O PT do Maranhão se prepara para dar a sua maior guinada nos últimos tempos no Maranhão. No encontro estadual que realizará amanhã em São Luís, o braço maranhense do partido, presidido pelo professor Raimundo Monteiro, deve anunciar o seu rompimento com o PMDB, desfazendo uma complicada aliança que já dura mais de uma década, para então formalizar seu apoio ao governo liderado por Flavio Dino (PCdoB). O fim da aliança com o PMDB, se confirmado neste sábado, ocorrerá num momento impróprio, já que o dramático cenário nacional, que parecia começar a se acalmar, voltou a mergulhar numa gigantesca e perigosa turbulência, causada pela prisão do senador e líder do Governo Delcídio do Amaral (PT-MS), depois da revelação, por meio de um áudio, que ele está envolvido até o pescoço em esquema de corrupção. O caso colocou todo o partido em estado de alerta máxima, já que poderão acontecer desdobramentos muito graves na direção do Palácio do Planalto com força suficiente para esvaziar e adiar o encontro e mobilizar as lideranças do partido no Maranhão para um eventual agravamento da crise.
Na convocação que fez aos seus líderes e militantes para o encontro de amanhã – que está previsto para acontecer na sede estadual da CUT -, a direção estadual do PT colocou como primeiro item da pauta a “análise da conjuntura estadual e nacional”, certamente motivada pelo filete de luz que começava a aparecer no fim do túnel em que se encontra o governo da presidente Dilma Rousseff. E naturalmente avaliava que o cenário mais ameno, com a redução da escala do terremoto político, lhe permitiria bater martelo e desembarcar formalmente no Governo Flávio Dino. O terremoto de quarta-feira, porém, com a prisão do senador e líder governista Delcídio do Amaral, que quase comprometeu o equilíbrio dos Poderes da República, feriu gravemente o PT nacional e minou o terreno em que o PT maranhense vinha se movimentando.
Isso não quer dizer que o partido desista do encontro, não. A diferença é que a perspectiva otimista que vinha motivando os líderes petistas maranhenses mudou radicalmente. De um dia para outro, a presidente da República, que acabara de costurar uma delicada e complicada malha de apoio no Congresso Nacional, tendo o senador Delcídio do Amaral como o seu principal articulador no Senado, foi destruída com a prisão dele. Aquele político simpático, que conversava com todas as correntes e tinha credibilidade nos diversos segmentos de oposição, onde vinha derrubando barreiras foi, de repente, apresentado ao mundo como um elemento perigoso, um gangster do pior tipo, agindo para pressionar outro bandido a não denunciá-lo. A prisão dele, autorizada por um colegiado do Supremo e confirmada, a duras penas, pelo Senado Federal, fechou a fresta e o túnel voltou às escuras. Todo o trabalho político, toda boa vontade, toda disposição para concessões de lado a lado, de modo a encontrar um caminho seguro para sair da crise, foram para o espaço com a revelação do lado bandido do senador petista. Os petistas do Maranhão devem ter ficado perplexos, com a agravante de que a situação do partido e do governo dele complicou de vez.
Vale uma indagação: qual será a leitura que os líderes e militantes petistas que se reunirão amanhã na sede da CUT-MA farão da conjuntura estadual e nacional. Até quarta-feira, eles tinham bons motivos para analisar a situação do Maranhão como boa e associá-la à situação nacional, que era péssima, mas exibia sinais de melhora. Depois da quarta-feira, a situação do Maranhão é a de um governo correto que, de repente, vê seu principal parceiro numa situação dramática, em busca de um líder. Talvez o PT maranhense reflita seriamente sobre a conjuntura nacional e chegue à conclusão de que não é prudente pura e simplesmente dar as costas para o PMDB e avalie melhor sobre se esse é o momento certo para sentar praça no governo Flávio Dino.
Em tempo: até ontem no início da noite o encontro estava mantido.
PONTOS & CONTRAPONTOS
Cutrim critica prisão de Delcídio
O deputado estadual Raimundo Cutrim disparou ontem um petardo do Supremo Tribunal Federal ao questionar duramente a legalidade da prisão do senador e líder do Governo Delcídio do Amaral (PT-MS), em mais um mega escândalo produzido pela Operação Lava Jato. Na avaliação de Cutrim, que falou com a autoridade de delegado federal aposentado após uma longa e intensa carreira, a prisão do senador petista não teve base legal, já que não houve fato que justificasse a decisão do ministro relator Teori Zavascki, ratificada pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal e pelo Senado da República. Na avaliação de Cutrim, a gravação na qual em conversa com o filho e o advogado de Nestor Serveró – ex-diretor da Petrobras envolvido no esquema de corrupção – o caso de Delcídio do Amaral gerou um grave e preocupante caso de insegurança jurídica no país.
