Arquivos mensais: setembro 2019

“Setembrada”: em maratona de entrevistas, Flávio Dino avança como opção da esquerda à corrida presidencial

 

Flávio Dino fala no lançamento do “Direitos Já” ouvido por Marta Suplicy e Noam Chomsky e dezenas de cientistas e intelectuais comprometidos com a democracia

O mês de setembro de 2019 deve entrar para a crônica política maranhense e nacional também como momento em que o governador Flávio Dino (PCdoB) começou, de fato, a ser reconhecido pela grande imprensa como um nome dotado de densidade intelectual, honestidade ideológica, consistência política e lastro gerencial, credenciais indispensáveis para entrar na briga pela presidência da República em 2022. Ele viveu uma “Setembrada”, ao cumprir um intenso roteiro de entrevistas nas quais manifestou opiniões centradas e lúcidas sobre o quadro político e institucional do Brasil, criticou com segurança e equilíbrio o Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), dissecou a crise econômica e social do País e alinhavou caminhos para revolvê-la. Mostrou-se um líder pragmático e com os pés no chão ao defender a formação de uma ampla frente unindo esquerda e centro contra a direita conservadora que chegou ao poder com a eleição do ex-capitão do Exército e porta-voz convencido da extrema direita. E sempre que perguntado se é candidato a presidente, respondeu que a tarefa primeira é construir e consolidar a frente, e que, se efetuada a construção, e for chamado, estará pronto para participar.

Num cenário político animado, salvo o presidente Jair Bolsonaro, que produziu uma crise atrás da outra com as suas declarações agressivas e inacreditáveis, e o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), que faz o contraponto ao chefe da Nação, nenhum outro líder político brasileiro foi ouvido por tantos e com tanta atenção quanto o governador do Maranhão.

A “Setembrada” política de Flávio Dino (PCdoB) por uma frente de Oposição – ao contrário do movimento que, por insatisfação com a abdicação de D. Padro I, que fez tremar o Maranhão em 1831 – começou no dia 03/09, em São Paulo, ao participar do “Direitos Já – Fórum pela Democracia”, que reuniu centenas de intelectuais e militantes das mais diversas cores ideológicas e partidárias, e no qual defendeu o incremento da luta em defesa da democracia e propôs, de maneira enfática, a união de democratas para as eleições de 2020 e 2022. No dia 06 de setembro, Flávio Dino reafirmou a proposta ao sítio de notícias Poder 360, criticando também, de maneira enfática, as declarações do presidente Jair Bolsonaro no âmbito internacional, avaliando que essa postura só prejudica o relacionamento do Brasil com o mundo, podendo levar o País à condição de pária no contexto mundial.

Como uma espécie de rastilho, as posições do governador do Maranhão em defesa de um combate político articulado ao Governo conservador instalado no Brasil vão se espalhando País afora. Tanto que no dia 10 de setembro, a prestigiada colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, numa nota de forte repercussão, apontou Flávio Dino como o principal articulador de uma frente de esquerda e centro. No dia 20 de setembro, em entrevista à revista IstoÉ, o governador declarou: “É preciso construir pontes, alianças e diálogo entre essas lideranças para permitir um ambiente de unidade ampla em 2020, sobretudo em 2022. Essa tem sido minha participação. Posso participar diretamente ou não. Minha atitude é essa, se for para participar, estou à disposição”.

O ponto alto da “Setembrada” aconteceu no dia 23 de setembro, no programa Roda Viva, da TV Cultura. Ali, submetido a um intenso bombardeio por jornalistas bem informados, Flávio Dino consolidou a impressão de que está credenciado para disputar a eleição presidencial contra qualquer candidato, a começar pelo presidente Jair Bolsonaro. Durante duas horas, o falou sobre política, economia, gestão pública, e sobre temas politicamente complexos, como a Operação Lava Jato, por exemplo. Com respostas objetivas e propositivas, revelou-se pronto para enfrentar qualquer situação em âmbito nacional. Deixou claro que poderá ser candidato, mas que a prioridade agora é unir a esquerda e o centro numa frente ampla. E, seguida, Flávio Dino foi entrevistado no dia 26 de setembro por Mírian Leitão, da Globo News, onde reafirmou suas críticas ao Governo Bolsonaro, alertou para os riscos de uma crise institucional, defendeu mudanças no eixo econômico e pregou a formação urgente da frente reunindo esquerda e centro.

Em meio à forte repercussão das suas declarações dentro e fora do maio político, no dia 17 de setembro, o presidente nacional do PCdoB, deputado federal Orlando Silva (SP), avisou, de alto e bom som, em entrevista à rádio paulista Jovem Pan: “Vamos lançá-lo nosso candidato a presidente”. E logo após, no dia 24, o senador Jean Paul Prates (PT/RN), declarou que vê “qualidades presidenciáveis” em Flávio Dino, sendo o primeiro petista de peso a admitir a possibilidade de apoiá-lo na corrida ao Palácio do Planalto.

A “Setembrada” mostrou, com clareza, que no contexto das esquerdas, qualquer debate sobre disputa presidencial terá de passar pelo Palácio dos Leões.

 

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Sem adversários fortes, Eudes Sampaio caminha para a reeleição em São José de Ribamar

Eudes Sampaio: base de apoio e apetite pelo poder na corrida pela reeleição

Todos os sinais indicam que Eudes Sampaio (PTB) caminha para renovar o mandato na Prefeitura de São José de Ribamar. Ele tem demonstrado empenho na área administrativa, equacionando e tentando soluções para problemas graves que afetam o município, e revelado forte apetite político, postura bem diferente de quando era o discreto vice do então prefeito Luís Fernando Silva. Para começar, conta com uma invejável malha de apoio. Com ele está o comando estadual do PTB, liderado agora pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes; já tem o aval do PCdoB, que decidiu não lançar candidato próprio à prefeito; e conta com o apoio de vários partidos e tem o suporte político do ex-prefeito Luís Fernando Silva, que mesmo tendo renunciado ao cargo, mantém uma faixa expressiva de liderança entre os ribamarenses. Mesmo o PDT, onde estão seus principais adversários – o ex-prefeito e atual deputado federal Gil Cutrim, o irmão dele, deputado estadual Glaubert Cutrim, e o pai, conselheiro do TEC Edmar Cutrim -, não tem se mostrado um adversário agressivo, apesar do ódio visceral que os Cutrim nutrem hoje por Luís Fernando Silva.  Outro aspecto é que até o momento não surgiu em São José de Ribamar um adversário com musculatura suficiente para ser de fato uma ameaça à reeleição do prefeito. O que existe até agora é um ensaio de candidatura do ex-deputado Jota Pinto (Patriota), mas na avaliação de observadores, não tem cacife para enfrenta-lo de igual para igual. O fato é que, a um ano da corrida às urnas, sem adversário forte e com muita vontade de continuar no cargo, o prefeito Eudes Sampaio vai dando passos firmes para a reeleição.

