Arquivos mensais: junho 2025

Roberto Costa completa seis meses de trabalho intenso na construção da Nova Bacabal

Roberto Costa em quatro momentos: com alunos
com novo fardamento, com professores
comemorando aumento, com Carlos Brandão
em inaugurações e na procissão do Fogaréu

Os prefeitos eleitos em 2024 completam os primeiros 180 dias, ou seja, um semestre, no comando dos seus municípios, com resultados os mais diversos, sendo que alguns novatos, que saíram da vida parlamentar, enfrentam a realidade dura, nua e crua, da gestão pública com diferentes níveis de desempenho. Nesse contexto, um dos casos mais emblemáticos é o prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), que divide o seu desafio de comandar um dos municípios mais importantes do estado com a tarefa nada simples de presidir da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), onde desaguam os problemas e as demandas dos 217 municípios maranhenses. Político forjado e lapidado na vida parlamentar e no intrincado jogo das articulações de bastidor, Roberto Costa completa nesta segunda-feira (30), 4.320 horas como prefeito ativo, com os pés no chão e determinado a criar a Nova Bacabal, com melhor educação, melhor saúde, mais inclusão, mais organização urbana e mais desenvolvimento econômico e social.

Logo após a posse, impôs à máquina administrativa de Bacabal um ritmo de trabalho intenso, que começou com a tradicional operação tapa-buraco, avançou para a pavimentação de ruas, partiu para a normatização do trânsito, cobrando rigor nas regras de circulação de veículos, e determinou a desobstrução de calçadas, devolvendo mobilidade aos bacabalenses. Na saúde, fez ajustes administrativos em todos os hospitais e postos de saúde do município, conveniou com universidades para melhorar o padrão de atendimento nessas casas de saúde, e inaugurou o Centro de Especialidades Médicas, que reforçou expressivamente o sistema municipal de saúde, e prestigiou agentes da área. Além disso, interditou, restaurou e já reinaugurou a Casa de Apoio em São Luís, agora com 32 leitos, deixando evidente que saúde é uma das prioridades da sua gestão.

Na educação, surpreendeu ao anunciar o fornecimento de fardamento gratuito a 18 mil estudantes e o fim da lista de material escolar. Adotou medidas para tornar as escolas mais dignas, e garantiu merenda escolar em casa para alunos durante reforma de escolas. Abriu o ano letivo no início de março. E foi além ao conceder aos professores um reajuste salarial de 7%, acima do concedido ao piso nacional. Encarou com equilíbrio e medidas certas o desabamento do teto de uma escola e o acidente com um ônibus escolar que matou dois estudantes, e promoveu a Jornada da Educação. E nesse âmbito, tem incentivado os esportes, apoiando jogos estudantis, com a meta de produzir “um atleta olímpico”, e ações como a dos Bacabots, que venceram um concurso regional de robótica. E definiu o Calendário Esportivo de Bacabal para 2025.

A gestão de Roberto Costa vem mostrando um forte viés social, com várias ações a favor das mulheres,  apoiando, por exemplo,  a Caminhada do Dia Internacional da Mulher, realizada pelo “Grupo Negros de Palmares Renascendo”. Já em janeiro incluiu Bacabal no programa “Registro para Todos”. Em maio, organizou a presença de 1.200 integrantes da Caravana da Juventude. Apoiou as quebradeiras de coco do Quilombo de São Sebastião dos Pretos com cursos e equipamentos. E mais recentemente assinou contrato no valor de R$ 75 milhões com a Caixa para a construção dos primeiros 480 apartamentos de um total de 1.460 e 500 casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Alinhado politicamente com o governador Carlos Brandão (PSB), liderou a agenda em que, junto com ele, inaugurou a prometida Estrada do Leite, entregou títulos de terra e novas obras, como o Parque de Exposição. Essa relação institucional vai muito além, incluindo convênios em diversas áreas, como educação, saúde e infraestrutura.

Entre muitas outras iniciativas, como a realização do Carnaval e o São João, ambos bem-sucedidos, o prefeito Roberto Costa deu, em Brasília, a largada para resolver o maior desafio que assumiu na campanha: solucionar o problema de abastecimento de água de Bacabal. Com o apoio da cúpula nacional do MDB, se reuniu com o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leonardo Picciani, com quem discutiu os meios de garantir água potável para os 105 mil bacabalenses.

Cumprindo uma maratona que não lhe deixa espaço para lazer ou coisa parecida, o prefeito Roberto Costa comanda, a Nova Bacabal, ao mesmo tempo,  que vai ganhando forma e lhe dando aprovação de 74,5%, e a Famem, que exige dele um constante relacionamento com seus colegas prefeitos. E com um detalhe a mais: se mantém no epicentro do debate e das articulações políticas visando 2026.

PONTO & CONTRAPONTO

Declaração de Rubens Pereira é desmentida por Felipe Camarão e assanha crise na base governista

Felipe Camarão desmentiu
declarações de Rubens Pereira

O episódio em que o vice-governador Felipe Camarão (PT) contradisse o secretário de Articulação Política, Rubens Pereira, deu bem a medida de como declarações fora da curva têm poder de azedar de vez as relações políticas em crise.

Num discurso no interior, Rubens Pereira se empolgou ao comentar o cenário de crise e rompimento na base governista e resolveu abrir a sua “caixa preta” declarando que o rompimento do governador Carlos Brandão (PSB) com o grupo ligado ao ministro Flávio Dino se deu porque ele, Brandão, decidiu que indicaria o vice na chapa encabeçada por Felipe Camarão.

Rubens Pereira fez a estrondosa revelação com a seguinte declaração: “Chegou o momento de composição de chapa. O governador chegou e disse: ‘Vamos indicar o vice’. E os interlocutores disseram que não aceitavam. E aí foi onde estancou todas as negociações que estavam sendo discutidas”. E seguiu acrescentando mais pimenta ao molho.

Ao tomar conhecimento das declarações do secretário de Articulação Política, o vice-governador Felipe Camarão reagiu vivamente incomodado e desmentiu cada uma das palavras de Rubens Pereira:

“Soube de um estranho pronunciamento de membro do governo estadual apontando uma suposta ‘indicação de nome de vice’ para chapa de 2026 como causa para rompimento de acordo ou divisão do grupo que venceu as eleições no Maranhão em 14, 18 e 2022.Trata-se de algo estranho e inexistente, porque nunca houve qualquer diálogo entre o governador Carlos Brandão comigo ou com esse time vitorioso sobre o tema”.

A declaração bombástica do secretário Rubens Pereira e a reação fulminante do vice-governador Felipe Camarão serviram para aumentar em alguns graus a tensão já existente entre os dois grupos, reduzindo expressivamente a possibilidade de reconciliação.

O imbróglio se torna mais delicado com o fato de que o secretário Rubens Pereira, que integra o time que acredita na permanência do governador Carlos Brandão no cargo e no lançamento do secretário Orleans Brandão ao Governo, é pai e inspirador político do deputado federal Rubens Júnior (PT). Ele integrou o núcleo básico do dinismo e tem feito papel de mediador na crise, sendo, por razões partidárias, apoiador do vice-governador, mas sem romper com o governador Carlos Brandão.

Diante do impasse criado pelo choque das duas versões, só o governador Carlos Brandão poderá colocar o “disse, não disse” em pratos limpos.

Iracema reafirma comando da Alema, vê sucesso do prefeito de Barreirinhas e se prepara para 26

Iracema Vale: preparando
terreno para 2026

Certa de que o questionamento à sua eleição está de fato a caminho do arquivo morto do Supremo Tribunal Federal, a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), voltou a fazer política com intensidade, focando sua ação no fortalecimento do grupo liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB), principalmente no projeto de candidatura do secretário Orleans Brandão (MDB) ao Governo do Estado.

Em meio a essa intensa movimentação, a presidente do Poder Legislativo tem se voltado para Barreirinhas, onde seu filho, o prefeito Vinícius Vale (MDB) está fechando o primeiro semestre com 80% de aprovação, quebrando a previsão de fracasso feita por adversários. E para Urbano Santos, onde outro filho seu, Herlon Júnior (MDB), integra, como vice-prefeito, a gestão bem-sucedida do prefeito Clemilton Araújo (Republicanos).

Com estatura política ampliada desde que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa, em fevereiro de 2023, e sendo bem-sucedida nas várias batalhas que teve de enfrentar, a deputada Iracema Vale prepara caminho para as eleições do ano que vem, nas qual poderá disputar a reeleição, um mandato majoritário ou – quem sabe? – fechar o atual mandato no comando do Poder Executivo.

São Luís, 29 de Junho de 2025.

Eleição de Catulé Jr. para 3º vice da Alema mostrou que Brandão recompôs a base governista

Deputados saúdam a eleição de Catulé Jr., que teve Fernando
Braide como concorrente e o suporte político de Iracema Vale

Tecnicamente apenas um pleito realizado para o preenchimento do cargo de 3º vice-presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, vago com a cassação do agora ex-deputado Hemetério Weba (PP), a eleição do deputado Catulé Júnior (PP), ganhou, porém, um significado político muito maior. A dimensão foi dada pela presidente do Poder Legislativo, deputada Iracema Vale (PSB), que ao comentar o ato, declarou, sem esconder seu entusiasmo, que a escolha do novo 3º vice-presidente (PSD), foi uma demonstração de que “a base do Governo foi recomposta”, devolvendo plena estabilidade ao parlamento estadual. Catulé Júnior foi eleito 31 votos contra nove dados ao seu com corrente, o deputado Fernando Braide (PSD), de oposição.

