Arquivos mensais: janeiro 2020

Decisão da cúpula do DEM leva Neto Evangelista a ser candidato com ou sem aliança com o PDT

 

Neto Evangelista (d) tem o apoio de ACM Neto (c) e Juscelino Filho (e)

Uma decisão recente do comando nacional do DEM atiçou os ânimos nas entranhas da aliança partidária liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), onde estão sendo travadas disputas que resultarão na definição do candidato – ou   candidatos – do grupo a prefeito de São Luís. O partido comandado nacionalmente por ACM Neto, prefeito de Salvador (BA), confirmou a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e com a recomendação expressa de que esse projeto deve ser concretizado com ou sem aliança. Pelo que ficou claro, Neto Evangelista é uma das apostas do DEM na corrida por prefeituras de capitais, e a julgar pelo empenho de torná-lo candidato em São Luís, a cúpula democrata acredita que ele tem cacife para disputar e vencer o pleito. Até aqui, o parlamentar já trabalha com duas possibilidades: sair candidato em aliança com o PDT, que indicaria o vice, ou lançar-se sozinho.

Se por um lado a manifestação da cúpula do DEM reforça a posição de Neto Evangelista – que tem dito que será candidato de qualquer maneira -, injetando-lhe ânimo para seguir em frente, por outro o coloca numa situação incômoda dentro da aliança partidária liderada pelo governador Flávio Dino. A comodidade está no fato de que sua candidatura não encontra qualquer traço de resistência ou concorrência dentro do braço ludovicense do DEM, do qual é presidente, permitindo que ele se movimente como bem entender em busca de apoio político e eleitoral. E o incômodo se dá porque a irreversibilidade da sua candidatura determinada pela cúpula partidária pode colocá-lo em rota de confronto com algum aliado da base governista.

Vista por outro ângulo, a determinação da cúpula democrata de ter Neto Evangelista candidato lhe dá vantagem numa eventual negociação com o PDT. Isso porque dentro do arraial brizolista   todos – inclusive o vereador-presidente Osmar Filho – sabem que uma aliança DEM-PDT, tendo Neto Evangelista como candidato a prefeito e um representante do PDT como vice é o Plano A do presidente regional do partido, senador Weverton Rocha, diante das dificuldades que tem de encontrar um pedetista com cacife eleitoral para brigar pela sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. O senador e o atual prefeito vivem o drama de ter de passar o Palácio de la Ravardière a um representante de outro partido, ainda que aliado, como Rubens Júnior (PCdoB), Duarte Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB), ou, pior ainda, a um adversário, como Eduardo Braide (Podemos). A solução menos traumática para o partido será o projeto de aliança DEM/PDT. Não há outra saída para o partido fundado no Maranhão por Jackson Lago e que mandou na Prefeitura de São Luís por mais de 20 anos nas últimas três décadas.

Político jovem, mas com experiência e faro de raposa tarimbada, Neto Evangelista sabe onde está pisando quando o campo de batalha eleitoral é São Luís, onde perdeu a eleição em 2012 como vice do então prefeito João Castelo, candidato à reeleição e derrotado por Edivaldo Holanda Júnior. Quando entrou para o DEM, em 2017, sabia que tinha dois objetivos desafiadores: reeleger-se deputado estadual em 2018 e disputar a Prefeitura de São Luís em 2020. Venceu o primeiro com tranquilidade e está determinado a vencer também o segundo, mesmo sabendo dos enormes obstáculos que terá de superar, mesmo como cabeça de uma chapa tendo o PDT como aliado. As pesquisas têm informado que ele tem cacife para uma boa largada.

Nesse contexto em que a indefinição domina o cenário pré-eleitoral, a manifestação do comando nacional do DEM refirmando apoio incondicional à sua candidatura a prefeito de São Luís, Neto Evangelista dá mais um passo para consolidar em definitivo sua candidatura, mesmo num cenário em que há nomes de peso na disputa. Agora com a certeza de que, além do senador Weverton Rocha, a decisão de como o PDT participará da disputa passará também pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Solidariedade joga bem ao abrir caminho para candidatos a candidato

