Todos os posts de Ribarmar Correa

Bolsonaro toma PL Mulher de Detinha e prepara bote para expulsar Maranhãozinho do partido

Troca no comando do PL Mulher de Detinha
por Flávia Berthier é a primeira investida de Jair
Bolsonaro contra Josimar de Maranhãozinho

Se alguém duvidava de que está em marcha um plano engendrado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para expulsar o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e seu grupo do PL, tomar o controle do partido e repassa-lo a alguém da sua confiança, essa dúvida chegou ao fim ontem. Veio com a notícia de que a chefe nacional do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, destituiu a deputada federal Detinha do comando da ala feminina do partido no Maranhão e a entregou à vereadora eleita por São Luís Flávia Berthier (PL). Muito mais que uma mudança de rotina, a ação de Michele Bolsonaro se deu na forma de atropelamento e confirmou a guerra que o marido dela deflagrou contra o chefe do PL no Maranhão, que tem o controle total do partido.

Para se constatar claramente a contundência da medida e perceber que ela não faz muito sentido, basta medir o poder de fogo da deputada Detinha e o da vereadora eleita Flávia Berthier. A medição remete sem desvio para a conclusão de que a medida foi um recado duro em que Jair Bolsonaro avisa a Josimar de Maranhãozinho que ele está de fato determinado a expurga-lo do partido, juntamente com seu grupo, sem levar em conta a relação de proximidade que o chefe do PL no Maranhão mantém com o presidente nacional do partido, Waldemar Costa Neto, que já foi até chamado de “pai” por Josimar de Maranhãozinho. Daí a surpresa causada pela troca de comando do PL Mulher no Maranhão, com a destituição de Detinha e a entronização de Flávia Berthier.

A deputada federal Detinha foi a candidata mais votada em 2022, tendo saído das urnas com mais de 180 mil votos, vencendo inclusive o marido, que teve alguns milhares de voto a menos. Como em outras eleições, Detinha teve papel importante na construção da robusta vitória do PL nas urnas com a eleição de 41 prefeitos, alguns vices e uma grande penca de vereadores em todas as regiões do estado. Quando foi deputada estadual, tendo sido também a mais votada de 2018, ela comandou a bancada do PL na Assembleia Legislativa, fazendo a ponte com o marido deputado federal. A mudança na direção do PL Mulher no Maranhão foi uma decisão “natural” do comando nacional do partido. E com um dado: Detinha sempre foi fiel ao PL, mas nunca se declarou bolsonarista.

No contrapeso, Flávia Berthier é uma professora e praticamente desconhecida no meio político e cuja existência no espaço partidário de São Luís só veio à tona com a sua eleição para a Câmara Municipal de São Luís com 4.857 votos. Até agora, só se sabe da existência política da vereadora eleita por algumas declarações por meio das quais se apresentou como bolsonarista de ponta.

A mudança no comando do PL Mulher no Maranhão foi, portanto, o primeiro movimento prático para afastar Josimar de Maranhãozinho do PL do Maranhão, como também um passo no sentido de dar cara ao bolsonarismo no Maranhão. Isso porque está mais que claro que a força do partido no estado se deve à ação política de Josimar de Maranhãozinho, que, como é sabido, não reza no missal do bolsonarismo. A reação indignada da prefeita de Zé Doca, Josinha Cunha (PL) à troca de comando no PL Mulher no Maranhão, dá bem a medida da distância que está separando o grupo liderado por Josimar de Maranhãozinho da banda bolsonarista do PL.

Nos bastidores do PL a informação corrente é que o próximo passo será a expulsão – ou a saída voluntária – de Josimar de Maranhãozinho e seu grupo. E com um dado a mais: se ele sair do PL, levará junto os deputados federais Detinha, Júnior Lourenço, Pastor Gildenemir, três deputados estaduais e pelo menos 35 dos 41 prefeitos que ajudou a eleger. Ou seja, tem poder de fogo para deixar o PL maranhense transformado num partido nanico.

PONTO & CONTRAPONTO

Assembleia reforma estrutura, cria regra contra nepotismo e vai eleger nova Mesa Diretora

Plenário da Assembleia Legislativa confirmou as mudanças na
estrutura e na eleição para Mesa Diretora

A Assembleia Legislativa tem nova estrutura administrativa e só depende de uma manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar a eleição da nova Mesa Diretora, que assumirá o comando da Casa a partir de 1º de fevereiro. Essa nova realidade do Poder Legislativo ganhou feição definitiva ontem com a promulgação da Emenda Constitucional nº 101/2024, que acrescente o Artigo 28-C à Constituição do Estado do Maranhão.

O novo Artigo estabelece que a Direção Superior da Assembleia Legislativa será composta de Diretorias e Procuradoria-Geral. E define que cabe à Mesa Diretora a prerrogativa intransferível de gerir a administração da Casa e ordenar despesas em todos os âmbitos do Poder Legislativo.

De acordo com informações divulgadas pela Diretoria de Comunicação do parlamento estadual, “a medida visa garantir uma organização mais estruturada e eficiente na execução das decisões administrativas, políticas, fiscais e financeiras da Assembleia”. Além disso, “a nova estrutura administrativa atribui aos ocupantes dos cargos da Direção Superior encargos, responsabilidades e direitos relacionados à execução das determinações da Mesa Diretora, conforme o Art. 70 da Constituição do Estado do Maranhão e outras legislações pertinentes”.

E finalmente, uma medida forte destinada a combater o nepotismo nos quadros do Poder Legislativo: “Os membros da Direção Superior deverão observar os impedimentos previstos na Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata sobre nepotismo no serviço público”.

Para realizar a eleição da Mesa Diretora que comandará a Casa no biênio 2025/2026 será realizada tão logo o STF der aval às mudanças feitas sob o comando da presidente Iracema Valer (PSB).

Paulo Victor já tem votos suficientes para garantir presidência no próximo biênio

André Campos declara apoio à candidatura
de Paulo Victor para presidente

Se a eleição para a presidência da Câmara Municipal de São Luís fosse realizada agora, o presidente Paulo Victor (PSB) ganharia novo mandato presidencial, se não por aclamação, por maioria avassaladora dos 31 votos da Casa, dos quais ele teria pelo menos 27.

O presidente do parlamento ludovicense deu uma forte demonstração de habilidade política ao deflagrar sua campanha para presidir a Casa no próximo biênio ainda no calor dos números das eleições. Sua ação rápida e abrangente lhe deu pelo menos 15 votos nos primeiros movimentos.

Os dias seguintes elevaram esse cacife para 25 votos, de modo que ontem, segundo uma fonte ligado ao presidente, ele já teria 27 votos, para se eleger com folga. E a aclamação poderá acontecer se na sessão em que se fará a eleição da Mesa faltarem os quatro ou cinco vereadores que não lhe declararam apoio.

O fato é que não há mais dúvidas de que o vereador Paulo Victor será presidente também no primeiro biênio da nova legislatura.

São Luís, 07 de Novembro de 2024.

Rildo agradece apoio de Brandão, Fufuca e Iracema e garante que Imperatriz vai renascer

Rildo Amaral mostrou que tem noção de atuar em grupo

O deputado estadual Rildo Amaral (PP), prefeito eleito de Imperatriz, mostrou ontem, na tribuna da Assembleia Legislativa, que a sua eleição foi o resultado de uma grande construção, que envolveu aliados, apoiadores e, sobretudo, o povo da metrópole tocantina. Ele destacou que o governador Carlos Brandão (PSB) foi o seu apoiador mais importante, juntamente como ministro do Esporte, André Fufuca, líder do PP e cujo apoio foi fundamental, assim como o da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), para o desfecho do pleito, do qual saiu com larga maioria, tanto no primeiro como no segundo turno. Sem fazer rodeios e usando a franqueza dos vencedores, o prefeito eleito de Imperatriz foi direto ao ponto:

“Venho aqui reconhecer que o nosso líder maior, o governador Carlos Brandão, foi o grande arquiteto de toda essa conjuntura, e, por isso, é honrado, e, com certeza, nas campanhas que virão, Imperatriz já vai reconhecer o meu sentimento por aquela cidade, em fazê-la renascer e sair do caos em que se encontra. Eu só vou me sentir um vitorioso mesmo quando eu ver Imperatriz muito melhor”.

Rildo Amaral manteve na tribuna do parlamento estadual o mesmo discurso de campanha, durante a qual denunciou a situação de caos, evidenciando que está consciente do tamanho do desafio que o espera à frente da segunda maior e mais importante cidade do Maranhão. Conforme informações que chegaram à Coluna, são milhões em dívidas vencidas, hospitais e postos de saúde maltratados e milhares de pessoas à espera de um atendimento digno, sendo que o mesmo caos aparece também na rede escolar e na maioria dos serviços de responsabilidade do município. Uma das suas promessas de campanha é fazer uma minuciosa auditagem em áreas sensíveis da máquina municipal, para resolver os problemas que encontrar.

