Edivaldo Jr. terá palavra final sobre seu companheiro de chapa, que poderá sair das fileiras do PT

 

edivaldo e vices
Mário Macieira, Zé Inácio, Zé Carlos, Bira do Pindaré e Pedro Lucas no páreo para ser  vice de Edivaldo Jr.

O prefeito Edivaldo Jr. (PDT) terá a palavra final sobre a escolha do seu companheiro de chapa na corrida à reeleição. O nome poderá sair de qualquer um dos 16 partidos da aliança que está sendo formada em torno da sua candidatura. Essa flexibilidade está sendo possível porque o PCdoB, agremiação do governador Flávio Dino, portanto seu aliado preferencial, embora esteja participando ativamente do processo de interlocução com o prefeito-candidato, decidiu não apresentar, o que o deixa quase de fora na movimentação pela vaga de candidato a vice. O gesto do PCdoB – raro em se tratando de montagem eleitoral – abre caminho para um amplo processo de articulação que resulte na escolha de um nome adequado ao perfil da candidatura de Edivaldo Jr. à reeleição. E nesse contexto, estão, é grande a possibilidade de o vice sair do PT, do PTB ou – numa possibilidade remota – do PSB, caso partido venha a integrar a aliança que reúne o maior quinhão político-partidário da base de sustentação do governador Flávio Dino.

Além da exigência legal de ter um companheiro de chapa, o prefeito Edivaldo Jr. precisa de um candidato a vice-prefeito que, de fato, agregue segurança ética, suporte político, confiabilidade, preparo administrativo e disposição para enfrentar dificuldades. O substituto eventual deve assumir, de fato, a condição de parceiro que está no mesmo barco, para dividir os bônus e também os ônus da complicada e desafiadora tarefa de administrar São Luís, uma metrópole de mais de 1 milhão de habitantes e uma desanimadora relação de problemas. Daí a dificuldade em encontrar político com esse perfil, com quem possa contar de fato, e não enfrente o “bye, bye” que recebeu do vice-prefeito Roberto Rocha (PSB), que abandonou a vice para se candidatar a senador em 2014, se elegeu e hoje não apoia sua candidatura à reeleição – pelo menos até aqui não se posicionou em relação à disputa municipal, e nas vezes que falou sobre o assunto o fez como quem quer ver o prefeito pelas costas.

Sem o PCdoB na briga pela vaga de vice, o prefeito Edivaldo Jr. vai concentrar suas articulações em basicamente três das agremiações que o apoiam: o PTB, o PT, o PSC e, numa hipótese muito remota, mas não descartável, o seu próprio partido, o PDT, para formar “chapa pura”. Edivaldo Jr. não quer fechar as portas para nenhum dos partidos que o apoio, mas que também não deve escancará-las para se submeter a pressões saídas de agremiações que nada têm a lhe oferecer além de alguns segundos de tempo de TV, mas sem a garantia de dar-lhe pelo menos alguns votos. Daí ser plausível prever que o candidato à vice na chapa do prefeito de São Luís sairá de um dos grandes partidos que o apoiam.

Chegado à última hora na coligação, mas com o peso da sua força como o maior partido de esquerda do País, apesar violento desgaste que vem sofrendo, o PT levou também cacife para propor o nome do vice. Vários nomes foram cogitados, como o deputado estadual Zé Inácio e o federal Zé Carlos. Mas o terceiro nome do PT, o advogado Mário Macieira, ex-presidente da OAB, parece ser o que mais se encaixa no perfil de companheiro de chapa do prefeito, a começar pelo fato de ter forte ligação pessoal e política com o governador Flávio Dino. Nos bastidores, Mário macieira é por muitos apontados como virtual companheiro de chapa de Holanda Jr..

No caminho do PT está o PTB, que tem um nome de peso, que pode definir a parada e levar a vaga de vice. Filho e herdeiro político do deputado federal Pedro Fernandes (PTB), o vereador Pedro Lucas Fernandes é visto como um nome leve e que agrega valor político e eleitoral e já tem base politica própria para se credenciar para ser vice. Outro nome muito forte e o deputado Bira do Pindaré (PSB). Inicialmente entre os nomes fortes para disputar a Prefeitura, Pindaré se perdeu numa disputa com o senador Roberto Rocha, que controla o PSB em São Luís e não quer o parlamentar como candidato, preferindo emplacar seu filho, o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB).

