Em meio a uma forte tensão política e uma espécie de jogo bruto nos bastidores e nas redes sociais, onde forças articuladas tentam massacrar adversário, o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) e o deputado Eduardo Braide (PMN) travam hoje, às 22 horas, na TV Mirante, o debate final do 2º turno, que para muitos será o mais importante ato de toda a corrida para a Prefeitura de São Luís. As especulações nos bastidores indicam que os dois candidatos vão para o tudo ou nada nas próximas horas, porque avaliam que, dependendo do desempenho de cada um, o debate poderá ser decisivo para definir, confirmar ou até mesmo mudar votos. Fontes bem situadas sopram que o candidato do PDT e seu oponente do PMN estão sendo cuidadosamente preparados para um embate duro, marcado por questionamentos e respostas incômodos, pois sabem que qualquer vacilo ou derrapagem, seja na pergunta, seja na resposta, poderá prejudicar gravemente a posição do que cometer falha. Edivaldo Jr. e Eduardo Braide deverão dar tudo de si para sair dos estúdios da TV Mirante como virtual prefeito eleito.
Para esse jogo de “bateu, levou”, o prefeito Edivaldo Jr. deve levar nos seus apontamentos sua ação política como vereador de São Luís por dois mandato e deputado federal de meio mandato e, claro, o elenco das suas obras mais destacadas, das conquistas da sua gestão e os projetos que já estão em andamento e os que ainda se encontram no papel. Usará como item mais destacado a parceria que mantém com o governador Flávio Dino (PCdoB), uma ação política e administrativa que vem funcionando como uma saudável quebra de paradigma nas relações Palácio de la Ravardière/Palácio dos Leões nas última três décadas, com exceção do hiato nos dois anos em que Jackson Lago governou o Estado e tinha Tadeu Palácio como prefeito da Capital. Edivaldo Jr. vai para o embate decisivo com a vantagem de ser um político até aqui sem mácula ética e de ter feito uma gestão que tropeçou inicialmente na inexperiência, mas que vem se ajustando, estando hoje em franca evolução. Sua missão no debate será convencer metade mais um dos eleitores de que esse é o melhor caminho.
O candidato do PDT poderá enfrentar acusações de distorções na sua gestão, como o caso de suposto desvio de R$ 30 milhões – ontem o deputado Welington do Curso, aliado de Eduardo Braide, protocolou na Policia Federal denúncia de suposto desvio de R$ 7 milhões do Pró-Jovem na prefeitura de São Luís, com o uso de empresa com endereço fantasma em Cajazeiras, na Paraíba -, que não prosperou ao longo da campanha por falta de consistência. Pelo que está desenhado, o prefeito está munido de respostas consistente para cada pedra que for atirada no seu lastro moral e ético. E como se trata de um jogo de perde/ganha, que não contará com tempo físico para consertar eventuais estragos, o prefeito deve enfrentar seu oponente sem dar espaço para a timidez.
O candidato Eduardo Braide vai para o debate disposto a confirmar a imagem de político talhado para esse tipo de confronto: equilibrado, que fala pensando, que sabe envolver o oponente e que não perde as estribeiras diante de situações críticas. Terá como trunfos dois anos de gestão como presidente da Caema – cuja eficiência foi atestada nesta semana pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) – e um ano no comando da Secretaria do Orçamento Participativo na gestão do prefeito João Castelo (PSDB). O candidato do PMN navegará também na imagem sólida de deputado estadual competente, independente, legislador de mão cheia e bom articulador de plenário cuja competência foi demonstrada principalmente no primeiro ano do segundo mandato, quando liderou o maior dos blocos parlamentares de apoio ao Governo Flávio Dino. Centrado, com boa formação técnica e com visão de gestão pública, Eduardo Braide vai para o debate preparado para a desafiadora tarefa de convencer o eleitorado de que São Luís está melhor nas suas mãos.
