à Prefeitura de São Luís: a pesquisa DataM, contratada pelo Sistema Difusora. Realizada nos dias 29 e 30 de Outubro, portanto quatro dias antes da divulgação, a pesquisa ouviu 801 eleitores e trouxe uma série de indicações de peso, que, se verdadeiras, anunciam mudança radical nos números, que são os seguintes: Eduardo Braide (Podemos) lidera com 38% das intenções de voto, seguido por Neto Evangelista (DEM) com 14,7%, Duarte Júnior (Republicanos) com 14,5%, Rubens Júnior (PCdoB) com 6,4%, Bira do Pindaré (PSB) com 2,7% e Jeisael Marx (Rede) com 1,7%, Yglésio Moyses (PROS) com 1,2%, Sílvio Antônio (PRTB) com 1%, Hertz Dias (PSTU) 0,1% e Franklin Douglas (PSOL) não pontuou. Os que não souberam ou não quiseram responder somaram 12,9% e 6,7% disseram que não votariam em nenhum dos candidatos. Detalhe importante: registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo MA-094791/2020, a pesquisa DataM tem margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Outro detalhe importante: criado e comandado pelo jornalista José Machado, o DataM tem um respeitável histórico de acertos.

Para começo de conversa, a soma dos percentuais indica que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno, sendo Eduardo Braide um dos que passariam. Mas o rigoroso empate técnico entre Neto Evangelista e Duarte Júnior indica que a definição do adversário do candidato do Podemos seria o resultado de uma luta renhida. Isso porque, se levada em conta a margem de erro, nem Neto Evangelista nem Duarte Júnior poderia cantar vitória antes de as urnas falarem. Isso porque os percentuais dos dois poderiam variar de 10% a 18%, o que torna temerário afirmar com segurança quem estaria de fato na frente. Mas, em relação aos dois, pesa a informação de que, ao contrário do que apontaram outros levantamentos, Neto Evangelista avançou e, mesmo considerando a irrisória diferença em décimos, ele aparece na frente de Duarte Júnior, que pela primeira vez perdeu a segunda posição.

Ao aparecer em segundo lugar na pesquisa DataM, mesmo levando em conta o fato de que sua vantagem é de apenas dois décimos e considerando os limites da margem de erro, Neto Evangelista dá uma guinada radical na sua campanha, indicando que tem condições de segurar essa posição e explorar corretamente o potencial da sua candidatura. A virada do candidato do DEM sobre o candidato do Republicanos pode ser já reflexo de mudanças na sua campanha e da entrada do senador Weverton Rocha e da militância do PDT na briga pela sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Outras pesquisas estão no “forno” e desenharão nos próximos dias cenários que poderão, ou não, confirmar as informações trazidas à tona pelo DataM. No contrapeso, a pesquisa colocou Duarte Júnior numa situação complicada, obrigando-o a procurar meios de turbinar sua campanha na reta final.

Outra bomba explodida pela pesquisa DataM foi a posição de Rubens Júnior, encontrado na quarta colocação com modestos 6,4% das intenções de voto. Esse dado chama atenção quando comparado com outros levantamentos recentes, que mostraram o candidato do PCdoB numa curva crescente, sendo que num deles apareceu na frente de Neto Evangelista e sinalizando ameaça a Duarte Júnior. Mesmo sendo uma pancada na base da sua candidatura, a posição não deve desanimar Rubens Júnior, que tem capital político e cacife partidário para reverter esse quadro na reta final da campanha.

A pesquisa DataM veio para agitar ainda mais os comandos das candidaturas, que têm agora pouco mais de uma semana para fazer os ajustes necessários e possíveis nas estratégias de cada candidato, de modo a buscar caminhos. Esse ajuste deve alcançar também Eduardo Braide, que aparece com 38%, podendo, pela margem de erro, variar de 34% a 42%, o que tecnicamente o impede de vencer a eleição em um só turno, obrigando-o a encarar um segundo turno, uma outra eleição, com riscos muito elevados.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Fábio Gentil caminha para a reeleição e para consolidar sua liderança em Caxias

Fábio Gentil, se confirmar a vantagem mostrada nas pesquisas, assumirá a liderança de um novo ciclo em Caxias