A julgar pelo que disse na tribuna e em conversas com deputados, Rildo Amaral deu a entender que vai dar um choque de gestão na Prefeitura de Imperatriz logo nas primeiras semanas. Isso porque, segundo relatos informais que vem recebendo, a máquina administrativa municipal está, de fato, precisando de uma ré-arrumação. “Venho hoje a esta tribuna externar minha gratidão ao povo da minha região por ter-me feito prefeito de Imperatriz, no último dia 27, batendo recorde de votos: foram mais de 81 mil votos de um povo que acredita que Imperatriz pode renascer”, declarou.

O deputado Rildo Amaral mostrou que sabe o que é trabalhar em grupo e que tem noção ampla do que é uma base de apoio numa eleição como foi a de Imperatriz, em cuja campanha teve também o apoio importante do ex-prefeito e atual chefe da Casa Civil Sebastião Madeira (PSDB). A sua manifestação foi a de quem sabe que, não fossem esses apoiadores, sua eleição seria bem mais complicada. Afinal, teve dois adversários fortes, o deputado federal Josivaldo JP (PSD), que foi eliminado no primeiro turno, e Mariana Carvalho (Republicanos), que levou para Imperatriz ninguém menos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros apoiadores importantes, entre eles o prefeito reeleito de São Luís Eduardo Braide (PSD). Sua vitória foi, portanto, robusta.

Os agradecimentos que manifestou da tribuna foram os de um político que soube valorizar as parcerias, os seus apoiadores e os seus aliados. Essa postura levou a presidente Iracema Vale mais 12 deputados a manifestarem apoio ao prefeito eleito de Imperatriz. A presidente da Assembleia Legislativa declarou: “Nós temos certeza absoluta de que será uma gestão de muito trabalho e compromisso. Essa vitória não é só sua, é desta Casa, é do nosso grande líder, governador Carlos Brandão. É a vitória do povo de Imperatriz”.

Depois de tudo que disse e ouviu ontem, o deputado Rildo Amaral pareceu medir o tamanho do compromisso que assumiu com os imperatrizenses e com o Maranhão, porque essa eleição recolocou Imperatriz no cenário político estadual.

PONTO & CONTRAPONTO

Definidas as novas regras para a eleição da Mesa da Alema; Iracema deve continuar no comando

Iracema Vale comandará a eleição e deve ser
confirmada presidente para o próximo biênio

A Assembleia Legislativa deve realizar neste mês, em data ainda a ser definida, a eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio e que assumirá o comando da Casa no dia 1º de fevereiro de 2025. Esse roteiro foi definido com a promulgação, nesta terça-feira, do Projeto de Resolução Legislativa nº 109/2024, que alterou os artigos 7º e 8º da Resolução 446, que vingou até a promulgação na mudança.

Agora, o artigo 7º da nova norma aprovada reza que, a partir do dia 1º de novembro do segundo ano da Legislatura, pode ser realizada Sessão Preparatória para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, mediante voto secreto. E estabelece que os membros eleitos tomarão posse no dia 1º de fevereiro do terceiro ano da Legislatura.

Por sua vez, o artigo 8º fixa que a eleição dos membros da Mesa ocorrerá em votação secreta, exigida a maioria absoluta de votos em primeiro turno e maioria simples em segundo turno, presentes a maioria absoluta dos deputados.

Definidas as regras, a eleição da nova Mesa Diretora do Poder Legislativo depende agora de ato presidencial definindo a data. Essa definição deve acontecer nos próximos dias, com anúncio a ser feito pela presidente Iracema Vale (PSB), que deve ser eleita para o próximo biênio, juntamente com os demais membros da Mesa.

A única vaga será a 2ª Secretaria, atualmente ocupada pelo deputado Roberto Costa, quer vai renunciar ao mandato para assumir a Prefeitura de Bacabal.

Estão tentando impedir que Douglas Pinto seja a voz dos desvalidos na Câmara Municipal

Douglas Pinto: o mais votado

Alguma coisa pouco republicana está criando uma situação embaraçosa para o jornalista e vereador eleito Douglas Pinto (PSD), que saiu das urnas como o mais votado da história recente do Legislativo ludovicense, com m ais de 16 mil votos.

Primeiro, foi amplamente divulgada a informação segundo a qual o prefeito Eduardo Braide (PSD) estaria articulando a candidatura de Douglas Pinto à presidência da Câmara. Isso num momento em que o presidente Paulo Victor (PSB) já havia recebido declaração de apoio de pelo menos 18 vereadores eleitos e reeleitos. Era só especulação maldosa.

Agora, a especulação, igualmente suspeita, “informa” que Douglas Pinto pode vir a ser secretário de Comunicação da Prefeitura de São Luís, o que não faz o menor sentido.

A Coluna insiste lembrando que na década de 90 do século passado o servidor público Pedro Celestino (PV) saiu das urnas com a maior votação, após uma campanha na qual se destacou como a voz dos desvalidos e com o mote “o pequeno que incomoda”. Celestino se preparava para ser um vereador de luta no plenário, quando atendeu a convite do então prefeito Jackson Lago e se tornou líder do Governo na Câmara. Caiu em desgraça no eleitorado, fez um mandato medíocre e foi varrido da política.

Com alguma diferença, o jornalista Marcial Lima se elegeu vereador em 2020 na esteira do seu prestígio profissional, que construiu a vitória como porta-voz tombou no momento em que aceitou convite do prefeito Eduardo Braide e se tornou líder do Governo na Câmara. O resultado foi a não reeleição.

Fica o registro para que o vereador eleito Douglas Pinto mantenha o seu juízo e vá para a Câmara Municipal defender os esquecidos pelo Poder Público municipal.  

São Luís, 06 de Novembro de 2024.

André Fufuca diz que candidatura ao Senado está nas mãos de Deus e dos seus aliados

André Fufuca: pré-candidato

“Eu acredito muito que a vontade de Deus sempre será feita, então eu deixo na mão de Deus. Porém, a construção de um projeto depende da gente, eu trabalho muito para que a gente possa construir um projeto majoritário dentro do Progressistas. Se for da vontade de Deus que seja feita, se for da vontade dos nossos amigos, dos nossos aliados, das pessoas que caminham conosco, que seja feita essa vontade”.

Com essa declaração, na qual revela que, a seu ver, uma candidatura ao Senado, no seu caso, depende da soma da vontade divina com a vontade dos homens, o ministro do Esporte, André Fufuca, não deixou dúvida, ontem, em entrevista à Rádio FM Mirante News, de que está, de fato, construindo o que chamou de “projeto majoritário” no braço do PP no Maranhão, do qual é o líder maior. Com a declaração, o ministro, que é deputado federal, sinaliza com clareza, que está, de fato, na disputa por uma das duas vagas no Senado que serão preenchidas nas eleições de 2026. E que, a julgar pela movimentação dos grupos, será uma das mais difíceis dos últimos tempos no estado.

Essa corrida começa com o fato de que dois dos três senadores maranhenses, Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), se movimentam com a intenção de renovarem seus mandatos. Ocorre que, como manda a tradição, o governador Carlos Brandão (PSB) é nome fortíssimo para uma das vagas de senador, ainda que ele até agora não tenha batido martelo sobre o seu futuro político, só admitindo que tudo vai depender da “evolução dos acontecimentos”. Assim, pelo menos até o momento, os dois senadores e o ministro André Fufuca trabalham no que já se convencionou chamar de “segunda vaga”, já que nenhum dos três manifestou a intenção de disputar a cadeira que poderá ter o governador Carlos Brandão como candidato. Ao contrário, todos gostariam de ser o seu parceiro de chapa.

Com um mandato de deputado estadual e no exercício do terceiro de deputado federal, credenciado por um currículo que inclui a presidência nacional do partido, a liderança da bancada do PP na Câmara Federal, da qual já foi presidente e, agora, a condição de ministro de Estado do Esporte, André Fufuca aspira uma cadeira de senador com as condições possíveis para viabilizar a sua candidatura. Mas a base maior do seu projeto é o lastro partidário: o seu partido, o PP, saiu das urnas com 30 prefeitos, entre eles os de Imperatriz, Caxias e Santa Inês, municípios importantes e estratégicos no viés político.

No campo estritamente político, o ministro do Esporte vem dando forma ao “projeto majoritário” do PP movido por dois vetores. O primeiro é o da movimentação cuidadosa, dando um passo de cada vez e sem abrir frente de conflitos. O outro é a ação política efetiva, que tem por base o fortalecimento partidário. Isso ficou muito claro nas eleições municipais, qual ele tirou duas semanas de férias do ministério e mergulhou de cabeça na campanha dos candidatos do seu partido em todo o estado, com foco nos grandes centros. Saiu do processo duas vezes mais forte do que entrou. Só a partir de então começou a traçar com mais clareza as linhas do “projeto majoritário” do PP no Maranhão.

