Weverton Rocha descarta disputar a Prefeitura de São Luís e foca seus movimentos na direção do Palácio dos Leões em 2022

 

Weverton Rocha concede entrevista no Senado, de onde só pretende sair se for para o Palácio dos Leões

O senador Weverton Rocha (PDT) mandou ontem para o espaço todas as possibilidades de vir a ser candidato à prefeito de São Luís nas eleições do ano que vem. Em áudio publicado no blog Marrapá, comandado pelo bem informado jornalista Leandro Miranda, o senador pedetista foi claro e taxativo: “Quero agradecer a lembrança do nosso nome, mas de já quero adiantar que nós não estamos nesse debate”. E justificou afirmando que está compromissado em brigar para melhorar a vida dos maranhenses, em respeito aos quase dois milhões – foram exatamente 1.997.443 – que o escolheram para representá-los no Senado Federal. Weverton Rocha respondeu a uma provocação jornalística causada por especulações segundo as quais, por falta de um nome forte no PDT, ele poderia vir a ser candidato à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT). Sua negativa foi absolutamente previsível, uma vez que, além de encontrar-se fortemente envolvido com o mandato senatorial, a única disputa eleitoral escrita com letras garrafais na sua agenda é a corrida pelo Palácio dos Leões em 2022.

Não há dúvidas de que, como comandante maior do PDT, o senador Weverton Rocha enfrenta uma grave falta de quadros com expressivo peso político e eleitoral dentro do partido que comanda. Um problema que ganha dimensão nada desprezível quando o cenário aponta que o partido corre risco de perder o comando da Prefeitura da Capital, a mais importante do estado. Por dois motivos muito claros. O primeiro é exatamente a falta de um pedetista com cacife político e eleitoral, e o segundo é o fato, indiscutível, de que a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. será disputada por vários candidatos fortes, a começar pelo deputado federal Eduardo Braide (Podemos) e líder absoluto nas pesquisas realizadas até aqui, e o deputado estadual Duarte Jr., um candidato a fenômeno eleitoral que saiu das urnas de São Luís como o mais votado para a Assembleia Legislativa em 2018.

No impreciso e volúvel universo das especulações, é perfeitamente natural que, diante desse drama do PDT, o próprio senador Weverton Rocha seja eventualmente colocado no cenário como solução possível e mais viável. Até mesmo alguns pedetistas bem situados avaliam que entre um mandato de senador e a Prefeitura de São Luís, preferem a segunda, por considerarem-na uma importantíssima fonte de poder político. A maioria da elite pedetista, no entanto, tem um entendimento radicalmente diferente, preferindo perder a mais preciosa joia municipal do estado a abrir mão de um mandato senatorial que pode levar o chefe maior do PDT ao Governo do Estado em 2022 ou em 2026, dependendo das circunstâncias.

Ao decidir não entrar na corrida pelo Palácio de la Ravardière, o senador Weverton Rocha sinaliza claramente que está determinado a viabilizar o projeto maior de chegar ao comando do Estado. Mas sabe que para isso precisará do suporte político do futuro prefeito de São Luís, sendo, portanto, fundamental elegê-lo. E diante da circunstância de não dispor de um nome forte para carregar o estandarte pedetista, trabalha com um “plano B”, que é consolidar uma aliança com o DEM e apoiar a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista. Ou, num outro cenário, negociar uma aliança com o PCdoB em torno do candidato do Palácio dos Leões, que pode ser o deputado estadual Duarte Jr., ou deputado federal licenciado Rubens Jr., atual secretário das Cidades.

Um terceiro motivo para o senador Weverton Rocha não se candidatar a prefeito de São Luís: ele precisa usar toda sua energia política, sua liderança partidária e sua capacidade de organização e articulação para comandar o PDT na briga por prefeituras em pelo menos 130 municípios, o que jamais conseguiria se entrasse na disputa em São Luís.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Disputa em Imperatriz será polarizada entre Assis Ramos e Professor Marco Aurélio

Assis Ramos e Marco Aurélio devem polarizar; Sebastião Madeira e Ildon Marques travarão uma guerra paralela

Todas as evidências indicam que a disputa pela Prefeitura de Imperatriz, a segunda maior do estado, caminha para uma polarização entre o prefeito Assis Ramos (DEM) e o deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB). Ainda que possa haver outros candidatos, como os ex-prefeitos Sebastião Madeira (PSDB) e Ildon Marques (PP), por exemplo, o desenho do embate eleitoral na Princesa do Tocantins dificilmente mudará, exatamente pelo fato de que Assis Ramos tem a seu favor a poderosa máquina administrativa municipal e Professor Marco Aurélio conta com o poder de fogo do Palácio dos Leões. O prefeito já começa a trabalhar focado no projeto de reeleição, inaugurando obras e agilizando as que estão em andamento, numa maratona muito mais intensa do que algum tempo atrás. Por sua vez, Professor Marco Aurélio vem aos poucos assumindo a condição de pré-candidato governista e assumindo o papel de principal representante político do Governo Flávio Dino, inclusive fazendo um acompanhamento exigente das obras do Governo em desenvolvimento na antiga Vila do Frei. Se entrar mesmo, o tucano Sebastião Madeira só levará os resultados dos seus oito anos no comando da cidade, que qualifica como revolucionários. É o caso de Ildon Marques, que governou a cidade primeiro como interventor, nomeado no primeiro mandato de Roseana Sarney no Governo do Estado, em 1995, e depois como prefeito em dois mandatos. Os dois ex-prefeitos devem travar uma disputa para ver quem irá mais longe.

 

Lei de Fábio Macedo abre novo horizonte na luta contra o alcoolismo no Maranhão

Fábio Macedo: boa lei reflete o drama que ele próprio enfrenta

O deputado estadual Fábio Macedo (PDT) volta hoje ao batente na Assembleia Legislativo com o que se pode definir como um troféu arduamente conquistado: a sanção, pelo governador Flávio Dino, de projeto de lei de sua autoria que institui no estado a Política de Atenção, Acompanhamento e Tratamento do Alcoolismo. A nova lei estadual abrirá caminho para uma nova política de prevenção, controle e assistência às pessoas com dependência alcoólica. O parlamentar justifica o seu importante produto legislativo: “O alcoolismo é um problema de saúde grave, que atinge homens e mulheres no Maranhão. Nossa lei implementa uma rede de atenção e cuidados aos dependentes do álcool, através de ações de educação, proteção, recuperação da saúde e prevenção de danos”. A lei prevê ações conjuntas das secretarias estaduais da Saúde, Educação, Trabalho e Economia Solidária, Mulher, Segurança Pública e Ciência, Tecnologia e Informação, de modo que a política pública compreenderá três níveis de atenção: básica, média e alta complexidade.

Com a sua conquista, o deputado Fábio Macedo dá a milhares de maranhenses que amargam a dependência alcoólica a oportunidade de contar com o apoio do Estado para lutar contra esse grave problema de saúde. A chave da sua motivação para legislar nessa área é ele próprio, que vem lutando há tempos para livrar-se do uso do álcool. Essa dependência várias vezes o levou a viver situações dramáticas, como o escândalo que, alcoolizado, produziu há alguns meses em Teresina, durante um show do cantor “Cachorrão”, quando perdeu o controle, brigou e só não foi preso no Piauí por interferência do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), que conseguiu a sua liberação.

A lei agora sancionada demonstra que, além de prestar um bom serviço à luta contra o flagelo do alcoolismo, o deputado Fábio Macedo realizou, com a lei, um excelente trabalho parlamentar.

São Luís, 01 de Agosto de 2019.

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