Não surpreendeu o resultado da JPesquisa, empresa pertencente ao Jornal Pequeno, informando que o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos), caminha para a reeleição liderando a corrida com 63% das intenções de voto, contra 19% de Adelmo Soares (PCdoB), seu principal concorrente. Atrás dele, mas em grande distância, aparecem Júnior Martins (PSC) com 4%, Cesar Sabá (MDB) com 2% e Constantino Castro (PTB) e Professor Arnaldo Rodrigues (PSOL) com 1% cada um, enquanto AJ Alves (DC) e Luciano Aldrin (Rede) não foram lembrados. Na Princesa do Sertão, 6% disseram que não votarão em nenhum deles, e 4% não souberam ou não quiseram manifestar suas preferências. A JPesquisa ouviu 400 eleitores no período de 28 a 30 de Outubro, tem margem de erro de quatro pontos percentuais, intervalo de confiança de 90% e está registrada no TRE com o número MA-01282/2020.

A disputa em Caxias vai muito além de uma simples corrida sucessória. Se confirmada nas urnas com essa proporção, a vitória do prefeito Fábio Gentil será o seu reconhecimento como bom gestor e a sua confirmação como o mais importante líder político do município. Ao mesmo tempo, mostrará o acelerado processo de desagregação do Grupo Coutinho, iniciada com a morte do seu líder, deputado Humberto Coutinho, em Janeiro de 2018. Todas as evidências sinalizam que a reeleição de Fábio Gentil inicia um novo ciclo na política caxiense, tendo o prefeito como a principal referência.

Avaliações diversas levam à mesma conclusão, a de que sem um líder jovem, com algum carisma e capacidade de aglutinação, a tendência do Grupo Coutinho é desaparecer. O ex-prefeito Leo Coutinho mostrou não ter inclinação para liderança, e a deputada Cleide Coutinho, por força da idade e dos compromissos de família, não tem como continuar dedicada a manter unido um grupo cujos integrantes mais destacados não demonstram interesse na sua união. Além disso, o Grupo Coutinho parece mais centrado em Matões, onde o prefeito Ferdinando Coutinho (PSB), que foi uma espécie de braço direito de Humberto Coutinho, trava uma luta dura pela reeleição, enfrentando ex-aliados.

Político experiente e com os pés no chão, o prefeito Fábio Gentil vem dando mostras seguidas de que sabe se movimentar num tabuleiro complicado. Vem controlando bem as regras do jogo e seus movimentos estão também pavimentando o passo que dará depois de exercer um segundo mandato municipal, caso sua reeleição se confirme como está desenhado.

Por outro lado, mesmo sem chance de chegar lá, Adelmo Soares nada tem a perder. Sua candidatura o manterá em evidência, podendo facilitar sua reeleição para a Assembleia Legislativa.

 

Nascida no IFMA, candidatura coletiva do Participa ganha espaço entre estudantes

Candidatura Coletiva liderada por Camila do Participa, e os “candidatos” Bruno Cacau, Ester Lopes e Arthur Mendes, é movimento que ganha força

Em meio a uma acirrada disputa pelas 31 cadeiras da Câmara Municipal de São Luís, um movimento político jovem e diferente ganha força no meio estudantil. Trata-se da candidatura coletiva do Participa. Nascida no IFMA e formalizada pelo PT, a candidatura é registrada pela estudante Camila, mas representa mais três integrantes do grupo: Ester Lopes, Bruno Cacau e Arthur Mendes. A exemplo de coletivos eleitos em várias capitais no pleito de 2016, a candidatura do Participa é uma inovação que pode desembarcar na Câmara Municipal de São Luís. Se eleita, Camila do Participa será a vereadora de fato, mas o mandato, incluindo deveres e direitos, será exercido coletivamente, com as decisões sendo tomadas pelos quatro “vereadores”. Há muitas críticas em relação aos mandatos coletivos, mas há também muitos jovens entrando na política por esse caminho. Reportagem recente de um grande jornal contabilizou mais de 50 candidaturas coletivas em todo o País, quase todas organizadas por jovens, sendo que algumas delas estão ganhando legiões de adeptos. A candidatura de Camila do Participa e seus três “candidatos” parece estar despertando p interesse de estudantes secundaristas de São Luís.

São Luís, 04 de Novembro de 2020.

