Ainda sem rumo depois da derrota que sofreu nas urnas, Grupo Sarney busca aproximação com Bolsonaro contra Dino

 

José Sarney pode se aproximar de Jair Bolsonaro para uma aliança contra Flávio Dino na seara política do Maranhão

Ainda sem um norte definido depois de ter sido quase dizimado nas urnas em Outubro, o Grupo Sarney começa a sair da inércia e tudo indica que tentará encaixar-se na base de apoio do Governo de Jair Bolsonaro (PSL), já que não tem vocação para pelejar na Oposição. O indicativo desse rumo está na movimentação do ex-presidente José Sarney, que começa a avançar depois de haver orientado seus liderados mais próximos – a ex-governadora Roseana Sarney, o deputado federal reeleito Hildo Rocha (MDB), o deputado estadual e deputado federal eleito Edilázio Jr. (PSD) e o deputado estadual reeleito Adriano Sarney (PV) – a declarar apoio ao presidente eleito antes mesmo do 2º turno da eleição presidencial. Com a decisão, José Sarney está rompendo definitivamente com o PT, estaria na linha de frente de uma articulação para colocar o MDB na seara bolsonarista. Com isso, espera recriar as condições para enfrentar o poder de fogo do governador Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão, dificultando também o voo que ele deve alçar para uma agenda política no plano nacional em 2022.

Ao contrário do que afirmava até pouco tempo atrás, quando ainda alimentava o discurso de campanha, o presidente eleito Jair Bolsonaro já admite que não vai prescindir dos “conselhos” dos que já passaram pelo gabinete principal do Palácio do Planalto. Disse isso com todas as letras ao visitar o presidente Michel Temer (MDB), a quem informou que pretende contar com a colaboração nos momentos difíceis do seu Governo. A lista de “conselheiros especiais” do futuro governante é formada por Michel Temer e José Sarney, sem dúvida as duas vozes mais influentes do MDB, e Fernando Henrique Cardoso, que poderá “colaborar” se o PSDB for levado  para a órbita do novo Governo por João Dória, governador eleito de São Paulo e futuro líder absoluto dos tucanos. Parece não haver qualquer possibilidade de Jair Bolsonaro contar em algum momento com os conselhos dos ex-presidentes petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff, que são por ele tratados como inimigos viscerais.

É difícil imaginar que os deputados federais reeleitos Hildo Rocha (MDB) e Aluísio Mendes (Podemos), ambos crias políticas do sarneysismo e homens de confiança do ex-presidente e da ex-governadora Roseana Sarney, estejam se aproximando do presidente eleito sem a anuência de ambos. Hildo Rocha foi um dos articuladores do movimento por meio do qual a Frente Parlamentar Agropecuária indicou a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MT), membro destacado da Bancada Ruralista, para o Ministério da Agricultura. Aluísio Mendes integrou uma comissão da Bancada da Bala que foi ao Rio de Janeiro declarar apoio ao presidente eleito quanto a sua proposta de “flexibilizar” as regras para o porte de arma por cidadãos comuns. Na mesma linha, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) declarou apoio a Jair Bolsonaro, mantendo a posição mesmo depois de um presidente eleito ter acusado o deputado federal Sarney Filho (PV), seu pai, de ter “vendido uma parte da Amazônia para ONGS estrangeiras” quando ministro do Meio Ambiente. Ontem, usando o tom de aliado incondicional, Edilázio Jr. foi à tribuna defender o presidente eleito das críticas feitas a ele pelo governador Flávio Dino.

O ex-presidente José Sarney sabe por onde chegar ao presidente eleito. Se não o fizer pela via da político-partidária, poderá fazê-lo através de canais militares, com os quais sempre manteve bom relacionamento. Mas pelo que tem acontecido até agora, a começar pela mudança de discurso do presidente eleito, é provável que para transformar-se em “conselheiro” do futuro ocupante do gabinete principal do Palácio do Planalto, José Sarney seja “convocado” por Jair Bolsonaro. E ninguém duvida de que, inconformado com a quase liquidação do seu Grupo no Maranhão, reduzindo drasticamente o seu poder de fogo, José Sarney construa uma aliança com Jair Bolsonaro, destinada principalmente a infernizar o Governo e os próximos passos políticos do governador Flávio Dino.