No embate, Eduardo Braide poderá se defrontar com questões incômodas, como o suposto envolvimento do seu pai, o ex-deputado Carlos Braide, que hoje enfrenta problemas de saúde, com a chamada Máfia de Anajatuba, como também questionamentos sobre sua gestão na Caema, relacionados com um contrato e ações ambientais, principalmente a não balneabilidade das praias de São Luís. Ele já respondeu sobre essas questões, mas não será surpresa se, no fogo do debate, elas voltaram à tona.
São esses elementos que envolvem os candidatos e que produzem a expectativa de que o debate na TV Mirante será, de fato, o ponto mais alto e decisivo da corrida para a Prefeitura de São Luís. O desfecho, como já foi sito, vai depender do desempenho de cada um.
PONTO & CONTRAPONTO
Econométrica, Impar e Ibope dão vantagem para Edivaldo Jr.
O debate que colocará frente a frente o prefeito Edivaldo Jr. e o deputado Eduardo Braide se dará sob o impacto de pesquisas de opinião, todas favoráveis ao candidato do PDT. As três mais recentes mostram números muito diferentes, o que dificulta a formação de um juízo a respeito delas. A primeira é a da Econométrica, contratada pelo Jornal Pequeno e cujo resultado é o seguinte: Edivaldo Jr. 54,9% X Eduardo Braide 43,1%. A do instituto Impar, contratada e publicada por O Imparcial; Edivaldo Jr. 52,6%, contra 37,4% de Eduardo Braide. E finalmente a do Ibope, contratada pela TV Mirante e divulgada ontem à noite: Edivaldo Jr. com 48% e Eduardo Braide com 44%. São informações muito diferentes, o que as coloca sob suspeita, mas indicam uma tendência. Partidários de Edivaldo Jr. propagaram esses percentuais com visível euforia, enquanto os de Eduardo Braide cuidaram de derramar suspeita sobre os números e os institutos, argumentando que a “voz das ruas é outra”. O pronunciamento das urnas vai dizer quem tem razão.
Aliados de Edivaldo Jr. fazem ataque em bloco a Braide na AL
O plenário da Assembleia Legislativa foi transformado ontem numa grande arena em que o tema foi o 2º turno da eleição para a Prefeitura de São Luís. O deputado Eduardo Braide, que está licenciado, foi verbalmente trucidado pelos deputados partidários do prefeito Edivaldo Jr.. Ali, os deputados Rogério Cafeteira (PSB), Bira do Pindaré (PSB), Othelino Neto (PCdoB), Zé Inácio (PT), César Pires (PEN) e Fábio Macedo (PDT) formaram uma espécie de tropa de choque determinada a destruir a reputação política do candidato do PMN à Prefeitura de São Luís. Começou com César Pires, que ao anunciar seu apoio a Edivaldo Jr. e jogar elogiar a postura do presidente do seu partido, o suplente de deputado Jota Pinto, fez duras críticas a Eduardo Braide e, assim, abriu caminho para que os aliados do prefeito de São Luís se sucedessem em apartes nos quais bateram forte no ex-líder do bloco por eles integrado. Diante da pancadaria, o deputado Wellington do Curso, único aliado de Eduardo Braide no plenário, e que logo cedo fizera uma forte denúncia contra o prefeito de São Luís, saiu em defesa do candidato do PMN. O discurso mais forte foi o do líder do Governo, Rogério Cafeteira, que desmentiu declaração do candidato afirmando que fora líder do Governo, quando deveria ter dito que liderou o maior bloco de apoio ao Governo. Diante da pancadaria, Wellington do Curso foi à tribuna defender Eduardo Braide, principalmente pelo fato de que, estranhamente, os ataques foram feitos na sua ausência, o que levou pelo menos dois deputados a indagar, em roda de conversa, se as investidas aconteceriam se ele estivesse presente no plenário.
São Luís, 27 de Outubro de 2016.
Já era esse debate só vai aumentar mais ainda os votos para o mais preparado e competente e sem nenhum arranhão na sua gestão que é o Edvaldo Holanda júnior o 12sao Luís quer seguir em frente é 12 é 12