A eleição do deputado Catulé Júnior para a 3ª vice-presidência da Assembleia Legislativa foi, de fato, o resultado de uma ampla articulação da presidente Iracema Vale e dos líderes da base governista em sintonia com o Palácio dos Leões. Recém-chegado ao parlamento – ele assumiu como titular em janeiro, com a renúncia do deputado Rildo Amaral (PP) para assumir a Prefeitura de Imperatriz -, Catulé Júnior dificilmente chegaria ao posto sem o aval decisivo do Palácio dos Leões e sem a articulação feita pela presidente Iracema Vale. Ele foi beneficiado por ser do PP e por haver se integrado à bancada governista, declarando apoio ao governador Carlos Brandão (PSB).

O entusiasmo da presidente Iracema Vale com o desfecho da eleição é plenamente justificado. Afinal, a mobilização da base governista foi uma demonstração cabal de que a instabilidade no parlamento estadual instalada com a histórica eleição para a presidência da Casa, em novembro de 2024, quando a base governista rachou ao meio, são águas passadas. Para alguns deputados, a votação maciça em Catulé Júnior foi a demonstração indiscutível de que o governador conseguiu recompor o poderoso lastro do Governo, mandando para o arquivo morto a instabilidade que sacudiu o parlamento durante alguns meses.

Enquanto Catulé Júnior entrou na disputa calçado pelos votos dos deputados governistas, que lhe deram vitória esmagadora, o candidato oponente, deputado Fernand Braide, comemorou os nove votos que recebeu. “Eu estou muito feliz com esses novo votos. Foi mais do que eu esperava”, disse, após cumprimentar o novo 3º vice-presidente. Fernando Braide foi apoiado pelo chamado grupo dinista, cujos integrantes manifestaram satisfação com a unidade demonstrada na eleição. E o sentimento no grupo é o de que essa unidade vai se sustentar e que o grupo vai permanecer na oposição, mesmo sem descartar a possibilidade de recomposição.

Advogado de 43 anos, o novo 3º vice-presidente da Assembleia Legislativa não é neófito em política. Embalado pela experiência do pai, o longevo e influente vereador caxiense Catulé (Antônio José Bittencourt de Albuquerque), Catulé Júnior conhece bem as entranhas da política e do poder no Maranhão, tendo sido, por exemplo, secretário de Turismo no Governo Flávio Dino. Quando decidiu concorrer ao cargo, sabia exatamente o que estava fazendo e onde iria chegar, e que sem o aval do Palácio dos Leões e o poder de fogo da presidente Iracema Vale não chegaria a lugar algum. Usou, portanto, inteligência política.

Nesse contexto, o Palácio dos Leões deu uma demonstração inequívoca de que recompôs o seu poderoso suporte parlamentar e retomou plenamente o controle de sólida maioria no plenário da Assembleia Legislativa, com poder de fogo para garantir ganhos na seara legislativa, com os reflexos dessa força também no plano político. Para tanto, a presidente Iracema Vale, usando surpreendente habilidade política, tem tido papel decisivo ao conciliar as obrigações presidenciais com os movimentos de articuladora política de peso decisivo para o Governo.

A eleição de ontem foi uma sinalização importante de que o governador Carlos Brandão e seu grupo estão se preparando para a guerra política e eleitoral que se aproxima.

PONTO & CONTRAPONTO

Bacabal: Orleans Brandão lidera para o Governo e Carlos Brandão para o Senado

Orleans Brandão e Carlos Brandão
lideram corrida em Bacabal

Enquanto as pesquisas de âmbito geral sobre a corrida sucessória estadual desenham uma liderança sólida do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), as investigações sobre intenção de voto para o Governo do Estado realizadas em municípios mostram um cenário muito diferente. Em Bacabal, por exemplo, o secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), lidera a corrida com nada menos que 48,25% das preferências, seguido do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), com 27,78%. Para a surpresa de muitos, ali o prefeito Eduardo Braide e o vice-governador Felipe Camarão disputam a lanterna, cada um com 7,41% das preferências do eleitorado bacabalense, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Opinião Pública (Inop Previsão).

O levantamento mostrou também que o governador Carlos Brandão tem 51,85% das intenções de voto para senador, nada menos que 40 pontos percentuais à frente do senador e candidato à reeleição Weverton Rocha, que aparece com 11,11%, seguido de perto pelo ministro do Esporte André Fufuca (PP), que tem a preferências de 9,26%. A senadora Eliziane gama (PSD) aparece empatada com o deputado Yglésio Moises, ambos com 7,41%, enquanto o ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo tem 1,85% das intenções de voto.

Bacabal é um exemplo importante da força política dos prefeitos na corrida eleitoral. Ali, o prefeito Roberto Costa (MDB) consolida e amplia sua liderança a cada dia, reforçando o seu cacife de articulador político e líder de uma poderosa corrente dentro do MDB e, por tabela, como presidente da federação dos Municípios do Maranhão (Famem). Ele está inteiramente alinhado com o governador Carlos Brandão e tem sido uma das vozes que mais propagam o projeto de candidatura do secretário Orleans Brandão ao Governo do Estado.

Roseana indica que não viu mosca azul na pesquisa em que lidera para o Senado sem Brandão candidato

Roseana Sarney: sem fazer alarde

A deputada federal licenciada Roseana Sarney (MDB) comemorou discretamente, sem alarde, a informação levantada pela pesquisa do Inop dando conta de que, sem a participação do governador Carlos Brandão (PSB), ela lidera as preferências para uma das duas cadeiras no Senado.

Com a experiência de várias eleições, com vitórias e derrotas, a ex-senadora sabe que um pleito como que se avizinha é uma baita caixa de surpresas. Certamente avalia que a disputa para o Senado será complicada e dura, à medida que, mesmo na hipótese de o governador Carlos Brandão não estar entre os candidatos, os demais aspirantes estão estruturados e vão jogar pesado.

Com um lastro vitorioso e com poder de fogo para renovar seu mandato de deputada federal sem maiores problemas, Roseana Sarney parece inclinada a optar por esse caminho. Mas deixando aberta a possibilidade de que, numa situação excepcional, possa vir a entrar na briga pela Câmara Alta.

São Luís, 27 de Junho de 2025.

IOF: motivada pela direita e pelo Centrão, maioria da bancada maranhense votou a favor dos banqueiros

Aluísio Mendes, Allan Garcês, Detinha, Josimar de
Maranhãozinho, Júnior Lourenço, Pastor Gil,
Josivaldo JP, Pedro Lucas Fernandes, Juscelino Filho,
Fábio Macedo, Cleber verde, Marreca Filho,
Duarte Júnior e Márcio Honaiser votaram contra o
IOF, favorecendo os banqueiros, enquanto Márcio
Jerry e Rubens Júnior votaram com o Governo

Resultado de uma surpreendente rasteira política aplicada pelo presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), apoiado pela base bolsonarista e por extratos insatisfeitos do Centrão e da impotência da bancada governista, a fragorosa derrota do Governo do presidente Lula da Silva (PT) com a derrubada do decreto que ajustava o IOF, foi uma demonstração cabal de que, ao contrário de outros tempos, as bandadas do estados no Congresso Nacional não guardam mais uma relação com as lideranças estaduais. O melhor exemplo está na bancada maranhense, que votou em massa contra o Governo com o argumento fajuta de que a mudança no IOF é “aumento de imposto”, quando só afetaria o grande capital, os banqueiros e os grandes investidores. Nada menos que 14 dos 18 deputados seguiram a orientação dos líderes oposicionistas, articulados pelos chefes bolsonaristas votando contra o decreto, colocando o Brasil numa perigosa encruzilhada fiscal.

Votaram para a derrubada do decreto os deputados Aluísio Mendes (Republicanos) e Allan Garcês (PP), bolsonaristas de carteirinha; Detinha (PL), Josimar de Maranhãozinho (PL), Pastor Gil (PL) e Júnior Lourenço (PL), que formam um grupo independente do PL, que não segue a orientação bolsonarista;  Pedro Lucas (União), Cléber Verde (MDB), Fábio Macedo (Podemos) e Josivaldo JP (PSD) e Marreca Filho (PRD) que integram a banda genuína do Centrão; Márcio Honaiser (PDT) e Duarte Júnior (PSB), esquerdistas de direita, e Juscelino Filho (União), ex-ministro das Comunicações, que até pouco tempo jurava ser aliado do presidente Lula da Silva. Os deputados Márcio Jerry (PCdoB), vice-líder do Governo, e Rubens Júnior (PT), um dos articuladores da base governista, votaram pelo aumento do IOF. Apenas os deputados Hildo Rocha (MDB) e Amanda Gentil (PP) não participaram da votação.

Na avaliação da maioria dos especialistas, a derrubada do decreto do IOF sem propor uma solução alternativa, teve dois vieses. O primeiro foi atender ao grande Capital, numa demonstração de que esse grupo de parlamentares está mais alinhado aos super ricos, que não querem pagar imposto sobre os seus ganhos excessivos, sem a preocupação de colocar em risco os programas sociais que garantem a sobrevivência de milhões e milhões de brasileiros. E o outro é mais óbvio ainda: uma grande articulação da direita e do Centrão para desgastar o Governo do PT visando as eleições do ano que vem. Isso num ambiente em que o Senado aprovou e a Câmara Federal vai aprovar o aumento do número de deputados federais, que passará de 513 para 543, a um custo de R$ 60 milhões a cada ano.

As mesmas vozes que tentam impor ao Governo da República um impiedoso garrote fiscal, exigindo o enxugamento das contas públicas são os mesmos que, contraditoriamente, agora bradam contra as decisões do Supremo Tribunal Federal de tornar mais transparente a aplicação das emendas parlamentares, que foram transformas em negócios milionários sem rastros e sem prestação de contas. Os chefões partidários tentaram emparedar o ministro Flávio Dino, que está abrindo a caixa-preta das emendas, mas encontraram nele um magistrado que não faz concessão quando o que está em jogo é o mau uso do dinheiro público.