É claro que já dono de experiência de raposa traquejada, em que pese a pouca idade, o ministro André Fufuca sabe que muita água ainda vai rolar sob a ponte que leva às suas cadeiras no Senado. Mas parece convencido de que, com a ajuda divina e dos seus aliados e apoiadores, é esse o momento de dar esse passo, ciente dos riscos, mas também confiante no seu cacife político e partidário.

PONTO & CONTRAPONTO

Políticos avaliam que reunião do governador com prefeitos foi oportuna e produtiva

Entre o presidente da Famem, Bigu de Oliveira, e a primeira-dama Larissa Brandão, Carlos Brandão no encontro em que reuniu prefeitos eleitos e reeleitos no pleito de outubro

Continua repercutindo no meio político o evento em que o governador Carlos Brandão reuniu, na última sexta-feira (1º) prefeitos eleitos e reeleitos para celebrar o mapa político e administrativo desenhado pelas urnas.

Na avaliação de políticos governistas e não governistas, o encontro, que reuniu mais de 150 prefeitos e reeleitos, foi altamente oportuno e produtivo, a começar pelo fato de que o ponto central foi a iniciativa do Palácio dos Leões de estabelecer uma relação institucional com os novos chefes municipais, o que foi alcançado a contento.

Conhecedor profundo do perfil político do Maranhão, o governador Carlos Brandão saudou os presentes na medida certa, a começar pelo fato de que colocou o Governo à disposição dos novos dirigentes municipais, chegando ao ponto de apresentar todos os secretários, chefes de autarquias e de empresas públicas.

O objetivo básico do evento foi estabelecer essa relação, até porque a nela pontos que independem da vontade do governador e do prefeito, como o que envolve a parte tributária. Mas uma convivência institucional tranquila e aberta é suficiente para que a máquina pública nos dois níveis funcione bem.

Agora, nada impede que no futuro essa convivência institucional se transformar numa relação política, que é o que costuma acontecer.

Pacheco diz que Eliziane tem estatura para presidir o Senado

Eliziane Gama elogiada
por Rodrigo Pacheco

A senadora Eliziane Gama (PSD) formalizou sua pré-candidatura à presidência do Senado e do Congresso Nacional. No ato, ouviu do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) palavras de apoio e agradecimento.

Rodrigo Pacheco disse que que Eliziane Gama teve papel relevante e decisivo em vários momentos de crise na instituição e que foi sobretudo pelo esforço que ela fez, que ele apoiou, por exemplo, a criação da Bancada Feminina, da qual a senadora maranhense foi uma das principais articuladoras.

O presidente do Senado assinalou também o desempenho da senadora maranhense com o legisladora, lembrando que ele foi um dos quadros mais produtivos da Casa nos últimos seis anos. Isso sem falar na atuação parlamentar intensa, como debatedora no plenário e como presidente e relatora de comissões importantes, como as CPIs da Covid e do 8 de Janeiro, da qual foi responsável perlo relatório.

Em resumo, o presidente Rodrigo Pacheco disse que a senadora Eliziane Gama tem estatura para substituí-lo como a primeira mulher a comandar o Congresso Nacional.

São Luís, 05 de Novembro de 2024.

Eleições municipais deram a Brandão cacife para comandar sucessão e ser senador, se quiser

Carlos Brandão tem relação afinada com Lula da Silva

O resultado das eleições municipais colocou as eleições de 2026 como tema prioritário dos líderes e dos partidos políticos em atuação no Maranhão. No novo tabuleiro político, o governador Carlos Brandão (PSB) teve ampliada a aliança partidária que lidera, obteve o apoio da esmagadora maioria dos prefeitos e, como manda a tradição, consolidou o poder de deflagrar o processo da sua sucessão. Se resolver disputar o Senado, o governador tem 17 meses para definir o seu candidato a governador; mas se, numa hipótese remota, resolver permanecer no governo até o final, o seu tempo para decidir o candidato à sua sucessão será de 20 meses. O fato concreto é que Carlos Brandão tem agora as condições políticas para comandar o processo eleitoral no qual definirá o seu próprio futuro.

O ponto fulcral da grande pauta é a escolha do candidato do Palácio dos Leões à sucessão do governador. Pelo desenho produzido pelas eleições de 2022, o candidato seria o vice-governador Felipe Camarão (PT), um projeto desenhado pelo então governador Flávio Dino, certo de que teria o aval do governador Carlos Brandão e do presidente Lula da Silva (PT). As diferenças entre o grupo dinista com a corrente brandonista desgastaram fortemente e coloraram em risco o projeto inicial.  As eleições municipais, porém, confirmaram que quem tem poder de fogo para definir o processo sucessório é o atual chefe do Poder Executivo. E nesse emaranhado, vale registrar que o governador do Maranhão mantém sintonia fina com o presidente Lula da Silva (PT).

Esse novo cenário tem atiçado os nichos de especulação. Uns acreditam que, apesar dos tremores, o governador Carlos Brandão vai apoiar a candidatura de Felipe Camarão, mas indicando o vice da sua inteira confiança, certo de que esse será governador e comandará a sucessão em 2030. Outros especulam que Carlos Brandão abrirá mão de disputar o Senado e lançará um candidato, que pode ser a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, que deixaria o PSB e voltaria às fileiras do PT, ou outro nome com o aval do seu grupo. O governador nada disse de concreto ou enfático sobre o assunto, mas já deixou claro que tudo dependerá da enigmática “evolução dos acontecimentos”.     

Esse novo ambiente fez com que algumas posições fossem consolidadas, como a do deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca (PP), que saiu das urnas com 30 prefeitos eleitos – incluindo o de Imperatriz, Caxias e Santa Inês -, poder de fogo para se candidatar ao Senado, com a vantagem de estar integralmente alinhado ao governador. O senador Weverton Rocha (PDT), cujo cacife político emagreceu nas urnas, tenta fazer uma ponte entre o Palácio do Planalto e o Palácio dos Leões para viabilizar sua candidatura à reeleição. Vozes ligadas ao chefe pedetista vêm soprando que ele estaria conversando com o governador Carlos Brandão. Pode até ser, mas daí a garantir a reeleição do pedetista existe uma enorme distância.

Na montagem dessa equação, o problema é que, em sendo candidato ao Senado, como, como manda a lógica, o governador terá de trabalhar um espaço para acomodar a senadora Eliziane Gama (PSD), que ao se candidatar à presidência do Senado, parece estar mandando ao mundo político maranhense um recado eloquente de que está no jogo. O que facilita o desatar do nó é que o futuro de Eliziane Gama passou a ser também uma preocupação do Palácio do Planalto, que a tem em alta conta.

Os acontecimentos pós-eleitorais, como o lançamento da candidatura do prefeito eleito de Bacabal, deputado estadual Roberto Costa (MDB), à presidência da Famem, têm mostrado que o governador Carlos Brandão tem cacife para bancar o seu projeto sucessório, equacionando a grande chapa com os seus principais aliados, a começar pelo presidente Lula da Silva. E muito provavelmente deixando o cargo em abril de 2026 para disputar uma cadeira no Senado, que na atual realidade brasileira é o destino natural de governadores bem sucedidos.

PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa já tem larga maioria, mas intensifica articulação por consenso

Roberto Costa: maioria
consolidada para a Famem

O deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa (MDB) já tem o apoio declarado de mais da metade dos prefeitos eleitos e reeleitos à sua candidatura a presidente da Famem.

E conta com a maioria dos 37 do MDB, dos 30 do PP, dos 26 do União Brasil, do 19 do PSB, dos 18 do PDT, os 7 do PSDB, além de seis do grupo formado por PT, PV e Podemos. Já seriam cerca de 150 apoiadores declarados, incluídos aí alguns do PL e do Republicanos que já teriam se manifestado a seu favor.

Segundo dois prefeitos aliados do emedebista, Roberto Costa já tem eleição consolidada e seria eleito com votação robusta se a eleição fosse agora. Para eles, até meados de janeiro, quando for realizada a eleição na Famem, ele poderá ser eleito por consenso. A começar pelo fato de que o seu principal apoiador é o governador Carlos Brandão.

E a explicação para a busca do consenso é simples: a Famem é uma entidade corporativa, que defende o municipalismo, ou seja, os interesses dos municípios, tornando suas ações mais fortes se definidas por consenso e conduzidas por uma presidência que tem o apoio integral dos associados.

No meio político, o palpite dominante é quer a eleição ali vai se dar por aclamação.

Roseana entra mais forte no debate político e parece empolgada para 2026

Roseana Sarney: desempenho do MDB a animou para 26

A deputada federal Roseana Sarney (MDB) parece decidida a sair de uma posição discreta para participar mais aberta e diretamente do debate político. Na semana que passou, ele se deteve por mais de uma hora sendo entrevistada na Rádio FM Mirante News, tempo em que se manifestou sobre os mais diversos temas da pauta política do momento.

Falou da sucessão no Congresso Nacional, do cenário político e econômico do País, dos caminhos da sucessão no Maranhão e do seu trabalho na Câmara Federal.

