Arquivos mensais: abril 2018

Flávio Dino consolida chapa, Roberto Rocha e Roseana Sarney ainda buscam vices e Eduardo Braide ainda é incógnita

 

Flávio Dino, Roberto Rocha e Roseana Sarney estão confi9rmados; Eduardo Braide é ainda uma incógnoitas,; Ricardo Murad, Odívio Neto, Maura Jorge ainda não falam em chapa, e Cláudia Durans, Coronel Monteiro e Jadson Gonçalves parecem fora do páreo
Flávio Dino, Roberto Rocha e Roseana Sarney estão confirmados; Eduardo Braide é ainda uma incógnoita,; Ricardo Murad, Odívio Neto e Maura Jorge ainda não falam em chapa, e Cláudia Durans, Coronel Monteiro e Jadson Gonçalves parecem fora do páreo

Depois de um período de indefinições, incertezas e especulações, os movimentos da semana passada indicaram que a corrida sucessória no Maranhão começa a ganhar corpo com a definição do que há de consistente no quadro de candidaturas ao Palácio dos Leões. Além do governador Flávio Dino (PCdoB), que vem cumprindo abertamente a sua agenda de candidato à reeleição, estão confirmados no páreo governamental o senador Roberto Rocha (PSDB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), a ex-prefeita de Lago da Pedra Maura Jorge (Podemos), Ricardo Murad (PRP) e Odivio Neto (PSOL) e o deputado Eduardo Braide (PMN), ainda na condição de candidato. No campo da especulação estão Cláudia Durans (PSTU), José Ribamar Monteiro (PSL) e Jadson Monteiro (DEM). São no total 10 pretendentes, sendo cinco em condições políticas e partidárias de participar da disputa, um mergulhado na incerteza, e quatro que não têm qualquer traço de viabilidade eleitoral, mas que podem, se quiserem e seus partidos permitirem, fazer zoada nos segundos que terão à sua disposição no rádio e na TV.

O governador Flávio Dino já está imprimindo o ritmo de maratona no seu roteiro que elaborou para a pré-campanha –  em curso a todo vapor -, e para a campanha oficial, que será deflagrada no dia 15 de Agosto. O faz porque até aqui é o único que já tem chapa completa, com vice (Carlos Brasil – PRB), e ao Senado com os deputados federais Eliziane Gama (PPS)  e Weverton Rocha (PDT). Com disposição surpreendente, o governador vem conseguindo conciliar as tarefas de chefe do Governo e de Estado, os movimentos de líder político – que o levam a todo o País – e os atos da pré-campanha. Vem enfrentando um intenso bombardeio por parte da Oposição sarneysista, devolvendo todos os ataques no mesmo tom, mas sem perder o prumo. Até aqui, as pesquisas o têm apontado como líder isolado na preferência do eleitorado, indicando que poderá vencer a eleição até mesmo em turno único. Os poucos mais de 150 dias que faltam para a corrida às urnas serão decisivos para que essa posição seja mantida, apesar do bombardeio que vem sofrendo no aparato midiático do Grupo Sarney. Na avaliação de muitos observadores, incluídos aí alguns posicionados na Oposição, Flávio Dino é um adversário difícil de ser batido nas urnas ou abatido no tapetão.

Cabeça de chapa definido do PSDB e em quarto lugar na preferência do eleitorado, agora com o aval integral do ninho maranhense e da cúpula nacional dos tucanos, o senador Roberto Rocha começa a se apresentar efetivamente como candidato a governador que vai para a campanha também com a tarefa de levar a candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin aos mais longínquos rincões do estado. No momento, Roberto Rocha está situado em terceiro lugar entre os candidatos, segundo os levantamentos sobre as preferências do eleitorado. O tucano já definiu chapa “pura” de candidatos ao Senado com o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares e o deputado estadual Alexandre Almeida, ambos do PSDB. E no momento encontra-se mergulhado em articulações para formar uma base política e partidária, ao mesmo tempo em que examina nomes para escolher o seu candidato a vice-governador. Rompido com o governador Flávio Dino, de quem foi aliado de primeira linha, seus movimentos indicam que, em caso de aliança, o seu caminho natural será o Grupo Sarney, podendo, remotamente, fazer também trajetória inversa.  O candidato tucano está à procura de um vice que reforce o seu lastro eleitoral.

A ex-governadora Roseana Sarney, que é nome isolado em segundo lugar,  vem tocando sua candidatura com movimentos de maré, ora afirmativa e decidida e ora agitando o mundo político com sinais de incerteza, estimulando a disseminação de dúvidas a respeito do seu projeto eleitoral. Na última sexta-feira, diante de uma notícia falsa dando conta da sua eventual desistência, ela retornou ao epicentro do cenário da disputa para reclamar da “fake news” e reafirmar que é candidata. Com a sua chapa de candidatos ao Senado definida – Sarney Filho (PV) e Edison Lobão (MDB) -, Roseana Sarney aguarda definições do MDB a respeito de candidatura presidencial que, na avaliação de observadores, é fundamental para dar à sua candidatura um perfil acabado em matéria de competitividade. Ao contrário do governador Flávio Dino, Roseana Sarney ainda não tem companheiro de chapa. Está guardando a vaga para negociar mais à frente.

A corrida ao Palácio dos Leões guarda ainda uma grande incógnita: o deputado Carlos Braide (PMN). Saído da disputa pela Prefeitura de São Luís com um cacife surpreendentemente gordo, o ex-líder do Governo e atual adversário ferrenho do governador Flávio Dino, Eduardo Braide não afirma nem nega enfaticamente que seja candidato irreversível ao Governo do Estado. Indagado, diz que quer ser candidato, mas tergiversa observando que uma candidatura a governador não pode ser um projeto individual, mas uma “construção coletiva”. Ou seja, não quer entrar no jogo como um aventureiro, mas lastreado por uma grade partidária sólida e um suporte político consistente, o que a essas alturas do campeonato só será possível se algum dos candidatos mais fortes jogar a toalha a seu favor, o que, em princípio, dificilmente acontecerá.

Maura Jorge é também uma incógnita, mesmo depois de haver se tornado o braço do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), situação que abre caminho para especuladores sugerirem que ela está mesmo de olho e na vaga de vice de Roseana Sarney.

O ex-deputado Ricardo Murad se lançou, em março, candidato a governador pelo PRP, mas até agora vem se dedicando exclusivamente a armar bombas contra o governador Flávio Dino. Na semana que passou, lançou o radialista Geraldo Castro, âncora da Rádio Mirante AM, para uma das vagas de senador, mas sem emitir sinais fortes de que sua candidatura seja um projeto para valer. Já o professor Odívio Neto está seguro como candidato do PSOL, que já está se movimentando para definir o vice e os candidatos ao Senado.  Claudia Durans certamente sairá candidata a governadora pelo PSTU. Jadson Gonçalves está fora da disputa, já que não terá o apoio do seu partido, o DEM, que está inteiramente alinhado ao governador Flávio Dino.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Duarte Jr. se lança candidato a deputado estadual com o ânimo de quem quer ir mais longe

Duarte Jr. mostrou prestígio ao receber Flávio Dino, Eliziane Gana e Weverton Rocha no lançamento de sua candidatura à Assembleia Legislativa
Duarte Jr. mostrou prestígio ao receber Flávio Dino, Eliziane Gana e Weverton Rocha no lançamento de sua candidatura à Assembleia Legislativa

“Hoje nasceu um político de futuro”. A frase foi pronunciada por um advogado que presenciou o lançamento da candidatura do colega dele, Duarte Jr., à Assembleia Legislativa pelo PCdoB, na manhã de sábado, no Hotel Rio Poty. A impressão do observador foi causada pelo tamanho do evento, pelo desempenho do candidato a candidato, e pelo prestígio que mostrou levando ao ato ninguém menos que o governador Flávio Dino (PCdoB), o presidente do partido, jornalista Márcio Jerry – que é candidato a deputado federal –, e pelos dois candidatos ao Senado pela aliança dinista, os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Cerca de mil pessoas entusiasmadas ocuparam o grande salão de eventos do hotel para demonstrar que se estão envolvidas firmemente na campanha do dono da festa política.

Integrante da geração de advogados que começa a se firmar nos tribunais e no cenário político, Duarte Jr. desembarca no mundo da política como um furacão resultante de três fatores muito claros: um desempenho excepcional à frente do Procon – que depois ganhou peso como Procon/Viva Cidadão -, pelo uso intenso e inteligente das redes sociais, e pela defesa, às vezes até passional, do Governo Flávio Dino. Tudo isso o tornou um homem público muito visado e, por isso mesmo, elogiado e criticado com intensidade dentro e fora das redes sociais.