Em outros tempos, antes de decisões graves como a de ontem, na qual estava em jogo o exercício fiscal do Governo para este ano, os deputados federais se articulavam como bancada, faziam consultas a aliados, como governador e prefeitos e tomavam suas decisões em sintonia com as suas bases. Agora, os representantes do Maranhão no Congresso Nacional, que garantem sobrevivência eleitoral na bilionária ciranda das emendas, ignoram as suas bases e decidem os destinos da Nação em acertos com as cúpulas partidárias em Brasília.

No caso do IOF, decidiram tirar do Governo os meios para fechar as suas contas deste ano, abrindo uma crise institucional que poderá ser resolvida na Justiça.

PONTO & CONTRAPONTO

Se entrarem na corrida, Roseana e César Pires elevarão o nível da campanha ao Senado

Roseana Sarney e César Pires poderão
elevar o nível da campanha se forem
candidatos ao Senado

A liderança da deputada federal Roseana Sarney (MDB) na corrida às duas vagas no Senado, na hipótese de o governador Carlos Brandão (PSB) permanecer no cargo, reforçou a previsão, feita tempos atrás, de que essa disputa seria uma das mais acirradas deste século até aqui.

Não bastasse as candidaturas dos senadores Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT) à reeleição, e os projetos de candidatura do ministro André Fufuca (PP) e do ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Mobiliza), surge agora a candidatura do ex-deputado estadual César Pires (Novo), lançada por Lahesio Bonfim, candidato do seu partido ao Palácio dos Leões.

Já sem muita sintonia com a nova geração da política maranhense, representada pelos dois senadores e pelo ministro do Esporte, Roseana Sarney e César Pires têm autoridade política para entrar nessa disputa. Ela com o cacife de quem é deputada federal pela segunda vez, foi senadora da República e governou o Maranhão por 14 anos em períodos alternados. Ele com o lastro de vários mandatos na Assembleia Legislativa, secretário estadual de Educação e reitor da Universidade Estadual do Maranhão.

Independentemente dos seus potenciais eleitorais, se entrarem para valer nessa corrida, Roseana Sarney e César Pires poderão dar uma expressiva contribuição para o debate político que deve movimentar a campanha por assentos na Câmara Alta do país.

Grupos caxienses começam a se posicionar em relação a Governo e Senado para 26

Fábio Gentil seguirá Carlos Brandão,
Catulé Júnior vai definir seu rumo, e
Adelmo Soares está alinhado aos Leões

Com o controle da máquina municipal pelo prefeito Gentil Neto (PP), um mandato federal com a deputada Amanda Gentil (PP), um mandato de deputado estadual com Daniella Gidão (PSB), e no momento com o comando da Secretaria de Agricultura por meio do ex-prefeito Fábio Gentil, o Grupo Gentil, que tem a hegemonia da política de Caxias, já bateu martelo e decidiu abraçar o projeto de candidatura do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB),  caso o governador Carlos Brandão permaneça no cargo e o lance à sua sucessão.

Além do apoio à provável candidatura de Orleans Brandão ao Governo, o Grupo Gentil está decidido a embalar em Caxias e na região Leste a quase certa candidatura do ministro André Fufuca ao Senado. Quanto à segunda vaga, essa será reservada ao governador Carlos Brandão, caso ele decida passar o Governo e disputar mandato senatorial. Sem Carlos Brandão na corrida, o grupo ainda definirá a quem apoiará.

O Grupo Gentil pode caminhar com o seu aliado, o Grupo Coutinho, representado pelo vice-prefeito Eugênio Coutinho e a deputada estadual Cláudia Coutinho (PDT), no eventual apoio a Orleans Brandão, mas certamente vão se separar na corrida ao Senado, já que sua primeira opção será pelo projeto de reeleição do senador pedetista Weverton Rocha. E se juntarão, caso o governador Carlos Brandão for candidato ao Senado.

A ascensão de Catulé Júnior (PP) ao mandato de deputado estadual abriu uma nova frente política em Caxias. Ele tem deixado claro que seguirá caminho próprio, aguardando o momento certo para definir seu rumo partidário e as suas preferências para o Governo e o Senado. Já Adelmo Soares (PSB), que é suplente e está no exercício temporário do mandato, tem defendido a reconciliação de dinistas e brandonistas, mas seguirá a orientação do Palácio dos Leões para o Governo e para o Senado.

 São Luís, 26 de junho de 2025.

Acerto no PSD confirma candidatura de Braide e Eliziane e abre novo estágio na corrida aos Leões

Eduardo Braide, Gilberto Kassab e Eliziane Gama: alinhavando unidade e pautando a corrida aos Leões

Aconteceu num restaurante de São Paulo, na semana que passou, o mais importante evento político com a corrida ao Palácio dos Leões desde que o governador Carlos Brandão (PSB) sinalizou como provável o projeto de candidatura do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) à sua sucessão e, logo em seguida, o vice-governador Felipe Camarão (PT) reafirmou que sua pré-candidatura a governador é irreversível, assumindo ou não o Governo em abril do ano que vem. Num jantar, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, colocou frente a frente o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e a senadora Eliziane Gama, para acertar as bases do projeto de candidatura do líder ludovicense ao Governo do Estado e a da parlamentar à reeleição. Revelado pelo bem informado blog do jornalista Marco D`Eça, o encontro definiu o eixo central da chapa a ser encabeçada por Eduardo Braide, que lidera as pesquisas de intenção de voto, deixando em aberto dois espaços essenciais para uma composição negociada: a vaga de vice e a segunda vaga para o Senado.

A reunião de São Paulo, além de alinhavar a união partidária do prefeito Eduardo Braide com a senadora Eliziane Gama, que ganha uma poderosa lufada de gás ao seu projeto de reeleição, pautou os próximos passos de todos os aspirantes ao Governo do Estado. Primeiro pelo fato de que a decisão central foi juntar o prefeito e a senadora numa só força partidária, evitando qualquer risco de “racha”. E, segundo, colocou essa poderosa união no tabuleiro das negociações para possíveis composições. Nos bastidores, a impressão majoritária é a de que a composição possível do prefeito Eduardo Braide será com o chamado grupo dinista, com poucas apostas num acerto com o grupo brandonista.

O desdobramento inicial da conversa no restaurante paulistano foi que, até então mantido sob sete capas, envolto em mistério e intensamente alvejado por especulações, o projeto de candidatura do prefeito Eduardo Braide ao Palácio dos Leões é fato. E isso significa dizer que a partir de agora todos os movimentos da corrida sucessórias terão o prefeito de São Luís como referência principal, a começar pelo fato de ser ele até aqui o nome mais forte na preferência do eleitorado de acordo com as 16 pesquisas feitas de meados do ano passado para cá.   

Em relação à senadora Eliziane Gama, tudo indica que seu destino imediato foi traçado no encontro: será candidata à reeleição para a primeira vaga na chapa liderada pelo prefeito de São Luís. E não há dúvida de que a princípio esse e o melhor caminho, à medida que na base governista ela teria de dividir espaço com o senador Weverton Rocha (PDT) que, ao que parece, é o preferido do Palácio dos Leões; com o ministro do Esporte André Fufuca (PP), e, provavelmente, o próprio governador Carlos Brandão, caso ele resolva ser candidato à Câmara Alta. Candidata numa chapa liderada por Eduardo Braide, Eliziane Gama terá o suporte político e eleitoral necessário para entrar na corrida em condições de igualdade, podendo brigar  efetivamente pela renovação do mandato.

Na avaliação do presidente nacional do PSD, o prefeito de São Luís entra no jogo com poder de fogo eleitoral para liderar a corrida e chegar como o mais votado no primeiro turno, em condições, portanto, de montar uma ampla rede de apoio para um segundo turno, seja contra quem for. Com quem comporá, isso vai ser decidido ao longo do tempo, quando o governador Carlos Brandão bater martelo sobre o seu próprio futuro, decidindo também o destino político do secretário Orleans Brandão. Até lá, Eduardo Braide se movimentar como mais gosta: sem alarde. E a senadora Eliziane Gama deverá fazer o mesmo.

O jantar de São Paulo abriu, portanto, um novo e importante estágio na corrida ao Palácio dos Leões e ao Senado da República.

PONTO & CONTRAPONTO

Corrida ao Senado: posição de Roseana em pesquisa anima MDB

Roseana Sarney: nome forte para o Senado

Foi de comemoração a reação no MDB à posição da deputada federal Roseana Sarney liderando a corrida ao Senado da República na hipótese de o governador Carlos Brandão permanecer no cargo e lançar a candidatura do secretário Orleans Brandão à sua sucessão. De acordo com a pesquisa Inop, ela aparece com 26% das intenções de voto, muito à frente do senador Weverton Rocha.

O poder de fogo mostrado por Roseana Sarney no levantamento do Inop acendeu forte sinal de alerta para o próprio Weverton Rocha, para o ministro André Fufuca (PP) e para a senadora Eliziane Gama (PSD). Isso porque, caso ela entre na disputa no cenário sem o governador Carlos Brandão, fará a dobradinha com o candidato palaciano Orleans Brandão, que é do seu partido. Essa soma de força pode fazer a diferença.

Se, por outro lado, o governador Carlos Brandão decidir disputar vaga no Senado, um projeto de Roseana na mesma direção perderá muita consistência. Nesse cenário, o melhor que ela faz é se preparar para renovar o seu mandato de deputada federal, se é que isso lhe interessa.

Brandão firma parceria de U$ 100 milhões com grupo suíço para recuperar florestas degradadas

Entre executivos do grupo Mercuria, Carlos Brandão exibe os termos
da parceria de U$ 100 milhões

O governador Carlos Brandão ampliou ontem, consideravelmente, a importância da sua participação, em Londres, Inglaterra, na Semana da Ação Climática, evento associado à COP30, que acontecerá em Belém, em novembro. Em meio à agenda da Semana, ele firmou uma parceria por meio da qual o Mercuria Energy Group, multinacional suíça do ramo de produção de energia, investirá U$ 100 milhões na recuperação de áreas degradadas de florestas no Maranhão, num pacote que inclui regularização fundiária e combate às queimadas.

