Pesquisas mostram que Brandão tem crescimento consistente e que Weverton estacionou

 

Atual cenário da corrida aos Leões Carlos Brandão lidera na pesquisa Escutec e empata com Weverton Rocha na pesquisa Exata, seguido de Edivaldo Jr., Lahesio Bonfim, Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias

A corrida ao Palácio dos Leões começa a ganhar ritmo. Faltando ainda exatos seis meses as eleições, os institutos Escutec e Exata divulgaram ontem pesquisas sobre as intenções de voto para o Governo do Estado e apresentaram números divergentes, mas indicadores de uma forte tendência.

Segundo o Escutec, contratado pelo Sistema Mirante, se a eleição fosse hoje, o governador Carlos Brandão (PSB) teria 24% dos votos e iria para o segundo turno com o senador Weverton Rocha (PDT), que teria 20% dos votos, e deixariam de fora Edivaldo Holanda Jr. (PSD), que teria 12%, seguido de Lahesio Bonfim (PSC) com 11%, Roberto Rocha (PTB) com 8%, Josimar de Maranhãozinho (PL) com 3%, Simplício Araújo (Solidariedade) com 2%, Enilton Rodrigues (PSOL) com 1% e Hertz Dias (PSTU), que não pontuou, e ainda 21% que não souberam ou não quiseram responder. A pesquisa foi feita entre 26 e 30 de abril, ouviu 2 mil eleitores em 73 municípios, tem margem de erro de 2,19% para mais ou para menos, tem intervalo de confiança de 95% e está registra no TRE sob o protocolo MA 02565/2022.

Já o Exata, que atende à TV Difusora, divulgou apenas um cenário: Weverton Rocha (22%), Carlos Brandão (21%), Lahesio Bonfim (12%), Edivaldo Holanda Jr. (11%), Roberto Rocha (11%), e os que votariam nulo ou em nenhum deles e não quiserem nem souberam responder somaram 11%. O Exata não informou os percentuais obtidos por Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo, Enilton Rodrigues e Hertz Dias. A pesquisa foi feita no período de 25 a 29 de abril, ouviu 1.400 eleitoral, tem margem de erro de 3,44% para mais ou para menos e está registrada no TRE sob o protocolo MA-05691/2022.

Ainda que na pesquisa Exata Weverton Rocha apareça com um ponto percentual à frente de Carlos Brandão, o que caracteriza empate técnico duvidoso numa margem de erro de 3,44%, a vantagem que o governador alcança na pesquisa do Escutec, fora da margem de erro de 2,19%, é um forte indicador de que ele está à frente, se não com uma vantagem expressiva, mas suficiente para mostrar que sua candidatura está avançando. Mesmo tentando desacreditá-la, os próprios aliados do pré-candidato pedetista admitiram a vantagem de Carlos Brandão, que vem mudando de posição a cada levantamento, sempre para cima. Os demais pré-candidatos alcançaram os mesmos patamares de antes, com pequenas variações, mas sem alterar em escala visível o desenho do cenário.

Esse panorama, que vem se desenhando sem pressa, mas com consistência, como foi previsto pela Coluna em Janeiro, tem as características de uma tendência, que mostra o governador Carlos Brandão avançando e o senador Weverton Rocha estacionado, sem sair do lugar, perdendo aos poucos a condição de pré-candidato competitivo, situação só amenizada porque os concorrentes do bloco intermediário também encontram-se estancados. É o caso de Edivaldo Jr. e Lahesio Bonfim, já que Roberto Rocha está fora do páreo para o Palácio dos Leões, tendo optado pela tentativa de reeleição para o Senado. Numa investigação da pesquisa Escutec, num cenário sem Roberto Rocha seus votos se espalham por todos os pré-candidatos, levando Carlos Brandão a 26% e Weverton Rocha 23%. Ou seja, a presença ou ausência do senador do PTB em nada mudaria a corrida aos Leões.

Vale destacar que o Escutec quis saber sobre as intenções do eleitor em relação a um eventual segundo turno, e a resposta foi contundente: Carlos Brandão venceria com segurança a todos os oponentes do primeiro turno, a começar por Weverton Rocha. Neste cenário, Carlos Brandão aparece com 39% contra 34% de Weverton Rocha. Noutro cenário, Carlos Brandão venceria Edivaldo Jr. por 39% contra 23%. Já Lahesio Bonfim seria derrotado por Carlos Brandão por 42% a 25%. Sem o governador no segundo turno, Weverton Rocha venceria a Edivaldo Jr. com 35% contra 24%, e a Lahesio Bonfim com 37% contra 22%. Ou seja, a tendência é a de que Carlos Brandão de fato já lidera a corrida aos Leões, com crescimento consistente, sem açodamento.

