Arquivos mensais: outubro 2016

Edivaldo Jr. teve reeleição justa, com boa margem; Braide não levou, mas saiu das urnas maior do que quando entrou

 

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Ao lado da mulher camila e da filha, Edivaldo Jr. canta a vitória logo após votas

O prefeito Edivaldo Jr. (PDT) foi reeleito. Deu, portanto, a lógica na disputa pela Prefeitura de São Luís. Eduardo Braide, por seu turno, não ganhou o mandato, mas recebeu de expressiva faixa do eleitorado ludovicense uma espécie de passaporte para alcançar a maioridade política. No geral, foi uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos no Maranhão, se levado em conta o peso político e a estrutura de cada candidato. O prefeito foi embalado por uma campanha bem feita e viabilizada por um suporte partidário poderoso, tendo como carro-chefe o seu partido, o PDT. Seu oponente fez uma campanha sem estrutura nem lastro partidário, confiando apenas no vazio de lideranças na disputa e no seu talento para se comunicar. Os dois lutaram com as armas que tiveram ao seu alcance, concitando levando o eleitorado a fazer as suas escolhas. A reeleição do prefeito Edivaldo Jr. foi, portanto, pessoalmente justa e politicamente correta.  O mesmo se pode dizer do desempenho surpreendente de Eduardo Braide. E levando o resultado das urnas para um cenário politicamente mais ampliado, a reeleição de Edivaldo Jr. consolida o projeto de poder do governador Flávio Dino (PCdoB).

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Flávio Dino consolida seu projeto 

O prefeito Edivaldo Jr. fez jus à reeleição. Poucos prefeitos de São Luís viveram situações tão diferentes como as que ele enfrentou no seu mandato. Assumiu em janeiro de 2013 sem experiência e sem ter a quem apelar, e por isso amargou dois anos de isolamento administrativo e hostilidade política. Diante da situação de extrema dificuldade, preferiu comer o pão que o diabo amassou e manter sua coerência política, do que sucumbir a uma parceria de mão única como a que foi algumas vezes acenada pela então governadora Roseana Sarney (PMDB). Foi integrante leal e engajado do projeto político que levou Flávio Dino ao Palácio dos Leões, virada que o tirou do regime de pão e água, para uma situação bem mais confortável. Obstinado, aproveitou todas as oportunidades que lhe foram dadas pelos Governos da União e do Estado, e chegou à campanha pilotando uma máquina administrativa a pleno vapor. Com a reeleição, ganha a chance de mostrar o que a experiência lhe ensinou e amplia seu espaço no grupo político liderado por Flávio Dino.

Edivaldo Jr. realizou uma campanha mostrando as obras da sua gestão no rádio e na TV, foi às ruas embalado pela zoadenta e tarimbada militância do PDT, e movimentou contou com uma falange bem articulada e agressiva nas redes sociais. Além do mais, contou com o apoio declarado e ostensivo do governador Flávio Dino e com o suporte de deputados estaduais e federais do grupo, além da forcinha de alguns colegas de PDT e do PCdoB eleitos no primeiro turno. Assim, enfrentando acusação de abuso – que acabaram não se confirmando, pelo menos até aqui -, fez o seu esquema político funcionar, triturou oponentes como a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e Wellington do Curso (PP), mas não teve tempo de desmontar Eduardo Braide, que foi para o segundo turno intacto. No turno final, manteve a estratégia da autopreservação, evitando embates desgastantes. Se deu bem e foi reeleito de maneira nítida e incontestável.

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Após votar ao lado da mulher Graziela e das filhas, Braide mostra o seu número

O que mais valorizou a reeleição do prefeito Edivaldo Jr. foi exatamente o seu oponente, o deputado Eduardo Braide. Inicialmente colocado no bloco dos candidatos sem chance, o representante do PMN virou a mesa e chegou ao 2º turno como uma ameaça concreta ao projeto de reeleição do prefeito. Sem suporte político nem partidário, com uma estrutura de campanha modesta, e centrado apenas no seu discurso, Braide se agigantou, foi apontado por pesquisas como líder na preferência do eleitorado, impondo ao prefeito a necessidade de se repaginar para a segunda fase do processo eleitoral. Com uma boa campanha na TV, Braide apostou alto no debate, mas no lugar de um Edivaldo Jr. fragilizado, encontrou um Edivaldo Jr. mais incisivo, mais agressivo, o que tornou o debate o melhor momento da campanha devido ao equilíbrio entre os oponentes. No confronto verbal, Braide foi frio, centrado e bem informado, tendo se exibido com os pés no chão. Se souber administrar o capital político e eleitoral que conquistou na campanha, vai integrar à onde sentam os cardeais da política maranhense.

Finalmente, após uma campanha politicamente tensa, mas sem maiores problemas, a maioria decidiu autorizar o prefeito a continuar o seu trabalho. Eduardo Braide, por seu turno, retornará à Assembleia Legislativa politicamente bem maior do que quando saiu.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Números da eleição sugere revisão da legislação eleitoral

Os números da eleição em São Luís devem ser analisados com muita atenção pelos líderes políticos. São informações que sugerem uma ampla discussão as regras eleitorais, a começar pela obrigatoriedade do voto, e a revisão de vários aspectos da legislação eleitoral no que diz a respeito.

1 – Ao contrário das previsões iniciais, 528.833 (83.90%) dos 659.779 eleitores de São Luís compareceram às urnas para o 2º turno da disputa pela Prefeitura. A abstenção, portanto, foi de 130.946 votos, o equivalente a 16.10%.

2 – O prefeito Edivaldo Jr. foi eleito com 53,94% dos votos válidos, ou seja 285.242 sufrágios, número que equivale a mais ou menos 44% dos 659.779 dos eleitores de São Luís. Já o candidato Eduardo Braide saiu das urnas com 243.591, ou seja, 46,06 dos votos válidos, o equivalente a apenas 37% do eleitorado da Capital.

3 – Grosso modo, o prefeito Edivaldo Jr. engordou em mais de 40 mil votos à votação que recebeu no 1º turno (240 mil), o equivalente à votação de Eliziane Gama (32 mil votos) e metade dos votos 19 mil votos dados a Fábio Câmara (PMDB). Já os 243.591 recebidos por Eduardo Braide equivalem à sua votação (112 mil) e a de Wellington do Curso (104 mil) num total de 216 mil.

4 – A campanha feita pelo PSTU e pelo PSOL pelo voto branco ou nulo não funcionou como seus idealizadores esperavam. Foram apenas 8.758 votos em branco, equivalentes a 1,58% do eleitorado, e 15.944 votos nulos, ou seja, 2,88% do eleitorado.

5 – O Tribunal Regional Eleitoral cumpriu fielmente o que fora prometido  pelo presidente da Corte, desembargador Lourival Serejo no que diz respeito ao horário da apuração: previsto para as 19 horas, o resultado saiu seis minutos antes.

São Luís, 30 de Outubro de 2016.

São Luís escolhe hoje prefeito numa eleição que terá forte influência no futuro político do Maranhão

 

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Edivaldo Jr. e Eduardo Braide: esforços finais na corrida pelo voto para a Prtefeitura

Líderes de dois movimentos que mexeu com os brios políticos de São Luís, atiçando os ludovicenses no debate para a escolha de um rumo nos próximos quatro anos, com reflexos importantes em 2018, o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) e o deputado Eduardo Braide (PMN) levarão às urnas, neste domingo, pelo menos grande maioria dos mais de 600 mil eleitores. O primeiro busca a reeleição; o segundo tenta chegar ao cargo pela primeira vez. As pesquisas mais recentes dão vantagem a Edivaldo Jr., mas a última delas, divulgada ontem, trouxe um dado que torna instável a diferença: 15% do eleitorado ainda não decidiram em quem votar – e como o levantamento foi feito antes do debate de sexta-feira à noite, é provável de que parte desse contingente de indecisos tenha se posicionado depois do embate. O fato é que, apesar do clima de tensa expectativa que dominou a cidade no sábado – nos bares, nos supermercados, nos cafés, nas rodas, nos shoppings e nas filas de padarias não se falou em outra coisa – os dois candidatos estão animados e seus partidários também.

A eleição para a Prefeitura de São Luís é um pleito diferente, no qual o que está em jogo vai muito além da simples escolha do mandatário da Capital. Primeiro, ela colocou face too face representantes da mais nova geração de políticos que hoje respondem pelos destinos do Maranhão, começando pelos seus 217 municípios, sendo a Capital o epicentro da vida política estadual. Edivaldo Jr. é a expressão mais forte e ativa do poderoso movimento político e partidário liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) que hoje dá as cartas no Maranhão, tendo a tarefa de salvar a reputação do grupo depois dos tropeços em Imperatriz, Caxias, Pinheiro. Eduardo Braide, que já integrou aquele movimento como um dos seus mais atuantes e eficientes porta-vozes na Assembleia Legislativa encarna um projeto solitário, baseado única e exclusivamente no seu talento político, sem grupo nem chefe maior.