A parceria com o Mercuria Energy Group, que já tem investimentos no Maranhão: a construção de um super viveiro público de mudas de açaí para a recuperação de florestas degradas e criação de bases da exploração econômica das plantações, foi definida pelo governador maranhense como uma “aliança estratégica”,

– Agora nós apresentamos um novo projeto, que foi aprovado por eles. Com isso, vamos expandir esse trabalho que, com certeza, vai ser um exemplo de recuperação de áreas degradadas na COP-30, servindo de modelo para o Brasil e o mundo – avaliou Carlos Bandão, manifestando entusiasmo com o resultado da reunião com os executivos do grupo suíço.

O governador Carlos Brandão permanece em Londres até o dia 27, quando a Semana da Ação Climática será encerrada e ele retornará ao Brasil no próximo dia 28, quando reassumirá o comando do Governo.

São Luís, 25 de Junho de 2025.

Inop: Braide lidera corrida aos Leões seguido de Brandão, Bonfim e Camarão

Inop: Eduardo Braide lidera seguido de Orleans Brandão,
Lahesio Bonfim e Felipe Camarão

Se a eleição para o Governo do Estado fosse agora, o páreo seria decidido em segundo turno entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que sairia do primeiro turno com 36,24% dos votos, e o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), com 23,26%. O terceiro colocado seria o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), com 18,25%, em quarto sairia o vice-governador e no momento governador em exercício Felipe Camarão (PT) com 10,98% da votação. O levantamento também encontrou 3,99% que afirmaram que não votariam em nenhum dos pré-candidatos, e 7,28% que não souberam ou não quiseram responder.

Esse cenário resultou de pesquisa do Instituto Nacional de Opinião Pública (Inop), divulgada pelo bem informado blog do jornalista Gilberto Leda.

Três dados chamam a atenção na pesquisa Inop. Primeiro, a liderança aparentemente consolidada do prefeito Eduardo Braide, que vai sedimentando o potencial para manter a tendência de ser o mais votado no primeiro turno. O segundo dado é a posição surpreendente do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão, apontado como virtual candidato ao Governo do Estado, há hipótese de o governador Carlos Brandão (PSB) permanecer no Governo até o final do mandato. E o terceiro é a colocação do vice-governador Felipe Camarão na quarta posição, o que, se confirmado, será um fator complicador para o seu projeto de candidatura na hipótese de o governador Carlos Brandão permanecer no cargo e lançar e apoiar a candidatura do secretário de Assuntos Municipalistas.

Ainda que muito distante da reta final, uma vez que a corrida ainda se encontra na fase de aquecimento, o prefeito Eduardo Braide ganha mais um pilar indicativo de que sua liderança é estável, o que reforça a sua estatura como líder das intenções de voto até aqui. O aparecimento de Orleans Brandão na segunda posição é um indicativo claro de que o seu projeto de candidatura está se fortalecendo. O secretário de Assuntos Municipalista está em pré-campanha aberta, percorrendo o estado e representando o governador Carlos Brandão em inaugurações com prefeitos nos quatro cantos do Maranhão.

Colocado na terceira posição nesse levantamento, Lahesio Bonfim permanece, porém, sustentado por um percentual respeitável, com bom potencial para evoluir. Vai depender do seu desempenho na montagem de uma chapa.

Por essa pesquisa, que ouviu 2.132 eleitores, mas não especificou as regiões nem revelou a margem de erro, situação mais dramática é a dos vice-governador Felipe Camarão, que aparece na casa dos dez pontos percentuais, como quem está enfrentando um processo de erosão na sua base política e eleitoral, fragilizando a corrente dinista no cenário político estadual. Essa situação certamente será mais acentuada se o governador Carlos Brandão permanecer no cargo e apoiar a candidatura de Orleans Brandão. E pode mudar radicalmente a seu favor se ele assumir em abril do ano que vem e entrar na corrida como governador candidato à reeleição.

A pesquisa Inop mostra, finalmente, que o cenário da corrida sucessória ainda é um rascunho, que só tem consistência no que diz respeito ao prefeito Eduardo Braide, que mantém a liderança em todos os levantamentos feitos até aqui, com variação que vai de 27% a 42%. Os 36% que recebeu do Inop confirma a sua liderança, o que não pode ser dito em relação às posições de Orleans Brandão, Lahesio Bonfim e Felipe Camarão. E nesse contexto, o detalhe que mais chama a atenção é o fato de o prefeito de São Luís não haver emitido qualquer sinal claro e afirmativo de que será candidato a governador, informação que até as pedras de cantaria da Praia Grande já comentam há tempos.

Os números do Inop indicam que, à exceção do que diz respeito ao prefeito Eduardo Braide, a corrida sucessória ainda é um campo vasto de incertezas.

PONTO & CONTRAPONTO

Para o Senado, Brandão lidera, mas sem ele, Roseana sai na frente

Carlos Brandão, Weverton Rocha, Roseana Sarney.
André Fufuca e Eliziane Gama estão no jogo para o Senado

Os números encontrados pelo Inop para a disputa senatorial estão dentro do que já era previsto se levada em conta a candidatura do governador Carlos Brandão (PSB) a uma das vagas, e absolutamente surpreendente num cenário sem a candidatura do chefe do Poder Executivo.

Se a disputa senatorial fosse agora com a participação do governador Carlos Brandão, ele teria 36,21 dos votos, garantindo uma das cadeiras, enquanto a outra ficaria com o senador Weverton Rocha (PDT), que obteria 17,50% da votação, seguido do ministro André Fufuca (PP) com 7,88%, do deputado Yglésio Moises (PRTB) com 6,89%, e a senadora Eliziane Gama com 6,85% dos votos.

Trata-se de um cenário movido pela lógica, salvo pela posição da senadora Eliziane Gama (PSD). O governador Carlos Brandão tem cacife político e eleitoral para liderar essa corrida e, segundo as pesquisas e as informações que circulam no meio político e fora dele, ele tem condições de sair das urnas como senador da República, o que não se pode afirmar em relação aos demais candidato, mesmo com a posição mais confortável do senador Weverton Rocha.

A grande virada poderá se dar se o governador Carlos Brandão decidir permanecer no cargo. Nesse cenário a deputada federal Roseana Sarney (MDB) aparece na liderança com 29,69% das intenções de voto, seguida pelo senador Weverton Rocha, que mantém a segunda colocação, mas perde força é o segundo, com 10,93%, e travaria uma guerra com a senadora Eliziane Gama (PSD), que tem 7,36%, e com o ministro André Fufuca tem 6,75%. Além deles, aparecem os deputados federais Pedro Lucas (União) com 5.86%, e Aluísio Mendes Republicanos) com 5,53%, e o ex-prefeito Dr. Hilton Gonçalo (1,78%). Nesse cenário, 32% se mostraram insatisfeitos

A pesquisa indica que muita agitação está a caminho em relação à corrida para o Senado.

Destaque

Com quatro noites de festa, o Arraial da Assembleia confirmou seu compromisso com a cultura popular

Iracema Vale reverencia novilho, bailarinas do Barrica
animal o Arraial e Iracema e deputados
recepcionam Orleans Brandão

Mais uma vez a Assembleia Legislativa prestigiou a cultura popular do Maranhão em dose certa com a relação do seu Arraial, já apontado como referência nos festejos juninos de São Luís.  Sob a orientação direta da presidente Iracema Vale (PSB), que acompanhou cada detalhe da montagem da estrutura e da programação que animou o grande pátio do Palácio Manoel Beckman durante de quinta-feira (18) a domingo (21), com a participação de deputados, servidores, convidados e a comunidade em geral. E como não poderia, o Arraial da Assembleia também teve uma pitada de política.

Por ali, durante as quatro noites de festa, desfilaram os mais consagrados grupos de Bumba Meu Boi dos quatro sotaques, como Maioba, Maracanã, Morros e Guimarães, e folguedos tambor de crioula, como cacuriá, dança do coco, dança portuguesa e consagrado Boizinho Barrica.

E como não poderia deixar de ser, o Arraial da Assembleia viveu a sua tradicional pitada política, com a participação de deputados, líderes partidários – como Marcus Brandão, presidente do MDB, que participou da festa de abertura – prefeitos, entre eles o Bacabal, Roberto Costa (PSB), que é também presidente da Federação dos Munícipios do Maranhão. E no domingo, a pitada política foi maior com a presença do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), que se movimenta como pré-candidato a governador.

A presidente da Assembleia Legislativa avaliou: “O Arraial da Assembleia comprovou que é uma festividade que o público aprova, que o povo do Maranhão gosta. As famílias compareceram e aproveitaram bastante. É uma diversidade cultural muito grande e a Assembleia cumpre o seu papel de fomentar a cultura, de apoiar a brincadeira que são genuinamente maranhenses, não só da grande São Luís, mas de outros locais como Lençóis, Munim, Baixo Parnaíba, então, a gente está muito feliz e grata por, junto com os deputados, promover esse momento maravilhoso de confraternização com o povo do Maranhão”.

No mais, foram quatro dias de festas dentro das mais rica das tradições maranhenses. O público lotou todo o espaço, famílias inteiras prestigiaram as manifestações, num ambiente atraente e seguro e bem definido pelo diretor de Comunicação da Alema, jornalista Juracy Filho, que comandou o trabalho de 100 profissionais de comunicação na cobertura do evento para TV, Rádio e canal do Youtube, além das redes sociais e Agência de Notícias:

“Mobilizando uma equipe de profissionais que puderam mostrar ao povo do Maranhão a nossa diversidade cultural. Então, o saldo é muito positivo, inclusive com outros portais retransmitindo a nossa programação, o que mostra o acerto da nossa divulgação, graças às condições que foram dadas pela presidente Iracema Vale, para que esse trabalho de comunicação levasse para aqueles que estão distantes, toda essa diversidade de ritmos e cores desta festa que traz as nossas raízes pulsando mais forte no nosso São João, que é o melhor do mundo”.

