Campanha da Assembleia Legislativa contra assédio e feminicídio acerta os alvos e ganha repercussão nacional  

 

Campanha da Assembleia Legislativa de reação ao assédio e ao feminicídio ganha repercussão nacional com veiculação na TV Senado e na TV Câmara em todos o país

Encarados agora como uma chaga na vida brasileira, o assédio e o feminicídio, duas pragas que expõem a cultura machista nacional desde as suas origens, com registros assombrosos no Maranhão, como as abordagens inconvenientes e intimidadoras e casos de assassinatos brutais – como alguns que mancham a história de São Luís, cometido pelo desembargador Pontes de Visgueiro contra a esposa, praticado com requintes de crueldade causados por ciúme doentio e “em defesa da honra” – estão sendo finalmente combatidos com a determinação e o vigor exigidos. A sociedade e as instituições resolveram agir depois que o grito das mulheres, há muito sufocado pelo medo e pelo preconceito, ecoou finalmente com a força devida, ensejando uma mobilização nacional contra essa forma brutal e inaceitável de agressão. E nesse movimento, a Assembleia Legislativa do Maranhão, onde as mulheres vêm ocupando espaço cada vez mais expressivo, assumiu uma posição de vanguarda, dando-lhes os instrumentos necessários para que suas poucas formas de defesa, sendo um deles a comunicação.

Além dos discursos-denúncia de deputados e deputadas, de entrevistas e de pregações em sessões especiais, comissões, audiências públicas, simpósios e conferências, que expressam a indignação e a determinação de combater o assédio e o feminicídio, o presidente Othelino Neto (PCdoB), que é jornalista e sabe o peso da comunicação na sociedade atual, acionou o Departamento de Comunicação para que um passo mais largo fosse dado. O resultado da recomendação do presidente ao diretor de Comunicação, ao experiente jornalista Edwin Jinkins, foi a elaboração de uma campanha que vem surpreendendo pela eficácia das mensagens nela contidas.

Produzida com o apoio da Procuradoria da Mulher, que é o braço jurídico de defesa da mulher no Poder Legislativo, e do Grupo de Esposas dos Deputados do Estado do Maranhão (Gedema), o braço social da instituição legislativa, a campanha exibe vozes e imagens que externam, numa só peça com um minuto de duração, o grito de alerta, a indignação e a reação da mulher contra o assédio e o feminicídio. Na peça, uma executiva, uma médica, uma policial e uma jornalista são mostradas como vítimas potenciais, mas que reagem dizendo um basta, agindo como cidadãs dispostas a não mais tolerar o abuso machista, sugerindo que mulheres em situação de risco liguem para o 180, por meio do qual a PM atende a esses chamados. Melhor, nas suas reações indignadas e firmes – “Chega de abuso!”, “Chega de assédio” e “Chega de feminicídio!” – as mulheres deixam no ar a indicação de que as relações podem ser baseadas na igualdade de direitos, no respeito, no companheirismo e na delicadeza.

“A Assembleia Legislativa do Maranhão levantou essa bandeira ao lançar esta campanha sensível de combate à crescente onda de violência que tem vitimado, a cada dia, mais mulheres no Brasil. Conseguimos mostrar, em um minuto, também o empoderamento das mulheres ao ocuparem posições de destaque na sociedade, quer seja nos seus ambientes ou no seio familiar, mostrando que elas são fortes e não se intimidam”, destaca o diretor Edwin Jinkings.

Bem recebida e integralmente assimilada no Maranhão, a começar pelo fato de que usou personagens femininas de ficção e da vida real – a policial é mesmo uma oficial da Polícia Militar -, a campanha foi exibida em todas as emissoras de televisão e rádio durante os meses de março e abril, e ganhou projeção nacional quando veiculada na TV Senado e na TV Câmara, onde  recebeu o aval de diretores, produtores e especialistas. A repercussão da campanha em todo o País entusiasmou, com justiça, o presidente Othelino Neto, que provocado sobre o assunto, não escondeu  sua satisfação com os resultados alcançados pela peça produzida pela chamada “prata da casa”: “É muito gratificante poder contribuir, de maneira mais ampla, para alertar a sociedade brasileira sobre as diversas formas de violência contra a mulher, incentivando-as a denunciar os agressores”.

