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Republicanos faz aniversário sinalizando apoio a Braide, Brandão e Fufuca em 26

Eduardo Braide, André Fufuca e Iracema Vale: a direita, o centro e a esquerda
bem recebidos por Marcos Pereira e Aluísio Mendes na festa do Republicanos

Autoproclamado o “verdadeiro partido conservador” no atual painel partidário maranhense, repetindo fielmente a linha pregada pelo seu comando nacional, o braço do Republicanos no Maranhão, hoje comandado pelo deputado federal Aluísio Mendes fez uma festa para comemorar os seus 20 anos de existência. Com a presença do presidente Marcos Pereira, o evento reuniu representantes das principais forças políticas do estado, como a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que representou o governador Carlos Brandão (PSB); o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que lidera as intenções de voto na corrida ao Governo do Estado, e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), nome forte na disputa por uma das cadeiras no Senado em 2026.

Com um deputado federal, uma deputada estadual, 19 prefeitos e uma penca de vereadores espalhados pelo estado, o Republicanos no Maranhão vem se movimentando para se firmar como um segmento mais light da direita, declarando-se conservador, mas tentando se afastar da turma que prega retrocessos institucionais. Trilha, assim, na linha do PP, do PSD e do União Brasil, integrando a banda mais democrática do Centrão. O deputado Aluísio Mendes, que não esconde que tem um pé no bolsonarismo, mas tem mostrado que não pertence à ala mais radical da corrente comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na sua linha de ação para consolidar o partido no Maranhão, o presidente do Republicanos faz o contraponto natural ao PT, mas mantém diálogo permanente com o PSB, podendo apoiar a candidatura do governador Carlos Brandão ao Senado, caso ele venha a ser candidato. O melhor exemplo foi a participação da deputada-presidente Iracema Vale na festa do partido representando o governador e, nesse sentido, o próprio partido. “É uma alegria prestigiar esse momento ao lado do deputado Aluísio Mendes, grande parceiro dos municípios da minha região e de todo o Maranhão. O partido Republicanos tem cumprido um papel fundamental na construção de pautas que aproximam a política das necessidades reais da população”, declarou Iracema Vale.

Nas suas manifestações, o prefeito Eduardo Braide fez elogios à ação do partido, que tem como parceiro político, e pelo que está rascunhado até aqui, o terá como aliado na corrida ao Governo do Estado. O deputado Aluízio Mendes já declarou várias vezes que o Republicanos poderá ser um dos aliados do virtual candidato do PSD ao Palácio dos Leões. O vínculo do PSD com o Republicanos em São Luís ficou mais forte na corrida à prefeitura, na qual se posicionou em apoio à bem-sucedida candidatura do prefeito à reeleição.  

E nesse contexto, todos os sinais emitidos até agora, incluindo as manifestações feitas na festa de aniversário do partido, indicam que, numa aliança com o PP, a exemplo do que acontece no plano nacional, o braço do Republicanos no Maranhão deverá apoiar a candidatura do ministro André Fufuca a uma cadeira no Senado da República. O ministro participou da festa de aniversário da legenda, sendo festivamente recebido pelos presidentes regional e nacional.

Se não foi um evento massivo, a festa de 20 anos do Republicanos mostrou que, sob o comando do deputado federal Aluísio Mendes, o partido se movimenta para ocupar um espaço politicamente seguro no ambiente partidário maranhense – espaço que perdeu, por exemplo, com a saída do grupo liderado pelo ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, que levou junto a deputada federal Amanda Gentil, mas que o deputado Aluísio Mendes se desdobra para recuperar, levando em frente a estratégia de fortalecimento da legenda. E tudo indica que tem sinal verde do presidente nacional, Marcos Pereira, que fez questão de participar do ato comemorativo dos 20 anos do partido.

Em meio a uma série de fatos isolados ocorridos na festa, uma coisa ficou muito clara: o deputado Aluísio Mendes tem o aval integral do presidente Marcos Pereira.

PONTO & CONTRAPONTO

Depois de recusar o convite de Lula, Pedro Lucas diz que apoio do União em 26 não é certo

Pedro Lucas Fernandes

O pesado jogo de pressões que está em curso dentro do União Brasil fez o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que lidera a bancada na Câmara Federal, desse uma guinada expressiva na sua posição em relação ao Governo do presidente Lula da Silva (PT).

Primeiro, aceitou o convite do presidente para assumir o Ministério das Comunicações no lugar do colega de partido, Juscelino Filho. Mas imediatamente condicionou a aceitação do convite à escolha do seu substituto na liderança da bancada.

Dias depois, comunicou ao presidente que declinava do convite, preferindo permanecer como líder do União na Câmara Federal, um cargo politicamente muito mais poderoso e influente do que o de ministro das Comunicações. Agradeceu e pediu desculpas ao presidente da República, deixando no ar sua posição em relação ao Governo.

O fechamento da guinada veio nesta sexta-feira, quando, em entrevista, disse não ter certeza se o União apoiará a candidatura do presidente Lula da Silva à reeleição.

Isso depois de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, emplacar, em nome do União, o sucessor de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações.

Vale anotar que Davi Alcolumbre representa a ala do antigo DEM no União Brasil, enquanto Pedro Lucas Fernandes segue a cartilha do presidente Antônio Rueda, que mede forças dentro da agremiação com os oriundos do DEM e do PSL bolsonarista.

Pedro Lucas Fernandes viveu momentos de constrangimento, mas teve de encarar os fatos em nome da sobrevivência partidária.

Faz parte.

Josimar de Maranhãozinho diz em propaganda do PL que denúncia contra ele é “fake news”

Josimar de Maranhãozinho

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho vem dando mostras de que vive uma situação judicialmente complicada e está usando o espaço de propaganda do seu partido, o PL, para quebrar o peso das informações que têm sido divulgadas a seu respeito desde que foi tornado réu, juntamente com o seu colega de partido, deputado Pastor Gildenemir.

Na inserção mais recente, o chefe absoluto do PL maranhense mostra obras em diversos municípios como fruto de emendas parlamentares por ele destinada àqueles municípios.

Ele afirma que ele e seu partido estão sendo vítimas de “fake news”, manifestando também a certeza de que nada vai atingi-lo. Pelo que sustenta, a denúncia da PGR que o tornou réu, acatada pelo Supremo Tribunal Federal, acusando-o e ao seu colega de partido de haver desviado e negociado emendas, não é verdadeira.

Em resumo: na versão de Josimar de Maranhãozinho, a denúncia feita pelo então prefeito de São José de Ribamar, a apuração e o relatório da Polícia Federal e o relatório da PGR formam um roteiro de invenções.

São Luís, 26 de Abril de 2025.

Encontro de prefeitos mostra força municipalista de Brandão

Carlos Brandão, Roberto Costa, Orleans Brandão,
Eliziane Gama, Iracema Vale e Felipe Camarão
foram destaques no Encontro de Prefeitas
e Prefeitos realizado ontem

“Somos um Governo municipalista. Percorremos o estado ouvindo, conhecendo de perto as demandas de cada cidade. Assim estamos conseguindo avançar em todos os setores. Sempre com diálogo e parceria”. Com essa afirmação e o anúncio de R$ 150 milhões em investimentos na seara municipal feitos ao longo de um discurso forte, o governador Carlos Brandão (PSB) abriu ontem o Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão, que reuniu também secretários e técnicos graduados de quase duas centenas municípios. Produto institucional e político de uma ação conjunta do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assuntos Municipalistas, com a Federação de Municípios do Maranhão (Famem), o evento lotou as dependências do Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana e mostrou o poder de articulação do presidente da entidade, Roberto Costa (MDB), prefeito de Bacabal, e do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, que é o braço e a voz do Palácio dos Leões nesse campo da ação governista.

Administrativamente, o Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão, que termina hoje, ofereceu às novas gestões municipais, bem como atualizou as gestões renovadas, informações sobre procedimentos na relação com o Estado e a União, indicando fontes de recursos, possibilidades de convênios e de acesso a financiamentos, bem como liberou instruções sobre o aspecto legal de todos os contratos e acordos firmados pelos municípios com as duas esferas. Daí a presença de secretários e assessores graduados das prefeituras.