Afinal, a eleição será exatamente daqui a 180 dias.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Rocha anuncia candidatura à reeleição com o apoio do PDT e outros sete partidos

Entre novos aliados, Roberto Rocha anuncia pré-candidatura à reeleição 

O senador Roberto Rocha (PTB) confirmou ontem, em ato partidário, sua candidatura à reeleição. Ao evento compareceram representantes do PDT, Republicanos, PSC, PSD, PL, PROS, Agir36 e PMN, partidos que, segundo ele e seus aliados, formarão a sua base partidária para disputar a cadeira senatorial com o ex-governador Flávio Dino (PSB/PT/PCdoB/PP/Solidariedade/Cidadania/PSDB). Se essa aliança for concretizada, será um fato político inusitado, porque quatro candidatos a governador – Weverton Rocha, Edivaldo Jr., Lahesio Bonfim e Josimar de Maranhãozinho – pedirão votos para um candidato a senador, que, em contrapartida, terá de pedir votos para quatro candidatos a governador.

Não se discute que, para quem saiu do PSB, passou pela segunda vez pelo PSDB, cumpriu uma via crucis atrás de uma legenda e acabou no PTB –  bolsão bolsonarista liderado pelo extremista de direita Roberto Jefferson e transformado em colega de gente do naipe do deputado federal Daniel Silveira -, o senador Roberto Rocha conseguiu uma boa foto, pouco provável há até pouco tempo: ganhar o apoio do seu colega de Senado Weverton Rocha e de alguns chefes de legendas aliadas dele, como o Republicanos e o PROS, por exemplo.

O problema é que, salvo o PDT e o PL, que são partidos considerados fortes, os demais (PROS, PSD, PSC, Agir36 e PMN) representam muito pouco em matéria política e menos ainda no plano eleitoral, que é o que de fato interessa ao senador e seu projeto de reeleição. O PROS, que já era magro, afinou mais ainda depois que foi tomado do suplente de deputado federal Gastão Vieira e entregue ao suplente de deputado estadual Marcos Caldas. O PSD e o PSC, no ato representados pelos seus respectivos presidentes, deputados federais Edilázio Jr. e Aluísio Mendes, vêm saindo aos poucos da seara dos nanicos, conseguiram lançar candidatos a governador, mas estão longe de ter força para robustecer o projeto de reeleição de Roberto Rocha. O Republicanos tem lá sua força, mas está tão dividido que não é possível qual banda trem mais força.

No mais, o Agir36, que Lahesio Bonfim trocou pelo PSC, e o PMN, que o prefeito Eduardo Braide mantém como “reserva de domínio” nas mãos do irmão, têm peso igual a zero no jogo político e eleitoral.

Chamou a atenção o fato de o senador Weverton Rocha (PDT), presidente do PDT e um dos articuladores da frente partidária pró-Roberto Rocha, não haver comparecido ao ato do colega, embora tenha feito questão de mandar os graúdos do seu staf – Erlânio Xavier (presidente da Famem) e os deputados estaduais Glaubert Cutrim, Ciro Neto e Neto Evangelista -, quando os demais partidos mandaram apenas um representante cada.

 

Pesquisa mostra Dino com 35 pontos de vantagem sobre Rocha na corrida ao Senado

Flávio Dino lidera com folga a corrida ao Senado

O lançamento da pré-candidatura do senador Roberto Rocha à reeleição foi feito no dia em que o instituto Escutec divulgou pesquisa de intenção de voto para o Senado. Se a eleição fosse agora, o ex-governador Flávio Dino (PSB/PCdoB/PT/PP/Solidariedade/Cidadania/PSDB/Podemos) seria eleito com 55% dos votos. Seu adversário mais próximo seria o senador Roberto Rocha (PTB/PDT/PSC/PSD/PL/PROS/Agir36/PMN) teria 20% dos votos, seguido do Pastor Bel (PRTB), com 5% e de Antônia Cariongo (PSOL), com 1% dos votos. Segundo a pesquisa, 5% não votaria em nenhum deles e 14% não responderam ou não quiseram responder.

A pesquisa Escutec confirma a consistente liderança de Flávio Dino no pleito senatorial, apontada nas mais de uma dezena de pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro. Em todas elas, Flávio Dino sempre apareceu em patamar acima dos 40% de intenções de voto, sempre com vantagem superior a 20 pontos percentuais sobre o senador Roberto Rocha. Agora, que as posições estão definidas e o ex-governador assumiu a pré-candidatura, sua posição parece bem mais consolidada, com sua marca de intenções de voto acima de acima de 50%.

Em relação a base partidária, enquanto a anunciada pelo senador Roberto Rocha prevê a união de oito partidos, quatro deles com candidato a governador e dois com candidatos a presidente – Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL) – e três legendas praticamente inexistentes. Já a base partidária do ex-governador reúne oito partidos, sendo que quatro estão entre os maiores do estado, e todos mobilizados em torno de um candidato a governador, Carlos Brandão (PSB), e um a presidente, Lula da Silva (PT).

São tantas as diferenças, que terão de ser mostradas em várias edições.

São Luís, 03 de Maio de 2022.

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