E pareceu muito empolgada com o desempenho do MDB – ela faz parte da direção nacional da legenda – nas eleições municipais no plano nacional e especialmente no Maranhão. Destacou os 37 prefeitos eleitos pelo partido, dos 30 vice-prefeitos e das mais de duas centenas de vereadores, o que o fez sair forte das urnas.

A ex-governadora fez questão de destacar a atuação do presidente Marcus Brandão, que foi, de fato, o grande arquiteto dessa vitória.

A julgar pela ênfase que deu às suas declarações, a conclusão básica é a de que ela já pensa em renovar o mandato na Câmara Federal. Ou – Quem sabe? – planejar um salto mais arrojado em 2026, como sonham nove entre nove aliados seus.

São Luís, 03 de Novembro de 2024.  

Brandão apoia proposta de Lula para a segurança, mas quer mudanças nas leis penais

Carlos Brandão defendeu revisão de pontos da
legislação penal e teve a concordância de Lula da Silva

O governador Carlos Brandão (PSB) se posicionou favoravelmente à montagem de um pacto federativo envolvendo União e estados numa política nacional de segurança pública, proposto ontem pelo presidente Lula da Silva (PT), ontem, numa reunião que reuniu o chefe da Nação, ministros de Estado, governadores, ministros do STF e representantes do Congresso Nacional. Na reunião, que durou quatro horas, a maioria dos governadores presentes concordou com a proposta e manifestou disposição de discutir o teor da Proposta de Emenda à Constituição apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tendo o governador do Maranhão se posicionado em defesa do grande debate iniciado com o encontro desta quinta-feira no Palácio do Planalto.

Em que pesem os problemas que o Governo do Estado enfrenta na área de segurança pública, a exemplo do que acontece em todo o país, o governador do Maranhão participou efetivamente do encontro. Ele defendeu o debate e manifestou a opinião de que as mudanças e inovações elencados na PEC são de fundamental importância, ao mesmo tempo que defendeu um exame mais detalhados, para evitar que haja algum desequilíbrio institucional pelo qual os Estados venham a ter sua autonomia comprometida. Para ele, o pacto federativo proposto pelo presidente da República será um grande passo, desde que resulte, de fato, na criação do Sistema Unificado de Segurança Pública, sem que a autonomia dos estados seja sequer arranhada.

Carlos Brandão participou da reunião muito à vontade, a começar pelo fato de que o Governo do Maranhão vem fazendo os investimentos possíveis na área de segurança pública, com a contratação, via concurso público, de mais policiais militares e civis, equipamentos – viaturas, armamentos e sistemas de comunicação -, dando continuidade a uma política iniciada no Governo Flávio Dino, da qual participou quando ainda vice-governador. Esse processo lhe deu um profundo conhecimento da estrutura policial do Maranhão, permitindo que faça investimentos de fato produtivos na área. O governador acredita que a Polícia do Maranhão está pronta para atuar sob as regras de um pacto federativo.  

O governador do Maranhão defendeu, enfaticamente, mudanças na legislação penal do país, para evitar que bandidos presos sejam soltos e, pouco tempo cria problemas para a estrutura policial como um todo. E justificou suas posições: “O sujeito prende o infrator num dia, dois dias depois ele é solto. Então isso é um estimulo a impunidade”, reclamou, sugerindo que a legislação penal seja revista o mais breve possível. Em seguida, o governador do Maranhão ouviu o que disse o presidente Lula da Silva sobre esse aspecto da problemática que envolve a segurança pública. “É preciso buscar uma solução que envolva mudanças nas leis e nas atitudes, além de tirar as instituições democráticas de suas zonas de conforto”, declarou o presidente Lula da Silva.

O presidente destacou o fato de que a PEC é apenas um ponto de partida para um debate que será amplo e longo até que se chegue a um formato, principalmente porque os estados têm realidades diferentes nessa área.

Pelo que deixou claro, o governador Carlos Brandão pareceu determinado a ser um dos incentivadores para que o processo iniciado com a reunião de ontem não se perca, mas tenha continuidade. Seu posicionamento é o de alinhamento total ao presidente Lula da Silva nessa “cruzada” contra o crime no Brasil em todos os seus níveis, com tratamento eficaz tanto em relação ao criminoso comum, “o ladrão de celular”, até as maiores organizações criminosas, que estão infiltradas no sistema econômico e nas instituições públicas.

Em resumo: pelas suas manifestações durante a reunião de ontem no Palácio do Planalto, o governador Carlos Brandão pareceu decidido a colocar o Maranhão numa posição destacada no projeto para que os esforços a serem feitos pela União e pelos estados produzam resultados efetivos, que tornem avida do cidadão mais tranquila.     

PONTO & CONTRAPONTO

Vazamento de rascunho de resolução constrange e irrita cúpula do PT

Francimar Melo: irritação com vazamento

É de tensão e irritação o clima na cúpula do braço maranhense do PT por conta do vazamento do rascunho de uma proposta de resolução na qual o partido coloca a candidatura do vice-governador Felipe Camarão como prioridade nas articulações para as eleições de 2026.

Pelo teor do que poderia ser um posicionamento antecipado do partido em relação ao processo sucessório no Governo do Estado, o rascunho da possível resolução defende o apoio integral do partido ao governador Carlos Brandão, defendendo a saída dele para concorrer ao Senado.

O vazamento do rascunho do documento, que não foi sequer discutido na cúpula, segundo líderes petistas que participaram da reunião, criou um forte embaraço na relação do partido com o Palácio dos Leões. Daí a posição de que não pode ser considerado um documento, já que não foi discutido nem assinado.

O esboço do que poderia vir a ser uma resolução não causou qualquer preocupação no Palácio dos Leões, a começar pelo fato de que o governador Carlos Brandão fez questão de não tomar conhecimento.

Prefeitos reeleitos com prestígio político

Felipe dos Pneus, Rigo Teles e Vanessa
Maia: fortalecidos com reeleição

Três prefeitos reeleitos vão ter voz de peso nas articulações para as eleições de 2026: Felipe dos Pneus (PP), de Santa Inês, Rigo Teles (MDB), de Barra do Corda, e Vanessa Maia (União), de Pedreiras.

Felipe dos Pneus se reabilitou fortemente com a reeleição e será um dos principais suportes do projeto senatorial do ministro André Fufuca (PP).

Rigo Teles lidera uma região importante e hoje faz parte do grupo que comanda o MDB no Maranhão, no qual o prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa (MDB) é a principal referência.

Vanessa Maia se reelegeu derrotando o candidato do PSB, Dr. Humberto, e quase varrendo do mapa político o ex-suplente de deputado federal e ex-candidato a governador Simplício Araújo (Novo).

São prefeitos com importância política e eleitoral.    

São Luís, 01 de Novembro de 2024.

Roberto, Rafael e Rildo vão encarar os desafios de uma geração que chegou ao poder

Roberto Costa, Rafael Brito e Rildo Amaral:
desafio de representar a geração que chegou
de fato ao poder no Maranhão

Três prefeitos eleitos representam uma geração de políticos ainda jovens, mas já com experiência consolidada e que, por isso, são alvo de muita expectativa nos seus municípios e fora deles. Roberto Costa (MDB), deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal, Rafael Brito (PSB), deputado estadual e prefeito eleito de Timon e Rildo Amaral (PP), deputado estadual e prefeito eleito de Imperatriz são nomes destacados do mosaico político maranhense e a eleição deles pode ser interpretada como uma manifestação de confiança, e não como uma aposta que pode dar certo ou dar errado. Os três têm sobre os ombros o enorme desafio de não desapontar os seus eleitores, e certamente estão cientes de que resultado do trabalho de cada um com gestor pode representar um impulso gigantesco nas suas carreiras ou o fim da trajetória na sensível seara da política.

Administrador por formação e político por profissão e convicção, o deputado Roberto Costa, 50 anos, é, de longe, o prefeito eleito que mais vem atraindo atenções, tanto pelo fato de haver conquistado a Prefeitura de Bacabal, uma das 15 maiores cidades do Maranhão, com 105 mil habitantes, e epicentro político e econômico de uma região rica, o Médio Mearim, quanto pelo fato de ser um dos políticos mais atuantes da atualidade no Maranhão, como vice-presidente estadual do MDB e 2º secretário da Assembleia Legislativa. Sua relação com o governador Carlos Brandão (PSB) e com o eixo São Luís/Brasília sugerem que ele pode abrir portas que a grande maioria não consegue. O seu projeto é fazer uma gestão modelo e, naturalmente, ampliar o seu horizonte político, começando pela presidência da Federação dos Municípios (Famem), para a qual deve ser eleito em janeiro, ganhando visibilidade estadual.

O deputado Rafael Brito (PSB), 42 anos, que é engenheiro civil por formação, ganhou o desafio de dar um novo rumo a Timon, o terceiro maior município do Maranhão, com 183 mil habitantes e que faz fronteira com Teresina, a capital do Piauí e vem há tempos sendo comandado direta ou indiretamente pelo clã dos Leitoa. Eleito com o apoio enfático do governador Carlos Brandão (PSB), de cujo Governo foi líder no parlamento estadual, Rafael Brito vai enfrentar a tarefa de tornar Timon uma cidade próspera, deixando de ser o que os seus inimigos chamam de “grande bairro de Teresina”. Rafael Brito foi desafiado durante a campanha, que se tornou intensa e desafiadora, à medida que tinha coimo adversária uma mulher, Dinair Veloso (PDT) com adversária em busca da reeleição.