E quer saber do Fundo Partidário
No bojo do questionamento acerca da prisão do senador Delcídio do Amaral, o deputado Raimundo Cutrim disparou um petardo indigesto na direção dos partidos políticos e, por tabela, na direção do seu próprio partido, o PCdoB. Ao questionar a decisão do STF, deputado disse que, além do escândalo da Petrobras, há no país casos que o Ministério Público Federal e o STF precisam investigar urgentemente numa grande operação, mas que são tratados com indiferença pelos órgãos de controle. Um deles, que o deputado considera gravíssimo, é a distribuição dos milhões de reais do Fundo Partidário, que é distribuído aos partidos, mas que os filiados não têm conhecimento a respeito de como eles são gastados. Disse, em tom elevado, que ele próprio nunca foi informado a respeito de quanto seu partido recebe do Fundo Partidário e como gasta esses recursos. Enfatizou informando que faz gastos de campanha, mas nunca recebeu qualquer ajuda do seu partido. Por isso, acha que algo de muito grave acontece nessa seara, que deveria ser investigado pela Polícia Federal, com autorização do Supremo. As declarações do deputado Raimundo Cutrim em relação à trajetória nebulosa do Fundo Partidário pareceram destinadas a aterrissar na mesa do presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry.
Um voto bem pensado
O senador João Alberto (PMDB) explicou ontem à Coluna porque votou pelo relaxamento da prisão do senador e líder do Governo Delcidio Amaral (PT-MS). Relatou que antes da sessão praticamente todos os senadores estavam decididos a votar pelo relaxamento, mas foram mudando de posição à medida que informações novas chagaram ao plenário do Senado. Ele fixou sua decisão na condição de presidente de Conselho de Ética, onde só aceita denúncia contra senador se estiver bem documentada. Segundo ele, a situação apanhou o Senado de surpresa, o que gerou constrangimento e revolta entre os senadores. Ele relatou que a maioria esteve muito perto de relaxar a prisão, e que isso só não aconteceu porque vozes moderadas entraram no circuito e acalmaram os ânimos. No que diz respeito ao seu voto, Joao Alberto afirmou que votou de acordo com a sua consciência.
São Luís, 26 de Novembro de 2015.
O PT do Maranhão se prepara para dar a sua maior guinada nos últimos tempos no Maranhão. No encontro estadual que realizará amanhã em São Luís, o braço maranhense do partido, presidido pelo professor Raimundo Monteiro, deve anunciar o seu rompimento com o PMDB, desfazendo uma complicada aliança que já dura mais de uma década, para então formalizar seu apoio ao governo liderado por Flavio Dino (PCdoB). O fim da aliança com o PMDB, se confirmado neste sábado, ocorrerá num momento impróprio, já que o dramático cenário nacional, que parecia começar a se acalmar, voltou a mergulhar numa gigantesca e perigosa turbulência, causada pela prisão do senador e líder do Governo Delcídio do Amaral (PT-MS), depois da revelação, por meio de um áudio, que ele está envolvido até o pescoço em esquema de corrupção. O caso colocou todo o partido em estado de alerta máxima, já que poderão acontecer desdobramentos muito graves na direção do Palácio do Planalto com força suficiente para esvaziar e adiar o encontro e mobilizar as lideranças do partido no Maranhão para um eventual agravamento da crise.
Na convocação que fez aos seus líderes e militantes para o encontro de amanhã – que está previsto para acontecer na sede estadual da CUT -, a direção estadual do PT colocou como primeiro item da pauta a “análise da conjuntura estadual e nacional”, certamente motivada pelo filete de luz que começava a aparecer no fim do túnel em que se encontra o governo da presidente Dilma Rousseff. E naturalmente avaliava que o cenário mais ameno, com a redução da escala do terremoto político, lhe permitiria bater martelo e desembarcar formalmente no Governo Flávio Dino. O terremoto de quarta-feira, porém, com a prisão do senador e líder governista Delcídio do Amaral, que quase comprometeu o equilíbrio dos Poderes da República, feriu gravemente o PT nacional e minou o terreno em que o PT maranhense vinha se movimentando.
