Flávio Dino dominou a década de 2010 e entra na de 2020 com força para continuar dando as cartas no Maranhão

 

Flávio Dino vira a década com liderança consolidada e cacife para seguir em frente

O governador Flávio Dino (PCdoB) fecha a década de 2019   vivendo o melhor da sua trajetória política até aqui. Movimenta-se com a desenvoltura de quem lidera uma longa e bem-sucedida transição no estado, atua com a segurança do gestor que vem realizando um Governo eficiente e transformador, decide com a coragem dos grandes oposicionistas, e amplia o seu raio de ação política com a visão aquilina do estadista que se coloca com precisão no cenário político nacional impreciso e conturbado, pronto para encarar debate de qualquer natureza sobre o Brasil, seus problemas e seu potencial. Não houve, nesta década, político com essa estatura no Maranhão, e dificilmente surgirá alguém com esse perfil e com os desafios que ele encontrou e venceu. Hoje, além de governar o Maranhão apoiado numa aliança partidária que vai da esquerda à direita e de atuar com destaque no plano político regional, como um dos líderes de um eficiente movimento de governadores, Flávio Dino está posicionado no cenário nacional com potencial para ser candidato a presidente da República em 2022, caso decida abrir mão de uma cadeira no Senado. Nenhum político maranhense com as suas condições chegou tão longe no cenário político deste século, especialmente no último decênio.

No plano estadual, Flávio Dino governa desde 2015 com inteligência administrativa, focado nos extratos mais carentes dos mais de sete milhões de maranhenses. Ao contrário do que ocorre em outros estados, onde se aplicam recursos limitados em obras faraônicas, ele optou por investir os parcos recursos do Estado num programa de Governo focado em Educação, Saúde, Segurança Pública e Infraestrutura. Dentro desses quatro pilares vem realizando programas audaciosos, inimagináveis até então. Só quem já visitou uma Escola Digna tem a real dimensão do isso significa. Ninguém pode formar juízo de valor sobre um Iema se não o conhecer por dentro, podendo-se dizer o mesmo de uma Escola de Tempo Integral. Seria interessante um contribuinte abastado passar por pobre e almoçar num restaurante popular da periferia de São Luís, ou então conhecer o Hospital de Traumatologia de São Luís. Observada com atenção, tais dão dimensão apropriada do que é o Governo em curso no Maranhão e dizem porque Flávio Dino é um governante diferenciado. E com um dado fundamental para os dias atuais: não há registro de corrupção na sua gestão.

Ao longo da década, o político Flávio Dino deu inúmeras demonstrações de habilidade e pragmatismo, sem abrir mão de um eixo ideológico sólido. Surpreendendo pela ousadia dos movimentos e pela precisão dos lances. Muitos viram sua derrocada quando ele assumiu a defesa da então presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment em 2016, e houve também quem enxergasse erro grave o apoio que deu à campanha presidencial de Fernando Haddad (PT) em 2018, posicionando-se como adversário da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), a quem impôs uma derrota humilhante no Maranhão. Provou que estava certo quando se reelegeu em turno único, com 20 pontos percentuais sobre a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), seu concorrente mais próximo. Coerente, posicionou-se na linha oposicionista ao novo Governo, alimentando tal posição com duras e frequentes, mas procedentes e equilibradas críticas às decisões do novo Governo central e às posições e postura do presidente da República. Ao mesmo tempo, vem conseguindo manter um relacionamento institucional com a Esplanada dos Ministérios.

Flávio Dino fecha a década com estatura política bem maior do que, provavelmente, ele próprio esperava. No Maranhão, ocupou espaço só ocupado por José Sarney durante mais de meio século, liderando uma transição equivalente ao movimento sarneysistas sobre o vitorinismo, nos anos 60 do século passado. Hoje, sua liderança é incontestável, não havendo na aliança nem fora dela alguém com cacife para lhe fazer sombra. No plano nacional, Flávio Dino é hoje um político respeitado na seara oposicionista, na elite acadêmica, nos meios intelectuais, na esquerda, no empresado progressista, nos segmentos artísticos, etc. Suas palestras são concorridas, suas entrevistas repercutem bem, e mesmo ainda sendo assunto sobre o qual costuma desconversar, a candidatura presidencial é, para muitos, um projeto levado a sério e viável. O PCdoB o quer candidato, o PSB, também, havendo até quem aposte que ele migre para o PT. Tem ainda dois anos pela frente para decidir o seu futuro, podendo permanecer no Governo até o fim e retornar a dar aulas de Direito na UFMA e militar na advocacia. Diz topar qualquer parada, desde que deixe o Maranhão em boas mãos.

O fato é que Flávio Dino começou a década sofrendo uma derrota para Roseana Sarney em 2010, mas virou o jogo e se tornou a liderança dominante nos anos que se seguiram, com duas eleições acachapantes, e virando o decênio com cacife para continuar dando as cartas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Edivaldo Holanda Júnior vira década com cacife para eleições futuras

Edivaldo Holanda Júnior, acompanhado da primeira-dama Camila Holanda: mão na massa e cacife gordo para eleições futuras no município ou no estado

Há muito São Luís não vivia uma gestão tão regular como a do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. (PDT). Os conturbados e traumáticos primeiros 90 dias da sua gestão – janeiro, fevereiro e março de 2013 -, reflexo do grave desarranjo administrativo e financeiro deixado pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), não foram suficientes para tirar o foco do novo prefeito na ideia de fazer uma administração correta e eficiente. Tudo funcionou como planejado: apesar de todas as dificuldades, os salários foram regularizados e mantidos em dia. A gestão começou a ganhar ritmo na segunda metade de 2014, depois dos problemas equacionados, e engrenou de vez em 2015, com a posse do governador Flávio Dino, que lhe abriu as portas do Governo do Estado. O prefeito Edivaldo Holanda Júnior mergulhou no trabalho e chegou a 2016 com autoridade para pedir a renovação do mandato. Mesmo pressionado pelo “fator” Eduardo Braide (PMN), que chegou a ameaçar seu projeto de reeleição, Edivaldo Holanda Júnior foi reeleito com margem segura. O segundo mandato tem sido se dado com vento em popa, com a execução de vários programas importantes, a do asfaltamento da cidade – fruto de um empréstimo de R$ 250 milhões contratado com a Caixa – e a revitalização do centro de São Luís, com a reforma da Praça Deodoro e da Rua Grande. Edivaldo Holanda Júnior regularizou e melhorou sensivelmente a rede escolar municipal, inclusive contratando professores, e injetou os recursos possíveis na melhoria do sistema municipal de Saúde. No último ano da sua gestão, que começa neste 1º de Janeiro, entra na ciranda política com força suficiente para influir decisivamente na escolha do candidato e na linha da campanha. Foi o mais importante líder político de São Luís na década que termina hoje. E começa a nova década com um horizonte largo.

RepórterTempo deseja a todos um próspero e venturoso 2020

A Coluna deseja aos seus leitores, maranhenses e brasileiros, os votos de um Ano Novo próspero e venturoso, e durante o qual continuará o esforço jornalístico para oferecer-lhes interpretações que ajudem a compreender a ciranda da política estadual e seus reflexos. Com gratidão.

São Luís, 31 de Dezembro de 2019.

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