Todos os movimentos, sinais e evidências registrados na semana passada indicam que a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) bateu martelo e será mesmo candidata ao Governo do Estado. A se confirmar como fato irreversível, essa decisão dá a composição básica – mas ainda parcial – ao quadro de candidatos, abrindo caminho para a largada de fato na corrida ao Palácio dos Leões: o governador Flávio Dino (PCdoB) como candidato à reeleição, tendo como adversários Roseana Sarney, o senador Roberto Rocha (PSDB) e o professor universitário Odívio Neto (PSOL), permanecendo o deputado Eduardo Braide (PMN), a ex-prefeita Maura Jorge (Podemos), o ex-deputado Ricardo Murad (PRP) e a professora universitária Cláudia Durans (PSTU) como expectativas a serem confirmadas ou rifadas nas próximas semanas. Roseana Sarney ainda não declarou formalmente que vai participar da corrida eleitoral, deve fazê-lo ao longo dessa semana, após concluir o leque de consultas que vem fazendo desde que retornou dos Estados Unidos, com passagem por Brasília, segundo fontes a ela ligadas.
Com a definição, o Grupo Sarney parece ter superados diferenças internas, levando a ex-governadora a uma realidade nua e crua: ela é o único quadro com lastro para entrar nessa guerra para disputar. Qualquer outro nome dessa corrente entraria apenas para figurar. É essa a explicação para as fortes pressões a que foi submetida por aliados. A fórmula de trocar de posição com o deputado federal Sarney Filho (PV) foi recusada de pronto. Outras combinações foram avaliadas – como a candidatura do senador João Alberto (MDB), por exemplo – não prosperaram por falta de interesse.
A representante do MDB entra na disputa pelo Governo do Maranhão com um cacife de 27% das intenções de voto num cenário em que o governador Flávio Dino aparece com 60%, com perspectiva de liquidar a fatura logo no primeiro turno, segundo pesquisa recente do Data Ilha. Para ela, que em sua trajetória eleitoral experimentou altos – quando teve o controle sobre a máquina pública – e baixos – quando não tinha esse controle -, entra na corrida para as eleições de Outubro numa situação absolutamente adversa: sem o suporte do Governo estadual num cenário em que seu principal aliado é o presidente Michel Temer (MDB) mergulhado no mais completo descrédito diante da Opinião Pública. Nesse mesmo ambiente, representará um partido poderoso, é verdade, mas duramente castigado pelo descrédito provocado pelas demolidoras denúncias de corrupção que atingem os seus principais líderes, a começar pelo próprio presidente da República. Roseana irá às urnas, portanto, consciente de que o cenário, agravado por uma forte rejeição, lhe é desfavorável e que seu desafio é revertê-lo numa medição de força com um governador bem avaliado pela maioria e política e eleitoralmente forte.
Isso não significa dizer que Roseana Sarney entra na briga como uma candidata fadada apenas a compor o quadro. Seus desafios são gigantescos e vistos por muitos como insuperáveis, mesmo considerando toda a imprevisibilidade de uma guerra eleitoral. Mas em qualquer disputa majoritária, um candidato que entra com 27% tem de ser levado em conta, principalmente num processo em que pode haver um segundo turno se o mais votado não alcançar metade mais um dos votos. Se não mostra poder de fogo do favoritismo, sua candidatura pode ser um instrumento para dificultar o desfecho indicado pelas pesquisas. Sua campanha, enfim, terá de ser embalada por uma estratégia de risco elevado e sucesso improvável.
Na sua condição de favorito, lastreado numa gestão de resultados indiscutíveis e numa posição política que se reflete até no cenário nacional, o governador Flávio Dino prepara uma campanha politicamente forte, decidido que está a dar continuidade ao seu projeto de Governo e de poder. Roberto Rocha e Eduardo Braide querem ser governador, claro, mas pretendem mesmo é adubar terreno para embates futuros – Prefeitura de São Luís em 2020 e Governo do Estado em 2022. Mas eleição é eleição e tudo pode acontecer no decorrer de uma campanha eleitoral, sendo o mais comum e lógico dos desfechos a vitória do favorito, principalmente quando se trata de candidato do quilate do atual governador do Maranhão.