Isso não quer dizer que o partido desista do encontro, não. A diferença é que a perspectiva otimista que vinha motivando os líderes petistas maranhenses mudou radicalmente. De um dia para outro, a presidente da República, que acabara de costurar uma delicada e complicada malha de apoio no Congresso Nacional, tendo o senador Delcídio do Amaral como o seu principal articulador no Senado, foi destruída com a prisão dele. Aquele político simpático, que conversava com todas as correntes e tinha credibilidade nos diversos segmentos de oposição, onde vinha derrubando barreiras foi, de repente, apresentado ao mundo como um elemento perigoso, um gangster do pior tipo, agindo para pressionar outro bandido a não denunciá-lo. A prisão dele, autorizada por um colegiado do Supremo e confirmada, a duras penas, pelo Senado Federal, fechou a fresta e o túnel voltou às escuras. Todo o trabalho político, toda boa vontade, toda disposição para concessões de lado a lado, de modo a encontrar um caminho seguro para sair da crise, foram para o espaço com a revelação do lado bandido do senador petista. Os petistas do Maranhão devem ter ficado perplexos, com a agravante de que a situação do partido e do governo dele complicou de vez.
Vale uma indagação: qual será a leitura que os líderes e militantes petistas que se reunirão amanhã na sede da CUT-MA farão da conjuntura estadual e nacional. Até quarta-feira, eles tinham bons motivos para analisar a situação do Maranhão como boa e associá-la à situação nacional, que era péssima, mas exibia sinais de melhora. Depois da quarta-feira, a situação do Maranhão é a de um governo correto que, de repente, vê seu principal parceiro numa situação dramática, em busca de um líder. Talvez o PT maranhense reflita seriamente sobre a conjuntura nacional e chegue à conclusão de que não é prudente pura e simplesmente dar as costas para o PMDB e avalie melhor sobre se esse é o momento certo para sentar praça no governo Flávio Dino.
Em tempo: até ontem no início da noite o encontro estava mantido.
PONTOS & CONTRAPONTOS
Cutrim critica prisão de Delcídio
O deputado estadual Raimundo Cutrim disparou ontem um petardo do Supremo Tribunal Federal ao questionar duramente a legalidade da prisão do senador e líder do Governo Delcídio do Amaral (PT-MS), em mais um mega escândalo produzido pela Operação Lava Jato. Na avaliação de Cutrim, que falou com a autoridade de delegado federal aposentado após uma longa e intensa carreira, a prisão do senador petista não teve base legal, já que não houve fato que justificasse a decisão do ministro relator Teori Zavascki, ratificada pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal e pelo Senado da República. Na avaliação de Cutrim, a gravação na qual em conversa com o filho e o advogado de Nestor Serveró – ex-diretor da Petrobras envolvido no esquema de corrupção – o caso de Delcídio do Amaral gerou um grave e preocupante caso de insegurança jurídica no país.
E quer saber do Fundo Partidário
No bojo do questionamento acerca da prisão do senador Delcídio do Amaral, o deputado Raimundo Cutrim disparou um petardo indigesto na direção dos partidos políticos e, por tabela, na direção do seu próprio partido, o PCdoB. Ao questionar a decisão do STF, deputado disse que, além do escândalo da Petrobras, há no país casos que o Ministério Público Federal e o STF precisam investigar urgentemente numa grande operação, mas que são tratados com indiferença pelos órgãos de controle. Um deles, que o deputado considera gravíssimo, é a distribuição dos milhões de reais do Fundo Partidário, que é distribuído aos partidos, mas que os filiados não têm conhecimento a respeito de como eles são gastados. Disse, em tom elevado, que ele próprio nunca foi informado a respeito de quanto seu partido recebe do Fundo Partidário e como gasta esses recursos. Enfatizou informando que faz gastos de campanha, mas nunca recebeu qualquer ajuda do seu partido. Por isso, acha que algo de muito grave acontece nessa seara, que deveria ser investigado pela Polícia Federal, com autorização do Supremo. As declarações do deputado Raimundo Cutrim em relação à trajetória nebulosa do Fundo Partidário pareceram destinadas a aterrissar na mesa do presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry.
