A corrida ao Palácio dos Leões ganha ritmo e vai definindo os nomes que de fato estão no jogo e, portanto, em condições de chegar lá. No momento, os votos dos mais de quatro milhões de eleitores maranhenses estão sendo efetivamente disputados pelo senador Weverton Rocha (PDT), pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), pelo ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio (PSL). Esse time poderia incluir o suplente de deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade), que mantém o discurso de pré-candidato, mas é lícito afirmar que, em que pese a sua legitimidade política e partidária, e o fato de que contribui para o debate pré-eleitoral, sua pré-candidatura não se encaixa no cenário de possibilidades em evolução. No geral, os pré-candidatos atuam ocupando espaço na expectativa da batida de martelo do governador Flávio Dino (PSB) definindo quem terá o seu apoio nessa disputa, pois sabem que sua posição será decisiva para os rumos da disputa.
No atual cenário desse contexto é visível uma “guerra” entre Weverton Rocha e Carlos Brandão, que se movem com dois focos, reunindo forças políticas (parlamentares, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores) para fortalecer seus projetos e colocar seus cacifes na mesa quando chegar o momento da decisão. O senador e o vice-governador trabalham com diversas equações, inclusive a de que, na impossibilidade do grande acordo, os dois sigam pela via do confronto direto, o que poderá polarizar a disputa, mesmo levando em conta candidaturas expressivas, como a de Josimar de Maranhãozinho e a de Edivaldo Holanda Jr.. E com o diferencial de que o vice-governador Carlos Brandão concorrerá no cargo em busca da reeleição.
Weverton Rocha faz uma pré-campanha mais aguerrida e estridente, comandando eventos políticos com participação popular, que chama de “Maranhão Mais Feliz”, já realizados em Imperatriz, São Bernardo, Presidente Dutra e Pinheiro, este ocorrido na noite de Sexta-Feira, provavelmente o maior dos quatro, mobilizado uma multidão e inúmeros prefeitos e líderes da Região. Na “Princesa da Baixada”, o pré-candidato do PDT conta com o apoio do prefeito Luciano Genésio (PP) e da vice-prefeita Ana Paula Lobato (PDT). Principal avalista político desse projeto, o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), tem participado de maneira entusiasmada, afirmando em suas falas, que esse projeto vai além do propósito pessoal do senador Weverton Rocha. Não há como ignorar o fato de que o líder pedetista faz a mais arrojada de todas as pré-campanhas.
Carlos Brandão também tem realizado eventos políticos robustos, com a participação de parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, além de cumprir uma agenda intensa representando o governador Flávio Dino em inaugurações, anúncio de obras e eventos os mais diversos. Mas até aqui, o viés mais forte da pré-campanha do vice-governador tem sido a conversa política com lideranças de todas as regiões. Dois exemplos: há duas semanas, enquanto o senador Weverton Rocha preparava seu evento em Presidente Dutra, Carlos Brandão recebia na sua residência o apoio de ninguém menos que o ex-deputado federal e pedetista de proa Julião Amin, e na Sexta-Feira, enquanto o Maranhão Mais Feliz ocorria em Pinheiro, o vice-governador recebia a visita de 15 deputados estaduais de diversos partidos, entre eles a Thaíza Hortegal (PP), ex-mulher e ex-aliada política do prefeito pinheirense Luciano Genésio.
Além da movimentação intensa de Weverton Rocha e Carlos Brandão, a corrida mais acelerada entre os demais candidatos é a de Josimar de Maranhãozinho, que há duas semanas lotou sua residência com dezenas de prefeitos aos quais comunicou que é está se afastando do governador Flávio Dino e que pré-candidato a governador e não abre.
As pré-campanhas dos dois pré-candidatos da base governista e a movimentação de Josimar de Maranhãozinho tendem a se intensificar à medida que se aproximar o momento em que o governador Flávio Dino indicará o candidato que terá seu apoio e do seu grupo. No meio político, começa a escassear os que acreditam em acordo, aumentando, na mesma proporção, os que já preveem a impossibilidade de entendimento e esperam que os dois partirão para o embate, o que terá vários desdobramentos, alguns imprevisíveis. Tais vozes também ainda acreditam que a pré-candidatura do chefe do PL é blefe.