 

Ausência de Dutra e movimentos de Paula da Pindoba tornam instável o ambiente político em Paço do Lumiar

Domingos Dutra na posse, tendo ao lado Paula da Pindoba, que agora está no comando de Paço do Lumiar

Uma grande interrogação domina o meio político em relação ao futuro político de Paço do Lumiar, que vive uma situação dramática de incertezas. O prefeito Domingos Dutra (PCdoB) continua hospitalizado, travando uma luta titânica contra as consequências devastadoras de um ACV sofrido há dois meses e que se complicou por conta de uma trombose no cérebro – já passou por cinco cirurgias e estaria se preparando para a sexta. Com o afastamento de Domingos Dutra, assumiu a vice-prefeita Paula da Pindoba (Solidariedade), que vai ocupando espaços à medida que se torna remota a possibilidade de uma recuperação do prefeito e do seu retorno ao cargo até outubro do ano que vem. Nesse cenário, a prefeita interina, orientada por conselheiros que aos poucos vão se instalando no município, se movimenta para desmontar a equipe e a estrutura gerencial montada por Domingos Dutra, dando ao Governo lumiense uma nova orientação. Paula da Pindoba foi uma vereadora sem experiência administrativa, que se tornou vice de Domingos Dutra num arranjo político-eleitoral destinado a juntar forças contra a investidas do ex-prefeito Gilberto Aroso (MDB) de voltar ao comando do município com o apoio do Grupo Sarney. A equação deu certo, a chapa venceu a eleição em 2016, Domingos Dutra se estabeleceu e vinha fazendo um Governo de mudanças, apesar da pressão pesada dos seus adversários. O AVC mudou tudo. No comando, Paula da Pindoba começa a ser pressionada pelos adversários de Domingos Dutra, instalando em Paço do Lumiar um clima de incerteza. Nesse ambiente, a Oposição ganha força e abre caminho para retomar espaços que perdeu quando Domingos Dutra esteve no comando. Ainda não está claro como o PCdoB vai equacionar o problema de Paço do Lumiar, hoje o sexto maior município do Maranhão, parte essencial da Região Metropolitana de São Luís e com peso eleitoral importante no contexto estadual.

São Luís, 29 de Setembro de 2019.

Pesquisa mostra que Duarte Jr. e Rubens Jr., ambos do PCdoB, são os pré-candidatos à prefeito menos rejeitados

 

Duarte Jr. e Rubens Jr. lideram a lista dos menos rejeitados

Desde que eleições no Brasil começaram a ser pautadas por pesquisas que medem intenções de voto, o item que mais incomoda ou entusiasma candidatáveis ou candidatos consolidados é a rejeição. Ao contrário dos demais itens de uma pesquisa feita para identificar as posições do eleitorado em relação a candidatos com índices crescentes, a rejeição se manifesta de maneira inversa: quanto maior for o índice de rejeição, pior para candidatos, e quanto menor for a rejeição, melhor para o candidato.

Pois bem, circula desde ontem na blogosfera e em portais de notícias do Maranhão pesquisa do respeitado instituto Econométrica mostrando a rejeição dos pré-candidatos à prefeito de São Luís, cujos percentuais são os seguintes: o deputado estadual Duarte Jr. (PCdoB) 8,2%, o deputado federal licenciado e titular da Secid Rubens Jr. (PCdoB) 10,2%, o radialista Jeisael Marx (Rede) 10,9%, o deputado estadual Dr. Yglésio (PDT) 11,8%, o deputado estadual Neto Evangelista (DEM) 12,2%, o deputado federal Eduardo Braide (Podemos) 12,5%, o militar aposentado Coronel Monteiro (PSL) 14,9%, o vereador-presidente Osmar Filho (PDT) 15,9%, o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) 18%, o deputado federal Bira do Pindaré (PSB) 22,5%, o ex-prefeito de São Luís Tadeu Palácio (PSL) 28,3%, e o deputado estadual Adriano Sarney (PV) 35,7%.

Como se vê, o resultado desse levantamento produziu três blocos de candidatos. O primeiro reúne os candidatáveis de menor rejeição, de 8% a 12,5% e é liderado pelo deputado Duarte Jr., que é de longe o menos rejeitado, seguido por Rubens Jr., Jeisael Marx e Dr. Yglésio, Neto Evangelista e Eduardo Braide. O segundo bloco, com percentuais de 14,9% a 18%, é formado por Coronel Monteiro, Osmar Filho e Wellington do Curso. E no terceiro bloco, com percentuais acima de 20%, estão Bira do Pindaré, Tadeu Palácio e Adriano Sarney, que aparece como duramente atingido pela maior rejeição. Mesmo levando em conta o fato de que ainda não é momento de apontar favoritos como alguma segurança, e que muitas dessas posições podem perfeitamente ser mudadas à medida que o processo eleitoral avançar. Afinal, não se está   falando ainda de candidatos propriamente ditos, mas de aspirantes a vagas de candidatos nas suas respectivas searas partidárias.

Esse quadro é revelador e nele o deputado Duarte Jr. é, de longe, o dono da situação mais confortável, o que lhe permite manter-se no jogo com cacife respeitável, enquanto o líder das pesquisas de intenção de voto feitas até aqui até aqui, Eduardo Braide é rejeitado por um contingente de quatro pontos percentuais maior do que o deputado do PCdoB. Ao mesmo tempo, chama atenção o fato de que Rubens Jr., que disputa com Duarte Jr. a vaga de candidato do PCdoB, é o segundo menos rejeitado, com dois pontos percentuais a mais. A conclusão mais interessante é que os pré-candidatos menos rejeitados são exatamente os dois nomes do PCdoB, diretamente ligados ao governador Flávio Dino.

O quadro da rejeição mostra que no PDT a situação de Dr. Yglésio é bem mais confortável do que a de Osmar Filho, o que permite supor que o seu potencial de crescimento é bem maior.  Chama a atenção ainda a expressiva rejeição do tucano Wellington do Curso, fator que sugere que ele deve fazer uma correção de rumo na sua conduta de oposicionista agressivo.

Os dados mais curiosos do cenário da rejeição encontrado pela Econométrica são os percentuais de Bira do Pindaré, Tadeu Palácio e Adriano Sarney. Bira do Pindaré sempre teve boas votações em São Luís e conta com uma militância forte e ativa, sendo surpreendente que tenha uma rejeição tão elevada. Quanto ao ex-prefeito Tadeu Palácio, a rejeição de quase três dezenas de pontos percentuais reforça a regra segundo a qual ex-prefeitos acabam politicamente estigmatizados. E quanto à elevadíssima rejeição de Adriano Sarney é, em princípio, fruto de uma soma de vários fatores, entre eles o desgaste implacável do Grupo Sarney e as posições que têm marcado a sua trajetória na Assembleia Legislativa.

Vale lembrar que esse cenário é o de um ano antes da corrida às urnas, no qual ninguém é ainda candidato para valer.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Homenageado na Assembleia Legislativa, Jefferson Portela mostra prestígio e força na Polícia

Carlos Brandão, Duarte Jr. e Ciro Neto homenageiam Jefferson Portela  no plenário da Assembleia Legislativa

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, mostrou ontem que tem o controle do Sistema de Segurança Pública dom Maranhão e de que é um dos auxiliares mais prestigiados do Governo Flávio Dino. Isso ficou demonstrado no plenário da Assembleia Legislativa, onde recebeu, em sessão especial no final da manhã, a Medalha do Mérito Legislativo Manoel Beckman, que lhe foi concedida por iniciativa do deputado Duarte Jr. (PCdoB). Poucas vezes um ato de entrega da comenda mais importante do Poder Legislativa foi tão prestigiado. Dele participaram o vice-governador Carlos Brandão (PRB), diversos secretários de Estado, entre eles Lago, de Comunicação e Articulação Política, e Simplício Araújo, de Indústria e Comércio, um grupo expressivo de deputados estaduais – uma raridade nesses eventos -, representantes da cúpula e da base da Polícia Civil, da   Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, da Polícia Federal, além de familiares e muitos amigos.

O deputado Duarte Jr. saudou sua trajetória, destacando sua competência e eficiência profissionais e sua convicção e coerência política desde os tempos de estudante. Mostrou que nos seis anos em que está à frente do Sistema de Segurança Púbica a Polícia do Maranhão foi ampliada e modernizada e que, por conta dessa situação, criada pelos investimentos feitos pelo governador Flávio Dino, vem exibindo resultados excepcionais, entre eles o de ter retirado São Luís da lista de Capitais mais violentas do País. “Secretário Jefferson Portela, o senhor é um exemplo para o Maranhão, para o País e para todos nós”, disse Duarte Jr..

Jefferson Portela agradeceu a homenagem com um discurso contundente, no qual defendeu o império da lei e da ordem, que comanda o Sistema de Segurança Pública cumprindo rigorosamente o que manda a Constituição Federal e creditou o bom desempenho da sua pasta à decisão política do Governo. Foi aplaudido de pé várias vezes.

 

Eliziane reage dura à agressão de “02” à ativista sueca e prevê que sua indicação para embaixador será barrada

Eliziane Gama criticou agressão patética de Eduardo Bolsonaro à ativista Greta Thumberg

A julgar pela reação de vários senadores, entre eles a maranhense Eliziane Gama (Cidadania) à sua agressão gratuita, estúpida e injustificada à menina sueca Greta Thumberg, que lidera o movimento mundial de jovens em defesa do planeta e que está sendo indicada ao Prêmio Nobel da Paz por criticar a letargia dos dirigentes mundiais em relação ao aquecimento global, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) pode ter dado adeus ao projeto, que alimenta com o pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), de ser o embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Além de não ter qualquer preparo diplomático para o cargo, de cultivar as ideias do pai, que é igualmente ignorante nessa área e de ser praticar uma subserviência patética ao presidente norte-americano Donald Trump, o já famoso “02”, como é conhecido demonstrou, com a agressão à ativista, que é respeitada no mundo inteiro, que, de fato, não está à altura de ser um representante diplomático em qualquer país ou foro do planeta.  Na avaliação da senadora Eliziane Gama, que considerou a inaceitável postura do parlamentar em relação à jovem ativista como uma demonstração cabal do seu despreparo para o cargo, a situação dele como possível indicado pelo ao Senado, onde será sabatinado, se complicou de vez. Ontem, corria nos gabinetes senatoriais que, se for mesmo encaminhada, a indicação do deputado será barrada na Câmara Alta.

São Luís, 27 de Setembro de 2019.

Edivaldo Jr. lança a 13ª FeliS, um presente para São Luís num tempo em que a intolerância rosna para a literatura

 

Em cima, Edivaldo Holanda Jr. fala no lançamento da 13ª FeliS. Embaixo, a realidade e a ficção: Benedito Buzar (AML), Edivaldo Holanda Jr.,Luis Gonzaga Coelho (PGJ) e Antônio Norberto (ALL) emolduram Aluísio Azevedo interpretado por Domingos Tourinho

O vírus da intolerância não contaminou a saúde cultural de São Luís. Vem aí a 13ª Feira do Livro de São Luís (FeliS), com programação confirmada para o período de 11 a 20 de Outubro, no Multicenter Sebrae. Terá como patrono ninguém menos que o gigante literário Aluísio Azevedo, com o tema “O Brasil atemporal na obra de Aluísio Azevedo”, e como homenageadas duas personalidades importantes na vida de São Luís em tempos recentes, a professora Rosa Mochel e o fotógrafo Dreyfus Azoubel, ambos comemorando centenário de nascimento neste 2019. Pela programação, a 13ª FeliS deve divulgar pelo menos uma centena de autores maranhenses, grandes nomes das letras nacionais e os clássicos da literatura universal, como é a sua tradição. Além da feira de livros, o evento será movimentado por palestras, mesas redondas e oficinas literárias, rodas de conversa, contação de estórias, teatro, exposições, recitais entre outras atividades paralelas e complementares. Isso inclui a participação de 11 autores conhecidos nacionalmente, a começar pelo poeta maranhense Salgado Maranhão, que será acompanhado de Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Paula Pimenta, Lopito Feijó, Cristóvão Tezza, Ninfa Parreira, Sônia Rosa, Carlos Nejar, Milton Marques Júnior, Sérgio Luís e Renata Barcelos.

A 13ª FeliS foi anunciada ontem, oficialmente, pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), em ato no auditório do Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público, tendo ao lado a primeira-dama Camila Holanda, o vice-prefeito Nogueira e o secretário municipal de Cultura, Marlon Botão, além de representantes de entidades literária, como o presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar. Na sua fala, o prefeito fez uma defesa contundente das manifestações culturais, em especial da literatura, fortalecendo a ideia de que, mais do que um compromisso com o calendário cultural de São Luís, a FeliS é uma obrigação política e institucional com a cultura de uma cidade que respira poesia e estimula a literatura. Além da visão política e cultural mais abrangente, o prefeito Edivaldo Holanda Jr. reforçou a estratégia segundo a qual um dos pontos altos da FeliS é estimular a produção literária local, abrindo espaço para novos autores divulgarem as suas obras. E além de destacar a escolha de Aluísio Azevedo como patrono e da homenagem a Rocha Mochel e a Dreyfus Azoubel, o prefeito citou como exemplo a cordelista e poetisa Goreth Pereira, ex-gari da Prefeitura de São Luís, que apoiada por ele próprio, segue carreira literária.

Ao confirmar a realização da sétima FeliS do seu período de Governo – o que amplia sua posição de maior realizador do evento desde a sua criação em 2006, na gestão Tadeu Palácio (PDT) -, o prefeito Edivaldo Holanda Jr. deu uma injeção de ânimo cultural em São Luís. E o faz num momento em que a cultura no Brasil, em especial a literatura, vive ameaçada pelas sombras da intolerância, a exemplo do que aconteceu recentemente na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. O prefeito cultiva fortemente valores e princípios, mas, ao contrário da intolerância que grassa no plano federal e em alguns bolsões conservadores, tem sabido conviver com a diversidade e respeitar as diferenças. Para ele, mais do que um evento cultural, a FeliS é uma grande ação pedagógica e de inclusão social posta em prática na sua gestão, e uma experiência única para o público que participa, segundo a interpretação do secretário de Cultura, Marlon Botão.

A programação reunirá 11 convidados e cerca de 600 atividades gratuitas que contemplarão todas as idades e ocorrerão em 30 ambientes espalhados numa área de 11.500 metros quadrados. O público – inicialmente previsto de 160 mil visitantes – terá acesso a 300 editoras distribuídas em 70 estandes. A expectativa inicial é a de que pelo menos 160 pessoas visitem o evento e gastem e invistam R$ 2 milhões na compra de livros. Se confirmado, será mais um resultado espetacular. Viva a literatura!

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Na sabatina de Aras, Weverton critica ativismo do MP ao novo  PGR que trabalhe pelo equilíbrio institucional

Durante a sabatina na CCJ do Senado, Weverton Rocha (d) criticou desvios e recomendou ao Augusto Aras (e) que lute pelo equilibro entre as instituições

O senador Weverton Rocha (PDT), que lidera a bancada do PDT no Senado, deu ontem uma demonstração de que vem amadurecendo intensamente como parlamentar. Durante a sessão em que a Comissão de Constituição e Justiça da Casa sabatinou procurador da República Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) fora da lista tríplice, o líder pedetista criticou alguns desvios e recomendou ao novo chefe do Ministério Público Federal que se esforce pela construção do equilíbrio institucional no País, de modo a evitar confrontos entre as instituições que são os pilares da República e do estado democrático de direito.