A impressão geral de quem participou da festa é a de que o Arraial da Assembleia Legislativa foi um sucesso.

São Luís, 24 de Junho de 2025.   

Prováveis candidatos aos Leões enfrentam pendências partidárias que podem gerar problemas

Eduardo Braide, Felipe Camarão, Orleans Brandão e
Roberto Rocha têm pendências partidária; Lahesio
Bonfim está afinado com o seu partido

A pouco mais de quinze meses das eleições de 2026, os nomes que estão se posicionando para disputar o Palácio dos Leões terão de consolidar os seus projetos e ajustar as suas situações partidárias. O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, que lidera as intenções de voto em todas as pesquisas feitas até agora, tem pendências a serem resolvidas no PSD; o vice-governador Felipe Camarão precisa consolidar sua situação dentro do PT; o secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão ainda não tem anunciado o status de pré-candidato do partido, o MDB; o ex-senador Roberto Rocha nem partido tem até agora. Não são pendências insolúveis, mas se não forem solucionadas logo, poderão causar problemas incômodos mais na frente. A exceção é o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, que já é o escolhido do partido Novo.

Líder nas pesquisas de intenção de voto e ainda fechado em relação a ser ou não ser candidato, o prefeito Eduardo Braide vive uma situação absolutamente inusitada, curiosa e difícil de resolver ao ter nos quadros do seu partido, o PSD, a senadora Eliziane Gama, candidata à reeleição, mas que até aqui tem se posicionado como integrante do grupo que atualmente controla o Governo do Estado sob o comando do governador Carlos Brandão (PSB). É difícil imaginar que Eduardo Braide lidere uma chapa para o Governo tendo Eliziane como candidata ao Senado pedindo voto para o petista Felipe Camarão ou para o emedebista Orleans Brandão. Não faz sentido. Se pretende mesmo disputar a cadeira principal do Palácio dos Leões, Eduardo Braide terá de colocar as cartas na mesa e definir a situação da senadora Eliziane Gama, de modo que ela seja sua aliada ou mude de partido.

A situação de Felipe Camarão ainda está em processo de consolidação dentro do PT. Ele tem o apoio das cúpulas nacional – incluindo o aval declarado do presidente Lula da Silva (PT) – e estadual, com a diferença de que o braço do PT no Maranhão está mergulhado numa crise. Ninguém no meio político imagina Felipe Camarão saindo do PT para tentar a eleição de governador abrigado em outra legenda. Além das articulações de cúpula, o vice-governador trabalha para se firmar no partido fazendo reuniões com os diferentes segmentos da legenda, numa agenda batizada de “Diálogos com o PT”.

Tido como candidato a governador dentro e fora das hostes governistas, Orleans Brandão representará o MDB, partido controlado no estado pelo empresário Marcus Brandão, seu pai, e que tem como lastro o que restou do Grupo Sarney. Por enquanto, ele conta com o apoio declarado do presidente do partido e do mais atuante líder da sua base, o prefeito de Bacabal, Roberto Costa, que também preside a poderosa e influente Famem. As personalidades mais destacadas do MDB – José Sarney, Roseana Sarney e João Alberto – ainda não se manifestaram sobre o assunto. E nesse contexto, o fator complicador é o deputado federal Cleber Verde, que preside o MDB em São Luís e até o momento se mantém como aliado incondicional do prefeito Eduardo Braide. Se vier mesmo a ser candidato, Orleans Brandão terá de fazer ajustes no partido.

Entre os nomes colocados para disputar o Palácio dos Leões, a situação mais fora da curva é a do ex-senador Roberto Rocha, que foi o primeiro a se declarar candidato a candidato a governador. E se movimenta com o maior dos problemas de um pré-candidato: não tem partido. E a julgar pelo cenário partidário local, praticamente não lhe sobra opções, já que todas as agremiações em condições de abrigar uma candidatura estão definidas em relação à sucessão estadual, tendo ou não candidatos a governador. Para seguir com o seu projeto leonino, terá de encontrar uma casa partidária.

É verdade que ainda há tempo para que essas situações sejam resolvidas, mas é verdade também que que a não solução de algumas delas em tempo hábil pode tirar o aspirante da corrida ao Palácio dos Leões.

PONTO & CONTRAPONTO

Braide, Camarão e Brandão cumprem agendas intensas

Eduardo Braide e a primeira-dama Graziela Braide com o cantor Amado Batista; Felipe Camarão, católico fervoroso, agradece a vitória do Flamengo, e Orleans Brandão ouve Fernando Pessoa anunciá-lo como candidato

Nos últimos dois dias, três dos nomes mais destacados para a corrida ao Palácio dos Leões cumpriram agendas diferentes, mas todas elas focadas no cultivo das relações com o eleitorado, visando, claro, as urnas de 2026.

O prefeito Eduardo Braide (PSD) se dividiu entre a inspeção de obras e a programação do animado Arraial montado pela Prefeitura na Praça Maria Aragão. A equipe dirigida pelo secretário municipal de Cultura Maurício Itapary se esmerou nos cuidados e na organização, tendo o prefeito acompanhado de perto cada detalhe da execução do projeto, destinado principalmente à valorização da cultura ludovicense e maranhense como um todo.

Na condição de governador em exercício, Felipe Camarão (PT) cumpriu uma extensa agenda. Atendendo a convite da prefeita Flavinha Cunha (PL), visitou Zé Doca, onde cumpriu uma programação de inaugurações, reforçando ali as bases de uma aliança com o grupo liderado pelo deputado Josimar de Maranhãozinho (PL). De volta a São Luís, participou, como católico praticante, das celebrações de Corpus Christi. Sua agenda para a semana prevê despachos no palácio dos Leões e eventos no interior. Sua interinidade termina no dia 28, com o retorno do governador Carlos Brandão ao Brasil.

O secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB) foi o grande destaque de uma festiva agenda de inaugurações comandada em Tuntum pelo prefeito Fernando Pessoa (PDT), que simplesmente declarou apoio ao seu projeto de candidatura ao Palácio dos Leões, assim como ao projeto de reeleição do senador Weverton Rocha (PDT). Diante de aliados e lideranças locais, o gestor reafirmou a fidelidade de seu grupo político ao governador Carlos Brandão e destacou a importância da parceria com o Governo do Estado para os avanços no município. “O nosso lado hoje é do governador Carlos Brandão, é do lado do nosso amigo Orleans Brandão, é do lado do senador Weverton Rocha”, declarou Fernando Pessoa.

Essas agendas vão se intensificar nos próximos dias.

Destaque

Brandão valoriza ida a Roma ao registrar encontro com Leão XIV

Registro histórico: Larissa Brandão e Carlos Brandão
com o papa Leão XIV, em audiência no Vaticano

Não há dúvida de que a participação do governador Carlos Brandão (PSB) em Roma, nas comemorações do Ano Jubilar, com a realização do Jubileu dos Governantes – evento católico realizado a cada quarto de século – e da Semana da Ação Climática, preparativa para a grande Conferência de Belém para o final deste ano, reforçou fortemente a posição gerencial e política do dirigente maranhense. Mas sua imagem, tendo junto a primeira-dama Larissa Brandão, frente a frente com o papa Leão XIV, foi um ganho de prestígio como poucos.

Dono de uma formação católica severa, que o tornou praticante, o governador Carlos Brandão consolidou para sempre sua imagem na seara religiosa com o registro do seu encontro com o recém entronizado sumo pontífice. Mesmo sendo uma audiência coletiva, com a presença de governantes de 68 países, o mandatário maranhense trocou cumprimentos com Leão XIV.  

Por meio do Jubileu dos Governantes, um movimento realizado a cada 25 anos, a Igreja Católica convida prefeitos, governadores e presidentes a redescobrir a esperança e aproveitar os resultados dessa redescoberta para melhorar as suas gestões e, assim, jogarem luzes na tensa realidade atual. No seu discurso, o papa Leão XIV pediu que os governantes trabalhem pelos que mais precisam.

Diante do que viu, ouviu e viveu, o governador Carlos Brandão declarou: “Estivemos com o papa Leão XIV no Vaticano, que abençoou a todos os presentes e, desta forma, vários países, vários estados. Fiquei muito feliz, porque eu levo essa bênção aos maranhenses, para que a gente possa ter mais fé, mais esperança, mais oportunidade a todos do Maranhão”.

Carlos Brandão desembarcou ontem em Londres, onde participará da Semana da Ação Climática, preparativa da COP25, a ser realizada no final do ano em Belém e na qual o Maranhão terá participação ativa na condição de estado pré-amazônico.

São Luís, 22 de Junho de 2025.

Sucessão: Orleans não declara, mas seu discurso indica que se Brandão não sair, ele será candidato

Orleans Brandão na TV Mirante: discurso pensado
indicando o seu futuro no cenário sucessório

Se o governador Carlos Brandão (PSB) decidir permanecer no Governo até o final do mandato, o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, filiado ao MDB, será lançado candidato à sua sucessão. Esse projeto sucessório ganhou mais força ontem numa entrevista que o secretário concedeu à jornalista Carla Lima, da TV Mirante, na qual ele, alegando tratar-se de uma orientação do governador de não falar de eleições até o final deste ano, se recusou a se manifestar sobre a sua pré-candidatura ao Governo. No entanto, o seu silêncio em relação ao tema e as suas declarações como responsável pela articulação municipalista do Governo não deixaram qualquer dúvida de que ele está, de fato, se preparando e sendo preparado para entrar na briga. A começar pelo fato de que ele apenas, seguindo a tal orientação, não confirmou a pré-candidatura, mas também em nenhum momento negou que o projeto esteja em curso.