Advogado por formação e político por opção e profissão, o prefeito Edivaldo Jr. exibe uma trajetória ainda curta, mas suficientemente densa para encarar o eleitorado e pedir mais um mandato de prefeito. Foi duas vezes vereador de São Luís, vivenciou dois anos como deputado federal, e agora acrescentando quase quatro anos como prefeito da Capital, lastreado pela proeza de haver sobrevivido a dois anos de completo isolamento em relação ao Governo de Roseana Sarney (PMDB), que o tratou como inimigo, apesar das tentativas de estabelecer pelo menos um relacionamento institucional minimamente produtivo. Sobreviveu e respirou a plenos pulmões nos últimos 22 meses graças à providencial parceria com o Governo Flávio Dino, período em que conseguiu colocar a máquina municipal em movimento. Politicamente, o candidato do PDT se manteve coerente, não colocando sequer em dúvida sua posição de fidelidade ao movimento liderado pelo governador Flávio Dino. Pleiteia novo mandato credenciado como gestor e como político.

Advogado por formação Eduardo Braide fez clara opção pela vida pública, primeiro como gestor – presidiu a Caema com menos de 30 anos e foi secretário municipal de Orçamento Participativo na gestão João Castelo (PSDB), fazendo em seguida, caminho na vida política ao se eleger e se reeleger deputado estadual. Na Assembleia Legislativa, integrou a bancada de apoio ao Governo de Roseana Sarney (PMDB), mas não se definiu como sarneysista de carteirinha, o que irritou o Grupo Sarney. Político que enxerga longe, Braide percebeu que as eleições de 2014 trariam mudanças profundas para o Maranhão, e para não perder o carro da História, se engajou no projeto político vencedor e liderou, por um ano, o maior bloco parlamentar de apoio ao Governo Flávio Dino, tendo sido também a mais eficiente voz governista nos embates parlamentares. Certo de que não teria chance de avançar nas fileiras do dinismo, decidiu construir o seu próprio caminho candidatando-se a prefeito contra todas as expectativas. Pleiteia a reeleição devidamente credenciado.

Vencer essa eleição em São Luís é crucial para os planos políticos do prefeito Edivaldo Jr. e crucial para o projeto de poder do governador Flávio Dino, que depende de um braço firme e confiável no comando político e administrativo do mais importante centro urbano e colégio eleitoral do Maranhão. Para Eduardo Braide, sair das urnas vitorioso significa abrir caminho para ocupar um espaço na linha de frente do tabuleiro político do estado – isso não significará que Braide venha ser adversário do governador Flávio Dino, já durante a campanha insistiu na afirmação de que, se eleito, baterá às portas do Palácio dos Leões em busca de parcerias.

Enfim, além das propostas para melhorar a cidade – um colosso urbanos que abriga mais de 1 milhão de habitantes e que é infernizada por uma gama de problemas graves e desafiadores –, a eleição de hoje será também um marco na trajetória política do Maranhão.

 

 PONTO & CONTRAPONTO

 

Camila e Graziela: portos seguros de Edivaldo Jr. e Eduardo Braide
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Camila Holanda, gravida, apoio total ao marido Edivaldo Jr.; Graziela Braide: participação intensa na campanha e esteio firme de Eduardo Braide

Edivaldo Jr. e Eduardo Braide entraram fundo na disputa pela Prefeitura de São Luís embalados por seus dois mais importantes trunfos: as suas mulheres. Camila Holanda e Graziela Braide atuaram na campanha como esteios: conselheiras, incentivadoras, escudos e ombros para os momentos de tensão e crise. A atual primeira-dama de São Luís, que é servidora concursada do Tribunal de Justiça, foi incansável ao lado do prefeito “na alegria e na tristeza”, mesmo coincidindo com sua gravidez avançada – deve correr para a maternidade a qualquer momento –, acompanhou o marido em eventos diversos, foi para as ruas panfletar e só se afastou do corre-corre da campanha por exigência médica. Graziela Braide, que é médica ginecologista, foi o suporte principal e porto seguro do candidato do PMN, tendo participado intensamente da campanha desde o primeiro momento, ocupando espaço cada vez maior à medida que a corrida avançava, chegando a ganhar um quadro no programa em que se transformou em porta-voz do marido no diálogo com as mulheres. Independente de qual venha ser o resultado da disputa, os candidatos serão eternos devedores dessas jovens, belas, solidárias e determinadas parceiras de vida.

Escutec dá vantagem insegura a Edivaldo Jr.

Além de apurar que o prefeito Edivaldo Jr. tem 54% das intenções de voto contra 46% de Eduardo Braide (votos válidos), a pesquisa Escutec/O Estado divulgada ontem levantou o índice de definição dos eleitores de São Luís. Segundo o instituto, apenas 15% do eleitorado da Capital ainda podem mudar de voto (9%) ou não (6%). Os outros 85% garantem que não mudam mais a escolha que já feita. Como a consulta mostra uma diferença de oito pontos percentuais pró-Edivaldo Jr. nos votos válidos nenhum poderá cantar vitória até que as urnas se pronunciem hoje à noite. Em tempo: A pesquisa Escutec foi contratada por O Estado e ouviu 1.100 eleitores, entre os dias 26 e 28, tem margem de erro de três pontos percentuais, intervalo de confiança de 95% e foi registrada na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo MA-02907/2016.

São Luís, 30 de Outubro de 2016.

 

Debate: Edivaldo Jr. e Eduardo Braide mostraram que, cada um ao seu modo, estão preparados para comandar São Luís

 

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Edivaldo Jr. e Eduardo Braide mantiveram postura adequada durante o debate de ontem na TV Mirante, que para muitos será decisivo na definição do pleito

Quem venceu o debate de ontem na TV Mirante? Edivaldo Jr. ou Eduardo Braide? Essa pergunta certamente nunca será satisfatoriamente respondida, pois o que vai determinar a resposta será o número de 12 e de 33 que participarem da roda de conversa. Mas o que se viu ontem foi um evento político civilizado, com o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) e o deputado Eduardo Braide (PMN) esmerando no equilíbrio, cuidando para não cometer gafes e se esforçando para impressionar o telespectador. O prefeito Edivaldo Jr. adotou uma postura espantosa do tipo “se ele quiser guerra, terá guerra”, enquanto o deputado Eduardo Braide manteve sua assombrosa frieza, alimentando o tipo “calma, candidato, não precisa ficar nervoso”. Os dois ensaiaram bem os seus papeis e conseguiram passar a impressão de que, ao contrário de disputas anteriores, qualquer que seja a decisão a ser anunciada pelas urnas na noite deste domingo, São Luís estará em boas mãos.

Para começar foi um debate em que quase nenhuma pergunta ficou sem resposta. Os dois candidatos encararam com segurança os tema mais incômodos, como os casos Isec e Anajatuba, não apresentando qualquer novidade ao que fora exaustivamente divulgado pelos dois exércitos na grande guerra de informação e contrainformação travada nas redes sociais. No geral, Eduardo Braide foi mais técnico, com bom domínio de informações consolidadas, enquanto Edivaldo Jr. foi mais genérico, mais político. Cada um a seu modo, os dois foram convincentes, conseguiram passar ao eleitor elementos para que ele possa formar juízo e fazer a sua escolha. Isso porque, afora algumas respostas frágeis dadas por ambos – Edivaldo Jr. não conseguiu ser contundente na sua abordagem sobre educação, por exemplo, assim como Braide deixou vazios nas suas declarações sobre sua gestão na Caema -, todas as questões postas foram tratadas de maneira adequada nas circunstâncias e nas limitações de um debate na TV, com regras rígidas e tempo limitado.

Quando debateram sobre transporte coletivo, Edivaldo Jr. disse que recebeu um sistema caótico, que precisou ser organizado para só depois de três anos pudesse ser feita a licitação para renová-lo, acrescentando que cumpre a promessa de colocar ônibus com ar condicionado, nada dizendo além disso. Com sua frieza emblemática, Eduardo Braide aproveitou o gancho e criticou o processo, acusando o prefeito de facilitar para as concessionárias, de usar dinheiro do contribuinte para subsidiar os custos, a previsão contratual do reajuste de tarifa, e arrematou lembrando a extinção da tarifa domingueira, que repercute até hoje, para fechar prometendo que, se eleito, revisará o contrato e reduzirá a tarifa aos domingos. No contraponto, quando Eduardo Braide insistiu da questão do Isec, acusando o oponente de não explica direito o destino de R$ 33 milhões, Edivaldo Jr. engrossou a voz, afirmou categórico, que a Justiça atestou que o contrato é legal, e avançou, em tom duro: “Eduardo, digo, olhando nos seus olhos, que sou um homem honesto, que minha gestão é transparente e eu não compactuo com coisas erradas”. E o assunto morreu aí.

Quando o tema foi educação, Eduardo Braide foi duro, afirmando que a gestão atual não é eficiente, acusando o prefeito de deixar escolas sem os cuidados necessários. Edivaldo Jr. respondeu cometendo um erro político ao declarar que recebeu uma rede escolar destruída e responsabilizando nominalmente o ex-prefeito João Castelo pela destruição. Citar o ex-prefeito João Castelo de maneira negativa, quando ele está se recuperando de um infarto recente, foi um tropeço desnecessário, indicando que a pergunta do oponente o incomodou e provocou o destempero. Os dois seguiram trocando farpas – algumas quentes, outras nem tanto – ao abordarem temas como emprego, meio ambiente, previdência do servidor municipal, Centro Histórico e outros tremas de menos realçados.