É claro que as coisas não acontecerão como passe de mágica, da noite para o dia, pois se trata de um xadrez complexo, jogado em etapas e dentro do ritmo que Jair Bolsonaro ditar.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

João Alberto descarta aposentadoria política e quer ser vereador em Bacabal

João Alberto deixará o Senado com o projeto de ser vereador de Bacabal

Quem espera que o senador João Alberto se aposentará da política quando encerrar seu último mandato senatorial daqui a 50 dias está enganado. O ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-prefeito de Bacabal, ex-vice-governador do Estado, ex-governdor e quase ex-senador avisa que não vestirá o pijama e entrará imediatamente em mais uma corrida eleitoral para realizar um sonho: ser candidato a vereador de Bacabal. Ele poderia ter disputado a reeleição de senador ou um mandato de deputado federal, mas preferiu encerrar sua carreira polpitica nos planos federal e estadual, para em 2020 candidatar-se a vereador e se dedicar exclusivamente dedicar exclusivamente aos problemas de Bacabal como representante popular com o aval da população. João Alberto acha que deve esse mandato a ele próprio e à população de Bacabal. Um dos políticos mais bem sucedido entre os que integram o Grupo Sarney, João Alberto está determinado a deixar o topo para completar sua realização como militante na base.

 

TV Assembleia entrevistará candidatos à presidência da OAB/MA

O diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa reunido com assessores dos candidatos a presidente da OAB para definir o formato das entrevistas

A TV Assembleia entrevistará os cinco candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional do Maranhão, que serão submetidos ao crivo eleitoral da categoria no dia 23 de Novembro Trata-se de uma iniciativa importante como incentivo ao debate político no seio de uma das instituições mais importantes do País, principalmente pelo seu compromisso com a defesa intransigente das liberdades civis e do estado democrático de direito pleno, tema que interessa à sociedade como um todo e em todos os seus níveis e vieses. Serão entrevistados por ordem sorteada: Mozart Baldez  (segunda-feira, 12), Sâmara Braúna (terça-feira,  13), Aldenor Rebouças (quarta-feira, 14), Thiago Diaz (quinta-feira, 15) e Carlos Brissac (sexta-feira, 16). As entrevistas serão veiculadas no quadro “Sala de Entrevista”, do telejornal Portal da Assembleia, às 13h, com duração de 13 minutos e mais dois minutos para as considerações finais.

“A OAB é uma entidade de grande representatividade na nossa sociedade. Diante desse cenário, da importância de todo o trabalho que é desenvolvido pela Ordem dos Advogados do Brasil, nós decidimos, junto à equipe da Diretoria de Comunicação, fazer a proposta para a realização de entrevistas com os candidatos. Foi uma proposta muito bem recebida pelos representantes da chapa”, destacou o jornalista Edwin Jinkings, diretor de Comunicação da Alema.

Em Tempo: as entrevistas que serão veiculadas a partir de segunda-feira (12), serão conduzidas pela jornalista Natália Macedo e pelo procurador-geral do parlamento estadual, Tarcísio Araújo.  Para sintonizar a TV Assembleia sintonize o canal 51.2 na TV aberta e no canal 17 da TVN.

São Luís, 09 de Novembro de 2018.

Um comentário sobre “Ainda sem rumo depois da derrota que sofreu nas urnas, Grupo Sarney busca aproximação com Bolsonaro contra Dino

  1. Esse Sarney é uma peçonha, que pode ser comparado à barata de navio, aquela que sempre escapa do naufrágio. Ama tanto o Maranhão que prefere vê-lo destruído e arruinado para posar de Salvador da Pátria. É um demônio !! Flavio Dino terá pela frente uma missão complicada, mas espera-se que o mentecapto Bolsonaro saiba respeitar as diferenças de pensamentos e que prevaleça o federalismo brasileiro.
    Quanto ao Câncer maranhense, que Bolsonaro o coloque onde prometeu, na aposentadoria. Para o bem do Maranhão seria bom que esta criatura, o bode velho Sarney, perca poder e influência, pois se mantiver um dos dois será deveras ruim para o estado. Vamos torcer…

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