Disputa em Imperatriz é direta e sem a influência das máquinas do Estado e da Prefeitura

Josivaldo JP, Rildo Amaral, Nilson Takashi,
Mariana Carvalho e Marco Aurélio: disputa
aberta, sem influência de máquinas

De todas as disputas por prefeituras em curso no Maranhão, a que mira a Prefeitura de Imperatriz é a que menos influência está recebendo das administrações estadual e municipal. Ali, o governador Carlos Brandão, devido ao fato de o seu partido, o PSB, não ter candidato à sucessão do prefeito Assis Ramos (??), preferiu não se posicionar. Só o vice-governador Felipe Camarão (PT) abraçou a candidatura do ex-deputado Marco Aurélio, filiado ao PCdoB, portanto candidato da Federação Brasil Esperança (PT/PCdoB/PV) e que conta com o apoio de vozes do PSB. Já o ministro do Esporte, André Fufuca é o padrinho assumido do candidato do seu partido, o PP, deputado estadual Rildo Amaral. E a chave para reunir as forças aliadas do Governo estadual é a quase certa realização de segundo turno na Princesa do Tocantins, para cujo comando são candidatos o deputado estadual Rildo Amaral, Josivaldo JP(PSD), Mariana Carvalho(Republicanos), Nilson Takashi(Novo). A movimentação das correntes governistas é no sentido de evitar que o deputado federal Josivaldo JP, a suplente de deputada federal Mariana Carvalho ou o empresário Nilson Takashi chegue ao segundo turno muito forte.

Imperatriz é a segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, responsável por parte expressiva da arrecadação estadual e ganhando estatura para retomar o projeto de se tornar a capital do aspirado Estado do Maranhão do Sul. Ali, as últimas eleições mostraram o crescimento das forças de direita, principalmente as de viés bolsonarista, representado nessa disputa pela candidata Mariana Carvalho, que por intermédio do presidente estadual do Republicanos, deputado federal Aluísio Mendes, criou uma ponte com o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que prometeu participar pessoalmente da sua campanha.

Ali, as forças governistas, que poderiam se unir formando um bloco política e eleitoralmente poderoso, decidiram se dividir, apesar dos esforços do governador Carlos Brandão para que a união fosse efetivada. De um lado ficou o deputado Rildo Amaral, apoiado pelo ministro André Fufuca; do outro está o ex-deputado estadual Marco Aurélio, apoiado pelo vice-governador Felipe Camarão por conta da escolha da militante petista Vânia do PT para vice, numa chapa da Federação Brasil esperança.

O fato de o prefeito Assis Ramos, que chega ao fim do segundo mandato no pico da impopularidade, não ter lançado um candidato, preferindo evitar mais desgastes à sua já desgastada imagem, abriu caminho para que os candidatos à sua sucessão estejam mais à vontade para pedir votos. Sem a poderosa máquina municipal se movendo em favor de um candidato, os concorrentes estão na disputa em condições de igualdade nesse aspecto. O mesmo ocorre em relação ao Governo do Estado, que está realizando obras em Imperatriz, mas sem divulga-las relacionando-as com qualquer candidato.

É evidente que essa situação poderá mudar no segundo turno, já que, conforme pesquisas recentes, Rildo Amaral e Josivaldo JP seguem polarizando a corrida, produzindo a impressão de que ninguém vencerá no primeiro e que os dois caminham para se enfrentar na segunda volta. Ambos estão atentos aos movimentos de Mariana Carvalho, que está incluindo Jair Bolsonaro na sua campanha, e os de Marco Aurélio, que na semana passada foi a Brasília com Vânia do PT e de lá retornou com imagens do presidente Lula da Silva (PT) manifestando apoio aos dois.

O fato é que a polarização de Rildo Amaral e Josivaldo JP vem perdendo consistência, dando a impressão de que a disputa para valar se dará no segundo turno, seja com eles ou com outros. E, dependendo da situação do momento, o governador Carlos Brandão poderá se posicionar. Mas a experiência e o ambiente poderão aconselha-lo a se manifestar, mas permanecendo distanciado do embate. E com disposição para receber com bons fluídos o vencedor, seja quem for.

PONTO & CONTRAPONTO

Ação de Creuzamar na campanha de Duarte Jr. faz Esmênia intensificar corrida de Braide

Esmênia Miranda e Creuzamar Pinho: candidatas
a vice com ações importantes

A entrada em cena de Creuzamar Pinho (PT) como vice do candidato Duarte Jr. (PSB), acendeu luz amarela no comando de campanha do prefeito Eduardo Braide (PSD) alertando para que a atual vice-prefeita e candidata à reeleição Esmênia Miranda (PSD) intensifique a sua participação na campanha.

A explicação é simples: Creuzamar Pinho é militante experiente do PT, com experiência em movimentos sociais e mobilização de rua. Além da sua importância como líder popular do partido, com muito serviço prestado ao PT, Creuzamar Pinho tem papel importante na aproximação de Duarte Jr. com grupos mais distantes do Movimento Negro e quilombolas, além de grupos do movimento sindical.

Creuzamar Pinho substituiu Isabelle Passinho, que renunciou ao posto de vice de Duarte Jr. por motivo de saúde. Ela representava movimentos por mais acesso a deficientes e outros segmentos carentes e não amparados pela Prefeitura de São Luís.

A vice-prefeita Esmênia Miranda, que foi oficial da PM e é professora de História na rede pública, tem também o seu viés de militante, que certamente vai colocar em prática nesse novo cenário.

Sem espaço no rádio e na TV, Wellington, Yglésio e Saulo farão campanha no corpo-a-corpo

Wellington do Curso, Yglésio Moises e Saulo
Arcangeli: fora da campanha eletrônica

A informação de que não terão espaço no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começa a partir do dia 30 de agosto tirou de tempo três candidatos à prefeitura de São Luís: Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moises (PRTB) e Saulo Arcangeli (PSTU). Eles representam partidos que não têm representação no Congresso Nacional suficiente para assegurar-lhes direito à propaganda no rádio e na TV.

A restrição, por conta da inexpressividade das suas legendas, foi um duro golpe nas pretensões de e Wellington do Curso e de Yglésio Moises. Sem máquinas partidárias nem militância, os dois são outsiders que atuam na política apenas com a desenvoltura pessoal, que exploram nas redes sociais e teriam o horário eleitoral gratuito como seu grande suporte de campanha. Eles terão de conquistar o eleitorado com aperto de mão e tapinha nas costas.

Saulo Arcangeli “sofrerá” menos, uma vez que o seu partido, o PSTU sua maneira de atuar numa campanha eleitoral é exatamente no contato direto com a população.

São Luís, 24 de Agosto de 2024.

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