– Há espaço para os diferentes, para discutirmos de forma civilizada. E está na hora de chamarmos os homens de juízo na nossa República para começarmos a colocar as coisas nos devidos lugares: os políticos fazendo política, os magistrados fazendo o que a Constituição lhe confere, assim como os membros do Ministério Público. Assim nós poderemos dar uma luz para a sociedade no meio desse túnel escuro – declarou Weverton Rocha.

O senador mostrou preocupação com o que vem sendo chamado de “ativismo”, tanto por parte de integrantes da magistratura quanto do Ministério Público, e criticou a atuação de alguns integrantes do MP que agem movidos por convicções e motivos ideológicos, referindo-se, sem fazer menção direta, aos supostos desvios ocorridos no âmbito da Operação Lava Jato, conforme revelaram as gravações divulgadas pelo sítio The Intercept.

– Não são todos, mas esses procuradores que atuam assim prejudicam o trabalho de todos os outros. Eu acredito na instituição, mas não se pode extrapolar o que está na Constituição. Quem quer ser político que abandone a magistratura ou o MP, mas não use a Justiça para fazer ativismo – criticou, avaliando ser fundamental para o Brasil que o Ministério Público atue de forma imparcial e de acordo com o que a lei determina.

Em tempo: o procurador Augusto Aras foi aprovado por 23 votos contra três na Comissão de Constituição e Justiça e, mais tarde, por larga maioria no plenário do Senado, tendo confirmada sua indicação para suceder a Raquel Dodge.

 

Marquinhos “atira” contra Wellington do Curso, mas não explica porque atropelou decisão do DEM

Em cima: Neto Evangelista é lançado candidato pelas cpupulas estadual e nacional do DEM, na presença do governador Flávio Dino, que elogiou a escolha. Em baixo: Marquinhos, do DEM, declara apoio a Osmar Filho (PDT)

O vereador Marquinhos (DEM) disparou pesado contra o deputado Wellington do Curso (PSDB), atribuindo injustamente a ele, Wellington, o comentário feito pela Coluna, sobre sua declaração de apoio ao vereador-presidente Osmar Filho (PDT) na corrida para a Prefeitura de São Luís, quando seu partido tem um pré-candidato já definido e avalizado pelas cúpulas estadual e federal, o deputado estadual Neto Evangelista, que, por sinal, preside a secção do DEM na Capital.

Independentemente das diferenças que possam haver entre Marquinhos e Neto Evangelista, o fato é que, ao declarar apoio ao pedetista Osmar Filho, o vereador democrata cometeu um claro e inequívoco atropelo à ética partidária. Afinal, até as pedras de cantaria da Praia Grande sabem que em convenção partidária realizada no dia 26 de abril, Neto Evangelista foi eleito presidente municipal do DEM e teve sua candidatura à prefeito lançada pelo presidente estadual, deputado federal Juscelino Filho, e pelo presidente nacional, Antônio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador. Os dois destacaram, com todas as letras, que a candidatura de Neto Evangelista à prefeito de São Luís é uma estratégia nacional do partido de lançar candidato em todas as capitais, reforçando que ele terá todo o apoio da agremiação.

É nesse contexto que a declaração de apoio de Marquinhos a Osmar Filho contraria a ética partidária. Afinal, não se tem conhecimento de que o vereador tenha reunido o diretório municipal do DEM para discordar da pré-candidatura de Neto Evangelista, colocar suas razões, discutir o problema e abrir uma dissidência interna. Se isso tivesse sido feito, Marquinho, se vencedor na disputa interna, poderia levar o partido para uma aliança lícita e politicamente correta com o PDT em torno de Osmar Filho; se derrotado, ou se dobraria à vontade da maioria na agremiação ou procuraria outro pouso partidário. É assim que se faz, porque é a regra e porque é politicamente correto.

Xingar adversário sem explicar o conflito de posições dentro do partido nem justificar a dissidência praticada fica feio, confuso, e nada resolve.

São Luís, 26 de Setembro de 2019.

 

Por ato de Weverton Rocha,  Senado homenageia Terezinha Rêgo por seu trabalho pela vida

 

Terezinha Rêgo entre Luciano Leitoa, Weverton Rocha, Tânia Rêgo e Gil Cutrim: homenagem justa e oportuna a um trabalho dedicado à pesquisa em defesa da vida

Em meio a uma agenda atribulada e marcada pela polêmica e por muitas contradições, dadas as tensões políticas do momento como o adiamento da votação do projeto da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição, por exemplo, numa reação corporativa dos senadores por causa da ação da Polícia Federal na Casa, o Senado viveu ontem um momento de sublimação ao homenagear, em sessão especial, a renomada professora, farmacêutica e fitoterapeuta maranhense Terezinha Rêgo. O ato resultou de iniciativa do senador Weverton Rocha (PDT), inspirada no fato de que a mestra e pesquisadora está completando 55 anos de trabalho intenso e produtivo na busca de medicamentos extraídos da flora maranhense. A homenagem é mais que justa, e ao fazê-la, o senador Weverton Rocha contribuiu para a coroação de uma trajetória rica sob todos os aspectos: pesquisa, descoberta, benefício à sociedade – em especial os mais pobres -, enfim, dedicação integral à causa da ciência e da vida. Além disso, Terezinha Rêgo simboliza fortemente a necessidade de preservação da flora brasileira num momento em que ela é agredida ao extremo.

A professora, farmacêutica e fitoterapia Terezinha de Jesus Almeida da Silva Rêgo não é uma cidadã qualquer. Aos 86 anos, trabalhando sem parar em busca do que há de saudável na flora maranhense, ela representa também a Universidade Federal do Maranhão, onde fundou e coordena até hoje o Herbário Ático Seabra, base da sua pesquisa e fonte de muitos medicamentos fitoterápicos repassados à baixo custo à população carente de São Luís, do Maranhão e de todo o País. Seus esforços inspiraram o Projeto Farmácia Viva-Hortos Terapêuticos, coordenado pela Secretaria de Saúde do Maranhão no atual Governo e que consiste no cultivo, conservação e utilização de plantas medicinais, sendo parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse trabalho ganhou o mundo, sendo reconhecido por todos os centros acadêmicos e de pesquisa do Brasil e por universidades e organizações de investigação científica de todos os continentes. As atividades desenvolvidas pela professora Terezinha Rêgo têm sido temas de monografias e teses acadêmicas, e objeto de exames por centros de pesquisa renomados, tendo lhe dado vários prêmios no campo acadêmico.

O senador Weverton Rocha acertou em cheio quando decidiu homenagear a fitoterapeuta maranhense na Câmara Alta. Isso porque, além de um gesto de justiça, a homenagem levou para o plenário do Senado uma personalidade cuja razão de existir é a preocupação com a ciência e com a saúde humana. E mais do que isso, ela representa o melhor exemplo de que, ao invés de ser alvo de destruição como está sendo, a riqueza vegetal nacional deve ser preservada a qualquer custo. Uma das marcas do trabalho de Terezinha Rego é exatamente o desenvolvimento de medicamentos à baixo custo e acessível às comunidades mais carentes, e isso depende da flora viva e diversificada. Entre suas descobertas mais marcantes estão o uso do princípio ativo da “cabacinha” no combate à sinusite e do xarope de urucum e da tintura de assa-peixe para doenças respiratórias.

