Weverton lidera com folga em Imperatriz; Brandão alcança o patamar de dois dígitos

 

Weverton Rocha lidera seguido de Roberto Rocha, Lahesio Bonfim e Carlos Brandão em Imperatriz

O senador Weverton Rocha (PDT), pré-candidato ao Governo do Estado, acordou na Quarta-Feira de Cinzas com uma boa notícia: levantamento do instituto Econométrica em Imperatriz revelou que ele mantém larga vantagem na corrida ao Palácio dos Leões. Os números são os seguintes: Weverton Rocha lidera com 40% das intenções de voto, seguido do senador Roberto Rocha (PSDB, mas em busca de outra legenda) com 23,2%, o prefeito Lahesio Bonfim (Agir36) com 13,8%, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB) com 11,4%, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) com 2,5%, o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. (PSD), o suplente de deputado federal Simplício Araújo (SD) e Enilton Rodrigues (PSOL) com 0,7% cada. A pesquisa também encontrou 3,7% que anulariam o voto e 3% de indecisos. No cenário de agora, num confronto direto em eventual 2º turno, Weverton Rocha teria 60% contra 22% de Carlos Brandão.

O senador Weverton Rocha repetiu o desempenho de outras pesquisas em Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, e onde tem um trabalho político forte, com apoiadores importantes, como o prefeito Assis Ramos (União Brasil), que foi reeleito com apenas 25% dos votos, mas tem peso político, e o ex-prefeito e empresário Ildon Marques, vereadores, entre outras forças. O pré-candidato pedetista tem feito incursões frequentes ao município-polo da Região Tocantina, como o da semana passada, quando ali desembarcou acompanhado do presidente do Senado e pré-candidato a presidente da República, Rodrigo Pacheco (MG), para anunciar a pavimentação de bairros com recursos de suas emendas. Os 40% de intenções de votos encontrados pela pesquisa Econométrica indicam com clareza que, pelo menos até aqui, sua posição é sólida na sua terra natal.

Por outro lado, o pré-candidato PDT tem plena consciência de que dificilmente manterá liderança tão folgada pelos próximos sete meses, embora reúna as condições para ser o mais votado na Princesa do Tocantins. Em uma pesquisa anterior, realizada, salvo engano, no segundo semestre do ano passado, o pré-candidato pedetista mostrou a mesma força, quando o vice-governador apareceu com magros três pontos percentuais nas intenções de voto, como nas primeiras pesquisas em todo o estado. O levantamento do Econométrica o encontrou agora no patamar dos dois dígitos, com 11,4% de intenções de voto, num claro movimento ascendente, já ameaçando Lahesio Bonfim, que já aparece no seu raio de alcance.

Além da liderança do senador, um dos dados mais importantes da pesquisa divulgada ontem são os 23,2% dados ao senador Roberto Rocha, que poderá ou não ser candidato a governador. Se ele for mesmo candidato ao Palácio dos Leões, ganhará robustez como fator complicador da disputa em Imperatriz. Mas se sua opção for pela busca da reeleição, seu cacife será dividido, podendo beneficiar o governador em busca da reeleição. Ali, Carlos Brandão tem o apoio do ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), do deputado estadual Marco Aurélio (PSB), que recebeu 24% dos votos para prefeito em 2020, do deputado Rildo Amaral (SD) e de vários vereadores, entre outras forças.

Embora chame a atenção pela elevada margem de erro (4,8%, um percentual inédito até aqui), a pesquisa mostra que o senador Weverton Rocha permanece forte em Imperatriz, que não sai do seu roteiro de pré-campanha. Ao mesmo tempo, seria ingenuidade da sua parte acreditar que posição tão confortável será mantida até a eleição. Afinal, o Governo Flávio Dino tem trabalho amplo e sólido na Princesa do Tocantins, o que lhe autoriza a realizar uma campanha forte, que, pelo menos, equilibre a disputa no segundo maior e mais importante município do Maranhão.

Em Tempo: A pesquisa foi feita nos dias 20 e 22, ouviu 405 eleitores em todo o município, tem intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 4,8% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o nº MA-05277/2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Josimar de Maranhãozinho dificilmente manterá candidatura ao Governo

Josimar de Maranhãozinho: candidatura sem futuro

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) mantém o discurso de que é pré-candidato ao Governo do Estado, mas nos bastidores corre a especulação de que ele permanecerá nessa trincheira verbal até que o senador Roberto Rocha resolva sua situação partidária e defina se será candidato a senador ou a governador – desde que não seja pelo PL. Quem conhece seus movimentos garante que ele arquivará esse discurso no início de abril, quando deverá colocar em prática a candidatura da deputada Detinha (PL), sua mulher, à Câmara Federal, e a dele à Assembleia Legislativa, ou, numa segunda hipótese, tentar manter como é hoje, ela no parlamento estadual e ele na Câmara Baixa do Congresso Nacional. A propalada candidatura ao Governo é jogo de cena. Primeiro porque todas as avaliações indicam que não existe possibilidade de ele vir a ser eleito governador, e as pesquisas mais recentes mostram isso com clareza. E segundo, porque sem um mandato ele ficaria numa situação de extremo desconforto nos planos pessoal, político e empresarial. Josimar de Maranhãozinho tem duas prioridades nessas eleições: conquistar um mandato e garantir o controle do PL, do Avante e do Patriotas no Maranhão. Sabe que sem um mandato federal, ele dificilmente manterá o controle desses partidos, especialmente o PL, que é a base do seu poder político. Em resumo: a menos que haja uma reviravolta política avassaladora, Josimar de Maranhãozinho não alimentará a fantasia de ser candidato a governador. Nem a senador.

 

Candidatura à Assembleia Legislativa pode ser o maior e desafio político de Murad

Ricardo Murad quer voltar à Assembleia

Ricardo Murad decidiu tentar um mandato na Assembleia Legislativa. A julgar pelos resultados eleitorais desastrosos que amargou nos últimos tempos – a não reeleição da deputada estadual Andreia Murad em 2018 e a derrota dura que sofreu na corrida à Prefeitura de Coroatá em 2020 -, não há, atualmente, referências que indiquem o seu poder de fogo eleitoral. Se conseguir se eleger, será deputado estadual pela quarta vez, tendo comandado a Casa entre 1987 a 1989, com poder ilimitado garantido pelo Palácio do Planalto. Depois de tantos sucessos e fracassos eleitorais, esse provavelmente será o seu maior desafio político, uma vez que, segundo corre nos bastidores, entra na disputa sem poder e sem dinheiro.

São Luís, 03 de Março de 2022.

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