Com o lastro de quem adotou o municipalismo como o principal viés do Governo desde o primeiro momento da gestão iniciada em janeiro de 2023, cumprindo um compromisso da campanha de 2022, o governador Carlos Brandão incluiu esses encontros como item essencial nas suas pautas anuais, complementando a relação estreita que ele vem mantendo com prefeitos de todas as regiões e cores políticas e partidárias. Essa articulação tem sido feita com eficiência pela Secretaria de Assuntos Municipalistas, comandada por Orleans Brandão, que ao longo da gestão se consolidou também como o braço político do Palácio dos Leões.

A base da relação Governo com prefeituras ganhou, recentemente, um ingrediente mais forte com a eleição do prefeito de Bacabal, Roberto Costa, para a presidência da Famem. Estreitamente alinhado ao governador Carlos Brandão, e atuando como articulador da base governista também nas outras esferas de poder, Roberto Costa estreia forte como líder da base municipalista do Governo, com o objetivo claro e declarado de fortalecer a Famem melhorando a convivência institucional e política das lideranças municipais com o Governo do Estado.

Em meio a prefeitos, deputados federais, estaduais, e vereadores, o vice-governador Felipe Camarão (PT), que não tem papel formal no evento, participa discretamente, e com liberdade de ação para conversar no sentido de fortalecer laços com prefeitos já conhecidos e estabelecer bases de convivência com os líderes municipais ainda fora do seu campo de ação política. Felipe Camarão se move também pela perspectiva de assumir o comando do Governo em abril do ano que vem, caso o governador Carlos Brandão renuncie para ser candidato ao Senado.

O Encontro, avalizado institucional e politicamente pela presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), foi marcado ontem por resultados concretos de importância vital para o futuro dos municípios. Além de parcerias nas áreas de saúde e educação, Governo e Prefeituras firmaram o que pode ser o ato mais importante do evento: um acordo de cooperação para a criação do Comitê Institucional para a gestão e destinação dos Resíduos Sólidos, com foco na extinção dos lixões que ainda são manchas na maioria dos municípios, de modo que o Maranhão possa entrar na lista dos estados que estão avançando na solução desse problema. O acordo foi articulado pela Secretaria de Meio Ambiente, sob a coordenação do secretário Pedro Chagas com o apoio do Ministério Público do Estado (MPE), das Secretarias de Transparência e Controle (STC), Fazenda (Sefaz), Indústria e Comércio (Seinc), e da Famem, que teve papel decisivo na formulação do acordo.

O Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão pode ser o último com essa dimensão sob o comando do governador Carlos Brandão, caso ele esteja, de fato, alinhavando sua candidatura à Câmara Alta.

PONTO & CONTRAPONTO

Só faltam dois votos para Iracema ter sua eleição validada

Nunes Marques deu o quarto voto
favorável a Iracema Vale

A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), participou ontem de dois eventos com ânimo renovado. Pela manhã, ela foi linha de frente no Encontro de Prefeitas e Prefeitas, e à noite se fez presente na reunião que comemorou os 95 anos do ex-presidente José Sarney (MDB).

Sua já conhecida desenvoltura foi mais visível devido ao fato de haver sido informada de que o ministro Cássio Nunes, do Supremo Tribunal Federal, fortaleceu a tendência a seu favor no julgamento da ADIN por meio da qual o ex-presidente Othelino Neto (Solidariedade) questiona, por intermédio do seu partido, o desfecho da eleição para presidente da Assembleia Legislativa.

O ministro seguiu o voto da ministra-relatora Cármem Lúcia e afirmou, categoricamente, que o critério de desempate pala maioridade é constitucional, o que confirma a legalidade da eleição na qual Iracema Vale renovou o mandato presidencial.

Decidido a refazer o seu voto ao mesmo tempo polêmico e confuso, o ministro Alexandre de Moraes, além de retirá-lo, pediu vistas, que pode durar 90 dias.

Com a retirada do voto por Alexandre de Moraes, faltam sete votos. Se dois deles confirmarem a tendência, a fatura será liquidada em favor da presidente, que poderá cumprir seu segundo mandato sem preocupação.

Escândalo no INSS causa desconforto para senador maranhense

Situação de Carlos Lupi causa
desconforto a Weverton Rocha

O escândalo dos descontos ilegais por entidades corporativas – sindicatos e associações – de salário de aposentados do INSS, que atingiu em cheio a gestão do chefão do PDT, Carlos Lupi, ministro da Previdência, está causando incômodo e certo constrangimento na política do Maranhão.

Explica-se: Carlos Lupi é ministro da Previdência com apoio integral do senador Weverton Rocha, que é hoje um dos cardeais do PDT, sendo, portanto, um dos principais avalistas da atual e agora combalida gestão do Sistema Previdenciário, abalado com a fraude milionária.

A demissão do presidente do INSS, Alexandre Stepanutto, foi um baque e tanto na posição de Carlos Lupi, que se declarou integralmente favorável pela nomeação, e não teve nenhuma condição de esboçar alguma reação. Além disso, o caso provocou o início de rumores de que o próprio Carlos Lupi estaria na corda bamba, o que, se for mesmo verdade, será uma situação desconfortável para o senador maranhense.

São Luís, 25 de Abril de 2025.

Pesquisa retrata o momento, mas margem de erro elevada joga dúvida sobre os números

Eduardo Braide, Lahesio Bonfim e
Felipe Camarão: percentuais sob dúvida

A Coluna tem como regra não questionar resultado de pesquisas sobre corrida eleitoral, mas não se furta de avaliar os números e as informações que elas trazem à tona sobre quem é quem na guerra pelo voto. O levantamento do instituto Vox Brasil Marketing e Pesquisa, divulgada na semana passada pelo respeitado e confiável blog do jornalista Diego Emir, apontando que, se a eleição para o Governo do Estado fosse agora, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), iria para as urnas com 31% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), com 22%, do vice-governador Felipe Camarão (PT) com 11%, do ex-senador Roberto Rocha com 9% e do secretário de Articulação com Municípios, Orleans Brandão (MDB) com 8%. Somados, ninguém, nulos e indecisos seriam 17%. Nesse contexto, chamaram a atenção a surpreendentemente elevada margem de erro de 4,5% e a reduzida abrangência geográfica do levantamento: 31 municípios.

Pelos números levantados, não há como negar que o prefeito Eduardo Braide – que não declarou ainda se será ou não candidato, e até por isso mesmo -, lidera a corrida até aqui com alguma folga, que já foi maior em levantamentos mais antigos.

Nas últimas pesquisas, o prefeito de São Luís oscilou para menos, chegando agora ao patamar de 31%, o que deverá funcionar como sinal de alerta. Mais ainda quando se observa que, conforme a margem de erro da Vox Brasil, ele pode chegar a 35%, mas também pode desabar para até 27%. Lahesio Bonfim, por sua vez, pode estar com até 27%, podendo também estar amargando até 17%. Simulações sobre a oscilação da margem de erro podem levar até um improvável empate técnico entre o prefeito e o ex-prefeito, ou separá-los por uma distância muito grande entre eles.

A mesma situação se dá entre Lahesio Bonfim e Felipe Camarão, se o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes chegar a 27% e o vice-governador cair para 7%, ou o contrário, com ex-prefeito de São Pedro dos Crentes caindo para 17% e Felipe Camarão subindo para 16%. Ou seja, a margem de erro elevada arranha a integridade da pesquisa por causa das situações politicamente curiosas e improváveis que ela rascunha com seus números. Num outro viés, Felipe Camarão pode estar a 6,5 pontos percentuais à frente de Roberto Rocha, como pode estar 3% atrás, se o ex-senador obtiver a margem de erro inteiramente a seu favor. O mesmo pode estar acontecendo em relação a Orleans Brandão.

Vale a indagação – que não é um questionamento! – sobre se 31 municípios sejam de fato representativos numa mostra em que foram ouvidos 1.050 eleitores. Afinal, está se falando de uma eleição para governador do Maranhão, na qual qualquer distorção do Vox Brasil pode valer o seu desfecho cujo prêmio é garantir ao eleito morar por quatro anos no Palácio dos Leões, com poder de vida ou morte sobre quase quatro mil empregos diretos na máquina pública e a gestão de um orçamento que já alcança R$ 30 bilhões.