Dos três, o maior desafio é, de longe, o do deputado Rildo Amaral, 47 anos, que é professor de Educação Física e virou profissional da política, e tem o desafio de retirar Imperatriz, a segunda maior e mais rica cidade do Maranhão, com quase 250 mil habitantes, do charco administrativo e financeiro em que foi colocada pela atual administração. Ali, segundo informações do próprio prefeito eleito, o caos está instalado na área de saúde, que praticamente entrou em colapso. A seu favor, Rildo Amaral tem um amplo leque de apoio que o levam sem maiores problemas ao Governo do Estado e ao Governo Federal, parceiros que podem ajudá-lo a superar os problemas que o aguardam para normalizar a vida na Princesa do Tocantins. Outro fator que terá a seu favor é uma força de vontade que o tornam um político determinado.

Esses três prefeitos eleitos, que vão cuidar da vida de quase meio milhão de maranhenses, podem ser vistos como expressões de uma geração que trilhou os caminhos pedregosos e os altos e baixos da política e que chegou ao poder pela força de vontade, pelo poder de articulação e pela construção de alianças que impulsionaram suas carreiras bem-sucedidas. Se conseguirem transformar suas trajetórias em eficiência administrativa, terão o gás que precisarão para dar passos mais ousados no grande e traiçoeiro tabuleiro da política.

PONTO & CONTRAPONTO

Consorte da vice eleita Carol Duailibe, Antônio Pereira agradece apoios a Rildo Amaral

Antônio Pereira e a esposa,
Carol Duailibe, vice-prefeita
eleita de Imperatriz

“Imperatriz está pedindo socorro. É uma cidade inteira a ser reconstruída. O prefeito e a vice (eleitos) sabem dos desafios que terão pela frente para reconstruir Imperatriz”. Com esse grito de alerta, o deputado Antônio Pereira (PSB) discursou ontem na Assembleia Legislativa para agradecer às forças que se mobilizaram para reforçar o movimento que levou Rildo Amaral e Carol Duailibe ao poder na Princesa do Tocantins.

Antônio Pereira, que é esposo da vice-prefeita eleita Carol Duailibe, assinalou que, tão logo assuma, o novo comando da cidade deve iniciar, sem perda de tempo, o que ele definiu como “um processo de reestruturação na cidade”. Isso significa dizer que, na sua visão, Imperatriz está fora do eixo e precisa ser colocada nos trilhos da normalidade.

Além do apoio do governador e da presidente do Poder Legislativo, que, segundo ele, “foi importantíssimo”, Antônio Pereira agradeceu à mobilização de deputados estaduais, vereadores eleitos, suplentes e lideranças políticas e comunitárias que apoiaram o projeto de mudança para a cidade. 

Além de agradecer o apoio, o parlamentar do PSB fez uma conclamação no sentido de “reconstruir” a cidade: “Conclamamos a união de forças entre as esferas estadual e federal para que a cidade possa, de fato, renascer e voltar a prosperar”.

Por inciativa de Vinícius Louro, Josimar de Maranhãozinho será homenageado pela Alema

Josimar de Maranhãozinho será laureado
na Alema por iniciativa de Vinícius Louro

O suplente de deputado no exercício temporário do mandato Vinícius Louro (PL) conseguiu ontem uma proeza parlamentar: convenceu seus pares a aprovar três projetos de resolução concedendo a Medalha do Mérito Legislativo Manoel Beckman aos deputados federais Josimar de Maranhãozinho e Detinha, que são os chefes do PL no Maranhão, e ao ex-deputado e ex-prefeito de Pedreiras Raimundo Louro, seu pai.

Vinícius Louro exerceu dois mandatos de deputado estadual, mas não conseguiu a reeleição em 2022. Durante o último mandato, ele se vinculou ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho, tornando-se o seu principal porta-voz e defensor na Assembleia Legislativa.

Ao propor as comendas para Josimar de Maranhãozinho, que já foi deputado estadual, Vinícius Louro atua para minimizar a densa nuvem de suspeita que paira sobre o chefe do PL no Maranhão, que é acusado de desvios de recursos de emendas parlamentares. Ao mesmo tempo, usa a comenda para fortalecer Josimar de Maranhãozinho no enfrentamento das investidas do ex-presidente Jair Bolsonaro para tomar-lhe o comando do PL no Maranhão.

São Luís, 31 de outubro de 2024.

Eliziane retoma projeto de presidir o Senado e intensifica articulação por votos

Eiziane Gama retoma articulação por candidatura à presidência do Senado

A senadora Eliziane Gama (PSD) retomou com toda garra o projeto de disputar a presidência do Senado pelo seu partido e com o apoio da Bancada Feminina da Casa, da qual é uma das principais articuladoras. A senadora maranhense iniciou nos últimos dias uma intensa agenda de conversas, que inclui senadores, líderes partidários, o presidente da do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente Lula da Silva, por meio de quem espera obter o apoio da bancada do PT. Eliziane Gama se movimenta em meio a uma intensa campanha por meio da qual o senador amapaense Davi Alcolumbre (União Brasil) é apontado como candidato favorito, que tem inclusive os votos, declarados, dos outros dois senadores maranhenses, Weverton Rocha e Ana Paula Lobato, ambos do PDT.

Eliziane Gama sabe que a possibilidade de sua eleição para a presidência do Senado e do Congresso Nacional é remota, a começar pelo fato de que a instituição centenária nunca elegeu uma mulher para dirigi-la, o que, aos olhos de muitos, torna o pleito de inviável. Mas ela contra-ataca com o argumento segundo o qual tem o apoio da Bancada Feminina. Ao mesmo tempo, a senadora tem trabalhado no sentido de fazer com que o Palácio do Planalto abrace a sua candidatura, mesmo que o senador Davi Alcolumbre já esteja há tempos se articulando a bancada petista e, ao que tudo indica, deve ser eleito com o aval da bancada governista.

No contexto do Senado, uma Casa parlamentar heterogênea onde os acordos são fechados de maneira discreta, sem alarde, a senadora Eliziane Gama está determinada a quebrar paradigmas e tabus, como a de se tornar a primeira mulher a presidir o Congresso Nacional. E formata esse projeto por meio de outro paradigma a ser quebrado: a Bancada Feminina, da qual é uma das fundadoras e principal articuladora. Várias senadoras já avisaram aos seus partidos que estão inclinadas a participar do projeto de candidatura da senadora maranhense, principalmente se o partido dela, o PSD, abraçar o projeto. Essa decisão será tomada nos próximos dias, segundo anunciou ontem o líder interino do Governo do Senado, o senador baiano Otto Alencar (PSD), que simpatiza com a candidatura da colega de partido.

Ainda que em fim de mandato e caminhando para um destino incerto nas eleições de 2026, a senadora Eliziana Gama tenta viabilizar sua candidatura lastreada por um cacife expressivo, que tem como pilar o seu elevado desempenho parlamentar, que é reconhecido dentro e fora do Senado. Sua bagagem como legisladora, autora que é de vários projetos de lei de viés social, muitos requerimentos e como reatora de vários projetos importantes, e sua participação em CPIs, como a que investigou a postura negativista do Governo Jair Bolsonaro e sua atuação como relatora da CPI do Golpe, que no epicentro de um furacão, que sacudiu o Senado e o Congresso Nacional como um todo.

Politicamente, Eliziane Gama tem como base o seu partido, o PSD, que tem bancada forte, e pode contar com a Bancada Feminina. O seu principal trunfo é o prestígio que tem no Governo, onde tem interlocução fácil com o presidente Lula da Silva, a quem ajudou na eleição mobilizando o eleitorado evangélico que não entrou na onda bolsonarista. Eliziane Gama fez parte da equipe que auxilia o presidente Lulas da Silva n o campo das relações políticas ocupando o posto de vice-líder do Governo no Congresso Nacional. Isso tudo dá à senadora maranhense um suporte que a permite alimentar o projeto de candidatura a presidente do Senado.

Eliziane Gama sabe que dificilmente será presidente do Senado, principalmente, tendo como adversário o articulado senador Davi Alcolumbre. Mas sabe também sua candidatura lhe dá estatura política incomum.

 PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa destaca conquistas do MDB, elogia comando do partido e vê Brandão fortalecido

Robarto Costa destacou conquistas do MDB

Passada a saudável ventaria das eleições municipais e feitas as contas, o MDB maranhense saiu das urnas com força política excepcional. Não bastasse o fato de ter conquistado 37 Prefeituras, o partido elegeu 30 vice-prefeitos e 286 vereadores, o que lhe dá uma capilaridade diferenciada. A participação vitoriosa do MDB na corrida ao voto municipal foi destacada ontem pelo deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa, um dos mais importantes quadros do partido no Maranhão.

