Jornal espanhol manifesta otimismo como eventual candidatura de Flávio Dino a presidente da República.

 

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Flávio Dino de novo no centro da sucessão presidencial, agora co,locado por El País

 

Uma reportagem do diário espanhol El País, um dos mais respeitados do mundo pela correção jornalística, voltou a colocar o governador Flávio Dino no centro do debate sobre sucessão presidencial, ao relatar que o partido dele, o PCdoB, aposta que será ele o seu candidato ao Palácio do Planalto em 2018, conforme declarações da presidente da agremiação, a deputada federal pernambucana Luciana Santos. O jornal reporta que, como em todas as vezes que foi provocado sobre assunto – as provocações começaram logo após a derrubada da presidente Dilma Rousseff (PT) -, Flávio Dino desconversou e sacou a resposta “oficial” já padronizada “Sou candidato à reeleição se Deus me der vida e saúde”, mas deixando no ar uma leve impressão de que o projeto não lhe é antipático e, por isso, não está inteiramente descartado. Mas à medida que o quadro político nacional vai mergulhando na incerteza, diante da possibilidade concreta da queda do presidente Michel Temer (PMDB) por crime eleitoral, no primeiro semestre do ano que vem, o que resultará na escolha indireta – via Congresso Nacional – de um novo presidente- tampão, a sucessão presidencial para valer, marcada para 2018, ganha corpo, e é nesse contexto que o governador do Maranhão é lembrado.

A Coluna tem definido o governador Flávio Dino como um político com os pés bem fincados no chão, com uma carreira vitoriosa até aqui e um caminho promissor pela frente, como o da reeleição, por exemplo. Por isso, supõe que ele tenha plena consciência de que não pode cometer erros primários, como dar passo maior que a perna e ser mandado descer no Trem da História, mesmo com o direito de tentar voltar ao vagão principal na próxima estação eleitoral. Pela projeção que alcançou no Maranhão e alhures, primeiro como o líder que derrubou o Grupo Sarney do poder, e depois como governante eficiente e bem avaliado, Flávio Dino tomou ciência de que só deve entrar numa disputa quando tiver plena convicção de que conquistará o mandato pretendido. Daí não fazer sentido para muitos a ideia de ele fazer figuração numa corrida eleitoral decisiva, pois será desastroso entrar numa disputa apenas para marcar presença.

O PCdoB anuncia que vai definir e anunciar em março do ano que vem o seu candidato a presidente da República nas eleições de 2018. Ou seja, vai antecipar o processo em mais de um ano. Tem à disposição o ex-deputado federal e ex-ministro dos Esportes e da Defesa, Aldo Rabelo, responsável pela organização e preparação da realização da Copa do Mundo no País; e a senadora amazonense Vanessa Grazziotin, que o partido prefere ver lutando pela reeleição, e a deputada federal fluminense Jandira Feghali, que recebeu uma votação pífia na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. São figura de estatura política respeitáveis, mas sem cacife nem o peso político do governador do Maranhão para entrar numa corrida para a Presidência da República, principalmente a de 2018, que está sendo esperada como um marco na vida política e institucional do País.

Uma situação que, entre várias, desanima o projeto presidencial que querem entregar ao governador maranhense, chama atenção e pode explicar a extrema cautela do governador em relação à corrida presidencial. Flávio Dino tem clara consciência de que se vier a sair candidato a presidente, perderá o controle da sua base política, pois sem ele na corrida para o Governo do Estado, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) passa a ser o nome mais forte para ser uma figuração na eleição para sucedê-lo. Correr esse risco é tudo o que o governador não o quer nem precisa a essa altura dos acontecimentos. Poderá perder também o controle sobre a corrida para as duas vagas de senador, que será disputadíssima, dada a relação dos nomes que pretendem substituir os senadores Edison Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB).

Não há dúvidas de que no cenário que se desenha para corrida ao Palácio do Planalto há espaço para uma eventual candidatura de Flávio Dino. Mas ele sabe que espaço maior e mais seguro terá no cenário da sucessão estadual, no qual o seu potencial eleitoral para renovar o mandato de governador é ilimitado. O otimismo quase entusiástico do jornal espanhol com uma improvável candidatura do governador se desfaz exatamente onde Flávio Dino tem manter os pés fincados no chão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Se Temer cair, deputado federal valerá ouro
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Waldir Maranhão: terá peso de ouro se Michel temer cair

As diligências realizadas ontem pela Polícia Federal, por ordem da Justiça Eleitoral, nas gráficas suspeitas deterem sido usadas como “lavanderia” de dinheiro sujo na eleição presidencial em favor da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer vão exatamente na direção do que pemedebistas de proa já vinham temendo: a cassação da chapa PT/PMDB. Faz sentido, portanto, a movimentação intensa de deputados federais, que com a possível derrubada do presidente Michel Temer, serão os eleitores privilegiados para a escolha de novo presidente da República. Não é sem razão que figuras como o deputado federal Waldir Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara Federal e do Congresso Nacional, continua sendo paparicado depois de tudo o que protagonizaram ao longo do ano. Se a eleição indireta vier a ser confirmada, cada voto terá peso decisivo, como aconteceu no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Zé Carlos se movimenta para tomar o comando do PT
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Zé Carlos quer comandar o PT do Maranhão

O deputado federal José Carlos Araújo, mais conhecido como Zé Carlos do PT, está decidido mesmo a derrubar o grupo que hoje domina o PT maranhense. Candidato a presidente do partido, ele vem trabalhando intensamente agregar os segmentos do partido que hoje estão soltos, sem direção, para formar uma grande frente com o objetivo de minar as bases do grupo comandado pelo professor Raimundo Monteiro, militante de primeira hora e representante da corrente de Lula, que se mantém presidente há vários mandatos. Ele acha que o PT do Maranhão está sob um comando que perdeu o rumo, a ética e a própria essência do partido, e deve por isso passar por um processo de depuração e limpeza, de modo a que possa voltar a ser o partido que foi um dia.

São Luís, 28 de Dezembro de 2016.

 

2 comentários sobre “Jornal espanhol manifesta otimismo como eventual candidatura de Flávio Dino a presidente da República.

  1. Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma assim:

    “O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas”, diz Grazziotin.

    Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica. 
    Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de  2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável. 

    Tal fato luminoso e sui-generis foi o:

    — «Tchau querida!»

    Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê…

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