A conclusão possível é que, mesmo não discutindo São Luís na sua verdadeira dimensão – como polo portuário, como Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, da sua vocação para o turismo nem de metropolização, por exemplo – atendo-se basicamente ao tripé saúde-educação-transporte e temas agregados, os dois candidatos mostraram-se preparados para comandar a Capital do Maranhão. Edivaldo Jr. e Eduardo Braide foram dormir cada um convencido de que foi o melhor. Os dois têm razão, pois foi um debate que no geral contribuiu para reforçar as suas imagens de políticos de ponta da sua geração. Esse julgamento, porém, será do eleitor, amanhã.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Apelos excessivos ao Criador

Mesmo com a sua infinita lista de obrigações, Deus certamente ouviu a parte final do debate de ontem entre o prefeito Edivaldo Jr. e o deputado Eduardo Braide na corrida para a Prefeitura de São Luís. Nas suas declarações finais, os dois quase se excederam no apelo ao Criador, citando-o várias vezes antes de dizer o que pretendiam ao eleitorado, no monumental palanque que foi ontem a TV Mirante. Evangélico de carteirinha, daqueles que seguem à risca os preceitos bíblicos e vão ao culto regularmente nos fins de semana, Edivaldo Jr. não conseguiu separar religião da vida política, mostrando isso com clareza na sua despedida do debate. O mesmo fez Eduardo Braide, enfatizando sua postura de católico, apostólico e romano praticante, que não relaxa missa aos domingos,  conhece o missal de cor e salteado, e faz suas orações diárias, buscando força na espiritualidade cristã.

PMDB ficou de fora do 2º turno em São Luís
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João Alberto nega envolvimento do PMDB no 2º turno da disputa  em São Luís

O PMDB não tem qualquer vinculação, informal que seja, com a disputa para a Prefeitura de São Luís. E qualquer informação que disser o contrário será inverídica, um factóide. O esclarecimento foi dado pelo senador João Alberto, que preside o partido no Maranhão. E garante que encerrado o 1º turno, reuniu militantes pemedebistas, incluindo os que foram candidatos a vereador, para informá-los de que o partido não participaria do 2º turno, deixando-os à vontade para seguir o rumo que desejassem. “A participação do PMDB nas eleições de São Luís foi encerrada com o resultado do 1º turno. Depois disso, não tratei com ninguém a respeito de 2º turno, não procuramos ninguém. Quem disser o contrário estará faltando com a verdade”, declarou o senador. João Alberto desmente peremptoriamente a informação dada pelo deputado federal pemedebista Hildo Rocha, de que ele, João Alberto, teria conversado sobre o assunto com o deputado Edivaldo Holanda. “Não é verdade, isso não aconteceu”.

 

São Luís, madrugada de 29 de Outubro de 2016.

 

 

 

Em meio a tensões, campanha acirrada e pesquisas Edivaldo Jr. e Eduardo Braide fazem a grande de cisão da disputa em São Luís

 

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Edivaldo Jr. e Eduardo Braide: clima animado para o debate de hoje na TV Mirante

Em meio a uma forte tensão política e uma espécie de jogo bruto nos bastidores e nas redes sociais, onde forças articuladas tentam massacrar adversário, o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) e o deputado Eduardo Braide (PMN) travam hoje, às 22 horas, na TV Mirante, o debate final do 2º turno,  que para muitos será o mais importante ato de toda a corrida para a Prefeitura de São Luís. As especulações nos bastidores indicam que os dois candidatos vão para o tudo ou nada nas próximas horas, porque avaliam que, dependendo do desempenho de cada um, o debate poderá ser decisivo para definir, confirmar ou até mesmo mudar votos. Fontes bem situadas sopram que o candidato do PDT e seu oponente do PMN estão sendo cuidadosamente preparados para um embate duro, marcado por questionamentos e respostas incômodos, pois sabem que qualquer vacilo ou derrapagem, seja na pergunta, seja na resposta, poderá prejudicar gravemente a posição do que cometer falha. Edivaldo Jr. e Eduardo Braide deverão dar tudo de si para sair dos estúdios da TV Mirante como virtual prefeito eleito.

Para esse jogo de “bateu, levou”, o prefeito Edivaldo Jr. deve levar nos seus apontamentos sua ação política como vereador de São Luís por dois mandato e deputado federal de meio mandato e, claro, o elenco das suas obras mais destacadas, das conquistas da sua gestão e os projetos que já estão em andamento e os que ainda se encontram no papel. Usará como item mais destacado a parceria que mantém com o governador Flávio Dino (PCdoB), uma ação política e administrativa que vem funcionando como uma saudável quebra de paradigma nas relações Palácio de la Ravardière/Palácio dos Leões nas última três décadas, com exceção do hiato nos dois anos em que Jackson Lago governou o Estado e tinha Tadeu Palácio como prefeito da Capital. Edivaldo Jr. vai para o embate decisivo com a vantagem de ser um político até aqui sem mácula ética e de ter feito uma gestão que tropeçou inicialmente na inexperiência, mas que vem se ajustando, estando hoje em franca evolução. Sua missão no debate será convencer metade mais um dos eleitores de que esse é o melhor caminho.

O candidato do PDT poderá enfrentar acusações de distorções na sua gestão, como o caso de suposto desvio de R$ 30 milhões – ontem o deputado Welington do Curso, aliado de Eduardo Braide, protocolou na Policia Federal denúncia de suposto desvio de R$ 7 milhões do Pró-Jovem na prefeitura de São Luís, com o uso de empresa com endereço fantasma em Cajazeiras, na Paraíba -, que não prosperou ao longo da campanha por falta de consistência. Pelo que está desenhado, o prefeito está munido de respostas consistente para cada pedra que for atirada no seu lastro moral e ético. E como se trata de um jogo de perde/ganha, que não contará com tempo físico para consertar eventuais estragos, o prefeito deve enfrentar seu oponente sem dar espaço para a timidez.

O candidato Eduardo Braide vai para o debate disposto a confirmar a imagem de político talhado para esse tipo de confronto: equilibrado, que fala pensando, que sabe envolver o oponente e que não perde as estribeiras diante de situações críticas. Terá como trunfos dois anos de gestão como presidente da Caema – cuja eficiência foi atestada nesta semana pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) – e um ano no comando da Secretaria do Orçamento Participativo na gestão do prefeito João Castelo (PSDB). O candidato do PMN navegará também na imagem sólida de deputado estadual competente, independente, legislador de mão cheia e bom articulador de plenário cuja competência foi demonstrada principalmente no primeiro ano do segundo mandato, quando liderou o maior dos blocos parlamentares de apoio ao Governo Flávio Dino. Centrado, com boa formação técnica e com visão de gestão pública, Eduardo Braide vai para o debate preparado para a desafiadora tarefa de convencer o eleitorado de que São Luís está melhor nas suas mãos.

No embate, Eduardo Braide poderá se defrontar com questões incômodas, como o suposto envolvimento do seu pai, o ex-deputado Carlos Braide, que hoje enfrenta problemas de saúde, com a chamada Máfia de Anajatuba, como também questionamentos sobre sua gestão na Caema, relacionados com um contrato e ações ambientais, principalmente a não balneabilidade das praias de São Luís. Ele já respondeu sobre essas questões, mas não será surpresa se, no fogo do debate, elas voltaram à tona.

São esses elementos que envolvem os candidatos e que produzem a expectativa de que o debate na TV Mirante será, de fato, o ponto mais alto e decisivo da corrida para a Prefeitura de São Luís. O desfecho, como já foi sito, vai depender do desempenho de cada um.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Econométrica, Impar e Ibope dão vantagem para Edivaldo Jr.

O debate que colocará frente a frente o prefeito Edivaldo Jr. e o deputado Eduardo Braide se dará sob o impacto de pesquisas de opinião, todas favoráveis ao candidato do PDT. As três mais recentes mostram números muito diferentes, o que dificulta a formação de um juízo a respeito delas. A primeira é a da Econométrica, contratada pelo Jornal Pequeno e cujo resultado é o seguinte: Edivaldo Jr. 54,9% X Eduardo Braide 43,1%. A do instituto Impar, contratada e publicada por O Imparcial; Edivaldo Jr. 52,6%, contra 37,4% de Eduardo Braide. E finalmente a do Ibope, contratada pela TV Mirante e divulgada ontem à noite: Edivaldo Jr. com 48% e Eduardo Braide com 44%. São informações muito diferentes, o que as coloca sob suspeita, mas indicam uma tendência. Partidários de Edivaldo Jr. propagaram esses percentuais com visível euforia, enquanto os de Eduardo Braide cuidaram de derramar suspeita sobre os números e os institutos, argumentando que a “voz das ruas é outra”. O pronunciamento das urnas vai dizer quem tem razão.