Simplício Araújo (ao fundo) em conversa com Duarte Júnior e Carlos Madeira

O aparente desnorteio do Solidariedade na busca de um candidato a prefeito de São Luís tem sido, na verdade, um surpreendente exercício de política, que poderá, ou não, resultar na montagem de uma chapa competitiva. O partido comandado por Simplício Araújo, suplente de deputado federal e secretário de Indústria e Comércio, já contabiliza nos seus quadros o ex-juiz Carlos Madeira, que se aposentou focado no projeto de ser candidato a prefeito. E tem ao alcance da mão os deputados Duarte Júnior (PCdoB) e Yglésio Moyses (sem partido). Político antenado, Simplício Araújo sabe que a candidatura de Carlos Madeira é uma aposta sem maior perspectiva de retorno político e eleitoral, pois servirá mais para introduzir o ex-magistrado   federal na movediça seara política do que para participar da disputa com possibilidade real de vencê-la. No caso de Yglésio Moyses, que o PDT deixou escapar, a aposta seria um pouco mais consistente, por se tratar de um político jovem, extremamente ativo como parlamentar e que está determinado a ocupar espaço no cenário estadual, enxergando essa oportunidade na corrida eleitoral na capital. O deputado Duarte Júnior, um fenômeno eleitoral em busca de densidade política, queiram ou não seus adversários, poderá ser uma das estrelas dessa corrida, seja ou não escolhido candidato do PCdoB. As articulações em curso podem até não produzir um resultado política e eleitoralmente graúdo, mas não há dúvida de que o chefe do Solidariedade no Maranhão está jogando bem nesse tabuleiro movediço, onde há muito não se via tanta movimentação e ousadia.

 

PSB dá quinada à esquerda e pode fazer aliança com PSOL, PCB e PT

Flranklin Douglas e Bira do Pindaré entre Carlos Noleto e Nelson Brito: conversa

Poderão PSB, PSOL, PCB e PT juntarem forças numa aliança para disputar a Prefeitura de São Luís? Qualquer análise descompromissada feita até 48 horas atrás diria que não, mas o surpreendente encontro do professor e militante político   Franklin Douglas, pré-candidato do PSOL, e o deputado federal Bira do Pindaré, candidato escolhido do PSB, sinalizou essa possibilidade, por mais remota que ela seja. Três pontos podem ser anotados sobre essa reunião. O primeiro é o gesto de flexibilidade do pré-candidato do PSOL, que abre o partido para a possibilidade de uma composição visando a Prefeitura de São Luís. O outro é a guinada do pré-candidato do PSB para a esquerda. E o terceiro ponto é que nas suas declarações nenhum deles sequer levantou a hipótese, por mais remota que ela seja, de uma aliança incluindo o PCdoB. A conversa de entre Franklin Douglas e Bira do Pindaré não produziu um resultado concreto, mas emitiu um sinal forte de que a fase preparatória da corrida à Prefeitura de São Luís ainda reserva muitas surpresas.

São Luís, 08 de Janeiro de 2020.

Dino diz que vai focar nas eleições municipais e avisa apoiará candidatos da aliança governista

 

Flávio Dino avisa: vai se dedicar às eleições municipais

Em meio ao turbilhão especulativo que o envolveu desde que veio à tona a informação de que se encontrara com apresentador Luciano Huck – um dos mais destacados integrantes ainda sem partido do time de candidatos a candidatos a presidente da República -, o governador Flávio Dino (PCdoB), em entrevista ao Jornal Pequeno, disparou um aviso direto: sua agenda política em 2020 será focada nas eleições municipais. E dentro do aviso, o governador mandou uma série de recados: vai participar do processo de disputa por prefeituras incentivando candidatos a prefeito do seu grupo e da aliança partidária que lidera, assinalando ainda que onde houver dois aliados disputando, não tomará posição no embate. No caso de São Luís, onde enxerga um cenário político-eleitoral mais complexo, o governador revelou que entregou a coordenação ao prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), que terá o desafio de harmonizar o máximo possível as forças aliadas que estarão no confronto pelo comando político e administrativo da Capital. Em resumo, 2020 será um ano essencialmente político, voltado para a eleição de 217 prefeitos e de 2.320 vereadores no Maranhão.

Depois de ter vivido intensamente 2019 como um ano político que refletiu o resultado das eleições de 2018, de cujas urnas saíram vários projetos mirando o Palácio do Planalto em 2022, o governador do Maranhão, reeleito em turno único, foca agora sua agenda na base que lhe dá sustentação. A começar pelo fato de que os prefeitos que serão eleitos em Outubro estarão no auge dos seus mandatos na corrida eleitoral de 2022, com poder de fogo político que os tornarão peças-chaves nos projetos eleitorais visando Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Câmara Federal, Senado e Presidência da República. E como líder de uma grande aliança, sua tarefa – gigantesca e desafiadora, diga-se -, será turbinar os partidos aliados, começando pelo PCdoB, para manter ou até mesmo ampliar, seus espaços políticos na seara municipal. Daí o recado direto de que vai participar apoiando aliados, mas tendo o cuidado de não se envolver onde dois estiverem disputando.