Orleans Brandão se comportou na entrevista como secretário de Estado de Assuntos Municipalistas, uma superpasta que faz a ponte entre o governador, o Governo e os prefeitos, intermediando políticas públicas e obras nas mais diversas áreas. A ele cabe conversar com os prefeitos, levantar suas demandas e articular agenda dos mandatários municipais com o mandatário estadual. “O governador me deu essa missão desde que eu assumi a Secretaria de Assuntos Municipalistas, que foi de dialogar, conversar com cada município maranhense, não só com gestores, não só com a classe política, mas com a população. E é isso que eu tenho feito desde que entrei na Secretaria. A gente tem rodado o estado todo, conversando e levando as políticas públicas do governador a cada município maranhense”, declarou Orleans Brandão, exibindo entusiasmo com a tarefa.

Além das obras físicas, como estradas, pontes, escolas, centros de lazer, quadras esportivas e calçamento de ruas, o secretário de Assuntos Municipalistas responde pela expansão dos Restaurantes Populares – o atual Governo aumentou de 100 para 187, mantendo café da manhã a R$ 0,50 almoço e jantar a R$ R$ 1,00 cada -, do Viva-Procon, das cadeiras de hemodiálise – eram 270 e já são 570 -, e por aí vai. Citou obras como a expansão da Avenida Litorânea e a construção da Avenida metropolitana em São Luís, assim como o novo esforço no combate à pobreza extrema como o programa Maranhão Livre da Fome.

Sem perder o entusiasmo, Orleans Brandão desvia do tema político e segue falando como o super-secretário que se prepara para dar um passo largo na política: “Então, as políticas públicas estão chegando para quem realmente necessita. Eu tenho muito orgulho de dizer que em todos os municípios do estado tem uma ação do governador Carlos Brandão. Então, a gente está rodando, acordando cedo e dormindo tarde, trabalhando para implantar as políticas que o governador pediu para a gente levar a cada município maranhense. E está saindo muita coisa boa do papel.

A jornalista Carla Lima perguntou como o Governo trata adversários. Ele respondeu: “Uma das coisas de que mais me orgulho é quando o governador diz que ele é o governador de sete milhões de maranhenses. A gente tem conversado com todos os gestores, independentemente da questão política partidária. A gente está fazendo um grande trabalho de receber os prefeitos do Maranhão. O governador já recebeu 110 prefeitos. (…) Eu tenho muito orgulho de dizer que em todos os municípios do estado tem uma ação do governador Carlos Brandão”. E aumentou o cerco indagando sobre a condição de sobrinho do governador e lembrando a ação na Suprema Corte sobre nepotismo. O secretário desconversou, mas misturando cuidadosamente as informações administrativas com o viés político: “Olha, é um cargo de confiança. E ele me confiou esse trabalho, e eu fico muito honrado. Eu busco retribuir, todos os dias. Não só para o governador, mas para toda a população maranhense. É isso que eu tenho feito. Tenho andado, tenho buscado sempre desempenhar o meu papel à frente da Secretaria. Essa foi a missão que me deram, e enquanto eu estiver à frente da Secretaria, vou estar trabalhando pelo povo do Maranhão”.

Finalmente, a jornalista Carla Lima, lembrando um evento de duas semanas atrás em Urbano Santos, no qual a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), declarou apoio ao projeto de candidatura dele ao Governo do Estado, foi direto ao assunto:

– O senhor vai ser candidato ao Governo do Estado?

Sem alterar o seu estado de ânimo, o secretário respondeu:

– A determinação que nós recebemos foi a de falar em política só em 2026. Então, eu estou muito focado em trabalhar, e a gente está andando nesse estado. Mas fico muito feliz. Talvez tenha sido o momento mais importante dessa trajetória política. Eu fiquei muito honrado que a presidente Iracema Vale tenha feito esse evento com o seu grupo político. Ela tem a preferência dela, e eu fico muito feliz por ser eu. Eu acho que é o reconhecimento de um trabalho que o governador está fazendo, que eu estou fazendo por todo o estado. Mas, realmente, a determinação que nos foi passada foi a de que agora a gente tem é que trabalhar, e é isso que estamos fazendo.

As respostas do secretário Orleans Brandão desenharam o que ele “tentou” evitar: se o governador Carlos Brandão ficar no cargo, ele será candidato ao Governo.

PONTO & CONTRAPONTO

Camarão já tem o apoio de maioria do PT para ser candidato ao Governo

Felipe Camarão (camiseta amarela) tem o apoio da maioria
dos diretórios do PT para ser candidato a governador

Se a definição fosse agora, o vice-governador Felipe Camarão teria o aval da maioria dos diretórios municipais do PT para se tornar candidato do partido à sucessão no Governo do Estado. Pelas contas feitas ontem, em meio à movimentação da agremiação por conta das eleições internas para o comando estadual e para a definição dos delegados à eleição do novo comando nacional, Felipe Camarão, que desde ontem está no comando do Governo do Estado, com a viagem do governador Carlos Brandão à Europa, vem trabalhando cuidadosamente para se consolidar como nome do PT aos Leões.

Operando com o cuidado de não tomar partido ostensivamente no processo eleitoral interno, no qual concorre como candidato a delegado à convenção nacional, Felipe Camarão tem conversado com a militância por meio da agenda “Diálogos com o PT”. Nesses encontros, o vice-governador debate temas relacionados com os problemas do Maranhão e nacionais, ouvindo e elencando sugestões.

Com essa movimentação, o hoje governador em exercício vai aos poucos montando a base do que será o seu programa de Governo como candidato a governador em 2026. Isso porque ele já deixou claro que será candidato à sucessão do governador Carlos Brandão em qualquer circunstância. Mas tem trabalhado para superar as divergências entre dinistas e brandonistas, de modo a convencer o chefe do Poder Executivo de que o ideal seria a reunificação da aliança e o lançamento de uma chapa com ele, Felipe Camarão, como candidato ao Governo e Carlos Brandão ao Senado, como aconteceu no final do Governo Flávio Dino, em 2022.

Destaque

Assembleia faz pausa política e mantém a tradição de festejar o São João

Foto 1: Iracema Vale com brincantes; foto 2: a presidente
com Roberto Costa, André Campos, Ana do Gás
e Marcus Brandão; foto 3: Iracema Vale entre Wellington do Curso, Davi Brandão, Roberto Costa e Rubens Júnior e brincantes no Arraial da Assembleia

Foi uma festa e tanto o primeiro dos quatro dias em que a Assembleia Legislativa do Maranhão fez a sua pausa anual para mergulhar na tradição das festas juninas. Aberta pela presidente Iracema Vale, deputados, servidores e convidados, a festança ganhou vida no belo e bem organizado Arraial da Assembleia. Tudo correu como previsto, apesar do aguaceiro que caiu na noite de ontem em São Luís.

Entusiasmada, apesar do temporal, a presidente Iracema Vale destacou a festa como uma tradição de caráter democrático, a começar pelo fato de que o evento é aberto à comunidade, sem qualquer reserva. Nas suas declarações, ela destacou o peso da cultura maranhense e as necessidades de que ela seja valorizada com eventos desse tipo.

“O nosso arraial foi pensado com muito carinho para o povo do Maranhão. Além da programação cultural, temos também aqui a geração de renda com os carrinhos do programa Mais Renda e, também, todas as barracas são de instituições filantrópicas. Temos ainda um ambiente inclusivo, seguro e familiar. O Arraial da Assembleia é aguardado pela nossa população e por isso mesmo preparamos tudo com muito amor”, destacou a presidente do Poder Legislativo.

No ato de abertura, a presidente Iracema Vale liderou um grupo formado pelos deputados estaduais Ana do Gás (PCdoB), Wellington do Curso (Novo), Davi Brandão (PSB), Júnior França (PP) e Adelmo Soares (PSB), pelo deputado federal Rubens Júnior (PT) e pelo prefeito de Bacabal e presidente da Federação dos Municípios (Famem), Roberto Costa (MDB). Integraram também o grupo o presidente do braço maranhense do MDB, Marcus Brandão, e o vereador André Campos (PP), mas de origem emedebista. Todos destacaram a beleza e a pujança da festa organizada pelo Poder Legislativo

A festança prossegue hoje com rica programação.

São Luís, 20 de Junho de 2025.

Bonfim muda para São Luís a base principal da sua candidatura do Governo

Lahesio Bonfim (centro), entre César Pires (óculos) e o presidente do Novo
Leonardo Arruda (de barba) e membros da direção do partido

Enquanto o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) medem força pela vaga de candidato a governador pela aliança governista, abrindo também caminho para duas candidaturas, e o prefeito Eduardo Braide (PSD), que lidera a corrida nas preferências do eleitorado, se mantém em silêncio fechado sobre ser ou não ser candidato, o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), segundo colocado no ranking das pesquisas, se movimenta em ritmo de pré-campanha. O seu passo mais recente foi mudar o epicentro das duas operações para São Luís, de onde pretende alcançar dois objetivos: conquistar o eleitorado rebelde e independente da Capital e ampliar o raio de ação para toda a Ilha de Upaon Açu.

Político ao mesmo tempo arrojado e polêmico, que embala sua campanha abrindo frentes de confronto em diversas direções, Lahesio Bonfim avaliou o cenário e chegou à conclusão de que instalar o seu comitê central de campanha na Capital lhe dará condições para irradiar suas mensagens para todo o estado. Ele lançou, há quatro meses, sua pré-candidatura em Marajá do Sena, a 360 km de São Luís, na região central do estado, justificando a escolha com o argumento de que é um político do interior e que tentará chegará Palácio dos Leões embalado pelos votos do eleitorado interiorano.