O fato é que Duarte Jr., com forte dose de carisma e um posicionamento  muito claro, se transformou num político integral, como há tempos não surgia no cenário político do Maranhão, particularmente em São Luís. Sua candidatura é o resultado de uma escolha de vida, baseada na experiência de advogado militante e professor de Direito que viveu nos últimos dois anos e meio como gestor público. Ele descobriu que cuidar da coisa pública é uma atividade atraente, mas descobriu também que pode ir mais longe navegando no universo da política, enfrentando desafios e dissabores, mas também acumulando vitórias e ocupando espaços de maneira politicamente republicana.

Duarte Jr. ingressa na política com o pé direito, embalado pela saudável ousadia que o move. Chega nessa seara ao mesmo tempo delicada e complicada com o ânimo com que assumiu a direção do Procom, com a saída de Felipe Camarão, um craque em gestão pública, para em pouco tempo sacudir o universo comercial atuando como uma espécie de xerife em defesa do consumidor. Seu desempenho à frente do Procon foi tão produtivo que o governador Flávio Dino não pensou duas vezes e entregou-lhe também o Viva Cidadão, tornando-o um dos membros de maior peso na sua equipe do Governo.

O ato de sábado foi o desfecho desse ciclo e a abertura de um novo, que será sua corrida para conquistar o eleitorado e, se for o caso, desembarcar na Assembleia Legislativa com a estatura de quem emite claros sinais de o  Plenário Gervásio Santos é a primeira parada de quem pretende chegar bem mais longe.

 

Disputa feminina por vaga na Assembleia deve ser intensa nestas eleições

Andrea Murad e Graça Paz vão sair e Daniela Tema e Cleide Coutinho podem entrar
Andrea Murad e Graça Paz vão sair ;Daniela Tema e Cleide Coutinho podem entrar na Assembleia Legislativa

Engana-se quem pensa que a saída da deputada Graça Paz (PSDB), que abriu mão de concorrer à reeleição em favor da candidatura do filho, e da deputada Andrea Murad (PRP), que deve caminhar para ser candidata à Câmara Federal, as outras três mulheres que integram a Assembleia Legislativa – deputadas Valéria Macedo (PDT), Ana do Gás (PCdoB) e Francisca Primo (PCdoB) não enfrentarão forte concorrência feminina. Estão em campanha aberta e forte, por exemplo, a ex-deputada Cleide Coutinho (PDT), que vem embalando sua candidatura como herdeira política do ex-deputado Humberto Coutinho na região polarizada por Caxias, e a nutricionista Daniela Tema (DEM), que é forte em Tuntum e na Região Central do Maranhão. Outras candidaturas femininas estão a caminho, indicando que a disputa nesse gênero será intensa e surpreendente. É aguardar.

São Luís, 29 de Abril de 2018.

Roseana Sarney desmente fake news sobre desistência e garante que sua candidatura ao Governo está de pé

 

 

Roseana Sarney nega desistência e reafirma candidatura ao Governo
Roseana Sarney nega notícias sobre desistência e reafirma que sua candidatura ao Governo está de pé

Foi de desabafo o tom usado pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB) para desmentir rumores segundo os quais ela estaria se desistindo da corrida ao Palácio dos Leões. A emedebista criticou o que chamou de “fake news” (notícia falsa), fez críticas duras a jornalistas que propagaram a tal “informação”, e reafirmou que sua candidatura está de pé. A manifestação veio, de fato, no momento em que esses rumores, de tão repetidos, começavam a contaminar o meio político com a suspeita de que algo de errado estaria acontecendo na base da sua candidatura. Os esclarecimentos foram feitos em entrevista ao jornal O Estado, do qual é sócia majoritária, segundo informação divulgada pelo sempre bem informado blog do jornalista Gilberto Leda. “Tá mantida a pré-candidatura. Todas essas notícias são fake news e refletem algum tipo de medo da minha pré-candidatura. A única pessoa que pode dizer se é candidata, ou não, se vou viajar, ou não, sou eu. Publicar uma coisa dessas sem me consultar, sem me perguntar, acho que não é ético por parte de jornalista nenhum”, disparou a ex-governadora, visivelmente incomodada com a fake news.

Roseana Sarney se relançou ao epicentro da corrida sucessória estadual num momento em que, de fato, sua reclusão vinha suscitando comentários. Não no sentido de que ela estaria desistindo, mas no contexto em que o seu projeto parece muito condicionado ao futuro do presidente Michel temer e o do MDB. Ela puxou o freio de mão para reduzir sua movimentação física, deixando no ar uma série de interrogações. Agora, ela desfaz a má impressão pelo intervalo dado à sua pré-campanha, mostrando que está situada no contexto político e se dizendo decidida a disputar o Governo do Estado, ainda na condição de pré-candidata.

Embora afirme, como fez no trecho da entrevista revelado por Gilberto Leda, que só a ela cabe decidir se é candidata ou não, Roseana Sarney sabe que sua candidatura não é um projeto pessoal. Ela representa um grupo poderoso, que perdeu o poder, está se desdobrando contra a decadência e precisa continuar acreditando que pode voltar ao comando político e administrativo do Estado. E nesse cenário, ela é o único nome do com lastro político e eleitoral que o grupo dispõe para participar da corrida com alguma chance de disputar o Governo com o governador Flávio Dino (PCdoB), que busca a reeleição embalado por uma gestão bem sucedida e por um prestígio político que há muito ultrapassou as fronteiras do Maranhão.

Nesse contexto, a verdade que se impõe para o Grupo Sarney é a seguinte: com ela a perspectiva já não é de certeza de vitória nas urnas, sem ela, o desfecho da guerra eleitoral pode ser um tremendo desastre, possivelmente maior do que o resultado de 2014. Política experiente, que conhece muito bem o jogo que está jogando e que tem como conselheiro a mais celebrada das raposas políticas do País neste momento, o ex-presidente José Sarney (MDB), Roseana Sarney tem plena consciência de que não pode dar qualquer passo em falso, sob pena de arrastar ela  própria e seus aliados para o abismo, selando de uma vez por todas

o destino do Grupo que lidera. Além do mais, Roseana Sarney espera logo  superar uma das maiores dificuldades do seu projeto: atrelá-lo a um candidato presidencial, com a agravante de que esse nome dificilmente sairá das fileiras do MDB.

É nesse contexto de uns fatores que lhes são favoráveis e de outros que a inibem que a ex-governadora fala alto para rebater petardos que tentam convencê-la a permanecer em casa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Poder Legislativo e Poder Judiciário firmam parceria para uso da TV Assembleia pelo Tribunal de Justiça

Othelino Neto, José Joaquim Figueiredo dos Anjos e Marcelo Carvalho firmam Termo de Cooperação da uso da TV Assembleia
Othelino Neto, José Joaquim Figueiredo dos Anjos e Marcelo Carvalho firmam Termo de Cooperação da uso da TV Assembleia

Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça deram ontem um passo importante e pioneiro para fortalecer a presença do Poder Judiciário num País em que a comunicação de massa chegou ao ponto em que as sessões das Casas Legislativas e as Cortes superiores de Justiça, a começar pelo Supremo Tribunal Federal, são  transmitidas ao vivo. Num ato de clara relevância, realizado ontem no Salão Nobre do Palácio Clóvis Bevilacqua, sede do Poder Judiciário, os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), e do Tribunal de Justiça, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho Silva, firmaram o Termo de Cooperação para veiculação do programa “Justiça Cidadã”, na TV Assembleia (Digital – Canal 51.2 e TVN – Canal 17).

O que pode parecer um simples ato de parceria entre dois Poderes, o R=termo de Cooperação vai tirar a Assembleia Legislativa do isolamento no universo da comunicação institucional, que no Brasil vem avançando velozmente depois da instalação das TV Senado, TV Câmara e TV Justiça, num processo que se espraiou pelo País e que teve a TV Assembleia do Maranhão como uma das pioneiras e que logo se tornou uma referência.  Durante a cerimônia, presidente Othelino Neto, que é jornalista por formação  salientou a importância da assinatura do Termo de Cooperação. “Esta parceria enriquece muito a grade do canal da nossa TV Assembleia e representa um marco de grande alcance na história tanto do Legislativo quanto do Judiciário do Maranhão”, afirmou Othelino, frisando que, muito em breve, outras instituições também deverão se incorporar à grade da TV Assembleia.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, declarou que essa cooperação entre Legislativo e Judiciário, na área da comunicação, representa um ganho não apenas para a Magistratura, e sim para toda a população. “Este Termo tem o sentido de contemplar, também, aqueles que mais precisam, aqueles menos favorecidos, que poderão ter livre acesso às informações sobre o que o Judiciário do Maranhão está fazendo. Vale lembrar que, nos dias de hoje, cabe cada vez mais à magistratura não só decidir, mas dar eficácia às decisões.  O que devemos fazer, portanto, é dar efetividade às nossas decisões de modo que, nesta perspectiva, esta parceria com a Assembleia Legislativa terá um papel preponderante como um novo canal de interlocução com a sociedade”, declarou o presidente José Joaquim Figueiredo dos Anjos.