Em discurso na Assembleia Legislativa, Roberto Costa, que também caminha para ser o presidente da federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), chamou a atenção para o desempenho eleitoral do MDB em todo o País: 856 prefeitos, entre eles cinco prefeitos de Capitais, incluindo a maior delas, a de São Paulo, com a reeleição do prefeito Ricardo Nunes. E destacou as demais: Porto Alegre, Macapá, Belém e Boa Vista, destacando o desempenho do presidente nacional da sigla, deputado federal Baleia Rossi.

Em relação ao desempenho do MDB no Maranhão, Roberto Costa registrou o fato de o seu partido ter voltado a ocupar um grande espaço na política estadual com as 37 prefeituras que conquistou nas urnas: “Agora, voltamos novamente a ser o MDB de guerra. Temos posição de destaque nos destinos do nosso país. E no Maranhão não foi diferente. Por meio da liderança do nosso presidente estadual, Marcus Brandão, o MDB, que na última eleição tinha apenas sete prefeitos, nessa eleição conseguiu alcançar 37 prefeitos, que fazem parte da base aliada do nosso governador (Carlos) Brandão”, salientou.

Na avaliação de Roberto Costa, além de eleger 30 vice-prefeitos e 286 vereadores em todo o Maranhão, o MDB deixou evidenciado o peso de suas lideranças, como a deputada federal Roseana Sarney e sua bancada estadual: “Destaco aqui a presença e o comando firme também do nosso secretário Orleans (Brandão), que teve um papel fundamental também em todas as articulações, e o nosso presidente estadual Marcus Brandão, que comandou todo o processo político em nosso estado, respeitando todos os nossos aliados, mas fez com que o MDB voltasse a se sentar ao sol com a posição de destaque. Isso é um fortalecimento do conjunto do nosso grupo político”.

Ampliando o espaço do seu registro, Roberto Costa destacou o desfecho da eleição em Imperatriz com a vitória do deputado estadual Rildo Amaral (PP), que recebeu o apoio do MDB nos dois turnos: “Agora, o governador Carlos Brandão consolida sua liderança política no estado como grande comandante do processo político do Maranhão. Os destinos políticos do nosso Estado passam, primeiramente, pela liderança do governador. E é importante porque toda base aliada, todos os partidos aliados nossos se fortaleceram nessa eleição”.

Extrema-direita tenta, em vão, atribuir vitória do PL maranhense a Bolsonaro

Josimar de Maranhãozinho tem o
controle dos prefeitos do PL no Maranhão

Vozes da extrema-direita continuam tentando atribuir o desempenho do PL no Maranhão ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Perdem tempo, porque os sete milhões de maranhenses sabem que os 41 prefeitos eleitos pelo partido no Maranhão são o resultado do esforço político do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que comanda o partido no estado.

Para começar, Josimar de Maranhãozinho, que é assumidamente de direita, e seu grupo não rezam na cartilha política e ideológica radical do ex-presidente da República e sua turma. Os candidatos do PL eleitos no Maranhão pertencem ao partido por influência de Josimar de Maranhãozinho e seus argumentos.

Essas vozes fazem carga contra o chefe do PL no Maranhão, mas sabem que jogam conversa fora, porque é certo que, caso Jair Bolsonaro consiga tomar o controle do PL maranhense, o partido correrá o risco de ficar sem nenhum prefeito, porque é quase certo que todos seguirão o caminho do seu chefe estadual.

São Luís, 30 de Outubro de 2024.

Cidadão usou o voto para mandar recado duro aos extremistas que ameaçam a democracia

Eleitor disse não aos extremistas de direita e de esquerda

As eleições no Maranhão mostraram que o centro, tanto na vertente à direita quanto à esquerda, foi o grande vencedor do pleito municipal. Mais do que isso, o radicalismo de direita e também o de esquerda foram simplesmente rejeitados nas urnas, tendo a esmagadora maioria do eleitorado dito, em tom elevado, que não quer conversa nem com um nem com outro. Esse recado, enfático, foi dado a correntes ligadas ao PSTU, PSOL, PCB e às partes mais radicais de PT e PCdoB e, ao mesmo tempo, à banda extremada do bolsonarismo encrostada em partidos como o PL, Republicanos, PRTB. Novo e PMB. O resultado trazido à tona pelas urnas mostrou que a mensagem mandada pelo eleitorado inclui a sugestão para que essas correntes movidas a extremismos devem repensar suas posturas e calibrar as suas atuações se não quiserem ser varridas do mapa político-partidário do país em eleições vindouras.

O melhor exemplo disso foi evidenciado nas eleições ocorridas em São Luís e Imperatriz, os dois maiores colégios eleitorais do Maranhão, os quais, juntos, totalizam quase 1 milhão de eleitores. Nesses dois colégios os candidatos produzirem painéis com o espectro ideológico que vai da extrema direita à extrema esquerda. E o resultado foi revelador da rejeição aos extremos. Pela extrema direita, candidatos de PRTB, PMB, Novo foram simplesmente rejeitados pelo eleitorado, tendo o mesmo acontecido com xiitas da extrema esquerda, que nada conseguiram com seus discursos raivosos.

Em São Luís, os candidatos da esquerda mais extremada – PSOL, que teve como candidato o professor, advogado e jornalista Franklin Douglas, e o PSTU, cujo candidato foi o professor e servidor público Saulo Arcangeli – sofreram uma rejeição vexatória, com seus representantes recebendo pouco mais de 2%, somados. Ambos fizeram questão de deixar claro, ao longo da campanha, que não estavam interessados na Prefeitura de São Luís, mas simplesmente alimentar um discurso que perde consistência a cada eleição. O objetivo de ambos como candidato a prefeito foi “vender” o plebiscito que perguntou ao eleitor se ele concorda ou não com a implantação do transporte coletivo gratuito para estudantes. O eleitor votou no plebiscito, mas ignorou ostensivamente os candidatos do PSOL e do PSTU.

Da mesma maneira, a direita radical, que teve o deputado estadual Wellington do Curso (Novo), e a extrema-direita cujo candidato foi o deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) foram duramente rejeitadas nas urnas. Wellington do Curso atuou como representante de uma direita que não nem é nem cabeça, saída dos extratos mais primários do Exército e que também não soube expressar as ideias conservadores do Novo. Já o deputado Yglésio Moises, que assimilou como poucos os ideais reacionários do bolsonarismo, recebeu um sonoro “não” do eleitorado, mesmo tendo conseguido a proeza de trazer o líder dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a São Luís. E o recado maior: São Luís reelegeu Eduardo Braide (PSD), um político moderado de centro-direita não afeto a extremismos.

O exemplo de Imperatriz também foi claro: o eleitorado preferiu Rildo Amaral (PP), um político de centro, que manteve o discurso equilibrado e com ele derrotou Mariana Carvalho (Republicanos), um exemplar acabado da direita radical, que defende os “ideais” do bolsonarismo, como armar a população, criminalizar o aborto e outras pautas de costume.

Os próximos tempos dirão se o recado das urnas foi assimilado ou não pelos grupos que se movem pelos extremos e que são fatores de risco para a democracia, haja vista o 8 de Janeiro de 2023.

PONTO & CONTRAPONTO

Dia do Servidor: Brandão pega no batente, anuncia benefícios e inaugura escola em Chapadinha

Entre a prefeita Belezinha (PL), o vice Felipe Camarão (PT), o secretário Aparício
Bandeira e o deputado Aluízio Santos (PL), o governador Carlos Brandão (PSB, após
reinaugurar escola, exibe ordem de serviços para outras obras em Chapadinha

O governador Carlos Brandão (PSB) não folgou no feriado do Dia do Servidor Público. Ele aproveitou a data para anunciar a nomeação de servidores concursados para diversas áreas do Governo e um pacote de benefícios adicionais para o quadro funcional do Estado. Além disso, Carlos Brandão foi a Chapadinha, onde inaugurou o Centro de Ensino Otávio Vieira Passos, escola da rede estadual reformada e ampliada para receber 1.200 alunos em dois turnos, entre outros benefícios para a cidade, como a construção de duas quadras esportivas no município

O pacote dirigido aos servidores, Carlos Brandão anunciou a nomeação de 12 veterinários, quatro engenheiros agrônomos e 24 técnicos de fiscalização e 15 auxiliares para a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged).  E autorizou a nomeação de 25 novos analistas e técnicos administrativos para o Instituto de Previdência dos Servidores do Maranhão (IPREV).

O pacote foi mais generoso, uma vez que o governador anunciou ainda para novembro a antecipação da correção de gratificações, progressões e adicionais para os professores da rede estadual, firmando ainda o compromisso de em breve estender esses benefícios para outras categorias. Carlos Brandão anunciou também investimentos em equipamentos para garantir melhores condições de trabalho, acessibilidade e inclusão nos prédios pertencentes ao Estado, de modo a tornar o ambiente de trabalho mais funcional e inclusivo.

