Pesquisa do Escutec mostra que Imperatriz caminha para uma eleição de resultado imprevisível

 

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Ildon Marques, Rosângela Curado e Assis Ramos: empatados tecnicamente na disputa em Imperatriz

A pesquisa Escutec sobre a corrida para a Prefeitura de Imperatriz deve ter funcionado como combustível para o senador Roberto Rocha, e como um forte e preocupante sinal de alerta para o comandante do PDT, deputado federal Weverton Rocha, e para o governador Flávio Dino e líder do PCdoB, Márcio Jerry Palácio dos Leões, devendo também ter feito o senador João Alberto, comandante em chefe do PMDB, a soltar rojões de satisfação. De acordo com os números, o ex-prefeito e suplente de deputado federal no exercício do mandato Ildon Marques (PSB) lidera a corrida com 27,7%, seguido da enfermeira e suplente de deputado federal Rosângela Curado com 25,4% e do delegado Assis Ramos (PMDB) com 22,6%, tendo ainda na sequência o ex-vice-governador Pastor Porto (PSDB) e o empresário apoiado Ribinha Cunha (???), apoiado pelo prefeito Sebastião Madeira, com 1,6%. E como a margem de erro é de qua pontos percentuais para mais e para menos, o cenário ali é de empate técnico entre os três candidatos da frente.

A realidade revelada pela investigação do Escutec em Imperatriz certamente foi festejada pelo senador Roberto Rocha, que num lance que causou impacto na base governista, tirou o PSB da seara da aliança articulada pelo PDT e pelo PCdoB e transformou o empresário Ildon Marques em socialista, injetando-lhe assim ânimo para entrar na corrida à Prefeitura, apesar das sombras judiciais que cobrem o projeto. A pesquisa reafirma a liderança de Marques no tabuleiro político de Imperatriz, e sugere, com boa margem de segurança, que se ele conseguir superar os óbices judiciais, será o candidato a ser batido no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão. Interventor e prefeito duas vezes, com passagem pelo Senado e pela Câmara federal, além de ser um dos maiores empresários da região, Ildon Marques parece disposto e encarar as urnas.

A pesquisa causou um leve mal-estar no Palácio dos Leões, cuja candidata, Rosângela Curado, aparece em segundo, depois de uma forte expectativa no sentido de que ela seria apontada como líder nessa pesquisa. O desempenho da candidata do PDT coloca no banco das preocupações o líder pedetista Weverton Rocha, o presidente do PCdoB e braço político do Governo, Márcio Jerry, e dispara uma ducha no projeto do governador Flávio Dino. Imperatriz inteira sabe que a pedetista não era o candidato da preferência do Palácio dos Leões, que tinha como opção o deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), que é hoje muito bem avaliado no município. Mas o PDT fechou questão em torno de Rosângela Curado, decidido a até sair para um embate contra o candidato do PCdoB, portanto, do governador. Mesmo não simpatizando com Rosângela Curado – que há alguns meses foi demitida de um cargo regional da Secretaria de Estado de Saúde, por suspeita de malfeitos, o Palácio dos Leões cedeu e, mesmo com alguns narizes torcidos, resolveu apoiá-la. A perda da liderança é má notícia e pode comprometer o ânimo que hoje movimenta a candidatura.

A terceira colocação no bolo do empate técnico confirmou a tendência de crescimento do pemedebista Assis Ramos, dando ao comando estadual do PMDB uma poderosa injeção de ânimo numa disputa em que o desempenho do partido parecia algo improvável. Uma fonte tocantina avaliou que, dos três candidatos do pelotão de frente em Imperatriz, Assis Ramos seria o único com potencial de crescimento, argumentando que Ildon Marques e Rosângela Curado teriam chegado ao teto, podendo agora entrar em curva decrescente. Não há elementos numéricos ou políticos que confirmem tal avaliação, mas é fato incontestável que Assis Ramos entrou como uma espécie de “azarão”, mas ganhou a condição de candidato que pode contrariar a lógica e virar o jogo. E para isso contará com o poder de fogo do PMDB.

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Porto sem chance; Ribinha é a incógnita

Os 7,1% dados ao tucano Pastor Porto estarias na medida do seu potencial, que não teria muito espaço para crescimento, já que ele é um político muito conhecido no município, sem, no entanto, ser visto como uma liderança capaz de mobilizar grande contingente eleitoral numa disputa majoritária.

A grande incógnita da pesquisa Escutec e do cenário da disputa em Imperatriz é o candidato Ribinha Cunha, ungido com o aval e o apoio político do prefeito Sebastião Madeira, e que aparece exatamente na lanterna com 1,6% das intenções de voto. Com a sua força política e a sua vasta experiência em disputas na cidade que comanda, Madeira dificilmente entraria nessa disputa como avalista de uma candidatura fadada ao fracasso absoluto. Não será surpresa, portanto, se o prefeito estiver trabalhando com uma carta na manga, pois afinal, ele próprio precisará de suporte político e eleitoral para dar seus próximos passos.