No mesmo tom, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho Silva, afirmou que a assinatura do Termo de Cooperação é um dos atos mais importantes da atual administração. “Este ato representa um grande marco para o Poder Judiciário porque, a partir de agora, através de um programa de TV, a Justiça aproxima-se cada vez mais do cidadão. É um novo canal de comunicação desta nossa Casa, em cooperação com o Poder Legislativo do nosso Estado”, ressaltou o desembargador-corregedor.

Um dos principais responsáveis pela sua viabilização, o diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa, jornalista Edwin Jinkins, também destacou a importância do Termo de Cooperação, frisando que o objetivo desta parceria é estreitar as relações e reforçar a harmonia entre os dois poderes e, destes, com a sociedade, levando informação de qualidade e orientação sobre os assuntos e temas da área jurídica. Observou que a Assembleia Legislativa do Maranhão possui uma das maiores estruturas de Comunicação pública do país. “Essa parceria é de suma importância porque vai levar ao público da TV Assembleia conteúdo diferenciado e de qualidade, ampliando assim a grade de programação da emissora, oferecendo mais informações e estreitando as relações com os cidadãos maranhenses”, assinalou Edwin Jinkins.

Ao lado de assessoras do Tribunal de Justiça, os jornalistas Edwin Jinkins,(centro) e Silvia Tereza e Antonio Carlos articularam a cooperação
Ao lado de assessoras do Tribunal de Justiça, os jornalistas Edwin Jinkins,(centro) e Silvia Tereza e Antonio Carlos articularam a cooperação

O diretor de Comunicação do Tribunal de Justiça, Antônio Carlos de Oliveira, que também teve atuação importante na viabilização da parceria, informou que a estreia do programa acontece neste sábado (28), ao meio-dia, com reprise às segundas e quartas-feiras, às 21h. Sua formatação conta com reportagens, quadros informativos e entrevistas com magistrados e outros profissionais do Direito, para que a população conheça as ações e serviços do Poder Judiciário.

 

 

 

1º de Maio: Luis Fernando homenageia servidores antecipando salários.

Luis Fernando: finanças em ordem e homanegem aos servidores pelo 1º de Maio
Luis Fernando: finanças em ordem e homenagem aos servidores pelo 1º de Maio

Numa demonstração de que a Prefeitura de São José de Ribamar está com as finanças ajustadas, o prefeito Luis Fernando Silva (sem partido) resolveu fazer um mimo para o funcionalismo ribamarense: anunciou que o pagamento da folha, que estava agendado para o dia 2 de Maio, será antecipado para o dia 30 de Abril. Antecipação foi a maneira que Luis Fernando Silva  encontrou para homenagear os servidores que comanda por conta do 1º de Maio, data universalmente dedicada ao trabalhador.

A medida até que poderia ser interpretada pelo viés da demagogia, mas no caso, o prefeito Luis Fernando Silva cacife político e ético para justificar que a antecipação dos salários dos servidores em dois dias, dando-lhes a oportunidade de passar o 1º de Maio com folga financeira, Com a medida, bem recebida pelos servidores, Luis Fernando Silva dá uma demonstração de que, mesmo ameaçado pela  crise que atravessa o País, agravadas  pelas bimbas de efeito retardado deixada pela última gestão, que alcançaram  o patamar dos R$ 40 milhões.

– Apesar de todas as dificuldades, desde o ano passado, nunca atrasamos um dia de salário, equilibramos as finanças do município e ainda conseguimos conceder reajuste aos professores no passado –  lembra o prefeito, que tem a seu favor dois argumentos relacionados a pagamento do funcionalismo: implantou um calendário  de pagamento e está entre os  prefeitos que não atrasaram salários nos 16 meses do atual mandato.

São Luís, 28 de Abril de 2018.

Caso da PM: Governo joga duro e impõe derrotas à Oposição na Assembleia Legislativa

 

Rogério Cafeteira, Bira do Pindaré, Eduardo Braide e Max Barros: debate de bom nível sobre a xeretagem na PM
Rogério Cafeteira, Bira do Pindaré, Eduardo Braide e Max Barros: debate de bom nível sobre a xeretagem na PM

A Oposição sofreu ontem duas derrotas fulminantes na Assembleia Legislativa, perdendo quase todo o gás que acumulara com a lambança na Polícia Militar para fustigar o Palácio dos Leões nessa importante etapa da corrida eleitoral. A primeira pancada: a maioria esmagadora dos deputados fulminou o requerimento de autoria do deputado Eduardo Braide (PMN), que propunha a convocação de três oficiais da PM para, em sabatina, informar a origem do memorando com a suposta orientação para que responsáveis por bases da corporação no interior identificassem e monitorasse a movimentação de líderes políticos durante o processo eleitoral. A segunda: não passou de 10 – são necessárias 14 – o número de assinaturas ao requerimento que propõe a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o imbróglio num prazo de 90 dias. E não bastasse isso, as forças oposicionistas podem amargar ainda uma terceira derrota: todos os indícios emitidos até agora sinalizam que o pedido de intervenção no Sistema Estadual de Segurança durante o processo eleitoral, protocolado no Ministério Público Federal, não tem qualquer chance de ser atendido.

Com esses resultados – que estão acontecendo por meio do bom combate político na seara parlamentar – a estratégia oposicionista, concebida para colocar  o governador Flávio Dino (PCdoB) em posição defensiva, foi por água abaixo, numa demonstração de que está preparado para embates dessa natureza. No caso, o Palácio dos Leões, que foi apanhado de surpresa pela divulgação do tal memorando, manteve o equilíbrio e jogou certo em todos os momentos do confronto. Montada na cúpula do Grupo Sarney, com o reforço do ex-deputado Ricardo Murad, candidato a governador pelo PRP, a bomba foi detonada para fazer um estrago grande na credibilidade política do governador Flávio Dino e seu Governo, o que reforçaria o discurso anti-comunista usado pelas vozes sarneysistas da Oposição na guerra pelo voto. Diante da repercussão que a denúncia ganhou pelas ondas da Rede Globo, o governador reagiu com firmeza, acusou o Grupo Sarney de armar contra seu Governo e minou uma estratégia para desfazer a onda: o problema surgiu na Polícia e é a Polícia que tem de investigar e colocar tudo em pratos limpos.

Diante do primeiro cenário desenhado pela movimentação da Oposição, o governador Flávio Dino reuniu seu staf, avaliou a situação e contra-atacou, primeiro colocando o secretário de Segurança, Jefferson Portela, na linha de frente das investigações. Ao mesmo tempo, acionou as vozes do Governo para rebater a pancadaria na Assembleia Legislativa, numa ação coordenada pelo líder governista Rogério Cafeteira (DEM), com o aval discreto do presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB).

Ontem, logo cedo, deputados oposicionistas já admitiam o fracasso da operação para criar e instalar uma CPI destinada a apurar o caso, uma vez que não conseguiriam as 14 assinaturas para levar o requerimento ao plenário. O número de apoiadores do projeto de CPI estacionou no apoio de apenas 10, não havendo como o projeto seguir adiante. Logo a CPI foi descartada, passando as forças da Oposição a se juntar em torno do requerimento do deputado Eduardo Braide, que usou a tribuna várias vezes, recorrendo aos mais diferentes argumentos –  do “risco” à democracia ao “abuso de poder” – para convencer a maioria de que a convocação dos oficiais pela Poder legislativo seria o caminho mais correto para esclarecer tudo. Teve o apoio de discursos bem armados feitos pelo deputado Max Barros (PMB), mas o resultado foi o que já estava desenhado desde o início da sessão: o requerimento do deputado Eduardo Braide propondo a oitiva dos oficiais foi para o arquivo morto  por decisão de uma maioria esmagadora.

O caso da xeretagem mostrou que a Oposição está determinada a jogar pesado para minar a credibilidade do Governo, recorrendo a todos os meios que puder usar para satanizar o governador Flávio Dino e infernizar a sua gestão. E mais, confirmou que o deputado Eduardo Braide, que não aceita ser rotulado como sarneysista, é um adversário que deve ser considerado. Ao mesmo tempo, o governador Flávio Dino deu uma demonstração de que já sabe jogar no tabuleiro grande da política, ganhando a condição de páreo duro para o Grupo Sarney. Provavelmente está ciente de que o caso da suposta xeretagem – que ainda vai render alguma zoada, mas sem nenhum futuro – é apenas o começo de uma jornada que só vai terminar quando as urnas começarem a “cantar” na noite de 2 de Outubro.

