Nova Assembleia quebra tabu e deve focar no debate dos problemas e no reforço à democracia

Os deputados Iracema Vale, Arnaldo Melo, Othelino Neto, Carlos Lula, Fabiana Vilar, Francisco Nagib, Antônio Pereira, Florêncio Neto, Cl´áudia Coutinho, Glaubert Cutrim, Osmar Filho, Yglésio Moisés, Roberto Costa, Mical Damasceno, Rodrigo Lago, Neto Evangelista, Abigail Cunha, Hemetério Weba, Andreia Rezende, Aloísio Santos, Rildo Amaral, Edna Silva, Ariston Pereira, Claudio Cunha, Dra. Viviane, Davi Brandão, Ana do Gás, Renato Braide, Janaína Ramos, Júlio Mendonça, Júnior Cascaria, Júnior França, Ricardo Rios, Wellington do Curso, Ricardo Arruda, Solange Almeida, Leandro Bello, Juscelino Marreca, Éric Costa e Guilherme Paz assumem hoje os seus mandatos na Assembleia Legislativa

É verdade que o governador Carlos Brandão (PB) assumiu seu novo mandato há um mês, período em que ele comandou sem problemas a largada do ano executivo, com muitas e decisivas ações administrativas e políticas. Mas o ano político para valer começa hoje, com a instalação da nova Assembleia Legislativa e a abertura do ano Legislativo. No plenário, prestarão juramento 15 deputados reeleitos e 27 marinheiros primeira viagem no parlamento estadual. Isso significa que, juntando a experiência dos reeleitos com a dos novos, que chegam com gás extra, a Assembleia Legislativa pode se transformar num ambiente de debate e de mudança. Esse clima mudancista ganha força com a eleição da deputada Iracema Vale (PSB) para a presidência da Casa, mandando para o espaço o viés machista que dominou a instituição até ontem. E no que diz respeito ao plenário, está claro que mais de dois terços dos deputados atuarão alinhados ao Palácio dos Leões, resultado da eficiente articulação comandada pelo governador Carlos Brandão (PSB).

A sessão de abertura se dará sem problemas, com a eleição da deputada Iracema Vale (PSB) para presidente. Ela soube, com surpreendente habilidade, administrar e consolidar o poder de fogo que lhe foi entregue pelo PSB, com o aval do governador Carlos Brandão, que terá uma aliada no comando do Poder Legislativo. Anunciada por alguns com tintura apocalíptica, a crise da deputada Ana do Gás e do deputado Rodrigo Lago pela 1º por causa da 1ª vice-presidência da Casa foi mandada para o espaço. A deputada ouviu apelos e saiu, num jogo bem jogado, que poderá lhe render uma vaga na Mesa no próximo biênio. As demais posições da Mesa são as seguintes: 2º vice-presidente: Arnaldo Melo (PP), 3º vice-presidente: Fabiana Vilar (PL), 4º vice-presidente: Andreia Rezende (PSB), 1º secretário: Antônio Pereira (PSB), 2º secretário: Roberto Costa (MDB), 3º secretário: Osmar Filho (PDT) e 4º secretário: Guilherme Paz (Patriotas).

Pelo que representam os deputados empossados, a nova Assembleia Legislativa não será uma instituição passiva, inteiramente cordata. A julgar por algumas manifestações isoladas, os novos parlamentares chegam com plena consciência de que o Brasil se movimenta para superar os desmantelos de um Governo fora da realidade e de uma tentativa de golpe, situação que exigirá de todos, independentemente dos seus credos partidários ou de sua posição ideológica, posições firmes em defesa da democracia. Esse é um debate que está na ordem nos três níveis das instituições e que vai movimentar o plenário com frequência e intensidade. Nesse debate valerá a experiência dos deputados Othelino Neto (PCdoB), Roberto Costa (MDB), Hemetério Weba (PP), Wellington do Curso (PSC), Yglésio Moisés (PSB) e Arnaldo Melo (PP), decano da Casa, e o ânimo novo de deputados estreantes como Rodrigo Lago (PCdoB), Eric Costa (PSD), Carlos Lula (PSB), Júnior França (Podemos), Júnior Cascaria (PP), Ricardo Arruda (MDB), Solange Almeida (PL), para citar alguns.