Eleição em grandes municípios é desafio decisivo para o projeto de poder do senador Weverton Rocha

 

Weverton Rocha: participação intensa na campanha para fortalecer seu projeto de poder que mira o Palácio dos Leões em 22

A corrida para as eleições municipais está colocando o senador Weverton Rocha (PDT) no que muitos definem como “prova de fogo”. Um políticos mais bem sucedidos da nova geração, comandante supremo do PDT maranhense, que saiu das urnas de 2018 eleito senador com 1.997.443 votos – votação que seus aliados costumam destacar que foi maior que a do governador Flávio Dino (PCdoB) – e não escondendo seu projeto que mira o Governo do Estado em 2022, o líder pedetista caminha para ver seu partido correr o risco de perder o controle administrativo e político da Capital, ficar de fora em outros seis municípios-chave, e com chance de vencer em apenas em Codó, Bacabal e Balsas, entre os 10 maiores colégios eleitorais do Maranhão. Nos últimos dias, canais de informação anotaram que o senador “arregaçou as mangas” para “entrar de cabeça” na campanha de Neto Evangelista (DEM) em São Luís, na qual o PDT participa apenas como coadjuvante, a exemplo de Imperatriz, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Timon e Caxias. Nesse contexto está claro que as conquistas do PDT nas urnas terão importância decisiva na definição do tamanho político e eleitoral lhe for dado pelas urnas.

A situação mais delicada para Weverton Rocha é, se longe, a de São Luís, principal base do PDT, que a governou durante 16 anos com Jackson Lago e Tadeu Palácio, completando agora duas décadas com o bem avaliado Edivaldo Holanda Jr.. Por uma dessas situações que nem a mágica da política consegue explicar, o PDT por falta de opção, não lançou candidato e participa da disputa como coadjuvante numa chapa liderada pelo candidato DEM, Neto Evangelista, e para a qual contribuiu com a militante pedetista Luzimar Lopes, candidata a vice. Neto Evangelista, porém, não deslanchou, viu seu adversário Duarte Jr. (Republicanos) crescer à sua frente, e com Rubens Jr. (PCdoB) no seu encalço, levando o comandante do PDT a jogar todo o peso da sua liderança e do seu partido para reverter situação. O senador sabe que uma derrota em São Luís, mesmo com a eventual eleição de um candidato do seu campo de alianças, o deixará politicamente fragilizado, numa posição desconfortável.

Em Imperatriz a situação de Weverton Rocha é mais ou menos a mesma: o PDT participa da aliança formada em torno da candidatura do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), que trava uma guerra de “tudo ou nada” com o prefeito Assis Ramos (DEM) e o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Se Marco Aurélio for eleito, Weverton Rocha poderá manter a cidade como base forte. A reeleição do prefeito Assis Ramos não lhe imporá muitas perdas. Mas a eventual eleição Sebastião Madeira lhe criará muitas dificuldades. Situação parecida ocorre em Caxias, onde o PDT não tem candidato e integra a aliança em torno do candidato do PCdoB, deputado estadual Adelmo Soares, apoiado pelo que resta do Grupo Coutinho. O problema é que todas as pesquisas dão vantagem avassaladora ao prefeito Fábio Gentil (Republicanos).

Em Timon, onde já foi o “dono do pedaço”, o PDT não tem candidato a prefeito e participa como coadjuvante na aliança em torno de Dinair Veloso (PSB), que trava uma guerra dura com o coronel/PM Schnneyder (Republicanos) e cujo desfecho ainda é incerto. Em São José de Ribamar, por não haver preparado um candidato viável, o PDT chamou de volta o ex-vereador por São Luís e ex-deputado estadual Jota Pinto, que não emite qualquer sinal de ter alguma chance na disputa já polarizada entre o prefeito Eudes Sampaio (PTB) e o ex-prefeito Júlio Matos (PL). A mesma situação ocorre em Paço do Lumiar, com o PDT apoiando a candidatura da prefeita Paula da Pindoba (PCdoB) à reeleição.

Por outro lado, Weverton Rocha aposta alto em três grandes municípios. Em Balsas, todos os sinais apontam para uma vitória esmagadora do prefeito pedetista Éric Costa. O mesmo deve acontecer em Codó, onde, apesar do fiasco administrativo do atual prefeito pedetista, o ex-prefeito e atual deputado estadual Zito Rolim (PDT) é apontado como franco favorito. O PDT também deve vencer com folga em Bacabal, onde o prefeito Edvan Brandão, recém convertido ao brizolismo, aparece com larga vantagem nas pesquisas.

