Pesquisa Exata aponta Weverton na frente, mas estacionado, com Brandão em segundo

 

Weverton Rocha lidera e Carlos Brandão é segundo, seguido por Roberto Rocha, Edivaldo Jr., Lahesio Bondim, Josimar de Maranhãozinho, Simplício Araújo e Hertz Dias na corrida ao Governo do Estado, segundo a pesquisa

Se a eleição para governador do Maranhão fosse agora, o senador Weverton Rocha (PDT), com 22% das intenções de voto, e o vice-governador Carlos Brandão (PSB), com 16%, teriam seus passaportes carimbados para um segundo turno. O cenário foi desenhado pela pesquisa Exata, divulgada ontem pela TV Difusora, aparecendo na sequência o senador Roberto Rocha (sem partido) com 13%, o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. (PSD) com 12%, o prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Agir36) com 10%, o deputado federal Josimar do Maranhãozinho (PL) com 6%, o suplente de deputado federal Simplício Araújo (SD) com 2%, e o servidor público Hertz Dias (PSTU) com menos de 1%. Segundo a pesquisa, 8% dos eleitores pensam em votar em branco ou anular o voto e 10% não sabem em quem votar ou não responderam. O instituto Exata ouviu 1.400 eleitores entre os dias 15 e 19 de março, e a pesquisa tem margem de erro de 3.44%, para mais ou para menos, e está registrada no TSE com o número MA-02272/2022.

Se os números trouxeram um certo alívio ao senador Weverton Rocha, seu staf e seus apoiadores, lhe deram também motivo para preocupação. O candidato do PDT, que vem protagonizando uma pré-campanha arrojada, que em quase nada difere de uma campanha oficial, permanece perigosamente estacionado na faixa que vai dos 20% e aos 25% das intenções de voto, sinalizando, com insistência, que pode ter batido no seu teto. Os 22% encontrados pelo Exata, se avaliados pela margem de erro (3,44%), o coloca num patamar que vai de 19 a 25 pontos percentuais. Trata-se, portanto, de uma liderança possível, mas colocada em dúvida por um dado que não pode ser desprezado: há candidatos com potencial de crescimento, o que significa risco para um candidato estacionado.

No que diz respeito ao vice-governador Carlos Brandão, os 16% encontrados pela pesquisa Exata, se não são exatamente motivo para comemoração, garantem no mínimo a boa informação de que não está estacionado, permanecendo ainda em curva ascendente. E com um diferencial enorme ao seu favor: a pesquisa foi feita antes de ele ingressar no PSB, ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, que será vice de Lula da Silva (PT), e mais ainda, antes de ele ser o governador do Maranhão, que nessa condição brigará pela reeleição. A segunda colocação, com seis pontos atrás do líder, não é uma informação para ser comemorada, mas no caso de Carlos Brandão, não é o pior dos mundos, a começar pelo fato de que ele está em movimento.

A pesquisa Exata trouxe o mesmo recado para Roberto Rocha, Edivaldo Holanda Jr., Lahesio Bonfim e Josimar de Maranhãozinho: que coloquem os pés no chão e reavaliem imediatamente seus projetos de candidatura, de modo que possam encontrar meios de entrar na corrida com gás para serem protagonistas e não meros coadjuvantes. A mensagem alcança especialmente o senador Roberto Rocha, que já viveu sua era de ouro partidária e hoje está mercê da boa vontade de Lahesio Bonfim e Josimar de Maranhãozinho.  Já em relação a Simplício Araújo e a Hertz Dias, o recado do eleitorado está mais que claro: não passarão de figurantes, o que, aliás, não será nenhuma novidade em relação ao pré-candidato do PSTU.

Mesmo envolta numa extensa manta de controvérsias e anunciada em uma semana depois da prospecção, a pesquisa Exata encerra a primeira fase da corrida ao Palácio dos Leões, indicando que as próximas fases serão duras, porque definirão finalmente quem é quem nesse jogo em que, pelo menos por enquanto, o senador Weverton Rocha e o vice-governador Carlos Brandão – que será governador daqui a cinco dias – estão dando as cartas a caminho de uma peleja de dois turnos, mas com gente prevendo que ela pode morrer em turno único.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Exata mostra que Flávio Dino não tem páreo para o Senado

Flávio Dino venceria os dois na corrida ao Senado

Se a eleição para senador fosse hoje, o governador Flávio Dino (PSB) seria eleito com mais da metade dos votos. Foi o que apurou o instituto Exata, tendo a apuração informado que Flávio Dino sairia das urnas com 51% dos votos, seguido de Roberto Rocha (20%), Edivaldo Holanda Jr. (10%), enquanto Saulo Arcangeli (PSTU), Paulo Romão (PT) e Antônia Cariongo teriam 1% cada um. Um contingente de 7% dos eleitores não soube ou não quis responder, enquanto 9% disseram que votariam em branco ou nulo. Numa disputa apenas com Roberto Rocha, Flávio Dino teria 56% e Roberto Rocha teria 27%. E num terceiro cenário, disputando com Edivaldo Holanda Jr., Flávio Dino teria 57% contra 21% do ex-prefeito de São Luís.

Nada mais justo para um político que vem transformando o Maranhão há sete anos, realizando um governo sério, limpo, com um volume de feitos transformadores sem precedentes nos governos dos anos 70 do século passado para cá. Sem menosprezar o papel político de cada um, por enquanto ainda não há como compará-los ao governador em matéria de gestão nem de ação política. Uma eleição tranquila para o Senado é uma manifestação de reconhecimento a um político maranhense da nova geração que alcançou projeção nacional por mérito. O senador Roberto Rocha e o ex-prefeito Edivaldo Jr. têm consciência disso.

 

Lahesio pode estar jogando fora um bom cacife para a Câmara Federal

Lahesio Bonfim: erro de cálculo de um possível deputado federal

É grande a expectativa em São Pedro dos Crentes sobre se Lahesio Bonfim vai mesmo abrir mão de quase três anos de mandato de prefeito – bem-sucedido, diga-se -, para entrar na corrida ao Palácio dos Leões, na qual suas chances não são o que se pode chamar de boas. Não é política e jornalisticamente correto afirmar, a seis meses do pleito, que não tem chance de eleição, como também não sensato afirmar que ele tem tudo para vencer a eleição. Ele faz parte de um grupo de pré-candidatos que podem avançar na preferência do eleitorado se os dois líderes, ou pelo menos um deles, for engolido pelo fracasso. Ninguém discute o direito de Lahesio Bonfim renunciar ao cargo de prefeito para entrar na disputa pelo Governo do Estado. Mas é possível avaliar que ele faz uma aposta errada. É opinião quase dominante que, falador como ele é, e bom der briga como diz ser, daria um bom deputado federal.

São Luís, 27 de Março de 2022.

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