O outro campo de ação, que diz respeito ao projeto parlamentar de cada um, são os desafios do Maranhão para avançar na guerra em curso contra os gigantescos problemas sociais e econômicos que continuam desafiando o Governo e as instituições. O governador Carlos Brandão (PSB), reeleito em turno único, tem dado sucessivas demonstrações de que o seu Governo não dará trégua aos problemas. Ele sabe que uma relação produtiva com a Assembleia Legislativa é fundamental, que ganha em qualidade à medida que a máquina estatal funcionar a contento. As medidas anunciadas até aqui pelo governador no campo social, econômico e no da infraestrutura são temas para serem debatidos com vigor pelos deputados Rafael Leitoa (PSB), Glaubert Cutrim (PDT), Ricardo Rios (PDT), Neto Evangelista (UB), Ana do Gás (PCdoB), Mical Damasceno (PSD) e Rildo Amaral (PP) assim como por marinheiros de primeira viagem com Claudia Coutinho (PDT), Júlio Mendonça (PCdoB), Abigail Cunha (PL), Fernando Braide (PSD), Juscelino Marreca (Patriotas) e Leandro Bello (Podemos), por exemplo.

Serão quatro anos de ação política, de proposições, de debates intensos e às vezes ácidos, de vitórias, derrotas, avanços, tropeços, enfim, tudo que um parlamento pode viver dentro do que se chama normalidade democrática. A deputada Iracema Vale vai comandar os primeiros dois anos, e assim como seus colegas, com o desafio de mostrar a que veio.

PONTO & CONTRAPONTO

Nova bancada federal assume sob o impacto da tentativa de golpe

Os deputados federais Amanda Gentil, André Fufuca, Pedro Lucas Fernandes, Márcio Jerry, Duarte Jr., Fábio Macedo, Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Juscelino Filho, Rubens Jr., Júnior Lourenço, Marreca Filho, Marcio Honaiser, Roseana Sarney, Aluísio Mendes, Cléber Verde, Josivaldo JP e Pastor Gildenemyr formam a nova bancada maranhense

Os deputados federais eleitos Detinha (PL), Pedro Lucas Fernandes (UB), Josimar de Maranhãozinho (PL), Juscelino Filho (UB), André Fufuca (PP), Aluísio Mendes (PSC) Marreca Filho (Patriota), Duarte Júnior (PSB), Amanda Gentil (PP), Márcio Jerry (PCdoB), Roseana Sarney (MDB), Fábio Macedo (Podemos), Júnior Lourenço (PL), Rubens Júnior (PT), Josivaldo JP (PSD), Cléber Verde (Republicanos), Pastor Gil (PL) e Márcio Honaiser (PDT) assumirão hoje seus mandatos na Câmara Federal. Os reeleitos e os novatos iniciarão seus mandatos sob o impacto traumático da tentativa de golpe de 8 de Janeiro, durante a qual os golpistas contagiados pelos fluídos antidemocráticos do governo comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram suprimir a democracia e esfacelar a República. A bancada maranhense, como todas as bancadas da Federação, abrirá o mandato focada nos problemas do País e nos problemas do Maranhão. Mas o seu compromisso maior é o de se esforçar para consolidar, em definitivo e para sempre, o estado democrático de direito no Brasil.

Em Tempo: o deputado federal Juscelino Filho será empossado e se licenciará para retornar ao comando do Ministério das Comunicações. Em seu lugar assumirá o suplente Benjamin de Oliveira (UB).

 Senado: Dino tomará posse, se licenciará e Ana Paula assumirá

Flávio Dino assumirá, se licenciará para voltar ao Ministério da Justiça, abrindo vaga para Ana Paula Lobato

A única cadeira maranhense vaga no Senado será hoje em dois momentos. Primeiro será empossado o senador eleito Flávio Dino (PSB). Ele foi exonerado ontem do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, assumirá o mandato senatorial e logo em seguida protocolará pedido de licença para retornar ao comando do Ministério, por ato do presidente Lula da Silva. Formalizada a licença, a vaga do senador Flávio Dino será preenchida pela 1ª suplente Ana Paula Lobato (PSB). A julgar pelo trabalho que vem realizando no Ministério da Justiça, onde foi o grande articulador do combate e do desmonte da tentativa de golpe, é muito provável que o senador licenciado Flávio Dino permaneça na Esplanada dos Ministérios pelos próximos quatro anos, deixando para a senadora Ana Paula Lobato o desafio de representar bem o Maranhão na Câmara Alta.

A abertura do ano legislativo no Senado deve mexer ainda mais com a bancada maranhense. É que a senadora Eliziane Gama migrou do Cidadania para o PSD e pode ser eleita vice-presidente da Casa. Vale aguardar.

São Luís, 01 de Fevereiro de 2013    

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