Um voto bem pensado
O senador João Alberto (PMDB) explicou ontem à Coluna porque votou pelo relaxamento da prisão do senador e líder do Governo Delcidio Amaral (PT-MS). Relatou que antes da sessão praticamente todos os senadores estavam decididos a votar pelo relaxamento, mas foram mudando de posição à medida que informações novas chagaram ao plenário do Senado. Ele fixou sua decisão na condição de presidente de Conselho de Ética, onde só aceita denúncia contra senador se estiver bem documentada. Segundo ele, a situação apanhou o Senado de surpresa, o que gerou constrangimento e revolta entre os senadores. Ele relatou que a maioria esteve muito perto de relaxar a prisão, e que isso só não aconteceu porque vozes moderadas entraram no circuito e acalmaram os ânimos. No que diz respeito ao seu voto, Joao Alberto afirmou que votou de acordo com a sua consciência.
São Luís, 26 de Novembro de 2015.
Boa tarde nobre amigo! Chegamos ao final do mês de novembro, e consequentemente nosso prazo vem se esgotando, tendo em vista que só faltam 05 (cinco) meses para o final da validade do concurso de servidores do TJMA 2011. Como as convocações não vem acontecendo, pelos problemas orçamentários que o TJ vem enfrentando, visualizamos uma saída, que seria uma nova prorrogação do concurso. Isso permitiria que o Tribunal tivesse mais tempo para executar as convocações e daria mais esperança aos aprovados que aguardam ansiosos por uma chance de ingresso no serviço público. Destacamos que não haveria prejudicados, pois não existe edital para um novo concurso, sendo assim, o Tribunal não teria gastos em realizar um novo certame, e nós passaríamos a contar com um tempo maior para futuras convocações. Estaremos postando agora de maneira semanal, e contamos com a ajuda/compreensão para que possamos utilizar seu espaço – como já temos feito nos últimos meses – para a divulgação semanal de nossa causa e possível solução! Gratos pela oportunidade!
Segue a Lista dos aprovados dos Comissários de Justiça para São Luis-MA:
Comarca: São Luis
ANGELO CRUZ ALMEIDA DE SOUSA
CAROLINA DOS SANTOS MENDONÇA LIMA
RICARDO BRUNO BECKMAN SOARES DA CRUZ
CAROLINE DE OLIVEIRA RABELO
CARLOS OTÁVIO FREIRE FRANCO
ÍTALO COELHO ALBUQUERQUE
FERNANDO JOSÉ ANDRADE SALDANHA
GABRIELA CARVALHO RIBEIRO
MÁRCIO HENRIQUE ALMEIDA PORTELA
RODOLPHO SILVA OLIVEIRA
MÁRIO GONZAGA MATOS DOS REIS JÚNIOR
CÁSSIA ELENE BORRALHO DOS SANTOS
PÂMELA ALESSANDRA BORGES DE SOUSA
LEANDRO SALDANHA DE ALBUQUERQUE
JAMILLE BARROS CAMPELO
HEIDY KELLEM SOUSA
VANESSA CRISTINA RAMOS FONSÊCA DA SILVA
DIEGO SANTA BRIGIDA CUBA
DIEGO CARVALHO DE SOUSA
THIAGO DE SOUSA
DIANA DOS SANTOS TELES
FERNANDA PROTÁSIO VERAS
BETHANIA BELCHIOR COSTA
PAULA CRISTIANE SALDANHA VIANA
RAÍSSA MOREIRA LIMA MENDES
WESCLEY PAZ SOUSA
CARLA CHRISTINA DA SILVA ALLEN
NEILA MARILDA SOARES MORAES
CÁCIA SAMIRA DE SOUSA CAMPOS
FRANCISCO LEONARDO SILVA JUNIOR
JULIO CÉSAR NEVES SANTOS
LUIS GUILHERME BITTENCOURT SILVA
PATRÍCIA CASTELO BRANCO AZEVEDO
SHIRLEYANNE DA SILVA BRITO
WELISSON FERNANDO MORAES DE SOUSA
WEBER DE RIBAMAR PENHA CORREA
RAILSON CASTRO DE SOUZA
ROGÉRIO DE LIMA REIS ARAÚJO
SUELEN MARIA RODRIGUES SOUSA
THAÍSA HELENA PEIXOTO CASTELO BRANCO
MARCELO RODRIGUES ERICEIRA
LEONARDO JOSÉ DIAS CORDEIRO
AESKA DAMASCENO GUIMARÃES
GLEYCIANNE ARAUJO ALVES
GRACIELLE CRISTINA LIMA PEREIRA
JAILSON DOS SANTOS COSTA
Aproveitando, levantamos que, a questão da espera por convocações, não é apenas do nosso cargo – existem comissários em outras comarcas – , mas também dos Analistas, Técnicos e Auxiliares.
Desde já, agradecemos o espaço.