– Reconhecer o valor do trabalho da professora Terezinha Rego é praticamente um dever de consciência de todo maranhense. Várias gerações, a minha incluída, cresceram conhecendo e admirando o trabalho desta mulher que dedicou a vida à pesquisa e ao desenvolvimento de técnicas de cultivo de plantas medicinais”, disse o senador Weverton Rocha, durante a sessão especial por ele presidida. Ele assinalou que atualmente o projeto tem 32 hortos implantados em órgãos estaduais, instituições de ensino, escolas, comunidades quilombolas e terreiros, além de 10.141 capacitações para manejo de hortos realizados no estado. E destacou: “As hortas medicinais comunitárias, que sempre foram um projeto de vida da professora Terezinha Rego, salvam vidas e garantem a cura para pessoas que teriam dificuldade de acesso aos caros medicamentos alopáticos”. O senador também elogiou a sensibilidade do governador Flávio Dino por criar o programa: “Fico honrado em ver que o meu estado já está trilhando o caminho de valorização da pesquisa e da ciência ao incluir o Projeto de Farmácia Viva no Programa de Políticas Públicas do Maranhão, numa iniciativa do governador Flávio Dino”.

Emocionada, a professora Terezinha Rêgo agradeceu em discurso lido pela filha, Tânia Rêgo, fechando um momento de grandeza no Senado da República.

Em Tempo: A presença do prefeito de Timon, Luciano Leitoa, na sessão especial se deve ao fato de ser ele presidente do PSB, partido ao qual Terezinha Rêgo é filiada e pelo qual foi candidata ao Senado em em 1998.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Destaque

Othelino Neto garante manifestação pacífica e lançamento de Frente conservadora na Assembleia Legislativa

Em cima, ntre Helena Duailibe, neto Evangelista, Thaíza Hirtegal, Pastor Damasceno, Mical Damasceno, Gandra, Roberto Costa e Arnaldo Melo, Othelino Neto preside lançamento da Frente, e embaixo conversa com manifestantes

Mesmo com a agitação causada por manifestantes que foram ao Palácio Manoel Beckman protestar contra a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a controvertida Damares Alves, que preferiu ficar em Brasília e mandar representante, a Assembleia Legislativa oficializou ontem a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, iniciativa da ultraconservadora deputada Mical Damasceno (PTB). Vista por muitos como fruto de uma iniciativa conservadora, com traços ideológicos da direita ranzinza, a Frente Parlamentar é, porém, um movimento legítimo, à medida que nasceu dentro de um parlamento plural e foi aprovada por votos de direitistas, centristas e esquerdistas. Pode-se discutir democraticamente os seus fundamentos, criticar o conservadorismo dos seus valores e até mesmo a sua inclinação religiosa, à medida que está declaradamente apoiada por segmentos evangélicos. A própria deputada Mical Damasceno tem deixado muito claro nos seus discursos que, para ela e os líderes que a apoiam, que religião e política andam juntas, coisa que só tolerada numa democracia que preza pela liberdade de credo.

Nesse sentido, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), demonstra muita habilidade política. Militante de esquerda, seria perfeitamente natural que ele se esquivasse de chancelar a criação da Frente conservadora criada pela deputada Mical Damasceno, passando a tarefa para outro membro da Mesa Diretora. Mais uma vez, no entanto, o presidente contrariou a lógica, não apenas presidindo o ato, mas dando-lhe a dimensão de uma iniciativa parlamentar. Antes, contrariando o costume, foi ao encontro aos manifestantes, invocou as regras da democracia e obteve deles a garantia de que seu protesto contra a ministra, que também e um direito, seria barulhento, mas pacífico. Com muita habilidade e noção de direito, o presidente da Assembleia Legislativa demonstrou que a democracia plena abriga com segurança a convivência sempre tensa e zoadenta de contrários.

Os movimentos do presidente foram decisivos para que os manifestantes externassem sua insatisfação com a ministra ausente e a Frente da deputada Mical Damasceno fosse lançada com a devida pompa. E com a presença dos deputados Arnaldo Melo (MDB), Neto Evangelista (DEM), Roberto Costa (MDB), Zito Rolim (PDT), Helena Duailibe (SD), Felipe dos Pneus (PRTB), Daniella Tema (DEM), Thaísa Hortegal (PP), Marco Aurélio (PCdoB), Wellington do Curso (PSDB) e Dr. Yglésio (PDT), além da deputada licenciada Ana Mendonça, secretária de Estado da Mulher.

 

Astro de Ogum deixa Comissão de Ética, pode sair da base governista e acusa secretários sem nominá-los

Astro de Ogum: decisões drásticas após acusação de chantagem sexual e prisão por porte de arma

O ex-presidente e atual vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PP), falou ontem aos seus pares sobre o caso em que é acusado de participar de um esquema de chantagear jovens para obter favores sexuais e que culminou com a sua prisão por porte ilegal de arma e de dois assessores denunciados como os chantagistas. Três pontos do seu discurso chamaram a atenção. No primeiro ele anunciou o seu desligamento da Comissão de Ética da Câmara, presidida pelo vereador Afonso Manoel (??). Uma iniciativa sensata, à medida que corre o risco de ser convidado a se retirar para ser por ela investigado caso a sua situação venha a se complicar. O outro ponto é a de conversar que terá com o prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT) para decidir se continua ou não como integrante da base parlamentar do Governo municipal. Dificilmente o prefeito lhe dirá que não quer mais o seu voto, mas com base nos valores que defende e a acusação a Astro de Ogum seja confirmada, Edivaldo Holanda Jr. certamente ficará incomodado de ter um aliado com tal perfil na sua base de apoio. Finalmente, Astro de Ogum disse que dois secretários da prefeitura comemoraram sua prisão. Não deu nomes, e isso pegou mal. Seria melhor ter ficado calado nesse caso.

São Luís, 25 de Setembro de 2019.

Roda Viva: Flávio Dino quer esquerda unida e retomando   bandeiras como o combate à corrupção

 

Flávio Dino no Roda Viva, da TV Cultura: mostra preparo técnico e visão política larga

A esquerda tem de tentar a unidade e retomar suas bandeiras, como combater a corrupção e usar verde e amarelo. Nenhum segmento da esquerda deve impor sua visão nessa aliança.  O Brasil tem problemas, mas não está quebrado, e as soluções que estão propondo não vão resolver. O Brasil é forte, mas só avançará com um tripé: democracia plena, soberania nacional consolidada e Governos que lutem pelos direitos mais pobres. Usar a força letal da Polícia sem atacar os grandes financiadores do tráfico não é política de segurança pública. Assinaria a maioria das sentenças da Lava-Jato, mas houve abusos e distorções nas investigações e desvios em algumas sentenças. O julgamento de Lula tem de ser anulado, para que ele tenha um   julgamento justo. E a esquerda precisa atualizar o discurso, ajustar seu programa e combater o retrocesso. Candidatura (presidencial) não pode ser colocada antes do debate.

As opiniões acima, entre muitas outras sobre assuntos diversos, foram manifestadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB) ao longo das duas horas que durou o programa Roda Viva, da TV Cultura, feita ao vivo, ontem, a partir das 22 horas. Independentemente de posição político-partidária, o “embate” com jornalistas mostrou que o governador do Maranhão já é, de fato, um político maduro e está preparado para governar o Brasil, no caso de vir a se candidatar a presidente e vencer a eleição. O entrevistado não deixou pergunta sem resposta, não tergiversou em qualquer assunto, foi direto na essência dos problemas colocados e, mais do que isso, deixou claro que a candidatura presidencial não é prioridade e que, candidato ou não, continuará discutindo os problemas do País como um dever.

