“Precisamos produzir melhor e alcançar nossos objetivos com mais eficiência. Para atingir as metas e prestarmos um bom serviço, precisamos ser eficientes, para fazer com que a sociedade reconheça que está bem representada pelo Poder Legislativo”. Com essas palavras, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB) abriu a primeira reunião de um grupo de trabalho ao qual entregou uma tarefa desafiadora: elaborar um Plano de Planejamento Estratégico para melhorar e turbinar a máquina administrativa da Assembleia Legislativa em todos os seus aspectos e funções. Para tanto, criou a Assessoria de Planejamento e Assuntos Estratégicos na estrutura operacional do Poder Legislativo, entregou a desafiadora tarefa de comandá-la à gestora Rafaela Lago, e convidou para ministrar uma espécie de “aula inaugural” sobre o assunto um craque na área: o professor Anderson Myranda, professor da UFMA. O ato inaugural do novo setor, realizado na terça-feira (18), reuniu diretores e coordenadores da máquina administrativa do Poder Legislativo.
Encarnando integralmente o espírito ativo da nova geração que assumiu recentemente o comando do Estado e com experiência de quem já foi secretário de Estado, o presidente Othelino Neto tem dado seguidas demonstrações de que não pretende ser apenas o presidente de um Poder que legisla e faz política. Suas orientações e atitudes demonstram que ele está determinado a transformar a Assembleia Legislativa numa instituição moderna, dinâmica, com funcionamento adequado aos tempos atuais. Isso vale para a dinâmica das sessões, dos processos e procedimentos que dão sentido e repercussão às iniciativas dos deputados – discursos, debates, projetos, requerimentos, solicitações, oitivas, seminários, audiências públicas -, como das comissões por meio das quais os deputados estaduais debatem previamente proposições cujos destinos são decididos no plenário, que é a instância soberana do parlamento.
O desafio da nova Assessoria é tornar o Plano de Planejamento Estratégico um instrumento eficaz de articulação entre as mais diversas áreas, facilitando a comunicação entre elas, de modo que as tarefas institucionais da Casa sejam cumpridas rigorosamente dentro dos padrões por meio de medias operacionais bem planejadas. Isso significa que a partir de agora nada será feito na Assembleia Legislativa sem um planejamento prévio. O processo envolverá todas as diretorias e coordenações da instituição, que deverão atuar em sintonia, de modo que as engrenagens do Poder Legislativo funcionem bem articuladas. “Quando a gente fala em planejamento estratégico, é importante dizer que ele funciona como um GPS, que nos dar um norte”, orientou o professor Anderson Myranda, explicando ainda que afirmou planejar melhora o processo gerencial, agiliza as ações e otimiza a comunicação e o relacionamento entre setores e pessoas.
Um dos pontos chaves do processo de introdução do planejamento estratégico na Assembleia Legislativa será a cultura da cooperação. Para assegurar a implantação da nova cultura, e junto com ela o embalo das inovações, a Assembleia Legislativa deverá firmar parcerias com a Universidade Federal do Maranhão e com a Fundação Sousândrade. “Em princípio, achei que era um abacaxi azedo, mas depois, vi que é um abacaxi doce, de Turiaçu”, declarou Rafaela Lago, revelando que tomou um choque quando recebeu o convite do presidente Othelino Neto. Mas quando se informou mais detalhadamente sobre a iniciativa e compreendeu sua complexidade e seus objetivos, chegou à conclusão de que o desafio que lhe foi entregue é viável e pode revolucionar o funcionamento e as iniciativas do Poder Legislativo.
Com mandato de presidente assegurado até 2022, o deputado Othelino Neto já emitiu sinais de que pretende transformar a Assembleia Legislativa numa instituição embalada pela inovação sem alterar sua natureza política e parlamentar. O Planejamento e Assuntos Estratégicos é parte desse processo.
PONTO & CONTRAPONTO
MDB vai lançar candidatos prefeito na maioria dos grandes municípios, a começar por São Luís
O MDB deve lançar candidatos para disputar as eleições nos grandes, médios e pequenos municípios. Quem desenha tal perspectiva é o presidente estadual, ex-governador João Alberto, com a ressalva de que ainda não há pré-candidatos definidos, mas que os nomes aparecerão “no momento certo”. No caso de São Luís, João Alberto confirma a existência de um projeto para dar a vaga de candidato a prefeito ao ex-deputado federal Victor Mendes, que já declarou interesse disputar o cargo. “É um projeto que ainda está sendo examinado”, diz o presidente emedebista, admitindo a possibilidade de que ele venha a ser concretizado, alertando, porém, que outras possibilidades estão em discussão. É o que acontece em São José de Ribamar, Caxias, Codó, Balsas e Imperatriz, por exemplo, onde o partido está conversando para definir caminhos. “Muita gente tem nos procurado e nós estamos ouvindo a todos e vamos tomar as decisões no momento adequado”. Nos grandes municípios, o único nome definido é o do ex-prefeito Gilberto Aroso, que será lançado como candidato do MDB para disputar a Prefeitura de Paço do Lumiar, enfrentando o prefeito Domingos Dutra (PCdoB), que deve anunciar, já o segundo semestre, o seu projeto de reeleição. Em Imperatriz, onde sofreu um duro golpe com a desfiliação do prefeito Assis Ramos do MDB, para ingressar no DEM, a cúpula emedebista está fazendo sondagens para identificar o melhor nome para ser o candidato do partido oposicionista. E em Bacabal, o partido apoiará a candidatura do prefeito Edvan Brandão (PSC) à reeleição. “Estamos conversando com muita gente. Nosso partido está sendo sondado por muita gente e nós vamos ter candidatos na maioria dos municípios, principalmente nos grandes”, disse o ex-governador, que descarta a possibilidade de a ex-governadora Roseana Sarney vir a disputar a Prefeitura de São Luís.
Roberto Rocha vem sendo duramente criticado por ter feito o papel de defensor intransigente de Sérgio Moro
Continua repercutindo forte e negativamente a posição do senador Roberto Rocha, líder da bancada do PSDB, na audiência em que o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) foi ouvido no Senado sobre os diálogos escandalosos entre ele, então juiz da Operação Lava Jato, e os procuradores da força-tarefa revelados pelo Intercept Brasil. Nenhum problema senador se posicionasse não dando respaldo aos diálogos, o que seria normal, já que muita gente tem dúvidas sinceras sobre o assunto. O problema é que Roberto Rocha vestiu a capa de paladino da moral bolsonariana e fez uma defesa enfática do ministro, como se os diálogos não tivessem qualquer importância. Roberto Rocha abraçou a linha tática adotada por Sérgio Moro, os procuradores e o Palácio do Planalto segundo a qual a gravidade está no vazamento e não no conteúdo do que foi vazado, o que é no mínimo uma tentativa pouco hábil de querer subestimar a inteligência dos brasileiros. O senador Roberto Rocha preferiu se portar como o aliado do Palácio do Planalto, que se auto escalou para atuar como aliado do ministro da Justiça, mesmo tendo ele caído em contradições de ter sido evasivo no que de fato interesse: se ele reconhece que atuou como o grande chefe da Operação Lava Jato.
São Luís, 22 de Junho de 2019.