Outra surpresa que causou estranhamento na pesquisa foi ter incluído o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal na lista dos “rejeitados”. Qualquer explicação não mudará o fato de que a inclusão significa uma tentativa de “queimar” o ministro, pois não tem a menor possibilidade de ele deixar o seu assento na Suprema Corte para tentar retornar ao Governo do Maranhão em 2026. Se o alvo da pesquisa Vox Brasil fosse a corrida ao Palácio do Planalto, a inclusão dele seria lógica, ainda que, mesmo sento citado aqui e ali como nome viável para o centro democrático e as esquerdas contra o centro conservador e os extratos radicais.

No mais, a pesquisa Vox Brasil fotografou corretamente um cenário prévio de uma corrida que só vai começar para valer depois do Carnaval do ano que vem.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão entrega 1ª etapa da Avenida Metropolitana, que vai mudar a mobilidade no interior da Ilha

Acompanhado de Felipe Camarão e diversos
políticos, Carlos Brandão
inaugura Avenida Metropolitana

O governador Carlos Brandão (PSB) entregou, na manhã de quarta-feira (23), uma das mais importantes das suas promessas de campanha: o primeiro trecho da Avenida Metropolitana, de 1,6 quilômetro, que liga a Vila Funil (BR-135) à Avenida Principal do Conjunto São Raimundo. A obra custou R$ 26,2 milhões e conta com três faixas de rolamento nos dois sentidos, abrigos para ônibus, calçadão em ambos os lados, ciclovia e canteiro central com iluminação. Esse trecho dará acesso a mais de 50 bairros.

No mesmo ato, o mandatário assinou ordem de serviço para o início da segunda-etapa, que ligará a Avenida Principal do São Raimundo ao Parque Independência, um trecho com 2,732 quilômetros; um segundo trecho, que ligará o Parque Independência à Uema, com 1,748 quilômetro; e da Avenida Guajajara ao Parque Independência, e o trecho final, de 3,397 quilômetros, que formarão um corredor viário de 10,8 quilômetros, a um custo de R$ 118 milhões.

A Avenida Metropolitana destrava de vez a limitação para a mobilidade de mais de 1 milhão de pessoas, como acentuou o próprio governador Carlos Brandão, que antes do ato público de inauguração, percorrer o primeiro trecho de bicicleta, acompanhado se auxiliares, avaliou a via como uma das obras estruturantes mais importantes do seu Governo.

Já em plena construção, a segunda etapa será concluída até meados do segundo semestre e o projeto inteiro estará concretizado até o início do ano que vem, segundo previsão do governador, confirmada tecnicamente pelo secretário de Infraestrutura, Aparício Bandeira.

Visivelmente entusiasmado com a obra, o governador Carlos Brandão comandou o ato de inauguração e foi acompanhado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), a senadora Eliziane Gama (PSD), deputados estaduais e federais e vereadores da Capital.

Sarney, 95 anos

José Sarney: caminhando para um século

Um dos números de telefone mais cobiçados pela classe política, num espectro que vai da direita à esquerda, o que leva a um contato com o ex-presidente José Sarney (MDB) não parou um segundo ontem desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, todos para parabeniza-lo pelos seus 95 anos, comemorado em forma e perfeita lucidez.

Um dos políticos mais importantes do País no último século, José Sarney, que hoje é reconhecido por ter sido o presidente que conduziu, sem traumas, a transição do Brasil da ditadura militar para o Brasil da democracia plena, dando suporte decisivo para a Assembleia Nacional Constituinte, que lhe tirou um ano de mandato, mas entregou ao Brasil a Constituição Cidadã de 1988.

Hoje o decano da política brasileira, José Sarney é, de longe, o mais importante e sábio Conselheiro da Republica, a quem todos os políticos querem ouvir, principalmente nos momentos de crise.

Além do político, o ex-presidente é um dos expoentes da literatura brasileira contemporânea, sendo o decano das Academias Maranhense e Brasileira de Letras.

José Sarney será homenageado com uma reunião de amigos e familiares, à noite, no Convento das Mercês.

São Luís, 24 de Abril de 2025.

Ao recusar ministério, Pedro Lucas mantém força como líder do UB, mas o MA fica mais fraco no Planalto

Pedro Lucas continua líder do União,
mas o Maranhão perde força no Planalto

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) ampliou ontem, expressivamente, o seu espaço na crônica política como o parlamentar que recusou convite do presidente Lula da Silva (PT) para assumir o ministério das Comunicações, depois de ter sido anunciado pelo próprio chefe da Nação como nome escolhido, convidado e que aceitou o convite, só tendo pedido um tempo, o período da Semana Santa, para acertar algumas coisas dentro do seu partido para, finalmente, deixar a liderança do União na Câmara Federal e se mudar para um dos prédios da Esplanada dos Ministérios. A decisão do deputado, sem paralelo em tempos recentes, revelou duas situações politicamente dramáticas: a completa bagunça que é o União Brasil, fruto de uma complicada fusão do DEM com o PSL, e a dramática fragilidade do Governo Lula da Silva na sua relação com o Congresso Nacional, onde é minoritário e depende de acordos com as feras do Centrão para sobreviver.

De quebra, a decisão do parlamentar reduziu o espaço político do Maranhão na máquina federal, que agora só conta com um ministro maranhense, o deputado federal André Fufuca (PP), titular da pasta do Esporte e que é pré-candidato a senador. No primeiro ano do Governo Lula da Silva, o Maranhão tinha três ministros: Flávio Dino (Justiça), Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esporte).

“Minhas mais sinceras desculpas ao presidente Lula por não poder atender a esse convite. Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil”, declarou Pedro Lucas Fernandes em nota divulgada ontem à noite, em que anuncia permanência como líder do União na Câmara Federal. A nota foi o desfecho constrangedor de uma articulação malsucedida dos articuladores governistas, marcada por decisões não amadurecidas, anúncios precipitados e falta de feeling dos articuladores do Governo e dos chefes do partido, para não enxergar o desastre anunciado.

Pedro Lucas Fernandes foi parte do imbróglio, se bem que a seu favor está o fato de que aceitou o convite do presidente Lula da Silva “pedindo um tempo” para ajustar as coisas dentro do partido, que ele sabia não seriam ajustadas. Começou com o fato de que o ex-ministro das Comunicações, deputado Juscelino Filho, se candidatou a assumir a liderança da bancada do União com a ida de Pedro Lucas, atual líder, para o ministério. O ex-ministro teve o apoio da turma do antigo DEM, na qual ele milita, mas foi rejeitado pela corrente de ex-bolsonaristas e pela maioria dos independentes, com a agravante de que o presidente Antonio Rueda não o queria na liderança.

Pedro Lucas Fernandes, que segue a linha do presidente Antonio Rueda, tentou articular um caminho alternativo, escolhendo um nome de consenso para substitui-lo na liderança, encontrou resistências poderosas dentro do partido, onde a situação ficou a seguinte: a maioria aprovou sua ida para o ministério. Mas, por conta das diferenças, a escolha do novo líder poderia mergulhar o partido numa guerra fratricida. Diante da tensão e da impossibilidade da escolha de um líder de consenso, Pedro Lucas Fernandes se dobrou às pressões para continuar na liderança e acabou recusando o convite para ser ministro, deixando o presidente Lula com uma tremenda bomba para desativar.

Ele queria ser ministro das Comunicações, substituindo ao deputado federal Juscelino Filho (União), mas a guerra nas entranhas do União Brasil, onde se debatem ex-bolsonaristas, comandados pelo ex-presidente do PSL, Luciano Bivar; os independentes, caso de Pedro Lucas Fernandes, que segue a orientação do presidente Antonio Rueda; e o grupo do DEM, controlado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), a quem Juscelino Filho é ligado.

Além de um forte desgaste emocional pelos dias e noites ao telefone e nos enfrentamentos cara a cara dentro do União, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes saiu praticamente inteiro do imbróglio. Afinal, ser líder de um partido do tamanho do União Brasil na Câmara Federal lhe dá um invejável poder de fogo, formado pela visibilidade, pelo lugar cativo na mais importante mesa de negociações da República, além do controle sobre grande parte do bolo de emendas a bancada que seus integrantes têm direito.

Na avaliação de um profundo conhecedor dos bastidores de Brasília, é provável que um líder do União seja bem mais importante do que um ministro das Comunicações.

PONTO & CONTRAPONTO

Vox Brasil: Braide lidera, Lahesio é segundo e Camarão briga com Rocha e Orleans pela terceira posição

Eduardo Braide lidera seguido de Lahesio Bonfim,
Felipe Camarão, Roberto Rocha e Orloeans Brandão

Nova pesquisa do instituto Vox Brasil Pesquisa e Marketing sobre a corrida para o Governo do Maranhão, divulgada ontem com exclusividade pelo respeitado site de notícias comandado pelo jornalista Diego Emir, sacudiu os bastidores da política estadual. Os números confirmam a liderança isolada do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), com 31,90% das intenções de voto, tendo como segundo colocado o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo) com 22,20%, seguido do vice-governador Felipe Camarão (PT) com 11,16%, do ex-senador Roberto Rocha (Republicanos), com 9,04%, e o secretário Orleans Brandão (MDB) com 8,47%. O levantamento encontrou 9,62% de eleitores dispostos a anular o voto e 7,61% que não saberiam em quem votar.

De um modo geral, os números do Vox Brasil confirmam o panorama mostrado por outros levantamentos, o que reforça a impressão de que é esse o cenário da corrida nesse momento.

Eduardo Braide se mantém estável no patamar dos 30 pontos percentuais, podendo alcançar 36% ou cair para até 26%, conforme a margem de erro. Lahesio Bonfim surpreende reforçando sua posição de segundo colocado, podendo alcançar 27 pontos percentuais ou cair para 18 pontos, de acordo com a margem de erro.

Chama a atenção na pesquisa o fato de o vice-governador Felipe Camarão (11,16%) estar liderando a briga pela terceira colocação com o ex-senador Roberto Rocha (9,04%) e com Orleans Brandão (8,47%), o que desenha um empate técnico entre os três, se levada em conta a elevada margem de erro.

E vale registrar que o ex-senador Roberto Rocha lidera a rejeição, com 27%, seguido do ministro Flávio Dino (17%), Lahesio Bonfim (11%), Eduardo Braide com 9%. Roseana Sarney com 8% e Felipe Camarão (7%).

Os números dessa pesquisa sugerem que nenhum candidato tem estabilidade suficiente para deitar na cama e viver da fama. Eles apontam para uma corrida eleitoral dura, com altos e baixos, com muita movimentação à vista.

Em Tempo: a pesquisa Vox Brasil ouviu 1.050 eleitores em 31 municípios no período de 12 a 17 de abril e tem margem de erro de 4,5%, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.

Beto Castro já conta com o seu e mais seis votos na corrida à presidência da Câmara de São Luís

Beto Castro lidera preferência
na Câmara de São Luís

Se não houver um retrocesso que inverta a lógica política que move a Câmara Municipal de São Luís, o vereador Beto Castro (Avante) pode comprar o paletó da posse como sucessor do vereador Paulo Victor na presidência da Casa.

Hoje de manhã, ele, que é o atual 2º vice-presidente da instituição parlamentar, contabilizou a sexta declaração de voto, desta vez por parte do vereador Antônio Garcês (PP), que, afirmando ser grato a gestos dele, anunciou que lhe dará o seu voto.

– Declaro aqui meu apoio com a certeza de estar contribuindo com um projeto sério e comprometido com a nossa cidade – disse o parlamentar, juntando-se ao presidente Paulo Victor, aos vereadores Marlon Botão (PSB), Daniel Oliveira (PSD), Marcos Castro, Cléber Filho (MDB).

Modesto, Beto Castro agradeceu o apoio fazendo a seguinte declaração: “Esse projeto não é do Beto Castro, é da Câmara Municipal de São Luís. Fico muito feliz com a confiança do vereador Antônio Garcês. Ele se junta a outros colegas que acreditam que podemos fazer um trabalho sério, transparente e voltado para o bem da nossa cidade”.

São candidatos ainda os vereadores Marquinhos (União) e Concita Pinto (PSB), que até agora não receberam manifestações de apoio.

São Luís, 23 de Abril de 2025.

Reportagem de O Globo resgata trajetória de Dino e sugere que ele pode deixar o Supremo e voltar à política

Flávio Dino durante o voto em que tornou réu o
ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa
de golpe de estado

Uma reportagem especial publicada na edição de ontem do jornal O Globo funcionou como um novo empurrão no ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, para o epicentro da vida política do País, reforçando a impressão de muitos observadores e o desejo de muitos aliados e apoiadores de que ele deixe mais uma vez a magistratura e mergulhe na busca do poder maior da República pelo caminho das urnas. Assinada pela respeitada jornalista Vera Magalhães, que conhece a fundo as entranhas do poder e os meandros da política brasileiros, a matéria do jornal fluminense – que conta resumidamente a trajetória do ex-líder estudantil, ex-juiz federal, ex-deputado federal, ex-governador do Maranhão, ex-senador da república, ex-ministro da Justiça e agora ministro da Suprema Corte, resume situação atual dele na visão de um aliado: “Flávio Dino no STF é um leão numa gaiola de passarinho”.

A exemplo de outras reportagens feitas por diferentes órgãos da elite da imprensa no País, o registro de O Globo contraria frontalmente a previsão de alguns de que, ao acatar a decisão do presidente Lula da Silva (PT) para ocupar uma cadeira na mais alta corte de justiça do País, abrindo mão de um mandato inteiro de senador da República, Flávio Dino estaria mandando para o espaço a possibilidade de vir a ser candidato a presidente da República, com potencial para ser eleito. Analistas diversos, entre eles alguns que não lhe são simpáticos, concordam num ponto: de longe o mais preparado e bem-sucedido político da sua geração, o líder maranhense conquistou estatura para ser presença obrigatória em qualquer lista de presidenciáveis para 2026 ou, no máximo, para 2030.

Quem acompanhou com atenção o confuso desenrolar do quadro político brasileiro de 2015 para cá viu a evolução do então governador do Maranhão no cenário nacional. Ele assumiu a defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), alertando a Nação de que o impeachment era uma armação política para apeá-la e o seu partido do poder. Os fatos logo mostraram que ele tinha razão. Depois de uma convivência sem maiores traumas com o presidente Michel Temer (MDB), o então governador enfrentou o poder de fogo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que o elegeu como principal adversário, o que o levou ao “posto” de mais intenso e destemido enfrentador do presidente.

Ministro da Justiça no Governo Lula da Silva, Flávio Dino viveu e venceu o maior desafio da sua carreira ao comandar a reação ao 8 de Janeiro de 2023, quando o Brasil esteve, de fato, na iminência de sofrer um golpe de estado. Foi personagem central de uma situação dramática, marcada por atos decisivos – como o afastamento do governador de Brasília e a intervenção no Sistema de Segurança Pública da Capital da República – concretizados em meio a um forte clima de tensão, agora revelada na rica reportagem de Vera Magalhães. Numa abordagem mais ampla, a reportagem mostra que Flávio Dino foi, durante um ano, a face política do Governo Lula da Silva, principalmente no enfrentamento às forças da oposição bolsonaristas, por ele impiedosamente demolidas em audiências no Congresso Nacional.

O crescimento e ampliação da sua imagem na opinião pública fez com que aliados do PT, assim como adversários da oposição, tentassem minar sua credibilidade, para evitar que ele se tornasse o nome indicado pela frente de centro-esquerda para suceder o presidente Lula da Silva. Ele resistiu e driblou todas as ciladas, consolidando sua posição até se tornar ministro da Suprema Corte, em fevereiro de 2024. Ali, enfrentou o poder de fogo do Congresso Nacional ao fazer o inimaginável: romper a couraça que negava transparência ao uso dos recursos e emendas parlamentares, suspendendo a liberação de recursos até que regras, acentuando sobretudo a transparência, fossem votadas e implantadas. Essa guerra, por ele vencida, definiu o seu gigantismo como membro da Corte Suprema.

Com o formato de mais um registro da rica e emblemática trajetória do ministro, a reportagem de O Globo é o mais novo indicador que de Flávio Dino poderá mais uma vez deixar a magistratura para voltar ao desafiador tabuleiro da luta pelo poder.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão anuncia: Polícia Civil ganha mais 40 delegados, 20 investigadores e oito peritos

Carlos Brandão: reforço à Segurança

O Sistema Estadual de Segurança Pública foi fortalecido ontem, com o anúncio feito pelo governador Carlos Brandão (PSB), da nomeação de 40 novos delegados, 20 investigadores e oito peritos, bem como a promoção de delegados e a progressão dos demais policiais civis, o que reforçará expressivamente a atuação da Polícia Civil. No mesmo anúncio, o mandatário informou que estão em fase final estudos para atender a demandas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

O anúncio foi feito na data em que se homenageia Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, patrono das instituições policiais brasileiras. E na sua fala, o governador agradeceu aos homens e mulheres que integram as instituições policiais do Maranhão.

Os esforços do atual Governo para fortalecer e melhorar a atuação do Sistema Estadual de Segurança Pública são traduzidos em números, como o programa de reformar 135 delegacias e batalhões de polícia nas mais diversas regiões do estado.

A Polícia maranhense ampliou sua eficiência com programas de inteligência, como o Meu Celular de Volta, que já recuperou e devolveu aos seus proprietários mais de mil aparelhos. O resultado foi a redução em 17% do roubo de celulares e 39% os roubos de veículos entre janeiro e março no Maranhão.

Esses reforços garantiram que no mesmo período 96% dos inquéritos foram concluídos pela Polícia Civil, resultado direto da convocação de 1.445 novos policiais civis, dos quais 826 estão devidamente formados, aos quais se somarão outros 389 recentemente nomeados.

 Além disso, o Governo investiu fortemente em armamentos – munição, coletes, drones e outros equipamentos para fortalecer o trabalho das forças de segurança – e na mobilidade da Polícia com a aquisição de 700 viaturas.

É isso aí.

Pedro Lucas decide hoje se será ministro das Comunicações ou continuará líder do União

Pedro Lucas Fernandes: decisão

Depois do fim de semana prolongado, que passou ao telefone tentando desatar os nós que impedem a superação da crise que sacode o União Brasil desde que o deputado federal Juscelino Filho deixou o Ministério das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que lidera a bancada do partido na Câmara Federal e foi convidado pelo presidente Lula da Silva para ministro das Comunicações, seguiu ontem para Brasília com uma decisão tomada, que será anunciada numa reunião, hoje à tarde, aos seus colegas de partido.

A decisão: vai comunicar ao presidente Lula da Silva que não aceita assumir o Ministério das Comunicações, optando por permanecer como líder da bancada do União Brasil na Câmara Federal.

A situação no União Brasil é complicada, uma vez que o partido é formado por uma banda que abandonou o bolsonarismo, caminhando para o centro, e por outra, formada pelo grupo oriundo do antigo DEM.

O primeiro grupo, ao qual Pedro Lucas Fernandes pertence, o quer no Ministério, desde que sua vaga na liderança seja preenchida por um integrante dessa corrente. O segundo grupo, ao qual Juscelino Filho é ligado, quer o ex-ministro das Comunicações como sucessor no comando da bancada na Câmara Federal.

O presidente do partido, Antonio Rueda, ao qual Pedro Lucas Fernandes é ligado, não quer Juscelino Filho na liderança do partido, alegando que o União Brasil pode sofrer desgastes se colocar um réu no comando da sua representação. Ocorre que a chamada “ala do DEM”, comandada pelo baiano ACM Neto, apoia Juscelino Filho para a liderança, formando um impasse.

Para evitar mais uma crise e mais desgastes ao partido, Pedro Lucas Fernandes viajou decidido a abrir mão do ministério e permanecer no comando da bancada.

O desfecho desse imbróglio deve acontecer até o início da noite.

Em Tempo: Vale lembrar que há exatos 525 anos o Brasil era descoberto por Pedro Álvares Cabral, que desembarcava onde hoje é Salvador, na Bahia, no comando da frota composta por 13 embarcações: nove naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos. Essa frota levava cerca de 1500 homens, incluindo soldados, religiosos, e até mesmo condenados à morte que trocavam sua pena por exílio.

São Luís, 22 de Abril de 2025.

Candidatura de Brandão ao Senado começa a ser apontada como certa no cenário nacional

Carlos Brandão: agenda intensa de inaugurações
e contatos direto multidões no interior

A informação publicada ontem na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, dando conta de que o governador Carlos Brandão (PSB) está entre os 13 governadores que renunciarão em abril do ano que vem para encarar as urnas na corrida ao Senado, é a confirmação de que a aliança governista está sendo recolocada nos eixos depois de meses de tensão, com ameaças de rompimentos e desmanche. A notícia, dada sem qualquer traço de dúvida, confirma também que brandonistas e dinistas caminham para ajustarem a relação e, assim, garantir o que está rascunhado desde o início de 2022, quando o então governador Flávio Dino (PSB) bateu martelo confirmando a candidatura do seu vice, Carlos Brandão (PSB), à sua sucessão, rifando a pretensão do senador Weverton Rocha (PDT).

Para divulgar uma informação como essa com esse teor de segurança, usando o “será candidato” ao invés do “poderá ser candidato”, o jornal paulista certamente se valeu de fonte segura, que lhe passou exatamente o que está decidido na agenda política do chefe do Executivo estadual. Isso significa dizer que, embora não haja anúncio oficial nem uma declaração pública do governador a respeito do assunto, o projeto senatorial é item prioritário no planejamento político e eleitoral do governador para os próximos anos. E anima os bastidores da corrida às urnas e reforça o projeto de uma chapa tendo o vice-governador Felipe Camarão (PT) como governador a partir de abril e, naturalmente, como candidato à reeleição.

Carlos Brandão tem usado a astúcia das raposas para conduzir esse processo, evitando o lançamento de uma chapa fechada com um ano e meio de antecedência, colocando os candidatos na rota do desgaste. À medida que vai montando, tijolo a tijolo, a chapa majoritária do seu campo, levando em conta também os movimentos de adversários e concorrentes, caminha com segurança para o 03 de abril do ano que vem, quando se verá, finalmente, diante da realidade nua e crua, que é sair para disputar uma cadeira no Senado ou permanecer no Governo para se tornar apenas um ex-mandatário sem poder, mesmo que venha a deixar um aliado no comando.

Política é uma atividade nobre, mas é também implacável, porque a essência dela é a busca permanente pelo poder, e quem o consegue e o deixa escapar costuma pagar um preço muito elevado. Daí não fazer qualquer sentido que um político na posição do atual governador do Maranhão abra mão de permanecer no epicentro do poder como senador da República.  E a julgar pela desenvoltura com quem vem movimentando seu Governo e se relacionando com a classe política, tudo indica que o governador seguirá a trilha indicada na informação publicada na prestigiada e bem informada coluna política da Folha de S. Paulo.

Salvo casos raríssimos, como o da senadora Ana Paula Lobato (PDT), que ganhou um mandato senatorial inteiro na condição de suplente do senador Flávio Dino (PSB), que renunciou para ser ministro da Corte Suprema, ninguém em outra condição ganha oito anos de estadia na Câmara Alta. E como político que conhece o caminho difícil, tortuoso e exigente que leva às urnas, Carlos Brandão sabe que, mesmo sendo detentor de prestígio político e poder, como é o seu caso, tem de sair a campo em busca do respaldo eleitoral. E isso exige muito trabalho, muita conversa e muito compromisso assumido.

As pesquisas têm dito que o governador é favorito para uma das duas vagas, sendo a segunda mirada por dois senadores em busca da reeleição, Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), e pelo deputado federal André Fufuca (PP), atual ministro do Esporte. Carlos Brandão tem experiência suficiente para saber que, independentemente do favoritismo apontado nas pesquisas, voto não cai do céu, por isso mesmo está trabalhando duro para preencher as expectativas do eleitorado.

