O primeiro ano da atual legislatura foi atípico na Assembleia Legislativa. Sob a presidência firme e politicamente ativa do deputado Humberto Coutinho (PDT), o parlamento estadual se movimentou quase sempre em sintonia com o Palácio dos Leões, repetindo as maiorias que apoiaram os governos nos últimos tempos. Renovada expressivamente nas eleições de 2014, a composição do Poder Legislativo estadual ganhou uma feição na qual formou uma maioria sólida para o governo estadual, alguns deputados independentes e uma oposição dividida em um bloco moderado uma facção muito agressiva. Nesse contexto, deputados atuaram de acordo com seus estilos, conhecimentos e posicionamentos políticos, tendo alguns se destacado, outros se revelado e um grupo maior se mantido numa linha sem muito destaque.
O presidente Humberto Coutinho foi, de longe, a figura dominante do Legislativo estadual. Lastreado por uma larga experiência como deputado estadual (cinco mandatos) e prefeito (dois mandatos), com vivência na situação e na oposição, Coutinho foi apontado presidente já ao longo da campanha de 2014, consolidando esse projeto imediatamente após a confirmação da eleição, e daí até a posse foi a figura dominante nos bastidores. Na presidência, Coutinho não decepcionou: comandou o plenário sem maiores problemas, intermediou pendências entre deputados e Poder Executivo, negociou soluções para crises e ameaças de crise, e fez interlocução permanente com o governador Flávio Dino (PCdoB). Sua atuação o tornou uma rara unanimidade num ambiente eminentemente político.
Othelino Neto (PCdoB) teve desempenho positivo. Contrariando o deputado que fez dura oposição ao governo passado, o parlamentar comunista atuou no reverso da medalha, agora como governista na defesa. Fez a sua parte aprovando a ação governista e rebatendo os ataques da oposição, com pronunciamentos serenos, mas ferinos. Como vice-presidente, cumpriu a liturgia, comandando a Casa e as sessões com equilíbrio quando o presidente Humberto Coutinho teve de se ausentar.
Ao longo do ano, um grupo de deputados se destacou. Foram os “legisladores”, que além de terem ocupado a tribuna com muita frequência e cuidaram da articulação política. Foram eles:
Eduardo Braide (PMN) se consolidou como o deputado mais técnico da Casa, resultado do seu empenho em estudar a Constituição e o Regimento Interno do Legislativo; funcionou também com muita eficiência como articulador, sendo uma das referências políticas, tendo demonstrado suas habilidades nos debates que travou nas comissões e no plenário; e, finalmente, foi reconhecido como deputado produtivo, tendo aprovado vários projetos de lei, o que o coloca entre os deputados mais destacados do ano.
Marco Aurélio (PCdoB) surpreendeu, tanto como deputado conhecedor das regras e dos ritos do Legislativo, experiência trazida da Câmara Municipal de Imperatriz, quanto como membro do grupo de apoio ao Governo Flávio Dino. Presidiu a Comissão de Constituição e Justiça com bom desempenho, como também se dedicou com afinco a defender o governo na tribuna e cobrar melhorias para a Região Tocantina, principalmente para Imperatriz. Mostrou afinidade com a Educação, fazendo intervenções corretas sobre o tema. Terminou o ano conceituado e lembrado para disputar a Prefeitura de Imperatriz.
Adriano Sarney (PV) foi também uma revelação, atuando com o peso de ser o representante da nova geração política da família Sarney. Estreante, mostrou ter uma formação rica, com conhecimentos técnicos principalmente na área econômica. Oposicionista ferrenho, daqueles que não dá folga ao adversário, mostrou que pode fazer oposição de alto nível, sem agressões nem xingamentos, mas com argumentos. Bom orador, travou debates com parlamentares governistas, entre eles Eduardo Braide, Marco Aurélio e o líder Rogério Cafeteira. Fechou o ano como um político de futuro.
Rogério Cafeteira (PSC) teve muitas dificuldades para se ajustar ao papel de líder do Governo, apesar da sua clara capacidade de se movimentar nos bastidores. Essa dificuldade inibiu seu desempenho, que se limitou a dar respostas – às vezes com aspereza surpreendente – a deputados de oposição que atacaram o governo do PCdoB. Mas manteve o seu espaço no grupo dos “falcões” e soube controlar sua posição na bancada governista.