Em Tempo: Vale registrar que o grande e saudável debate sobre a lambança na PM foi enriquecido pelas intervenções dos deputados Andrea Murad (PRP), Neto Evangelista (DEM), Edilázio Jr. (PSD), Bira do Pindaré (PSB), Souza Neto (PRP), Rigo Teles (PV), Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB).

 

PONTO & CONTRAPONTO

Othelino Neto conduz sessão com firmeza e se consolida na presidência da AL

Othelino Neto:  condução firme consolida presidência
Othelino Neto: condução firme consolida presidência da Assembleia

O embate de ontem entre Governo e Oposição na Assembleia Legislativa foi marcado pelo desempenho do presidente Othelino Neto (PCdoB). Sereno e firme, o jovem presidente não se deixou impressionar pela movimentação e as pequenas ciladas jogadas por deputados experientes como o oposicionista Max Barros, e hábeis como Eduardo Braide. O presidente manteve a situação sob total controle até mesmo nos momentos de maior tensão, como o da votação do requerimento do parlamentar do PMN, no qual as forças oposicionistas apostaram seu último trunfo. Mediu cada momento e cada situação, procurando a melhor saída para os dois lados. Sem qualquer alteração, afetação ou partidarismo, o presidente garantiu a evolução da sessão assegurando todas as manifestações de governistas e oposicionistas, permitindo que o debate fluísse sem qualquer problema ou limitação. A maneira republicana como o presidente Othelino Neto conduziu a sessão garantiu que o assunto central da pauta fosse discutido à exaustão, não ficando qualquer pendência nesse aspecto. Tanto que em nenhum momento a Oposição reclamou, como costuma fazer, de cerceamento dos seus direitos previstos no Regimento da Casa. Ao contrário disso, todas as vezes que uma voz oposicionista ou governista pleiteou algum direito foi rigorosamente atendida, sempre dentro da regra. Quando algum pleito foi além da norma regimental, o parlamentar que o formulou foi devidamente informado da impossibilidade de ser atendido. Em resumo: o deputado Othelino Neto deu mais uma demonstração de que está firme e consolidado no comando do Palácio Manoel Beckman. Preparado para enfrentar os desafios que estão a caminho e que costumam agitar o parlamento em tempos eleitorais.

 

Se Ciro Nogueira cair mesmo, André Fufuca pode ampliar espaço no PP

André Fufuca pode ampliar espaço no PP com a queda de Ciro Nogueira
André Fufuca pode se firmar no PP com a queda de Ciro Nogueira

O braço regional do PP entrou em clima de alerta vermelho com a situação cada vez mais delicada do presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, representante do vizinho Piauí. Hoje um dos nomes de peso do PP na Câmara Federal, em nome do qual exerce a 1ª vice-presidência da instituição, o deputado federal André Fufuca pode ter de ampliar seu espaço no partido caso Ciro Nogueira deixe a presidência por conta do rolo em que se meteu com o chefe mafioso Joesley Batista, de quem teria recebido uma mala com R$ 500 mil. Quase ninguém mais acredita na sobrevivência política do senador piauiense, e menos ainda na sua permanência na presidência do PP. Não será, portanto, surpresa se o jovem deputado maranhense vier a ter de encarar o desafio de assumir o comando do PP, já que as demais lideranças do partido estão quase todas contaminadas pelo mesmo vírus que poderá mandar Ciro Nogueira para a cadeia.

São Luís, 27 de Abril de 2018.

Como previsto, PSDB e MDB se unem para tentar fragilizar Flávio Dino, que reage chamando o grupo de “máfia”

 

Guerra sucessória: Flávio Dino enfrenta agora a aliança entre Roberto Rocha e Roseana Sarney
Guerra sucessória: Flávio Dino enfrenta agora a aliança entre Roberto Rocha e Roseana Sarney , que devem se unir

Estava escrito nas estrelas que cedo ou tarde o PSDB, liderado pelo senador Roberto Rocha, e o MDB, que representa a linha de frente do Grupo Sarney e do projeto eleitoral da ex-governadora Roseana Sarney, uniriam suas forças contra o governador Flávio Dino (PCdoB). E a brecha que ambos esperavam para estreitar as relações e formar um bloco informal da Oposição apareceu com a lambança engendrada nos escalões intermediários da Polícia Militar, que deu aos chefes oposicionistas a oportunidade que esperavam para sentar à mesma mesa e traçar estratégias para minar o poderoso cacife político do governador Flávio Dino e das forças que lidera. Roseana Sarney, Roberto Rocha e, correndo por fora, Eduardo Braide (PMN), resolveram tirar o máximo de proveito possível dessa situação esdrúxula, tentando colocar sobre Flávio Dino a carapuça de “chefe stalinista”, mesmo sabendo que ela não lhe cabe e que o episódio se esgotará rapidamente e acabará como item secundário a ser mencionado na campanha eleitoral. Fazem, com toda legitimidade, o jogo padrão de quem está por baixo e usa os recursos possíveis, para mudar de posição. O problema, no caso, é que o governador Flávio Dino é um adversário diferenciado, muito preparado e, portanto, duro na queda, nem um pouco parecido, por exemplo, com o ex-governador Jackson Lago (PDT).

O vamos-dar –as-mãos do MDB e do PSDB foi escrito nas estrelas quando o senador Roberto Rocha decidiu deixar o PSB, rompendo com a esquerda, e retornar ao ninho dos tucanos, acomodando-se numa posição de centro-direita, perfeitamente identificada com a do Grupo Sarney. Não o fez como estratégia pessoal, mas por orientação nacional. Primeiro, porque o presidenciável tucano Geraldo Alckmin precisará de um palanque no Maranhão, e depois, porque PSDB e PMDB estão juntos na tormenta do Governo do presidente Michel Temer (MDB). Todas as evidências apontam para uma aliança unindo os dois partidos em algum momento da guerra pelo Palácio do Planalto, e, por via de desdobramento, pelo Palácio dos Leões. Há quem diga que essa união será formada logo agora, com o MDB indicando o vice do tucano Geraldo Alckmin, com Roseana Sarney recebendo um vice tucano. Natural, portanto, que PSDB e MDB se juntem agora na tentativa de frear o embalo do líder comunista rumo à reeleição. O ingresso do ex-governdor e deputado federal José Reinaldo Tavares no PSDB foi a senha mais evidente de que a aliança tucano-emedebista seria apenas uma questão de tempo.

Roberto Rocha e Roseana Sarney enxergaram – ela primeiro, ele em seguida – no suposto esquema de xeretagem a oportunidade para se unirem. Num primeiro momento, a aliança deverá ser informal, com PSDB lançando Roberto Rocha ao Governo do Estado, e o MDB, Roseana Sarney, com o objetivo de dividir a massa eleitoral, torpedear a possibilidade de o governador Flávio Dino de se reeleger no primeiro turno, e levar a eleição para um segundo turno. E nesse caso, o beneficiado terá o apoio do derrotado. Os emedebistas fazem de conta que “isso não existe”, embora os fatos e os movimentos desenhem exatamente esse cenário. Não é sem razão que, recém convertidos ao tucanato, os deputados Graça Paz e Wellington do Curso encontram-se no pelotão de frente do estratagema, assinando os pedidos de Intervenção Federal na área de Segurança Pública do Maranhão e de CPI para investigar o caso, propostos pela Oposição.

Se a Oposição encontrou na lambança da PM uma brecha para atacar e firmar uma aliança ainda informal de MDB e PSDB, O Governo está cuidando de transformar o limão em limonada. E o diferencial desse confronto é exatamente o governador Flávio Dino, cujas credenciais – advogado, ex-juiz federal e deputado federal e titular de um Governo sem mácula – lhe dão substância política, de modo que dificilmente ele escorregará numa casca de banana tão primária, que até aqui só garante aos opositores o direito de fazer grande zoada. Diante dos ataques, feitos por deputados oposicionistas nos mais diversos canais de pressão, o governador tem reagido com palavras duras, classificando de “máfia” os seus adversários, e avisando que não tem medo “desses demônios”. Na Assembleia Legislativa, seus aliados jogam “pesado” contra as ofensiva oposicionistas, tornando o clima animado e, às vezes, tenso, no parlamento estadual.

Os próximos estágios da corrida eleitoral mostrarão se a união MDB-PSDB terá a força que seus chefes estimam e se o governador Flávio Dino continuará explodindo os mísseis adversário em pleno ar, como tem acontecido até aqui.

