Corrida para a Prefeitura de São Luís ainda não tem nomes definidos, mas a movimentação já é intensa

 

Neto Evangelista, F=Duarte Jr., Osmar Filho, Rubens Jr., Luis Fernando Silva, Adriano Sarney, Wellington do Curso e Eliziane Gama: nomes para a Prefeitura de São Luís na eleição de 2020

Faltam ainda 19 meses, ou seja, exatos 570 dias, para as eleições municipais de 2020, mas a julgar pela intensa movimentação na seara dos partidos políticos, o cenário pré-campanha já ganha formas nítidas, com o avanço de um expressivo número de aspirantes às vagas de candidato. A maior movimentação envolve a corrida para a Prefeitura de São Luís, para a qual o governador Flávio Dino (PCdoB) atua com o objetivo de encontrar um candidato que represente todas as correntes da aliança que comanda, enquanto a Oposição, principalmente o Grupo Sarney emite sinais de que já trabalha um nome, o deputado estadual Adriano Sarney (PV), e em outro campo oposicionista, o deputado federal Eduardo Braide, ainda sem partido, continua sendo a grande incógnita dessa fase da disputa. Aguarda-se também uma manifestação do senador Roberto Rocha sobre o rumo que o PSDB tomará nessa corrida.

Na Capital, o cenário ainda é impreciso, principalmente pela não definição, ainda, do candidato governista. O prefeito Edivaldo Holanda Jr. e o senador Weverton Rocha se movimentam para emplacar um nome do partido, que pode ser o presidente da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho (PDT), tendo como alternativa uma aliança com o DEM em torno do deputado estadual Neto Evangelista. Diretamente interessado na disputa, o Palácio dos Leões trabalha efetivamente com duas opções do PCdoB, o deputado estadual Duarte Jr. e o deputado federal Rubens Jr., que assumiu recentemente a Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano, podendo ainda, numa hipótese remita, lançar o deputado federal Márcio Jerry. Uma terceira via foi especulada durante o carnaval, com o ainda não confirmado convite do governador ao prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), para uma super secretaria (Programas Estratégicos), de onde poderá ser catapultado para a condição de candidato a prefeito de São Luís. Assim, pelo que está posto, o candidato governista será objeto de muita negociação, ou poderá ser o mais votado de um pool de candidatos. Por isso, até agora qualquer afirmação sobre candidatura governista será mera especulação.

No campo oposicionista, dois nomes ganham peso. O primeiro é o deputado federal Eduard Braide, apontado como candidatável desde 2016, quando foi derrotado em disputa dura pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr.. Eduardo Braide está sem partido, faz o jogo de pré-candidato, mas como tem um projeto bem mais abrangente do que o município de São Luís, relutado em se declarar candidato irreversível, pois sabe que se fizer tal declaração não poderá voltar atrás, tem ciência também de que sua eleição não é fato consumado, e de que mais uma derrota na Capital poderá complicar seus planos futuros. Por sua vez, o deputado Adriano Sarney tem partido, é parte de um grupo partidário (PV e MDB e outros partidos menores), tem o aval dos chefes desse grupo e, pelo que declarou à Coluna há alguns dias, está entusiasmado com a ideia de ser candidato, se anunciando como pré-candidato. A ex-governadora Roseana Sarney e o ex-suplente de senador Lobão Filho também são lembrados para disputar a Prefeitura de São Luís pelo Grupo Sarney, mas fontes próximas aos dois desanimam as especulações, praticamente descartando os dois projetos.

Ainda na seara oposicionista, o PSDB tenta se recompor, estando o senador Roberto Rocha avaliando a possibilidade de fechar em torno do deputado estadual tucano Wellington do Curso – o 3º colocado do pleito de 2016 -, que ainda não se declarou pré-candidato, como também poderá apostar numa aliança, provavelmente com o Grupo Sarney, podendo indicar o candidato a vice, como o próprio senador Roberto Rocha o foi, então pelo PSB, na chapa do prefeito Edivaldo Holanda Jr, em 2012. E no campo da esquerda, o PSOL e o PSTU vêm sinalizando que terão candidatos próprios no primeiro turno, mas só definirão nomes em reuniões partidárias que realizarão no segundo semestre.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Se Luis Fernando deixar Prefeitura, a guerra sucessória em São José de Ribamar terá desfecho imprevisível

Sem Luís Fernando, Prefeitura poderá ser disputada por Eudes Sampaio, Gil Cutrim e Jota Pinto

A eventual renúncia do prefeito Luis Fernando Silva (PSDB) para assumir a Secretaria de Estado de Programas Estratégicos, atendendo a convite do governador Flávio Dino, passando o cargo para o vice-prefeito Eudes Sampaio (PTB), abrirá um grande flanco na corrida sucessória em São José de Ribamar. Luis Fernando seria naturalmente candidato à reeleição com largas chances de vencer o pleito, o que desanimaria vários aspirantes a candidato. Sem ele, o candidato natural será o prefeito Eudes Sampaio, que terá seu apoio, mas enfrentará concorrência pesada. A ausência de Luiz Fernando aumentaria fortemente o poder de fogo da família Cutrim, com a possibilidade de o ex-prefeito e hoje deputado federal Gil Cutrim (PDT) tentar voltar ao comando do município com o aval do senador Weverton Rocha. Além disso, corre a informação de que, caso Luis Fernando sair mesmo, o ex-deputado Jota Pinto (??) aguardará o momento certo para lançar sua candidatura a prefeito, o que, se confirmado. O fato é que, se Luis Fernando Silva permanecer e se candidatar à reeleição, terá poucos adversários e muito provavelmente se reelegerá. Mas se deixar o cargo, o desfecho da corrida para a Prefeitura da Cidade do Padroeiro será rigorosamente imprevisível.

 

Josimar de Maranhãozinho quer sair das eleições municipais com cacife pesado para 2022

Josimar de Maranhãozinho conta com aliados fiéis, como a deputada Detinha, sua mulher

Numa conversa com jornalistas, há algumas semanas, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PR), revelou que foi campeão de votos porque foi votado em 214 municípios e que montou estrutura em mais de 100. Agora, para as eleições municiais, o parlamentar aposta seu partido poderá ter candidato em pelo menos 80 municípios, com a perspectiva de sair das urnas com pelo menos 40 prefeitos. Os números parecem ambiciosos demais para o comando de um deputado federal, mas em se tratado de Josimar de Maranhãozinho, nada parece impossível no campo político-eleitoral. Um levantamento rápido revela que ele tem hoje o controle político dos municípios de Maranhãozinho, Centro do Guilherme e Zé Doca, onde sus irmã é prefeita, além de exercer forte influência sobre pelo menos uma dezena de prefeituras, cujos titulares são aliados fiéis. Liderando hoje um deputado federal (Júnior Lourenço) e quatro deputados estaduais (Detinha, Hélio Soares, Vinícius Louro e Leonardo Sá) e exibindo um espantoso poder de articulação, Josimar de Maranhãozinho quer sair das eleições municipais com cacife para sentar na mesa de decisões para 2022.

São Luís, 06 de Março de 2019.

Um comentário sobre “Corrida para a Prefeitura de São Luís ainda não tem nomes definidos, mas a movimentação já é intensa

  1. De todos aí o melhor é o Adriano. Político de posições firmes. Não fica em cima do muro e não se aproveita de situações para se promover ou fazer mídia.

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