Roberto Costa (PMDB) viveu um dos anos mais delicados da sua carreira, jogando com habilidade na condição de líder do bloco oposicionista, que desde logo se revelou dividido em três grupos. Com faro político apurado, percebeu desde logo que seria inócuo partir para um confronto aberto e direto com a “armada” governista. Com habilidade, se posicionou com firmeza quando precisou se posicionar, criticou o governo, mas reconheceu-lhe méritos, e dedicou grande parte da sua ação política a Bacabal, para onde transferiu seu domicílio eleitoral para disputar a Prefeitura.
Cinco deputados se destacaram pela sua ação política não tão vinculada a partidos ou grupos, pois atuaram com independência absoluta, se posicionando no contexto de acordo com seu entendimento do fato em questão, e assim fecharam o ano em alta: Foram eles: Wellington do Curso (PPS), Fábio Braga (PTdoB), Sérgio Frota (PSDB) e Júnior Verde (PRB).
Wellington do Curso (PPS) iniciou o mandato com um discurso estranho e mal dosado do menino pobre, filho de prostituta, que venceu na vida. Mas logo percebeu que essa linha de ação não funcionaria e sem perder tempo ajustou seu rumo e se transformou num deputado de tempo integral, chamando para si problemas comunitários que ninguém queria. Passou a se preocupar com a buraqueira nas ruas, a falta de água, a falta de luz elétrica, os problemas nas escolas de base, a insegurança, os problemas de trânsito, os problemas na saúde. Usou e abusou das audiências públicas e terminou o ano como o que mais ocupou a tribuna – até três vezes ao dia.
Fábio Braga (PTdoB) fez de 2015 um ano de procura e descoberta, quando percebeu que perderia tempo se entrasse na refrega inócua do bate-rebate. Aos poucos, foi usando sua independência política para se firmar como parlamentar preocupado tanto com os problemas do campo quanto com os da cidade, fazendo abordagens sobre empreendedorismo, ocupação de mão de obra útil e importância do agronegócio e da pecuária, como também da agricultura familiar; alertando para a qualidade de vida nas cidades e para a necessidade de os governos central e estadual se voltarem para esses aspectos da sociedade. Encerrou o ano com uma série de pronunciamentos oportunos nessas áreas.
Sérgio Frota (PSDB) não teve participação integral na vida da Assembleia Legislativa em 2015, mas como parlamentar focado numa só atividade, o futebol, e mais especificamente o Sampaio Corrêa, foi muito ativo e bem sucedido na sua área. Em quase todas as vezes que ocupou a tribuna tratou exatamente do que lhe interessava: os desportos. Chamou a atenção do governo e dos políticos para a necessidade imperativa de ampliar e fortalecer as atividades desportivas nas escolas, defendeu programas nessa área e fechou o ano como um vencedor por ter comandado a campanha que manteve o “Mais Querido” entre os 10 melhores da 2ª divisão do futebol brasileiro.
Júnior Verde (PRB) foi uma das boas revelações da nova Assembleia. Desde os primeiros momentos, mostrou que dedicaria o seu mandato a uma série de causas, entre elas a educação, a polícia e o setor pesqueiro. Longe do debate eminentemente político, ocupou a tribuna com muita frequência para defender categorias, para cobrar obras e recursos e para manifestar apoio ao governo, como para cobrar-lhe ação. Foi um dos deputados mais atuantes entre os estreantes na vida parlamentar.
Edilázio Jr. (PV) Foi um oposicionista duro e implacável com Governo Flávio Dino. Não fez, porém, dessa ação um mantra, mas quando se manifestou o fez com segurança, firmeza e habilidade, às vezes desafiando a bancada governista para o embate. Não se apresentou como um seguidor de Ricardo Murad – com quem inclusive teve divergências no governo passado -, tendo agido como um membro do grupo Sarney com voo próprio.
Os deputados experientes também deram o seu recado, mesmo envolvidos nas duas searas, a situação e a oposição.