O programa foi aberto com a sucessão presidencial, sendo o governador apontado como um dos nomes para a disputa. Flávio Dino foi claro: qualquer projeto nessa área tem de ter a esquerda, e até o centro, unida como base. Na sua avaliação, essa frente tem de transcender o jogo político. E não há como ela se sustentar se um ou outro partido resolver impor sua visão sobre os demais. Reconheceu a força do PT e do “lulismo”, mas também admitiu a importância de Ciro Gomes (PDT) nesse campo, ainda que discorde de um ou outro pensamento ou gesto do pedetista. É fato que a esquerda perdeu bandeiras importantes, como o combate à corrupção, “e o uso do verde-amarelo”, por exemplo. “Essas bandeiras precisam ser retomadas”, declarou, lembrando que a luta contra a corrupção nasceu com a esquerda, e assinalando que “o verde e o amarelo estão sendo usados por quem está fingindo que é patriota”. E foi enfático: “A esquerda deve atualizar o discurso, ajustar o programa e combater o retrocesso”.

Sobre a situação do País, o governador foi taxativo: “O Brasil não está quebrado”. Para ele, esse discurso é falso, porque na sua   avaliação, apesar dos problemas que está enfrentando, o País “é forte, é rico”, e só precisa de um Governo”. Avaliou que o que está em curso está na contramão da História, porque não há um projeto de desenvolvimento que relacione a economia com distribuição de renda e bem-estar social. Nesse campo, apresentou uma série de argumentos, entre eles o de que, ao contrário da maioria dos Países, o Brasil tem reservas internacionais de US$ 350 bilhões, que podem perfeitamente servir de garantia para a atração de investimentos. “O que falta é gerenciamento, é Governo”, sentenciou, afirmando que, embora não torça contra, não acredita no projeto que estão tentando implantar no País.

Sobre a possibilidade de sua candidatura à presidência da República em 2022, Flávio Dino não confirmou nem descartou. Para ele, o projeto maior é a união das esquerdas e a formação de uma grande frente, incluindo o centro, já para as eleições municipais do ano que vem, que no seu entendimento “serão plebiscitárias”. A hora é de discutir o futuro do País, unir as forças e retomar as bandeiras. A sucessão presidencial fica para depois, não sendo uma prioridade agora. No que diz respeito a ele próprio, declarou que está no grande debate colocado pelo presidente Jair Bolsonaro, quando o apontou agressivamente como “o pior dos governadores de paraíba”. E avisou: “Vou continuar discutindo o Brasil”.

O fato é que, se alguém tinha dúvidas de que o governador Flávio Dino (PCdoB) já é um político maduro e está preparado para governar o Brasil, no caso de vir a se candidatar a presidente e vencer a eleição, a entrevista de ontem ao renomado programa Roda Viva, da TV Cultura, mandou-as para o espaço.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Ex-casal, Thaiza Hortegal e Luciano Genésio mostram inteligência e habilidade ao manter laços políticos

Thaiza Hortegal e Luciano Genésio com André Fufuca em Brasília: ex-casal mantém parceria política inteligente com bons resultados 

A deputada estadual Thaiza Hortegal (PP) e o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), formam um bom exemplo de que é perfeitamente possível praticar uma política de resultados mesmo quando laços conjugais são desfeitos. O fim do casamento não impediu que os dois continuassem trabalhando em sintonia fina pelos interesses de Pinheiro, onde estão sua base política e eleitoral. Na semana passada, a deputada e o prefeito fizeram um périplo em Brasília para garimpar recursos para o maior e mais importante município da Baixada Ocidental Maranhense. A incursão percorreu gabinetes da Câmara Federal e do Senado, onde conversaram com representantes da bancada maranhense, a começar pelo parceiro partidário dos dois, o deputado federal André Fufuca (PP), que anunciou a destinação de mais recursos para a Saúde municipal via emendas parlamentares, cuja liberação foi assegurada pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Thaiza Hortegal e Luciano Genésio agradeceram o empenho do parlamentar, que preside o PP no Maranhão e reforçaram a parceria política e partidária já consolidada.

Thaiza Hortegal e Luciano Genésio reuniram-se também com o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), com quem também trataram de demandas da Baixada Maranhense e do Baixo Parnaíba, base política e eleitoral da parlamentar e onde o parlamentar teve uma expressiva votação. O ex-casal foi ao gabinete do deputado federal Cléber Verde (PRB), a quem agradeceram as emendas destinadas a Pinheiro. O périplo terminou com a visita dos dois ao senador Weverton Rocha (PDT), onde confirmaram a visita do senador à Pinheiro para a inauguração das primeiras obras do Programa Pró-Asfalto e Estradas Vicinais.

Coube à deputada Thaiza Hortegal explicar, com habilidade surpreendente, a incursão política do ex-casal por Brasília: “É muito importante essa união, porque, juntos, nós estamos beneficiando milhares de maranhenses. Vamos continuar trabalhando na Assembleia e na Câmara Federal, ao lado do prefeito Luciano, para garantir melhorias para as regiões”.

 

Marquinhos declara apoio a Osmar Filho num gesto público de desrespeito ao DEM

Marquinhos (DEM). entre Pedro Lucas Fernandes (PTB), Osmar Filho (PDT) e Raimundo Penha (PDT): esnobando a pré-candidatura de Neto Evangelista (DEM)

Alguma coisa está errada no conceito que muito políticos têm de partido no Maranhão. Entre vários exemplos, um, ocorrido no final da semana na Vila Luizão, chamou muito a atenção. Ali, na noite de domingo (22), durante as comemorações pelos 25 anos de fundação do bairro, diante de pelo menos três mil pessoas, a maioria jovens, o vereador Marquinhos (DEM) declarou apoio à pré-candidatura do vereador-presidente Osmar Filho (PDT) à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. Nada demais, não fosse por um detalhe: o partido do vereador Marquinhos, o DEM, tem pré-candidato à prefeito de São Luís, o deputado estadual Neto Evangelista, que também é presidente da agremiação na Capital, e que foi definido como candidato pelo comando nacional do partido, segundo declarou, naquele evento partidário, o presidente nacional e prefeito de Salvador Antônio Carlos Magalhães (ACM) Neto.

O episódio escancara o absoluto desprezo que certos políticos têm pelas agremiações partidárias. Ao declarar apoio à pré-candidatura do colega presidente Osmar Filho, o vereador Marquinhos demonstrou que está se lixando para o DEM – pelo qual se elegeu – e para o projeto da agremiação de disputar a Prefeitura de São Luís com a candidatura do deputado Neto Evangelista. Afinal, a candidatura de Neto Evangelista é um projeto abraçado pelos comandos estadual e nacional do DEM, e isso ficou claro quando o braço do partido em São Luís partido realizou sua convenção com a presença de ACM Neto e outros líderes do DEM. Não engole a pré-candidatura de Neto Evangelista, briga contra ela dentro do partido, demonstra a insatisfação e tenta convencer seus pares de que não é a melhor escolha. Derrotado e insatisfeito, sai do partido, procura novo pouso partidário. É mais correto do ponto de vista político e mais decente do ponto de vista ético.

Com a palavra, o vereador Marquinhos, para explicar o seu escorregão ético, e o comando do DEM em São Luís, para dizer o que pensa sobre o assunto.

São Luís, 24 de Setembro 2019.