PONTO & CONTRAPONTO
Roberto Rocha mantém silêncio sobre como disputará das eleições do ano que vem
O senador Roberto Rocha (sem partido) vai aos poucos ganhando a forma de grande mistério da corrida eleitoral do ano que vem. A pouco mais de um ano das eleições, ele continua sem dar uma palavra sobre a sua participação, ou não, no pleito. Há quem o veja como pré-candidato a governador – para fazer dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro, de quem é apoiador convicto – os que o enxergam como pré-candidato à reeleição para o Senado, alguns apostam que ele será candidato a deputado federal, e também uns poucos que acreditam que, por razões não políticas, ficará de fora da caça ao voto, apoiando a eventual candidatura do seu filho, o ex-vereador Roberto Rocha Jr., a deputado federal.
Para começar, é estranho que o senador, que é preparado e já controlou firmemente a sua bússola política, ainda se encontre sem partido, vivendo a curiosa situação de aguardar a escolha partidária do presidente Jair Bolsonaro, que, cada vez mais isolado politicamente, enfrenta dificuldades para encontrar um partido que lhe abra as portas. Mesmo excluindo PSB e PSDB, dos quais saiu, Roberto Rocha não teria maiores dificuldades de encontrar uma legenda adequada ao seu perfil, agora assumidamente de direita. Ficar sem partido por solidariedade ao presidente não parece uma boa estratégia.
Além da indefinição partidária, Roberto Rocha deixa no ar a impressão de que escolha partidária e definição de mandato a disputar não estão na lista das suas preocupações imediata. E a explicação dessa postura seria consequência de um drama pessoal: seu filho, Paulo Rocha, de 32 anos, estaria novamente enfrentando problemas com câncer. Um amigo da família afirma que o senador Roberto Rocha estaria muito abatido, às vezes sinalizando total desinteresse pelo seu futuro político – mais ou menos o que aconteceu em 2018, quando alcançou apenas 2% da votação para governador do Estado.
A mesma fonte acha provável que Roberto Rocha resolva sua situação até 02 de Outubro, quando termina prazo de filiação para quem pretende disputar nas eleições de 2022.
Bancadas do DEM e do MDB na AL estão divididas na corrida aos Leões
As bancadas do DEM e do MDB na Assembleia Legislativa estão divididas em relação à disputa para o Governo do Estado. São tomadas de posições que fogem ao controle dos comandos partidários.
Dos cinco deputados democratas, Neto Evangelista, Andreia Rezende e Antônio Pereira já tomaram o partido do senador Weverton Rocha (PDT), enquanto os deputados Paulo Neto e Daniella Tema estão apoiando o vice-governador Carlos Brandão.
No MDB, os deputados Socorro Waquim e Arnaldo Melo estão firmes com a pré-candidatura de Carlos Brandão, enquanto o deputado Roberto Costa, que é vice-presidente do partido, está claramente inclinado para o projeto de candidatura do senador Weverton Rocha.
A desenvoltura com que os parlamentares estão se posicionando pode levar a duas conclusões: ou foram liberados para fazerem suas escolhas, ou os comandos do DEM e do MDB não têm autoridades sobre eles.
São Luís, 19 de Setembro de 2021.
Na minha modesta opinião o que vejo é muita especulação, sobretudo, no que se refere a pré-candidaturas de diversos nomes para governador. O único que tenho certeza que será candidato de todos esses nomes especulados é Josimar Maranhãozinho, esse não abre mão, primeiro é um político independente, independe de apoio de Presidente ou de apoio de Governador, segundo o homem tem palavra, já falou que será candidato e não volta atrás, pode acontecer o que acontecer. Nesse eu confio e acredito, acompanho sua trajetória política, assim como acompanho de todos os outros e vejo que ele tem potencial e vai dá trabalho.