César Pires (DEM) se manteve numa linha de oposição moderada, se posicionando em relação a situações complicadas, pronunciando discursos às vezes duros, mas em nível elevado. Atualmente responde pela Ouvidoria da Assembleia Legislativa, órgão criado a partir de um projeto que montou com o apoio do diretor de Comunicação, Carlos Alberto Ferreira. Tem mantido a fama de bom orador com bons momentos na tribuna.
Stênio Resende (PRTB) viveu um ano de adaptação. Não fez parte do grupo que dá suporte ao governo, mas também não se engajou na oposição. Deputado experiente, que trabalha muitas bases no interior, Resende ocupou a tribuna várias vezes para elogiar medidas e ações do governador Flávio Dino, mas também criticou os movimentos de secretários, principalmente nas suas áreas de atuação.
Rigo Teles (PV) é um dos cardeais do Legislativo estadual, já no 6º mandato e com larga experiência nas nuanças do Poder. Não abandonou o grupo político ao qual pertence, mas decidiu não fazer oposição ao governo. Tem brigado por recursos e obras para suas bases, principalmente para Barra do Corda, atacando, sempre que possível, seus adversários que hoje comandam a prefeitura cordina. Ocupou a tribuna com muita frequência para prestar contas das suas ações de fim de semana.
Hemetério Weba (PV) atua no mesmo cordão, politicamente distante do atual governo, mas apoiando as ações do governador Flávio Dino, também votando quase sempre de acordo com a orientação do Palácio dos Leões. Esteve em vias de deixar o PV, para, segundo especulações, ingressar numa legenda governista, mas depois anunciou que não deixará partido, pelo qual deve disputar votos muncipais em outubro de 2016.
Max Barros (PMDB), mesmo com a sua experiência parlamentar de vários mandatos, teve atuação discreta, ainda que conseguindo se destacar em alguns momentos com discursos fortes e bem situados, como o que fez em defesa da Refinaria Premium, entre outros temas. Situado na oposição, foi equilibrado, sem no entanto baixar a guarda. Nos bastidores correu a informação de que ele deixará o PMDB para ingressar numa outra legenda ligada ao grupo Sarney, mas a especulação não se confirmou.
Antonio Pereira (DEM) teve uma atuação também discreta, sem estridência. Situado na oposição, se posicionou sem festa nem zanga em relação ao Governo Flávio Dino. Em momentos decisivos votou apoiando propostas do governo, mas sem integrar a bancada governista. Dedicou parte do seu temo neste ano tentando evitar um confronto entre índios e fazendeiros na região Sul do Maranhão.
Raimundo Cutrim (PCdoB) iniciou o novo mandato sem muito entusiasmo, às vezes passando a impressão de estar insatisfeito com o governo. Dedicou alguns dos seus poucos pronunciamentos ao ex-secretário de Segurança Pública e hoje deputado federal Aluísio Mendes, principalmente em relação ao assassinato do jornalista Décio Sá, afirmando que o resultado das investigações feitas pelo ex-secretário é fruto de pressão e fraude. Sempre que fala em segurança pública faz duros ataques à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).
O plenário da Assembleia Legislativa foi ocupado por seis mulheres – quatro experientes e duas iniciantes – que fizeram, cada uma à sua maneira, a sua parte no compromisso parlamentar. Foram elas:
Andrea Murad (PMDB) Foi, de longe, o maior destaque na seara oposicionista. Ocupou quase que diariamente a tribuna com um só objetivo: atacar, com críticas e denúncias, o governador Flávio Dino, seus secretários e sua gestão. Focou principalmente na área da saúde, cumprindo o objetivo de exaltar as realizações do seu pai, o ex-secretário de Estado da Saúde e deputado estadual Ricardo Murad. Foi aplaudida por muitos, mas também sofreu duras críticas por esse atrelamento. Fechou o ano em meio a muitas controvérsias, mas como a grande controvertida, estrela do Palácio Manoel Bequimão.