Hoje um político que usa conhecimento, inteligência e experiência em todos os seus movimentos, o governador do Maranhão já conhece a fundo as sutilezas, os humores e os interesses que movem a política na base. Nesse sentido, sinaliza com esforços para ajudar seus aliados a alcançar um bom desempenho nas urnas, cada vez mais ciente de que o resultado das eleições municipais terá reflexo direto nas eleições gerais de 2022, que por sua vez serão decisivas para o futuro do estado. E nesse contexto, o seu partido, o PCdoB, que comanda atualmente mais de 40 prefeituras, tem papel fundamental, não apenas elegendo o maior número de prefeitos, como também dando exemplos de boa gestão. PDT, PSB, PT e Cidadania, seus principais aliados à esquerda, são também partes importantes desse projeto.

O trecho da entrevista dedicado a São Luís reforça a ideia de fortalecimento da aliança. Isso porque, ao entregar a Edivaldo Holanda Júnior a coordenação do processo que resultará na escolha do candidato – ou candidatos – do grupo e na campanha governista, Flávio Dino dá ao prefeito uma responsabilidade excepcional. O governador sabe que agora, mais do que nunca, a eleição do prefeito de São Luís é um desafio para o grupo que lidera. Primeiro porque a aliança tem o que ele definiu como “vários ótimos pré-candidatos” – Duarte Júnior (PCdoB), Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Neto Evangelista (DEM) e Yglésio Moises (sem partido). E depois, porque a Oposição também está entrando no confronto com candidatos fortes, entre eles Eduardo Braide (Podemos), apontado pelas pesquisas como favorito. Nesse contexto, com duas eleições de vereador e duas de prefeito, Edivaldo Holanda Júnior conhece bem o caminho das pedras, estando, portanto, em condições de obter bom resultado.

O projeto presidencial permanecerá de pé, mas em “banho maria”, para ser retomado com toda força em 2021.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Tadeu Palácio estaria satisfeito com os 6% na pesquisa

Tadeu Palácio com Chico Carvalho no ato de filiação ao PSL

O ex-prefeito Tadeu Palácio (PSL) teria comemorado efusivamente os 6% de intenções de voto que recebeu na pesquisa Econométrica feita no apagar das luzes de 2019. Não é para menos. Afinal, ele recebeu percentual na faixa recebida pelo deputado federal Bira do Pindaré (PSB) e dos deputados estaduais Neto Evangelista (DEM) e Wellington do Curso (PSDB). Para ele, que estava afastado do cenário político depois de ter governado São Luís por seis anos e com a experiência de uma reeleição vencida no primeiro turno, retornar à cena com 6% das intenções de votos num time de pré-candidatos que estão no jogo e em grande evidência. Parece também não ter sido atingido fortemente pelo destino comum a vários ex-prefeitos de São Luís, como as ex-prefeitas Gardênia Gonçalves e Conceição Andrade, por exemplo, que romperam com as urnas depois das suas conturbadas passagens pelo Palácio de la Ravardière. Para o ex-prefeito Tadeu Palácio, o simples fato de ter sido lembrado e escolhido por uma fatia expressiva dos entrevistados pelo Econométrica é alvissareiro, pois permitiu que ele retornasse ao cenário da política municipal, se não para voltar à Prefeitura, pelo menos para se divertir tentando.

 

Roseana não será candidata e tentará levar o MDB a apoiar Adriano Sarney

Roseana Sarney: de fora para apoiar Adriano Sarney

Corre nos bastidores que a ex-governadora Roseana Sarney já teria batido martelo e decidido não ser candidata à Prefeitura de São Luís pelo MDB. Sem ela na disputa, o deputado Adriano Sarney (PV) deverá consolidar o seu projeto de candidatura, e apostando que terá o apoio da tia. No MDB, há ainda que acredite que a ex-governadora repense sua decisão e seja candidata, mas ela dificilmente deixará de apoiar o sobrinho, se ele de fato mantiver o projeto. E pelo que imaginam alguns sarneysistas mais experientes, a estratégia será levar o MDB para uma aliança com o PV, tendo Adriano Sarney como candidato a prefeito com um vice emedebista. Há quem diga que até o ex-presidente José Sarney estaria inclinado a apoiar essa equação, que encontra forte resistência na ala jovem do partido. Essa aliança pode até não sair, mas certamente será proposta.