Nos bastidores políticos a expectativa dominante é a de que o PDT – que elegeu 28 prefeitos em 2016, incluindo o de São Luís – saia das urnas com número igual ou maior, mas sem o peso político de ter o comando da Capital. Esse cenário poderá mudar radicalmente se, “arregaçando as mangas”, o senador conseguir levar Neto Evangelista a virar o jogo e chegar ao Palácio de la Ravardière.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Pugilato verbal entre Duarte Jr., Neto Evangelista e Rubens Júnior pode ser bom ou mau negócio

Duarte Jr., Neto Evangelista e Rubens Jr.: guerra pelo segundo lugar pode ser bom e mau negócio

A corrida para a Prefeitura de São Luís criou nos últimos dias um embate isolado entre Duarte Jr. (Republicanos), Neto Evangelista (DEM) e Rubens Jr. (PCdoB). Os três brigam pela posição de disputar um segundo turno com Eduardo Braide (Podemos). Não está sendo uma simples troca de farpas, já tendo alcançado o desenho de guerra declarada, com ataques fortes e rebates mais fortes ainda. Neto Evangelista e Rubens Jr. usam estratégias bem armadas para minar o crescimento de Duarte Jr.. O primeiro fez uma edição marota da sua participação no debate da TV Difusora em que tenta carimbar o candidato do Republicanos de “carioca que vêm para o Maranhão pensando que maranhense é besta”. Só que a esse “sabão” foi respondido por Duarte Jr. lembrando que chegou ao Maranhão aos cinco anos de idade. Rubens Jr. foi duramente atacado por Duarte Jr. depois de tê-lo associado ao bolsonarismo pelo fato de o presidente do Republicanos no Maranhão, deputado federal Cleber Verde, haver integrado o grupo parlamentar que recebeu o presidente Jair Bolsonaro no Maranhão. Duarte Jr. reagiu com virulência chamando Rubens Jr. de “bandido”, dando ao candidato do PCdoB motivo para cobrar reparação na Justiça.

Há quem diga que o QG de Eduardo Braide estaria torcendo para que o seu adversário no segundo turno seja Duarte Jr., avaliando que, por conta das diferenças, será mais difícil para ele mobilizar as forças que apoiam Neto Evangelista e Rubens Jr. em torno da sua candidatura, calculando inclusive que seria mais fácil atrair apoio de parte desses grupos. Outros acham que um embate do candidato do Podemos com Neto Evangelista seria mais difícil, porque o candidato do DEM mobilizaria mais segmentos das forças da aliança governista. Finalmente, é quase unânime entre os apoiadores de Eduardo Braide de que o candidato mais temido é Rubens Júnior, pelo poder de fogo que tem de aglutinar as forças da base governista.

Por outro lado, há quem observe que, se conseguirem atropelar Duarte Jr., tanto Neto Evangelista quanto Rubens Jr. dependerão muito do apoio do eleitorado de Duarte Jr., que parece ser muito fiel, podendo em grande medida atender ao apelo que ele lhe fizer, caso não chegue ao segundo turno. Isso pode significar 70 mil votos, que poderão rumar para onde o candidato do Republicanos sinalizar.

É cedo, portanto, para dizer quem sairá vitorioso dessa briga.

 

Edivaldo Jr. terá posições diferentes dependendo de quem for para o segundo turno com Eduardo Braide

Edivaldo Holanda Júnior: longe da corrida eleitoral no primeiro turno em São Luís

Já se sabe que o prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT) não se manifestará sobre sua sucessão no primeiro turno da eleição, deixando para fazê-lo no segundo turno. O que observadores mais atentos aguardam é a intensidade da sua manifestação. Caso seja a segunda rodada seja entre Eduardo Braide e Duarte Jr., o prefeito certamente se posicionará a favor do segundo, mas há quem diga que não será tão enfático, por conta das estocadas indiretas que vem recebendo do candidato do Republicanos na campanha. Se a disputa for entre Eduardo Braide e Neto Evangelista, apoiará o candidato do DEM, mas sem jogar-lhe confetes e de maneira discreta, exatamente pelo mesmo motivo. Mas se o embate final se der entre Eduardo Braide e Rubens Jr., entrará de cabeça na campanha, respondendo ao apoio que vem recebendo do candidato do PCdoB durante a campanha, na qual a frase-chave é: “O prefeito Edivaldo vai entregar ao seu sucessor uma cidade muito melhor do que a que ele recebeu”.

Vale lembrar que depois da sua passagem bem-sucedida pela prefeitura de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. fará de tudo para não se meter em bola dividida. Para ele, é fundamental preservar seu cacife para o próximo passo que pretende dar: disputar vaga na Câmara Federal, tentar o Senado, ser candidato a vice-governador ou entrar na guerra pelo Palácio dos Leões.

São Luís, 03 de Novembro de 2020.

 

TV Difusora: candidatos fazem debate animado, discutem propostas e trocam duras acusações

 

Oito dos 10 candidatos a prefeito de São Luís deram ontem seus recados num  debate  na TV Difusora, no qual apresentaram propostas e trocaram acusações 

Os oito candidatos à Prefeitura de São Luís – Eduardo Braide (Podemos), Duarte Jr. (Republicanos), Rubens Jr. (PCdoB), Neto Evangelista (DEM), Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moises (PROS) e Franklin Douglas (PSOL) – que participaram do debate de ontem na TV Difusora demonstraram que, mesmo ainda jovens, já são parte tarimbada de uma boa safra de políticos que chegou ao poder no Maranhão. Mostraram-se preparados, exibiram bons conhecimentos sobre a realidade de São Luís, apresentaram e defenderam várias propostas realistas, inteligentes e viáveis para problemas estruturais diversos. Mas também venderam, mas sem exagero, um pouco de ilusão. E como não poderia deixar de ser, trocaram acusações e farpas, fizeram duros questionamentos políticos entre si, praticaram um “bateu-levou” sem grosseria e evitaram tensões no ambiente. Os confrontos políticos e ataques pessoais refletiram fielmente o cenário mostrado pelas pesquisas mais recentes.

A ciranda de ataques e contra-ataques envolveu mais fortemente Eduardo Braide, Duarte Jr., Rubens Jr. e Neto Evangelista, que trocaram acusações entre si. O primeiro, que lidera a corrida, segundo as pesquisas, e o segundo, que vem crescendo e pode ser o seu adversário, foram, de longe, os mais atacados, tendo também revidado com pancadas verbais. E a explicação é simples: Duarte Jr. metralhou Eduardo Braide – disse que ele é investigado pela Polícia Federal -, com o objetivo de se consolidar como o seu adversário no segundo turno. Já Neto Evangelista e Rubens Jr. alvejaram Eduardo Braide e Duarte Jr. pelo mesmo motivo. Mas, curiosamente, o candidato do DEM e o do PCdoB evitaram confrontar-se, como se tivessem combinado o tiroteio contra aos candidatos do Podemos e do Republicanos. Bira do Pindaré também disparou contra o líder e o vice-líder, mas sem consequências. No final do debate, Eduardo Braide anunciou que acionará Duarte Jr.na Justiça.

Por seu turno, Jeisael Marx, Yglésio Moises e Franklin Douglas tiveram bom desempenho, apresentando suas propostas com eficiência, mas também atacando e provocando os demais candidatos. Jeisael Marx fez duras críticas aos “filhos de papais políticos”, enquanto Yglésio Moises acusou os concorrentes de “faltarem com a verdade”, e Franklin Douglas mantendo sua posição de candidato mais agressivo no sentido de provocar o confronto com os demais.

No confronto de ideias e propostas, o debate da TV Difusora foi interessante e produtivo, apesar de os candidatos restringirem a quantidade de temas importante. Como era previsível, a área de Saúde mais uma vez dominou a pauta, seguida de mobilidade urbana, cultura, turismo, infraestrutura, entre outros, ficando a educação, surpreendentemente, em segundo plano, com poucas abordagens superficiais. Sobre a Saúde, convergiram em alguns pontos, defendendo propostas semelhantes, com alguns elogiando a política da atual gestão, enquanto outros lhe fazendo duras críticas. Todos apresentaram propostas para melhorar o transporte de massa, mas ninguém falou como resolver gargalos da malha viária. Quase todos aprovaram, com poucas restrições, a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT).

Muito bem organizado, com formato adequado e corretamente mediado pelo jornalista e apresentador Adalberto Melo, o debate da TV Difusora produziu o cenário exato da corrida à Prefeitura de São Luís a duas semanas da eleição. Eduardo Braide demonstrou segurança e sangue frio para enfrentar os ataques. Duarte Jr. teve boa performance, mostrando ter noção clara do que defende e disposição para o enfrentamento. Rubens Júnior se mostrou um candidato firme quanto às suas propostas e posições políticas. O mesmo foi percebido em Neto Evangelista e em Bira do Pindaré. A julgar pelo tom dos embates, os candidatos continuarão “vendendo” suas propostas, mas muito provavelmente vão aumentar o tom e a abrangência da pancadaria verbal.