Graça Paz (PSL) manteve a linha de ação de outros mandatos, primando pela eficiência e por temas relacionados com o dia a dia das pessoas. Um desses momentos foi um discurso que fez em junho, quando reclamou da indiferença dos deputados estaduais para a crise econômica e política que se abateu sobre o país, convocando todos eles para entrar no grande debate político nacional. Fez outras intervenções importantes e se licenciou. Atuou como deputada independente.
Valéria Macêdo (PDT) foi integrante destacada da base governista, embora sua atuação parlamentar tenha tido, como nos outros mandatos, uma forte conotação social e, em alguns momentos, com traços corporativos – ela sempre defende os interesses dos profissionais da Enfermagem. No início do novo mandato, fez o dever de casa cobrando melhorias para a Região Tocantina, que representa, e debateu temas sociais fortes, inclusive com a sociedade em várias audiências púbicas que promoveu.
Francisca Primo (PT) repetiu no primeiro ano o desempenho de outros anos, com um mandato reconhecido como eficiente. Sem fazer alarde, ocupa a tribuna com frequência para destacar uma data importante, para enfatizar um ou outro movimento social voltado para mulheres, crianças e pessoas necessitadas. Parece tímida, mas é muito ativa. Comandou uma das mais importantes audiências públicas do ano na Assembleia Legislativa, a que discutiu a reforma política.
Ana do Gás (PRB) chegou à Assembleia Legislativa embalada por uma votação surpreendente, viveu o primeiro ano como o de aprendizado. Logo nas primeiras semanas, se movimentou como se quisesse resolver tudo de uma só vez, mas logo se deu conta de que no exercício do mandato a realidade é bem diferente. Inteligente e antenada, integra a base do Governo e, discretamente, tem feito um trabalho de base, preparando terreno para os próximos tempos. Tem sde esforçado muito para apoiar o município de Santo Antonio dos Lopes, sua principal base política e eleitoral.
Nina Melo (PMDB) fez um primeiro ano de mandato de maneira muito tímida. Fez poucos pronunciamentos e evitou o debate em plenário. Na oposição, não atuou fortemente contra o governo, tendo inclusive votado a favor de todas as proposições governistas. Atuou como se estivesse se preparando. Ha quem diga que sua maneira calma de atuar é uma questão de temperamento que se ajusta à sua ciodição de médica por profissão, seguindo os caminhos do pai, o ex-deputado e presidente Arnaldo Melo, atual diretor executivo da Fundação Nacional de Saúde.
O plenário da Assembleia Legislativa abrigou também um grupo de deputados que, sem ter nada a ver um com o outro, atuaram numa linha comum: com visão regional e, em alguns casos, corporativa. Foram eles:
Alexandre Almeida (PSD) Com a experiência do mandato anterior, focou sua ação parlamentar no município de Timon, onde será candidato a prefeito em 2016. Fez fortes denúncias contra a gestão do prefeito Luciano Leitoa (PSB), a quem criticou duramente em praticamente todos os seus pronunciamentos. Teve como contrapeso o deputado – suplente no exercício do mandato – Rafael Leitoa (PDT), que sempre entrou em defesa do prefeito. Bem articulado e com um bom discurso, Alexandre Almeida protagonizou bons momentos no embate com Rafael Leitoa. Trocou o PTN pelo PSD.
Zé Inácio (PT) iniciou seu mandato como um militante petista comprometido com a linha de ação do partido. E não fugiu dela: declarou apoio ao Governo Flávio Dino, reconheceu o PMDB com o “um bom parceiro”, defendeu melhorias para a Baixada Maranhense, brigou por melhorias no ferry-bot, fez vários discursos sobre a situação política e econômica nacional nos quais defendeu o governo do PT e fechou o ano como autor de uma ação na Justiça Federal para cassar o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Rafael Leitoa (PDT) assumiu a vaga do deputado Neto Evangelista (PSDB), que se licenciou para ser secretário de Estado. Foi um quadro atuante, porque teve de dividir sem mandato entre projeto e ações pró-governo para rebater os duros ataques de Alexandre Almeida ao governo do seu primo em Timon. Com boa formação e com um discurso articulado, Rafael Leitoa atuou como um deputado experiente na base de apoio ao governo.