São Luís, 07 de Janeiro de 2020.

São Luís: Pesquisas apontaram favoritismo de Braide, mas o cenário está longe da forma definitiva

 

Eduardo Braide lidera a corrida em São Luís seguido de Roseana Sarney e Duarte Júnior , mas terá favoritismo testado

Duas pesquisas (Econométrica e DataM), realizadas no apagar das luzes de 2019, para medir os humores do eleitorado em relação a pré-candidaturas à Prefeitura de São Luís, indicaram, com forte nitidez, que nessa fase ainda primária e imprecisa da corrida às urnas, Eduardo Braide (Podemos) se mantém como favorito inconteste à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), surfando em ondas de 44,9% a 41,6% de intenções de voto. Os dois levantamentos mostram que o segundo time de pré-candidatos é liderado por Roseana Sarney (MDB) com 11,4% e 9,9%, seguida de Duarte Jr. (PCdoB), com 9,9% nos dois levantamentos, Wellington do Curso (PSDB) com 7,9% e 4,8%, Neto Evangelista (DEM) com 7,2% e 3,8%, Bira do Pindaré (PSB) com 4,4% e 3,5%, Jeisael Marx (Rede) com 2,9% e 2%, Osmar Filho (PDT) com 2,5% nos dois, Yglésio Moises (sem partido) com 1,3% e 1,4%, Carlos Madeira (SD) com 0,1% e 0,8% e Rubens Júnior (PCdoB) com 0,7% e 0,6%. O ex-prefeito Tadeu Palácio aparece na pesquisa Econométrica com 6,1%, mas não foi incluído na do DataM, e Adriano Sarney (PV) só aparece na pesquisa Econométrica, com 3,0%, num cenário sem Roseana Sarney.

São cenários que, com exceção de Eduardo Braide, vêm de repetindo, com algumas alterações tímidas e pontuais, principalmente devido ao fato de que nem os candidatos, nem os partidos e nem os líderes maiores bateram martelo sobre quem será, de fato, candidato. Janeiro será uma espécie de contagem regressiva para que os grupos políticos e partidários começam, efetivamente, a dizer quem será quem nesse jogo.

Três situações poderão definir os rumos da corrida eleitoral na capital. A primeira delas será o posicionamento do governador Flávio Dino sobre quem será o candidato do PCdoB, se Duarte Júnior ou Rubens Júnior. A segunda é sobre quem o Edivaldo Holanda Júnior abraçará como candidato do PDT: Osmar Filho, Neto Evangelista numa eventual aliança DEM/PDT, ou sugerirá um vice numa aliança com o PCdoB? E a terceira: Roseana Sarney será mesmo candidata do MDB para disputar com Adriano Sarney ou ficará de fora da disputa. As respostas para essas indagações darão composição definitiva ao cenário da disputa, pois a sucessão no Palácio de la Ravardière dificilmente se dará fora dessas situações e do projeto de Eduardo Braide. Isso porque o favoritismo do candidato do Podemos até aqui parece consistente, a indefinição no PCdoB e no PDT e o “fator” Roseana Sarney mostrados pelas pesquisas indicaram que essas definições terão elevado poder de fogo político e eleitoral ao longo da corrida.

A consistência do cacife de Eduardo Braide mostrada nas pesquisas sugere que o governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior caminhem para uma aliança do PCdoB com o PDT, restando saber em torno de que nome. Duarte Júnior tem se mostrado bom de voto, mas ainda é muito verde em política, enquanto Rubens Júnior tem sólida tarimba política, é bom de voto, mas ainda não deslanchou em São Luís. O nome a ser escolhido tem de ter a cara da aliança PCdoB/PDT, de modo a incorporar um discurso ao mesmo tempo alinhado à Prefeitura e ao Governo do Estado e que traduza o ânimo da aliança político-partidária que comanda o Maranhão, incluindo São Luís. Além disso, se, contrariando as expectativas, Roseana Sarney resolver ser mesmo candidata, ninguém duvida de que o cenário sofrerá alteração expressiva, podendo até minar o favoritismo de Eduardo Braide e mandá-lo enfraquecido para um segundo turno.

