Gastão Vieira dá a largada o Senado em 2018 e pode enfrentar Weverton Rocha, Humberto Coutinho, Roseana Sarney, Sebastião Madeira…

presenatoria-3
Gastão Vieira deve enfrentar  Weverton Rocha, Humberto Coutinho, Sebastião Madeira, Roseana Sarney e João Alberto: nomes falados para o Senado em 2018

 

A declaração do ex-deputado federal Gastão Vieira (PROS) de que será candidato ao Senado da República em 2018, deixando nas entrelinhas que esse projeto terá a simpatia do Palácio dos Leões, assanhou de vez os pré-candidatos às duas vagas senatoriais que serão disputadas nas próximas eleições. E a repercussão da declaração do ex-ministro do Turismo e atualmente ainda presidente do Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) se deu nos bastidores da base partidárias do governador Flávio Dino (PCdoB). Isso porque são vários os nomes que estão se movimentando naquela direção, todos apostando que terão o apoio explícito do chefe do Executivo, que, segundo assegura o influente e bem articulado secretário Márcio Jerry (Comunicação e Articulação Política), é candidatíssimo à reeleição. Com a sua declaração, Gastão Vieira antecipou a largada para corrida eleitoral na direção do Senado, ao que tudo indica disposto a arcar com o ônus de ser candidato com 23 meses de antecedência, consciente de que nesse xadrez pré-eleitoral tem concorrentes como o deputado federal Weverton Rocha (PDT), o influente deputado Humberto Coutinho (PDT), presidente da Assembleia Legislativa; o atual prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira (PSDB), e nomes de oposição, como p atual senador João Alberto (PMDB) a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) ou o deputado federal Sarney Filho (PV), atual ministro do Meio Ambiente, para citar apenas nomes que já estão sendo citado nas conversas primárias.

Político experiente, com mais de três de batente, Gastão Vieira é ciente de que errou quando em 2014 abriu mão de uma reeleição tranquila de deputado federal para entrar na disputa os candidatos do Grupo Sarney a governador e a senador não teriam a menor chance. Mesmo ele, um político bem conceituado e com apoiadores leais nas mais diferentes regiões do estado, estava fadado a um tropeço nas urnas diante da força eleitoral acumulada pelo então candidato a governador Flávio Dino, que não teria – como não teve – maiores dificuldades para eleger o seu candidato a senador, o então vice-prefeito de São Luís Roberto Rocha (PSB).  Ao se lançar candidato de novo, o ex-ministro do Turismo no Governo Dilma Rousseff (PT) joga uma cartada ao mesmo tempo audaciosa e perigosa, principalmente se estiver motivado por um eventual apoio do governador Flávio Dino, com quem vem estreitando relações, principalmente pela via do FNDE.

No que diz respeito à concorrência, o ex-ministro não deve ter a ilusão de que terá vida fácil na corrida pelo voto. Para começar, deve enfrentar o líder do PDT na Câmara Federal Weverton Rocha, um político jovem e agressivo, audacioso e dono de uma incontestável capacidade de articulação e já consolidado como um dos principais responsáveis pela base de apoio político do governador Flávio Dino. Rocha saiu das urnas amargando o fracasso da candidata do PDT, Rosângela Curado, na guerra que foi a disputa pela Prefeitura de Imperatriz, mas ao mesmo tempo fechou a conta  apontado como um dos principais responsáveis pela reeleição do prefeito Edivaldo Jr. (PDT) em São Luís. Weverton é pré-candidato a uma das vagas de senador e, tudo indica, está disposto a atropelar quem se colocar na sua frente.

O deputado Humberto Coutinho é um dos mais credenciados pré-candidatos a senador no grupo liderado pelo governador Flávio Dino.  Além de um histórico político e eleitoral vitorioso – dois mandatos consecutivos de prefeito de Caxias e cinco mandatos de deputado estadual, Coutinho teve participação importante na histórica eleição de Jackson Lago (PDT) para o Governo do Estado em 2006. E esteve na linha de frente da campanha vitoriosa de Flávio Dino em 2014, elegendo-se presidente da Assembleia Legislativa com 40 dos 42 votos da Casa, tornando-se o principal articulador da estabilidade política do Governo no Poder Legislativo. Sua posição é tão forte que a derrota do seu grupo na disputa pela Prefeitura de Caxias não alterou o espaço que ocupa no cenário politico estadual, nem a simpatia do governador por esse projeto.

Gastão tem pela frente também o prefeito Sebastião Madeira, pré-candidato a senador assumido, decidido a iniciar uma peregrinação política nas mais diversas regiões do estado para divulgar seu projeto eleitoral. O tucano acha que tem força política suficiente para embalar um projeto senatorial, e não pensa duas vezes em afirmar que tem condições de se eleger. Certeza como a de Madeira embalam projetos ainda não muito bem definidos como o da ex-governadora Roseana Sarney, que pode disputar o Governo do Estado, e o do seu irmão, deputado Sarney Filho, que foi lançado por terceiros, mas nada disse até agora a respeito, o mesmo acontecendo com o senador João Alberto, que estaria inclinado a arquivar o seu projeto de aposentadoria política e tentar renovar o mandato.

