Se a eleição para a Prefeitura de São Luís fosse realizada agora, haveria segundo turno, com o primeiro turno liderado pelo prefeito Eduardo Braide (PSD), que sairia das urnas com 26% dos votos, tendo o deputado federal Duarte Jr. (PSB), com 17%, como seu adversário no turno final. Na primeira rodada, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (sem partido) teria 11% dos votos, seguido do deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) com 7,3%, do deputado estadual Wellington do Curso (PSC) com 6,3%, Carlos Lula (PSB) com 6,2%, o vereador Paulo Victor (PSDB) com 4,5% e o deputado estadual Yglésio Moises (PSB) com 4%. Um expressivo contingente de 13,5% respondeu que não votaria em nenhum deles, e 4,5% não responderam ou não souberam responder.
Mesmo respeitando a regra estatística segundo a qual não se deve comparar pesquisas de institutos diferentes, é lícito anotar que a pesquisa Data Ilha encontrou o mesmo cenário dos levantamentos feitos em junho pela nova versão do Escutec e pelo Econométrica, o que, nas quais o prefeito Eduardo Braide e o deputado federal Duarte Jr., bem como os demais, pontuaram no mesmo patamar. Dois pré-candidatos fizeram a diferença nesse levantamento, se comparados com as pesquisas anteriores: Carlos Lula, que chegou a 6,2%, dobrando seus percentuais, e o vereador-presidente Paulo Victor, pré-candidato do PSDB, que recebeu 4,5% das intenções de voto, dobrando os percentuais das duas primeiras.
Além dos números, o dado a ser levado em conta é que esse retrato da disputa pela Prefeitura de São Luís chega a público nada menos que 13 meses e 18 dias da corrida às urnas. Ou seja, até lá serão 390 dias ao longo dos quais cada aspirante vai se desdobrar para ganhar consistência, conquistar o apoio do seu partido, receber formalmente a vaga de candidato, enfrentar uma campanha dura, para chegar ao dia 6 de outubro de 2024 política e eleitoralmente credenciado para encarar o julgamento do eleitorado.
Esse processo político, que será longo e difícil, favorecerá naturalmente o prefeito Eduardo Braide, que tem o direito legal de buscar a reeleição no cargo, usufruindo da vantagem de mostrar o seu trabalho, deixando seus adversários sem argumentos para ataca-lo, ganhando fôlego para justificar o pedido de votos para renovar o mandato. Se estiver realizando uma gestão produtiva, transparente e convincente, pode transformar o direito numa vantagem avassaladora, mas se chegar à corrida eleitoral propriamente dita à frente de um fracasso administrativo, pode ser triturado durante a campanha. O prefeito de São Luís tem experiência e inteligência política para saber o que pode reelege-lo.
A equação acima não é uma verdade absoluta. Isso porque, a política, principalmente quando focada no voto, costuma produzir surpresas. No caso de São Luís, o deputado federal Duarte Jr. já é conhecido, uma vez que mostrou seu potencial como gestor. Após dois mandatos, ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. dificilmente surpreenderá. O deputado Neto Evangelista tem se esforçado para mostrar que pode surpreender. O deputado Wellington do Curso é uma grande incógnita. O deputado Carlos Lula se elegeu na esteira de um grande trabalho como secretário de Estado da Saúde, com destaque para o enfrentamento vitorioso da pandemia do coronavírus. O vereador Paulo Victor traz a marca do grande articulador político, tendo tirado a Câmara Municipal de uma posição secundária para colocá-la no epicentro da política municipal, assumindo, no plano partidário, a posição de opositor do prefeito Eduardo Braide. E o deputado Yglésio Moises, que vive um processo de migração ideológica da esquerda para a direita, ainda não se posicionou com clareza em relação à disputa.
A pesquisa Data Ilha é um bom indicador de como as coisas poderão avançar na direção das urnas em São Luís.
Em tempo: o Data Ilha ouviu 1.069 eleitores em 40 bairros de São Luís nos dias 11 e 12 de agosto. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95%.
PONTO & CONTRAPONTO
Depoimento de hacker incrimina diretamente Bolsonaro e fortalece a relatora Eliziane Gama
A senadora Eliziane Gama (PSD) virou ontem o jogo como relatora da CPMI dos Atos Golpistas. O depoimento do hacker Walter Delate à Comissão teve efeito bombástico no meio político e pode arrastar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a cadeia.
As confissões de Walter Delgatti foram feitas numa bateria de perguntas que lhe foi dirigida pela relatora, todas elas afirmando, categoricamente, que o então presidente está, de fato, por trás do relatório fajuta que ele apresentou aos militares sobre as urnas eletrônicas, e da ordem para que ele, Delgatti, invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça e ali produzisse uma falsa ordem de prisão contra o presidente ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral
Depois de uma fase de altos e baixos, que levou alguns observadores a duvidarem do futuro da CPMI, e da sua credibilidade como relatora, Eliziane Gama ganhou fôlego, acumulando agora material farto, que pode leva-la a pedir o indiciamento e até a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso porque todas as informações dadas pelo hacker no depoimento de ontem foram avassaladoras.
A senadora Eliziane gama terminou a quinta-feira revigorada, apesar do gigantesco volume de trabalho acumulado sobre sua mesa.
Rildo Amaral mantém favoritismo consistente em Imperatriz
Pesquisa do instituto Econométrica mostrou que, mesmo ainda faltando 13 meses e meio para as eleições de 2024, o deputado estadual Rildo Amaral (PP) reúne as condições políticas e eleitorais para ser o nome preferido de larga maioria do eleitorado para sair das urnas como o próximo prefeito de Imperatriz, o segundo maior e mais importante município do Maranhão.
Os números são claros. Se a eleição fosse agora, Rildo Amaral seria eleito com 38,5% dos votos. Em segundo lugar viria o deputado federal Josivaldo JP (PSD) com 19,4%, seguido do ex-deputado estadual Marco Aurélio (PSB) com 17,1%, e de Mariana Carvalho (Republicanos) com 9,1%. Mais atrás, aparecem Franciscano (MDB) com 2,4, Clayton Noleto (PSB) com 2%, Ribinha Cunha (MDB) com 1,6%, Nelson Takashi (?) com 1,3%, e João Lira, Adhemar Freitas e José Antônio, todos com menos de um ponto percentual.
Nada indica, por exemplo, que o ex-deputado Marco Aurélio entre nessa briga, apesar de estar tecnicamente empatado como Josivaldo JP, que está à sua frente com menos de dois pontos percentuais. Se ficar de fora, boa parte dos seus votos migrarão para Rildo Amaral, que o apoiou em 2020.
Entre os observadores da cena política de Imperatriz, é unânime a impressão de que, mesmo faltando mais de um ano para a eleição, dificilmente haverá reviravolta naquele cenário.
A conferir.
São Luís, 18 de Agosto de 2023.
Deus e os eleitores nos livre de mais 4 anos com Braide na prefeitura. O sujeito prometeu myito entregou pouco; loteou a prefeitura com funcionários parças, terceirizou quase todo o serviço público municipal além daqueles que o finado Edivaldo já havia terceirizado; e sempre com as mesmas empresas que têm contratos super milionários. Não fez nenhum concurso público para saúde; fez seletivo para professores qd deveria ter feito concurso público.