Certamente outras opções surgirão antes das convenções partidárias, mas o certo é que o PT desponta como o aliado do qual sairá o candidato à vice do prefeito Edivaldo Jr.. E no caso com a aprovação do PCdoB e do Palácio dos Leões.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Humberto Coutinho e Cleones Cunha abrem mão de governo interino para não prejudicar irmãos a candidatos a prefeito
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Humberto Coutinho e o irmão Ferdinando Cutinho e Cleones Cunha com o irmão Tema Cunha

Uma informação apressada agitou o meio político no período entre a tarde de terça-feira e o meio-dia de ontem. A seguinte: o governador Flávio Dino entraria de férias no início da próxima semana, viajaria com a família para o exterior, e como o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) encontra-se na China, onde permanecerá por duas semanas, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PSB), terceiro na linha sucessória, assumiria o Governo do Estado por uma semana. O frisson perdeu força na manhã de ontem, quando o próprio presidente do Legislativo descartou a possibilidade de assumir o Governo até outubro. Isso porque, se vier a fazê-lo, inviabilizará a candidatura do irmão, Ferdinando Coutinho (PSB), à Prefeitura de Matões do Norte. E logo correu o meio político o lembrete de que também o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cleones Cunha, quarto na linha sucessória do Governo do Estado, também não poderia ser governador por uns dias, para não mandar para o arquivo o projeto do prefeito de Tuntum, Cleomar Tema Cunha, seu irmão, de concorrer à reeleição. Em conversa com jornalistas, o presidente Humberto Coutinho deu bem a importância que ele dá ao projeto político do seu irmão ao afirmar categoricamente que não tomaria qualquer atitude que pudesse prejudicar o projeto político de Ferdinando Coutinho. Ontem à tarde, soube-se que, por conta desses impedimentos formais com repercussões políticas, o governador Flávio Dino, refez seus planos, decidindo só entrar de férias depois que foi vice-governador Carlos Brandão retornar na Ásia.

 

Waldir deu volta por cima na eleição na Câmara Federal
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Waldir comemorou o desfecho da crise na Câmara

É verdade que não se sabe o que acontecerá com ele a partir de hoje, mas o fato é que, agora de volta à condição de 1º vice-presidente da Câmara Federal, o deputado federal Waldir Maranhão (PP) saiu por cima no processo que resultou na eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) presidente da instituição. Chamou a atenção o abraço efusivo e fraterno do já presidente Rodrigo Maia em Waldir Maranhão quando este lhe passou o cargo. A atenção de Maia para com Maranhão foi tão evidente que o 1º secretário da Mesa, Beto Mansur (MG), que ocupava a cadeira ao lado da do presidente, levantou-se e cedeu aquele lugar para Maranhão. A atenção de Rodrigo Maia pode ser explicada com o fato de Waldir Maranhão haver enfrentado diversos e complicados obstáculos que poderiam jogar a eleição e o processo de cassação do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para agosto. Maranhão foi violentamente pressionado pela tropa de Cunha, mas segurou o tranco e conduziu o processo de acordo com o calendário que ele mesmo traçou, fazendo poucas concessões ao Colégio de Líderes, que tentou enfrentá-lo, mas perdeu. Waldir Maranhão está consciente de que fez adversários e tornou-se antipático para muitos, mas sabe também que no jogo político situações críticas podem ser revertidas, o que para ele significa salvar o mandato.

 

São Luís, 13 de Julho de 2016.

 

 

4 comentários sobre “Edivaldo Jr. terá palavra final sobre seu companheiro de chapa, que poderá sair das fileiras do PT

  1. Mas é óbvio que ele que deve dá a ultima palavra sobre quem será, não pode ser qualquer um. Ele precisa ter a segurança da competencia de seu vice.

  2. Ele precisa ver, quem é o melhor para lhe acompanhar em mais um mandato na prefeitura. Então , a decisão é claro que deve ser dele né. escolherão os melhores representantes e ele quem dirá que é o melhor pra seguir com ele com a vice prefeitura.Não disseram nada de diferente ai e que ninguem soubesse.

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