PONTO & CONTRAPONTO
Edivaldo Jr. “doma” problemas de São Luís, avança na gestão e monta cacife para 2022
Quando foi eleito prefeito de São Luís em 2012, na esteira de dois mandatos de vereador da Capital e “meio” de deputado federal, Edivaldo Holanda Jr. (PDT) foi por muitos apontados como excessivamente tímido e sem pulso nem preparo para encarar e resolver os imensos e desafiadores problemas da maior e mais importante cidade do Maranhão, que para aumentar ainda mais o desafio, carrega o título de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. Passados cinco anos, entremeados por uma reeleição com disputa animada mas de pouco risco, o prefeito de São Luís entra numa fase de prosperidade administrativa, mesmo enfrentando problemas graves e administrando as ciladas da crise. A São Luís de hoje passa a todos a certeza de que tem um Governo sério e obstinado, com ações que vão do centro à periferia, contemplando as diferentes comunidade com programas arrojados. Um exemplo é a área de Educação, que recebeu numa condição de caos absoluto, com escolas fechadas, mas que, cinco períodos letivos depois, vive uma situação radicalmente melhorada, com reformas, climatização, fardamento e merenda escolar equilibrada e programas educacionais modernos, enfim, uma realidade muito diferente do quadro dramático registrado em fevereiro de 2013. Outro exemplo são as obras de modernização urbanas da Capital, com diversas intervenções, como a nova pracinha da Beira-Mar e o gigantesco canteiro que onde está sendo realizada a restauração da Praça Deodoro, para citar apenas um dado. A Prefeitura de São Luís tem hoje uma situação financeira absolutamente sob controle, sem qualquer folga, mas controlada o suficiente para manter em dia os salários dos servidores, as dessas e custeio e os investimentos possíveis. E com um dado excepcional em se tratando de Maranhão: a parceria rica e produtiva da Prefeitura de São Luís com o Governo do Estado, avalizada integralmente pelo governador Flávio Dino. Com essa gestão respeitável – na qual, vale registrar, não se ouve falar de bandalheira nem da ação danosa de eminências pardas -, o prefeito Edivaldo Jr. vai construindo um cacife para prosseguir de cabeça erguida no cenário político do Maranhão, com espaço garantido no elenco de nomes que com certeza serão avaliados pelo eleitorado para comandar o Estado a partir de 2023.
Roberto Rocha e Roseana Sarney podem afinar discurso em a favor de Geraldo Alckmin
O que eram mera especulação caminha para se tornar um fato concreto: os candidatos do PSDB, senador Roberto Rocha, e MDB, Roseana Sarney deverão traçar uma estratégia comum de campanha visando incensar candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin no Maranhão. Roseana Sarney já estaria certa de que o MDB deve mesmo se coligar com os tucanos, devendo indicar o candidato a vice. Isso não significa dizer que PSDB e MDB abram mão dos seus candidatos a governador, recomendando apenas que os dois se esforcem para “vender” o candidato tucano nos mais diferentes rincões do estado. Há quem diga, no entanto, que essa “aliança” em torno do candidato presidencial amenizará o discurso de ambos, embora o senador Roberto Rocha tenha recentemente declarado que fará “de tudo” para atropelar os planos de Roseana Sarney de chegar ao segundo turno. Há quem diga que até o final de Maio esse item será discutido e amarrado por tucanos e emedebistas.
São Luís, 20 de Maio de 2018.
Cada uma, se decida logo se candidata ou não.
Vamos ver qual vai ser o desenrolar dessa eleição.
A gestão de Edivaldo está sendo muito elogiada, são muitos avanços positivos
Edvaldo está fazendo um bom trabalho há frente da Prefeitura de São Luis. Flavio dino tem sorte de ser aliado dele, pois vai ganhar a maioria dos votos na capital. Roseana vai passar vergonha no debito e no crédito rss