Afinal, melhor do que ser eleito é ter uma eleição maiúscula.

PONTO & CONTRAPONTO

Iracema Vale e Othelino Neto aguardam atentos o desfecho da votação do Supremo

Iracema Vale mostra confiança;
Othelino Neto tem sido discreto

A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), e o ex-presidente Othelino Neto (Solidariedade), passarão a Páscoa e entrarão na semana mergulhados em clima de expectativa por conta do julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal, que dirá se o mandato de presidente que ela está exercendo, resultado da eleição realizada no dia 13 de novembro do ano passado, é legal ou não.

Iracema Vale tem demonstrado descontração em relação ao caso. Primeiro porque tem exibido convicção de que nada houve de errado na sua eleição. E segundo porque os quatro ministros que já votaram, três tem posições favoráveis a ela , e um deu voto mesclado com alguns questionamentos, mas confirmando a legalidade da eleição. Se tiver mais dois votos a favor e o quarto não for revisto, o assunto estará liquidado a seu favor.

Othelino Neto tem mantido certa discrição em relação ao julgamento desde que a ministra-relatora Cármen Lúcia anunciou seu voto não reconhecendo os argumentos da ação do seu partido contra a eleição. Andou reforçando sua argumentação, mas os advogados da Alema contra-atacaram fortalecendo ainda mais a tese segundo a qual se trata de assunto de prerrogativa do parlamento, não cabendo a intromissão da Justiça.

A expectativa dos dois interessados deve acabar a qualquer momento da semana que começa, com a manifestação de todos os integrantes da Corte Suprema.        

Lahesio perde espaço por conta dos seus movimentos de candidato assumido ao Governo

Lahesio Bonfim: perdas

Na sua estratégia belicista de se viabilizar como candidato da direita – aí incluindo todas as suas correntes – ao Governo do Estado, o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), parece estar mais perdendo do que acrescentando cacife à sua candidatura já anunciada.

Fez gestos inadequados ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) e teve um estrondoso silêncio como resposta, traduzido por alguns observadores como um aviso de que não há qualquer chance de uma aliança.

Se movimentou também, com algum cuidado, na direção do grupo liderado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, mas tudo o que teve como resposta foram recados de que não deve esperar o apoio do PL do Maranhão.

E, mais recentemente, foi duramente alvejado por petardos verbais disparados pela deputada estadual Mical Damasceno (PSD), que o apontou como alguém que “diz muita besteira” e aparenta ter “um parafuso frouxo”. O ataque da parlamentar pode significar que uma grande fatia da corrente evangélica da Assembleia de Deus não o seguirá como candidato.

Essas reações aos seus movimentos são suficientes para que o candidato assumido do Novo reveja sua estratégia, sob pena de mergulhar num isolamento que pode ser fatal ao seu projeto de ser governador. São Luís, 20 de Abril de 2025.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes seguem Cármen Lúcia e formam tendência favorável a Iracema Vale no Supremo

Iracema Vale tem voto favorável de Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes
na mesma linha, e de Alexandre de Moraes, que apesar de restrições ao
critério, reconheceu a legalidade da eleição

Os votos dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, acompanhando a relatora, ministra Cármen Lúcia, que votou pela legalidade plena da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, realizada no dia 13 de novembro de 2024, na qual foi eleita a presidente Iracema Vale (PSB), desenharam uma tendência clara, cujo fundamento principal é o princípio da autonomia do parlamento estadual como ente federativo. No quarto voto já dado, o ministro Alexandre de Moraes faz algumas observações sobre o critério de desempate em si, mas deixa claro que não houve ilegalidade no pleito, confirmando assim a eleição da presidente Iracema Vale – sem explicação, esse voto foi recolhido, e se não for revisto, será mais um a confirmar a reeleição da deputada Iracema Vale para mais um mandato.

Vale relembrar que a eleição resultou num surpreendente empate (21 a 21), tendo a presidente Iracema Vale sido eleita pela regra regimental segundo a qual em caso de empate vence o mais velho. Sem que o critério tenha sido questionado com antecedência, o deputado Othelino Neto decidiu questiona-lo, e com ele a própria eleição, na Suprema Corte, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), na qual sugere a ilegalidade do critério da maior idade como desempate e defende que o correto seria a eleição do candidato que tivesse mais mandatos, o que é o seu caso.

A ministra-relatora recebeu a ADIN, mas não suspendeu liminarmente a eleição, e no seu voto confirmou a legalidade do pleito com o argumento de que se trata de matéria interna corporis. Isso quer dizer que a definição de critério de desempate em eleição presidencial é prerrogativa da Assembleia Legislativa, na qual a Justiça não deve se intrometer. A condição é que o critério escolhido esteja previsto na Constituição Federal, e o da maioridade está. Ou seja, a ministra Cármen Lúcia definiu a linha. O ministro Alexandre de Moraes, questionou o mérito, mas confirmou a legalidade da eleição. Na sequencia, os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes reforçaram o voto da ministra-relatora e definiram uma tendência indiscutivelmente favorável à eleição da deputada Iracema Vale para novo mandato presidencial, que, aliás, foi iniciado no dia 3 de fevereiro, sem qualquer intercorrência.

O questionamento do mandato da presidente da Assembleia Legislativa em tela não decorre de uma preocupação no sentido de ajustar e aperfeiçoar o Poder Legislativo maranhense, nem de um gesto de ambição política do deputado Othelino Neto. O imbróglio é o resultado de uma luta mais ampla pelo poder. Isso porque, se o governador Carlos Brandão (PSB) sair em abril de 2026 para disputar o Senado, o presidente da Assembleia Legislativa passa a ser automaticamente também vice-governador do Estado, aumentando expressivamente a sua massa de poder. Dependendo das circunstâncias, pode até passar uma pequena temporada no Palácio dos Leões, como aconteceu em 2014 com o então presidente Arnaldo Melo (MDB), que assumiu o Governo com a renúncia da governadora Roseana Sarney (MDB), que decidiu não passar o bastão para o governador eleito Flávio Dino (PCdoB). Além disso, a eleição do deputado Othelino Neto mudaria radicalmente a relação do Poder Legislativo com o Poder Executivo, saindo da convivência harmônica para entrar no confronto direto.

Os quatro votos favoráveis não são ainda garantia de que o mandato da presidente Iracema Vale esteja irreversivelmente confirmado, uma vez que a Corte Suprema tem 11 votos, só decidido no sexto voto. Mas o fundamento dos votos da ministra-relatora Cármen Lúcia e dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, com o reforço do voto do ministro Alexandre de Moraes pela legalidade da eleição produziram até aqui um indicativo forte de que tudo vai continuar como está na Casa de Manoel Beckman.

PONTO & CONTRAPONTO

Camarão amplia espaços estreitando relações com aliados e adversários

Juscelino Filho e Felipe Camarão confraternizam
com o prefeito de Codó, Chiquinho da FC (PT)

O vice-governador Felipe Camarão (PT) demonstra que já está distante do político jovem e inexperiente. Prova disso foi a declaração que ele deu em favor do deputado federal Juscelino Filho (União), ex-ministro das Comunicações.

Agora focado de vez no projeto de, em chegando ao Governo em abril do ano que vem, entrar forte na briga pela reeleição, ele sabe que não pode fazer restrições a nenhum líder da aliança partidária que, se tudo correr como está previsto, vai liderar no momento em que o governador Carlos Brandão (PSB) lhe passar o bastão para ser candidato ao Senado.

O vice-governador está se movimentando para ampliar o seu leque de relações dentro e fora da base governista. E trabalha cativando também aqueles que, por razões diversas, se afastaram do Palácio dos Leões, como é o caso do deputado Juscelino Filho, cujo distanciamento se deu por causa do racha ocorrido na família Rezende, em Vitorino Freire. Ali, o ex-ministro e a irmã, Luanna Bringel, fizeram o sucessor dela na Prefeitura, contra as forças mobilizadas pelo tio, o ex-deputado Stênio Rezende, e a mulher dele, a deputada Andreia Rezende (PSB).

