Eduardo Braide se lança candidato a prefeito de São Luís e pode alterar o cenário da corrida eleitoral na Capital

 

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Eduardo Braide: candidato a prefeito de São Luís

A decisão do deputado Eduardo Braide (PMN) de se candidatar à Prefeitura de São Luís, anunciada ontem por ele próprio na tribuna da Assembleia Legislativa, trouxe duas boas notícias ao cenário em que já começa a ser travada a guerra eleitoral pelo comando administrativo e político da Capital do Maranhão. A primeira é a chegada de um candidato que poderá contribuir decisivamente para elevar o confronto a um patamar civilizado e politicamente correto, no qual a essência será o debate de ideias que possam resultar em ações concretas em favor da cidade que, por ser um tesouro da História, detém o título de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade e é marcada por problemas desafiadores. A segunda: a pré-candidatura de Eduardo Braide é fruto de um movimento saudável da nova geração de políticos em atuação na Assembleia Legislativa, que depois de muítos anos, volta a ter papel importante e – quem sabe? – decisivo no futuro de São Luís. Na principal Casa legislativa do Maranhão se movimentam como pré-candidatos os deputados Bira Pindaré (PSB), Wellington do Curso (PP), Andrea Murad (PMDB) e Sérgio Frota (PSDB), uma situação reveladora de que essa geração está de fato disposta a protagonizar um novo momento na vida política do Maranhão.

O deputado Eduardo Braide é um quadro político diferenciado da média. Advogado e estudioso das regras que normatizam a vida institucional do Estado, Braide se destaca no plenário da Assembleia Legislativa como um “craque” em regimento, sempre atento a apontar ilegalidades e chamar a atenção para o que pode resultar em imbróglio jurídico. Além disso, tem se revelado um legislador de mão cheia, com foco em aspectos sociais relevantes, como o projeto por meio do qual criou um fundo estadual para o combate ao câncer, para citar apenas um dos vários projetos de sua autoria que se tornaram leis. Tem atuado, nessa linha, um consultor competente, um conselheiro equilibrado e um articulador acreditado num ambiente onde pontificam deputados experientes e preparados, como o presidente do Poder Legislativo, Humberto Coutinho (PDT).

Eduardo Braide entra na disputa pela Prefeitura de São Luís no momento em que se imaginava que o quadro de candidatos estava definido. Até algum tempo atrás, previa-se que a disputa caminhava para uma polarização entre o prefeito Edivaldo Jr. (PDT), candidato à reeleição, e a deputada federal Eliziane Gama (PPS), apontada como favorita nas pesquisas de opinião. A dinâmica da política, no entanto, cuidou de alterar fortemente essa tendência, incluindo no campo da disputa nomes como Bira do Pindaré, Fábio Câmara ou Andrea Murad pelo PMDB, Sérgio Frota ou Neto Evangelista pelo PSDB, para citar nomes de partidos de maior expressão. Ao entrar na disputa nesse contexto, Eduardo Braide o faz com todos os atributos para ocupar um espaço expressivo no cenário, em condições, portanto, de provocar um debate mais elevado, levando o confronto eleitoral a um patamar em que não haverá vez para a política rasteira, agressiva e aventureira.

O agora pré-candidato do PMN ao Palácio de la Ravardière entra na corrida com um lastro que inclui o fato de ser filho da cidade, conhecer os seus problemas e de ter o seu mandato de deputado estadual respaldado pelos votos de 10 mil ludovicenses. Alguns certamente dirão que não é o melhor cacife do mundo, mas não há como negar que seja indicador de que sua candidatura pode se tornar viável à medida que o processo evoluir e o debate ganhar intensidade. No momento seria precipitado colocar a candidatura de Eduardo Braide no mesmo plano da do prefeito Edivaldo Jr. e da deputada federal Eliziane Gama. Mas também não há precipitação em avaliar-se que a entrada dele na corrida funciona como uma espécie de garantia que os problemas de São Luís serão discutidos pelo viés do bom senso.