 

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Braide não assinou pedidos de intervenção nem de CPI; só pediu para ouvir oficiais da PM

Eduardo Braide: só pediu em requerimento para ouvir oficiais da PM
Eduardo Braide: só pediu em requerimento para ouvir oficiais da PM

O deputado Eduardo Braide (PMN) pediu à Coluna um espaço para fazer três esclarecimentos a respeito do seu envolvimento no movimento criado pela Oposição em reação à suspeita de xeretagem política pela Polícia Militar. O primeiro: ao contrário do que foi divulgado, ele não assinou o pedido de intervenção federal na Segurança Pública do Maranhão. O segundo: não apôs sua assinatura no requerimento que propõe a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito. Terceiro: sua única iniciativa nesse caso é o requerimento propondo que oficiais da PM sejam ouvidos pela Assembleia Legislativa. Ele acha que o caso “é muito grave”, mas avalia que antes de qualquer contra o Governo do Estado, “é fundamental ouvir os oficiais, que podem dar todas as explicações sobre o assunto”. O parlamentar deixou no ar dúvidas sobre se apoia ou não os pedidos de intervenção e de instalação de CPI, afirmando que só tomará decisão nesse sentido depois de ouvir oficiais sobre a “ordem de espionagem”. Candidato a candidato ao Governo do Estado, Eduardo Braide deixa no ar a impressão de que está alinhado à Oposição no caso, mas só entrará de cabeça, ou não nesse caso, depois de ouvir o depoimento dos oficiais da PM.

 

Nina Melo propõe mais ações para combater violência contra a Mulher

Nina Melo fala em defesa da Mulher na tribuna da Assembleia Legslativa
Nina Melo fala em defesa da Mulher na tribuna da Assembleia Legislativa

Pouco afeita à tribuna, dedicando o seu mandato a ações políticas nos bastidores, a deputada Nina Melo (MDB) fez ontem um pronunciamento para defender uma política mais ampla e efetiva em defesa da Mulher, manifestando também solidariedade à advogada Ludmila Rosa, violentamente agredida pelo companheiro, que se encontrava no Plenário, acompanhada de advogadas. Segue, na íntegra, o pronunciamento da parlamentar emedebista:

Senhoras Deputadas, e Senhores, Deputados, saúdo, de maneira especial, a Doutora Ludmila Rosa e a Doutora Ananda Farias, presidente da Comissão da OAB, mulher e advogada. Sejam muito bem-vindas à Casa do Povo. Todos os representantes de classes das mulheres do Maranhão. Senhor Presidente, estou aqui hoje para me solidarizar ao caso Ludmila, essa jovem colinense, de 27 anos, que teve a sua vida complicada por um fato que aconteceu e que foi repercutido em rede estadual. Ela está aqui no plenário, caros colegas, representando todas as mulheres maranhenses vítimas de violência doméstica. Eu estou aqui para dedicar a minha voz, como sempre, em defesa das Ludmilas, das Marianas, das Marias e das Joanas, para que se faça justiça. Ludmila, você é um exemplo a ser seguido. Parabéns pela sua coragem em denunciar o seu agressor. Parabéns por buscar os seus direitos e conte conosco sempre. Esta Casa Legislativa, que é a Casa do Povo, está aqui para divulgar ainda mais esse caso. Seu medo, sua dor, sua angústia, sua vergonha dói na nossa carne. Nós que acreditamos na justiça acima de tudo, estamos aqui para lutar por ela. Sabemos que ultimamente muitos casos de violência doméstica vêm sendo repercutidos. Casos de feminicídio, a cada duas horas, no Brasil, uma mulher é morta por feminicídio. Parece que estamos em um campo de extermínio. São um milhão e duzentos casos, novos casos no ano de 2016, casos que estão sendo investigados com relação à violência doméstica. E esses casos nós sabemos, Doutora Ananda, que são muito inferiores ao real, ao número real de mulheres que estão sob risco e estão sendo subjugadas. Então fiz uma moção em defesa do caso Ludmila, que serve de aviso para todos os casos das mulheres maranhenses. E gostaria de contar com os 42 deputados desta Casa, que subscrevessem essa moção reafirmando o nosso compromisso com a mulher maranhense e o nosso compromisso com o cumprimento da Lei Maria da Penha. Esse caso especificamente abre um precedente gigante, porque conversando com a Doutora Ananda e ela me dizia que compromete toda uma rede de confiança de proteção à mulher. Isso é muito sério, porque a mulher que vem andando fazer a denúncia ao seu agressor, que vai a um Fórum, a uma Delegacia ela não vai mais acreditar, já que com a “doutora branca” ela não conseguiu ter os seus direitos adquiridos. Dessa forma reitero a colaboração dos meus colegas deputados para que, juntos, possamos assinar essa moção de apoio e para que se faça justiça mais uma vez no nosso Maranhão. É só isso, senhor Presidente.

São Luís, 26 de Abril de 2018.

Pedido e Intervenção e CPI sobre suposta xeretagem de adversários deixam em segundo plano o grande debate sobre o Maranhão

 

Flávio Dino se defende de ataques, Eduardo Braide toma frente e Roseana Sarney fica preservada
Flávio Dino se defende de ataques,  Eduardo Braide se exõe tomando a frente e Roseana Sarney fica de fora, preservada

 

Os fatos que vêm agitando a cena política maranhense nas últimas duas semanas sugerem que, se mantida essa linha de confronto entre Oposição e Governo, a campanha eleitoral, que já está oficiosamente em curso, no Maranhão corre o risco de se transformar num bate-boca sobre questões inócuas. Isso porque deixará de lado o grande debate sobre a situação social, econômica e cultural do estado, para ser reduzida a questões menores como a que no momento indaga se o Governo do Estado estaria usando a Polícia Militar para espionar adversários políticos. O pedido de intervenção na área de Segurança Pública, feito por deputados oposicionistas, entre eles Eduardo Braide (PMN), potencial candidato a governador, com o aval explícito da cúpula do Grupo Sarney, visa claramente fragilizar o governador Flávio Dino (PCdoB) na seara política – na qual ele pontifica no cenário nacional –, já que está muito difícil encontrar um discurso que desqualifique seus resultados administrativos. Assim, parece mais fácil criar um clima de instabilidade e insegurança a partir de um documento assinado por um oficial mequetrefe da Polícia Militar orientando seus subordinados a xeretar políticos da Oposição nos municípios, do que entrar de fato num debate sobre o essencial: educação, saúde, segurança, economia, etc..

Nesse contexto, no qual o governador Flávio Dino se mantém em guarda permanente e rebate os ataques com um discurso duro e desafiador, chama a atenção o fato de ser o deputado Eduardo Braide o ponta-de-lança das investidas, apoiado discretamente pelo senador Roberto Rocha (PSDB), via deputada Graça Paz (PSDB), enquanto a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) é convenientemente mantida à distância, preservada do confronto direto, que, sabe ela, lhe seria muito desgastante. E não se diga que a ação oposicionista – que é politicamente lícita – seja um mero movimento de deputados preocupados com a integridade dos direitos políticos do cidadão maranhense, em particular daqueles que atuam na contramão do atual Governo. Não é. A exposição da tal portaria, o debate que se seguiu a ela e o inusitado pedido de intervenção na Segurança Pública, seguido agora de um pedido de CPI, na largada do processo eleitoral, obedeceram a uma estratégia cuidadosamente planejada para apanhar o Governo no contrapé e, se possível, levá-lo para as cordas.

A estratégia oposicionista parece equivocada. Primeiro porque escolheu um mote no qual o governador Flávio Dino simplesmente não se enquadra como acusado, o que pode ser constatado a partir de uma observação mais cuidadosa da sua atuação política. O comunismo pregado pelo chefe do Executivo não inclui a tirania stalinista de reprimir e eliminar adversários, como vêm cantando vozes da Oposição. A começar pelo fato de que, mais do que ninguém, e porque foi formado no confronto com a ditadura, o governador tem consciência de que o Brasil é hoje uma sociedade livre, regida pelas regras do estado democrático de direito e onde não cabe esse tipo de ação com o uso criminoso do Estado. Portanto, não faz muito sentido supor que o ex-juiz federal, ex-deputado federal e atual governador Flávio Dino use o aparelho do Estado, principalmente a Polícia Militar, para espionar opositores políticos.

A suspeita de que o Governo espiona a Oposição vem das gestões de Roseana Sarney, quando se começou a ouvir falar em Guardião – um sistema por meio do qual agentes governistas monitorariam adversários gravando suas conversas telefônicas. Mas até hoje seus adversários não trouxeram à tona uma prova concreta de que isso de fato aconteceu. Nesse contexto, por mais que se discorde dos seus métodos, é difícil imaginar que um político da estatura do ex-presidente José Sarney (MDB) use tais recursos para dobrar adversários.