O pré-candidato do Novo fez a mesma migração em 2022, mas quando desembarcou na Capital, mesmo tendo escolhido como vice o vereador Gutemberg Araújo, um político tradicional da Capital como aliado e cicerone político, se deu conta de que foi uma decisão tardia, à medida que os espaços já estavam ocupados pelo governador Carlos Brandão (PSB), que concorria à reeleição, e o seu principal adversário, o senador Weverton Rocha (PDT), a quem venceu nas urnas e alcançou o segundo lugar no primeiro turno vencido pelo chefe do Executivo.

Admitam ou não seus adversários, especialmente os pré-candidato a governador, Lahesio Bonfim está modulando a corrida até aqui, aparecendo em todas as pesquisas como eventual oponente do prefeito Eduardo Braide num embate de segundo turno. Ele sabe que tem esse potencial, e aproveita a sua veia provocadora para se manter em evidência, estocando e chamado para a briga os nomes que estão pontificando nessa fase embrionária da corrida ao Palácio dos Leões no arraial da disputa.

A julgar por suas declarações, o pré-candidato do Novo – o comando estadual do partido diz que ele já é candidato, uma vez que não tem concorrente na agremiação -, sabe que candidatura com tanta antecedência pode ser consolidada ou naufragar. Sabe também que esse cenário pode mudar radicalmente quando o prefeito Eduardo Braide bater martelo como candidato ao Governo e quando o governador Carlos Brandão decidir se fica no cargo ou sai para o Senado, o que definirá o futuro do vice-governador Felipe Camarão e do secretário Orleans Brandão. Essas candidaturas, quando definidas, promoverão mexidas radicais no tabuleiro sucessório estadual. E esses movimentos certamente atingirão o projeto eleitoral do candidato do Novo.

Sem amarras partidárias, o que lhe garante uma candidatura sem problemas nessa seara, Lahesio Bonfim aposta que, sem renegar a condição de político originado nas disputas em São Pedro dos Crentes, de onde foi prefeito eleito e reeleito, sua transferência política para São Luís vai mostra-lo como um candidato de todas as regiões e segmentos políticos e eleitorais. Parece que ele já está plenamente ciente de que o eleitorado de São Luís é arisco e não se deixa seduzir por discursos agressivos nem por provocações. A entrada do ex-deputado estadual César Pires no núcleo duro da sua pré-campanha é um sinal de que sua postura pode sofrer alterações.

O fato é que Lahesio Bonfim atuando politicamente em São Luís pode tornar o jogo sucessório mais animado.

PONTO & CONTRAPONTO

Com transferência de domicílio eleitoral, André Fufuca montará base de campanha em Imperatriz

André Fufuca será eleitor de Imperatriz

Enquanto Lahesio Bonfim muda para São Luís, o ministro do Esporte André Fufuca (PP), um dos pré-candidatos ao Senado, anuncia a transferência do seu título de eleitor para Imperatriz. Ele é eleitor de Alto Alegre do Pindaré, onde tem sua base política e eleitoral a partir da liderança do seu pai, Fufuca Dantas, atual prefeito. O anúncio se deu no ato em que a ele recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadão de Imperatriz.

Com a mudança do seu domicílio eleitoral de Alto Alegre do Pindaré para Imperatriz, o ministro André Fufuca revela parte da sua estratégia para chegar a uma das duas vagas no Senado, numa disputa que envolverá os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD), podendo contar também c0m a participação do governador Carlos Brandão (PSB).

A montagem de sua base principal em Imperatriz está ligada ao fato de que o ministro conta ali com o apoio decidido do prefeito Rildo Amaral (PP), que é do seu partido e a quem apoiou na eleição de 2024. É da Princesa do Tocantins que ele pretende conquistar as regiões Tocantina e Sul, o que lhe dará uma base forte na corrida senatorial.

André Fufuca conta também com o aval dos prefeitos de Timon, Rafael Brito (PSB), de Caxias, Gentil Neto (PP), na Região Nordeste, e o de Santa Inês, Felipe dos Pneus (PP), na região do Pindaré.

Juscelino Filho e Pedro Lucas têm posições diferentes em relação ao Governo Lula

Pedro Lucas e Juscelino Filho:
diferenças em relação ao Governo

Os deputados federais Juscelino Filho, ex-ministro das Comunicações e “quase” líder do União Brasil na Câmara Federal, e Pedro Lucas Fernandes, líder do União Brasil na Câmara Federal e “quase” ministro das Comunicações, se movimentam em rotas diferentes em relação ao Governo Lula da Silva (PT).

O ex-ministro e “quase” líder Juscelino Filho mantém uma política voltada para se manter próximo ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios, enquanto o líder e “quase” ministro Pedro Lucas Fernandes incorpora o discurso da ala antigovernista do União Brasil e alavanca dificuldades para o Governo.

Nesta semana, por exemplo, quanto Juscelino Filho visitou ministros – entre eles o poderoso Renan Filho, dos Transportes – e reafirmou sua posição de apoio ao Governo do PT. Já Pedro Lucas Fernandes defendeu a posição de parte da bancada do União Brasil contrária a projetos de ajuste fiscal do Governo.

Na política maranhense, enquanto Juscelino Filho mantém uma linha de independência em relação ao Palácio dos Leões, Pedro Lucas Fernandes reafirma sua posição de aliado do governador Carlos Brandão (PSB).

Os dois tentam conviver sem problemas dentro do braço maranhense do União Brasil e trabalham para renovar os seus mandatos na Câmara Federal.

São Luís, 19 de Junho de 2026.

Governo retoma controle da tribuna da Assembleia e deixa oposição desmotivada

Carlos Brandão com representantes da PM e do Corpo de Bombeiros no
anúncio do aumento de salário, que repercutiu na Assembleia Legislativa

Depois de um intenso período de tensão, quando os debates foram ganharam acidez inesperada, situação vistas por alguns como instabilidade na sua base de apoio, o Governo colocou sua locomotiva parlamentar nos trilhos e reassumiu o controle da tribuna na Assembleia Legislativa. Nas últimas semanas, tem sido frequente a presenta de deputados governistas turbinando a imagem do governador Carlos Brandão (PSB) e sua gestão, que ganha mais força com o amplo conjunto de ações de pequeno, médio e grande porte em todas as regiões do estado. E com o detalhe de que as falas apontam o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), como o grande articulador do programa de obras levado aos municípios. Por seu turno, a oposição, que vinha ensaiando uma espécie de catilinária contra o Governo, tentando encontrar brechas para ataca-lo, perdeu parte do ânimo, ainda que seus integrantes se mantenham mobilizados no fechado grupo formado por deputados dinistas.

Esse novo enredo em curso no plenário da Assembleia Legislativa avançou ontem, com uma sequência de discursos por meio dos quais deputados alinhados ao Palácio dos Leões destacam ações e obras do Governo comandado por Carlos Brandão (PSB). Estimulados pelo líder governista Neto Evangelista (União), os deputados Guilherme Paz (PRD), Helena Duailibe (PP), Ana do Gás (PCdoB), Adelmo Soares (PSB) e Wellington do Curso (Novo) se sucederam ontem na tribuna, cada um destacando ações específicas, mas também elogiando o conjunto do portfólio de obras do Governo do Estado.

A série de pronunciamentos realizados na terça-feira tratou de aumento de cachê para folguedos e artistas populares que se apresentarão no São João, elogiou a organização das festas juninas, passou pela entrega de ambulâncias, destacou a perfuração de poços artesianos onde não havia água potável, enveredou pelo aumento de salário na PM e no Corpo de Bombeiros, comemorou a entrega de cartões universitários no valor de R$ 800,00. Essas manifestações levaram um entusiasmado deputado Guilherme Paz (PRD) a definir como “linda” o restaurado Santuário de São Francisco, em São João dos Patos, e emendar, com o mesmo ânimo: “Por onde a gente roda, vê o governador Carlos Brandão anunciando obras”.

A oposição, formada por deputados dinistas, fez os seus movimentos, mas foi contida pelo “abafa” dos discursos governistas e impacto da informação segundo a qual a Justiça determinou que o Governo do Estado devolva à Emap, que administra o Porto do Itaqui, R$ 141 milhões, transferidos irregularmente para o Tesouro Estadual durante o Governo Flávio Dino. E como não poderia deixar de ser, o deputado governista Yglésio Moises (PRTB), o mais feroz inimigo político do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, anunciou, com a ênfase de sempre, que vai levar o assunto ao Senado da República como um caso de improbidade administrativa na até agora imaculada gestão dinista.

O fato é que no plano parlamentar, o Palácio dos Leões reassumiu plenamente o controle da cena política, que pareceu fragilizado durante alguns meses, demonstrando contar com o apoio de larga maioria dos 42 deputados estaduais e demonstrando que esse apoio também ganha densidade no plano político, com potencial para ser levado à seara eleitoral. O governador Carlos Brandão tem trabalhado intensamente, comandando um amplo programa de obras, e sem esconder que, junto com os objetivos de avançar no desenvolvimento social e econômico do estado, tem também as urnas de 2026 como foco.

O ambiente que está sendo criado na base governista na Assembleia Legislativa leva em conta os objetivos políticos do Governo e, claro, o futuro político do governador e seus aliados. A frequente citação do secretário Orleans Brandão como o grande articulador do Governo sugere que, pelo menos até aqui, é real a possibilidade de o governador Carlos Brandão permanecer no cargo e lança-lo como candidato à sua sucessão. Os próximos meses dirão se essa será mesmo o caminho, e como a oposição reagirá para sobreviver ao peso governista. 

PONTO & CONTRAPONTO

Flávio Dino alerta para “desafios que rondam” o processo eleitoral de 2026

Felipe Camarão, Paulo Velten e Flávio Dino durante
a palestra do ministro no TRE-MA

Ecoou no meio político e fora dele o alerta feito pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, em relação ao risco de atos de violência política durante a campanha eleitoral do ano que vem, assim como a ação subterrânea do crime organizado no processo e o uso de dinheiro saído das entranhas criminosas da corrupção. Isso sem falar no risco de manipulação de informações por inteligência artificial, distorcendo a realidade em debate na campanha.  