A entrada de Sebastião Madeira como suporte poderá mudar radicalmente a briga na Princesa do Tocantins.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Waldir diz que será julgado e absolvido pela História
Plenário - Pequeno Expediente
Waldir Maranhão espera que a História o julgue e absolva

Na histórica sessão por ele presidida e que o plenário elegeria o deputado Rodrigo maia (DEM-RJ) o novo presidente da Câmara Federal, o então ainda presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP), que comandou o processo, usou sua condição presidencial para fazer o que chamou de “uma breve comunicação” à Casa. Na sua fala, Waldir Maranhão tentou dar o máximo possível de dignidade à sua conturbada gestão de algumas semanas, marcada por decisões polêmicas, entre elas a que anulou a sessão que autorizou o Senado a instaurar processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Waldir Maranhão garante que todos os seus atos foram praticados com base na Constituição e no Regimento da Casa, afirmando que o fez com “dignidade” e “honradez”, e afirmando que a História o julgará no momento adequado, prevendo – recorrendo à célebre previsão de Fidel Castro “A História me absolverá” – que sairá absolvido desse julgamento. Segue, na íntegra, o comunicado de Waldir Maranhão:

Gostaria de fazer uma breve comunicação antes do início desta sessão.

Cheguei à Presidência desta Casa há cerca de dois meses de forma inesperada e não desejada. Estávamos vivendo um momento difícil para o Brasil. A minha postura desde o início foi exercer a interinidade com honestidade e honradez. Procurei em todos os atos que pratiquei seguir estritamente o regimento da Casa – mesmo aquele que se refere ao processo de cassação de mandato parlamentar. Minha motivação como Presidente interino, independentemente das minhas convicções pessoais, foi permitir o amplo direito de defesa, para garantir o processo legal. Fiz cumprir mais uma vez o regimento interno.

Sou um homem de origem simples e humilde. Sou o filho mais velho de uma família de oito irmãos e pais semianalfabetos. Mesmo assim, a custo de muita luta e suor, consegui me formar em medicina veterinária e fazer um mestrado na prestigiosa UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais. De volta à minha querida terra, o Maranhão, me tornei professor e depois coordenador do curso de medicina veterinária. Tive o meu trabalho reconhecido, o que me levou a ser Reitor.

No entanto, pronto para o combate, esqueci algumas coisas que não eram permitidas esquecer: eu sou e venho do Maranhão. Venho de um Estado que pesa pouco na balança da política nacional. Todos sabem o quanto custou a um maranhense ser Presidente do Brasil.

Nestes poucos meses, aprendi anos. Acertei e errei como qualquer um, mas não vou aqui ficar lamentando o passado. Tenho certeza que algumas decisões vão mudar o nosso país para melhor. O resto é página virada. A História não trás respostas prontas e imediatas a questões do momento. A História não se faz de momentos e agora, mas de documentos e memória. Saberei esperar o julgamento frio dos dias que virão.

Desde o início tive a consciência de que o importante é o Brasil sair desta crise, em que há milhões de desempregados e um futuro incerto. Nós podemos e temos a obrigação de ajudar a mudar esta realidade.

Quero desejar ao próximo Presidente sucesso e votos para que possa exercer a função na sua plenitude e com olhar voltado para o futuro.

Deixo esta Presidência sem mágoas e rancores e com a consciência limpa e tranquila. Continuarei no exercício da Vice-Presidência prestando lealdade ao meu estado e ao nosso país. O Maranhão, assim como o Brasil, está destinado ao sucesso. O Brasil é maior do que todos nós, e o seu destino será glorioso se cada um fizer a sua parte.

Obrigado.

Assembleia mostra o que fez no primeiro semestre
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Plenário da Assembleia Legislativa funcionou a contento durante o semestre

Engana-se quem avalia aleatoriamente que a Assembleia Legislativa do Maranhão viveu um semestre improdutivo do ponto de vistas essencialmente legislativo. Na sexta-feira (15), último dia de atividades antes de iniciar o recesso branco de julho, a Diretoria Geral da Mesa Diretora da Casa divulgou, como de praxe, relatório quantitativo e situacional de proposições legislativas produzidas no período de 2 de fevereiro a 14 de julho, bem como balanço numérico das sessões realizadas.

Ao longo dos cinco meses do período legislativo foram realizadas 84 sessões ordinárias (apenas duas não aconteceram), 14 sessões solenes, uma sessão especial e uma sessão extraordinária. Os deputados emplacaram 466 Indicações – todas deferidas -, 12 moções e uma Proposta de Emenda Constitucional.  Nada menos que 121 projetos de lei  foram propostos, sendo 42 aprovados, 24 rejeitados, dois foram vetados e 48 permanecem pendentes. E nove  projetos de decreto legislativo, sendo sete aprovados e dois continuam pendentes.

Os deputados estaduais propuseram ainda 23 projetos de resolução, dos quais 11 foram aprovados e 10 ainda tramitam, um foi prejudicado e um retirado de pauta. Quanto aos requerimentos, o total apresentado foi de 377, sendo 193 aprovados, 179 deferidos, um indeferido, dois rejeitados, um retirado de pauta e um permanece aguardando pendente decisão do plenário.

Executivo e Judiciário

De iniciativa do Poder Executivo foram apresentados 29 projetos de lei ordinária, sendo foram 25 aprovados, dois estão pendentes, um foi devolvido e um retirado da Ordem do Dia. Houve quatro vetos parciais e oito totais. Foram apresentadas 11 medidas provisórias, sendo que nove aprovadas e duas continuam pendentes. Apenas um projeto de lei complementar foi apresentado e aprovado. O Poder Judiciário propôs apenas um projeto de lei complementar, que foi aprovado.

São Luís, 18 de Julho de 2016.

 

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