Aliados de Edivaldo Jr. fazem ataque em bloco a Braide na AL

O plenário da Assembleia Legislativa foi transformado ontem numa grande arena em que o tema foi o 2º turno da eleição para a Prefeitura de São Luís. O deputado Eduardo Braide, que está licenciado, foi verbalmente trucidado pelos deputados partidários do prefeito Edivaldo Jr.. Ali, os deputados Rogério Cafeteira (PSB), Bira do Pindaré (PSB), Othelino Neto (PCdoB), Zé Inácio (PT), César Pires (PEN) e Fábio Macedo (PDT) formaram uma espécie de tropa de choque determinada a destruir a reputação política do candidato do PMN à Prefeitura de São Luís. Começou com César Pires, que ao anunciar seu apoio a Edivaldo Jr. e jogar elogiar a postura do presidente do seu partido, o suplente de deputado Jota Pinto, fez duras críticas a Eduardo Braide e, assim, abriu caminho para que os aliados do prefeito de São Luís se sucedessem em apartes nos quais bateram forte no ex-líder do bloco por eles integrado. Diante da pancadaria, o deputado Wellington do Curso, único aliado de Eduardo Braide no plenário, e que logo cedo fizera uma forte denúncia contra o prefeito de São Luís, saiu em defesa do candidato do PMN. O discurso mais forte foi o do líder do Governo, Rogério Cafeteira, que desmentiu declaração do candidato afirmando que fora líder do Governo, quando deveria ter dito que liderou o maior bloco de apoio ao Governo. Diante da pancadaria, Wellington do Curso foi à tribuna defender Eduardo Braide, principalmente pelo fato de que, estranhamente, os ataques foram feitos na sua ausência, o que levou pelo menos dois deputados a indagar, em roda de conversa, se as investidas aconteceriam se ele estivesse presente no plenário.

São Luís, 27 de Outubro de 2016.

 

Edivaldo Jr. e Eduardo Braide intensificam campanha, agregam apoios e se preparam para o debate final

 

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Edivaldo Jr. beija a barriga de  Camila Holanda, que está grávida no nove meses; Eduardo Braide em evento de campanha com a esposa Graziela Braide

Por mais que as pesquisas tragam à tona números contraditórios – alguns convincentes, outros não – e que líderes se manifestem por um ou por outro candidato, a sensação geral é a de que a quase totalidade dos ludovicenses está mergulhada em expectativa e que ninguém pode prever com exatidão o desfecho da corrida para a prefeitura de São Luís. O prefeito Edivaldo Jr. (PDT), que busca a reeleição, e o deputado Eduardo Braide (PMN), que luta para assumir o comando político e administrativo do município, dão o melhor do seu talento político na reta final da campanha. E nos bastidores das duas candidaturas, na seara dos partidos, nas rodas de conversa de jornalistas, nas redações, nas conversas em família e até mesmo na babel que são as redes sociais, o clima dominante é o da expectativa. Não faltam partidários para afirmar categoricamente que Edivaldo Jr. vai levar a melhor, e com folga, como também não faltam entusiastas para apostar que Eduardo Braide sairá eleito das urnas. E todos, sem exceção, “acham” que o debate de amanhã na TV Mirante terá influência decisiva no resultado das urnas.

Nesta semana decisiva de campanha, personalidades de diferentes pesos  entraram na corrida. E não há o que discutir que a o desembarque de maior impacto foi o do governador Flávio Dino no vagão principal da campanha de Edivaldo Jr.. E o fez com um discurso inteligente, sem colocar uma vírgula na questão política propriamente dita. Disse que a pareceria está dando certo, que o prefeito tem feito a parte dele e que ele, governador, está fazendo também a sua parte. E previu que “muita coisa boa” está a caminho, e que por isso ele, o cidadão que governa o Estado, dará mais uma vez seu voto para Edivaldo Jr.. Uma declaração de voto forte, mas que revelou a preocupação dele de não mexer com o oponente, passando assim ao largo do debate político, que nesse momento não lhe é interessante. Edivaldo Jr. foi também alvo de declarações de apoio na Assembleia legislativa, por parte dos deputados Jr. Verde, que falou em nome do seu partido, o PRB, e do deputado Raimundo Cutrim (PCdoB). E para completar, estaria sendo embalado na surdina pela cúpula do PMDB, segundo revelou um dos graúdos pemedebistas, deputado federal Hildo Rocha.

Por sua vez, Eduardo Braide reforçou sua campanha com o apoio do deputado Wellington do Curso (PP), que na terça-feira ocupou a tribuna da Assembleia para alimentar a denúncia de que fora “massacrado”, mas que mesmo assim saiu da campanha com 103 mil votos, e que a partir daquele momento estaria com Eduardo Braide para o que der e vier. No domingo, o candidato do PMN foi brindado por uma manifestação do ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), que lhe brindou com uma declaração de fazer inveja a qualquer candidato: que ele foi ate aqui um dos melhores presidentes da Caema. E para completar, Braide dedicou parte do seu programa de ontem a avisar o governador Flávio Dino de que, se for eleito prefeito, vai bater às portas do Palácio dos Leões em busca de parceria. E que o fará por ter certeza de que pelo grau de relação que alcançaram, tem certeza de que Flávio Dino não lhe faltará, “assim como eu nunca lhe faltei”, certamente lembrando o trabalho parlamentar a favor do governo que desenvolveu quando liderou a bancada governista durante 2015. Braide foi ontem às ruas acompanhado de Wellington do Curso, que se transformou num cabo eleitoral de peso e disposto a brigar pela vitória nas urnas.

Os candidatos estão tão focados nas suas campanhas e nos preparativos para o debate que nem mesmo uma pesquisa Econométrica dando 13 pontos de vantagem para o candidato do PDT causou impacto no cenário da corrida eleitoral. Edivaldo Jr. e Eduardo Braide sabem que se houver ainda indecisos, estes serão puxados para as urnas na noite de sexta-feira, com o debate na TV Mirante, sem dúvida o gran finale campanha.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Assembleia Legislativa vive um bom momento de debate ao discutir e aprovar o projeto que cria a UemaSul
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César Oires, Max Barros, Marco Aurélio e Bira do Pindaré travaram  rico e produtivo debate sobre a universidade no Maranhão

Maranhão ganhou ontem uma nova universidade regional: a UemaSul. Após uma série de debates intensos, durante os quais deputados oposicionistas e situacionistas avaliaram criticamente os seus mais diferentes aspectos do Projeto de Lei 006/2016, proposto pelo governador Flávio Dino, a Assembleia Legislativa aprovou ontem, por unanimidade e sob o comando do presidente Humberto Coutinho (PDT), o projeto de Lei 006/2016, que cria a UemaSul, a universidade estadual que será sediada em Imperatriz e terá   abrangência em toda a região Sul do estado. A nova instituição ocupação a estrutura e as instalações da Uema em Imperatriz.

Na mensagem que lastrou o projeto, o governador Flávio Dino aos deputados estaduais ressalta que o objetivo da UemaSul é garantir maior acesso ao ensino superior de qualidade à população maranhense que vive na Região Tocantina, a partir de uma atuação educacional eficiente. Mas foi por causa de afirmações como essa que o projeto foi ampla e duramente discutido, com a oposição manifestando apoio, mas batendo fortemente na pressa com que o Governo vai implantar a instituição a partir de 1º de janeiro de 2017 Os deputados governistas manifestando-se favoráveis à da criação da universidade regional, mas também defendendo a pressa.

O projeto proporcionou à Assembleia Legislativa momentos raros, coo os discursos pronunciados durante a discussão pelos deputados oposicionistas César Pires (PEN), Max Barros (PRP) e Edilázio Jr. (PV) e os governistas Marco Aurélio (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB). A oposição argumentou que a criação da UemaSul flagirizará  a UEMA, que na opinião deles deveria ter sua estrutura reforçada e ampliada para atender à demanda da Região Tocantina, sem precisar dividi-la. Os defensores do projeto e da maneira como ele foi aprovado contra argumentaram que se trata de uma reivindicação antiga e justa da população do Sul do Maranhão e que se trata de um compromisso de campanha que o agora governador Flávio Dino quer cumprir.

Com a autoridade de quem já foi reitor da Uema, secretário de Estado de Educação e gerente regional de Imperatriz, o deputado César Pires foi duro ao criticar a urgência e chegou a classificar de “sandice” e de “irresponsabilidade” criar uma universidade sem as condições para preencher as exigências do Ministério da Educação, prevendo que o Governo enfrentará problemas graves dar forma e sentido ao projeto. O deputado Max Barros, que se formou na Uema e tem laços fortes com a instituição, bateu nas mesmas teclas nos vários pronunciamentos que fez sobre o tema. Para ele, o projeto exigirá tempo e recursos para ser consumado, diferentemente do que afirmam os seus defensores.

No contrapeso, o deputado tocantino Marco Aurélio abraçou o projeto com obstinação, argumentando que o povo da região Tocantina “não poderia ser vítima de mais uma decepção”. E garantiu que a fragilidade apontada pelos deputados da oposição será resolvida com o apoio integral do governador Flávio Dino. De maneira genérica, o parlamentar do PCdoB, que é professor, garantiu que todos os problemas levantados pela oposição serão resolvidos pelo Governo do Estado e pela direção da UemaSul. “O projeto leva em conta a grande extensão territorial do Maranhão, recomendando uma maior proximidade entre os gestores universitários e uma realidade regional tão singular e relevante para o estado”, pontua a mensagem encaminhada ao Legislativo.