Rubens Jr. diz que está pronto para ser candidato à prefeito, mas a decisão é do grupo liderado por Flávio Dino

 

Rubens Jr.: político jovem com experiência de raposa pode ser o candidato do PCdoB à prefeitura de São Luís

“Sou um político de grupo. Se o grupo achar que eu deva ser o candidato, eu serei candidato. Se for o contrário, não serei candidato, e seguirei em frente. Estou preparado para o que o grupo decidir”. A declaração, feita em tom de sentença, foi dada à Coluna por Rubens Pereira Jr., deputado federal licenciado (PCdoB) e atual secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), em resposta à pergunta sobre se será ou não candidato à Prefeitura de São Luís. Aos 35 anos, com raiz política em Matões, na região polarizada por Caxias, mas com fortes ligações com São Luís, e exercendo o quarto mandato parlamentar – dois de deputado estadual e já no segundo de deputado federal -, Rubens Jr. é um dos quadros mais destacados do chamado “Núcleo de Ferro” liderado pelo governador Flávio Dino e apontado como o nome preferido do Palácio dos Leões para disputar a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT) pelo PCdoB. Dono de invejável cacife eleitoral – se elegeu e se reelegeu deputado federal com mais de 100 mil votos -, o atual titular da Secid mostra maturidade política surpreendente para os seus 35 anos e um realismo incomum quando avalia a possibilidade de vir a ser o candidato do seu grupo à Prefeitura de São Luís.

– Será uma luta difícil, mas se eu entrar, vou entrar determinado a vencer – diz, cm determinação e sem exibir qualquer traço de arrogância.

Ao contrário de alguns aspirantes ao Palácio de la Ravardière, Rubens Jr. sabe exatamente onde está pisando e demonstra ter o controle total do cenário em que a disputa está sendo desenhada. Político jovem com tarimba de raposa, mostra que aprendeu muito nos três mandatos parlamentares já exercidos. Tanto que não relutou quando, no início do quarto mandato, já exercendo a condição de vice-líder do PCdoB na Câmara Federal, aceitou a convocação do governador Flávio Dino para fechar uma equação político-partidária: licenciou-se do mandato para assumir a Secid – sonho dourado de todos os políticos com mandato -, ao mesmo tempo abrindo vaga para o suplente Gastão Vieira (PROS). Poderia ter assumido qualquer pasta, mas a Secid, que cuida dos problemas urbanos, lhe caiu como uma luva e indicou claramente a intenção do governador Flávio Dino de prepará-lo para grandes desafios executivos, tudo indicando que o primeiro deles seja a Prefeitura de São Luís. Indagado sobre o assunto, Rubens Jr. não nega nem confirma, mas deixa no ar que é isso mesmo e que está disposto a mostrar que além de bom político é também bom gestor.

– É minha obrigação como político mostrar que também sei administrar – diz, com firmeza e convicção.

Rubens Jr. tem noção clara de que a escolha do candidato do PCdoB à prefeito de São Luís não será uma simples manifestação da vontade dos líderes do grupo. O PCdoB tem outro nome com respeitável peso eleitoral na Ilha, o deputado estadual Duarte Jr., que está se movimentando intensamente pela vaga de candidato. Rubens Jr. surpreende ao avaliar a situação com visível tranquilidade, reconhecendo o lastro eleitoral do colega de partido e admitindo que ele é um nome competitivo para a disputa. No entanto, sem menosprezar o “adversário”, diz tratar-se de um bom quadro, mas acha que está mais preparado para ser prefeito, chamando atenção para o fato de que nessa escolha o eleitor não levará em conta apenas o potencial eleitoral do candidato, mas o que ele poderá realizar quando assumir a Prefeitura. Sabe também que, se sair candidato, enfrentará concorrentes fortes, como Eduardo Brida (Podemos), Osmar Filho ou Dr. Yglésio (PDT), Neto Evangelista (DEM), Jeisael Marx (Rede), Wellington do Curso (PSDB), Adriano Sarney (PV) e até mesmo seu atual colega de partido Duarte Jr. por outra legenda.

– Não quero ser melhor do que ninguém, mas sei o que fazer se for candidato e vier a ser eleito prefeito de São Luís – diz, sem titubear.

No comando da Secid, Rubens Jr. tem em São Luís o foco de vários programas importantes, como o Nosso Centro, destinado a revitalizar o centro de São Luís incentivando uma renovação sustentável, e outros, como Minha Casa, Meu Maranhão e Cheque Minha Casa, voltados para melhorar o padrão de moradia nos diversos bairros da Capital. Sem fazer alarde e cumprindo uma agenda intensa e desafiadora, o secretário Rubens Jr. vai aprimorando sua experiência executiva aprofundando o seu conhecimento sobre a realidade de São Luís. Nesse cenário, chegará a março/abril do ano que vem com a Capital e seus problemas na palma da mão, pronto para deixar o cargo e entrar na corrida pelo voto. Se o grupo a que pertence assim decidir, ressalva, com habilidade.

– Estou pronto para ser candidato – avisa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Adriano Sarney sai da condição de “herdeiro” e começa a pensar como político realista

Adriano Sarney: começa a atuar como político 

Ao convocar o MDB, o PSC, o PSD e o seu próprio partido, o PV, para formar uma frente de Oposição em torno da sua candidatura à prefeito de São Luís, o deputado Adriano Sarney deu, finalmente, uma demonstração de que está se libertando da condição de “herdeiro quero, mando, posso” para assumir a condição de político que tem pela frente o desafio de salvar o que sobrou do sarneysismo e ajudar a transformá-lo num grupo com algum futuro. Hoje, o sarneysismo está resumido ao MDB, que se mantém pela obstinação partidária do ex-governador João Alberto e pela militância aguerrida de jovens liderados pelo deputado Roberto Costa, e contando com o apoio dos deputados federais João Marcelo e Hildo Rocha, e o estadual Arnaldo Melo; ao PV, comandado pelo deputado Adriano Sarney e contando com os deputados estaduais César Pires e Rigo Teles; ao PSD, que conta com o deputado federal Edilázio Jr., e ao PSC, representado agora pelo deputado federal Aluísio Mendes; contando ainda com cerca de 40 prefeitos e pelo menos uma centena de vereadores. E com um detalhe fundamental: estão espalhados e sem falar o idioma sarneysista, o que exigirá um trabalho político eficiente para reuni-los. O chamamento feito pelo deputado Adriano Sarney é um sinal de que ele começa a compreender que a situação do grupo é extremamente difícil, mas que um bom e cuidadoso trabalho de articulação, sem pressão e sem imposição, poderá resultar na formação de uma aliança sarneysista em São Luís. O problema são as arestas criadas em outros tempos e que precisam ser aparadas

 

Flávio Dino levará suas impressões sobre o País ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta Segunda

Flávio Dino em entrevista recente na Band: um dos políticos mais ouvidos do País 

O governador Flávio Dino será o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (23), que vai ao ar às 22 horas. Nas últimas semanas, ele tem sido o líder político mais ouvido por emissoras de TV e de rádio e por jornais, revistas e sítios de notícia, à exemplo do maior deles, o UOL, ligado ao Grupo Folha. Na grande imprensa, o governador do Maranhão começa de fato a ser visto como um potencial candidato a presidente em 2022. E as razões para isso são diversas. Começa com o fato de ser ele o responsável por derrotar o sarneysismo e destravar politicamente o Maranhão. Além disso, chama a atenção o fato de ser ele o único governador do PCdoB em todo o País, levando esse partido – que foi duramente desidratado nas eleições de 2018 -, a firmar uma base forte no estado. Pesa também nesse contexto o fato de estar realizando um bom Governo, com rigoroso equilíbrio fiscal, num cenário em que mantém Oposição em relação ao Governo de Brasília e boa parte dos estados – incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – encontra-se em situação pré-falimentar. E, finalmente, pelo fato de que ele se mostra uma voz lúcida e politicamente inteligente num ambiente político em que é evidente a carência de líderes na seara da esquerda democrática. Na sua pregação País afora, o governador do Maranhão tem impressionado plateias exigentes, formadas por intelectuais, jornalistas, profissionais liberais de todas as áreas, empresários com viés social, grupos corporativos e outros segmentos engajados da sociedade organizada. Vale a pena conferir, avaliar e tirar conclusões.