Para o ministro, tais riscos são desafios que rondam o processo eleitoral do ano que vem. Tais distorções podem comprometer o processo democrático, se não forem devidamente combatidas.

Na sua fala, focada na preocupação de preservar a democracia a partir da consolidação do processo eleitoral, o ministro Flávio Dino destacou que a Justiça Eleitoral independente e devidamente aparelhada é a garantia de que o estado democrático de direito seja mantido protegido das tentativas de desestabiliza-lo.

Flávio Dino fez esse alerta em palestra no TRE-MA na última segunda-feira (16), atendendo a convite do presidente do TRE-MA, desembargador Paulo Velten, e da juíza Rosângela Prazeres, que dirige a Escola Judiciária Eleitoral. O ato contou com a presença do vice-governador Felipe Camarão (PT), que acompanhou o ministro da Suprema Corte.

Vereadores de São Luís debatem o conflito Israel X Irã, mas cometem equívocos

Plenário da Câmara Municipal de São Luís

Um surpreendente e inesperado debate sobre a guerra Israel X Irã animou e criou um ambiente absolutamente inusitado no plenário da Câmara Municipal de São Luís, que momentaneamente esqueceu os problemas da Capital para refletir sobre o tenso cenário global no momento.

Ali, do nada, se formou uma tropa de choque aliada de Israel, liderada pela vereadora da extrema-direita bolsonarista Flávia Berthier (PL), que contou com o apoio de alguns colegas, entre eles o jovem Cleber Verde Filho (MDB), que repetiu o mantra ocidental segundo o qual o Irã é o agressor terrorista e Israel é a vítima que tem o direito de se defender.

Esse grupo se mostrou alinhado aos segmentos de direita e dos conservadores, que parecem não compreender que o que está em discussão é o regime teocrático e totalitário que controla o Irã com mão de ferro desde a e revolução dos aiatolás em 1979, e não a sociedade iraniana, que representa uma das mais ricas e importantes culturas da civilização humana.

Em meio aos ataques ao Irã, e não ao regime que controla o Irã e vice-versa em relação a Israel, se posicionou o vereador Jhonatas Soares, do Coletivo Nós (PT), com uma tímida posição pacifista, parecendo ignorar totalmente a posição do Governo brasileiro, comandado pelo seu partido, o PT, que está clara e decididamente posicionado contra a política agressiva de Israel, que no momento, controlado por um regime de extrema-direita.  

Talvez no afã do debate, que é indiscutivelmente válido, os vereadores envolvidos não tenham se dado conta de quem os responsáveis pela guerra não são judeus nem os iranianos, mas os regimes sanguinários que controlam esses dois povos, que já contribuíram muito para o avanço da humanidade.

São Luís, 18 de Junho de 2025.

Declarações de apoio de Gentil e Belezinha a Fufuca desenham disputa com Weverton ao Senado

Iracema Vale declarou apoio a Weverton Rocha e Fábio Gentil e Dulcilene
Belezinha escolheram André Fufuca na disputa para uma das vagas no Senado

A corrida ao Senado ganhou ontem ritmo de largada com a nota de apoio publicada pelo ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos), e a declaração da prefeita de Chapadinha, Dulcilene Belezinha (PL), ambos manifestando preferência pelo projeto de candidatura do ministro do Esporte, André Fufuca (PP), à Câmara Alta. O posicionamento dos líderes de Caxias e de Chapadinha veio a público uma semana após a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que hoje expressa o pensamento do núcleo forte do grupo brandonista, haver anunciado em Urbano Santos, e reafirmado e em Barreirinhas, a escolha do senador Weverton Rocha (PDT) como o seu candidato a uma das vagas. O anúncio de Dulcilene Belezinha e Fábio Gentil chega no tabuleiro político como um contraponto que desenha uma disputa entre o senador Weverton Rocha e o ministro André Fufuca. Com o detalhe decisivo de que os dois grupos deixam para depois a escolha dos seus candidatos à segunda vaga que, ao que tudo indica, está sendo reservada para o governador Carlos Brandão (PSB), que tem até abril do ano que vem para decidir se sai para disputar uma cadeira no Senado ou permanece no Governo até o final do mandato.

O embate que se rascunha entre o senador Weverton Rocha e o ministro André Fufuca é o que se pode chamar de “guerra anunciada”, que tem um complicador de extrema gravidade: o projeto de reeleição da senadora Eliziane Gama (PSD), que, ao contrário do que muitos possam estar avaliando, está política e eleitoralmente viva e, pelo visto, disposta a jogar tudo para renovar o seu mandato senatorial. Ou seja, a disputa eleitoral deflagrada entre Weverton Rocha e André Fufuca com escolhas anunciadas por seus aliados será, na verdade, uma disputa entre os dois senadores e o ministro, que pode ganhar um dado de peso: a possível candidatura do ex-senador Roberto Rocha (sem partido), caso ele reveja sua anunciada participação na corrida ao Palácio dos Leões.

O anúncio da presidente Iracema Vale apontando Weverton Rocha e os de Dulcilene Belezinha e Fábio Gentil manifestando preferência por André Fufuca são uma clara demonstração de que eles irão para o embate pela chamada “segunda vaga”, devendo unir suas forças para apoiar a eventual candidatura do governador Carlos Brandão ao Senado. Nos bastidores correm duas “certezas”, uma afirmando que Carlos Brandão já teria batido martelo para permanecer no cargo até o fim do mandato, e outra jurando que ele sai em abril do ano que vem, optando por tocar sua vida política como senador da República. A verdade verdadeira é que neste momento nem o próprio governador sabe com certeza de como será seu futuro a partir de abril do ano que vem.

Em relação à disputa que se anuncia entre o senador Weverton Rocha e o ministro André Fufuca, o fato relevante é que são dois projetos consistentes. O senador pedetista avaliou que não tem chance numa disputa pelo Palácio dos Leões e decidiu que o seu caminho – pelo menos em 2026 – será tentar continuar no parlamento. Avalizado pelo Palácio do Planalto, vem reconstruindo pontes em todas as searas, como a que o afastou do governador Carlos Brandão, e articulando alianças da direita à esquerda, incluindo os pequenos partidos radicais, buscando, por exemplo, o guarda-chuva do PL liderado por Josimar de Maranhãozinho. Por enquanto, aparece em vantagem nas pesquisas, nas quais só perde para o governador. É um projeto viável.

O ministro André Fufuca entra na disputa com um cacife invejável para um político da sua geração: tem total apoio do comando nacional do seu partido, a simpatia do presidente Lula da Silva (PT), que o vê como um bom ministro. No estado, conta com um grupo forte de prefeitos, a começar pelos de Imperatriz, Timon, Caxias e Santa Inês, por exemplo, e um “exército de vereadores”. Na sua declaração escrita de apoio, o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil aponta André Fufuca como um político jovem, mas já consolidado e comprometido com as causas do Maranhão, impressões manifestadas também pela prefeita de Chapadinha.

A expectativa se volta agora para o cacife que a senadora Eliziane Gama vai mostrar para consolidar o seu projeto de reeleição.

PONTO & CONTRAPONTO

Orleans Brandão mostra bom senso ao evitar se declarar pré-candidato ao Governo

Orleans Brandão:
bom senso

Mais pré-candidato a governador do que nunca e em plena movimentação para consolidar esse projeto, o secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) mostra equilíbrio ao evitar se autodeclarar aspirante à sucessão do governador Carlos Brandão (PSB), seu avalista.

Não há dúvida que o secretário, que é o braço direito do governador na articulação política, principalmente na seara municipal, está em plena pré-campanha. E o faz de maneira ostensiva, mas com o cuidado de não se declarar pré-candidato, numa demonstração de que sabe que o seu projeto de candidatura está umbilicalmente associado ao projeto do governador Carlos Brandão.

Essa equação explica a cautela do jovem secretário em declaração recente, publicada pelo bem informado blog do jornalista Gilberto Léda:

“O foco é o trabalho e não falo em pré-candidatura. Sobre pesquisas, o número que me interessa atualmente é o desempenho do governador e em todos os levantamentos a avaliação supera 60% e isso que importa agora. Eu sou secretário do Governo do Maranhão, e por esse motivo minha preocupação é como a gestão está sendo avaliada, e graças a Deus a população têm reconhecido o trabalho que vai sendo feito”.

Faz todo sentido.

Boatos sobre Braide não disputar Governo podem produzir efeito contrário

Eduardo Braide:
silêncio calculado

De uns dias para cá circularam boatos sutis, mas efetivos, insinuando a possibilidade de o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que lidera todas as pesquisas feitas para medir a corrida sucessória até aqui, não entrar na briga pelo Governo do Estado nas eleições de 2026.

Uma certeza: tais rumores não foram soprados a partir do Palácio de la Ravardière. Outra certeza: tais rumores não estão sendo estimulados pelo prefeito de São Luís, que até agora não disse uma só palavra sobre ser ou não ser candidato, confirmando sua estratégia de não colocar o carro na frente dos bois.

Eduardo Braide será candidato a governador? Essa é a grande indagação que se faz no meio político e fora dele. E ciente disso, o prefeito de São Luís avalia o cenário, sem pressa nem açodamento, medindo cada um dos seus movimentos.

Rumores insinuando que ele poderá ficar de fora da corrida aos Leões podem até gerar dúvidas sobre o seu futuro político nessa corrida às urnas, mas podem também ser interpretados como artimanha adversária, que podem produzir efeito contrário.

O prefeito de São Luís sabe o que faz nesse jogo.

São Luís, 17 de Junho de 2025.