No ato dos anúncios, o governador declarou: “Nosso governo expressa sua mais sincera gratidão a cada servidora e servidor público que, com dedicação e empenho, contribui diariamente para o progresso do Maranhão. Sabemos que nosso estado é grande e próspero. E é por isso que estamos ampliando nossos quadros, a fim de oferecer serviços melhores aos cidadãos e contribuir com uma melhor qualidade de vida no trabalho”.

Catulé Jr. vai levar para a Assembleia Legislativa o espírito aguerrido de político caxiense

Catulé Jr. vai representar Caxias
na Assembleia Legislativa

A chegada de Catulé Jr. (PP) à Assembleia Legislativa no dia 1º de Janeiro próximo devolve a Caxias a ventura de ter um deputado estadual genuíno da terra gonçalvina. Ele substituirá o deputado Rildo Amaral (PP), eleito prefeito de Imperatriz, de quem é o 1º suplente.

Filho do vereador reeleito Catulé (Antônio José Bittencourt Albuquerque), que, vem fazendo história na política da Princesa do Sertão Maranhense, Catulé Jr. (Antônio José Bittencourt Albuquerque Jr.), que é militante político desde a adolescência, seguindo os passos do pai, e tem sido incansável na luta pelo voto, sem, no entanto, haver conseguido a tão batalhada eleição.

Agora, como ele próprio se manifestou usando Eclesiastes, chegou a sua hora, com a vaga aberta com a eleição de Rildo Amaral na Princesa do Tocantins.

A ascensão de Catulé Jr. é mais que justa, a começar pelo fato de que ele saiu das urnas com nada menos que 34.487 votos, votação bem maior que a de vários deputados titulares, o que lhe credencia a chegar com a autoridade de eleito, para ser o único deputado genuinamente caxiense: nasceu em Caxias, mora em Caxias, é eleitor de Caxias e tem base política em Caxias. E mais do que isso, tem o espírito político aguerrido do pai, outro caxiense ranheta.

Catulé Jr. não chegará ao parlamento estadual como um neófito em política, mas como um político jovem que já conhece as entranhas do grande tabuleiro do poder. Isso porque já foi secretário de Estado de Turismo, o que lhe deu vivência no jogo do poder.

E não será surpresa se vier a cumprir à risca a promessa de fazer desse meio mandato a obra parlamentar de um mandato inteiro.

Em Tempo: Atualmente, Caxias é dignamente representada na Assembleia Legislativa pelas deputadas Cláudia Coutinho (PDT), que tem domicílio eleitoral em Matões, e Daniela Gidão (PSB), eleitoralmente domiciliada em Presidente Dutra.

São Luís, 29 de Outubro de 2024.

Rildo Amaral obtém vitória maiúscula e vai comandar Imperatriz

Rildo Amaral: vitória robusta em Imperatriz

Imperatriz: o deputado estadual Rildo Amaral (PP) foi eleito prefeito em 2º turno com 81.942 votos válidos (55,11%), derrotando a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos), que recebeu 66.752 votos (44,89%). Foram 1.638 (1,08%) votos em branco e 1.927 (1.27%) votos nulos. E nada menos que 48.840 (24,29%) eleitores imperatrizenses não foram votar, uma abstenção acima da média, repetindo a da primeira rodada.

A vitória robusta de Rildo Amaral, que ganha assento na távola das referências como líder maior do segundo maior e mais importante município do Maranhão, produz dois desdobramentos. O primeiro é a possibilidade real de Imperatriz sair do charco administrativo e financeiro em que se encontra, para retomar o seu perfil de município rico e de futuro largo.  E o segundo é que o resultado da disputa consolida fortemente o novo desenho do mapa geopolítico do Maranhão no qual o governador Carlos Brandão (PSB) lidera a aliança com o maior número de prefeitos; pode também sacramentar o projeto senatorial do ministro do Esporte André Fufuca (PP), e reforça a posição do deputado estadual Antônio Pereira (PSB) com a eleição de Carol Pereira (11), sua mulher, vice-prefeita.

A eleição de Rildo Amaral foi o resultado de uma bem-montada equação política, que começa com a escolha dele próprio como candidato. Professor da área de educação física, envolvido com política comunitária, que se tornou um político experiente, com três mandatos de vereador e que está no segundo de deputado estadual, integrante da base do Governo e com forte presença na vida de Imperatriz. Lançado com o aval do ministro André Fufuca, que lidera o seu partido no Maranhão, ele soube viabilizar sua candidatura ao contar também com o apoio do experiente ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), que tem credibilidade e conhece as entranhas eleitorais da antiga Vila do Frei.

Tanto no 1º quanto no 2º turno, Rildo Amaral fez uma campanha propositiva, embalada pelo slogan “Imperatriz vai renascer”, o que, associado à sua credibilidade pessoal e política, produziu o discurso que manteve a campanha, ao longo da qual evitou cair em armadilhas e tropeçar em declarações impróprias. Acertou na mosca.

Numa visão política mais ampla, ao ser eleito prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral, que é um político de centro-direita com os pés no chão, evitou que a “segunda capital” do Maranhão caísse nas mãos da extrema-direita que segue a cartilha golpista do bolsonarismo radical representado pela candidata Mariana Carvalho. Ela fez questão de mostrar esse perfil com os seus discursos durante a campanha ao receber o apoio pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de colocar no seu palanque figuras controversas como a senadora Damares Alves (PL-DF) e o ex-senador Roberto Rocha, que integram a falange bolsonarista maranhense. E foi exatamente por avançar nessa seara que ela recebeu o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e seu grupo e, por isso, foi desancada pelo presidente do seu partido e até então principal apoiador, o deputado federal Aluísio Mendes – inimigo figadal de Josimar de Maranhãozinho -, que dois dias antes da eleição a chamou de ingrata, desleal e sem caráter. Ela reagiu dizendo que estava sendo atacada porque decidiu “enfrentar o sistema”.

Com um histórico de quatro fracassos eleitorais – tentou ser deputada estadual, deputada federal e duas vezes prefeita -, Mariana Carvalho saiu da eleição sem a vitória, mas com um cacife eleitoral que, se bem administrado, poderá lhe dar a liderança da oposição e facilitar seu acesso à Câmara Federal. Para tanto, precisará resolver sua situação partidária, uma vez que depois do que aconteceu ela dificilmente permanecerá no Republicanos, pelo menos enquanto o partido estiver sob o controle do deputado federal Aluísio Mendes.

Ao estrear no seleto time de cidades que podem resolver suas eleições em dois turnos, Imperatriz deu um exemplo de maturidade política, realizando duas campanhas intensas, mas sem nenhum caso de violência.

Em Tempo: A Justiça Eleitoral do Maranhão deu um exemplo de eficiência ao Brasil: a votação, que ocorreu sem incidentes, foi encerrada às 17:00 horas, a primeira parcial foi divulgada às 17:02, e a eleição de Rildo Amaral foi confirmada às 17:29, com 98,9% dos votos apurados.

PONTO & CONTRAPONTO

Vitória de Rildo reforça a aliança comandada por Brandão

Carlos Brandão, André Fufuca e Sebastião
Madeira: fortalecidos com o desfecho da
eleição em Imperatriz

O resultado da eleição em Imperatriz, com a vitória maiúscula do deputado Rildo Amaral consolida, de fato, o desenho do novo mapa político do Maranhão, no qual o governador Carlos Brandão lidera a poderosa aliança partidária que reúne mais de 70% dos prefeitos eleitos e reeleitos. Para se ter uma ideia do poder de fogo desse grupo, o governador contará com aliados no comando de Imperatriz, Timon, Caxias, Bacabal, Pedreiras, Pinheiro, Barreirinhas, Paço do Lumiar, Santa Inês, Barra do Corda, Coroatá, Balsas, devendo contar também, um pouco mais à frente, com São José de Ribamar, por exemplo. É cacife suficiente para definir sua sucessão sem maiores problemas, inclusive se candidatando ao Senado.

O desfecho na antiga Vila do Frei turbinou consideravelmente o braço maranhense do PP e seu líder, o deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca. Rildo Amaral foi o 30º prefeito eleito pelo PPno Maranhão, o que praticamente autoriza o ministro a tocar em frente o seu projeto de disputar uma cadeira no Senado, se possível na chapa do governador Carlos Brandão. O PP passa a comandar Imperatriz, e vai continuar comandando Caxias e Santa Inês, municípios estratégicos, o que o torna credenciado para pleitear o mandato senatorial.

O sucesso eleitoral do candidato do PP em Imperatriz é resultado também do trabalho intenso e eficiente do ex-prefeito Sebastião Madeira, responsável também pela ressurreição do PSDB no Maranhão. Com um lastro de quatro mandatos federais e dois de prefeito de Imperatriz, o atual chefe da Casa Civil do Governo do Estado atuou como articulador político da candidatura, principalmente na classe empresarial e lideranças independentes, e como conselheiro do candidato, para quem passou o melhor da sua experiência política e da sua vivência em matéria de disputa eleitoral na antiga Vila do Frei. Sebastião Madeira sai desse processo politicamente robustecido.