Agora, volta-se ao mote, a partir da tal portaria assinada pelo oficial mequetrefe, dando a impressão de que tudo não passa da inovação sazonal de um fantasma clandestino para a corrida eleitoral. A proposta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar tal suspeita parece uma perda de tempo, uma vez que tudo pode ser esclarecido plena e satisfatoriamente com uma boa e séria investigação policial, com o acompanhamento do Ministério Público. Uma investigação que alcance todos os governos que em algum momento e de alguma maneira tenham sido acusados dessa prática. Toda a verdade viria à tona, sem ingerência nem pressões políticas. Nada além disso.

Os líderes das forças em confronto precisam aceitar o fato de que, em vez de envolver o estado nessa farofa acusatória, o que interessa mesmo nesse momento é avaliar as ações do Governo, as condições reais em que o Maranhão se encontra no plano administrativo e fiscal e se os programas colocados em prática estão produzindo os devidos resultados. E, a partir daí, o grande, necessário e saudável debate seja aberto e francamente travado pelos candidatos a comandar o Maranhão nos próximos tempos.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Se Lula permanecer preso, Fernando Hadade e Ciro Gomes poderão se unir na disputa presidencial

Fernando Hadade podem se unir na corrida presidencial
Fernando Hadade podem se unir na corrida presidencial

A especulação segundo a qual PT e PDT podem juntar as forças numa chapa presidencial formada pelo petista Fernando Hadade, ex-prefeito de São Paulo, e o pedetista Ciro Gomes foi bem acolhida pelo Palácio dos Leões. De acordo com uma fonte com bom trânsito palaciano, o governador Flávio Dino vê a ideia com bons olhos e acredita que ela pode render bons frutos no pleno eleitoral. O deputado federal Weverton Rocha, chefe maior do PDT no Maranhão, também estaria vendo essa aliança com otimismo, defendendo, porém, que Ciro Gomes seja o cabeça da chapa, tendo Fernando Hadade como candidato a vice. O PT, por sua vez, defende exatamente o contrário, reivindicando a cabeça e dando a vice para o PDT. O “núcleo duro” do PT, porém, trata a questão como “Plano B”, apostando todas as suas fichas numa reviravolta da situação do ex-presidente Lula da Silva, para que ele seja o candidato do partido. Essa expectativa foi reforçada depois que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, avaliou que a pena imposta a Lula da Silva poderá ser reduzida e que o líder petistas poderá sair da cadeia em pouco tempo. Mas, enquanto Lula da Silva permanecer preso, a possibilidade da aliança PT/PDT permanece de pé, com Ciro Gome já escalado para ser o vice do ex-presidente.

 

Roberto Costa reforça sua ação política atuando em três frentes

Roberto Costa: corrida pela reeleição sem abandonar a luta por Bacabal
Roberto Costa: corrida pela reeleição sem abandonar a luta por Bacabal nem as ações de articulação na AL

O deputado Roberto Costa (MDB) decidiu focar sua ação política em três pontos: a guerra judicial pela Prefeitura de Bacabal e a sua reeleição para a Assembleia Legislativa. Jovem e começando a experimentar o que os craques do ramo chamam de “maturidade política”, o parlamentar emedebista usa sua disposição para acompanhar todos os passos da guerra judicial por meio da qual pretende mudar o curso político em Bacabal, tirando do poder o prefeito José Vieira (PR), que, como está provado, não poderia ter sido candidato por integrar o time dos fichas  sujas. Ao mesmo tempo, inicia uma intensa movimentação nas suas bases eleitorais, mantendo o incentivo político às lideranças que lhe dão apoio, como São Luís e Bacabal, onde conta com expressivas votações. Isso sem descuidar das tarefas na Assembleia Legislativa, onde preside a importante Comissão de Esportes, integra outras comissões e atua intensamente como articulador, costurando fissura em torno de decisões difíceis a serem tomadas pelo presidente Othelino Neto (PCdoB).

 

São Luís, 25 de Abril de 2018.

 

 

Evento, factóide e desafio dão a medida exata de como será a campanha eleitoral deste ano no Maranhão

 

Flávio Dino é o centro das preocupações dos pensadores e estrategistas do Grupo Sarney
Flávio Dino é o centro das preocupações dos estrategistas do Grupo Sarney

A cena política do Maranhão foi marcada na última semana por três fatos que sugerem claramente como deverão ser os movimentos da corrida eleitoral de agora por diante. O primeiro foi um factóide primário e grosseiro gerado nas entranhas da Polícia Militar por meio do qual a Oposição acusou o governador Flávio Dino (PCdoB) de tentar controlar adversários por meio do “fichamento” de líderes no interior. O segundo foi a viagem do presidente da Câmara Federal e presidenciável Rodrigo Maia, ao Maranhão, durante a qual ele ratificou a participação do DEM na aliança liderada pelo governador, independente de qual venha a ser a posição do partido no plano nacional. E o terceiro foi o desafio feito pelo governador Flávio Dino à ex-governadora e virtual candidata do Grupo ao Governo, Roseana Sarney (MDB) para um debate franco e ao vivo na TV Mirante. Parecem situações distintas, mas, ao contrário do que indica a primeira vista, estão fortemente ligadas dentro de um contexto maior, que é a corrida ao Palácio dos Leões.

Provavelmente imaginado e concebido para ser uma bomba capaz de destruir parte expressiva de imagem correção administrativa e política do Governo e denunciá-lo como um ato da “tirania comunista” do PCdoB, o factóide que ganhou vida dentro da PM não resistiu 48 horas, e quando chegou ao “Fantástico”, da Rede Globo, foi mostrado como uma “coisa”, sem paternidade definida. O resultado prático da trama nada inteligente, além de um zumzum de difícil interpretação, foi que o oficial responsável pela sua elaboração e transmissão aos seus colegas do interior, foi afastado do cargo que ocupava e vai responder a inquérito administrativo cujo desfecho poderá ser a perda da patente, da farda e da aposentadoria. A lógica sugere que, tivesse sido fruto de uma ordem palaciana, o tenente-coronel Antonio Markus da Silva Lima, que o gverndor Flávio Dini diz não cinhecer, certamente não estaria agora caminhando para o banco dos réus. O fato é que, diante do bombardeio, o Governo reagiu rapidamente, denunciou a trama, de modo que a semana começou com o factóide morto e sepultado e um oficial da PM – e seus cúmplices, se houver algum – em apuros.

No campo político partidário, o grande fato da semana foi o desembarque do presidente da Câmara Federal e presidenciável Rodrigo Maia no Maranhão, para cumprir agenda em Santa Inês e em São Luís. Em Santa Inês, ele consolidou o novo comando do DEM no Maranhão, dando carta branca do presidente regional do partido, deputado federal Juscelino Filho, a quem deu carta branca para manter a agremiação na aliança que dá sustentação partidária à candidatura do governador Flávio Dino à reeleição. Em São Luís, Rodrigo Maia foi ao Palácio dos Leões, reuniu-se com o governador, a quem elogiou como líder político e como chefe de um Governo apontado como uma ilha de excelência em meio a um cenário de crise nacional. “Numa crise econômica que o Brasil vem vivendo desde 2015, ter um Estado com suas contas equilibradas, pagando seus servidores e continuando investindo é uma demonstração de muita competência. Isso é uma grande demonstração de competência e de capacidade administrativa do governador Flávio Dino”, declarou Rodrigo Maia.

Finalmente, o momento político mais simbólico ocorrido em meio a tiroteios verbais causados pela tal circular da PM e gestos de grandeza como o do presidente Rodrigo Maia: o desafio feito pelo governador Flávio Dino à ex-governadora Roseana Sarney para um debate direto e franco, ao vivo, transmitido pela TV Mirante. Um evento dessa natureza seria de extrema importância para uma se ter a real dimensão da corrida sucessória em curso no Maranhão. Flávio Dino teria a oportunidade de mostrar o real alcance da sua visão como político e gestor, enquanto Roseana Sarney teria a chance de mostrar o seu tamanho político e a verdadeira estatura da gestora que administrou o Maranhão por quase 14 anos. Seria uma espécie de tira-teima definitivo.

Os três eventos ilustram bem a realidade política do Maranhão neste momento e sinalizam com alguma clareza o que vem por aí.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Lobão reafirma candidatura à reeleição e garante que Roseana será candidata ao Governo

Edison Lobão confirma candidatura e garante que Roseana Sarney disputará o Governo avisa que seu grupo está vindo para vencer as eleiççoes
Edison Lobão confirma candidatura e garante que Roseana Sarney disputará o Governo 

 

Em Brasília, de onde acompanha todos os movimentos do cenário político do Maranhão, o senador Edison Lobão elimina todas as dúvidas em relação à sua candidatura. A saúde, segundo afirma, “esta em dia”, e “ficará cem por cento quando resolver esse problema no fêmur, que já está quase resolvido”. Ainda se movimentando sobre uma cadeira de roídas – “Mais por precaução”, diz – senador reafirma com todas as letras: “Sou candidato à reeleição”. E justifica a declaração enfática dizendo ter informações segundo as quais sua posição nas pesquisas feitas para medir as preferências do eleitorado “é a melhor possível”, confirmando que terá o atual suplente Lobão Filho (MDB) como candidato à reeleição. O senador Edison Lobão também não tem qualquer dúvida quanto à candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ao Palácio dos Leões: “Roseana é candidata e está muito bem”.