De acordo com o deputado Marco Aurélio, há mais de 20 anos que a comunidade acadêmica da Região Tocantina luta e espera por esse momento de autonomia para a Universidade Estadual da Região Sul. Ele ressaltou que a atual dependência da Uema de Imperatriz da reitoria, que fica localizada em São Luís, retarda o desenvolvimento universitário para a região. “O que temos a ganhar? A nossa liberdade como região, o fortalecimento do nosso ensino superior”, disse o parlamentar em defesa do projeto.

O deputado governistas Bira do Pindaré bateu forte em defesa da UemaSul, afirmando que só quem não conhece a Região do Sul do Maranhão é que pode ser contra uma proposição como essa. “Tenho certeza que vai ser uma experiência exitosa. Eu não posso crer que o Ceará tenha universidade regional, que Paraíba tenha universidade regional, que Pernambuco tenha universidade regional, que o Pará e o Piauí tenham e alguém quer me convencer que o Maranhão, não pode ter Universidade Regional”, explicou Bira do Pindaré

UemaSul – Além de objetivar o desenvolvimento de acordo com a vocação produtiva da região, o projeto de lei garante autonomia administrativa à nova Universidade. De acordo com o texto enviado à Assembleia, todos os bens imóveis e móveis atualmente pertencentes à Universidade Estadual do Maranhão (Uema) na região passam a fazer parte do patrimônio da UemaSul e serão aplicados de acordo com as especificidades da localidade.  O projeto especifica ainda que a lista de municípios que será atendida pela nova universidade será fixada em decreto posterior à aprovação da lei.

 

São Luís, 26 de Outubro de 2016.

Movimentos de líderes sarneysistas indicam que o PMDB apoia discretamente Edivaldo Jr. contra Eduardo Braide

 

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Os lideresJoão Alberto, Roseana Sarney e Adriano Sarney: movimentos na direção de Edivaldo Jr.

Por mais que se esforcem, muitos observadores experimentados não conseguem entender o papel do Grupo Sarney, particularmente o do PMDB, na segunda etapa da corrida para a Prefeitura de São Luís. Está com Edivaldo Jr. (PDT) ou com Eduardo Braide (PMN)? O que ganha apoiando um ou outro ou ficando neutro? Desde que foram abertas as articulações para a formação de chapas para disputar a cadeira principal do Palácio de la Ravardière, os líderes sarneysistas têm protagonizado uma sucessão de movimentos que nem de longe lembram lances de líderes políticos articulados, que mexiam as pedras do tabuleiro com precisão matemática, quase sempre desconcertando adversários e levando a melhor nas urnas. Nessas eleições, o grupo liderado pela ex-governadora Roseana Sarney, que tem como orientador-mor o ainda lúcido e ativo ex-presidente José Sarney, e como operador mais eficiente o senador João Aberto, que preside o PMDB, jogou tão mau em São Luís, que não conseguiu sequer eleger um único vereador. Nesta 2º turno, de novo o Grupo Sarney parece ter rumo, como movimentos furta-cores, sem transparência, indicando estar se movimentando em favor do prefeito Edivaldo Jr., mas também parece dar passos em direção a Eduardo Braide, e, aqui e ali, dando impressão de que está neutro. Nada de jogo aberto.

Nove entre 10 observadores interpretaram o discurso do deputado estadual Adriano Sarney (PV) criticando a Eduardo Braide por dizer que não é sarneysista declarações que ele não dera, como afirmar que não queria o apoio do PMDB.  O pretexto de cobrar “transparência” na campanha e de defender o nome da sua família não convenceu nem a ninguém. E a leitura que foi feita pela esmagadora maioria dos observadores foi a de que o discurso foi uma estratégia para favorecer o prefeito Edivaldo Jr., já que a intenção foi cristalina: prejudicar Eduardo Braide, mesmo sem um naco de razão. O estratagema para prejudicar o candidato do PMN prosseguiu com declarações do próprio senador João Alberto ao fazer no senado um desmentido sem sentido a Eduardo Braide. Nas últimas 72 horas, todas as conversas de roda política apontam o PMDB articulando apoio por “debaixo do pano” para Edivaldo Jr. e, com isso, ajudando a minar os passos de Eduardo Braide.

Essa sucessão de más jogadas pulverizou a força do Grupo. Já pré-campanha, os sarneysistas mais destacados se dispersaram. Dias depois que o PMDB cedeu a vaga de candidato a Fábio Câmara, o suplente de senador Lobão Filho colocou a deputada federal Eliziane Gama (PPS) debaixo do braço, numa nítida afronta ao candidato do partido. E para completar o cenário de linchamento do candidato pemedebista dentro do seu próprio partido, a ex-governadora Roseana Sarney, depois de elogiar Fábio Câmara dizendo que ele era o seu candidato, sinalizando que o  apoiaria, começou a flertar com o candidato do PP, Wellington do Curso   Grupo se mostrou mais confuso e incapaz de formar um bloco compacto unindo PMDB e PV em aliança em torno de Fábio Câmara, preferindo os verdes fazer uma aliança formal com Eliziane Gama (PPS), ajudando a afundar o barco da candidata que, quando pré-candidata, chegou a ter 57% das intenções de voto.  Antes, o partido negara legenda ao ex-deputado Ricardo Murad, que chegou a se anunciar pré-candidato a prefeito de São Luís, mas seu projeto encontrou resistência obstinada da cúpula do PMDB, liderada pelo senador João Alberto. Depois, o mesmo comando partidário frustrou a pretensão da deputada estadual Andrea Murad, decisão que muitos julgaram um erro.

O resultado foi que todos esses movimentos produziram um fracasso monumental em São Luís, com a derrota humilhante de Fábio Câmara e a não eleição de nenhum vereador, tendo sido simplesmente varrido da vida política da Capital.

Provavelmente para diminuir o prejuízo que lhe causaram as eleições, Não bastasse o tropeço gigantesco no 1º turno, o PMDB agora faz um jogo estranho, que consistiria numa aliança envergonhada, por debaixo dos panos, com o prefeito Edivaldo Jr., segundo juram alguns observadores. O esforço dessa jogada política é unir forças contra o candidato Eduardo Braide, cujo pecado capital foi dizer uma verdade, a de que não faria acordo com o PMDB ou com qualquer outro partido em troca de cargos nu eventual governo por ele comandado.

A pergunta que se faz nos bastidores é a seguinte: se, de fato, o PMDB estiver construindo uma ponte com Edivaldo Jr. para derrotar Eduardo Braide, o que ganhará com isso?

 

PONTO & CONTRAPONTO

Repercussão forte I

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Edivaldo ganha apoio decidido de Fl[avio Dino na corrida 
 Repercutiu fortemente a participação do governador Flávio Dino (PCdoB) na campanha do prefeito Edivaldo Jr. à reeleição. Nos bastidores e nas rodas de jornalistas e políticos, as opiniões de dividiram, com uns avaliando que o prefeito e o governador  do Estado acertaram em cheio no formato e no discurso, o que resultou em ganhos reais para o prefeito, enquanto outros viram na participação de Flávio Dino um fator negativo para o projeto de reeleição do candidato do PDT. O enredo foi muito bem articulado. Dino apareceu tranquilo, informal, como se estivesse batendo um papo, falando de gestão pública e da importância das parcerias, Principalmente a da Prefeitura com o Governo do Estado. O governador foi enfático sem ser impositivo, foi muito político sem falar de política. O fato é que, se não ajudou, também não prejudicou, porque não houve excesso nem abuso.

Repercussão forte II
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José Reinaldo destacou competência de Eduardo Braide no comando da Caema

Algumas frases escritas pelo ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) apontando o candidato Eduardo Braide como “um dos melhores presidentes que a Caema já teve” produziu forte impacto nos bastidores da campanha para a Prefeitura de São Luís. Meio sumido no 1º turno, quando apoiou a candidata do PPS, Eliziane Gama, José Reinaldo se mostrou de maneira discreta, mas demonstrando que tem um peso político respeitável. Vale lembrar ele foi o grande baluarte da vitória de Jackson Lago (PDT) para o Governo do Estado em 2006, tendo pagado um preço pessoal e político elevado pela decisão de romper com o Grupo Sarney e assumir o comando de um movimento em relação ao qual havia muitas dúvidas e que sem ele não teria a força eleitoral e política que teve. Ao dar um depoimento firme sobre o desempenho do então jovem advogado no ao mando da Caema, o ex-governador atestou a sua capacidade gerencial.

 

São Luís, 25 de Outubro de 2016.