Nessa toada, Felipe Camarão vai operando para ganhar o apoio das duas alas, ampliando seu espaço dentro da base governista e fora dela.

PSDB e Podemos devem se juntar em fusão e o comando estadual pode ficar com Madeira

Sebastião Madeira e Fábio Macedo podem
chegar a um acordo sobre o comando da
fusão PSDB/Podemos no Maranhão

Tudo indica que, em busca da sobrevivência, PSDB e Podemos poderão mesmo se fundirem nos próximos dias. Os dois partidos estão em situação complicada e sob o risco de serem varridos do mapa eleitoral do País nas eleições do ano que vem.

No Maranhão, por conta do intenso trabalho do seu presidente regional, Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz e atual chefe da Casa Civil do Governo do Estado, o PSDB respirou bem e saiu das urnas com sete prefeitos.

O Podemos, por sua vez, que é comandado no estado pelo deputado federal Fábio Macedo, elegeu apenas dois prefeitos: Júlio Matos, de São José de Ribamar, o quinto maior município do Maranhão, e André da RalpNet, de Pinheiro, o mais importante município da Baixada.

Se a fusão for consumada, poderá haver um acerto pelo comando do braço maranhense da nova legenda – o projeto de fusão prevê que em princípio os dois partidos continuarão respondendo pelos mesmos nomes.

A tendência é que, como o PSDB é maior, inclusive no País, o comando no maranhão permaneça com o ex-prefeito Sebastião Madeira.

São Luís, 19 de Abril de 2025.

Pedro Lucas pode chegar à Páscoa como ministro das Comunicações ou confirmado como líder do União

Pedro Lucas Fernandes: primeiro a pacificação do
partido e depois o ministério ou a liderança

Se for para sair deixando a bancada do União Brasil unida, com uma liderança efetiva, tudo bem, mas se for para sair deixando um ambiente de instabilidade e disputa na representação partidária, o melhor será continuar onde está. É essa a posição do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, líder da bancada do União Brasil na Câmara Federal, em relação ao convite que recebeu do presidente Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações no lugar do deputado federal Juscelino Filho (União), que pediu demissão e foi demitido há duas semanas pressionado pela condição de réu em processo no qual é acusado de corrupção com emendas parlamentares destinadas à Prefeitura de Vitorino Freire.

Não há dúvida de que Pedro Lucas Fernandes quer ser ministro das Comunicações, e no plano pessoal só depende de uma decisão dele para aceitar o convite presidencial. Só que o parlamentar maranhense mantém no seu alforje político uma reserva de ética partidária que o impede de colocar os seus interesses à frente dos interesses do partido. Para ele, não faz sentido deixar a liderança, para a qual foi eleito há pouco tempo, para ser ministro deixando para trás um ambiente de forte crise dentro do partido, com vários colegas, entre eles o ex-ministro Juscelino Filho, tentando chegar à liderança numa disputa fratricida.

Não há que duvidar de que Pedro Lucas Fernandes quer ser ministro, principalmente convidado pelo presidente Lula da Silva, numa conversa franca no início da semana, no Palácio da Alvorada. Ele aceitou de pronto, mas jogou aberto com o presidente pedindo um tempo – o período da Semana Santa -, para resolver as coisas dentro da bancada escolhendo um novo líder. No acerto com o chefe da Nação, que o conhece, Pedro Lucas foi objetivo: se a sucessão dele na liderança foi resolvida de maneira pacífica, ele assumirá o comando da pasta. Se isso não acontecer, ele prefere permanecer como líder, abrindo para que um colega seu de partido assuma o Ministério das Comunicações.

A situação dentro do União Brasil é tensa por conta da disputa entre várias correntes, em especial as originárias do antigo PSL, que romperam com o bolsonarismo, e os grupos oriundos do DEM, da qual faz parte Juscelino Filho. Saído das fileiras do PTB, onde nasceu e cresceu politicamente, tendo lá permanecido até que a insanidade do presidente Roberto Jefferson destruiu a agremiação criada por Getúlio Vargas, Pedro Lucas Fernandes trabalha para pacificar as duas correntes, e foi exatamente essa ação pacificadora que o tornou líder de uma bancada de 58 membros da Câmara Federal, o que representa grande peso e influência nas decisões da Casa.

Nas suas entrevistas, mais recentes, como a concedida ao influente jornalista Domingos Costa, Pedro Lucas Fernandes tem colocado as coisas com clareza, explicando que só dirá o sim definitivo se conseguir articular a escolha de um líder que não enfrente restrições na bancada, que precisa de uma condução articulada. O fato de o ex-ministro Juscelino Filho querer a liderança é lícito, mas ele enfrenta resistências, que fundamentam as tais restrições como o motivo pelo qual ele perdeu o ministério. Pedro Lucas Fernandes tem se mantido fora dessa discussão, não levantando qualquer óbice à indicação do colega maranhense, mas também sem fazer campanha aberta em seu favor. Sua condição de líder o desobriga de um posicionamento dessa natureza em relação ao colega.

O fato é que o deputado federal Pedro Lucas Fernandes está muito entusiasmado pelo convite que recebeu do presidente Lula da Silva, e além das orações da Semana Santa, está mergulhado nas articulações por meio das quais chegará ao Domingo de Páscoa como ministro das Comunicações ou reafirmando sua condição de líder.

PONTO & CONTRAPONTO

De olho na Assembleia Legislativa, Paulo Victor vai disputar uma seara eleitoral minada

Paulo Victor vai disputar votos com
Osmar Filho, Neto Evangelista e Yglésio
Moises, entre outros, em São Luís

Na esteira do presidente da Câmara Municipal de São Luís, o vereador Paulo Victor (PSB), que segundo nove entre dez observadores será candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa, alguns outros candidatos estão fazendo contas sobre os nichos eleitorais que serão liberados em São Luís.

Dois deles chamam a atenção, o nicho deixado pelo atual prefeito de Bacabal, Roberto Costa, que sempre atuou fortemente na Capital. O outro poderá ser aberto pelo atual deputado estadual Fernando Braide, que segundo fonte ligada à família Braide, poderá ser candidato a deputado federal.

Atualmente, vários deputados bem votados em São Luís se preparam para buscar a reeleição, como Osmar Filho (PDT), que foi vereador por muito tempo, presidiu a Câmara Municipal, Yglésio Moises (PRTB), que tem base forte na Capital, e Wellington do Curso (Novo), que tem a cidade como sua principal prioridade, e Neto Evangelista (União), que herdou e vem mantendo o legado do pai, o ex-vereador e ex-deputado João Evangelista. Outros parlamentares, como Carlos Lula (PSB), Rodrigo Lago (PCdoB), residem na cidade, recebem boas votações e querem ser considerados representantes dos ludovicenses.

Com quase 800 mil eleitores, São Luís poderia contar com pelo menos meia dúzia de deputados alinhados que atuassem como uma “bancada” da Capital, a exemplo do que acontece hoje com Caxias, que está representada por quatro deputados: Cláudia Coutinho (PDT), Catulé Jr. (PP), Daniella Gidão (PSB) e Adelmo Soares (PSB).  Mas isso, ao que parece, não acontecerá tão cedo.

Membros da direita radical fazem guerras isoladas

Acima: Allan Garcez acusado de atacar
Flávia Berthier, e embaixo: Lahesio Bonfim é
duramente atacado por Mical Damasceno

A direita radical do Maranhão, identificada com a ala mais reacionária do bolsonarismo, está vivendo uma espécie de autofagia, com membros destacados travando guerras isoladas. Esse ambiente de total discórdia veio à tona recentemente com dois confrontos.

O primeiro: segundo alguns canais da blogosfera, a vereadora por São Luís, Flávia Berthier (PL), bolsonarista roxa, atual presidente do PL Mulher do Maranhão, mesmo tendo sua atuação política resumida à cidade de São Luís, acusou o suplemente de deputado federal no exercício do mandato Allan Garcez, de agir nas sombras para ataca-la e desgastar a sua imagem política. Até onde é sabido, os dois são candidatos à Câmara Federal e querem ganhar os votos dos bolsonaristas mais radicais.