 

Pedido de intervenção: uma artimanha que gera notícia, mas sem qualquer futuro

Os deputados Eduardo Braide, Max Barros, Alexandre Almeida, Graça Paz e Wellington do Curso protocolam pedido de intervenção
Os deputados Eduardo Braide, Max Barros, Alexandre Almeida, Graça Paz e Wellington do Curso protocolam pedido de intervenção no estado durante eleções

A guerra política costuma gerar algumas posições distorcidas. No caso do confronto aberto em curso no Maranhão, travado entre o governador Flávio Dino e a cúpula do Grupo Sarney, a iniciativa mais curiosa é pedido de intervenção federal no Maranhão durante o processo eleitoral, formalizado por um grupo de deputados tendo à frente o deputado Eduardo Braide (PMN) – que estuda a conveniência política de ser candidato a governador. Não se discute que o Grupo Sarney tem o direito de imaginar uma bucha dessa natureza e dispará-la para ver se cola. Não deveria fazê-lo, mas faz parte do jogo, que comporta estratégias, estratagemas e até artimanhas. O pedido de intervenção tem todas as características de uma artimanha, daquelas bem urdidas, para criar um clima de instabilidade e insegurança políticas que simplesmente não existe no Maranhão há muito tempo. É de direito formular o pedido, anuncia-lo como uma bomba e ser fotografado no guichê da Justiça Eleitoral protocolando o documento. E o seu desfecho é tão previsível, que na próxima semana ninguém tocará mais no assunto. Se acontecer diferente, o Maranhão estará no centro de uma polêmica nacional.

Brasília, 24 de Abril de 2018.

 

Flávio Dino reage a ataques, desmonta acusações e se mantém na liderança da corrida ao Palácio dos Leões

 

Flávio Dino reage ao intenso bombardeio de aliados de Roseana Sarnery e José Sarney
Flávio Dino reage ao intenso bombardeio de aliados de Roseana Sarney e José Sarney no duro jogo pelo poder no Maranhão

A guerra pelo poder no Maranhão, que terá seu ponto culminante durante a campanha eleitoral agendada para os meses de agosto e setembro, começa a acontecer de fato nos subterrâneos do mundo político. Nesse terreno movediço, coberto por sombras, os atores que não mostram a cara nem nomes e atuam para destruir a reputação dos seus adversários de maneira impiedosa, e assim fragilizá-los.  Mas, ainda que usem todos os recursos para limpar o terreno sem deixar digitais, essas acabam vindo à tona, indicando claramente quem está por trás dessa ou daquela ação destrutiva. No momento, os alvos dessas ações são o governador Flávio Dino (PCdoB) e membros do seu Governo, bombardeados implacavelmente por canhões do Grupo Sarney com denúncias por meio das quais estão sendo montadas ousadas e surpreendentes armadilhas, todas com o objetivo de imprimir na gestão atual a marca da corrupção.

Tentaram, por exemplo, jogar no colo do governador e do secretário de Saúde, Carlos Lula, o cadáver de um suicida que estava em prisão  domiciliar por suspeita de corrupção. A operação agitou o meio político e as redes sociais, mas não funcionou, pois a equação não fazia qualquer sentido. Na semana que passou, acusaram o chefe do Poder Executivo de haver ordenado que um oficial da Polícia Militar usasse a estrutura policial para identificar e fichar adversários políticos do Governo nas mais diversas regiões do Maranhão, algo também sem pé nem cabeça, a julgar pela pelo perfil do governador Flávio Dino. Os dois casos, que estão sendo resolvidos como deve ser na esfera policial, como deve ser em qualquer lugar do mundo, vêm ganhando versões as mais diversas, e claramente distorcidas, em controvertidos canais de informação, com vazamentos e interpretações que surpreendem até mesmo os investigadores policiais.

Como têm sido feitas com munição aparentemente destruidora, mas que têm se revelado inconsistente, as investidas para carimbar o governador Flávio Dino e seu Governo com marcas nada republicanas foram até aqui devidamente rechaçadas, desmontadas item por item em duras e esclarecedoras reações escritas pelo próprio governador e por secretários atingidos. E às vezes com acréscimos que fazem tremer as fileiras adversárias, como a exumação do Caso Reis Pacheco, por exemplo, um caso típico de fake news que assombrou o Maranhão e mudou o rumo da disputa pelo Governo do Estado, entre o ex-governador Epitácio Cafeteira (PTB) e Roseana Sarney (PMDB) em 1994. Outros contra-ataques têm atingido fortemente os redutos dos atacantes, causando por isso surpresa com a sua capacidade de produzir munição consistente, daquelas que causam duros estragos na imagem dos alcançados.

Um dado vem chamando a atenção nessa guerra: os ataques do Grupo Sarney ao governador Flávio Dino e sua equipe não têm produzido resultados favoráveis ao projeto de candidatura da ex-governadora Roseana Sarney. Primeiro porque sequer abalou a imagem do governador Flávio Dino, que se mantém líder, enquanto sua principal adversária continua estacionada, segundo todas as pesquisas feitas até agora para medir a posição dos candidatos na disputa pelo Palácio dos Leões. Tanto que o governador já montou sua chapa majoritária – com Carlos Brandão como vice e os deputados federais Weverton Rocha (DT) e Eliziane Gama (PPS) para o Senado – e continua ocupando espaço cada vez mais amplo como um dos principais líderes da esquerda no País.

Na semana que passou, ao reagir a um ataque a ele destinado pelo Grupo Sarney, o governador escreveu na sua conta no twitter: “Por que tantos ataques desvairados ao nosso governo? 1) Sarney desesperado para voltar ao poder; 2) alguns tentando me intimidar pelas minhas críticas sobre a prisão ilegal do presidente Lula. Vamos vencer nas urnas e continuarei a criticar o que acho errado”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Justiça atropela Astro de Ogum e manda Câmara realizar eleição da Mesa nesta segunda-feira.

Astro de Ogum: Justiça manda realizar eleição da Mesa nesta segunda
Astro de Ogum: Justiça manda realizar eleição da Mesa nesta segunda

A Câmara Municipal de São Luís terá de realizar, nesta segunda-feira (23), a eleição da Mesa Diretora que a comandará de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2022. Cumprirá, assim, decisão judicial contra a determinação do atual presidente, vereador Astro de Ogum (PMN), no sentido de realizar o pleito somente em Agosto, quando poderia, pela regra em vigor, pleitear a reeleição. A última decisão judicial, esta tomada pelo juiz Marcelo Matos e Oka, depois de Astro de Ogum ter tentado atropelar decisão do desembargador Jamil Gedeon, que bateu martelo determinando que o pleito tem de ser realizado neste mês de Abril, em data a ser determinada pela Câmara Municipal, e sem ter o atual presidente direito à reeleição. Dessa maneira, o presidente Astro de Ogum será triplamente derrotado. Primeiro por estar sendo obrigado pela Justiça a realizar agora uma eleição que ele pretendia realizar somente daqui a alguns meses: e segundo, por que, ao contrário do que projetou, não poderá ser candidato à reeleição, o que manda para o espaço um projeto de poder bem mais longevo; e finalmente, seu sucessor deverá ser o vereador Osmar Filho (PDT), atual 1º vice-presidente e exatamente quem ele não queria ver no comando do Palácio Pedro Neiva de Santana, por ser o maior dos entraves ao seu projeto de poder.

