Com grandes desafios a vencer, Weverton terá sua candidatura confirmada hoje em megaconvenção do PDT

 

Weverton Rocha montou uma megaestrutura no estádio Nhozinho Santos para realizar sua convenção causando impacto  nos bastidores da corrida sucessória

O PDT realiza hoje a convenção que formalizará a candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado, tendo como vice o deputado estadual Hélio Soares (PL), fruto da aliança com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e, por extensão, com as forças que representam o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Maranhão. Nesse jogo de alianças, o senador Weverton Rocha declarará apoio à candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição, ao mesmo tempo em que não está ainda claro como e em que medida o partido se posicionará em relação a Ciro Gomes, confirmado candidato da legenda à presidência da República. Por todos esses vieses, além da formalização de chapas, a convenção do PDT será um marco na trajetória do senador Weverton Rocha, uma vez que representará uma demonstração de força política e, ao mesmo tempo, o maior desafio da sua carreira. Isso porque, pelo cenário desenhado até aqui pelas pesquisas de opinião, o seu projeto de poder, que está estacionado nas preferências do eleitorado, poderá hoje ser impulsionado e deslanchar, dando-lhe a possibilidade de avançar e vencer a eleição, ou conduzi-lo a um desastre devastador, que o obrigará zerar o jogo em relação ao futuro.

Esse espectro que rascunha a convenção do PDT é explicado pelo caráter de “tudo ou nada” dado pelo próprio senador Weverton Rocha à sua candidatura, passando à sociedade maranhense e ao resto do mundo a impressão de que “se não for agora não será nunca”, o que justifica o espantoso malabarismo político que vem protagonizando desde que o grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) optou pela candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSB). Diferentemente dos demais candidatos, o senador Weverton Rocha vem dando sucessivas demonstrações de que, para ele, chegar ao Palácio dos Leões nesta eleição é uma questão de “vida ou morte” política.

No cenário da corrida sucessória desenhado até aqui, os esforços pessoais e políticos do senador Weverton Rocha têm lhe gerado mais problemas do que vantagens. O rompimento com a posição do governador Flávio Dino para apoiar a candidatura já vitoriosa de Eduardo Braide na eleição para a Prefeitura de São Luís, se por um lado lhe assegurou declaração de apoio do prefeito à sua candidatura, por outro levou o seu partido ao maior desastre político e eleitoral na Capital, depois de um domínio por mais de três décadas. E ao romper em definitivo com Flávio Dino – que foi decisivo para sua eleição de senador – por não ter sido escolhido seu candidato a governador e declarar apoio irrestrito à candidatura do senador Roberto Rocha à reeleição contra o ex-governador, alinhou-se às forças bolsonaristas, tendo como parceiro principal o deputado federal Josimar de Maranhãozinho com sua turma. Mesmo diante desses movimentos, considerados os mais controversos, ele e seus aliados fazem de conta de que tudo é normal e está dando certo.

Em relação à corrida eleitoral em si, o senador Weverton Rocha vai para a sua megaconvenção com o desafio de convencer os delegados do seu partido que tem condições de resolver dois megaproblemas. O primeiro é tirar sua candidatura do estacionamento, viabilizá-la de vez para disputar de igual para igual com a do governador Carlos Brandão, para não correr o risco de ela chegar ao segundo turno muito fragilizada. E o outro, encontrar uma maneira de afastar a ameaçadora aproximação da candidatura do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), que de acordo com a pesquisa Econométrica, divulgada na semana passada, chegou à posição do empate técnico. Além disso, a convenção vai desafiá-lo a reconstruir o bem mais precioso do PDT: a militância pedetista criada pelo legendário Jackson Lago.

Ninguém duvida da viabilidade política e eleitoral do senador Weverton Rocha, e de que o partido chancelará sua candidatura, embalando sua incontestável capacidade de ação política, o arrojo dos seus movimentos e o uso dos meios que lhes dão a condição de líder partidário e senador da República. Mas a julgar pelos fortes sinais emitidos até aqui pelas pesquisas de opinião, o líder pedetista poderá sair da convenção para um sucesso avassalador ou para um fracasso retumbante.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PCB surpreende e lança candidato a governador

Chama-se Frankle Da Costa Lima o mais novo pré-candidato a governador do Maranhão, lançado ontem pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), a mais radical das três correntes  comunistas em atuação no Brasil (Para quem não lembra, uma é o PCdoB, que representa a esquerda democrática, e a outra é o Cidadania, que antes de ganhar esse nome foi parte do PCB, do qual se desgarrou com o nome de Partido Popular Socialista (PPS), para ser finalmente rebatizado com o nome atual). Pelo que foi divulgado, Frankle Da Costa Lima tem 43 anos e é servidor público municipal de Imperatriz, tem ensino médio completo e foi candidato a vice-prefeito em 2020, na chapa encabeçada por Sandro Ricardo, também do PCB. Com a entrada de Frankle Da Costa Lima na corrida eleitoral, sobe para oito o número de candidatos ao Governo do Estado.

 

Vereadora de Pedreiras será vice de Simplício Araújo

Marly Tavares será vice na chapa liderada por Simplício Araújo

O suplente de deputado federal Simplício Araújo, candidato a governador pelo Solidariedade, anunciou ontem a vereadora-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, Marly Tavares (Solidariedade) como candidata a vice-governadora na sua chapa. Com a definição, Simplício Araújo resolve sua candidatura ao Palácio dos Leões, deixando em aberto apenas a vaga de candidato do partido ao Senado. Ele, que integrou a equipe do então governador Flávio Dino (PSB) como secretário de Indústria, Comércio e Energia, surpreendeu ontem o meio político ao declarar que pessoalmente vota no ex-governador, mas que o seu partido quer “discutir” o assunto. A alegação do “partido” para não segui-lo no apoio a Flávio Dino é que o ex-governador não teria procurado o Solidariedade – que fez parte dos dois períodos do governo dinista – “para conversar”.  Incrível.

São Luís, 29 de Julho de 2022.

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