Dino entra na campanha de Edivaldo Jr., mas evita provocação política; Braide terá de ajustar seu discurso a esse fato

 

 

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Flávio Dino e Edivaldo Jr.: aliança e parceria vão continuar em São Luís se houver reeleição 

A edição de ontem do programa de TV que embala a corrida para a Prefeitura de São Luís colocou ponto final numa dúvida que para muitos vinha ganhando peso de suspense: contrariando rumores que circularam insistentemente nos bastidores da campanha para o 2º da disputa, o governador Flávio Dino (PCdoB) desembarcou na campanha do prefeito Edivaldo Jr. (PDT), com o objetivo óbvio de reforçar a sua luta pela reeleição. E o desembarque se deu de maneira descontraída, quase informal, e movido por um discurso que passou ao largo do tom fortemente político que o chefe do poder Executivo estadual costuma usar em situações como essas. Em ver de provocar a “oligarquia” e satanizar seus adversários mais fortes, o governador usou um discurso focado em gestão e destacando a parceria que vem marcando a relação da Prefeitura de São Luís com o Governo do Estado há 22 meses. Com a participação no programa, o governador Flávio Dino entra de cabeça na disputa na Capital. E a motivação é clara: fortalecer o projeto de reeleição do prefeito Edivaldo Jr., que vem sofrendo forte ameaça do candidato do candidato Eduardo Braide (PMN), e corrigir intervenções equivocadas que contribuíram para a acachapante derrota da sua candidata em Imperatriz, Rosângela Curado (PDT).

Flávio Dino se manifestou no programa a partir de uma “deixa” dada pelo prefeito, que falava na importância de parcerias  no serviço público:

Edivaldo Jr.: “… você terá mais mobilidade urbana, mais saúde, mais segurança, mais serviços públicos. Assim como o governador conta comigo, eu conto com o governador, e principalmente conto com você para continuar essa parceria, que já está dando certo…”

Flávio Dino: “Uma parceria só funciona bem quando cada um faz a sua parte. Desde que eu assumi como governador tem sido assim. O prefeito Edivaldo Holanda Jr. não gosta de trazer problemas. Ele gosta de trazer soluções, para a gente fazer juntos, em parceria. E o resultado toda São Luís está vendo. Mais asfalto, interbairros, recuperação das praias e das praças, obras de mobilidade urbana, e muitos outros projetos. E muita coisa boa ainda virá pela frente. Esse é o nosso papel de servidores públicos. E dá gosto quando a gente pode unir forças e trabalhar bem afinados, para fazer valer o seu voto, a sua com fia não, a sua esperança. Edivaldo está honrando o voto que recebeu de mim em 2012, e da população de São Luís. Por tudo isso, eu votarei novamente em Edivaldo prefeito”.

Até o final da semana passada, ninguém manifestava certeza de que o governador Flávio Dino participaria diretamente da campanha de Edivaldo Jr.. Para começar, provavelmente por causa dos ecos da campanha em São Luís, pesquisas teriam mostrado resultados modestos a respeito da imagem do governador entre os ludovicenses. Depois, parte da derrota amarga que o seu grupo sofreu em Imperatriz foi debitada na conta do governador, que teria feito declaração política inadequada para o momento na terra tocantina, situação que ficou mais delicada com a prisão de um oficial da PM que pregou a insubordinação na corporação.

Certamente levando em conta o fato de que o eleitorado de São Luís é sensível a questões políticas, o governador preferiu dar a sua contribuição confirmando o sucesso da parceria e assegurando que ela será mantida e intensificada se o prefeito for reeleito. Dino foi hábil ao passar ao largo do tabuleiro político, não dando importância ao fato de que o Grupo Sarney está fora da disputa. Isso porque assistiu de longe o PMDB lançar e abandonar seu candidato, Fábio Câmara, à própria sorte, e percebeu que, sem aliança com o Grupo Sarney, o candidato do PMN, Eduardo Braide, era a grande ameaça ao projeto de reeleição do seu aliado.

A suavidade com que entrou de vez na campanha de Edivaldo Jr. não significa dizer que o governador Flávio Dino navega num “já ganhou” ingênuo e precipitado. Ao contrário, por trás mandatário sorridente está o chefe político usando uma estratégia para fortalecer o seu candidato, disposto inclusive a virar o jogo, engrossar a voz e aumentar o tom se em algum momento perceber risco concreto à reeleição de Edivaldo Jr.. Afinal, o que está em jogo é o futuro do seu projeto de poder, e qualquer ameaça à sua evolução será combatida de maneira implacável.

No seu QG de campanha, Eduardo Braide – que não tem um figurão para apresentar com o aliado – com certeza está encarando a entrada do governador Flávio Dino como um dado importante, e até mesmo decisivo, da disputa. Inteligente, com bom senso de avaliação, Braide sabe que tem diante de si a difícil missão de minimizar o “fator” Flávio Dino sem atirar no governador.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Wellington declara apoio a Eduardo Braide
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Wellington declara apoio e vai para as ruas com Braide

Se de um lado Edivaldo Jr. ganhou o apoio público do governador Flávio Dino, de outro Eduardo Braide ganhou um reforço expressivo para a etapa final da sua corrida: o apoio declarado e entusiasmado do deputado Wellington do Curso (PP), que disputou a Prefeitura e, contrariando previsões, saiu das urnas na terceira posição com 103 mil votos e com o carimbo de “boa surpresa”. O ex-candidato justificou sua escolha argumentando que não poderia ficar neutro, por entender que isso beneficiaria a Edivaldo Jr., que na sua avaliação “abandonou a cidade e não merece continuar prefeito”. Wellington do Curso avaliou que ninguém “apanhou” mais do que ele nesta campanha, apontando como agressoras “as máquinas da Prefeitura e do Governo do Estado”. E disse que como candidato conheceu sentimentos humanos como “inveja, falsidade, covardia, orgulho e traição”, mas não se deixou abater porque é “um homem de luta”, que faz a diferença. E avisou que ontem mesmo entraria de cabeça na campanha de Eduardo Braide. Seguem alguns trechos do seu discurso:

Tenho sido cobrado por lideranças, eleitores e assessores sobre o meu posicionamento com relação ao segundo turno das eleições 2016 em São Luís”.

“Fiz um posicionamento de oposição à atual gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior que, na minha concepção, foi omisso e abandonou a cidade. Nessa experiência, eu pude perceber, compreender e conhecer várias vertentes dos seres humanos, vários tipos de sentimentos, desde a falsidade, a covardia, a inveja, a vaidade, o orgulho, a traição, enfim, vários sentimentos, e ficou um grande aprendizado”.

“Eu desconheço, na história recente deste estado e deste município, alguém que tenha apanhado tanto quanto eu apanhei da forma covarde como eu apanhei, lutando contra duas máquinas: o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís”.

“Saí vitorioso das urnas, de cabeça erguida, com a minha independência política, com a minha coerência política. Agradeço mais uma vez aos 103 mil e 951 votos honestos, limpos, votos conscientes”.

“E eu não sou homem de ficar calado, sou homem de coragem, um homem de atitude, mas em muitas vezes eu me encontrei meditando, refletindo na possibilidade de ficar neutro, mas tenho também a perfeita compreensão de que foram 103 mil votos honestos, votos limpos e que nós temos a perfeita compreensão que podemos decidir essa eleição”.

A neutralidade estaria beneficiando Edivaldo, então quero declarar na tarde de hoje que meu voto é em Eduardo Braide. E saibam todos que não só o meu voto, mas hoje já vou me empenhar na campanha. Eu sou um homem de luta, sou um homem aguerrido e vamos fazer a diferença. E assim como eu sofri, eu vou me dedicar nos últimos dias na campanha de Eduardo Braide”.  

 

Júnior Verde apoia Edivaldo Jr.; Andrea Murad não apoia ninguém

Além da declaração de apoio do deputado Wellington do Curso ao deputado Eduardo Braide, o plenário da Assembleia Legislativa registrou ontem mais dois posicionamentos relacionados com a disputa para a prefeitura de São Luís.

junior-verde-1O primeiro foi o do deputado Júnior Verde (PRB), que reafirmou o seu apoio e o do seu partido ao projeto de reeleição do prefeito Edivaldo Jr.. Lembrou que o PRB foi um dos primeiros partidos a integrar a coligação que dá sustentação à candidatura do prefeito Edivaldo Jr. à reeleição. Informou que a militância do partido irá às ruas defender a reeleição do prefeito, que na sua opinião realiza uma administração além das expectativas, se levada em conta a condição financeira gerada pela grave crise que assola o país. Com o cuidado de não citar o deputado Eduardo Braide no seu discurso, ele reafirmou ter convicção de que o prefeito vai ganhar mais um mandato.

andrea-bate-1A outra manifestação foi da deputada Andrea Murad (PMDB), que criticou o prefeito Edivaldo Jr. e o deputado Eduardo Braide, apontando neles erros e equívocos que, segundo sua avaliação, os tornaram candidatos não merecedores do seu apoio. Com postura de especialista em processo eleitoral e experiente em gestão pública, a parlamentar pemedebista surpreendeu ao afirmou que o prefeito Edivaldo Jr. não manda na Prefeitura, pois, segundo ela, quem dá as cartas no Palácio de la Ravardière é o secretário de Estado de Articulação Política e Comunicação, jornalista Márcio Jerry. A crítica ao deputado Eduardo Braide foi centrada na suposta afirmação segundo a qual ele teria dito que não quer o apoio de ninguém, inclusive dos Sarney. Como quem já superou o fato de que há três semanas um tsunami saído das urnas destruiu o império político comandado pelo seu pai, o ex-deputado Ricardo Murad (PMDB), Andrea Murad terminou seu controvertido e polêmico discurso sem declarar preferência na Capital.

 

São Luís, 24 de Outubro de 2016.

 

 

Pesquisas apontam tendência pró-Edivaldo Jr., mas dizem também que Braide continua forte e que debate pode definir a disputa

 

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Edivaldo Jr.: vantagem em pesquisas; Eduardo Braide: mantém forte potencial

As pesquisas para identificar as preferências do eleitorado no 2º turno da corrida para a Prefeitura de São Luís, divulgadas na semana que passou, alimentaram mesma sensação de indefinição, com a diferença de que agora os números se mostram dois cenários diferentes, duas pesquisas em que o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) lidera com folga, e duas mostrando uma situação de empate. E mais, agora nenhum levantamento mostra Eduardo Braide (PMN) na liderança. A primeira foi a pesquisa Econométrica, contratada pelo Jornal Pequeno e que apontou o prefeito Edivaldo Jr. com 52,6% das intenções de voto contra 47,4% de Eduardo Braide. A segunda foi a do instituto Data M, que trouxe Edivaldo Jr. com 54,7% e Eduardo Braide com 42,6. A pesquisa Exata, contratada pela TV Guará, veio em seguida com Edivaldo Jr. com 46% e Eduardo Braide com 45%, um cenário de empate. E finalmente a pesquisa Escutec, contratada por O Estado do Maranhão, trouxe o impactante cenário que mostra Edivaldo Jr. e Eduardo Braide rigorosamente empatados.

Todos os fatos e evidências registrados na semana que passou indicaram uma disputa renhida, na qual a diferença entre um e outro seria muito pequena, empurrando a luta pelo voto para um desfecho imprevisível, só que agora com uma visível tendência favorável ao prefeito Edivaldo Jr.. Analistas isentos disseram à Coluna que a tendência não significa uma definição pró-Edivaldo Jr., admitindo também como risco apostar em Eduardo Braide. E como acham que a tendência favorável ao prefeito ainda não é sólida, a maioria acredita que o desfecho da eleição para prefeito de São Luís está no debate da TV Mirante, no dia 28. E são os próprios candidatos que vêm dando asas a essa perspectiva, à medida que vêm trocando farpas em relação ao confronto direto, que certamente atrairá uma audiência esperada de 90% dos telespectadores de TV aberta na próxima sexta-feira, dois dias antes da votação.

O prefeito Edivaldo Jr. e o deputado Eduardo Braide sabem que o futuro das suas carreiras está nesta eleição. Não se trata apenas de quem ganhará ou de quem perderá, mas também do tamanho do cacife com que cada um sairá das urnas. E a diferença crucial nessa equação é que para o prefeito Edivaldo Jr., que busca a renovação do mandado, só a vitória interessa, pois significará a aprovação da sua gestão e dos seus planos, sendo a derrota uma tragédia de largas proporções e cujos estragos alcançarão o projeto de poder do governador Flávio Dino (PDT) e aliados. Eduardo Braide tem uma situação bem mais confortável, pois a vitória coroará um projeto solitário, longe de grupos, e que o colocará no epicentro do tabuleiro político do Maranhão; e mesmo a derrota, dependendo do tamanho da diferença, o mandará de volta à Assembleia Legislativa com um poder de fogo respeitável, autorizado a seguir em frente em 2018. Como se vê, são as muitas nuanças que embalam o projeto de cada candidatura que tornam renhida a disputa entre Edivaldo Jr. e Eduardo Braide.

A semana que entra será decisiva. Os dois candidatos usarão todas as armas que tiverem ao seu alcance. E nessa guerra o melhor que podem fazer é apostar alto em propostas e no contato direto com o eleitorado, pois as pesquisas demonstram que denúncias fajutas usadas para fragilizar o adversário não funcionaram – até porque Edivaldo Jr. Eduardo Braide, que representam o melhor da nova geração de políticos maranhenses, podem ter até algum pecado, mas nada que sugira mandá-los para a guilhotina. Essas informações certamente emergirão ao longo do debate, que certamente terá mais da eletrizante substância política do que do importante, mas às vezes sonolento bate-boca técnico.

A verdade é que os dois candidatos entram na reta final confiantes. Edivaldo Jr. à frente da sua megaestrutura, do seu poderoso suporte partidário, dos seus importantes e influentes aliados, da sua falange cibernética, e da sua capacidade de convencer a maioria do eleitorado que melhorar São Luís se esta lhe der novo mandato. Eduardo Braide, por seu turno, entra embalado pela sugestiva vantagem de ser a novidade, que se mostra quase que como uma espécie de anticandidato: só com seu partido e seu vice, sem megaestrutura, sem aliados poderosos por trás e demonstrando preparo e competência. Os dois têm todas as condições de convencer os eleitores ainda indecisos e ganhar a faixa que o eleito envergará no dia 1º de janeiro do ano que vem.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Grampo: imbróglio de duas faces
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José Sarney: acusado de tentar se livrar de escuta clandestina em sua casa

Se os recursos policiais e técnicos do Senado foram usados indevidamente, contrariando alguma norma proibitiva, para fazer varreduras em busca de aparelhos de escuta nas residências do então senador José Sarney (PMDB) e também na casa do então senador interino Lobão Filho (PMDB), natural que haja uma investigação por parte do Ministério Público Federal e, reunidas as evidências, seja o inquérito encaminhado à Justiça, para que esta se pronuncie a respeito. Mas essa história tem outro lado, que é a violação da privacidade do cidadão, no caso uma personalidade como José Sarney, um dos mais importantes pares da República nas últimas cinco décadas, a começar pelo fato de que foi o presidente que a comandou o país num dos momentos mais delicados da sua História, que foi a transição da ditadura para a democracia, na segunda metade da década de 1980. Os investigadores podem até ter razão de defender a operação que prendeu quatro policiais do Senado sob a acusação de que eles fizeram varreduras em tais endereços, mas jamais poderão acusar o ex-presidente de cometer um crime se por acaso conseguiu desativar um trambolho de espionagem eletrônica que entrara clandestinamente da sua residência, que pela lei é inviolável. Um aparelho de escuta pode até ser “plantado” na residência de um ex-presidente da República com aval da Justiça, mas será uma violação de direito, exatamente porque será fruto de um ato clandestino. E o fato de ser encontrado e jogado fora não pode ser usado com o argumento de que o investigado clandestinamente estaria prejudicando a investigação.

Casos de escuta clandestina sempre deram em nada

Dois casos de escuta clandestina sacudiram o Maranhão neste século. O primeiro aconteceu no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MA) durante os preparativos para as eleições de 2002. Numa arrumação de rotina, servidores da Justiça Eleitoral encontraram um aparelho de escuta embaixo da mesa de trabalho do gabinete do então presidente da Corte, desembargador Jamil Gedeon. A Polícia Federal foi acionada, fez uma investigação minuciosa e nada foi encontrado que tivesse alguma relação com o tal aparelho. O caso teve forte repercussão à época, mas nada foi descoberto. O outro foi durante o último Governo Roseana Sarney. A Polícia estadual descobriu e invadiu uma casa na região do Cohajap, estourando uma central de escuta clandestina da Polícia Federal. De acordo com relato de policiais feitos à época o posto de escuta tinha conexão com a rede de telefone fixo, e funcionava com aparelhos sofisticados e uma estrutura de fiação com capacidade para “grampear” vários telefones ao mesmo tempo. Foi um escândalo de duas faces. De um lado veio à tona o modus operandi da Polícia Federal, gerando nos cidadãos comuns a sensação de insegurança, a preocupação de estar vivendo num estado policial. O estouro da “central de escuta clandestina” gerou alguns processos contra oficiais da PM que participaram da operação, mas acabou dando em nada.

 

São Luís, 22 de Outubro de 2016.

 

 

Edivaldo Jr. X Eduardo Braide: sabatinas, entrevistas, debates e a participação de emissoras de TV na corrida eleitoral

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Edivaldo Jr e seu vice, o professor e militante do PCdoB Júlio Pinheiro . em evento de rua e Eduardo Braide sendo entrevistado na TV Guará e a cadeira do prefeito vazia

 

A não ida, ontem, do prefeito Edivaldo Jr. (PDT) ao debate organizado pela TV Guará, que acabou cedendo parte do horário para uma entrevista com o candidato do PMN, Eduardo Braide, foi mais um episódio revelador do envolvimento nada ortodoxo dos meios de comunicação de massa pelos dois candidatos à Prefeitura de São Luís. E essa distorção está em parte relacionada ao posicionamento das próprias empresas de comunicação, que se esforçam para passar uma imagem de isenção, mas os fatos do dia a dia da campanha demonstram exatamente o contrário. Nesse contexto de episódios surpreendentes, o prefeito Edivaldo Jr. não se furta a participar de qualquer evento jornalístico – entrevista, sabatina, debate, etc. – na TV Difusora, mas não aceita qualquer convite da TV Guará, e faz questão de anunciar com antecedência quando o convite parte da TV Mirante. Eduardo Braide não recusa qualquer convite, mesmo da TV Difusora, onde via de regra é tratado com às vezes até com rispidez; não abre mão de participar dos eventos da TV Guará, e faz festa quando o debate, a sabatina ou a entrevista acontece na TV Mirante.

A perfeita harmonia do prefeito Edivaldo Jr. com a TV Difusora vem do fato de que a empresa, que representa o SBT no Maranhão e é detentora da segunda maior rede de afiliadas no estado, ainda pertence à família Lobão, mas está arrendada a um grupo liderado pelo deputado federal Weverton Rocha, que é hoje o homem forte do PDT no Maranhão. É Rocha quem dá as cartas hoje na lendária emissora maranhense, e para isso entregou ao experiente e competente jornalista Zeca Pinheiro, que comandou a Comunicação no Governo Jackson Lago, o comando do jornalismo, com carta branca para formar equipe e montar uma animada grade de espaços jornalísticos. Weverton Rocha, porém, fixou a linha editorial pró-Governo Flávio Dino (PCdoB), de quem é aliado de primeira linha, e pró-prefeito Edivaldo Jr., que é hoje uma das estrelas do seu partido.

A TV Difusora vem fazendo uma cobertura ampla da corrida eleitoral em São Luís, mas por mais que a equipe se esforce, não consegue esconder a predileção pelo prefeito Edivaldo Jr.. E nessa linha, foi decisiva na “desconstrução” do candidato do PP, Wellington do Curso, e na desidratação da candidata do PPS, Eliziane Gama. Quando a cúpula pedetista deu-se conta de que Eduardo Braide era a verdadeira ameaça ao projeto de reeleição do prefeito Edivaldo Jr., já era tarde demais. A pancadaria foi programada para o segundo turno. No entanto, por conta de alguns tropeços e escorregões na estratégia da emissora, o candidato do PMN vem usando seu espantoso equilíbrio emocional e sua inteligência política para se esquivar dos jebs verbais e disso tirar proveito.

Não há nenhuma evidência de que a TV Guará tenha se posicionado a favor da candidatura de Eduardo Braide, mas não há como negar que na emissora existe no ar um clima de antipatia pela candidatura de Edivaldo Jr.. Tanto que o prefeito não compareceu a nenhum evento na emissora comandada pelo empresário Roberto Albuquerque (Grupo Dalcar), a começar pelo debate realizado na penúltima semana do 1º turno. Na semana passada, o prefeito não compareceu a uma sabatina programada pela emissora, que fez questão de documentar a equipe aguardando e a cadeira destinada ao prefeito vazia, imagem reforçada por duras criticas ao prefeito. Ontem, mais uma vez Edivaldo Jr. esnobou convite da emissora não comparecendo ao debate programado para as 22 horas. Desta vez, o comando da TV Guará decidiu usar brecha legal e usou parte do tempo a uma entrevista com o candidato Eduardo Braide. Não ficou claro até agora o motivo desse mal-estar, embora diversas versões corram nos meios político e jornalístico.

Emissora mais influente de São Luís, que pertence aos Sarney, mas tem o jornalismo orientado pela Rede Globo, a TV Mirante vai sair incólume e por cima desse processo eleitoral, exatamente por não ter santificado ou satanizado nenhuma candidatura – pelo menos de maneira exposta e ostensiva. Daí porque todas as suas iniciativas – entrevistas, sabatinas e debates – aconteceram sem problemas, sem falta de candidatos, sem tensões nos estúdios nem acusação de manipulação ou distorção de fato u dado de pesquisa, o que coloca a emissora, de longe, como a que dispensou tratamento mais amplo e mais isento à campanha eleitoral. Não foi sem razão que o prefeito Edivaldo Jr. definiu o debate da TV global para o seu último e decisivo embate com Eduardo Braide, que também parece vibrar à espera desse encontro final.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Especial

Governo premia pesquisadores na Semana de Ciência e Tecnologia

A Coluna abre espaço para registrar uma ação verdadeiramente especial  do Governo Flávio Dino. O texto que se segue foi produzido pela Secom:

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Flávio Dino entrega prêmio a jovem cientista do IFMA

Em reconhecimento ao trabalho de pesquisadores maranhenses que têm contribuído para o desenvolvimento social e econômico do Estado, o governador Flávio Dino premiou, na noite de quarta-feira (19), pesquisadores em diversas categorias e instituições com relevante serviço na área de ciência e tecnologia. A homenagem foi feita durante a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão, que acontece até este sábado (22) no Centro de Convenções de Imperatriz, onde a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Secti) montou a “Cidade da Ciência”.

Na cerimônia foram entregues troféus, medalhas e prêmios em dinheiro aos vencedores dos prêmios ‘Mais IDH’ (Medalha Eduardo Campos), Igualdade de Gênero (Medalha Maria Aragão) e a Medalha Renato Archer de Mérito Científico. Durante seu pronunciamento, o governador disse estar muito feliz e que as homenagens mostram um caminho de valorização de quem faz ciência e tecnologia no Maranhão.

“Nós entregamos aqui várias premiações simbólicas, algumas de incentivo financeiro à pesquisa para homenagear pesquisadores já consagrados, mas também olhando para os jovens pesquisadores que estão no ensino médio ou começando sua carreira acadêmica fazendo um mestrado, para mostrar a eles que o governo tem uma política de estimulo, incentivo e valorização”, destacou Flávio Dino. “Sem conhecimento não existe desenvolvimento. É isto que a Semana mostra, este é o principal legado da Semana de Ciência e Tecnologia em Imperatriz”, enfatizou o governador.

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jhonatan Almada, destacou que este ano as premiações tiveram duas inovações que foram a criação do Prêmio Igualdade de Gênero e a Medalha Renato Archer de Mérito Científico e Social. “Isso significa reconhecer, de forma simbólica, a relevância de nossos pesquisadores e estudantes e a contribuição que eles têm no desenvolvimento da ciência e tecnologia, mas, sobretudo, os prêmios visam incentivar a continuidade da caminhada nessa longa estrada que é o conhecimento e o apreço que o governo tem a cada uma dessas pessoas que ajudam o Maranhão a se desenvolver”, observou o secretário.

Premiados  –  Receberam o Prêmio ‘Mais IDH’, que tem como foco trabalhos que contribuam para a melhoria dos indicadores de desenvolvimento humano, Guillaume Xavier Rousseu, da Uema (categoria Professor Pesquisador); André Felipe Carvalho Pinheiro (categoria Estudante de Ensino Superior). Foram vencedores do Prêmio Igualdade de Gênero, uma iniciativa da Secti em parceria com a Secretaria da Mulher, a estudante Lina Cutrim da Silva (categoria Jovem Pesquisador) e Albérico Santos (categoria graduado especialista e estudante de mestrado). O prêmio é um reconhecimento da luta da mulher na sociedade contemporânea.

A Medalha Renato Archer de Mérito Científico Social foi concedida a pessoas físicas e jurídicas por significativos serviços prestados ao desenvolvimento e divulgação científica no Maranhão. Na premiação foram homenageadas três categorias: Pesquisador Colaborador Benemérito, que teve como ganhador o professor da Ufma Lívio Martins Costa Júnior; Pesquisador Produtividade, que premiou os pesquisadores Antônio Augusto da Silva, Auro Tanaka e Manoel Messias Júnior; e a categoria Instituição. Nesta última foram premiados a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra), a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), a Fundação Sousândrade, a Sociedade de Astronomia do Maranhão, a Associação Maranhense de Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos e a Faculdade de Educação Santa Terezinha (Fest).

A iniciativa do governo foi elogiada por autoridades e pelos homenageados. André Carvalho, que desenvolve o projeto “Detecção Automática do Glaucoma em Imagens de Fundo de Olho”; disse que essa valorização é um incentivo para pessoas que como ele que ainda estão entrando na área da pesquisa.

“Receber este prêmio é muito significante para os pesquisadores. Temos uma tarefa árdua e diária de estarmos no laboratório, escrever projetos e levar isso à comunidade. Então receber um reconhecimento do Governo do Estado por nosso esforço para o desenvolvimento humano e de desenvolvimento científico no Estado é muito importante para a gente”, disse o professor Lívio Martins.

O presidente da Sociedade de Astronomia do Maranhão, Wendel dos Santos Monteiro, destacou que o governador Flávio Dino foi quem deu prioridade à área cientifica, inclusive com o projeto “Luminar: Caravana da Ciência” com o intuito de popularização da ciência no Estado. “São ações importantes para o desenvolvimento dessa área”, pontuou.

Abertura – A abertura da semana contou com a presença do prefeito e vice-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira e Pastor Porto, respectivamente, de deputados estaduais, entre eles Bira do Pindaré e Marco Aurélio, de presidentes de instituições, professores, pesquisadores, reitores, pró-reitores, estudantes, secretários de estado, do diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológica do Maranhão (Fapema), Alex Oliveira, e do vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, Guilherme Maia Rocha.