 

Encontro em Santa Inês mostra que o DEM ganhou força sob o comando de Juscelino Filho

Ao lado de Eliziane Gama, Juscelino recebe o apoio de Rodrigo maia para continuar no comando do DEM
Ao lado de Eliziane Gama, Juscelino recebe o apoio de Rodrigo maia para continuar no comando do DEM

Quem duvidava do potencial político do deputado federal Juscelino Filho (DEM) errou feio na avaliação. O Grande Encontro Estadual Democrata, realizado neste sábado em Santa Inês, jogou por terra todas as dúvidas e restrições que ainda pairavam sobre eficiência política do parlamentar. Para começar, o evento levou a Santa Inês ninguém menos que o governador Flávio Dino (PCdoB) e o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, pré-candidato do DEM à presidência da República e grande responsável pela oxigenação do partido. Se tivesse sido reduzido a elas, as duas participações já seriam suficientes para dar ao Encontro do DEM em Santa Inês uma dimensão diferenciada. A festa partidária de Santa Inês é o desfecho de uma das operações político-partidárias mais arrojadas e mais bem sucedidas ocorridas no Maranhão nos últimos tempos. Eleito deputado federal pelo PRP, Juscelino Filho não ficou à vontade no partido e decidiu buscar um novo caminho, dentro da janela partidária. Mirou o DEM, que até meados do ano passado encontrava-se mofando numa gaveta, como uma espécie de “reserva” do suplente de senador Clóvis Fecury. Certo de que encontrara seu “ovo de colombo”, bateu às portas do comando nacional do partido e pediu o seu controle no Maranhão. Carente de deputados federais, a cúpula partidária enxergou no deputado um bom caminho para a agremiação e entregou-lhe o poder sem reservas. Resultado: o novo chefe do DEM no estado atraiu deputados estaduais, prefeitos, vereadores e levou o partido para a aliança liderada pelo governador Flávio Dino, isso sem perder um naco de poder perante a direção nacional. A presença do presidente Rodrigo Maia – um dos avalistas da operação – no Encontro de Santa Inês é o atestado definitivo de que o deputado federal Juscelino Filho acertou na mosca quando decidiu colocar em marcha o ousado projeto de resgatar o DEM. Até aqui acertou todas as decisões que tomou.

Brasília, 22 de Abril de 2018.

Flávio Dino larga na frente ao apresentar chapa majoritária com Carlos Brandão, Weverton Rocha e Eliziane Gama

 

Flávio Dino entre Carlos Brandão, Weverton Rocha e Eliziane Gama no ato de apresentação dos nomes da sua chapa
Flávio Dino entre Carlos Brandão, Weverton Rocha e Eliziane Gama no ato de apresentação dos nomes da sua chapa majoritária para as eleições de outubro

O governador Flávio Dino (PCdoB) buscará a reeleição liderando chapa que tem o vice-governador Carlos Brandão (PRB) também buscando a renovação do mandato, e os deputados federais Eliziane Gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT) como candidatos às duas cadeiras no Senado. A composição da chapa majoritária foi apresentada a presidentes de 14 dos 15 partidos que formam a aliança governista – PCdoB, PT, PPS, PRB, PTB, PTC, SD, PEN, PSB, PP, DEM, PR – na noite de quinta-feira, no Palácio dos Leões. Com a definição, o governador Flávio Dino larga na frente na corrida pelo voto, demonstrando que soube construir a base de sustentação do seu projeto de poder, aliando eficiência administrativa com inteligência política. Os seus companheiros de chapa estão inteiramente alinhados ao horizonte político alcançado pelo governador, estando também cientes de que enfrentarão adversários tarimbados e duros, e dispostos a usar todos os seus recursos e trunfos na disputa, uns para voltar ao poder, como a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), e outros para chegar lá pela primeira vez, como é o caso do senador Roberto Rocha (PSDB).

Ao fazer a proposta de chapa majoritária aos partidos, o governador Flávio Dino foi enfático ao afirmar que não se trata de uma imposição. Ele deixou os partidos à vontade para respaldar ou não os nomes, esperando que os indicados já tenham feito o seu dever de casa buscando o aval das agremiações aliancistas. A definição também foi feita com base na avaliação de pesquisas recentes, que apontam, primeiro, sua liderança folgada nas intenções de voto até aqui, para governador, e que indicam que os candidatos ao Senado têm suporte político e viabilidade eleitoral para conseguir bom desempenho nas urnas.

O governador e sua aliança partidária caminharão agora para as urnas cientes dos imensos desafios que têm pela frente. Primeiro, e de convencer o eleitorado de que está realizando um bom Governo e que precisa de mais um mandato para consolidá-lo. E o segundo é o de que, se eleitos senadores, Weverton Rocha e Eliziane Gama fortalecerão um eventual segundo Governo com no Congresso Nacional, revertendo a situação atual, na qual a bancada do Maranhão no Senado é  inteiramente hostil ao seu Governo. Se for reeleito levando junto os dois novos senadores, o governador Flávio Dino sairá das urnas de outubro com a sua liderança consolidada e permitindo-lhe intensificar sua cainhada política para um desfecho absolutamente imprevisível em 2022.

Os deputados federais Eliziane Gama e Weverton Rocha têm noção clara e ampliada do cenário em que estão se movimentando. Sabem que se forem eleitos, passarão a ser nomes considerados cacifados de maneira diferenciada. Ela entrou nessa seara embalada pelas pesquisas de opinião que a apontam como um dos nomes  ais fortes da disputa, e mais do que isso, que precisa convencer o eleitorado de que seu projeto senatorial consistente, como vem sendo o seu elogiado desempenho na Câmara Federal, reconhecido até mesmo por adversários. O mesmo cenário se descortina para Weverton Rocha, que, se eleito for, sairá das urnas como nome forte para o Governo do Estado em 2022.

A definição da chapa majoritária liderada pelo governador Flávio Dino certamente abre caminho para que seus adversários também definam as suas. Roseana Sarney já tem o senador e ex-ministro Edison Lobão como candidatos ao Senado, faltando-lhe bater martelo apenas na escolha ha do vice, que ainda não está devidamente encaminhada, mas é possível que ela recaia sobre o senador João Alberto (MDB), que decidiu não correr por um novo mandato na Câmara Alta. Roberto Rocha, por sua vez, já tem chapa encaminhada com o ex-governador José Reinaldo Tavares e o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) para o Senado, dependendo ainda de um nome para ser seu vice. O cenário da corrida pelo Palácio dos Leões e para as duas cadeiras no Senado está, como se vê, praticamente definido. E nesse contexto a única incógnita continua sendo o deputado estadual  Eduardo Braide, que poderá ou não ser candidato a governador.

Em Tempo: o presidente do PROS, ex-ministro Gastão Vieira, não compareceu ao ato de apresentação da chapa porque está em viagem ao exterior.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Edivaldo Jr. articula apoio para Weverton e Eliziane mirando a sucessão de Flávio Dino em 2022

Edivaldo Jr.: articulaççao para fortalecer Weverton Rocha e Eliziane Gama visando 2022
Edivaldo Jr.:  fortalecendo Weverton Rocha e Eliziane Gama visando 2022

Apoiador primeiro da candidatura do deputado federal Weverton Rocha para o Senado, o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) também vai respaldar politica e partidariamente o pleito da deputada federal Eliziane Gama de chegar à Câmara Alta. O faz por dois motivos básicos, mas plenamente justificados. O primeiro: espera que um dos dois se candidate à sua sucessão em 2020 – Eliziane Gama não esconde que continua acalentando o seu projeto de ser prefeita de São Luís. O segundo: tudo indica que o prefeito de São Luís entrará na lista de aspirantes a sucessor do governador Flávio Dino. Edivaldo Jr. vem intensificando obras do seu programa de Governo, dando a entender que quer ir muito além do Palácio de La Ravardière. Dentro do grupo liderado pelo governador Flávio Dino, Edivaldo Jr. é visto como o parceiro político do governador mais credenciado para encarar as urnas de 2022 como candidato e residir por quatro anos no Palácio dos Leões.

 

Sem poder concorrer, Astro de Ogum marca eleição da Mesa para Agosto e tensiona a Câmara

Astro de Ogum desobedece Justiça e marca eleição da Mesa da Câmara
Astro de Ogum desobedece Justiça e marca eleição da Mesa da Câmara

Já consciente de que está fora do páreo para a presidência da Câmara Municipal de São Luís, o vereador-presidente Astro de Ogum atura. (PRB) decidiu passa por cima da liminar concedida pelo desembargador Jamil Gedeon proibindo sua reeleição e determinando que a eleição da nova Mesa seja realizada no máximo até o final deste mês, marcou o pleito para o dia 5 de. Agosto. Com a decisão, mais do que uma solução para harmonizar a Casa, o presidente da Câmara joga lenha na fogueira, elevando muito a temperatura nos bastidores da Casa. Com a decisão, Astro de Ogum ganha tempo para procurar uma saída jurídica que possa garantir a sua participação no pleno. O presidente da Câmara ficou visivelmente fragilizado diante da decisão judicial de confirmar a regra segundo a qual o presidente da Câmara não pode concorrer ao mesmo cargo na mesma legislatura. Os aliados do vereador Osmar Filho (PDT), que reagiram imediatamente contra a decisão do presidente. O PTB entrou com mandado de segurança para reverter a decisão. Vale aguardar os próximos movimentos dessa chicana.

São Luís, 20 de Abril de 2018.