Em Tempo: a campanha pode ser vista pelo link http://bit.ly2UZSj4.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Márcio Jerry vê Jair Bolsonaro como um presidente desastrado e sem rumo

Márcio Jerry diz que Jair Bolsonaro foi um desastre nos primeiros quatro meses

Um dos mais duros críticos do Governo Federal, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) usou ontem sua conta no twitter para avaliar, em cinco pontos, o desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) nos quatro meses no comando do País. Nas suas observações, o vice-líder do PCdoB na Câmara Federal aponta o presidente como desatinado, que não governa para os mais pobres, que incentiva a violência, que orienta uma política externa vexatória, e que não impõe controle aos filhos. Seguem, os cinco pontos:

  1. O presidente Jair Bolsonaro comete desatinos todos os dias. Não enfrenta nenhum dos problemas reais do país, prefere fazer guerra política permanente, atacar direitos, propor absurdos contra o povo.
  2. Governo Bolsonaro mira os mais pobres e as políticas públicas fundamentais para o país. É o governo que quer fazer da previdência mais um bom negócio para os banqueiros, expondo a maioria do povo à desassistência previdenciária.
  3. Governo Bolsonaro é o da violência. Discursa estimulando a conflagração, flexibiliza uso de armas, prega agressões, ataca a educação, ameaça retirar ainda mais recursos da saúde.
  4. Nunca o Brasil passou tantos vexames internacionais. Um dos maiores países do planeta exposto todos os dias ao ridículo pelas patetices presidenciais. Jair Bolsonaro se comporta como um vassalo dos EUA e um bobão perante o mundo.
  5. Na cruzada bolsonarista os alvos são o povo, os sindicatos, a imprensa, a educação, saúde, os direitos, a democracia. Enfim, tudo que a sociedade brasileira erigiu ao longo de décadas vira alvo da maluquice do presidente, filhos e “guru”. Muito absurdo junto. Reage, Brasil!

 

Se Tadeu Palácio reaparece na cena, mas não deve esquecer a “maldição” que ataca ex-prefeitos de São Luís

Tadeu Palácio, Conceição Andrade, Gardênia Gonçalves e Mauro Fecury deixaram a prefeitura e não retornaram

Em meio aos tímidos movimentos por meio dos quais alguns grupos tentam dar forma e sentido ao bolsonarismo no Maranhão, o ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, vem sendo provocado a deixar a cidadela em que se refugiou depois de alguns passos em falso no tabuleiro da política da Capital. A posição de Tadeu Palácio, que foi reeleito em 2002 em primeiro turno, mas acabou deixando o cenário político para não ser trucidado, faz lembrar o quanto a população ludovicense é dura com seus ex-prefeitos. Mauro Fecury, por exemplo, que foi prefeito três vezes por via indireta, fez fortuna com o Ceuma, mas nunca mais foi bem votado em São Luís. Gardênia Gonçalves, que chegou ao Palácio de la Ravardièrie na célebre disputa com Jaime Santana em 1985, deixou o mandato e não mais arriscou um retorno, que só foi possível com a eleição do marido João Castelo em 2008, mas que não foi reeleito. O mesmo aconteceu com a ex-prefeita Conceição Andrade, que teve sua carreira política interrompida depois dos quatro anos que comandou a administração da Capital. Se ainda tiver o bom senso de outros tempos, o ex-prefeito Tadeu Palácio certamente avaliará cenário político e chegará à conclusão de que o melhor é continuar trabalhando na sua clínica oftalmológica.

São Luís, 04 de Maio de 2019.

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