É esse o contexto em que se desenrolar a disputa para a qual o ex-deputado Gastão Vieira está se credenciando com quase dois anos de antecedência.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Contestação em massa
promotorjuiza
Paulo Ramos e Cristiana Ferraz: alvos de duras críticas

Poucas vezes uma ação e uma iniciativa de um promotor de Justiça foram tão criticadas e desqualificadas quanto as protagonizadas pelo titular da 2ª Promotoria de Defesa da Ordem Tributaria e Econômica de São Luís, Paulo Ramos. A denúncia de que uma suposta organização criminosa comandada pelo então secretário de Estado da Fazenda, Cláudio Trinchão, teria desviados mais de R$ 300 milhões num esquema de desvio de dinheiro no bojo de isenções fiscais, envolvendo a ex-governadora Roseana Sarney, e um acordo que ele disse ter feito com a juíza Cristiana Ferraz, interina da 8ª Vara Criminal de São Luís sobre o caso deram causa a um imbróglio monumental. E por isso atraíram duras críticas, contestações e desmentidos das mais diversas entidades corporativas de segmentos envolvidos, como OAB, Associação dos Procuradores do Estado do Maranhão, Associação Nacional dos Procuradores Gerais do Estado, Sindicato dos Advogados, entre outras. A seu favor uma nota da Ampem, uma da Associação dos Magistrados e uma da Corregedoria Geral de Justiça, todas atestando a correção funcional de cada um, mas sem entrar no mérito do caso. Nos bastidores do Judiciário, o comentário corrente é o de que a juíza Cristiana Ferraz está sendo vitima de declarações impróprias do promotor Paulo Ramos, que não se deu por vencido e tem afirmado que vai lutar pela condenação dos denunciados. É briga que vai longe, porque os denunciados, depois de um princípio de desentendimento, estariam se articulando para pedir o arquivamento do processo assim que forem citados.

Ex-prefeito de João Lisboa condenado por desvio

Sob a acusação, feita pelo Ministério Público de ter desviado dinheiro para a compra de medicamentos para o hospital municipal, o ex-prefeito de João Lisboa, Francisco Alves de Holanda, foi condenado a seis anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicialmente semiaberto. A decisão foi tomada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que manteve sentença de primeira instância. De acordo com a denúncia ministerial, as provas indicam que o réu fez uso de notas fiscais falsas, utilizando-se de razão social de empresas inexistentes que participavam de licitação e tinham cadastro no Município. Constam dos autos duas notas fiscais apresentadas, de R$ 25 mil cada, emitidas como se fossem de titularidade das empresas Giofarma (Distribuidora de Medicamentos) e Distribuidora de Medicamentos Nogueira, alcançando o montante de R$ 50 mil.

São Luís, 10 de Novembro de 2016.

3 comentários sobre “Gastão Vieira dá a largada o Senado em 2018 e pode enfrentar Weverton Rocha, Humberto Coutinho, Roseana Sarney, Sebastião Madeira…

  1. Minha opinião: Gastão não tem cacife.

    1. Foi Eleito Deputado Federal em 94, herdando a vaga deixada por Roseana- que foi candidata ao Governo;
    2. Teve sua votação reforçada em 98- e se tornou “o cara”- herdando os votos deixados pelo João Alberto, que foi candidato a Senador.

    A partir daí, só pegou correnteza a favor:
    – Se tornou Secretário da maior Secretaria do Estado; e qdo saiu deixou Danilo Furtado, seu sobrinho, no lugar;
    – Não foi Vice-Governador pelo PMDB (no lugar do Jura) pq não quis;
    – Usou a legenda do PMDB pra se “projetar”, sendo Candidato a Prefeito de São Luís- e com um desempenho semelhante ao de “Titio Fábio” sofreu um verdadeiro tiro pela culatra;
    – Virou Ministro do Turismo com as bênçãos do ex-Presidente Sarney;

    (E em todo esse período seguiu se reelegendo, com esses votos dos outros).

    E depois de tantas ondas a favor:

    Resolveu se candidatar ao Senado…; aí, amigo, perdeu uma partidinha e saiu chorando dizendo que doeu.
    Ah! Me poupe! Me faz lembrar uma frase quando eu era criança:
    “Não sabe brincar, não pro Play!”

    Depois:
    Flávio Dino ainda nem havia assumido o Governo e Gastão foi se oferecer, dizendo que poderia “ajudar” na articulação com Dilma, sem saber que Dino era da cozinha da Dilma, além do mais, deveria saber tb que planta que muda de lugar, não cria raíz.

    E o pior: Agora, como ainda Presidente do FNDE, vem seguindo a mesma linha do seu neo Padrinho e vem tentando deixar João Alberto inelegível. Para entender:

    http://garrone.com.br/para-salvar-a-propria-pele-roseana-faz-fnde-culpar-joao-alberto-por-desvio-de-r-559-mil/

    Minha opinião:
    Gastão tem currículo, é um bom técnico, mas o gelo dele já derreteu, ou seja, não tem não voto; ficou tipo onça velha: “perdeu os dentes mas não perdeu a pinta”… Entretanto, se Flávio Dino quiser colocá-lo na garupa (que eu não acredito), ele terá uma pequena chance, fazendo o que sempre fez: usar o voto dos outros; do contrário…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *