A aliança política que colocou no mesmo campo o governador Flávio Dino (PCdoB) e o empresário Ildon Marques, ex-interventor e ex-prefeito de Imperatriz causou reações diversas. Aliados do governador e do ex-prefeito festejaram o fato como um lance político de peso para os dois, enquanto adversários de Flávio Dino e ex-aliados de Ildon Marques criticaram duramente o governador e tentaram triturar o ex-prefeito. A verdade indiscutível é que o episódio produziu dois fatos surpreendentes e incontestáveis: de um lado, numa jogada de político tarimbado, o governador Flávio Dino reforçou expressivamente seu cacife em Imperatriz e na Região Tocantina como um todo ao atrair para a aliança governista um político regional da estatura do ex-prefeito Ildon Marques; de outro, ao aliar-se ao governador, o ex-prefeito de Imperatriz deu uma inequívoca demonstração de que é um político independente, que faz as suas próprias escolhas sem ter de dar satisfações a quem quer que seja nem se dobrar a patrulhamento. Se a aliança vai ser produtiva e duradoura, essa é outra conversa. E não há que discutir sobre a legitimidade política dos dois para se aliarem.
Empresário de ponta no comércio, com negócios que vão do supermercado ao agronegócio e que tem como carro-chefe a rede de lojas Liliani, com ramificação no Maranhão, Pará, Tocantins, Goiás, Piauí e Ceará, o que faz dele dono de uma das grandes fortunas da região e, ao mesmo tempo, Ildon Marques – que é também um homem de visão de mundo abrangente – milita na política quase que por diletantismo, não sendo, portanto, um político profissional, que depende de mandatos para se bancar. E foi assim quando começou, tentando, sem sucesso, ser deputado federal constituinte em 1986, e em seguida como candidato a vice-governador na chapa de João Castelo em 1990. Já era conhecido por sua independência quando em 1995 foi nomeado interventor em Imperatriz ela então recém empossada governadora Roseana Sarney (PMDB), que o escolheu para livrar a Prefeitura do controle do crime organizado, na época sob influência do ex-prefeito e ex-deputado Davi Alves Silva.
Em 2015, Ildon Marques, um capitalista por convicção e profissão, sempre açoitado pelas esquerdas, surpreendeu os meios empresarial e político ao atender ao convite do senador Roberto Rocha assumido saiu de um longo recolhimento para atender a convite do senador Roberto Rocha para filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e de novo candidatar-se a prefeito de Imperatriz. Ficou em segundo lugar – o eleito foi Assis Ramos (PMDB). Mais recentemente, não se sentiu à vontade do ingresso do senador Roberto Rocha no PSDB e, por essa via, unir-se ao seu maior adversário, o ex-prefeito Sebastião Madeira, Ildon Marques rompeu com o senador. Nesse contexto, poderia tranquilamente refazer sua aliança com o Grupo Sarney e apoiar o projeto ainda impreciso da ex-governadora Roseana Sarney, decidiu surpreender novamente e dar uma guinada ainda mais radical do que a de filiar-se ao PSB: aliou-se ao governador Flávio Dino, de quem fora adversário ferrenho até pouco tempo. E com isso reafirmou sua independência e mostrou que está vivo e que pretende encarar as urnas em 2018.
O governador Flávio Dino deu uma demonstração de inteligência e pragmatismo políticos ao costurar a aliança e consolidá-la ao criar a Agência Metropolitana do Sudoeste do Maranhão, um órgão de planejamento, acompanhamento e fiscalização, entregando-a a Frederico Ângelo, indicado pelo ex-prefeito Ildon Marques, que com a experiência de interventor e prefeito duas vezes, conhece como pouco os problemas urbanos de Imperatriz e dos municípios da região. Com isso, passou a ter a seu favor uma voz que era duramente crítica a ele e ao seu Governo, e poderá auferir desse lance dividendos eleitorais importantes na Região Tocantina. Afinal, ainda que não esteja mais no auge do seu prestígio. Ildon Marques continua sendo uma voz eleitoralmente poderosa e influente, principalmente em Imperatriz.
A Oposição, claro, sentiu a pancada e joga pesado para minimizar o fato, mas seus líderes sabem que a aliança do governador Flávio Dino com o ultra capitalista Hildon Marques foi um tiro certeiro vai fazer a diferença, principalmente em Imperatriz, ainda que a Prefeitura esteja sob o comando do PMDB.
PONTO & CONTRAPONTO
Roberto Rocha aproveita contra-ataque de aliados de Flávio Dino para ampliar espaço na corrida sucessória
Estava escrito nas estrelas: a reação dura e ampla das algumas das principais vozes que integram o “núcleo duro” do governador Flávio Dino, batendo forte no senador Roberto Rocha (PSDB) por ter ele sugerido, na CPMI da JBS, que o então candidato a governador Flávio Dino teria recebido dinheiro ilegal do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, hoje presos, e sido protegido pelo vice-procurador geral da República, Nicolao Dino, “braço direito do então procurador geral da República, Rodrigo Janot”, teria um preço elevado. A reação empurrou o senador tucano, que é candidato ao Governo do Estado pelo PSDB, para o centro do campo de batalha onde é travada a guerra pelo Palácio dos Leões.
Claro está que Roberto Rocha atacou na CPMI, aproveitando uma transmissão de TV ao vivo ara todo o Brasil, contando com a reação dos generais do governador, para alimentar o assunto, dando-lhe a importância que pretendia dar. E com o silêncio da ex-governadora Roseana (PMDB), que ainda não sabe se será candidata ao Governo, Roberto Rocha ocupou todo o espaço destinado aos adversários de Flávio Dino e investiu como se fosse uma corrida já polarizada. A estratégia deu certo, tanto que o senador tucano reverberou o ataque na tribuna do Senado, agora bem mais enfático, dando ao seu questionamento, que ganhou cor de acusação, um tamanho eu ele não teve quando feito na CMPI.
É claro que o governador Flávio Dino ficou incomodado com o ataque do senador Roberto Rocha, mas é certo também que esse incômodo não tirou do eixo, porque, de acordo com a afirmação dos seus aliados o chefe do Executivo nada deve e por isso, nada teme. O problema é que o senador Roberto Rocha parece ter convicção de que sua candidatura ao Governo do Estado será turbinada por sai campanha, que irá para o tudo ou nada. Os responsáveis pelo contra-ataque devem se preparar para reagir, sob pena de abrir mais espaço o para o atacante.
Especial
Programa de compras fortalece agricultura familiar e melhora a alimentação escolar em São José de Ribamar
À exemplo do que acontece nas mais diferentes áreas, a produção de alimentos destinados às escolas passa por um processo de melhoria e eficiência com a ponte que liga diretamente, sem intermediários, os produtores e os centros de consumo. O elo é o programa Compra Local Municipal, por meio do qual Prefeitura de São José de Ribamar, via Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semagri), vem fazendo uma pequena revolução no desenvolvimento da agricultura familiar e da pesca artesanal.
Os números são estimulantes: somente neste ano, o Compra Local já aplicou R$ 450 mil na compra direta da produção agrícola familiar. O programa, que aplica recursos próprios exclusivamente do município, para compra de alimentos, fortalece a economia das famílias dos agricultores e pescadores artesanais, também garante a segurança alimentar das crianças e adolescentes das 107 escolas do Município.
Todo o investimento, que até o momento corresponde a 624,94%, em relação ao total gerado em 2016, que não ultrapassou a casa dos R$ 71.000,00 mil reais, reflete não apenas no aquecimento econômico do setor, como também vem garantindo a expansão dos negócios de pequenos agricultores.
Os recursos, da receita própria do própria do município, já alcançaram 277 agricultores com a compra direta de mais de 67 toneladas de alimentos por eles produzidos só neste ano. O prefeito Luis Fernando explica que o investimento retorna não apenas no movimento da economia local, mas reflete na qualidade e em condições dignas para o aprendizado dos alunos.
“A compra da produção é uma forma de incentivar a agricultura familiar, mas tudo é feito obedecendo a critérios rigorosos, que vão desde o plantio, à colheita, além do transporte, que é feito de forma a não comprometer os produtos”, explicou o prefeito Luis Fernando, chamando atenção para o fato de que os alimentos saem das áreas de produção direto para as escolas, sem intermediário, e que isso vem se refletindo na melhoria do aprendizado dos alunos. E mais: o que não é consumido nas escolas segue para o programa Cozinha Escola e para entidades filantrópicas, escolas comunitárias e instituições que cuidam de pessoas vulneráveis.
O secretário de agricultura, Isaac Buarque de Holanda, reitera que o objetivo é incentivar cada vez mais o plantio assistido dos agricultores como forma permanente de produção local. “Temos uma agricultura forte que precisa ser estimulada cada vez mais. E é exatamente isso que o prefeito vem fazendo”, disse o secretário. (Com ASCOM/SJR)
São Luís, 02 de Novembro de 2017.
Roberto Rocha todo mundo já sabe que ele o maior traira do Maranhão!!