O segundo: a ultradireitista deputada estadual Mical Damasceno (PSD) abriu fogo de artilharia pesada contra o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), que se movimenta como nome da direita na corrida ao Palácio dos Leões em 2026. Ela o acusou de “falar muita besteira”, avaliando que o ex-prefeito “tem alguns parafusos frouxos”. E completou, enfática: “Ele não nos representa”.

Há quem preveja que isso é só o começo e que mais troca de chumbo grosso está a caminho.

São Luís, 18 de Abril de 2026.

Fala de Brandão reforça a impressão de que ele planeja chegar ao Senado em 26

Na presença de ministro, senadora, deputados federais e estaduais, Carlos Brandão
faz o discurso em que sinalizou que poderá deixar o Governo e se candidatar a senador

Mesmo repetindo o bordão segundo o qual “Eleição para 2026 a gente conversa em 2026”, conforme declarara no início da manhã à TV Mirante, o governador Carlos Brandão (PSB) voltou a sinalizar, ontem, a possibilidade de renunciar em abril do ano que vem ao Governo para disputar uma cadeira no Senado, passando o bastão para seu vice Felipe Camarão (PT), que no caso concorrerá à reeleição. E mais, Carlos Brandão manifestou enfaticamente a convicção de que o grupo que lidera elegerá o seu sucessor. E repetiu também um aviso: está focado na gestão e assim permanecerá até o final do ano, só se permitindo colocar as cartas eleitorais na mesa a partir do início do ano que vem.

As declarações do governador Carlos Brandão foram dadas durante a manhã, no ato de assinatura da Ordem de Serviço para as obras de prolongamento da Avenida Litorânea por mais sete quilômetros. Fruto de uma articulação do Governo do Estado com o Governo Federal, a extensão da Avenida Litorânea vai ligar a Avenida São Carlos, no Olho D´Água, em São Luís, à Avenida Atlântica, no Araçagy, em São José de Ribamar, e vai custar R$ 235,6 milhões, com conclusão prevista para até o final do ano ou, no máximo, no início do ano que vem.

O expressivo toque político dado à sua fala pelo chefe do Executivo tinha total razão de ser, a começar pelo fato de que ali estavam um ministro, André Fufuca (Esporte), o deputado federal e candidato a ministro das Comunicações, Pedro Lucas Fernandes, ainda líder do União na Câmara Federal, uma senadora em busca da reeleição, Eliziane Gama (PSD), o deputado federal Júnior Lourenço (PL), um dos integrantes da minibancada federal comandada pelo deputado Josimar de Maranhãozinho (PL). Um ambiente apropriado para sinalizações políticas como a que foi feita.

Do alto da sua experiência, Carlos Brandão avalia que chegou a hora de começar a colocar as peças sobre o tabuleiro do xadrez que será jogado de agora por diante. Tanto que vem aos poucos indicando qual vai ser o seu movimento principal, que na bolsa de apostas será a sua saída do Governo para disputar uma cadeira no Senado com amplas chances de eleição, o que lhe garantirá presença forte no cenário do Maranhão por longos oito anos, ou muito mais, dependendo da evolução do processo político no Maranhão. E como não poderia deixar de ser, sairá abrindo caminho para o vice-governador Felipe Camarão assumir o comando e tentar a reeleição.

Carlos Brandão usa a cautela em relação à sua tomada de decisão por várias razões. A primeira é que o processo eleitoral tem um roteiro que não deve ser alterado. E a segunda, vista como a principal, é que como líder de uma aliança com 12 partidos, qualquer decisão sua afetará a disputa para o Governo do Estado, para o Senado, para a Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa, com riscos de ganhos e perdas se tal decisão não se encaixar perfeitamente num projeto viável. Essa situação se reflete na sua previsão de que “o nosso grupo” elegerá o próximo governador. Com isso, o mandatário não abre mão do comando, mas lembra que o desfecho da guerra eleitoral que se aproxima será responsabilidade de todos que integram a base governista.

Provavelmente por problema de agenda, o vice-governador Felipe Camarão não participou do ato de assinatura da Ordem de Serviço para as obras de prolongamento da Avenida Litorânea, mas com certeza de onde estava recebeu as declarações do governador Carlos Brandão como mais um sinal de que o futuro do Maranhão estará nas suas mãos a partir de 3 de abril, junto com a responsabilidade política de liderar a corrida às urnas.

PONTO & CONTRAPONTO

Prefeitos de quatro grandes cidades têm prioridades diversas e projeto político comum para 2026

Acima, Rildo Amaral e Rafael Brito, e embaixo
Gentil Neto e Roberto Costa: pauta política comum

Prefeitos de quatro das mais importantes cidades do Maranhão trabalham em muitas frentes, mas cada um tem uma meta que nesse momento se impõe às demais. Eles também têm prioridades políticas para 2026.

O prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral (PP), está determinado a eliminar os rombos financeiros que a gestão de oito anos do agora ex-prefeito Assis Ramos (União). Ao tomar posse, o novo prefeito editou decreto colocando a Prefeitura imperatrizense sob implacável controle no que diz respeito às finanças. As coisas ali já melhoraram nesse campo, mas Rildo Amaral nem pensa em afrouxar o nó.

O prefeito de Timon, Rafael Brito (PSB), já concretizou uma das mais importantes promessas de campanha: dotar a cidade – que é a terceira maior do Maranhão em população -, de um sistema de transporte coletivo, principalmente na sua ligação com a vizinha Teresina, onde muitos timonenses trabalham.

Já o prefeito Gentil Neto (PSB), de Caxias, voltou-se intensamente para o Sistema Municipal de Saúde, que encontrou com problemas quando assumiu. De lá para cá, os problemas mais urgentes do Sistema foram solucionados, com medidas definitivas e algumas paliativas, enquanto as mais graves foram equacionadas para solução de médio prazo.

Em Bacabal, o prefeito Roberto Costa (MDB) já resolveu algumas pequenas pendências, mas ainda está em planejamento o seu projeto maior: dotar a cidade de um eficiente Sistema de Abastecimento de Água, pondo fim a um problema que afeta e angustia os bacabalenses há muito tempo.

No que diz respeito à política, os quatro têm uma posição comum: apoiam uma chapa com o vice-governador Felipe Camarão (PT) para o Governo e o governador Carlos Brandão (PSB) e o ministro André Fufuca para o Senado.      

Candidatos têm motivos fortes para disputar a presidência da Câmara de São Luís

Atuação de Paulo Victor e possível ascensão de
Esmênia Miranda embalam candidatura de
Beto Castro, Marquinhos e Concita Pinto

Leitores indagam o motivo de a disputa para o comando da Câmara Municipal de São Luís, com eleição agendada apenas para o próximo ano, ter sido deflagrada com tanta antecedência. Na verdade, são vários os motivos, sendo dois deles bem mais importantes do que os demais.

Para começar, a presidência do parlamento ludivicense é o segundo cargo em importância no tabuleiro político da Capital, tendo esse status sido turbinado com a atuação política do atual presidente, vereador Paulo Victor (PSB). Ele mudou completamente o papel do chefe do Legislativo municipal, dando à Casa uma força política não vista nas últimas legislaturas. O próximo presidente terá o desafio de surfar nessa onda ou se autocondenar a ser uma figura inexpressiva.

O outro motivo está no projeto do prefeito Eduardo Braide (PSD), ainda não declarado, de renunciar em abril do ano que vem para disputar o Governo do Estado. Se isso for confirmado, como quer o comando nacional do PSD e, ao que tudo indica, o próprio chefe do Executivo municipal, com a ascensão natural da vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD) ao comando da maior e mais importante Prefeitura do Maranhão, o presidente da Câmara Municipal será o vice-prefeito da Capital, o que multiplicará várias vezes a importância da chefia do Legislativo. Esses dois itens explicam o fato de a sucessão na presidência da Câmara Municipal de São Luís ter sido deflagrada com tanta antecedência, tendo como candidatos os vereadores Beto Castro (Avante), que já tem cinco votos declarados e o dele próprio; Marquinhos (União), que saiu na frente, mas ainda não deslanchou, e Concita Pinto (PSB), que até agora só manifestou a intenção de se candidatar.

São Luís, 17 de Abril de 2025.