Senadores maranhenses têm estratégias diferentes em relação às eleições municipais

Weverton Rocha, Ana Paula Lobato e
Eliziane Gama: posições distintas em
relação às eleições municipais

Ao contrário do que é visível à primeira vista, os senadores maranhenses estão mergulhados nas articulações para as eleições municipais. Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) atuam para montar lastro político e eleitoral para o pleito de 2026, enquanto Ana Paula Lobato (PDT), recém titularizada na cadeira senatorial, trabalha para criar uma rede de aliados em todo o estado. Munidos com espaços de poder mais amplo e com o milagroso poder das emendas ao Orçamento da União, mesmo sem a força marginal do “orçamento secreto”, que foi considerado inconstitucional, os senadores dispõem de instrumentos políticos que os permitem articular uma ampla rede de apoio a candidatos a prefeito nas mais diferentes regiões do Maranhão, o quer lhes permite dar aos seus mandatos uma amplitude estadual.

Para o senador Weverton Rocha, a formação de uma base municipal com prefeitos aliados é crucial para o seu projeto de renovar o mandato senatorial em 2026. Nas eleições de 2020, o senador, que é o manda-chuva do PDT no Maranhão, festejou a eleição de quatro dezenas de prefeitos. Agora, trabalha com a mesma perspectiva, só que com um grau de cautela bem mais elevado. Isso porque parte dos prefeitos que ajudou a eleger negaram fogo no apoio que ele precisou na corrida ao Palácio dos Leões, na qual ficou num incômodo terceiro lugar. Agora, o senador Weverton Rocha tem uma visão mais apurada dessa situação, uma vez que o pleito de 2026 será decisivo na sua vida política, seja com ele tentando a reeleição de senador, seja entrando na aventura de chegar ao Palácio dos Leões. Nas duas opções, o apoio de prefeitos é fundamental.

Segundo uma fonte do PDT, Weverton Rocha estaria disposto a investir no resgate do PDT em São Luís. Só que até aqui aposta num projeto sem futuro com a pré-candidatura do ex-vereador Fábio Câmara ao Palácio de la Ravardière. Há um zumzum correndo os bastidores e dando conta de que poderá surgia uma aliança entre PDT e Solidariedade em torno da candidatura de Flávia Alves pelo Solidariedade, partido ao qual o deputado estadual Othelino Neto, irmão da pré-candidata, se filia em ato político a ser realizado neste sábado.

Recém filiada aso PDT, a senadora Ana Paula Lobato vai trabalhar para fortalecer a base municipal do seu partido. Como ela não disputará votos em 2026, uma vez que seu mandato vai até 2030, a senadora vai atuar com dois objetivos claros: apoiar o projeto de reeleição do senador Weverton Rocha, se esse for o propósito dele, e investir na montagem de uma rede de apoio para dar sustentação aos seus projetos eleitorais futuros. Deve embarcar na aliança com o Solidariedade em São Luís.

A senadora Eliziane Gama não tem deixado muito claro o seu projeto em relação às eleições municipais deste ano. Com tarefas desafiadoras na vice-liderança do Governo Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, a senadora nem sempre vinculou a sua trajetória eleitoral com base em alianças municipais, uma vez que o seu eleitor-padrão está no universo evangélico e entre cidadãos descolados de grupos políticos municiais. Eliziane Gama tem muitos prefeitos aliados, trabalha com o apoio a prefeituras, com a destinação de emendas e fazendo ponte entre os municípios e as administrações estadual e federal. Sua atuação é mais discreta não havendo registro de projetos obstinados para eleger aliados nas eleições municipais.

O fato é que nenhum senador decidiu encarar as urnas disputando, por exemplo, a Prefeitura de São Luís, um projeto lógico e saudável no caso de Weverton Rocha e Eliziane Gama. Antes de ser titularizada no mandato senatorial, quando o futuro do então senador Flávio Dino não ir além do Ministério da Justiça, a então suplente de senadora Ana Paula Lobato cogitou disputar a prefeitura de Pinheiro. Os ventos mudaram fortemente e ela, com razão, nunca mais falou no assunto.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão e presidentes da Gasmar têm lutado pelo petróleo da Margem Equatorial

Carlosd Brandão, Alan Kardek e
Sebastião Madeira ações pelo
petróleo da Margem Equatorial

Não se discute a importância do trabalho político do deputado federal Pedro Lulas Fernandes (União Brasil), para viabilizar a exploração petrolífera na chama Margem Equatorial – ler edição de ontem -, especialmente no campo de Barreirinhas. Num outro plano, várias vozes vêm tendo participação forte nesse processo.

Para começar, o governador Carlos Brandão (PSB) tem se manifestado como um entusiasta do megaprojeto, já tendo liderado inúmeras inciativas no sentido de consolidar o que pode vir a incrementar decisivamente a economia do Maranhão. Carlos Brandão já discutiu o assunto inúmeras vezes com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o próprio presidente Lula da Silva.

No campo operacional, uma das vozes mais ativas é a do presidente da Gasmar, Alan Kardek Duailibe, que com a experiência e o conhecimento de quem foi diretor da Agência Nacional do Petróleo, sabe exatamente do que trata a Margem Equatorial e tem sido incansável nas ações destinadas a destravar o projeto e torna-lo efetivo. Pelos seus conhecimentos e pela força do cargo na Gasmar, é hoje o principal interlocutor do Governo do Maranhão nesse tema.

Vale registrar que n o pleno administrativo a exploração petrolífera na Margem Equatorial também foi tratada pelo atual chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira (PSDB), quando presidiu a Gasmar antes de Alan Kardek Duailibe.

Tudo indica que o vereador Domingos Paz caminha para a cassação

Domingos Paz: situação complicada

Não é fácil nem confortável situação do vereador Domingos Paz (DC), acusado de abuso sexual e na iminência de ter seu mandato cassado pela Câmara Municipal. A Comissão de Ética da Casa já está de posse do relatório que sustenta a denúncia do Ministério Público e a investigação policial sobre o assunto.

O vereador tenta protelar o desfecho do caso com manobras regimentais e açõ0es judiciais. Mas elas, ainda que aqui e ali conseguem retardar o andamento do processo, não mudam em nada a essência da denúncia.

Nos corredores das Câmara e até mesmo entre vereadores corre a certeza de que o vereador dificilmente escapará da degola. Por essas avaliações, isso só seria possível com o surgimento de um fato novo que provasse sua inocência. Mas isso é impossível.

São Luís, 04 de Maio de 2024.

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