E com certeza as estocadas terão o mesmo desenho: Duarte Jr. disparando contra Eduardo Braide e sendo alvejado fortemente por Rubens Jr. e Neto Evangelista, que também dispararão chumbo grosso contra o candidato do Podemos, que certamente vai reagir com petardos de grosso calibre. Esse clima torna imprevisível o desfecho da disputa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Debate confirmou que aliados são problema para alguns candidatos em São Luís

Um tema político foi colocado em discussão entre os candidatos à Prefeitura de São Luís no debate de ontem na TV Difusora: os patronos e aliados das candidaturas. Do alto da sua condição de candidato que tem seus aliados e parceiros políticos como mote de campanha, como o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente Lula da Silva (PT), Rubens Jr. cobrou esse posicionamento de Eduardo Braide, acusando-o de “esconder sua relação” com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o senador Roberto Rocha (PSDB). O mesmo questionamento foi feto por Neto Evangelista, Duarte Jr. e Bira do Pindaré, colocando Eduardo Braide em situação incômoda, tendo saído pela tangente, afirmando, de maneira cuidadosa, que não pertence à base do bolsonarismo na Câmara Federal, mas que como prefeito, se lá chegar, vai dialogar com o Palácio do Planalto e com o Palácio dos Leões.

Duarte Jr. também foi questionado sobre suas relações políticas, tendo sido acusado de pertencer “ao partido dos filhos do presidente Bolsonaro”, assim como foi acusado de omitir outros aliados seus. Ele reagiu dizendo que não tem problemas com seus aliados, mas não os nomeou. Neto Evangelista teve de ouvir Franklin Douglas lembrar que ele foi aliado de João Castelo. Embora tenham usado a eficiente estratégia de minimizar tais relacionamentos, os acusados de mudarem de grupo a cada eleição não gostaram nem um pouco das acusações. Sinal de que esse assunto vai continuar rendendo até o encerramento da campanha.

 

Luciano Genésio caminha para reeleição sem susto em Pinheiro

Apoiados pelos deputados Thaíza Hortegal e Othelino Neto o prefeito Luciano Genésio e a candidata a vice  Ana Paula Lobato são favoritos em Pinheiro

O que há algum tempo era aguardado como um confronto de desfecho imprevisível, a eleição para a Prefeitura de Pinheiro caminha para um resultado sem surpresa. Ali, o prefeito Luciano Genésio (PP), que tem como vice Ana Paula Lobato (PDT), se movimenta para as urnas com a expectativa de que será reeleito com uma vantagem folgada sobre seus adversários, o deputado estadual Leonardo Sá (PL), que foi seu adversário em 2016, e o ex-prefeito Filuca Mendes (MDB), que deu as cartas no município por dois mandatos com o apoio da então governadora Roseana Sarney.

O cenário largamente favorável ao prefeito Luciano Genésio foi encontrado pela pesquisa Escutec, publicada na edição de fim de semana de O Estado do Maranhão. Ele detém nada menos do que 58% das intenções de voto contra magros 17% de Leonardo Sá e pífios 11% de Filuca Mendes, seguidos de Ana da Shalon com 3% e Filho do Coqueiro com 2%. Em Pinheiro, 4% não pretendem votar em nenhum deles e 5% estão no campo da indecisão. A pesquisa foi realizada no período de 28 a 30 de Outubro, ouviu 600 eleitores, tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de segurança de 90% e foi registrada na Justiça Eleitoral com o número MA-01681/2020.

A se confirmarem os números do Escutec, que parecem traduzir a realidade na Princesa da Baixada, o prefeito Luciano Genésio se firmará como a mais forte liderança política do município, posição reforçada pela primeira-dama Thaíza Hortegal (PP), que é deputada estadual, de pela aliança com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), que deu o aval político para a candidatura de Ana Paula Lobato, sua mulher, ao cargo de vice-prefeita. Vale lembrar que Ana Paula Lobato é pinheirense, filha do médico e ex-prefeito Pedro Lobato, portanto nascida e crescida vivenciando a sempre intensa vida política de Pinheiro.

Na avaliação de um político que conhece a cena política pinheirense, o desfecho dessa eleição poderá produzir uma situação desastrosa o deputado Leonardo Sá, que apostou alto ao deixar o PRTB, ingressar no PL e se tornar um dos pontas de lança do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, e deve perder. Poderá também, marcar a aposentadoria política de Filuca Mendes.

São Luís, 01 de Novembro de 2020.