Em tempo: agora são 13 pré-candidatos a prefeito de São Luís – Edivaldo Jr. (PDT), Eliziane Gama (PPS), Bira do Pindaré (PSB), Andrea Murad e Fábio Câmara (PMDB), Sérgio Frota e Neto Evangelista (PSDB), Rose Sales (PMB), Wellington do Curso (PP), João Bentivi (PTdoB), Zéluiz Lago (PSL) Raimundo Pedrosa (PSOL) e Saulo Arcangelli (PSTU).

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Volta por cima: Gastão assume presidência do FNDE
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Gastão no FNDE: volta por cima

O ex-deputado federal Gastão Vieira (PROS) deu a volta por cima. Depois de deixar o Ministério do Turismo, perder a eleição para senador e deixar as fileiras do PMDB, retorna ao Governo da presidente Dilma Rousseff para presidir nada menos que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação (MEC). Ele foi nomeado terça-feira pela presidente da República e seu ato saiu publicado ontem no Diário Oficial da União. Gastão Vieira assume o FNDE no lugar de Idilvan Alencar, que era indicação do ex-ministro da Educação, Cid Gomes. O ex-ministro fora sondado para dirigir o FNDE no início de 2015. A ida de Gastão Vieira para a presidência do FNDE não está relacionada com algum acordo envolvendo os votos do PROS. Sua escolha para o cargo foi uma decisão pessoal da presidente Dilma Rousseff, que sempre viu no ex-ministro do Turismo um quadro técnico preparado e competente. Gastão se notabilizou nos seus cinco mandatos de deputado federal como um dos especialistas da Câmara Federal na área de educação, tanto que presidiu por duas vezes a Comissão de Educação e Cultura da Casa, depois de ter sido secretário de Estado da Educação. O FNDE está diretamente relacionado com tudo que diz respeito à educação no Governo Federal, com um orçamento anual superior a R$ 40 bilhões. O novo presidente diz que o FNDE deve ser parceiro dos estados e municípios brasileiros. No comando do FNDE, Gastão está determinado a prosseguir no processo de inovação no sistema de compras governamentais e na gestão de programas fundamentais em andamento como Alimentação Escolar, Livro Didático, Dinheiro Direto na Escola, Biblioteca da Escola, Transporte do Escolar, Caminho da Escola, Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil.

 

Edivaldo Holanda bate forte em Wellington do Curso
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Ddivaldo dispara contra Wellington

É cada vez mais tensa a convivência dos deputados Edivaldo Holanda (PTC) e Wellington do Curso. Com uma história parlamentar respeitável e uma capacidade discursiva que o torna um orador de peso na Assembleia Legislativa, Edivaldo Holanda vem se deixando envolver pelas provocações, cada vez mais ousadas, de Wellington do Curso, pré-candidato a prefeito de São Luís que tem usado a tribuna da Assembleia Legislativa para bater forte no prefeito Edivaldo Jr. e sua administração. Ontem, ao saudar o deputado Eduardo Braide pelo anúncio da sua candidatura, Edivaldo Holanda aproveitou o moimento para disparar palavras duras contra Wellington do Curso, sem, porém, citar-lhe o nome. Edivaldo Holanda parabenizou Eduardo Braide pela decisão de ser candidato afirmando ter certeza de que sua participação na disputa contribuirá para elevar o nível da campanha. E disparou: “… ao contrário de um certo candidato mal educado, que só faz agredir, porque tem a cabeça oca”. Wellington do Curso em princípio reagiu à pancada com ar de deboche, dando a impressão de que não se sentiu atingido pelos petardos verbais do pai do prefeito Edivaldo Jr. Mas logo ficou claro que ele acusou o golpe, sentou-se atingido, mas se manteve calado, porém deixando claro de que vai continuar batendo forte na administração municipal, prenunciando que o “bateu, levou” vai continuar.

 

 

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