Nesse contexto, Wellington do Curso, Neto Evangelista, Tadeu Palácio, Bira do Pindaré, Jeisael Marx, Osmar Filho, Yglésio Moises e Carlos Madeira, se confirmarem suas candidaturas, terão de fazer esforços gigantescos para reverter o favoritismo de Eduardo Braide e reduzir o poder de fogo do candidato a ser lançado numa aliança PCdoB/PDT, para que tenham alguma chance na disputa. Isso significa dizer que apostar agora na vitória de Eduardo Braide é precipitação pura, porque a corrida para valer só será iniciada quando o martelo for batido no Palácio dos Leões, no Palácio de la Ravardière e na mansão do Calhau. Esse desenho deve ser rascunhado durante a calmaria de janeiro e a festança de Momo, para ganhar forma definitiva com a chegada das águas de março. É quando se saberá se o favoritismo do candidato do Podemos é sólido quanto parece.

Em Tempo: O instituto DataM ouviu 800 eleitores de São Luís, nos dias 28 e 29 de dezembro, tendo sua pesquisa margem de erro de 3,1% para mais ou para menos sobre os percentuais encontrados. O instituto Econométrica ouviu 938 eleitores nos dias 17 e 18 de dezembro, tendo sua pesquisa margem de erro de 3,4% e com um intervalo de confiança de 95%.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PDT não vai conseguir lançar candidatos na maioria dos grandes municípios

Weverton Rocha 

A menos que esteja em curso uma estratégia para surpreender meio mundo nos próximos meses, o cenário do momento para as eleições municipais indica que o PDT, comandado pelo senador Weverton Rocha, será coadjuvante em parte expressiva dos    maiores municípios do Maranhão. Até aqui, não há indicativo seguro de que o PDT tenha um nome forte para brigar pela sucessão em São Luís, hoje governada pelo partido. Em Imperatriz, o PDT já anunciou que apoiará a candidatura do deputado Marco Aurélio (PCdoB). Em Caxias, o partido só entrará na disputa se o candidato for a deputada Cleide Coutinho, que não demonstra interesses em entrar na disputa. Em Pinheiro, tudo indica que o PDT apoiará a candidatura do prefeito Luciano Genésio (PP), candidato à reeleição. Em Timon, ainda há dívidas sobre quem será o candidato do prefeito Luciano Leitoa (PSB), havendo, porém, quem garanta que o deputado pedetista Rafael Leitoa será lançado em breve, o que muitos duvidam. Em São José de Ribamar, não há ainda certeza se o PDT lançará um candidato para enfrentar o prefeito Eudes Sampaio (PTB), o ex-deputado Jota Pinto (Patriotas). E provável que o senador Weverton Rocha dê uma guinada radical nessa tendência que se constrói e amplie o arco de alianças do partido, pois se não o fizer, terá comprometido seu projeto de fazer uma megabase política para as eleições de 2022.

 

João Alberto confirma candidatura a vereador em Bacabal

João Alberto: projeto mantido

“O projeto está mantido. Sou candidato a vereador de Bacabal”. A declaração, feita em tom enfático, é do ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-senador da República e ex-governador do Maranhão João Alberto Souza, atual presidente do MDB maranhense. Inicialmente recebida por uns como um mero rompante, por outros como um rasgo de bom humor, a revelação do líder emedebista ganhou essência de verdade e está, de fato, transformada num projeto eleitoral definido e, segundo o próprio, irreversível. Contrariando a avaliação segundo a qual tentar uma cadeira na Câmara Municipal de Bacabal seria desprestígio para um político da estatura do ex-governador, hoje com 84 anos, João Alberto argumenta que, primeiro, encontra-se com saúde plena e o ânimo político de sempre, considerando que poderá, com sua experiência, contribuir para elevar o nível político e legislativo do parlamento bacabalense, bem como contribuir com a vida política da cidade da qual já foi prefeito e que continua sendo sua principal base política e eleitoral. João Alberto andou incentivando outros contemporâneos seus a abandonar a aposentadoria política e se candidatar a vereador nas suas cidades de origem, mas parece que a ideia não vingou. Tudo indica que ele será o único a experimentar a tentar a proeza de fechar sua trajetória onde tudo começou.

São Luís, 05 de Janeiro de 2020.