Edivaldo Jr. vai para o PSD, partido de direita que apoia Governo Bolsonaro e ataca o Governo Dino

 

Edivaldo Holanda Jr. pode disputar o Governo do Estado pelo PSD

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., resolveu, finalmente, a sua situação partidária. Ele anunciou que se filiará ao Partido Social Democrático (PSD), comandado no País pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, uma das vozes mais ativas da direita civilizada, e no Maranhão pelo deputado federal Edilázio Jr., que lidera um dos ramos do que já foi o Grupo Sarney. Com a filiação, Edivaldo Holanda Jr. inicia outro complicado processo de decisão: a que se candidatará nas eleições do ano que vem? A bolsa de especulações o enxerga disputando o Governo do Estado ou uma cadeira na Câmara Federal. Quase não se fala de uma eventual candidatura a senador e ninguém aposta que ele possa vir a ser candidato a deputado estadual. O PSD parece ser o pouso partidário mais adequado ao jovem político que já foi duas vezes vereador de São Luís, exerceu meio mandato de deputado federal e elegeu-se e se reelegeu prefeito da Capital. Esse reduzido, mas rico, currículo lhe dá status para integrar o grupo de elite dos políticos maranhenses da sua geração, e cacife para entrar em qualquer nível da disputa eleitoral do ano que vem.

Informações chegadas à Coluna por fontes confiáveis preveem sua candidatura ao Governo do Estado, entrando na ciranda pelo voto majoritário como uma espécie de “terceira via” para romper o equilíbrio de uma disputa entre o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT). Há também quem preveja sua candidatura a vice-governador num acordo com o vice-governador ou com o senador. E finalmente a possibilidade de ele vir a disputar uma cadeira na Câmara Federal, como um passo para tentar voltar à Prefeitura de São Luís em 2024, em mais um embate direto com o agora prefeito Eduardo Braide (Podemos), a quem derrotou em 2016, e nada fez para evitar a sua eleição em 2020.

A candidatura a governador pode ganhar densidade, mas pode também enfrentar restrições no plano das alianças. Sua atitude de virar as costas para o projeto eleitoral do seu partido, o PDT, que apoiou a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista (DEM), e também para a candidatura do deputado estadual Duarte Jr. (Republicanos), levou-o ao rompimento com PDT e ao afastamento dos partidos do núcleo central da base de apoio do governador Flávio Dino. Tal situação lhe impôs um complicado isolamento, levando-o a deixar o campo da aliança liderada por Flávio Dino para procurar abrigo partidário na seara dos seus adversários duros. Não é segredo que o deputado federal Edilázio Jr., líder do seu partido, é aliado e apoiador linha-de-frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e adversário figadal do governador Flávio Dino e seu grupo.

No plano ideológico, Edivaldo Holanda Jr. se encaixa perfeitamente no PSD, um partido de direita, de viés liberal, que fez contraponto à esquerda trabalhista antes do golpe de 64, e que renasceu nos anos 90 do século passado pelas mãos do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Hoje, o PSD é um dos maiores partidos do País, funciona como um dos esteios do Centrão e integra a base parlamentar do Governo Bolsonaro. No Maranhão, sob o comando do deputado federal Edilázio Jr., o PSD atua forte como adversário incondicional do Governo Flávio Dino. Resta saber como se comportará em relação aos seus antigos apoiadores – o governador Flávio Dino e seu grupo foram decisivos nas suas duas eleições para prefeito de São Luís.

Seus posicionamentos políticos têm sido marcados pela controvérsia. Iniciou a trajetória no PTC, uma sigla de viés evangélico de extrema direita que não foi em frente e hoje no Maranhão só existe por conta do mandato do deputado Edivaldo Holanda, pai. Em 2015 mudou-se para o PDT, partido de centro-esquerda, com o qual nunca se afinou, particularmente no plano ideológico, para agora dar uma guinada de volta à direita ao ingressar no PSD. Isso significa dizer que Edivaldo Holanda Jr. continuará como uma incógnita. Isso, porém, não esconde o fato de que, mesmo em meio a controvérsias, o ex-prefeito de São Luís é um político vencedor, o que o credencia para seguir em frente fazendo apostas altas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Secretários se credenciam para participar das eleições

Felipe Camarão e Carlos Lula: secretários com peso para entrar na corrida eleitoral

Durante a reunião de Segunda-Feira (05) com líderes partidários para iniciar as discussões que levarão à escolha do candidato do grupo político liderado pelo governador Flávio Dino, dois secretários se destacaram, Felipe Camarão (Educação) e Carlos Lula (Saúde). O primeiro apresentou os avanços do Governo no campo educacional, destacando a amplitude do programa “Escola Digna”, que transformou o Maranhão numa referência no que diz respeito à educação de base. E o segundo fez um balanço consistente dos ganhos reais do Maranhão no campo da saúde pública, chamando atenção para a rede hospitalar que existia quando o atual governo se instalou, em 2015, e o que existe agora, seis anos e meio depois. Os dois relatos impressionaram os presentes.

Por seu trabalho, os dois secretários estão credenciados a ingressarem na seara política e eleitoral nas eleições do ano que vem. Felipe Camarão deve disputar uma cadeira na Câmara Federal, e para tanto, deu entrada num pedido de filiação ao PT, que segundo revelado ontem, deve torna-lo oficialmente membro do partido nesta Quinta-Feira. Já Carlos Lula deve ingressar no PSB, atendendo a convite do deputado federal Bira do Pindaré, feito semanas antes de o governador Flávio Dino ingressar no partido.

 

Assembleia aprova “Auxílio Cuidar” com apoio de Othelino Neto

Othelino Neto deu apoio efetivo à aprovação do “Auxílio Cuidar”

A Assembleia Legislativa aprovou ontem projeto de lei que cria o “Auxílio Cuidar”, um mecanismo pelo qual o Governo do Estado pagará ajuda no valor de R$ 500 a crianças e adolescentes órfãos de pai e mãe biológicos ou por adoção, desde que um deles tenha falecido por Covid-19. O projeto foi proposto pelo Poder Executivo e sua vigência depende agora da sanção do governador Flávio Dino (PSB). O projeto instituindo o “Auxílio Cuidar” foi aprovado por unanimidade e recebeu apoio enfático do presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB).

A iniciativa do Poder Executivo ganhou força a partir das informações de que no país já são mais de 450 mil crianças e adolescentes que perderam os pais ou um deles durante a pandemia, gerando um grave problema de natureza social, à medida que, com a morte dos seus pais, ou de um deles, esses jovens órfãos entram em situação de insegurança.

O presidente da Assembleia Legislativa apoiou integralmente a inciativa do governador Flávio Dino e contribuiu efetivamente para a sua aprovação, o que se deu por unanimidade.

– Diante desse triste cenário, o projeto vem, de forma muito marcante, contribuir para amenizar os impactos financeiros dessas crianças que perderam seus pais por conta do novo coronavírus, servindo como um instrumento de amparo e oferecendo a elas uma condição a mais de ter o seu sustento provido – declarou Othelino Neto.

São Luís, 07 de Julho de 2021.

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