Derrota de Mariana Carvalho arrastou Bolsonaro e seus aliados

Mariana Carvalho e Jair Bolsonaro:
derrotados em Imperatriz

No campo das perdas, as mais fortes se deram no entorno da candidata Mariana Carvalho. Para começar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apostou alto nesse projeto no 1º turno, mas tirou o pé do acelerador no 2º turno diante dos primeiros números trazidos à tona pelas pesquisas. O resultado da eleição foi uma dura derrota para ele e seus seguidores em Imperatriz, a exemplo do que aconteceu com a maioria dos candidatos do PL em todo o país. Perdeu muito o presidente do Republicanos, deputado federal Aluísio Mendes, que ficou sem uma base de apoio em Imperatriz e deverá ter Mariana Carvalho, agora sua inimiga política, como concorrente nas eleições de 2026 para a Câmara Federal. Perderam os bolsonaristas mais radicais, como o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), que apostaram na vitória da candidata do Republicanos. Perdeu também o prefeito reeleito de São Luís Eduardo Braide (PSD), mesmo tendo deixado seu nome em Imperatriz.

São Luís, 28 de Outubro de 2024.

Imperatriz: Rildo chega à reta final com 58,3%; Mariana, com 36,7%, é atingida por fala de Aluísio

Rildo Amaral lidera na reta final e Mariana Carvalho sofre revés

Não há na história política recente do Maranhão o registro de um candidato que 48 horas antes da eleição tenha sofrido dois abalos tão devastadores quanto Mariana Carvalho (Republicanos), que disputa o 2º turno da corrida à Prefeitura de Imperatriz com o deputado estadual Rildo Amaral (PP), que lidera o embate, segundo todas as pesquisas. O primeiro: ela recebeu a péssima notícia trazida a público pela pesquisa Econométrica, dando conta de que o seu adversário, o deputado estadual Rildo Amaral (PP), chega à véspera da votação com nada menos que 58,3% das intenções de voto, enquanto ela tem 36,7, %, uma diferença de 21 pontos percentuais a favor dele. Indecisos e nulos alcançam 5%. E o segundo: as devastadoras declarações do deputado federal Aluísio Mendes, presidente do Republicanos, o seu principal mentor e incentivador, mas que chegou à conclusão de que sua afilhada não cultiva valores como “gratidão, lealdade e caráter”, e que isso o afastou da sua campanha.

Os momentos finais da campanha para a eleição que levará o eleito ao comando do segundo maior e mais importante município do Maranhão estão marcados por duas situações radicalmente diferentes. De um lado, o candidato Rildo Amaral encerrando uma corrida regular, consistente, apoiado por líderes de peso – entre eles o governador Carlos Brandão (PSB) ministro do Esporte André Fufuca (PP) e o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Ele sustentou um discurso equilibrado e um projeto de governo alinhavado, se moveu com parceiros para executá-lo, e com o conceito em alta na opinião pública imperatrizense.

Na outra ponta da linha, Mariana Carvalho, que desbancou cinco candidatos no 1º turno – deputado federal Josenildo JP (PSD), Nilson Takashi (Novo), Marco Aurélio (PCdoB), Justino Filho (PMB) e Gabriel Araújo (PCB) – e se firmou como o principal adversário do candidato do PP, teve uma campanha cheia de altos e baixos. Se lançou em maio como um furacão e chegou ao ápice em setembro, quando removeu o último obstáculo do seu caminho, Josivaldo JP, e logo em seguida galvanizou as fileiras da direita radical ao atrair para Imperatriz ninguém menos que o ex-presidente Jair Bolsonaro como cabo eleitoral.

O que ela não esperava era que, mesmo com esses eventos, que culminaram com a visita de Jair Bolsonaro, as coisas começariam a degringolar na sua campanha. Há duas semanas, quando saiu a penúltima pesquisa Econométrica dando vantagem quilométrica para Rildo Amaral, Mariana Carvalho tentou estancar a sangria radicalizando no discurso, que se tornou agressivo na linha da direita radical, com ataques ao candidato, ao governador e ao presidente da República. Não funcionou, e esse recado chegou com a pesquisa Veritá, que apurou uma vantagem de mais de 12 pontos percentuais pró-Rildo Amaral, acendendo alerta vermelho na cúpula da sua campanha. Os debates nada acrescentaram, mas o desabamento da candidatura da avançou, tendo a última pesquisa Econométrica, divulgada ontem, apurado que o candidato do PP tem 22 pontos percentuais de vantagem, o que torna o seu favoritismo praticamente irreversível.

Ontem, havia duas realidades na disputa pela prefeitura de Imperatriz. No comitê central da campanha do deputado Rildo Amaral, o clima era de otimismo, mas sem afetação, dominado pela ideia segundo a qual eleição só ganha ou se perde depois de apurados os votos. O próprio candidato Rildo Amaral tem recomendado os coordenadores da sua campanha nesse sentido. A pesquisa de ontem, dando-lhe uma vantagem excepcional num pleito de 2º turno, animou ainda mais os seus apoiadores.

No comitê de Mariana Carvalho, o ambienta era de tensão e perplexidade, por que muitos apoiadores dela, principalmente os bolsonaristas ranhetas, acreditaram piamente no poder do “Messias”, e se deram conta de que, ao invés de ajudar, ele acabou prejudicando a candidata do Republicanos.  Os mais experientes compreenderam que a situação da candidata do Republicanos é muito complicada.

O fato é que, se os números da Econométrica informam que 64,6% dos entrevistados disseram que o eleito será Rildo Amaral, enquanto apenas 26,9% responderam dizendo acreditar na vitória de Mariana Carvalho.

Em Tempo: Contratada pelo Grupo Mirante, a pesquisa Econométrica ouviu 1.000 eleitores entre os dias 20 e 22 de outubro, tem margem de erode 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-09683-2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Chefe do Republicanos confirma afastamento e dá declarações fortes contra Mariana Carvalho

Aluísio Mendes fala no aeroporto de Imperatriz

O deputado federal Aluísio Mendes, presidente do Republicanos no Maranhão e até pouco principal incentivador da candidata à Prefeitura de Imperatriz Mariana Carvalho, do seu partido, confirmou o rompimento com a sua candidatura. Ao desembarcar em Imperatriz, ontem, o parlamentar concedeu uma rápida e devastadora entrevista, na qual, sem pensar duas vezes, disse o seguinte:

Ausência da campanha nos últimos dias:

“Olhe, acho que essa pergunta tem de ser feita para a candidata Mariana Carvalho, que me desconvidou no último evento para estar em Imperatriz. Então, essa pergunta tem de ser feita para ela.

Causa do rompimento:

“Olha, tem alguns valores que eu prezo, que são gratidão, lealdade e caráter. Parece que são valores que faltam à nossa candidata. Em função disso, ela fez uma opção política de estar abraçada com um grupo político que eu considero uma organização criminosa, que eu combato há quatorze anos no Maranhão. Não é o deputado Aluísio que fala isso, é o Ministério Público e a Polícia Federal. A partir do momento em que ela abraçou o grupo de Josimar de Maranhãozinho, esse deputado que todo o Maranhão conhece, e loteou a Prefeitura de Imperatriz, eu não posso fazer parte desse processo. Por isso, eu resolvi me ausentar e me afastar da campanha em Imperatriz.

Se vai apoiar o outro candidato:

“Não. Eu sou dirigente partidário, eu sou presidente do partido Republicanos (no Maranhão), e seria antiético apoiar outro candidato. Mas eu posso, como estou fazendo, me afastar da campanha, e fazer um alerta ao povo de Imperatriz, que no próximo domingo, dia 27, vai decidir os destinos dessa cidade pelos próximos quatro anos. Imperatriz, que já tem sofrido tanto nos últimos anos, não merece cair nas mãos dessa organização criminosa que hoje é apoiada pela candidata Mariana Carvalho.

Em Tempo: Essas declarações foram dadas depois da pesquisa Econométrica.

Paulo Victor mantém Câmara em ritmo de normalidade

Paulo Victor

A Câmara Municipal não diminuiu o seu ritmo de trabalho com o resultado das eleições, nas quais mais de uma dezena de vereadores não conseguiram renovar o mandato. O presidente Paulo Victor (PSB), que saiu das urnas reeleito com mais de nove mil votos, já tem praticamente garantido o mandato de presidente para o primeiro biênio com a nova composição, não quer passar a impressão de fim de festa.

Por sua determinação, o parlamento municipal tem realizado sessões ordinárias dentro do seu cronograma de trabalho, discutindo e votando proposições, de modo a não misturar os deveres parlamentares com as manifestações de euforia pela reeleição ou de tristeza pela não reeleição de colegas.

A ordem no Palácio Pedro Neiva é fechar a legislatura como manda a regra: com a pauta em dia. São Luís, 26 de Outubro de 2024.