Glaubert Cutrim (PDT) foi uma das surpresas da eleição de 2014 como o segundo mais votado num processo que até hoje gera indagações. Iniciou o mandato surpreendendo de novo por ter um discurso articulado e objetivo. Brigou por recursos para as suas bases, principalmente para São José de Ribamar onde o irmão, Gil Cutrim, é prefeito. Rompeu com o grupo Sarney para apoiar o Governo Flávio Dino.
Carlinhos Florêncio (PHS) fez um ano de mandato modesto, mas ativo como integrante da base de apoio ao Governo. Focou seus poucos discursos nos problemas de Bacabal, tema que o levou a alguns embates com o deputado Roberto Costa, seu adversário na região. É membro da Mesa Diretora e comandou o PHS no estado.
Vinícius Louro (PR) surpreendeu pela frequência com que ocupou a tribuna para cobrar recursos e obras para a sua região. Elegeu-se na oposição, mas decidiu integrar a base de apoio ao Governo, votando de acordo com a orientação do Palácio dos Leões. Mostrou um discurso bem articulado. \entrou na briga pela vaga para substituir ao pai e está se dando bem.
Sousa Neto (PTN) atuou na mesma linha de Andrea Murad, integrando a chamada “Bancada de Ricardo Murad”. Mas foi coerente, determinado, não abrindo mão da sua posição política. Criticou a área de saúde, mas concentrou fogo pesado na área de segurança, onde fez inúmeros discursos criticando as ações do governo. Focou também nos problemas de Santa Inês.
Ricardo Rios (PEN) estreou no parlamento como um político muito, jovem, sem experiência. Seu primeiro ano foi de aprendizado, integrando a base governista e cobrando recursos e obras para sua região – tem base em Vitória do Mearim. Ao mesmo tempo, soube se movimentar nos bastidores e conviver com as raposas.
Edson Araújo (PSL) iniciou o segundo mandato de maneira muito discreta. Raramente ocupou a tribuna, praticamente não participou dos movimentos políticos da Casa, e quando se manifestou, focou na principal origem dos seus votos, os pescadores.
Paulo Neto (PSDC) fez um início de mandato discreto, mais com atuação nos bastidores do que no plenário, onde não foi muito frequente. Briga sempre pela região do Baixo Parnaíba, onde tem forte influência política. Integra a base de apoio ao Governo. Teve sua ação politica e parlamentar voltada integralmente para a sua região
Cabo Campos (PP) chegou na Assembleia Legislativa motivado pelo fato de ser represente na instituição policial e com a expectativa de conseguir mudar a realidade do policial maranhense. Fez muitos discursos, usou quepes da corporação, xingou, disse palavrões e se deu conta de que só isso não funciona. Nos últimos meses vinha modelando sua postura e apurando o seu discurso.
Fernando Furtado (PCdoB) entrou na legislatura como suplente na vaga do deputado Bira do Pindaré (PSB), que foi ser secretário de Estado. Integrante fiel da base governista, fez discursos fortes contra adversários e protagonizou várias situações polêmicas. Numa delas, num discurso no interior, criticou o movimento de líderes indígenas por bloqueio de estradas, chegando a chamar índios de “veadinhos” – pediu desculpas, mas não se livrou da acusação de homofobia. Em outro momento, também num discurso no interior, disse que um genro de desembargador vende sentença. Não retirou o que disse. E apesar da pancadaria que recebeu, manteve o que falou. É ligado ao setor pesqueiro.
Fábio Macedo (PDT) começou a vida parlamentar muito verde, sem qualquer experiência na atividade legislativa. Mas mostrou vontade de aprender, foi presença frequente no plenário, vivenciou as comissões e terminou o ano bem mais desenvolto do que quando começou.
Josimar de Maranhãozinho (PR) não conseguiu traduzir no primeiro ano na Assembleia Legislativa a força política dos 99 mil votos que o mandaram para lá. Não se situou nem no governo nem na oposição, fez poucos discursos e participou modestamente das comissões. Os seus pronunciamentos foram quase todos voltados para os municípios da região onde atua, como Maranhãozinho e Centro do Guilherme, que estão entre os mais pobres do estado. Há quem diga que vem com “gás” para 2016.
São Luís, 29 de Dezembro de 2015.