São Luís, 21 de Setembro de 2019.

Em “conferência institucional”, PCdoB faz avaliação positiva do Governo Flávio Dino e mira as urnas de 2020

 

Márcio Jerry, Othelino Neto e Rubens Jr,: avaliação positiva sobre o Governo do PCdoB e preparação para novos embates, com  as eleições municipais de 2020

Sob o comando do governador Flávio Dino, o PCdoB realiza no Maranhão um Governo que “existe e funciona”, produzindo resultados acima da média, apesar das dificuldades e pressões geradas pela crise que vem sufocando o Brasil. Foi essa a conclusão a que chegaram líderes do partido em “conferência institucional” realizada ontem, em São Luís, e que teve como palestrantes o presidente da agremiação, deputado federal Márcio Jerry, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Filho, e o secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), deputado federal licenciado Rubens Pereira Jr.. Na avaliação desses líderes, o PCdoB viabiliza um Governo diferenciado, que, ao contrário do que ocorre em boa parte dos estados, mantém em dia os salários dos servidores, banca os serviços básicos e, mesmo em situação de dificuldade extrema, consegue fazer investimentos em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. Para eles, o partido está ativo, se mantém mobilizado, opera para fortalecer o Governo e intensificar suas ações políticas, como a preparação para o grande embate eleitoral do ano que vem para eleger prefeitos e vereadores.

Os três conferencistas demonstraram, com fatos e números, que o Maranhão vai bem, apesar do sufoco financeiro que obriga o Governo a viver “uma agonia a cada dia”, como costuma pregar o governador Flávio Dino. Mantém em pleno andamento uma ousada e inovadora política educacional, com tripé formado pelos programas Escola Digna, Escola de Tempo Integral e educação profissionalizante, com as unidades do Instituto Estadual de Tecnologia e Inovação do Maranhão (Iema). Investe o possível num arrojado programa de saúde, com a implantação dos hospitais macrorregionais, centros de especialização, como o Hospital de Traumatologia de São Luís e os Centros de Hemodiálise, por exemplo. E faz o que pode para levar em frente investimentos em rodovias, saneamento e urbanização, como o Parque do Rangedor, recém-inaugurado em São Luís. Toca inúmeros programas de assistência e desenvolvimento social, como a ampliação da rede de e Restaurantes Populares e outros de igual importância. E alimenta o maior e mais arrojado programa de Segurança Pública que se tem notícia na história recente do estado, com o aumento do efetivo policial e da frota de viaturas e reforço no armamento.

Na avaliação dos líderes, o Governo Flávio Dino põe em prática no Maranhão a base da linha programática do PCdoB, com seus programas, conseguiu equacionar e começa a reverter uma realidade social adversa contra a qual a ação do Estado vinha se mostrando ineficaz. E leva em frente o seu programa de ação num contexto nacional marcado por uma crise que vem se prolongando, e sem sinalização de que será superada. Além disso, existe a distância política e ideológica em relação ao Governo de Jair Bolsonaro, que vem sendo amenizada por meio de uma ação institucional forte, que tem como base o diálogo e que se sustenta nos direitos do Maranhão no contexto da Federação e das obrigações da União para com os estados.

“Apesar da crise que que ocorre no País, o Governo Flávio Dino, com o apoio integral do PCdoB, continua mantendo um grande repertório de realizações”, avalia o deputado federal Márcio Jerry, para quem o PCdoB tem papel fundamental como suporte político. Ele explica que “conferências institucionais” como as de ontem servem para “mobilizar, incentivar e orientar” a militância e fortalecer a ação política de sustentação do Governo. E acrescenta que, como qualquer partido, o PCdoB busca resultados também projetando ações políticas futuras. “Vamos agora preparar o partido para as eleições municipais de 2020”, avisa o presidente do PCdoB. Na mesma linha, o titular da Secid, Rubens Jr. avalia a “conferência institucional” como uma ação do PCdoB destinada “a fortalecera a garantia de realização de um bom Governo”. E manifesta convicção de que “os resultados alcançados até aqui pelo governador Flávio Dino nos permite pensar em voos mais altos”.

Em resumo: o PCdoB está convicto de que o Governo Flávio Dino faz o melhor pelo Maranhão. E é com essa convicção que se prepara para ir às urnas no ano que vem.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Andreia Resende lembra o acidente que a deixou paraplégica e recebe apoio emocionado dos colegas

Andreia Resende: lições com a tragédia e muita determinação de seguir em frente

A Assembleia Legislativa viveu, na sessão de ontem, um momento de forte emoção. Movida por um misto de humildade e realismo, a deputada Andreia Resende (DEM) registrou, num discurso emocionado, mas sem qualquer traço de drama, o primeiro ano do acidente automobilístico que a deixou paraplégica. O desastre, resultado de um choque frontal entre o veículo em que viajavam a odontóloga balsense então candidata à deputada estadual e seu marido, o então deputado Stenio Resende (DEM), ocorreu na BR-316, no município de Olho D`Água das Cunhãs, a 287 km de São Luís, no dia 25 de agosto de 2018. No morreu o motorista do veículo da parlamentar, David Rogeres Araújo.

Segura, tranquila e com um surpreendente ar de conformação e disposição para enfrentar os desafios da limitação de movimentos, a deputada Andreia Resende fez um rápido registro   do acidente e relatou o que definiu como “as dificuldades, os desafios, mas também as descobertas, as vitórias e as conquistas de uma nova vida”.   E, sempre contida, com a voz pausada, mas firme, agradeceu aos colegas deputados “as palavras de incentivo, o olhar generoso e a cada abraço carinhoso” que tem recebido na convivência diária da rotina política e parlamentar. Na mesma linha, apresentou estatísticas do IBGE sobre paraplegia no Brasil, das dificuldades de milhões de brasileiros por causa das dificuldades de locomoção, e faz um apelo para que todos contribuam para que essa realidade seja mudada no Maranhão e em todo o País.

A manifestação da deputada Andreia Resende, que é 1ª secretária da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e ganhou o status de musa da Casa, emocionou o plenário. Tanto que nada menos que 16 deputados, a começar pelo presidente Othelino Neto, se manifestaram solidariamente, alguns sem conter as lágrimas.

 

Sem o aval do PSBD, Wellington do Curso pode buscar candidatura em outro partido

Wellington do Curso: indefinição no PSDB, apesar do cacife eleitoral forte em São Luís

O deputado Wellington do Curso ainda não tem o aval pleno do PSDB para ser o candidato do partido na corrida para a Prefeitura de São Luís em 2020. De acordo com vozes tucanas dispersas e inconformadas com a condução que o senador Roberto Rocha vem dando ao partido no Maranhão, a começar por São Luís, a situação de Wellington do Curso é rigorosamente indefinida, já que o comando do partido não dá sinais de que esteja interessado em discutir o assunto e tomar uma posição. Dono de um respeitável lastro eleitoral na Capital e apontado como um candidato com alguma viabilidade, Wellington do Curso tem mantido posição de serenidade, como quem não está interessado numa crise. Mas também tem recebido sinais de vários partidos, que lhe estão oferecendo vaga de candidato a prefeito. A situação, portanto, é a seguinte: se não receber o aval do PSDB à sua candidatura, Wellington do Curso não terá qualquer dificuldade para encarar a urnas por outro partido.

São Luís, 20 de Setembro de 2019.